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Doenças Sexualmente Transmissíveis Antonio Fernandes Neto UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

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Doenças sexualmente transmissíveis (DST), antigamente chamadas de doenças venéreas, são aquelas que você adquire ao ter contato sexual (vaginal, oral ou anal) com alguém que já tenha DST.

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Page 1: Doenças Sexualmente transmissíveis

Doenças Sexualmente Transmissíveis

Antonio Fernandes Neto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

Page 2: Doenças Sexualmente transmissíveis

INTRODUÇÃO PREVALÊNCIA

Estima-se que em todo o mundo ocorram 333 milhões de novos casos a cada ano de DSTs curáveis, em adultos.

Os EUA ainda têm os índices mais altos de DSTs do mundo industrializado, com taxas 50-100 vezes mais altas que outras nações industrializadas.

Há uma estimativa de 12 milhões de novos casos de DSTs nos EUA a cada ano.

Destes, 3 milhões ocorrem entre adolescentes, dos 13 aos 19 anos.

Page 3: Doenças Sexualmente transmissíveis

Introdução : Doença antiga e clássica, de evolução crônica, acomete seqüencialmente os genitais, a pele e as mucosas e todo o organismo, sobretudo o sistema nervoso e vascular.   Essa doença é causada por um germe chamado Treponema Pallidum

CLASSIFICAÇÃO

Adquirida recente: < de 1 ano de evolução

• Primária • Secundária • Latente recente

Adquirida tardia: > de 1 ano de evolução • Latente tardia • Terciária

Congênita recente: Casos diagnosticados

até 2o ano de vida

Congênita tardia: Casos diagnosticados

após o 2o ano de vida.

Sífilis

Page 4: Doenças Sexualmente transmissíveis

Sífilis primária

Lesão ulcerada de bordos elevados com base endurecida, pouca secreção e indolor. Aparece entre o 10 e 90 (média de 21) dias após contato sexual infectante. É acompanhado de adenopatia não supurativa.

Localização:

. Homem: mais freqüente no sulco balanoprepucial e glande. . Mulher: Pequenos lábios, paredes vaginais e colo do útero. . Outras áreas: lábios, anus, escroto etc.

Essa ferida dura de 2 a 6 semanas. Se essa fase não for tratada, a pessoa começa a desenvolver a fase secundária, que aparece de 6 semanas a 6 meses após a Primeira ferida.

Sífilis

Page 5: Doenças Sexualmente transmissíveis

Sífilis

Sífilis secundária Caracteriza-se pela presença de lesões cutâneo-mucosas ricas no agente e portanto

altamente contagiosas e micropoliadenopatia generalizada indolor. Ocasionalmente há artralgia, febre, adinamia.

Lesões comuns • Manchas eritematosas (roséolas) exantemas morbiliforme.

• Pápulas eritemato-acastanhada (sifílides papulosa) • Alopécia • Placas mucosas • Condiloma plano ocorre em áreas de atrito (pápulas hipertróficas)

Se a pessoa não se tratar, acaba entrando na fase terciária da doença

Nem sempre a fase secundária é de fácil identificação, às vezes, podem ocorrer apenas alopécia e madarose.

Page 6: Doenças Sexualmente transmissíveis

Sífilis

Sífilis terciária: • Sinais e sintomas ocorre 3 a 12 anos de infecção.

• Lesões cutâneo-mucosas (goma ou tubérculos). • Neurológicas (tabes dorsalis, demência). • Cardiovasculares (Aneurisma aórtico). • Articulares ( artropatia de Charcot).

É muito mais grave pois pode acometer o coração e as artérias, causando aneurisma de aorta e insuficiência aórtica, além de lesões na espinha (causando o Tabes dorsalis) , atrofia do nervo do olho e meningite sifilítica.

Page 7: Doenças Sexualmente transmissíveis

Sífilis latente (recente e tardia)

• É a forma adquirida na qual não se observa sinais e sintomas clínicos. • O diagnóstico é feito por testes sorológicos.

• Pode cursar com sinais e sintomas da forma secundária e terciária.

Sífilis congênita

• Infecção causada por disseminação hematogênica do Treponema. Pallidum, da gestante para o concepto.

• A transmissão materna pode ocorrer em qualquer fase da gestação. • A taxa de transmissão vertical em mulheres não tratadas é de 70 a 100%. • Ocorre morte perinatal em 40% das crianças infectadas.

Sífilis

Page 8: Doenças Sexualmente transmissíveis

Diagnóstico: • Anamnese • Exame físico • Repetição periódica dos testes sangüíneos não treponêmico • Sorologia treponemica qualitativa

Diagnóstico diferêncial:

• Sífilis primária: Cancro mole; herpes

genital; donovanose; linfogranuloma venéreo.

• Sífilis secundária: Fármacodermia; doenças exantemáticas; hanseníase virchowiana e colagenoses.

Sífilis

Diagnóstico laboratorial: • Pesquisa direta - campo escuro • Sorologia não treponêmica - V.D.R.L. (Venereal

Desease Research Laboratory), barato mas, dá muitas reações cruzadas; e R.P.R.( Rapid Plasm Reagin). Reação de floculação com antígeno não treponêmico.

• Sorologia treponêmica - FTA-Abs (Fluorescent Treponema Antigen Abservent), e MHATP (Microhemaglutinação para o treponema pallidum).

Mesmos os testes mais sofisticados podem apresentarem falsos positivos em situações especiais como lúpus, hanseníase, malária, mononucleose, viciados em drogas.

Page 9: Doenças Sexualmente transmissíveis

Tratamento

Nota: Após a dose terapêutica inicial pode surgir reação febril de Jarisch-Herxheimer, com exacerbação das lesões cutâneas, havendo regressão expontânea em 12 a 48 horas. não se justifica a interrupção do esquema terapêutico e não confundi-la com reação alérgica a droga.

A base do tratamento continua sendo a penicilina por via parenteral.

• Sífilis primária: Penicilina . Benzatina 2400.000 • Sífilis recente (2ária e tardia): penicilina Benzatina. 4.800.000. • Sífilis tardia (latente e terciária): penicilina Benzatina 7.200.000

Recomendações: Alergia comprovada a penicilina

• Dessensibilizar ou tratar com: • Tetraciclina ou Eritromicina (estearato ou estolato) sífilis recente 2g/dia/15dias; sífilis

tardia 30 dias. • Doxiciclina 100mg 12/12h. Sífilis recente 15 dias; na sífilis tardia 30 dias.

O tratamento com estas drogas exigem estreita vigilância, por apresentarem menor eficácia.

Memória sorológica: • Títulos

sucessivamente baixos (1/8) sem qualquer indicio de reinfecção é indicativo de memória sorológica (dois títulos baixos num intervalo de 30 dias exclui sífilis recente).

• Atenção: título baixo pode representar a fase inicial da doença

Sífilis

Page 10: Doenças Sexualmente transmissíveis

Recomendações

Recomendações na gestante: • Sorologia quantitativa mensal

Tratar novamente se: Aumento de 2 vezes na

diluição por titulação

• Alergia a penicilina

– Dessensibilizar – Eritromicina (estearato) não considerar o feto tratado

Sífilis

Recomendações no portador de H.I.V. • Pode ter a história natural modificada, necessita maior vigilância.

• Maior risco para a neurosífilis – punção lombar

• Maior risco de falha no tratamento

• seguimento cuidadoso pós tratamento

Pacientes com manifestação neurológica e cardiovascular devem ser internados e utilizado esquema especial de penicilina. • Casos de sífilis latente com período de evolução desconhecido e portadores de HIV tratar como sífilis latente tardia.

Page 11: Doenças Sexualmente transmissíveis

Sífilis Primária

Page 12: Doenças Sexualmente transmissíveis

Sífilis SecundáriaLesões tipo mácula ou pápula

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Sífilis Treponema

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Cancróide (cancro mole) O cancro mole é endêmico em algumas áreas dos Estados Unidos, e a doença também ocorre em surtos discretos. É causada por uma bactéria chamada H.ducreyi.

O cancro mole é um cofator para transmissão de HIV, sendo relatadas altas taxas de infecção por HIV entre pacientes com cancro mole nos Estados Unidos e outros países.

Estima-se que 10% dos pacientes com cancróide possam estar co-infectados com T. pallidum ou HSV (vírus do herpes simples).

Page 15: Doenças Sexualmente transmissíveis

Cancróide (cancro mole)

DIAGNÓSTICO

Os sintomas aparecem de 3 a 5 dias após o contato sexual.

As feridas são múltiplas, como úlceras bem superficiais, com um aspecto "sujo", e de bordas irregulares. As lesões são moles e dolorosas, acompanhadas de uma inflamação dos gânglios da virilha, muitas vezes supurados.

A melhor forma de se detectar a doença é colhendo a secreção que fica na ferida e examiná-la ao microscópio para reconhecer a bactéria.

Page 16: Doenças Sexualmente transmissíveis

Cancróide (cancro mole)

DIAGNÓSTICO

Um diagnóstico provável, tanto para propósitos clínicos quanto epidemiológicos, pode ser feito se os seguintes critérios forem satisfeitos:

a) o paciente tem uma ou mais úlceras genitais doloridas; b) o paciente não tem evidências de infecção por T. pallidum pelo exame de campo escuro do exsudato

ulceroso ou pelo teste sorológico para sífilis, realizado no mínimo 7 dias após o início das úlceras;c) a apresentação clínica, aparência das úlceras genitais e linfadenopatia regional, se presente, são típicas

de cancróide, e o teste para HSV é negativo.

A combinação de úlcera dolorida com adenopatia inguinal flutuante, que ocorre entre um terço dos pacientes, é sugestiva de diagnóstico de cancróide; acompanhados de adenopatia inguinal supurativa, esses sinais são quase

patognomônicos.

Um diagnóstico definitivo da doença requer a identificação de H. ducreyi em meio de cultura especial de difícil acesso no comércio; mesmo usando esses meios, a sensibilidade é £ 80%.

Page 17: Doenças Sexualmente transmissíveis

Cancróide (cancro mole)

Tratamento

Regimes posológicos recomendadosAzitromicina 1 g VO (via oral) em dose única.

Ceftriaxona 250 mg i (IM) em dose única;.

Ciprofloxacina 500 mg VO 2 X/d por 3 dia. Eritromicina 500 mg VO 4 X/d, por 7 dias.

Nota: A ciprofloxacina é contra-indicada em mulheres grávidas e lactantes e em pessoas com menos de 18 anos de idade

Todos os quatro regimes são eficazes para tratamento de cancróide em pacientes infectados por HIV. A azitromicina e a ceftriaxona têm a vantagem da dose única diária

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Cancróide (cancro mole)

CONTROLEOs pacientes devem ser reexaminados 3-7 dias após o início do tratamento. Se o tratamento for bem-sucedido, as úlceras melhoram sintomaticamente dentro de 3 dias e, objetivamente, dentro de 7 dias após o tratamento

a) diagnóstico incorreto;

b) o paciente está co-infectado com outra DST;

c) o paciente está infectado com HIV;

d) o tratamento não foi feito como determinado;

e) a cepa de H. ducreyi causadora da infecção é resistente ao

antimicrobian prescrito.

Se não for evidente qualquer melhora clínica, o médico deve considerar as seguintes possibilidades:

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Cancro Mole

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HPV é a abreviatura de Papillomavírus Humano também conhecido como condiloma acuminado ou “crista de galo” na linguagem popular

Os papilomavírus humano induzem a doença em muitos locais diferentes do corpo

O HPV são vírus com predileção pelo epitélio

Mais de 25 tipos de HPV infectam a região anogenital nos seres humanos

Podem causar desde as clássicas verrugas genitais (condilomas), até as lesões displásicas de baixo e alto grau.

Estado imunológico

O estado imunológico do hospedeiro exerce um fator importante na suscetibilidade à infecção, para o surgimento das lesões, crescimento, propagação, manu-tenção e recidiva quanto a remissão espontânea das lesões.

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

Page 21: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

PERÍODO DE INCUBAÇÃO

O período de incubação parece estar relacionado com a competência imunológica individual e varia de 3 semanas a 18 meses com uma média de 2,8 meses.

A transmissão Pode ocorrer através do contato sexual direto ou indireto Pela auto-inoculação Por fômites Materno-fetal: transplacentária ou intraparto.

Não se descarta a hipótese de transmissão através de instrumentos utilizados para o diagnóstico.

Page 22: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

SINTOMASA infecção pelo HPV pode se apresentar nas formas: subclínica e clínica

A forma subclínica pode transcorrer de forma assintomática, ou com sinais incaracterísticos como: ardor, queimação, sensação de que tem algo andando na pele acometida. A forma acuminada (verrucosa), que é uma lesão vegetante de cor rósea, de superfície rugosa, consistência firme, conhecida como “crista de galo”.

A forma plana aparece no colo uterino como epitélio branco acompanhado ou não de alterações vasculares como um pontilhado ou leucoplasia

A forma invertida, também mais comum no colo do útero, aparece como epitélio branco, mosaico, com pontilhado na sua superfície e leucoplasia.

O condiloma gigante, como o próprio nome indica, é a forma vegetante exuberante, de crescimento as vezes muito rápido. Conhecido também como carcinoma verrucoso quando apresenta atipias (Doença de Bruschke Lowenstein).

Page 23: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

TIPOS DE HPV, LOCAL DE PATOLOGIA E TIPO DE LESÃO

TIPO LOCAL EPITELIAL TIPO DE LESÃO 6 e 11 Urogenital, anal, ororespiratório Condilomas acuminados

16,18, 30 31, 35, 39 Urogenital e anal Displasia e câncer

invasivo 41,45, 51 59, 61, 62 64, 68

13, 32 Cavidade oral Hiperplasia

30, 40 Laringe Câncer

Page 24: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

DIAGNÓSTICO

A aplicação do ácido acético resulta num nítido contraste entre o tecido normal e tecido anormal, que ganha uma tonalidade esbranquiçada, bem demarcada (chamadas de lesões “acetobrancas”).

Na vulvoscopia após a aplicação de ácido acético a 5%, surgem as lesões acetobrancas. Em alguns casos, após aplicação do azul de toluidina a 1% e remoção com ácido acético a 2%, visualizam-se áreas azuladas que podem ser indicativas de HPV

A genitocospia (representada pela colposcopia/vaginoscopia, vulvoscopia e peniscopia), oroscopia, e anuscopia/retoscopia são realizadas com auxílio do colposcópio, da solução do ácido acético (a 2% e a 5%) cobrindo a área genital durante com gaze saturada desta solução durante 5 minutos, da solução de lugol no colo uterino e vulvas, e azul de toluidina a 1% na vulva, períneo e pênis

São várias as técnicas diagnósticas utilizadas para a detecção do HPV, sendo as mais sofisticadas relacionadas na análise do DNA ou RNA. Estes métodos podem ser divididos genericamente em dois grandes grupos: 1. os de amplificação do material nuclêico, em sua maioria, os chamados métodos de reação em cadeia (PCR) e seus variantes; e 2. os que utilizam amplificação de sinal, nos quais se enquadram os de hibridização, como exemplo, a captura híbrida

Page 25: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Doenças infecto contagiosas: candidíase

DST: lesões sifilíticas, herpes simples, molusco contagioso

Lesões benignas da pele: papilomatose escamosa, ceratose seborrêica, nevus, psoríase, glândula de Tyson, distrofia vulvar, papilomas, liquen escleroso

Neoplasia: papulose Bowenóide, carcinoma das células escamosas, melamonas

São lesões visíveis a vista desarmada ou que podem ser diagnosticadas através da colposcopia / peniscopia alargada e na grande maioria das vezes, o diagnóstico é confirmado pelo exame histológico

Page 26: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

Técnicas de Detecção de HPV Técnica Requerimentos de

tecidoGrau de dificuldade

Sensibilidade

Especificidade de tipo de HPV

Exame clínico Nenhum Muito simples

Muitopouca

Nenhuma

Exame histológico

Fresco ou embebido em parafina

Baixo Pouca Nenhuma

Imuno histoquímica

Fresco ou embebido em parafina

Baixo Pouca Pouca

Hibridização Southern

Somente fresco Muito alto Alta .Muito alta *

Hibridização Dot-Blot

Somente fresco Baixo Moderada Moderada

Hibridização in situ

Fresco ou embebido em parafina

Moderado Moderada Moderada

PCR** Fresco ou embebido em parafina

Moderado Muito alta Muito alta

Page 27: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

TRATAMENTO As inúmeras modalidades de tratamento disponíveis na atualidade significa que nenhuma delas é o ideal.

O tratamento depende de vários fatores: Da confirmação da presença do vírus Da localização das lesões Se multifocal (da mesma região ou de outras regiões) Da extensão das lesões (se localizadas ou disseminadas) Do tamanho das lesões, da carga viral do material examinado Se é ou não oncogênico.

Algumas medidas devem ser levadas em consideração:Higiene local e geralTratamento de enfermidades e infecções associadasInvestigação e tratamento do parceiroEvitar relações sexuais durante o tratamentoIncentivar o uso de preservativo.

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H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

TRATAMENTO QUÍMICO

QUIMIOTERAPIA: Os antimitóticos como a podofilina, 5 fluoracil e thiotepa

são contra-indicadas na gravidez. PODOFILINA:

Agente citotóxico de ação necrotizante. Solução a 25% alcoólica ou oleosa, aplica-ção tópica por 6 horas seguida de remoção, em dias alternados, de 2 a 3 vezes. Alertar sobre a ação corrosiva também na pele sadia. Apresenta taxa de regressão que varia de 22 a 98%. Seu uso deve ser criterioso.

THIOTEPA: Agente antineoplásico da classe dos alquilantes polifuncionais. Utilizado nas lesões uretrais e vesicais com aplicações semanais de 7 a 10 semanas.

NITROGÊNIO LÍQUIDO: De fácil manuseio, não necessitando de anestésico local, embora doloroso durante e após as primeiras horas de sua aplicação. Recomenda-se que a formação de vesícula no lo-cal da aplicação não deve ser rompida. Não disponível na maioria dos consultórios

SUBSTÂNCIAS CÁUSTICAS:

Ácido tricloroacético 70% a 80% Ácido acético glacial com resorcina 25 Ácido nítrico fumegante Água oxigenada 90 vol. Ácido metacresossulfônico

CERATOLÍTICOS:

Combinações com ácido salicílico e vitamina A ácida.

A posologia indicada é de 2 a 3 vezes por semana até o desaparecimento das lesões. Deve-se proteger as áreas sadias

FLUORACIL: Antineoplásico citostático da classe dos antimetaboólitos de ação sobre os tecidos com crescimento rápido, antogonista pirimídico que inibe a síntese do RNA e DNA. Utili-zado como creme na concentração de 5%. Melhor tolerância na pele que na mucosa.

Utiliza-se o 5 fluoracil na dose de 1 a 2 por semana, com tempo de aplicação na pele de até 6 horas, lavando em seguida. Duração de seu uso é até o desaparecimento das lesões.

Uso criterioso na vagina, pois o efeito colateral que é a adenose de vagina pode ser muito danoso e de difícil tratamento.

Page 29: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

TRATAMENTO QUÍMICO

INTERFERON ESQUEMAS DE APLICAÇÃO

1.Interferon beta recombinante 3.000.000 UI (11mcg) ao dia de segunda à sexta feria SC/IM por 3 semanas.

2.Interrferon beta recombinante 3.000.000 UI (11mcg)

SC/IM em dias alternados, exceto nos fins de semana, por 5 semanas.

3.Interferon beta recombinante 3.000.000 UI (11mcg)

SC/IM 2 vezes por semana por 5 semanas.

INTERFERON : MECANISMO DEAÇÃO Preconizado seu uso para o

HPV como tratamento coadjuvante. É uma glicoproteína que age inibindo a multiplicação da célula virótica, tornando as células não infectadas refratárias à infecção (ação antivirótica), inibindo ma multiplicação celular e a proliferação epitelial dos condilomas (ação antiproliferativa), e estimulando as células Natural Killers, os linfócitos T-citotóxicos, e os macrófaos (ação imunoestimulante).

A toxicidade das aplicação sistêmica é maior quanto maior for a dosagem. Os efeitos colaterais relatados consistem no flu like syndrome, febre, cefaléia, mialgia, astenia, náusea, leucopenia e alteração da função hepática.

Page 30: Doenças Sexualmente transmissíveis

H P V (PAPILOMAVÍRUS HUMANO)

TRATAMENTO CIRÚRGICO

EXCISÃO: A lesão é removida, sob anestesia local. Dor no pós operatório e necessidade de cuidados pós operatórios para ferida, devido possibilidade de infecção.

ELETROEXCISÃO :

A lesão é removida, sob anestesia, com dor no pós-operatório durante dias. Necessidade de cuidados paras evitar infecção e ulceração.

CIRURGIA A LASER:

Lesão é removida, sob anestesia local. Dor no pós-operatório durante dias.

Possibilidades de infecção, ulceração, não disponível na maioria dos consultórios.

Page 31: Doenças Sexualmente transmissíveis

Condiloma Acumunado

Page 32: Doenças Sexualmente transmissíveis

Condiloma Acuminado no meato

DoençaBuschke Lovenstein

Page 33: Doenças Sexualmente transmissíveis

HPVLesão de alto grau com características de infecção ativa

pelo HPV (Neoplasi intra-epitelial cervical grau 3).

Page 34: Doenças Sexualmente transmissíveis

HPVColposcopia de um caso de infecção cervical por HPV.

Lesão aceto-branca e microcapilar.

Page 35: Doenças Sexualmente transmissíveis

HPVEsfregaço de colo uterino exibindo coilócitos

(células da infecção ativa por HPV).Lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau.

Page 36: Doenças Sexualmente transmissíveis

HPVLesão de baixo grau com características de infecção

ativa pelo HPV (Neoplasia intra-epitelial cervical grau 1)

Page 37: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

Introdução

É uma doença viral recorrente e incurável.

Dois sorotipos de HSV foram identificados: HSV-1 e HSV-2.

A maioria dos casos recorrente são causados por HSV-2.

HSV-2 foi diagnosticado em 45 milhões de pessoas no EEUUA maioria dos infectadas por HSV-2 não tinha diagnóstico

Essas pessoas tinham infecções leves, não-identificadas ou

apresentam assintomáticas no momento da transmissão e

espalhavam vírus intermitentemente

Page 38: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

O vírus em geral fica habitando os gânglios da região pélvica, em estado latente

Adquirem a doença através do contato sexual

Sintomas começam a surgir de 3 a 7 dias após a exposição.

No início, uma coceira no local e aparece uma área avermelhada.

Depois, começam a surgir pequenas bolhas bastante dolorosas,

juntas uma das outras.

Essas bolhas podem durar de 2 a 3 semanas.

Além disso, a pessoa pode apresentar intensa dor para urinar ou

mesmo eliminação de corrimento vaginal, Dores musculares generalizadas,

febre e gânglios

Page 39: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

Diminuição da defesa imunológica do organismo StressAIDSTransplante

CONFIRMA O DIAGNÓSTICO

Cultura do vírus colhido das feridas.

Exame microscópico das lesões e identificar as alterações celulares provocadas pelo vírus.

SITUAÇÕES QUE FAVORECEM O APARECIMENTO DO HERPES

Page 40: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

DIAGNÓSTICO

Page 41: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

TRATAMENTO Três medicações antivirais apresentam benefício clínico no herpes genital

Tratamentos recomendadosAciclovir 400 mg VO 3 vezes ao

dia, por 7-10 diasAciclovir 200 mg VO 5 vezes ao

dia, por 7-10 diasFanciclovir 250 mg VO 3 vezes

ao dia, por 7-10 diasValaciclovir 1 g VO 2 vezes ao

dia, por 7-10 dias.

Drogas

a) Aciclovir;

b) Valaciclovir;

c) Fanciclovir

Page 42: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

ORIENTAÇÃO

Para o potencial de episódios recorrente

Da disseminação viral assintomática e transmissão sexual.

De abster de atividades sexuais na presença de lesões

Encorajar a informar a seus parceiros sexuais que são

portadores de herpes genital.

Do risco de infecção neonatal

Do uso de preservativos durante todas as exposições sexuais

Page 43: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

ORIENTAÇÃO Pacientes com um primeiro episódio de herpes genital

A terapia antiviral episódica, durante episódios

recorrentes, pode reduzir a duração das lesões

A terapia antiviral supressiva pode melhorar ou

prevenir surtos recorrentes.

Page 44: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

Episódios recorrentes de HSV

A terapia supressiva diária reduz a freqüência de

recorrências de herpes genital em 75% ou mais entre

pacientes com recorrências freqüentes (seis ou mais

recorrências por ano).

A segurança e a eficácia foram documentadas entre

pacientes recebendo terapia diária com aciclovir por

períodos de até 6 anos, e com valaciclovir e fanciclovir

por 1 ano.

Page 45: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

Regimes recomendados na infecção recorrente episódica

Aciclovir 400 mg por via oral, 3 vezes ao dia, por 5 dias.

Aciclovir 200 mg por via oral, 5 vezes ao dia, por 5 dias.

Aciclovir 800 mg por via oral, 2 vezes ao dia, por 5 dias.

Fanciclovir 125 mg por via oral, 2 vezes ao dia, por 5 dias.

Valaciclovir 500 mg por via oral, 2 vezes ao dia, por 5 dias.

Page 46: Doenças Sexualmente transmissíveis

INFECÇÃO PELO VÍRUS DO HERPES SIMPLES GENITAL (HSV)

Regimes recomendados no tratamento supressivo diário

Aciclovir 400 mg por via oral, 2 vezes ao dia

Fanciclovir 250 mg por via oral, 2 vezes ao dia

Valaciclovir 250 mg por via oral, 2 vezes ao dia

Valaciclovir 500 mg por via oral, 1 vez ao dia

Valaciclovir 1.000 mg por via oral, 1 vez ao dia.

Page 47: Doenças Sexualmente transmissíveis

GRANULOMA INGUINAL (DONOVANOSE)

É causada pela bactéria Gram-negativa intracelular Calymmatobacterium granulomatis.

O microrganismo causal não pode ser cultivado em meio

de cultura-padrão.

O diagnóstico requer visualização de corpúsculos de

Donovan em campo escuro sobre esfregaço de tecido ou

biopsia.

Uma infecção bacteriana secundária pode desenvolver-se

nessas lesões, ou as lesões podem ser reinfectadas com

outro patógeno sexualmente transmitido.

Page 48: Doenças Sexualmente transmissíveis

GRANULOMA INGUINAL (DONOVANOSE)

Lesões ulcerativas, progressivas e indolores sem linfadenopatia regional. As lesões são altamente vascularizadas (com aparência de carne vermelha) e sangram facilmente ao contato.

Page 49: Doenças Sexualmente transmissíveis

GRANULOMA INGUINAL (DONOVANOSE)

Tratamento Pode ocorrer recidiva 6-18 meses depois, apesar da terapia inicial efetiva.

Regimes posológicos recomendados

Trimetoprim-sulfametoxazol, 1 comprimido de potência

dupla por via oral, 2 vezes ao dia, por no mínimo 3

semanas.

Doxiciclina 100 mg por via oral, 2 vezes ao dia, por no

mínimo 3 semanas.

Page 50: Doenças Sexualmente transmissíveis

GRANULOMA INGUINAL (DONOVANOSE)

Tratamento

Regimes posológicos alternativosCiprofloxaxina 750 mg por via oral, 2 vezes ao dia, por

no mínimo 3 semanas.

Eritromicina base 500 mg por via oral, 4 vezes ao dia

por,no mínimo, 3 semanas.

Para qualquer desses regimes, deve ser considerada a adição de um aminoglicosídeo (gentamicina 1 mg/kg IV a cada 8 horas) se as lesões não responderem dentro dos primeiros dias de tratamento.

Page 51: Doenças Sexualmente transmissíveis

Linfogranuloma venéreo

Causado pelos sorotipos invasivos L1, L2 ou L3 de C. trachomatis

A manifestação clínica mais freqüente

Entre homens heterossexuais é a linfadenopatia

Inguinal e/ou femural, que geralmente é unilateral.

Mulheres e homens homossexualmente ativos podem

ter proctocolite ou envolvimento inflamatório dos

tecidos linfáticos perirretal ou perianal, que pode

resultar em fístulas e estreitamentos.

Page 52: Doenças Sexualmente transmissíveis

Linfogranuloma venéreo

TRATAMENTO

Regime posológico recomendado

Doxiciclina 100 mg por via oral, 2 vezes ao dia, por 21 dias.

Regime posológico alternativo

Eritromicina base 500 mg por via oral, 4 vezes ao dia, por

21 dias.

Page 53: Doenças Sexualmente transmissíveis

Linfogranuloma venéreo

Page 54: Doenças Sexualmente transmissíveis

Linfogranuloma venéreo

Microscopia do nódulo linfático que mostra necrose e reção granulomatosa

Page 55: Doenças Sexualmente transmissíveis

Os únicos patógenos bacterianos de importância clínica comprovada em homens com uretrite são N. gonorrhoeae e C. trachomatis

DOENÇAS CARACTERIZADAS POR URETRITES

A uretrite, é caracterizada pela saida de material mucopurulento ou purulento pela uretra e por queimação durante a micção

Infecções assintomáticas são comuns.

Se não houver métodos diagnósticos disponíveis (coloração de Gram e microscópio), os pacientes devem ser tratados para ambas as infecções

Novos testes de amplificação do ácido nucléico capacitam a detecção de N. gonorrhoeae e C. trachomatis no primeiro-jato de urina; em alguns casos, esses testes são mais sensíveis que técnicas de cultura tradicionais.

A cultura para N. gonorrhoeae em meio de Thayer e Martin, deve ser reservada para aqueles casos em que se suspeite de resistência bacteriana

Page 56: Doenças Sexualmente transmissíveis

É feito o diagnóstico de UNG se microrganismos intracelulares Gram-negativos não puderem ser identificados nas colorações de Gram. C. trachomatis é a causa mais freqüente (em 23% a 55% dos casos);

URETRITES NÃO GONOCÓCICA

As complicações de UNG com C. trachomatis incluem epididimite e síndrome de Reiter.

A etiologia da maioria dos casos de UNG não causados porclamídia é desconhecida.

Ureaplasma urealyticum e, possivelmente, Mycoplasmagenitalium estão presentes em mais de um terço dos casos.

Trichomonas vaginalis e HSV às vezes causam UNG.

Page 57: Doenças Sexualmente transmissíveis

TRATAMENTO CONCOMITANTE DE CHLAMYDIA E GONORRÉIA

URETRITES

Azitromicina 1g VO, em dose únicaDoxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, 7 diasEritromicina 500 mg, VO, de 6/6 horas, 7 diasTianfenicol 500 mg, VO, 12/12 horas, 7 diasOfloxacina 400 mg, VO, dose únicaCiprofloxacina 500 mg, VO, dose únicaCefixima 400 mg, VO, dose únicaTianfenicol 2,5 g, VO, dose única.

Page 58: Doenças Sexualmente transmissíveis

TRATAMENTO PARA Chlamydia

URETRITES NÃO GONOCÓCICA

Azitromicina 1g, VO, em dose únicaDoxiciclina 100 mg, VO, de 12/12 horas, 7 diasEritromicina 500 mg, VO, de 6/6 horas 7 diasTianfenicol 500 mg, VO, 12/12 horas durante sete dias.

Page 59: Doenças Sexualmente transmissíveis

TRATAMENTO “uretrite recorrente e persistente”

URETRITES NÃO GONOCÓCICA

Devem ser tratados novamente com o regime inicial, se nãoobedeceram o regime de tratamento ou se foram reexpostos a um parceiro sexual não-tratado. Do contrário, deve ser realizado exame em base úmida (wetmount) e cultura de amostra intra-uretral para T. vaginalis.

Se o paciente seguiu o tratamento inicial e a reexposição puder ser excluída, é recomendado.

Metronidazol 2 g VO em dose única, mais eritromicina base 500 mg VO 4 vezes ao dia, por 7 dias

Page 60: Doenças Sexualmente transmissíveis

URETRITES GONOCÓCICA

Page 61: Doenças Sexualmente transmissíveis

URETRITES GONOCÓCICA

Diplococo Gran negativo intracelular e extracelular

Page 62: Doenças Sexualmente transmissíveis

URETRITES GONOCÓCICA

Lesãode pele: pústula, pápula e vesícula hemorrágica

Page 63: Doenças Sexualmente transmissíveis

URETRITES GONOCÓCICA

Artrite co erosão do quarto metatarso

Conjuntivite no neonatum

Page 64: Doenças Sexualmente transmissíveis

URETRITES NÃO GONOCÓCICA

Chlamydia

                                             

Page 65: Doenças Sexualmente transmissíveis

Prevenção