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Direitos autorais Prof.: Wesley Dias

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Legislação e ética Profissional Arquitetura

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Page 1: Direito Autoral

Direitos autorais

Prof.: Wesley Dias

Page 2: Direito Autoral

• “Autor é a pessoa física criadora de obra artística, literária ou científica. Independentemente do vínculo obrigacional, seja contratual seja funcional, o direito de autor decorre diretamente do seu criador, pessoa física, empregado ou servidor público. É o julgado”. (STF, Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Fonte: http://creajrpr.wordpress.com/2010/07/27/arquitetura-de-interiores/

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• LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. A legislação específica que regula os Direitos Autorais é a Lei

9610/98, e logo em seu artigo 7º, cuida de especificar as obras protegidas por esta lei, e dentre elas estão:

Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:... (omissis)VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia;VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética;IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;... (omissis)XII - os programas de computador;

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Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis, como quer o artigo 27 da Lei 9610/98, o que quer dizer que o autor será sempre autor de sua obra literária, artística ou científica, independente de contrato de trabalho ou edição, bem como independente da titularidade da obra. Ou seja, aquele que criou, concebeu uma obra protegida pelo direito autoral, mesmo que transmita por contrato escrito os direitos de exploração econômica das mesmas, ou mesmo que esteja sob a égide de contrato de trabalho, será sempre seu autor, e esse direito é inalienável e irrenunciável.

Art. 22. Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.

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Art. 24. São direitos morais do autor:I - o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;II - o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra;III - o de conservar a obra inédita;IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra;V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;VI - o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e imagem;VII - o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memória, de forma que cause o menor inconveniente possível a seu detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou prejuízo que lhe seja causado.§ 1º Por morte do autor, transmitem-se a seus sucessores os direitos a que se referem os incisos I a IV.§ 2º Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra caída em domínio público.§ 3º Nos casos dos incisos V e VI, ressalvam-se as prévias indenizações a terceiros, quando couberem.

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Art. 25. Cabe exclusivamente ao diretor o exercício dos direitos morais sobre a obra audiovisual.

Art. 26. O autor poderá repudiar a autoria de projeto arquitetônico alterado sem o seu consentimento durante a execução ou após a conclusão da construção.Parágrafo único. O proprietário da construção responde pelos danos que causar ao autor sempre que, após o repúdio, der como sendo daquele a autoria do projeto repudiado.

Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis.

Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária, artística ou científica.

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Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como:I - a reprodução parcial ou integral;II - a edição;IV - a tradução para qualquer idioma;VI - a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo autor com terceiros para uso ou exploração da obra;VII - a distribuição para oferta de obras ou produções mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para percebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário;VIII - a utilização, direta ou indireta, da obra literária, artística ou científica, mediante:i) emprego de sistemas óticos, fios telefônicos ou não, cabos de qualquer tipo e meios de comunicação similares que venham a ser adotados;IX - a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a microfilmagem e as demais formas de arquivamento do gênero;X - quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas.

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Não importa se o desenho, esboço ou projeto tenha sido idealizado com lápis, caneta, régua e outros apetrechos técnicos ou através de um poderoso software para sua criação. O importante é que o autor seja sempre pessoa física (arquiteto, urbanista ou paisagista), licenciado ou não para uma pessoa jurídica, através de relações de emprego

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A RRT define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução de obras ou prestação de quaisquer serviços Arquitetura e objeto do contrato.

 Considera-se Acervo Técnico do profissional toda a experiência por ele adquirida ao longo de sua vida profissional, compatível com as suas atribuições, desde que anotada a respectiva responsabilidade técnica no CAU.

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Lei 12.378, 31 de Dezembro de 2010

Art. 1ºO exercício da profissão de arquiteto e urbanista passa a ser regulado por esta Lei. Atribuições de Arquitetos e Urbanistas

Art. 2ºAs atividades e atribuições do arquiteto e urbanista consistem em: I - supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica; II - coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação; e demais...

Art. 12. O acervo técnico constitui propriedade do profissional arquiteto e urbanista e é composto por todas as atividades por ele desenvolvidas, conforme discriminado nos artigos 2º e 3º , resguardando-se a legislação do Direito Autoral.

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Deve ficar claro, no entanto, que o fato da execução estar em estrita conformidade com o projeto do arquiteto não o exime de responsabilidade pelos problemas resultantes da inexequibilidade ou de erros no próprio projeto.

Para maior segurança neste aspecto, a lei dá ao autor do projeto e a seus prepostos, o direito de acompanhar a execução da obra, de modo a garantir a sua realização de acordo com as condições, especificações e demais pormenores técnicos nele estabelecidos.

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No que se refere à adequação dos demais projetos executivos (elétrica, fundação, hidráulica, etc.), estes sempre deverão adaptar-se ao projeto de arquitetura, de forma que, a menos que um desses projetos não possa ser realizado por impossibilidade/incompatibilidade técnica decorrente do próprio projeto de arquitetura, o autor do projeto não pode ser responsabilizado pela incoerência em face de um projeto de estrutura. 

Em conclusão, ainda que o arquiteto não tenha qualquer responsabilidade pela correta execução de um projeto seu, ele será responsável por danos decorrentes de erros do projeto em si. Desta forma, para o fim de evitar responsabilidades além das efetivamente imputáveis aos autores de projetos, é recomendável que, ainda que via preposto, seja acompanhada a execução das obras de seus projetos.

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Pontos Relevantes

1. CONSTRUIR UM EDIFÍCIO CONSIDERAVELMENTE SIMILAR SEM PERMISSÃO PODE INFRINGIR OS DIREITOS AUTORAIS DO PROPRIETÁRIO.2. FAZER PEQUENAS ALTERAÇÕES NAS PLANTAS NÃO EVITA NECESSARIAMENTE A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS AUTORAIS.

3. VIOLAÇÃO INOCENTE NÃO É UMA DESCULPA PARA VIOLAR.4. A FALTA DA NOTA DE DIREITOS AUTORAIS PODE NÃO PREVENIR O SUCESSO DE UM PROCESSO DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS.5. A VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS TRAZ O RISCO DE DANOS, HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E CUSTOS JUDICIAIS.

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6. ARQUITETOS E DESIGNERS DEVEM REGISTRAR O QUANTO ANTES SEUS DIREITOS AUTORAIS PARA OBTER MAIORES RECURSOS CONTRA POSSÍVEIS INFRATORES.

7. SE VOCÊ RECEBEU AS PLANTAS DE TERCEIROS, ASSEGURE-SE DE QUE VOCÊ TEM O DIREITO DE CONSTRUIR, COPIAR E/OU MODIFICAR ESTAS PLANTAS ANTES DE USÁ-LAS. 

8. SE VOCÊ ACEITAR PLANTAS DE TERCEIROS, PEÇA PELA IDENTIFICAÇÃO DE QUALQUER VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL LIGADA ÀQUELAS PLANTAS. 9. O ARQUITETO OU DESIGNER ORIGINAL CONTINUA A SER O PROPRIETÁRIO DOS DIREITOS AUTORAIS DO PROJETO ARQUITETÔNICO, MESMO SE O CONTRATANTE OU PROPRIETÁRIO PAGOU PELO PROJETO.

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ReproduçãoNa contratação de qualquer projeto arquitetônico deve ser especificado onde ele será desenvolvido. Sua repetição sem a autorização do autor fere tanto o direito patrimonial (pois o profissional não recebe a remuneração a que tem direito pelo projeto) quanto o moral (porque impede a fiscalização da construção do projeto).

PlágioA questão do plágio em uma obra arquitetônica é controversa, a não ser em casos explícitos em que o projeto é copiado integralmente. Caso contrário, o assunto é polêmico e pode gerar interpretações muito subjetivas. "É uma questão complicada. Como se distingue o que é tendência e o que é plágio? Isso acontece nas artes, na moda... Existem detalhes na arquitetura que são imitados, para determinar o plágio são necessárias provas muito objetivas, o que nem sempre é possível. A lei 9.610/98, que trata especificamente dos direitos autorais, inclui as obras arquitetônicas entre as produções intelectuais protegidas. Não há, no entanto, critérios objetivos para definir o plágio nessa área.

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A realização de projetos em equipe pode gerar controvérsias sobre a autoria, já que um dos profissionais pode ficar responsável pela coordenação do trabalho. Isso, porém, não o torna autor exclusivo, mesmo que caibam a ele as decisões sobre a obra. "A coordenação é o gerenciamento do escopo do projeto. A autoria é elaborada por várias mãos". No entanto, que a mera participação não caracteriza autoria. "Terá de ser mensurada cuidadosamente a participação de cada profissional, na medida de sua contribuição efetiva, principalmente nos dias atuais, em que há cada vez mais equipes multidisciplinares e atuações em etapas".

Projeto em equipe

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Referências

• — Lei 9.610, DE 18/021998 1Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências

• — Lei 9.609, DE 18/02/1998—Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programas de computador e sua comercialização no País.

• CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL• BITTAR, Carlos Alberto. Direito de Autor. São Paulo, Forense

Universitária, 4 ed, 2005. FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Curso de Direito de Mídia. Rio, 2007

• Oliveira, Déh <http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/179/o-que-e-de-direito-125394-1.asp> Acessado em 08 de Set. de 2013, às 15:30 horas.

• Quirk, Vanessa <http://www.archdaily.com.br /br/01-98175/as-10-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-direitos-autorais-arquitetonicos> Acessado em 08 de Set. de 2013, às 15:45 horas.