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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A GESTÃO DA QUALIDADE NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
SUPERIOR
Por: Michele Viuge Antunes santos
Orientador
Prof. Monica Ferreira Melo
Rio de Janeiro
2014
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A GESTÃO DA QUALIDADE NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
SUPERIOR
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência do Ensino
Superior Por: Michele Viuge Antunes Santos
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, meu marido e a todos os
colegas e professores deste curso,
pelo convívio durante o período de
troca de saberes e experiência.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao meu marido, que
de muitas formas me incentiva e me
ajuda.
5
RESUMO
O presente trabalho trata a qualidade das Instituições de Ensino
Superior, partindo de uma analise histórica sobre a evolução do ensino
superior no país, apresenta também os principais conceitos, personalidades e
outros aspectos referentes à qualidade
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada no desenvolvimento do trabalho fundamenta-se
na pesquisa bibliográfica, onde se utiliza de uma vasta bibliografia à Educação
a Distancia; os princípios conceitos de qualidades no tocante da gestão da
qualidade e da qualidade sem serviços, com o foco voltado para as
necessidades especificas das Instituições de Ensino Superior.
Principais autores Sonia Simões Colombo, Pedro demo e Claus Moller.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - QUALIDADE NA EDUCAÇÃO 11
CAPÍTULO II - O ENSINO SUPERIOR 19
CAPÍTULO III – A SATISFAÇÃO DO CLIENTE 25
CAPÍTULO IV – A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE PERCEBIDA 33
CONCLUSÃO 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41
BIBLIOGRAFIA CITADA 42
ÍNDICE 44
8
INTRODUÇÃO
A palavra “qualidade” tem como princípio a representação do desafio
de fazer história humana, procurando humanizar a realidade e a convivência
social e, não se tratando somente sob o aspecto de intervenção da natureza e
da sociedade, mas sim o de intervir com o sentido humano, com base nos
valores e fins historicamente considerados aptos e necessários.
O critério de qualidade não é uma iniciativa externa ao processo de
avaliação, e vice-versa, e sim algo que é parte constitutiva da visão que a
comunidade tem da avaliação e decorre do autodiagnostico feito internamente
pelas partes avaliadas, não servindo à avaliação, mas à auto avaliação de
quem de fato vive e participa dos momentos de construção da vida acadêmica
na universidade.
A pesquisa apresenta o importante papel da Gestão da Qualidade nas
Instituições de Ensino Superior, partindo de uma perspectiva histórica sobre a
evolução do ensino superior no país.
Como sobreviver diante de uma concorrência que cresce a cada ano, o que
antes era sinônimo de baixo índice de vagas passa a ser objeto de
preocupação. Tal fato fez com que o status de empresa passasse a fazer parte
do dia-a-dia das IES.
As instituições de ensino figuraram por vários anos num cenário de pouca
competitividade, a procura era maior que a oferta, o que tornava rentável o
negócio.
As instituições de ensino figuraram por vários anos num cenário de pouca
competitividade, a procura era maior que a oferta, o que tornava rentável o
negócio. Assim sendo, não fortaleceram o processo de elaboração e
implementação da estratégia, tão imprescindível para seu crescimento e
9
sobrevivência. Com o surgimento de novas instituições e o aumento na oferta
de cursos por parte das já existentes, a competitividade passou a existir,
diminuindo a lucratividade gerando assim uma crise no setor. (COLOMBO,
2004).
Em meio a essa crise, para se obter a sustentabilidade pela
diferenciação era necessário que seu valor fosse percebido de forma contínua
pelos alunos de maneira que a concorrência não imitasse o que era
considerado singular.
Toda essa transformação fez com que as instituições de ensino, ao
contrário do que acontecia nos anos anteriores, mudassem seus paradigmas e
com isso passassem a olhar para si mesmas, numa visão de empresa,
inseridas em um cenário de negócios. As instituições deveriam adaptar-se à
nova realidade, e deveriam ser modificadas, fornecendo respostas cada vez
mais rápidas e eficazes. A regra do jogo passa a ser: “identificar e atender as
necessidades e as expectativas de seus clientes e de outras partes
interessadas (proprietários, mantenedores, acionistas, fornecedores,
comunidades acadêmicas em geral) na busca de melhores posições
competitivas, através da conquista de excelentes padrões de qualidade.”
(COLOMBO, 2004). Essa melhoria depende de uma eficiência interna e da
flexibilidade para a mudança.
Ainda segundo a autora, um sistema de gestão da qualidade é um
conjunto de atividades coordenadas, usadas como forma de comandar e
controlar uma organização com base nas políticas e diretrizes utilizadas para
se alcançar os objetivos determinados pelo seu planejamento estratégico.
Deve haver um comprometimento de toda a instituição.
Diversos problemas que assolam a maioria das empresas começam
também a perturbar as instituições educacionais. Antigamente, quando
começava o período letivo, bastava colocar uma faixa na frente da instituição
10
ou um anúncio no jornal com os dizeres "matrículas abertas", e a questão
estava resolvida. Hoje, com um grande número de concorrentes, ou as
Instituições Ensino Superior se dão conta de que devem funcionar como
empresas ou elas podem simplesmente desaparecer do mercado.
Uma forte e dinâmica mudança nas necessidades dos alunos; um
aumento na expectativa da comunidade; o crescente aumento da
concorrência; a escassez de recursos; os altos níveis de inadimplência; o
aumento dos custos, devido às novidades da tecnologia da informação na
educação e ainda, a situação econômica do país, são alguns dos aspectos
presentes na realidade do administrador escolar da atualidade.
11
CAPÍTULO I
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
A temática da qualidade em educação certamente é foco de inúmeras
discussões e reflexões acerca do próprio termo “qualidade”, pois trata-se de
um conceito múltiplo e que se expressa através de juízos de valor. De acordo
com Bertolin (2007), nas décadas de 1960 e 1970, a preocupação com a
educação se dava, basicamente, no sentido quantitativo e foi na década de
1980 que começaram a surgir, nos EUA e na Europa, as primeiras reflexões
acerca da qualidade da educação.
1.1 QUALIDADE DA EDUCAÇÃO: CONCEITOS E VISÕES
Qualidade é definida pelo dicionário Houaiss como “propriedade que
determina a essência ou a natureza de um ser ou coisa; conjunto de traços
psicológicos e/ou morais de um indivíduo; caráter, índole; característica
inerente; característica comum que serve para agrupar (seres ou objetos);
espécie, casta, jaez; grau negativo ou positivo de excelência”. Dessa forma,
falar em qualidade implica a ideia de comparação entre dois elementos onde
um é melhor, pior ou igual ao outro. O termo “qualidade”, do latim qualis,
significa que tipo, que casta, que natureza, que caráter etc., no âmbito da
educação também tem variado segundo o tempo e o meio.
Já a expressão “qualidade em educação”, segundo Davok (2007),
admite variadas interpretações. Segundo essa autora, uma educação de
qualidade vai desde aquela que possibilita o domínio eficaz dos conteúdos, ou
aquela que possibilita a aquisição de uma cultura científica ou literária, até
aquela que desenvolve a capacidade de servir ao sistema produtivo ou ainda
aquela que promove o espírito crítico e fortalece o compromisso para
transformar a realidade social.
12
Conforme Bertolin (2007), no espaço da educação superior, a qualidade
é inexoravelmente reconstruída em função de um conjunto de especificidades
das instituições de educação, tais como autonomia acadêmica e aspectos
impeditivos de formalização das atividades acadêmicas e científicas. Portanto,
no âmbito da educação superior não se pode adotar plenamente os conceitos
e os programas de qualidade originária da indústria e da iniciativa privada.
Lemaitre (2001) considera as definições de qualidade como nunca
neutras, nem inocentes, senão que se referem a equilíbrios de poder dentro
da educação superior e entre a educação superior e outros atores sociais.
Considerando a educação superior, tem-se utilizado o termo “qualidade” para
justificar muitas coisas, dentre elas: reformas curriculares, projetos de
pesquisa, conferências e congressos científicos etc.
Demo (1994) traz a estreita relação, muitas vezes ignorada, entre
qualidade e quantidade, pois considera que quando o termo qualidade é
aplicado à ação humana, qualidade é o “toque humano na quantidade” (p. 11).
Dessa forma, esse autor entende a qualidade como a dimensão de intensidade
de algo em dualidade com a quantidade, que é a dimensão de extensão. Para
esse autor, quantidade aponta para o horizonte da extensão e é considerada
base e condição para a qualidade, pois se trata do concreto material e indica
que toda pretensão qualitativa passa igualmente pela quantidade nem que seja
como simples meio ou insumo.
Sendo assim, Demo (1994, p. 14) distingue qualidade formal que é a
“habilidade de manejar meios, instrumentos, formas, técnicas, procedimentos
diante dos desafios do desenvolvimento” de qualidade política que se refere “a
competência do sujeito em termos de se fazer e de fazer história, diante dos
fins históricos da sociedade humana. E explica que a qualidade formal seria o
meio e a política o fim, não podendo as duas ser entendidas separadamente, e
sim como fazendo parte do todo: qualidade.
13
Outros conceitos desenvolvidos pelo mesmo autor (Demo, 1985), e que
se relacionam de forma direta com os conceitos de qualidade formal e política,
são os conceitos de qualidade acadêmica – definida como a “capacidade de
produção original de conhecimento da qual depende intrinsecamente a
docência” (p.35) –, qualidade social – entendida como a “capacidade de
identificação comunitária, local e regional, bem como a relação ao problema do
desenvolvimento. [...] Trata-se de colocar à universidade a necessidade de ser
consciência teórica e prática do desenvolvimento” (p. 38) - e qualidade
educativa – que se refere à “[...] formação da elite, no sentido educativo” (p.
39), isto é a formação de cidadãos, sejam eles formadores, planejadores,
administradores ou dirigentes políticos, ou seja, de cidadãos que cuidam para
que a sociedade se organize de forma democrática.
A partir da apresentação desses conceitos desenvolvidos por Demo
(1985; 1994),
Davok(2007) resume que:
acadêmica é subsumida pela dimensão social, que são subsumidas pela dimensão educativa. Do mesmo modo, os conceitos de qualidade acadêmica, social e educativa podem ser associados aos conceitos de qualidade política e formal (p.509).
Dessa forma, Davok (2007) representa essas relações através do
quadro a seguir:
DIMENSÃO DAS QUALIDADES ÁREAS SOCIAL E HUMANA
(DEMO, 1994) EDUCAÇÃO SUPERIOR
(DEMO, 1985)
Política Educativa Social
Formal Acadêmica QUADRO 1 – Associação dos conceitos de qualidade (DAVOK, 2007, p. 509).
14
Podemos assim perceber que Demo (1985; 1994) propõe uma ligação
entre as diversas dimensões envolvidas no conceito de qualidade,
demonstrando a complexidade terminológica existente.
Demo (1994) afirma ainda que Educação tem sido o termo resumo para
designar qualidade, por uma série de razões:
a) como instrumento, sinaliza a construção do conhecimento e, como fim, a preocupação em torno da humanização da realidade da vida; b) ligada à construção do conhecimento, impacta de modo decisivo tanto a cidadania quanto a competitividade, ganhando o foro de investimento mais estratégico; c) como expediente formativo, primordial das novas gerações, apresenta procedimento dos mais pertinentes em termos de qualificar a população, tanto para fazer os meios como para atingir os fins; d) principalmente, estando na base da formação do sujeito histórico-crítico e criativo, educação perfaz a estratégia mais decisiva de fazer oportunidade ( p. 15).
E, sendo assim, o conceito de educação de qualidade muitas vezes é
utilizado para acentuar seu compromisso construtivo de conhecimento. Para
Demo (1994), educação é um conceito mais rico que conhecimento, porque
abrange o desafio da qualidade formal e política ao mesmo tempo.
Sander (1995) demonstra preocupação com a qualidade educacional
sob a luz da administração da educação e explicita a questão da qualidade a
partir de diferentes perspectivas conceituais. A partir desse argumento, o autor
afirma que “o primeiro requisito para abordar corretamente o tema da
qualidade da administração da educação é resgatar a especificidade da
educação e a natureza peculiar da educação” (p.152). Esse autor busca,
através do paradigma multidimensional de administração da educação5 dar
respostas organizacionais e administrativas eficientes, eficazes, efetivas e
relevantes às atuais demandas e necessidades da educação latino-americana.
As quatro dimensões analíticas (econômica, pedagógica, política e cultural)
desse paradigma têm como respectivos critérios de desempenho: eficiência,
eficácia, efetividade e relevância. De acordo com Davok (2007),“essa
15
perspectiva torna possível valorar a qualidade da educação em termos
substantivos e instrumentais” (p.510).
Dessa forma, Sander (1995) articula a questão da qualidade com a
gestão da educação definindo os critérios de:
- Eficiência: O valor supremo da eficiência é a produtividade, logo, é eficiente
aquele que produz o máximo com o mínimo de desperdício, de custo e de
esforço, ou seja, aquele que, na sua atuação, apresenta uma elevada relação
produto/insumo. Daí a associação desse critério à dimensão econômica.
- Eficácia: (do latim efficax, eficaz, que tem o poder de produzir o efeito
desejado) é o critério institucional que revela a capacidade administrativa para
alcançar as metas estabelecidas ou os resultados propostos. No caso da
educação, a eficácia da administração preocupa-se essencialmente com a
consecução dos objetivos intrinsecamente educacionais, estando dessa forma
estreitamente vinculada aos aspectos pedagógicos das escolas, universidades
e sistemas de ensino. Sendo assim, esse critério tem estreita relação com a
dimensão pedagógica.
- Efetividade: a efetividade mede a capacidade de produzir as respostas ou
soluções para os problemas politicamente identificados pelos participantes da
comunidade mais ampla. Sua preocupação fundamental é a promoção do
desenvolvimento sócio econômico e a melhoria das condições de vida
humana. É nesse sentido que, tentando superar as limitações dos critérios
técnicos de eficiência e eficácia, a efetividade refere-se a "objetivos mais
amplos de equidade e de desenvolvimento econômico-social". A preocupação
com o desenvolvimento da sociedade reflete sua associação à dimensão
política do paradigma.
Relevância: Sua preocupação central é o desenvolvimento humano e a
promoção da qualidade de vida na educação e na sociedade através da
16
participação cidadã. A relevância sugere a noção de pertinência, de ligação, de
relação com alguém ou com algo. Dessa forma, a relevância está
intrinsecamente relacionada à dimensão cultural do paradigma
multidimensional da administração da educação.
1.2 QUALIDADE NOS SERVIÇOS
A oferta de serviços de baixa qualidade é fato comum no Brasil e outros
países, tanto no setor público como no setor privado. Segundo Gianesi e
Corrêa alguns motivos podem ser apontados como responsáveis pela
generalizada baixa qualidade na indústria de serviços:
• Frequentemente os trabalhadores da indústria de serviços são
considerados mão-de- obra temporária e, como tal, merecedores de
baixos níveis de atenção gerencial para efeito de motivação e
treinamento.
• Excessiva ênfase em corte de custos e busca míope por produtividade
de atendimento como no caso de caixas de banco medidos e
controlados apenas por número de clientes atendidos por hora.
• Clientes, em geral acostumados com um nível pobre de serviços, não
têm o hábito de exigir mais. Apenas 4% dos clientes insatisfeitos
reclamam dos serviços (Horovitz, 1987).
• Pouca concorrência – em grande quantidade de casos, os prestadores
de serviços são monopolistas em suas regiões ou setores e não sofrem
pressões concorrenciais.
• É normalmente difícil padronizar serviços, principalmente os intensivos
em mão-de-obra, pela variabilidade de clientes, de prestadores de
serviços e de situações que tipicamente ocorrem em situações reais.
• O serviço normalmente é produzido e consumido simultaneamente, não
havendo tempo para inspeções de qualidade.
• O pacote de serviços ofertado é em grande parte intangível e, portanto,
difícil de medir e controlar.
17
A falta de qualidade em geral provoca no cliente irritação, insatisfação e
muitas vezes o desejo de procurar outro fornecedor. Para o cliente, o fator
qualidade é dado pela comparação entre sua percepção quanto ao serviço
prestado e a expectativa que ele tinha do serviço. Se o nível de percepção
estiver abaixo do nível de expectativa, o cliente não ficará satisfeito, portanto,
ele terá a impressão de um serviço de baixa qualidade. Assim, a qualidade do
serviço pode ser definida como o grau de satisfação.
( Gianesi e Corrêa, 1994, p223).
Segundo esses autores, as expectativas e a percepção dos clientes em
relação ao serviço prestado estão diretamente relacionadas aos seguintes
aspectos e suas definições:
• Consistência - conformidade com a experiência anterior; ausência de
variabilidade no resultado ou processo.
• Competência - habilidade e conhecimento para executar o serviço.
Relaciona-se com as necessidades técnicas dos consumidores
• Velocidade de atendimento - prontidão da empresa e seus funcionários
em prestar o serviço. Relaciona-se com o tempo de espera (real e
percebido)
Expectativa do cliente quanto ao serviço
Percepção do cliente quanto ao serviço prestado
Comparação
Qualidade percebida pelo cliente
18
• Flexibilidade: ser capaz de mudar e adaptar a operação, devido a
mudanças nas necessidades dos clientes, no processo ou no
suprimento de recursos.
• Credibilidade/segurança - baixa percepção de risco; habilidade de
transmitir confiança.
• Acesso - facilidade de contato e acesso; localização conveniente; horas
de operação.
• Tangíveis - qualidade e/ou aparência de qualquer evidência física (bens
facilitadores, equipamentos, instalações pessoal, outros consumidores)
• Custo - fornecer serviços a baixo custo.
De forma semelhante, Parasuraman et al (1990) propuseram o seguinte
conjunto de dimensões da qualidade em serviços:
• Aspectos tangíveis - Aparência física de instalações, equipamentos,
pessoas e materiais de comunicação.
• Confiabilidade - Capacidade de prestar o serviço prometido de forma
confiável e precisa.
• Responsabilidade - Disposição para ajudar o cliente e proporcionar com
presteza um serviço.
• Competência - Habilidades específicas para desempenhar um serviço.
• Cortesia - Fineza, respeito, consideração e amabilidade no contato
pessoal.
• Credibilidade - Confiança. Honestidade e integridade transmitidas pelo
prestador de serviços.
• Segurança - Ausência de riscos.
• Acesso - Proximidade e facilidade de contato.
• Comunicação - Manter o cliente informado de forma compreensível e
escutá-lo.
• Conhecimento do cliente - Esforço para conhecer e atender suas
necessidades.
19
CAPÍTULO II
O ESNSINO SUPERIOR
2.1 ENSINO SUPEROIR NO BRASIL
Em 1808 as primeiras escolas de ensino superior no Brasil foram
criadas e foram se desenvolvendo lentamente até a proclamação da
República, em 1889, sendo que o ensino nessa época seguia o modelo de
formação voltada para profissões liberais, através de faculdades isoladas,
garantindo assim o prestígio social e, somente após 1850, devido ao período
de estabilidade política do Império que deu início na década de 1840, que
coincidiu com a expansão do café em torno do Rio de Janeiro nas primeiras
décadas do século XIX e de relativo crescimento econômico, constatou-se uma
expansão gradual no número de instituições educacionais e a consolidação de
alguns centros científicos, da época.
Porém, mesmo com todos esses acontecimentos que ocorreram, o
ensino superior manteve-se limitado às profissões liberais em algumas
instituições públicas isoladas de tempo parcial, o sistema padecia de certa
imobilidade e, a sua possibilidade de ampliação e de diferenciação estava
contida na capacidade de investimentos e de vontade política do poder central
nesse setor.
O período Republicano deu início a História do Ensino Superior privado
no Brasil, que era único e exclusivamente do poder central e, com a
Constituição da República, de 1891, houve a tão esperada descentralização,
sendo delegado também aos governos estaduais e com isso permitiu a criação
de instituições privadas.
20
Para Sampaio (2000):
Houve com a descentralização a ampliação e a
diferenciação do sistema de ensino superior, cuja época
em que todas as instituições de ensino superior cobravam
taxas de matrículas de seus alunos, inclusive as públicas,
mesmo porque, a questão da gratuidade do ensino não
era constituída por aspecto distintivo do ensino público na
época. (p.37)
A partir de 1900, em resposta à possibilidade aberta pela nova moldura
legal disciplinada pela Constituição da República, a iniciativa privada criou seus
próprios estabelecimentos de ensino superior, pois até então não existiam
mais do que 24 escolas superiores, e as que surgiram eram basicamente, de
iniciativa confessional católica, ou de iniciativa de elites locais, ressaltando que
algumas contavam com o apoio de governos estaduais, enquanto que outras
dependiam, exclusivamente, da iniciativa privada, da qual destacamos a
Universidade do Paraná, em 1912, que surgiu devido à iniciativa de grupos
políticos e de empresários locais, oficializada pela Lei Estadual nº 1.284
(ROMANELLI, 1985).
O Governo Federal, através do Decreto-lei nº 11.530, de março de
1915, que determinava a abertura de escolas superiores apenas em cidades
com mais de 100.000 habitantes, não reconhecia oficialmente essa
universidade, devido a Curitiba, que naquela época, não atingia essa
população, sendo reconhecida posteriormente, 30 anos após, ou seja, em
1946, sem, no entanto deixar de funcionar durante esse período.
2.2 O SURGIMENTO DAS UNIVERSIDADES NO BRASIL
A ideia de se criar uma universidade no país surgiu com a proposta de
uma elite intelectual laica, que defendia o ideal de uma universidade pública
em oposição ao modelo de instituições isoladas, pois o surgimento de
21
instituições privadas levou a abertura de um sistema exclusivamente público,
restrito e centralizado, em duas opções: confessional ao ensino público e laico
e a laica das elites dos estados, com o objetivo de escapar do controle do
poder central, devido o seu grande crescimento, uma vez que contava em
1900 e, segundo Teixeira apud Sampaio (2000, p.39), com apenas 24
instituições isoladas, passou a contar, três décadas após, com 133, sendo que
destas, 86 haviam sido criadas na década de 1920.
A primeira organização do Ensino Superior em Universidade surgiu
nessa década, por determinação do Governo Federal, com a criação da
Universidade do Rio de Janeiro, através do Decreto nº 14.343, de 7 de
setembro de 1920 e, através da iniciativa de Francisco Mendes Pimentel,
surgia em 1927, a Universidade de Minas Gerais.
De acordo com Romanelli (1985) sendo estas, no entanto, as únicas
Universidades brasileiras:
[...] recém-criadas existentes antes do Decreto 19.851, de
11 de abril de 1931, que instituiu o Estatuto das
Universidades Brasileiras, adotando, para o ensino
superior, o regime universitário. Na mesma data, pelo
Decreto 19.852, o Governo reorganizou a Universidade
do Rio de Janeiro, incorporando-lhe, além dos três cursos
já existentes, a Escola de Minas Gerais, as Faculdades
de Farmácia e Odontologia, a Escola de Belas Artes, o
Instituto Nacional de Música e a Faculdade de Educação,
Ciências e Letras, esta última nunca implantada.(p.132)
É importante esclarecer, que mesmo com a reorganização da
Universidade do Rio de Janeiro, a Universidade de São Paulo, em 25 de
janeiro de 1934, de acordo com as normas contidas nos Estatutos das
Universidades, foi a primeira Universidade a ser criada e organizada, de
22
acordo com as normas do decreto e apresentava ainda a novidade de possuir
uma Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, passando a ser a medula do
sistema, pois possuía por objetivos a formação de professores voltada para o
magistério secundário, bem como a realização de altos estudos
desinteressados e ainda a pesquisa como suporte.
A Universidade do Distrito Federal foi criada em 1935, pelo então
Secretário da Educação, Anísio Teixeira, surgida forte por não possuir as três
faculdades tradicionais e ter uma Faculdade de Educação, na qual se situava o
Instituto de Educação e, no entanto, foi extinta em 1939, ao incorporar-se,
desde 1937, à Universidade do Brasil, na qual se transformara a Universidade
do Rio de Janeiro, começando assim, a partir de então, a surgir universidades,
públicas e privadas, por todo o território nacional.
2.3 A EDUCAÇÃO COMO NEGOCIO
Seguindo a linha histórica da evolução das IES, em 1991 uma faculdade
norte americana chamada DeVry foi pioneira na abertura de seu capital na
bolsa de valores.
Foi o primeiro passo de um processo hoje muito praticado por instituições
do mundo todo, criando um elo entre o setor de educação e o mercado
financeiro.
Colombo (2004) destaca essa relação com o crescente desenvolvimento
no setor de serviços, ao mesmo tempo em que as habilidades necessárias
para o mercado de trabalho vêm tornando-se cada vez mais complexas, isto é,
as vantagens competitivas das empresas estão cada vez mais ligadas à
qualidade do corpo de funcionários e não mais a equipamentos e capital. O
crescimento na oferta de trabalho que exige mão de obra qualificada aumentou
a demanda por ensino superior no mundo.
23
Segundo dados apresentados pela autora, uma pesquisa realizada em
30 países, ricos e pobres, o gasto com educação é bastante representativo,
ficando entre 4 e 7% do PIB. No Brasil esse número chega a 5,2%. No ano de
2003, a soma dos setores público e privado movimentou na educação
importância de cerca de 100 bilhões de reais.
Os dados apontados por Colombo (2004) mostram que 70% dos
estudantes universitários do Brasil estão no setor privado. O setor público tem
encontrado dificuldades para buscar orçamentos adicionais e o setor privado,
aproveitando-se dessa demanda esperada, aumentou a oferta de cursos e
vagas, dobrando o número de autorizações na última década.
2.4 A ESCOLA EMPRESA
Recentemente a concepção de gestão passou a fazer parte do cenário
escolar. O modelo tradicional de administração escolar não atendia mais as
necessidades atuais. A incapacidade pública de atender toda a demanda pela
educação alavancou o crescimento do setor privado da educação. Por
consequência o caráter empresarial das instituições de ensino passou a ser
exorbitado, recebendo codinomes como “tubarões do ensino”.
Colombo em sua obra destaca que a grande maioria dos educadores, ao
defenderem os princípios e valores da sua atividade, muitas vezes relutam em
aceitar a incorporação de estratégias e mecanismos provenientes de outras
atividades empresariais, criando a ideia de que educação e empresa são
incompatíveis. Percebe-se então que ainda persiste a resistência em aceitar a
legitimidade de se obter lucros oriundos da prestação de serviços educativos.
A definição apontada pela autora mostra o papel empresarial da escola,
através de uma política de gestão composta por uma equipe de profissionais
com conhecimento e perfil que favoreçam o aprimoramento da instituição nos
dois sentidos, escola e empresa.
24
Cabe ao gestor a tarefa de difundir tal
postura e formar um grupo de trabalho comprometido com o bom desempenho da escola como um todo, pois esta só terá se apropriado de seu caráter empresarial à medida que cada professor ou funcionário se perceber responsável pela saúde da empresa, ao sugerir uma iniciativa que implique na redução de custo, ao portar-se como cartão de visitas da instituição, ou ao abrir seus canais de escuta para a clientela com a qual se relaciona direta e indiretamente.(COLOMBO, 2004).
O reconhecimento da escola enquanto empresa facilita sua organização
administrativa e faz com que aqueles que desejam desempenhar o papel de
diretor ou gestor se preparem adequadamente para bem administrar a escola
que pretendem dirigir. Pois, ainda nos dias de hoje, encontramos nas escolas
uma cultura centralizadora, muito pouco participativa e focada em resultados
de curto prazo, nestas escolas, normalmente é aquele que foi um excelente
professor quem assume a direção da instituição, por falta de conhecimento
administrativo este diretor muitas vezes não é competente enquanto gestor.
A sustentabilidade de uma escola depende diretamente das estratégias do
marketing educacional, que tem a função de orientar as instituições de ensino
no planejamento estratégico, na busca de um caminho menos turbulento para
o futuro, tendo em vista o ambiente competitivo, diversificado e dinâmico no
qual estamos inseridos, mas sempre respeitando as características do serviço
a ser prestado, a educação.
A escola é uma empresa feita por e para pessoas, é um organismo vivo,
dinâmico e em permanente transformação. Ela é um importante instrumento
que pode e deve ser utilizado na busca de uma transformação social, por isso,
ao assumir sua posição de empresa prestadora de serviços, a escola não pode
se entregar aos interesses das classes dominantes, beneficiando e
25
enaltecendo os interesses do mercado e de uma ideologia específica, em
detrimento dos interesses humanos e de suas múltiplas necessidades.
26
CAPÍTULO III
A SATISFAÇÃO DO CLIENTE
3.1 SATISFAÇÃO DO CLIENTE
No momento em que a sociedade e empresas estão discutindo a
qualidade dos produtos e serviços é importante incluir a qualidade na
educação.
A discussão acerca da qualidade do ensino superior no Brasil iniciou-se
em meados da década de 80. As propostas de avaliação partiram inicialmente
dos pesquisadores e não das escolas que, apenas a partir da década de 90
começaram a tratar o assunto.
Dentro das instituições de ensino, quando se fala que o aluno é um
"cliente", encontra-se uma forte rejeição à palavra "cliente". Segundo
VIGNERON (1994),
Os educadores pensam imediatamente em dinheiro e
hipocritamente não querem misturar dinheiro e educação.
Infelizmente todo sistema educacional deve ser
sustentado financeiramente, seja com dinheiro público,
seja com dinheiro privado (p.276).
Realmente, o fato das instituições de ensino superior operarem em
meios cada vez mais competitivos e com maiores restrições orçamentais, faz
depender a sua saúde financeira da capacidade para recrutar e reter
estudantes e torna indispensável efetuar o estudo da satisfação do estudante,
que aparece assim como de primordial importância, dada a necessidade do
ensino superior em melhorar a qualidade do ensino. Mas o que significa na
verdade “qualidade” e como alcança-la?
27
Qualidade, diz CROSBY (1994, p.31), significa conformidade. Ausência
de qualidade é não conformidade. Conformidade é estar de acordo com algum
parâmetro. A questão fundamental da qualidade está baseada nas
necessidades de organização institucional. Envolve a utilidade, adequação e
satisfação do produto ou serviço aos clientes e mercados. No entanto, enfatiza
DEMING (1990) "a qualidade só pode ser defendida em temos de quem a
avalia” (p.125).
Escreve MOLLER (1993):
A qualidade da empresa pode ser definida pelo grau
até qual o desempenho global de uma empresa ou
organização satisfaz as exigências e expectativas
técnicas e humanas". Segundo ele, "essas
exigências e expectativas são fixadas tanto pelo
mundo exterior como pelos próprios funcionários da
empresa ( p.160).
Na abordagem de MOLLER, está implícito que a qualidade resulta da
conjunção dos esforços de todos os elementos envolvidos com a organização.
Quando não é definida, ela passa a ser um problema para a entidade, pois
ninguém quer ser o dono desse problema. Toda pessoa da organização deve
estar consciente de que tem alguma responsabilidade para alcançar os
objetivos de qualidade.
No caso das organizações de ensino, elas devem planejar organizar,
executar e controlar todos os recursos que afetam a qualidade de seus
produtos e serviços. É necessário que tenham planos, programas e controles
voltados para prevenir, reduzir e eliminar suas deficiências e problemas. Os
problemas da qualidade nas instituições de ensino, ou em qualquer entidade,
são ocasionados pela falta de algo. Segundo CERQUEIRA (1991, p.71), essa
"falta de algo" tem seis origens:
28
• Apoio da alta administração;
• Liderança;
• Organização;
• Recursos;
• Tempo;
• Treinamento.
Para se obter um produto de qualidade nas organizações de ensino, são
necessárias ações planejadas, sistemáticas e contínuas. A ausência de
qualquer dos requisitos mencionados por Cerqueira, ocasiona riscos de não
obter a "excelência em qualidade". Isso gera resultados desfavoráveis e acaba
comprometendo a sobrevivência de entidade no mercado em que atua.
De acordo com CERQUEIRA (1991, p.73), os requisitos essenciais para o
desenvolvimento da qualidade se resumem na existência real e explícita
destes pontos:
• Apoio da administração (diretriz da qualidade estabelecida por escrito,
gerando o orçamento do programa de qualidade);
• Liderança das pessoas com responsabilidade decisória;
• Organização formal do conhecimento de todos;
• Recursos disponíveis sempre que sejam necessários;
• Tempo administrado nos níveis individual e coletivo;
• Treinamento como base de geração de competência instalada na
empresa.
Vemos, então que o escopo da qualidade está nos níveis estratégicos da
organização. No entanto, a sua implementação é de "baixo para cima", ou
seja, nos níveis operacionais da entidade. A política, responsabilidade e
sustentação da qualidade estão em cima; manter e processar a qualidade, em
baixo. Quando se retira a sustentação em cima, gradualmente a qualidade se
29
deteriora. A realização de um processo de qualidade na escola é empenho de
todos, sobretudo de três grupos: administradores, educadores e alunos.
Os administradores têm um papel importante na implantação da qualidade,
dentro de uma visão de futuro.
Os educadores devem desenvolver um processo de ensino motivador e
inovador, levando o aluno à construção do conhecimento dentro de uma
dimensão de qualidade.
Os alunos participam no processo educativo utilizando o conhecimento
como um recurso em benefício da sociedade. CERQUEIRA (1991), afirma o
seguinte:
Qualidade é algo que deve ser administrado. Não é algo que deve ser só construído ou só controlado ou só inspecionado. Claro que para administrar a qualidade, deve-se também construir, controlar e inspecionar. A responsabilidade é de todos na organização, mas a Alta Direção, ao invés de só estar superficialmente envolvida, deve estar exercendo forte liderança para mobilizar a todos na organização, preparar planejamento estratégico, e estabelecer qualidade como objetivo (p.26-27).
Segundo JURAN (1992),
“uma definição simples de qualidade é adequação ao uso". Inserem-se aí a satisfação e a insatisfação. A razão pela qual os clientes compram o produto é a sua satisfação. Já a insatisfação leva-os a reclamar ou não comprá-lo. Isso acontece quando o produto tem deficiências ou existe um produto concorrente com características mais adequadas para satisfazer as necessidades do cliente (p.12).
Para compreender a satisfação num serviço complexo como a educação
superior, é necessária em primeiro lugar, decompor a satisfação nas suas
componentes. A satisfação pode ser vista de dois modos: a satisfação como
um processo e a satisfação como um resultado. A satisfação como um
processo centrasse nos antecedentes da satisfação e não na satisfação em si.
Por sua vez, a satisfação como um resultado centra-se na natureza da
satisfação.
30
A satisfação nos serviços é vista como um processo e encontra-se
sempre relacionada com algum tipo de expectativa ou norma. Assim, também
no serviço ensino superior à satisfação é vista como um processo. Quando o
estudante começa a frequentar as aulas percebe se as suas expectativas
foram negativamente desconfirmadas, confirmadas ou positivamente
desconfirmadas. Se o estudante achar que o desempenho é menor do que as
suas expectativas, dá-se uma desconfirmação negativa, gerando-se
insatisfação (o estudante poderá desistir pedir transferência ou difundir uma
opinião negativa acerca da instituição). Se o desempenho corresponder às
suas expectativas haverá uma confirmação e se o desempenho for superior às
expectativas, haverá uma desconfirmação positiva, gerando-se satisfação. O
estudante satisfeito, por sua vez, tornar-se-á o melhor promotor da instituição,
pois a sua opinião favorável irá alcançar outros potenciais estudantes que
desta forma serão mais facilmente conquistados.
Num primeiro momento, a fase pré-inscrição, o estudante através da
recolha de informações junto de pessoas conhecidas ou através das atividades
de marketing da instituição, formula as suas expectativas relativamente à
instituição. Essas expectativas farão parte da atitude que o estudante irá ter
perante a instituição (a inscrição). Se o estudante for aceito na instituição, irá
começar a frequentar as aulas e pela comparação das suas expectativas com
aquilo que ele recebe, poderá ocorrer um processo de desconfirmação no
momento de pós-inscrição. Essa desconfirmação poderá ser positiva ou
negativa e dar origem à satisfação ou à insatisfação do aluno, que por sua vez,
irá formar uma nova atitude relativamente à instituição. O resultado dessa nova
atitude poderá ser benéfico ou prejudicial à instituição consoante tenha
ocorrido a satisfação ou a insatisfação.
Assim, é de extrema importância que as instituições de ensino superior
recolham informação acerca das expectativas dos estudantes e as tentem gerir
desde o momento da inscrição até ao momento da graduação, por forma a
alinhá-las o mais próximo possível daquilo que pode ser fornecido.
31
Apesar de muitos investigadores fazerem referências às expectativas do
estudante no ensino, a existência delas num serviço como o ensino superior
não é clara. O ensino superior representa uma experiência de serviço
completamente desconhecida para os estudantes e por outro lado é um bem
intangível e, por isso, segundo LEVITT (1985), não pode ser experimentado e
testado antes de adquirido, o que pode conduzir à ausência de expectativas.
Na ausência de expectativas claramente definidas, o processo de
desconfirmação pode tornar-se inoperante, pois este se baseia na comparação
entre as expectativas e o desempenho. O resultado desta situação resultará
em avaliações de satisfação dominadas apenas pelas percepções de
desempenho.
Portanto, se as expectativas não estão bem definidas, o cliente irá,
sobretudo utilizar o desempenho como principal determinante do seu nível de
satisfação, pelo que deverá haver uma ênfase por parte da gestão da
universidade em distribuir da melhor forma os recursos, por forma a melhorar a
qualidade do serviço ao nível da prestação, em vez de comunicar essa
qualidade posteriormente. Deste modo parece que, a qualidade do serviço será
uma forma de o estudante aferir do desempenho da instituição e
consequentemente acerca da sua satisfação.
Não podemos também, nos descuidar dos vários outros aspectos que
devem ser observados para se aferir o desempenho e a qualidade dos serviços
de uma e que devem ser constantemente avaliados pelos seus gestores.
Abaixo, relacionamos alguns destes:
32
3.2 IMPORTÂNCIA DOS ASPECTOS
• 3.2.1 Aspectos gerais:
a) Instalações modernas;
b) Instalações limpas;
c) Atividades desportivas;
d) Atividades culturais;
e) Associações de alunos.
• 3.2.2 Biblioteca:
a) Acesso fácil às prateleiras;
b) Formas de consulta rápida;
c) Amabilidade no atendimento;
d) Interesse pela resolução dos problemas do aluno.
• 3.2.3 Facilidades laboratoriais e informáticas:
a) Disponibilidade de laboratórios e meios informáticos;
b) Possibilidade de utilização depois das aulas;
c) Existência de formação em meios informáticos.
• 3.2.4 Serviços de ação social:
a) Auxílio financeiro aos alunos;
b) Existência de apoio médico;
c) Disponibilidade de alojamento;
d) Existência de cantinas;
e) Conhecimento das regras e procedimentos;
f) Confiança e segurança no serviço prestado;
g) Informação da conclusão do serviço;
33
h) Interesse pela resolução dos problemas do aluno;
i) Regras e procedimentos simples;
j) Amabilidade no atendimento.
• 3.2.5 Serviços acadêmicos:
a) Procedimentos simples;
b) Conhecimento das regras e procedimentos;
c) Interesse pela resolução dos problemas do aluno;
d) Confiança e segurança no serviço prestado;
e) Informação de conclusão do serviço;
f) Atendimento rápido;
h) Amabilidade no atendimento.
• 3.2.6 Cursos:
a) Conteúdos atualizados;
b) Saídas profissionais.
• 3.2.7 Serviços de docência:
a) Amabilidade dos professores;
b) Atenção personalizada;
c) Facilidade de comunicação com o professor;
d) Clareza e precisão na exposição dos conhecimentos;
e) Capacidade científica do professor;
f) Avaliação justa;
g) Aconselhamento da bibliografia base.
• 3.2.8 Ligações da universidade ao exterior:
a) Obtenção de estágios finais;
34
b) Programas de intercâmbio com o estrangeiro;
c) Conferências e seminários;
d) Ligação à internet.
As atividades desempenhadas pelas instituições de ensino enquadram-
se como prestação de serviços educacionais. Assim sendo, torna-se
imprescindível verificar as peculiaridades e implicações da natureza dessa
atividade, bem como a correlação entre os serviços, a qualidade destes, e a
satisfação dos clientes.
Tendo em vista a percepção dos serviços pelos clientes, não basta que
aqueles cheguem a estes através da mera prestação do serviço educacional,
mas de uma prestação que atenda às expectativas e necessidades do cliente,
o qual vislumbra ser atendido com qualidade, oportunizando, nesse contexto, a
satisfação dos alunos.
35
CAPÍTULO IV
A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE PERCEBIDA
4.1 A QUALIDADE PERCEBIDA
A qualidade de um serviço é percebida através de determinadas
dimensões com diferentes níveis de importância para o consumidor. Assim,
GRÔNROOS (apud ALVES, 2000), considera que a qualidade dos serviços se
pode dividir em dois subcomponentes: a qualidade técnica e a qualidade
funcional. A qualidade técnica diz respeito àquilo que é fornecido durante o
processo de prestação do serviço, isto é, conhecimento, tangíveis, soluções
técnicas, entre outros. Por sua vez, a qualidade funcional, refere-se ao modo
como o serviço é fornecido.
A mesma autora, citando PARASURAMAN declara que as percepções
de qualidade dos consumidores são influenciadas por uma série de desvios
que ocorrem nas organizações e podem ser medidas através das seguintes
cinco dimensões: A confiabilidade, que diz respeito à capacidade de realizar o
serviço com precisão e de uma forma que merece confiança; A tangibilidade,
que se relaciona com a aparência das instalações físicas, com o equipamento,
o pessoal e com os materiais de comunicação; A rapidez, que se relaciona
com a vontade de ajudar o cliente e fornecer um serviço imediato; A
segurança, que se relaciona com o conhecimento e cortesia dos empregados e
com a sua capacidade para inspirar confiança; A empatia, que diz respeito ao
carinho e à atenção individual prestada ao cliente.
Para estes investigadores, a primeira dimensão tem a ver com o
resultado do serviço, enquanto que as restantes se relacionam com o processo
de prestação do serviço. Apesar da primeira ser a mais importante para
satisfazer as expectativas dos consumidores, é através das restantes
36
dimensões que uma organização tem oportunidade para exceder as
expectativas dos consumidores.
Relativamente ao serviço educacional OWLIA e ASPINWALL (apud
ALVES, 2000), propõem seis dimensões através das quais se pode avaliar a
qualidade no ensino superior, salientando, contudo o fato de estas seis
dimensões não suscitarem os mesmos sentimentos e interesses em todos os
clientes da instituição.
4.2 DIMENSÕES DA QUALIDADE E SUA CORRESPONDÊNCIA NO ENSINO
SUPERIOR
a) Na Tangíveis suas características são: equipamentos e instalações
suficientes; Instalações e equipamentos modernos; facilidade de
acesso; ambiente físico agradável; serviços de suporte (dormitórios,
desportos, ...)
b) Na Competência suas características são: Pessoal docente
suficiente; Conhecimentos teóricos e qualificações; Conhecimentos
práticos; Conhecimentos atualizados; Capacidade de comunicação
e de ensino.
c) Na Atitude suas características são: Compreensão das
necessidades dos alunos; Vontade de ajudar; Disponibilidade para
orientar e aconselhar; Disponibilizar atenção personalizada;
Simpatia.
d) No Conteúdo suas características são: Relevância do currículo para
os futuros empregos dos estudantes; Eficiência; Com os
conhecimentos e capacidades fundamentais; Perfeição, utilização
de computadores; Capacidades de comunicação e de trabalho em
equipe; Flexibilidade do conhecimento e interdisciplinaridade.
37
e) Na prestação suas características são: Apresentação efetiva; Com
sequência, no timing adequado; Consistente; Justiça nas avaliações;
Feedback dos estudantes; Encorajamento dos estudantes.
f) Na Confiabilidade suas características são: Garantia de confiança;
Atribuição de diplomas válidos; Cumprimento das promessas,
alcance das metas; Gestão das queixas, resolução de problemas.
Atendendo às variáveis que aparecem mais correlacionadas com cada um
dos fatores, poderíamos dizer que: • O primeiro fator reúne essencialmente as variáveis relacionadas com a
atividade de ensino na sala de aula. Por um lado, o comportamento
amável por parte do professor, a possibilidade de esclarecimentos
individualizados e a facilidade de comunicar com o docente. Por outro a
exposição clara e precisa das matérias por parte do docente, a sua
capacidade científica, a justiça na avaliação e o aconselhamento da
bibliografia base necessária ao acompanhamento das aulas. Assim,
identificar-se-á este fator como “Docência”.
• O segundo fator relaciona-se com a existência de infraestruturas
laboratoriais e informáticas, bem como com a possibilidade de utilizar
essas infraestruturas fora dos horários das aulas e ainda com a
existência de formação nesses meios.
Também o acesso à internet aparece relacionado com este fator, pelo
que se interpretará este fator como “Meios de apoio à docência”.
• No terceiro fator encontram-se agrupadas as variáveis relacionadas com
o apoio da universidade à colocação dos alunos finalistas em estágios,
com a existência de programas de intercâmbio de alunos com o
estrangeiro e ainda a realização frequente de conferências e seminários,
pelo que a este fator se dará o nome de “Ligações com o exterior”.
38
• As variáveis relacionadas com a existência de atividades desportivas,
atividades culturais e associações de alunos surgem agrupadas no
quarto fator, que pelas suas características de complementaridade à
vida acadêmica do aluno designaremos por “Atividades
extracurriculares”.
• No quinto fator surgem agrupadas as variáveis relacionadas com o
conteúdo atualizado do curso e ainda a diversidade de saídas
profissionais proporcionada pelo curso. Pelas suas características
designaremos este fator por “Empregabilidade potencial do curso”.
• No sexto fator reúnem-se as variáveis relacionadas com o meio físico da
universidade, tais como, instalações modernas e instalações limpas,
pelo que este fator será designado de “Instalações”.
Na opinião de JURAN (1992) é possível generalizar um roteiro
para o planejamento da qualidade - uma sequência invariável de
etapas, como segue:
• Identificar quem são os clientes;
• Determinar as necessidades desses clientes;
• Traduzir essas necessidades à nossa linguagem;
• Desenvolver um produto de modo a atender tanto as nossas
necessidades quanto às dos clientes;
• Desenvolver um processo que possa fabricar o produto;
• Otimizar o processo;
• Provar que o processo pode fabricar o produto em condições normais
de operação;
• Transferir o processo aos meios de produção.
Mudar a cultura de qualidade de uma empresa não é tarefa fácil, pois
envolve aplicação conscienciosa dos princípios de gerenciamento de qualidade
e esforço sincero de todos os níveis da organização para alcançar
39
transformação da qualidade. Os mesmos esforços são requeridos para
alcançar as mudanças fundamentais na educação.
Para formular e programar um sistema de qualidade nas instituições de
ensino, o planejamento estratégico é um fator de grande importância. As
estratégias e diretrizes estão associadas com um estudo de premissas. No
planejamento estratégico de organizações de ensino, deveria haver um plano
de um sistema de qualidade dos produtos, serviços e contribuições sociais que
elas oferecem à sociedade. Com isso, o planejamento estratégico resultaria
em políticas, objetivos e ações ordenadas nos planejamentos operacionais dos
gestores de cada área; consequentemente, os executores das ações tentariam
buscar os resultados de maneira inteligente e com responsabilidade.
SPANBAUER (1995) assinala que, no processo de planejamento de
qualidade estratégica, é necessário considerar:
• Aumento do treinamento e educação do pessoal e o design do
profissional individual no desenvolvimento dos planos;
• Grande envolvimento dos executivos e gerentes no processo de
qualidade;
• Promover integração do processo de qualidade em cada operação e
serviço;
• Capacidade de solucionar problemas do dia-a-dia e o uso de métodos
científicos e estatísticos na tomada de decisão(p. 133).
RAMOS (1992), sinteticamente aponta o caminho para obter um ensino de
qualidade. Segundo ele: "uma instituição, e de modo muito especial a escola,
quando investe na formação continuada de seu pessoal, em particular do
corpo docente, está pavimentando o caminho para a própria melhoria e
estabelecendo as bases para realizar um ensino de qualidade"(p.35).
Aqui vemos a necessidade de adotar uma política de qualidade como um
guia das ações escolares. A sociedade, de várias formas, vem continuamente
40
manifestando descontentamento com a falta de qualidade nos produtos e
serviços oferecidos pelas organizações de ensino. RAMOS (1992) mostra a
maneira de modificar este quadro:
A qualidade total somente é alcançada quando toda a escola, na integridade do seu corpo social: professores, alunos, administradores, orientadores, supervisores, equipe técnica e de apoio, pais e sociedade, tornarem-se partícipes reais num processo incessante de aperfeiçoamento dos serviços educativos prestados pela instituição (p.138).
4.3 FATORES ESSENCIAIS PARA A ESCOLA ALCANÇAR A QUALIDADE
TOTAL NA EDUCAÇÃO:
• Sistemas e Processos - Todas as tarefas combinadas para alcançar um
resultado são definidas como um processo. Sistema, neste contexto,
significa um arranjo de pessoas, lugares, coisas e/ou circunstâncias que
fazem, facilitam ou permitem as coisas acontecerem.
• Trabalho em Equipe - A contribuição de várias pessoas é extremamente
importante na produção de um produto ou serviço de qualidade.
• Qualidade pelo Fato, Processo e Percepção - Examinar pelo fato, isto é,
o produto ou serviço reúne os requerimentos especificados? Examinar a
qualidade do processo, isto é, o processo e/ou sistema gera o produto
ou serviço como pretendido? Examinar a qualidade pela percepção, isto
é, as expectativas dos consumidores estão adequadas?
• Gerenciamento pelo Fato - Quando as pessoas conhecem os fatos, elas
podem oferecer uma recomendação essencial, chamando a atenção
para sérios defeitos no desenvolvimento de planos e evitando
problemas adicionais.
41
CONCLUSÃO
Podemos afirmar que a qualidade é requisito básico para a educação
superior cumprir o seu compromisso com o desenvolvimento social e
econômico do país.
Dessa forma, acreditamos na necessidade de contribuirmos para a
elaboração de um sistema sólido de avaliação que seja capaz de avaliar de
forma efetiva a qualidade do ensino superior, assim como no desenvolvimento
de estratégias oferecidas para a melhoria da qualidade de ensino de forma
mais ampla segundo variados critérios que visam o desenvolvimento pessoal,
social e político.
Diante de um mercado extremamente competitivo, percebe-se que a
preocupação com a melhoria na qualidade deve estar presente nas Instituições
de Ensino Superior, pois, com o aumento no número de Instituições, aumento
no número de vagas e a diminuição no número de alunos, surge uma realidade
bem diferente da encontrada nas décadas de 70 e 80. O uso de ações internas
para melhoria de qualidade tem buscado atingir a excelência na educação.
A visão de empresa deve se fazer presente nas Instituições de Ensino
Superior, tais como: o uso de estratégias, a busca por vantagens competitivas,
a preocupação com a qualidade nos serviços prestados a excelência na
educação, entre outros. Aspectos como a abertura do capital figura-se neste
novo cenário.
O modelo de Gestão baseada em sistemas apresenta uma nova
realidade onde há uma série de atividades sendo executadas de forma
coordenada, tendo suas raízes nas políticas e diretrizes com um objetivo único,
atender ao planejamento estratégico da Instituição.
42
As instituições de ensino, a exemplo das empresas sérias, se quiserem
permanecer no mercado devem preocupar-se com a qualidade de seus
serviços e satisfação de seus clientes. Para tanto, faz-se necessário criar
mecanismos sérios para a constante medição da satisfação tanto dos alunos
quanto dos funcionários e professores, haja vista que, destes últimos depende
toda a prestação de serviços. É bom lembrar o que CROSBY (1994, p.141)
disse: "Economia da qualidade é coisa que não existe; é sempre mais barato
realizar corretamente a tarefa logo na primeira vez". E não se esquecer do
aviso de MOLLER (1993, p.17): "Uma empresa de qualidade possui ambiente
e clientes satisfeitos. Clientes satisfeitos traduzem-se em melhores resultados
financeiros, imagem melhor e futuro mais brilhante". Pelo contrário, a
instituição de ensino que ignorar esta realidade, mais cedo ou mais tarde terá
sérios problemas, verá seus alunos, professores e funcionários desaparecerem
junto com o seu lucro, e terminará sucumbindo ou sendo comprada pelo
concorrente.
43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Paulo: Blucher, 2007.
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Paulo: Terra - Escritório de Comunicação, 1994.
44
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desenvolvimento e a qualidade da educação superior brasileira. Revista
Avaliação. v. 12, n. 2, p. 309-331, jun. 2007. Campinas: Sorocaba, SP.
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e métodos. São Paulo: Pioneira, 1991.
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9. GIANESI, I. G. N; CORRÊA, H. L. Administração Estratégica de
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18. VIGNERON, Jacques. A satisfação dos clientes: uma ferramenta para a
administração da qualidade total. Revista Universidade n. 5. Set/Out,
1994 p.276-278.
46
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I (QUALIDADE DA EDUCAÇÃO ) 11 1.1 - A Qualidade na Educação: Conceitos e Visões 12 1.2 – Qualidade nos Serviços 16 CAPÍTULO II (O Ensino Superior ) 19 2.1- Ensino Superior no Brasil 19 2.2 - O Surgimento das Universidades no Brasil 20 2.3 - A Educação como Negocio 22 2.4 - A Escola Empresa 23 CAPÍTULO III (A Satisfação do Cliente ) 25 3.1 – Satisfação do Cliente 25 3.2 – Importância dos Aspectos 30 3.2.1 Aspectos 30 3.2.2 Biblioteca 31 3.2.3 Facilidades laboratoriais e informáticas 31 3.2.4 Serviços de ação social 31 3.2.5 Serviços acadêmicos 32 3.2.6 Cursos 32 3.2.7 Serviços de docência 32 3.2.8 Ligações da universidade ao exterior 32 CAPÍTULO IV (A Avaliação da Qualidade percebida ) 33 4.1 A Qualidade Percebida 35 4.2 Dimensões da qualidade e sua correspondência no ensino superior 34 CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41 BIBLIOGRAFIA CITADA 42 ÍNDICE 44