doenÇas pulmonares ÓrfÃs

29
DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS Bruno Guedes Baldi XII CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA- 2011 São Paulo - SP Grupo de Doenças Intersticiais – Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP

Upload: clarke-forbes

Post on 01-Jan-2016

72 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS. Bruno Guedes Baldi. Grupo de Doenças Intersticiais – Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP. XII CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA- 2011 São Paulo - SP. Doenças pulmonares órfãs. Conceito. Raras - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

DOENÇAS PULMONARES

ÓRFÃS

Bruno Guedes Baldi

XII CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA-

2011

São Paulo - SP

Grupo de Doenças Intersticiais – Divisão de Pneumologia

do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP

Page 2: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

• Raras

• Muitas com patogênese desconhecida

• Poucos dados sobre tratamento

• Características individuais dificuldade para

classificação

Doenças pulmonares órfãs

Poletti V. Respiration 2004Du Bois RM. Am J Respir Crit Care Med 2002

Conceito

Page 3: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

• Mulheres em idade reprodutiva

• Proliferação céls musc lisas atípicas

perivascular / vias aéreas + cistos

• Isolada ou associada a ET

Linfangioleiomiomatose

Johnson SR. Eur Respir J 2010McCormack FX. N Engl J Med 2011

• Pneumotórax e quilotórax

Page 4: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Linfangioleiomiomatose

Grupo de Doenças Intersticiais – InCor HCFMUSP

VEF1 (%pred)

76±26

VEF1/CVF 0,67

DLCO (%pred)

66±25

Caracterização funcional (n =

56) Padrão obstrutivo

28/56 (50%)

Resposta + BD 7/38 (18%)

Aprisionamento aéreo

15/56 (27%)

DLCO 35/56 (63%)

Page 5: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Linfangioleiomiomatose

Imagem

Avila NA. Radiology 2000Grupo de Doenças Intersticiais – InCor HCFMUSP

Page 6: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Linfangioleiomiomatose

• Proliferação céls LAM

(mutifocal e nodular)

• Cistos

• Receptores de

estrogênio

Brentani MM. Chest 1984 Departamento de Patologia – HCFMUSP

Kitaichi M. Am J Respir Crit Care Med 1995

Patologia

HMB 45

Page 7: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Linfangioleiomiomatose

Diagnóstico

Young LR. Chest 2010Johnson SR. Eur Respir J 2010

Lesões císticas

características (TCAR)

Angiomiolipoma renal

ou linfangioleiomioma

Quilotórax

VEGF D sérico

Biopsia compatível

e/ou

e/ou

ou

Page 8: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Linfangioleiomiomatose

Harari S. Chest 2008Baldi BG. J Bras Pneumol 2011

Tratamento - Análogos de GnRH

Baldi

Goserelina SC (1 a) (n =

9)

Harari

Triptorelina IM (3 a) (n =

10)

* VEF1: 80 ml

(2,5%)/ano

* VEF1: 5/9 (56%)

* VEF1: 156 ml (5%)/ano

* VEF1: 9/10 (90%)

Page 9: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Linfangioleiomiomatose

Tratamento - Doxiciclina

Basal 6 m 12 m

VEF12,24

(79%)2,17

(77%)2,17

(77%)

DLCO

65% 63% 64%

Doxiciclina (100 mg/dia) – n = 31

14/31 (45%): VEF1 ou estável0

2500

5000

7500

10000

12500

15000

p = 0.005

p = 0.12

p < 0.001

• LAM desbalanço entre MMPs e TIMP cistos

Moses MA. N Engl J Med 2006Tese de doutorado - Suzana Pimenta – Pneumologia FMUSP

Page 10: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

- Randomizado, multicêntrico

- Sirolimus X Placebo (1 a) (46 x

43)

- VEF1 < 70%

+ 19 ml

- 134 ml

- 154 ml

- 96 ml

p < 0.001 p = 0.08

McCormack FX. N Engl J Med 2011

Objetivo primário: ΔVEF1

Page 11: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Linfangioleiomiomatose

Johnson SR. Eur Respir J 2010

Tratamento

• Broncodilatador

• Tratamento hormonal?

- Progesterona?

- Análogos de GnRH?

• Doxiciclina?

• Sirolimus

• Transplante pulmonar

Associação?

Page 12: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

• Proliferação e infiltração céls Langerhans

• 20 a 40 anos

• Adultos 85% (pulmão isolado)

• > 90% tabagismo

• Pneumotórax recorrente + HAP frequente

Histiocitose de células Langerhans

Tazi A. Eur Respir J 2006Vassallo R. Clin Chest Med 2004

Page 13: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Imagem

Histiocitose de células Langerhans

Kim HJ. Eur Radiol 2011Grupo de Doenças Intersticiais – InCor HCFMUSP

Page 14: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Vassallo R. N Engl J Med 2000Departamento de Patologia – HCFMUSP

• Peribronquiolar

• Nódulos pulmonares

(céls Langerhans,

eosinófilos)

• Imunohistoquímica +

- Proteína S100

- Antígeno CD1a

Patologia

Histiocitose de células Langerhans

Page 15: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Diagnóstico

• Clínico-TC sugestivo (tabagismo + lesões em

regiões superiores) biopsia é dispensável

• LBA / Biopsia transbrônquica

- ≥ 5% céls Langerhans (LBA)

• Biopsia cirúrgica

Histiocitose de células Langerhans

Tazi A. Eur Respir J 2006Caminati A. Proc Am Thorac Soc 2006

Page 16: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Tratamento

• Ausência de tratamento definitivo

• Pode haver remissão espontânea

• Cessação do tabagismo (principal)

• Resposta + fase nodular

Histiocitose de células Langerhans

Lazor R. Thorax 2009Kim HJ. Eur Radiol 2011Mogulkoc N. Chest 1999

Page 17: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Histiocitose de células Langerhans

Opção inicial Corticosteróide

Doença progressiva,

apesar de

corticosteróide

Cladribina, Etoposide,

Vinblastina, Ciclofosfamida

Fases mais avançadas Transplante pulmonar

Hipertensão pulmonar Bosentan (relato)

Tratamento

Page 18: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Pré

tratamento

Histiocitose de células Langerhans

Pós

tratamento

Grupo de Doenças Intersticiais – InCor HCFMUSP

Page 19: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

• Material lipoproteináceo (surfactante) em alvéolos

• Origem alteração em macrófagos e neutrófilos

clearance do surfactante

• Congênita, adquirida ou secundária

• Adquirida anti GM-CSF (* adultos – 90%)

• Secundária silica, neoplasias hematológicas, Tx

MO

Proteinose Alveolar

Trapnell BC. N Engl J Med 2003Presneill JJ. Clin Chest Med 2004

Inoue Y. Am J Respir Crit Care Med 2008

Page 20: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Proteinose Alveolar

Grupo de Doenças Intersticiais – InCor HCFMUSP

Aumento do risco de infecções

Page 21: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Imagem

Proteinose Alveolar

Grupo de Doenças Intersticiais – InCor HCFMUSP

Page 22: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

• Clínico + TCAR

• LBA (leitoso)

- Material PAS +; macrófagos xantomizados

• Biopsia pulmonar (BTB ou cirúrgica)

- Material PAS + (interior dos alvéolos)

- Ausência de inflamação ou distorção arquitetura

• Anti GM-CSF

Proteinose Alveolar

Diagnóstico

Wang BM. Chest 1997Inoue Y. Am J Respir Crit Care Med 2008

Page 23: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Tratamento

Proteinose Alveolar

• Remissão espontânea possível

• Sem tratamento definitivo

• Opções

1) Lavagem pulmonar total - principal

2) GM-CSF (anti GM-CSF +)

3) Plasmaférese, rituximab

Beccaria M. Eur Respir J 2004Inoue Y. Am J Respir Crit Care Med 2008

Seymour JF. Am J Respir Crit Care Med 2002

Page 24: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Proteinose Alveolar

Grupo de Doenças Intersticiais – InCor HCFMUSP

Lavagem pulmonar total

Page 25: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Proteinose Alveolar

Seymour JF. Am J Respir Crit Care Med 2002Grupo de Doenças Intersticiais – InCor HCFMUSP

Pré Lavagem Pós Lavagem (2

m)

Lavagem pulmonar total

Resposta (redução do gradiente) até 85% dos

casos

Page 26: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Proteinose Alveolar

GM-CSF (auto-imune)

Venkateshiah SB. Chest 2006Tazawa R. Am J Respir Crit Care Med 2010

12/25(48%)

Gradiente alvéolo-arterial (pré e pós tto)

Subcutâneo (6-12 m) – n = 25 Inalatório (6 m) – n = 35

24/35(62%)

Page 27: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Proteinose Alveolar

AUTO-IMUNE TRATAMENTO

Assintomático e sem

alteração funcional

Observar e reavaliação

periódica

Dispneia leve +

hipoxemia ao esforçoObservar e reavaliação precoce

Dispneia moderada a

grave e/ou hipoxemia

em repouso

Lavagem pulmonar total

(principal)

Considerar GM-CSF

* Relatos plasmaférese, rituximab

* Secundária tratar a causa

Page 28: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Conclusões

• Subdiagnóstico

• Necessidade de registros epidemiologia local

• Muitas sem tratamento definido ensaios

multicêntricos

Doenças pulmonares órfãs

Page 29: DOENÇAS PULMONARES ÓRFÃS

Obrigado!