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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR Por: Lívia Maria Ferreira da Silva Orientador Prof. William Rocha Rio de Janeiro 2014 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR

Por: Lívia Maria Ferreira da Silva

Orientador

Prof. William Rocha

Rio de Janeiro

2014

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HOSPITALAR

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Administração em Saúde.

Por:. Lívia Maria Ferreira da Silva

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AGRADECIMENTOS

A Deus, a minha família e ao Arduine.

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DEDICATÓRIA

dedica-se a minha família por todo apoio

e força nesta jornada.

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RESUMO

O estudo visa sensibilizar os administradores de saúde, os

profissionais de saúde e entidades governamentais responsáveis pela

assistência em saúde sobre a história da infecção hospitalar e ressaltar os

benefícios da sua prevenção. As infecções hospitalares, de acordo com a

Agência nacional de Vigilância Sanitária, são as principais causas de

morbidade e de mortalidade. Elas vêm se destacando cada dia mais na

sociedade, seja por ser um tema que assusta a população ou por representar

muitos gastos para os cofres públicos e/ou os planos de saúde ou por

aumentar o tempo de permanência e cuidado do paciente na instituição

hospitalar ou por possíveis sequelas que pode causar ao doente ou por

possibilitar o surgimento de bactérias mais resistentes aos antibióticos.

Orientar sobre a importância da infecção hospitalar só traz benefícios para a

sociedade porque a prevenção irá reduzir os casos, haverá diminuição dos

gastos com o tratamento do doente, evita o uso indiscriminado de antibióticos

e diminui o medo do paciente e de seus familiares referente à internação

hospitalar.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada no estudo foi do tipo pesquisa bibliográfica,

segundo GIL (2002):

“a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no

fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama

de fenômenos muito mais ampla do que aquela que

poderia pesquisar diretamente.” (Gil, 1967, p.42).

Foi utilizado como método proposto a leitura de livros, revistas e sites.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - A História da Infecção Hospitalar 10

CAPÍTULO II - O que é Infecção Hospitalar 15

CAPÍTULO III – Prevenção da Infecção Hospitalar 21

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

BIBLIOGRAFIA CITADA 42

ANEXOS 43

ÍNDICE 53

FOLHA DE AVALIAÇÃO 54

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INTRODUÇÃO

Esse estudo contextualiza sobre a história da infecção hospitalar e

destacar os benefícios da sua preveção. Para previnir a infecção hospitalar e

preciso compreendé-la e Potter et al (1999) a define de uma forma simples:

“(...) é qualquer processo infeccioso que se manifesta

quando da permanência do paciente no hospital ou pode

ser correlacionada à hospitalização”.

É importante lembrar que, atualmente, tem sido sugerido a mudança do termo

infecção hositalar pelo termo infecção relacionada à assistência à saúde, por

refletir melhor o risco de aquisição desse tipo de infecção. E muitas das vezes

a infecção hospitalar pode ser classificada como uma infecção exógena que

são aquelas causadas por micróbios de uma fonte externa ao portador da

infecção tal como o ambiente, outras pessoas ou fômites.

Para minimizar os efeitos da infecção hospitalar devemos atuar na

virulência do agente agressor (bactérias, vírus ou fungos) na capacidade de

defesa do hospedeiro e no ambiente (hospital). O elo mais perigoso dessa

cadeia é o hospital e é ele que propicia os dois outros elos, pelos seguintes

motivos:

- Tratam pacientes com diversas doenças infecciosas, se tornando um

reservatório de patógenos altamente virulentos;

- O acúmulo de pacientes nos quartos e enfermarias, aumentado às chances

de infecções cruzadas;

- Pode ocorrer troca dos microorganismos de paciente para paciente, de

paciente para profissional de saúde e de paciente para visitante;

- A realização de diversos e variados procedimentos hospitalares que permitem

uma porta de entrada para o microorganismo no doente;

- Realização de procedimentos cirúrgicos que expõe uma parte do corpo do

paciente ao microorganismo;

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- O uso indiscriminado de antibióticos de última geração que propiciam naquele

ambiente o aparecimento de microorganismos cada vez mais virulentos;

- Falhas no processo da assistência como: na limpeza, desinfecção e

esterilização dos materiais, no preparo das medicações parenterais, na

execução de procedimentos invasivos;

- Os antimicrobianos potentes utilizados na limpeza e na antisepsia que

também possibilitam o desenvolvimento de microorganismos mais virulentos.

CAPÍTULO I

TÍTULO DO CAPÍTULO

A História da Infecção Hospitalar

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Nos relatos de Couto e Nogueira (2000) sobre a origem da

infecção hospitalar, eles afirmam ser um agravo antigo sendo relatado pela

primeira vez em 325 depois de Cristo. Ela estava associada ao surgimento

dos primeiros estabelecimentos de saúde que naquela época apenas

abrigava os doentes visando a não proliferação das doenças. Neles

conviviam pacientes em estado de recuperação com os infectados.

Adler (2002) destaca que na Idade Média, implantou se de forma

rudimentar e empírica as noções de assepsia que eram realizadas com

enxofre objetivando evitar a propagação da peste bubônica. Mesmo com

essas medidas, a infecção hospitalar continuava a assombrar as instituições

de saúde, foi então que em 1827, Alcok observou a necessidade de um

desinfetante mais eficaz no combate desta enfermidade e na tentativa

utilizou o hipoclorito.

Mas esses fatos não foram os únicos importantes na história da

infecção hospitalar, pois todos os autores utilizados nesta pesquisa relatam

à importância do médico obstetra Ignaz Philipp Semmelweis, que é

considerado o pai do controle das infecções hospitalares. Em 1840, este

médico alertou-se para diferença de número de casos de infecções

puerperais no Hospital Geral de Viena. O interessante é que este hospital se

dividia em duas clínicas em uma as gestantes eram examinadas por

estudantes de medicina que circulavam livremente entre a sala de autópsia

e a enfermaria. Este setor se destacava-se por apresentar altos níveis de

infecção hospitalar. Na segunda clínica, os atendimentos eram realizados

por parteiras e o número de infecções puerperais era muito menor. É

importante lembrar que nesta época, Pasteur ainda não tinha iniciado os

seus estudos sobre os microorganismos. Foi um amigo de Semmelweis que

contribuiu para sua grande descoberta, durante a realização de uma

necropsia ele se feriu acidentalmente com o bisturi. Ignaz percebeu que este

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profissional adquiriu uma infecção similar à das puérperas, levando o

obstetra a concluir que o mesmo havia sido contaminado pela material

cadavérico. Logo, as mãos contaminadas dos médicos estudantes

carreavam a contaminação as mulheres durante o exame de toque vaginal e

o parto. Como medida profilática, em maio de 1847 determinou-se que

todos os alunos de medicina lavassem as mãos com água clorada para

combater desta forma a febre puerperal, reduzindo drasticamente a

mortalidade por infecção puerperal.

O século XIX foi marcado por várias medidas importantes para o

controle das infecções hospitalares. As ações de Florence Nightingale no

combate à infecção hospitalar tambêm merecem destaque. Em 1854, ela

melhorou as condições sanitárias do hospital de atendimento de feridos de

guerra da Criméia, instalando condições adequadas de higiene na cozinha,

lavanderia e quartos dos pacientes (práticas sanitárias). Desta forma, obteve

significativa redução de mortalidade por infeções. Em 1867, surgiram os

princípios de assepsia e anti-sepsia hospitalar que reduziram a mortalidade

pela infecção hospitalar. Joseph Lister com base nas práticas sanitárias de

Florence e no princípio da anti- sepsia para elaborar a sua teoria de

contaminação da ferida cirúrgica pelos germes do ar. Introduzindo

subseqüentes a desinfecção das salas cirúrgicas por ácido fênico e com

esta medida asséptica reduziu drasticamente a mortalidade entre os clientes

submetidos à cirurgia. Em 1889, o médico cirurgião do Hospital John

Hopkins baseado nos estudos inovadores de Joseph Lister, introduziu o uso

de luvas nos procedimentos cirúrgicos, com sucesso até os dias atuais.

No século XX, a Alemanha (1910) inovou no combate à infecção

hospitalar porque proporcionou a destruição das bactérias pelo calor

possibilitando a esterilização das máscaras, luvas e instrumentos cirúrgicos.

Este procedimento foi utilizado amplamente nos grandes Hospitais

Universitários e hoje é utilizado em todos os hospitais do mundo. O ano de

1929 mereceu destaque por causa da noção de infecção hospitalar não

somente associado à cirurgia. Cuthbert Dukes em seus estudos observou a

presença de infecção do trato urinário de alguns pacientes que faziam uso do

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cateter vesical para urinar, surgindo então uma preocupação com a infecção

hospitalar em outras especialidades. Na década de 50, houve a descoberta do

Staphylococcus aureus devido a uma epidemia nos hospitais dos Estados

Unidos e da Europa. Esta bactéria infectava com freqüência os clientes

hospitalizados das unidades cirúrgicas e pediátricas e era de difícil

exterminação. Infelizmente, a situação é mais séria nos dias atuais por causa

do grande número de bactérias resistentes aos antibióticos.

Nas últimas duas décadas a história de infecção hospitalar no Brasil foi

abordada mais científicamente. O decreto do Ministério da Saúde nº 77.052 de

janeiro de 1976, determina que nenhuma instituição hospitalar pode funcionar

no plano administrativo se não dispuser de meios de proteção capazes de

evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, pacientes e circunstantes.

Em 1983, a história da infecção hospitalar tem mais uma vitória com a

criação da Portaria 196, que tornou obrigatória a implantação de comissões de

controle de infecção hospitalar em todos os hospitais. Em 1987 foi criada a

Comissão Nacional de Controle de Infecção Hospitalar com representantes de

vários estados. E em 1988, a Portaria 232 criou o Programa Nacional de

Controle de Infecção Hospitalar. É importante resaltar que a infecção hospitalar

tornou-se um termo popularizado no Brasil quando a população acompanhou

de perto a agonia sofrida pelo presidente Tancredo Neves devido uma infecção

generalizada no ano de 1985.

Em 1990, o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar

transformou-se na Divisão Nacional de Controle de Infecção Hospitalar. A Lei

Federal nº 9431, de 6 de janeiro de 1997, obrigou os hospitais a cosntituirem

um programa de CIH, sendo orientados a criarem comissões. Desta forma a

responsabilidade administrativa do Estado passou a ser do Hospital, enquanto

a responsabilidade civil poderá ser cobrada do hospital ou do profissional

responsável pelo ato gerador conforme a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de

1977. Por isso, na apuração da responsabilidade das infecções hospitalares, a

inexistência ou a inoperância da CCIH e/ou SCIH caracteriza negligência,

acarretando responsabilidade civil da instituição, e os profissionais envolvidos

são responsabilizados civil e penalmente.

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Quase dez anos após, o Ministério da Saúde revogou a PORTARIA Nº

196, com a publicação, em 27 DE AGOSTO DE 1992, DA PORTARIA N° 930,

expedindo normas para o CIH. Em menos de SEIS anos, a PORTARIA N° 930

também foi revogada pela PORTARIA N° 2616, que passou a vigorar a partir

de 12 DE MAIO DE 1998, data de sua publicação.

Em 26 de janeiro de 1999, Lei nº 9782, foi criada a Agência Nacional

de Vigilancia Sanitária (ANVISA). Neste mesmo ano o Programa Nacional de

Controle de Infecção Hospitalar passou a ser de responsabilidade da ANVISA.

Ela tem como finalidade:

“Promover a proteção da saúde da população por

intermedio do controle sanitário da produção eda

comercialização de produtos e serviços submetidos à

vigilancia sanirtária, inclusive dos ambientes, dos

processos, dos insumos e das tecnologias a eles

relacionados.” (ANVISA – 1999)

Atualmente, o Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar

está ligado à Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções e dos

Eventos a Diversos (GIPEA), que é subordinada à Gerência Geral de

Tecnologia em Serviços de Saúde – ANVISA. Sendo atribuições do GIPEA:

• Promover e propor normas de procedimentos para o controle de

infecções e eventos adversos em serviços de saúde, visando orientar e

disciplinar o funcionamento das instituições da rede pública e privada em

todo o território nacional;

• Divulgar e disseminar informações e publicações relativas ao controle de

infecções e iatrogenias em serviços de saúde;

• Elaborar, padronizar indicadores e monitorar as infecções e os eventos

adversos em serviços de saúde;

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• Investigar a ocorrência de eventos adversos em serviços de saúde;

• Desenvolver atividades com os órgãos afins de administração federal,

estadual, distrital e municipal inclusive os de defesa do consumidor, com

o objetivo de exercer o efetivo cumprimento da legislação.

CAPÍTULO II

TÍTULO DO CAPÍTULO

O que é Infecção Hospitalar?

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Batista (2004) afirma que as infecções hospitalares estão entre os

agravos mais antigos e graves à saúde. Sendo que estão situadas entre as

principais causas de óbitos no Brasil seguidas das doenças cardiovasculares,

neoplasias e doenças respiratórias. E que 1% e 15% dos pacientes internados

em hospitais brasileiros adquirem infecção hospitalar.

Nas bibliografias encontrei varias explicações sobre infecção

hospitalar, porém a mais completa foi a definição do Ministério da Saúde na

portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998:

“é aquela adquirida após a admissão do paciente e que

se manifeste durante a internação ou após a alta, quando

puder ser relacionada com a internação ou procedimentos

hospitalares.” (PORTARIA Nº 2.616).

A portaria acrescenta que é infecção hospitalar:

“quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada

infecção comunitária, for isolado um germe diferente,

seguido do agravamento das condições clínicas do

paciente;

quando se desconhecer o período de incubação do

microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado

laboratorial de infecção no momento da internação,

convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação

clínica de infecção que se apresentar a partir de 72

(setenta e duas) horas após a admissão;

são também convencionadas infecções hospitalares

aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas

da internação, quando associadas a procedimentos

diagnósticos e/ou terapêuticas, realizados durante este

período;

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as infecções no recém-nascido são hospitalares, com

exceção das transmitidas de forma transplacentária e

aquelas associadas a bolsa rota superior a 24 (vinte e

quatro) horas.” (PORTARIA Nº 2.616).

Ela destaca também que os pacientes transferidos de outro hospital são

considerados portadores de infecção hospitalar do seu hospital de origem.

Ela utiliza como base os seguintes críterios de diagnósticos:

• Evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da

análise de seu prontuário;

• Resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames

microbiológicos, a pesquisa de antígenos, anticorpos e métodos de

visualização.

• Evidências de estudos com métodos de imagem;

• Endoscopia;

• Biópsia e outros.

Para Rubin et al (2002) o aparecimento de doenças infecciosas no

organismo humano não é algo extraordinário, isto porque o homem

compartilha o mundo com milhares de microorganismos pequenos o suficiente

para viverem sobre ou dentro do corpo humano, utilizando-o como fonte de

energia para a sua própria sobrevivência. Mas para que ocorra a infecção de

acordo com os autores é necessário que o microorganismo entre em contato

com o corpo, evite as defesas do hospedeiro. Segue algumas das defesas do

corpo humano quanto o surgimento de infecções:

• Pele: é a barreira mais importante contra os microrganismos. A capa

superficial da pele é formada por células mortas com grande quantidade

de queratina, sendo a mesma substância que forma as unhas. Esta faz

com que a pele seja impermeável e, com a secreção gordurosa e o

suor, evite que os microrganismos penetrem no corpo. Se a pele se

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rompe ou se altera, as bactérias podem penetrar no organismo,

produzindo a infecção.

• Trato Respiratório: as células que recobrem a faringe e a traqueia, são

compostas por células que segregam mucosidade para reter as

impurezas do ar e as bactérias. Os cílios se movem continuamente para

expulsá-las para o exterior. Esse epitélio geralmente fica alterado nos

fumantes e drogados, por isso eles são mais suscetíveis as infecções

respiratórias do que os não-fumantes.

• Trato Digestível: A entrada de germes pelo aparelho digestivo esta

protegida pela saliva, sucos gástricos, bile e flora bacteriana normal.

Eles têm capacidade de destruir alguns microrganismos quando estão

no seu funcionamento normal.

• Trato Urinário: O rim e a via urinária são protegidos pelos esfíncteres de

saída e o esvaziamento periódico da urina. Que não permitem o refluxo

da urina, evitando então as infecções.

• Sistema reprodutor feminino: a vagina possui o fluxo vaginal que previne

quanto o surgimento de infeções.

Quando se pensa em infecção e defesa do hospedeiro associamos a

imunidade deficiente, mas como essa imunidade pode se tornar tão ineficaz a

ponto de permitir a multiplicação do microorganismo. Rubin et al (2002) e

Azevedo et al (2004) relacionam alguns itens que comprometem a defesa do

hospedeiro:

- Diferenças hereditárias na resposta a agentes infecciosos: O primeiro passo

na infecção é, com freqüência, uma interação bastante específica entre uma

molécula de ligação do microorganismo infectante com uma molécula

receptora no hospedeiro. Se o hospedeiro não possui a molécula receptora

adequada, não ocorre a ligação do microorganismo ao alvo ocorrendo então a

eliminação do microorganismo.

- Antecedentes pessoais: diabetes, hipertensão arterial, neoplasias, DPOC,

lúpus...

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- Idade: os idosos lidam pior com quase todas as infecções do que as pessoas

mais jovens devido a uma diminuição das suas defesas. As doenças

respiratórias comuns, como a pneumonia pneumocócica, com mais

freqüências são fatais nas pessoas com mais de 65 anos de idade. As crianças

também sofrem bastante na briga com os microorganismos porque ao

contrario dos idosos que têm diminuição, eles ainda não adquiriram a

totalidade da sua imunidade.

- Nutrição: quando um indivíduo está bem nutrido seu sistema imunológico está

funcionando adequadamente, mas na presença da desnutrição o sistema

imunológico não tem força para combater o agressor.

- Condições ambientais: uma condição ambiental inadequada para a vida

como saneamento básico ineficaz, a não coleta de lixo entre outras propiciam

o desenvolvimento de agentes patogênicos aumentando o risco de exposição

do homem.

- Traumatismo: ferida é porta de entrada para os microorganismos porque

compromete a integridade da pele que é responsável em proteger os órgãos.

- Medicação: os antibióticos provocam resistência das bactérias sendo

necessário criar constantemente novos e mais potentes fármacos.

- Efeito da defesa do hospedeiro comprometido sobre a infecção: uma ruptura

ou ausência em qualquer uma das defesas complexas do hospedeiro resultam

em um aumento do número e da gravidade das infecções.

Percebe-se então que as caractériasticas do paciente são essenciais

para aquisição de uma infecção logo para realizar a avaliação dos indicadores

de infecção de determinada instituição é necessário realizar uma analise das

caraterísticas da população atendida. Por isso, não é indicado a vigilância

epidemiológica realizar a comparação das taxas entre instituições, mas é

indicado avaliar o nível endêmico dentro da própria instituição, apoiada sempre

pela metodólogia padronizada pela ANVISA. Batista (2004) explica que:

“Atualmente, existem trabalhos que demonstram a

previsibilidade (taxa esperada de infecção) das infecções

hospitalares a partir deinformações instiuicionais e de

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características do paciente – principalmente relacionada à

intervenção cirúrgica – o que pode ser uma ferramenta

para orientar medidas de prevenção individualizadas, e

servi de defesa para hospitais e profissionais em

processos judiciais.”

O número de microrganismo presentes no tecido a ser operado

determinará o potencial de contaminação da ferida cirúrgica. De acordo com a

Portaria n° 2.616, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde, as cirurgias

são classificadas em:

“Cirurgias Limpas - são aquelas realizadas em tecidos

estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência

de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas

técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de

primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias em

que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo,

respiratório ou urinário;

Cirurgias Potencialmente Contaminadas - são aquelas

realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana

pouco numerosa ou em tecidos de difícil

descontaminação, na ausência de processo infeccioso e

inflamatório e com falhas técnicas discretas no

transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta

enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos

tratos digestivo, respiratório ou urinário sem

contaminação significativa.

Cirurgias Contaminadas - são aquelas realizadas em

tecidos recentemente traumatizados e abertos,

colonizados por flora bacteriana abundante, cuja

descontaminação seja difícil ou impossível, bem como

todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas

grosseiras, na ausência de supuração local. Na presença

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de inflamação aguda na incisão e cicatrização de

segunda intenção, ou grande contaminação a partir do

tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se

incluem nesta categoria.

Cirurgias Infectadas - são todas as intervenções

cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em

presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou

tecido necrótico.”

CAPÍTULO III

TÍTULO DO CAPÍTULO

Preveção da Infecção Hospitalar

A prevenção da infecção hospitalar é a melhor estratégia desenvolvida

pela instituição hospitalar. Batista (2004) afirma que:

“As medidas de prevenção e controle de infecção

hospitalar têm sido utilizadas com o objetivo de diminuir o

risco de infecção no ambiente hospitalar e devem estar

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padronizadas de acordo com as características da

instituição. Elas têm como objetivo a prevenção de

infecção de corrente sangüínea, infecção pulmonar,

infecção de sítio cirúrgico, infecção urinária e precauções

e isolamentos.” (BATISTA 2004)

A prevenção depende muito mais do hospital e de seus trabalhadores do que

dos pacientes, já que ninguém se interna com intenção de contrair outras

doenças dentro do hospital. Batista (2004) conclui que:

“todos os profissionais da área de saúde são

responsáveis pelo controle das infecções dentro dos

serviços de saúde, porém, cabe à equipe que coordena

as ações do controle de infecção o monitoramento dos

cuidados prestados direta ou indiretamente ao paciente,

afim de identificar os problemas e propor soluções.”

(BATISTA – 2004).

Ela acrescenta tambêm que:

“os membros executores do controle de infecção devem

oferecer o respaldo científico para toda a comunidade

hospitalar. Cabe a eles, entre outras atribuições, medir o

risco de aquisição de infecção relacionada à assistência,

avaliando, com os membros consultores, as medidas de

prevenção e controle das IrAS” (BATISTA – 2004).

Sendo que a ANVISA classifica:

• Membros Consultores: são os responsáveis pelo estabelecimento das

diretrizes para o Programa de Controle de Infecção Hospitalar.

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• Membros Executores: são os que representam o Serviço de Controle de

Infecção Hospitalar. São encarregados da execução das ações

programadas de controle de infecção hospitalar.

Para melhor desenvolver esta estratégia é importante saber diferenciar

a infecção exógena da infecção endógena. Adler (2002) sob diferenciar com

clareza estes dois tipos de infecções. Para ele, as infecções exógenas são

aquelas causadas por micróbios de uma fonte externa a do doente. Por

exemplo, quando o doente apresenta uma infecção causada por MRSA que é

uma bactéria presente apenas no ambiente hospitalar. E as infecções

endógenas são causadas por micróbios que fazem parte da flora da própria

pessoa que sofre a infecção. Por exemplo, uma gastroenterite causada por E.

coli.

O Ministério da Saúde também se conscientizou sobre os benefícios

da prevenção da infecção hospitalar. Ele afirma que:

“as infecções hospitalares constituem risco significativo à

saúde dos usuários dos hospitais, e a sua prevenção e

controle envolvem medidas de qualificação da assistência

hospitalar, de vigilância sanitária e outras, tomadas no

âmbito do Estado, do Município e de cada hospital,

atunentes ao seu funcionamento;” (PORTARIA Nº 2.616).

Por causa disso, criou à Coordenação de Controle de Infecção

Hospitalar do Ministério da Saúde que tem como competências as seguintes

atividades:

“definir diretrizes de ações de controle de infecção

hospitalar;

apoiar a descentralização das ações de prevenção e

controle de infecção hospitalar;

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coordenar as ações nacionais de prevenção e controle

de infecção hospitalar;

estabelecer normas gerais para a prevenção e controle

das infecções hospitalares;

estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o

controle de infecção hospitalar,

promover a articulação com órgãos formadores, com

vistas à difusão do conteúdo de conhecimentos do

controle de infecção hospitalar,

cooperar com a capacitação dos profissionais de saúde

para o controle de infecção hospitalar,

identificar serviços municipais, estaduais e hospitalares

para o estabelecimento de padrões técnicos de referência

nacional;

prestar cooperação técnica, política e financeira aos

Estados e aos Municípios, para aperfeiçoamento da sua

atuação em prevenção e controle de infecção hospitalar;

acompanhar e avaliar as ações implementadas,

respeitadas as competências estaduais/distrital e

municipais de atuação, na prevenção e controle das

infecções hospitalares;

estabelecer sistema nacional de informações sobre

infecção hospitalar na área de Vigilância Epidemiológica;

estabelecer sistema de avaliação e divulgação nacional

dos indicadores da magnitude e gravidade das infecções

hospitalares e da qualidade das ações de seu controle;

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planejar ações estratégicas em cooperação técnica com

os Estados, Distrito Federal e os Municípios;

acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores

epidemiológicos de infecção hospitalar.” (PORTARIA Nº

2.616).

E criou também às Coordenações Estaduais e Distrital de Controle de Infecção

Hospitalar, que têm como atividades:

“definir diretrizes de ação estadual/distrital, baseadas na

política nacional de controle de infecção hospitalar;

estabelecer normas, em caráter suplementar, para a

prevenção e controle de infecção hospitalar;

descentralizar as ações de prevenção e controle de

infecção hospitalar dos Municípios;

prestar apoio técnico, financeiro e político aos

municípios, executando, supletivamente, ações e serviços

de saúde, caso necessário;

coordenar, acompanhar, controlar e avaliar as ações de

prevenção e controle de infecção hospitalar do Estado e

Distrito Federal;

acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores

epidemiológicos de infecção hospitalar;

informar, sistematicamente, à Coordenação de Controle

de Infecção Hospitalar, do Ministério da Saúde, a partir da

rede distrital, municipal e hospitalar, os indicadores de

infecção hospitalar estabelecidos.” (PORTARIA Nº 2.616).

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Também foi necessário criar uma coordenação de infecção hospitalar a nível

municipal. Com as seguintes atribuições:

“coordenar as ações de prevenção e controle de infecção

hospitalar na rede hospitalar do Município;

participar do planejamento, da programação e da

organização da rede regionalizada e hierarquizada do

SUS, em articulação com a Coordenação Estadual de

controle de infecção hospitalar;

colaborar e acompanhar os hospitais na execução das

ações de controle de infecção hospitalar;

prestar apoio técnico às CCIH dos hospitais;

informar, sistematicamente, à Coordenação Estadual de

controle de infecção hospitalar do seu Estado, a partir da

rede hospitalar, os indicadores de infecção hospitalar

estabelecidos.” (PORTARIA Nº 2.616).

Em 1982 criou o Programa Nacional de Controle de Infecção

Hospitalar (PCIH):

“é um coonjunto de ações desenvolvidas deliberadas e

sistematicamente, com vistas à redução máxima possível

da incidência e da gravidade das infecções hospitalares.”

(PORTARIA Nº 2.616).

E em 1998 instituiu portaria que obriga todos os hospitais a possuir uma

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

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“órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e

de execução das ações de controle de infecção

hospitalar.” (PORTARIA Nº 2.616).

Esta portaria determina a atuação de uma equipe multidisciplinar composta de

médicos, enfermeiros, biólogos, farmacêuticos, administradores, entre outros

sendo a sua quantidade determinada pelo número de leitos. A CCIH tem as

seguintes competências de acordo com a ANVISA (2004):

• Elaborar e aprovar o regimento interno da CCIH. É necessário que cada

participante da CCIH tenha conhecimento das suas atribuições para o

desenvolvimento harmônico do trabalho.

• Cada participante da CCIH deve auxiliar a implantação do PCIH em seu

serviço.

• Adequar e supervisionar as normas e rotinas técnicas e operacionais,

visando á prevenção e o controle das infecções hospitalres,

principalmente aquelas relacionadas a procedimentos invasivos. A

existências de manuais não garante a implantação das rotinas. É

necessário que exista supervisão, para avaliação do que foi

padronizado. As padronizações têm que estar de acordo com a e

realidade de cada instituição.

• Cooperar com o treinamento e educação continuada dos profissionais

de saúde.

• Definir junto com a Comissão de Farnácia e terepêutica as normas para

o uso racional de antimicrobianos, tanto para a terepêutica como para a

profilaxia de infecções ( germicidas, anti-sépticos e materias médicos-

hospitalares).

• Elaborar e supervisionar a implantação de medidas para a prevenção de

transmissão de microorganismos no ambiente hospitalar por meio da

implantação de normas de precauções e isolamento de doenças

transmissíveis.

• Criar um programa de prevenção e assistência aos funcionários que

sofrem acidentes com material contaminado com sangue ou secreções.

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Este programa deve estar organizado para funcionar e fornecer a

primeira assistência ao funcionário acidentado durante o período de 24

horas.

• Comunicar ao organismo de gestão do SUS, na ausência de um núcleo

de epidemiologia, as doenças de notificação compulsoria.

• Auxiliar os programas de vigilância de agarvos à saúde como

farmacovigilância, tecnovigilância e hemovigilância.

• Participar com os demais setores envolvidos na elaboração de

programas de qualidade, tratamento de resíduos e controle de

contaminação ambiental.

• Notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitaria do

organismo de gestão do SUS os casos e surtos diagnosticados ou

suspeitos de infecções associadas à utilização de produtos

industrializados.

A vigilância epidemiológica também tem um papel ativo na prevenção

da infecção hospitalar. É possível aplicar princípios epidemiológicos para

avaliar a qualidade dos cuidados ao paciente, porporcionar uma assistência

eficaz em relação ao custo, sendo um elemento fundamental na assessoria do

administrador hospitalar. A vigilãncia epidemiológica de acordo com a Portária:

“é a observação ativa, sistemática e continua de sua

ocorrência e de sua distribuição entre pacientes,

hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que

afetam o risco de sua ocorrência,com vistas à execução

oportuna das ações de prevenção e controle.”

(PORTARIA Nº 2.616).

Sendo que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária define a Epidemiologia

hospitalar como:

“as atividades relacionadas ao estudo da frrequência, da

distribuição, dos fatores de riscos e dos agentes

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etiológicos das infecções relacionadas à assistência, e de

outros eventos adversos, além do desenvolvimento de

padrões de qualidade em instituições de saúde.”

(PORTARIA Nº 2.616).

A portaria indica os seguintes métodos de vigilância epidemiológica:

prospectivos, retrospectivos e transversais visando sempre determinar as taxas

de incidências ou prevalências. A CCIH escolherá o método que melhor se

adeque às características do hospital, estrutura de pessoal e natureza do risco.

A vigilância epidemiológica poderá incluir todos os pacientes, serviços e

procedimentos ou parte. A definição sobre quais grupos de pacientes, serviços

ou procedimentos serão objetos de vigilância é feita com base a critérios de

magnitude, gravidade, redutibilidade ou custo. Fica critério da CCIH manter a

vigilância epidemiológica total ou seletiva, orientada para o controle de

determinada topografia, serviço ou procedimento. A vigilância epidemiológica

poderá extender-se ao acompanhamento de pacientes em ambulatório, em

especial na vigilância de infecção cirúrgica e de recém-nascidos. Destaca se

também os indicadores epidemiológicos das infecções hospitalares que são:

• Taxa de infecção hospitalar: o numerador é representado pelo o número

de episódios de infecção hospitalar num determinado perído e o

demoninador o total de saídas (altas, óbitos e transferência) ou entradas

no mesmo período;

• Taxa de pacientes com infecção hospitalar: numerador é representado

pelo o número de pacientes com a nfecção hospitalar num determinado

perído e o demoninador o total de saídas (altas, óbitos e transferência)

ou entradas no mesmo período;

• Distribuição percentual das infecções por localização topografica no

paciente: numerador é o número de episódios de infecção hospitalar em

cada topografia em um determinado perído e o demoninador o total de

episódios de infecção hospitalar ocorrido neste período.

• Taxa de infecções hospitalares por procedimentos: numerador é o

número de pacientes submetidos a um procedimento de risco para

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desenvolver uma infecção hospitalar e como demoninador o total de

pacientes submetidos a estes procedimentos.

Pode ser interessante e agregar na vigilância epidemiologica da intituição os

demais indicadores:

• Frequencia das infecções hospitalares por microrganismos ou por

etiologia: numerador será o número de episódios de infecção hospsitalar

por microrganismo e o demoninador o número de episódios de

infecções hospitalares que ocorreram naquele período;

• Coeficiente de sensibilidade aos antimicrobianos: neste caso o

numerador será as cepas bacterianas de um microrganismo sensível a

determinado antimicrobiano e o demoninador o total de cepas testas

pelo mesmo agente com antibiograma realizado a partir das espécimes

encontradas. Este coeficiente tambêm pode ser calculado de outras

formas:

1. Percentual de pacientes que usam antimicrobianos (profiláticos ou

terapêuticos) no período considerado. Pode ser tambêm especificado

por clínica de internação.

2. Frequência com que cada antimicrobiano é empregada em relação aos

demais: o denominador é o total de tratamentos iniciados com

determinado antimicrobiano no período e o denominador é o total de

tratamento com antimicrobianos iniciados no mesmo período.

Batista (2004) explica o motivo da importância deste coeficiente:

“A utilização inadequada dos antimicrobianos aumenta a

pressão seletiva, o que colabora para o aparecimento de

microorganismos multirresistentes, dentre eles: Gram-

negativas resistentes às cefalosporinas de 3° geração

(ceftriaxona, ceftazidima, cefoperazona e cefotaxima) e à

amicacina; Enterococos resistentes à ampicilina, à

gentamicina ou à vancomicina; S. epidermidis e S. aureus

resistentes à oxacilina e à vancomicina. Além disto, a

transmissão cruzada dentro da instituição hospitalar

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aumenta a disseminação dessas bactérias,

principalmente através dos profissionais da área da

saúde.

Processos para prevenção de transmissão de

microorganismos. O objetivo básico da padronização de

medidas de precaução e isolamento é a prevenção da

transmissão de microrganismos de um paciente, portador

são ou doente, para outro - tanto de forma direta como

indireta. Esta prevenção abrange tanto os pacientes

quanto os profissionais de saúde, pelo risco ocupacional

em acidentes com materiais contaminados.” (BATISTA

2004)

• Taxa de letalidade associada a infecção hospitalar: o numerador é o

número de óbito ocorrido em pacientes com infecções hospitalares e

como denominador o número de pacientes que desenvolveram

infecções hospitalares;

• Taxa de Infecção comunitária: numerador o número de infecções

comunitárias e como denominador o número de saídas.

A portaria 2.616 determina que com base nessas informações a CCIH

deverá elaborar periodicamente um relatório com os indicadores

epidemiológicos interpretados e analisados. Os relatórios da vigilância

epidemiológica e os relatórios de investigações epidemiológicas deverão ser

enviados às Coordenações Estaduais, Distrital, Municipais e à Coordenação de

Controle de Infecção Hospitalar do Ministério da Saúde, conforme as normas

específicas das referidas Coordenações. E também é importante divulga-los a

todos os serviços e à direção da instituição hospitalar, para promover uma

conscientização e um debate entre os profissionais que prestam serviço a este

hospital.

Este relatório é importante para todos os membros da instituição

hospitalar porque deverá conter informações sobre o nível endêmico das

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infecções hospitalares, sobre vigilância e as alterações de comportamentos

epidemiológicos detectados, bem como as medidas de controle adotadas e os

resultados obtidos. E deve acrescentar informações sobre as taxas de infecção

em cirurgias limpas e a taxa média de infecção de cirurgias limpas entre

pacientes de outros cirurgiões de mesma especialidade ou equivalente. Estes

dados são importantes para o sucesso na prevenção de infecção hospitalar

relacionada a cirurgia. Sendo então desejável que todo cirurgião que trabalhe

nesta instituição estejam ciente dos dados.

É importante que a prevenção da infecção hospitalar se preocupe

também com a limpeza, desinfecção e esterilização. É suas normas são

definidas pela publicação do Ministério da Saúde, Processamento de Artigos e

Superfícies em Estabelecimentos de Saúde, 2ª edição, 1994 princípios ativos

liberados conforme os definidos pela Portaria n° 15, SVS, de 23 de agosto de

1988, ou outras que a complementem ou substituam.

Para complementar esta norma temos:

• Normas de procedimentos na área de Microbiologia: são aquelas

definidas pela publicação do Ministério da Saúde - Manual de

Procedimentos Básicos em Microbiologia Clínica para o Controle de

Infecção Hospitalar, lª edição, 1991.

• Normas para lavanderia: publicação do Ministério da Saúde - Manual de

Lavanderia Hospitalar, lª edição, 1986.

• Normas para farmácia hospitalar seguirá as orientações contidas na

publicação do Ministério da Saúde - Guia Básico para a Farmácia

Hospitalar, lª edição, 1994.

A norma de Processamento de Artigos e Superfícies em

Estabelecimentos de Saúde junto com a portaria n°15, de 23 de agosto de

1988 determinara a utilização dos antissépticos, desinfetantes e esterilizantes

e que devem estar de acordo com a classificação dos artigos hospitalares.

Os artigos hospitalares são classificados da seguinte forma:

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• Artigos Críticos: são os artigos destinados a penetração através da pele

e mucosa adjacente, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular.

Nesses artigos é necessário o processo de esterilização.

• Artigos semi-críticos: estão destinados ao conato com a pele não-Íntegra

ou com mucosa íntegra. E por isso requerem uma desinfecção de médio

ou alto nível ou esterilização.

• Artigos não-críticos: são artigos que tem contatos com a pele íntegra do

paciente e requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.

É recomendado que todo processamento de artigos seja centralizado,

por motivo de custo, eficiência, facilidade de manutenção de padrão de

qualidade. E deve-se destacar quanto a importância do uso dos equipamentos

de proteção individual (EPI). Que deve ser específico com o risco que os

funcionários do hospital estão expostos. Os riscos são: material biológico,

químico e térmico.

É importante saber que os termos limpeza, desinfecção e esterilização

costumam ser utilizados como sinônimos, mas possuem significados

diferentes. É necessário classificar o artigo de acordo com o risco potencial de

infecção envolvido para poder definir corretamente qual o processo que será

submetido. Para Brunner et al (2002):

“limpeza é a remoção física das sujeiras e detritos de uma

superfície.” (BRUNNER et al 2002)

Os microrganismos são removidos com a limpeza utilizando somente água e

detergente ou desencostastes, na fricção mecânica ou de máquinas de

limpeza. Mas nesta etapa os microrganismos não são destruídos. A limpeza

pode estar associada a descontaminação. Utiliza o produto apropriado com

fricção mecânica ou imersão completa do artigo ou autoclavagem ou jato de

água quente.

“desinfecção é a destruição de alguns microorganismo,

mas não os esporulados.” (BRUNNER et al 2002).

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Divide-se nos seguintes níveis:

• Alto nível: destrói todos os microrganismos na forma vegetativa e alguns

esporulados;

• Médio nível: inativa o bacilo da tuberculosa; bactérias na forma

vegetativa, a maioria dos vírus e fungos.

• Baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos.

Ela é formada pelas seguintes métodos:

• Desinfecção por Meio Físico Líquido: que pode ser através da água em

ebulição, máquina automática com água quente,.

• Desinfecção por Meio Químico Líquido: glutaraldeido e álcoois.

1. Álcoois: são mais utilizados nas superfícies no ambiente hospitalar. São:

I. Álcool etílico: tem maior atividade germicida, menor custo e

toxidade que o álcool isopropílico. Ele tem ação seletiva para

vírus, é mais tóxico e com menor poder germicida que o etílico.

Pode ser utilizado em: ampolas e vidros; termômetros;

estetoscópios; otoscópioas; superfícies externas de

equipamentos metálicos; macas, camas, colchões, mesas de

exames; artigos metálicos, equipamentos metálicos de cozinha,

lactário, bebedouros, bancadas.

II. Solução de iodo: é indicado na desinfeção de nível intermediário.

Mas é mais comum o seu uso para antissepsia, atualmente no

Brasil. Indicado para os mesmos materiais acima.

III. Fenol sintético: é utilizado na desinfecção de nível médio ou

intermediário e baixo. É utilizado na descontaminação de

superfícies do hospital e de artigos metálicos e de vidro. Mas não

está indicado entrar em contato com artigos que entram em

contato com o trato respiratório, alimentos, berçários, em com

objetos de látex, acrílicos e borrachas .E ressalta a importância

de passar um pano úmido com água após o tempo de exposição

necessário.

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IV. Compostos inorgânicos liberados de cloro ativo: são os

hipocloritos de sódio, de cálcio ou lítio. Indicados para

desinfecção de nível médio de artigos e superfícies e

descontaminação de superfícies. Utilizado com amis frequência

nas unidades de diálise, hemodiálise, banco de sangue,

laboratórios, lavatórios, cozinhas, bebedouros, matérias de

inalação e oxigenoterapia não-metálicos. Deve-se ter cuidado

porque o uso deste produto é limitado pela presença de matéria

orgânica corrosiva e descolorante.

V. Quaternário de amônia: indicado para a desinfecção de baixo

nível nas superfícies e equipamentos da áreas de alimentação.

“esterilização é a destruição de todos os microrganismos

e seus esporos.” (BRUNNER et al 2002).

A esterilização se divide em:

• Meio Físico:

1. Autoclave: são equipamentos que utilizam vapor saturado para

esterilizar os artigos. O vapor úmido deve ser evitado porque tem menos

calor que o vapor saturado e produz gotículas de água que

comprometem o processo de esterilização. Encontramos autoclaves

com esterilização por gravidade, por alto vácuo, por alto vácuo com ciclo

pulsátil.

2. Estufa – Forno de Pasteur: que é recomendado para esterilizar óleos,

pós.

• Meio Químico:

1. Líquido: é preciso imergir o artigo na solução recomendada. Que são os

seguintes: acido peracético, glutaraldeido e formaldeído. É importante

utilizar o EPI e permitir uma farta ventilação do local e enxaguar bem o

artigo com água esterilizada.

• Meio Gasoso:

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2. Óxido de etileno: não está presente nos hospitais. É preciso encaminhar

o material para uma empresa especializada. É imprescindível o uso de

EPI para manipular a máquina.

Brunner et al (2002) em seu livro destacam quatro componentes que

são efetivos num programa de infecção hospitalar:

1. Programa de vigilância para as infecções nosocomiais e esforços

vigorosos de controle;

2. Pelo menos um profissional de controle de infecção hospitalar para cada

250 leitos hospitalares;

3. Um epidemiologista hospitalar treinado;

4. Retroalimentação para os cirurgiões sobre infecções em sítios cirúrgicos

individualizados.

Elas afirmam que nem todos os hospitais introduziram esses quatros

componentes e como consequência estima-se que são evitadas apenas 9%

das infecções esperadas.

Os autores pesquisados destacam alguns pontos importantes que

auxiliam os profissionais de saúde no sucesso da prevenção da infecção

hospitalar, que são:

Princípio da Beneficência: ao prestar a assistência ao doente temos que ter a

convicção plena e informações técnicas que comprovem ser a nossa proposta

capaz de trazer benefícios aos envolvidos.

‘PRIMUM NON NOCERE’: esta expressão, latina, significa "primeiro não

prejudicar". Este ponto é comumente mencionado nos códigos de ética dos

profissionais. É um princípio universalmente consagrado, que visa à redução

dos efeitos adversos ou indesejáveis das ações diagnósticas e terapêuticas em

humanos.

Mas nem todos os profissionais desenvolvem as suas atividades com

base nesses princípios. Sendo claramente relatado pela Agência Nacional de

Vigilância Sanitária que afirma:

“ que a adesão dos profissionais de saúde à higienização

das mãos – segundo pesquisas atuais, não é maior que

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60% - ainda é possível afirmar que hoje, como no tempo

de Semmelweis, as mãos são o principal veículo de

transmissão de microorganismos no ambiente hospitalar.”

Uma grande contribuição para a eficiência e eficácia dos programas de

prevenção a infecção hospitalar nas unidades que prestação assistência a

saúde são as inspeções sanitárias que a avaliação da qualidade das ações de

Controle de Infecção Hospitalar e atuação da CCIH. Elas são realizadas com

base no Roteiro de Inspeção do Programa de Controle de Infecção Hospitalar.

Os critérios para a avaliação do cumprimento dos itens do Roteiro de

Inspeção, visando a qualidade e segurança das ações de Controle de Infecção

Hospitalar baseiam-se no risco potencial inerente a cada item. São eles:

• IMPRESCINDÍVEL (I) aquele item que pode influir em grau crítico na

qualidade e segurança do atendimento hospitalar.

• NECESSÁRIO (N) aquele item que pode influir em grau menos crítico na

qualidade e segurança do atendimento hospitalar.

• RECOMENDÁVEL (R) aquele item que pode influir em grau não crítico

na qualidade e segurança do atendimento hospitalar.

• INFORMATIVO (INF) aquele que oferece subsídios para melhor

interpretação dos demais itens, sem afetar a qualidade e a segurança

do atendimento hospitalar.

Auditorias internas devem ser realizadas, periodicamente, pelas

Unidades Hospitalares, através de protocolos específicos para verificar o

cumprimento da legislação específica que trata do Controle de Infecção

Hospitalar. Com base nas conclusões das inspeções sanitárias e auditorias

internas, devem ser estabelecidas as ações corretivas necessárias para o

aprimoramento da qualidade das ações de Controle de Infecção Hospitalar.

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CONCLUSÃO

É essencial que a equipe multiprofissional que presta assistência a

saúde compreenda o que é infecção hospitalar e a previna para que possa ser

evitados futuros agravos á saúde do paciente. A prevenção não é uma

obrigação somente dos donos dos estabelecimentos de saúde. Deve ser uma

ação conjunta com os profissionais da saúde, para se obter sucesso no

cuidado. Porque como o trabalho relato o ambiente hospitalar, incluindo

clínicas, é o elo mais importante no desenvolvimento da infecção hospitalar.

Batista (2004) retratou muito bem essa situação:

“Apesar de muitos esforços, o Brasil ainda enfrenta uma

realidade adversa daquilo que se pode julgar satisfatório:

carência em recursos humanos e materiais nas

instituições de saúde (principalmente pública, ausência de

CCIHs atuantes em grandes partes dos hospitais, ou

ainda, profissionais exercendo a função sem

conhecimento adequado da atividade – o que resulta em

elevada taxas de infecções hospitalares, ocorrência de

surtos não detectados em berçários e unidades de terapia

intensiva, emergência de bactérias resistentes a diversos

antibióticos e elevado risco ocupacional.

Por um lado, torna-se necessário maior compromisso dos

dirigentes - tanto com a administração dos hospitais,

visando maior qualidade do atendimento ao paciente -

quanto pelo cumprimento da legislaçãopara a implantação

de CCIHs, em todas as instituições, com profissionais

capacitados.

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Processos adequados de higienização, limpeza, desifecção e

esterilização dos equipamentos hospitalares e do ambiente hospitalar são a

base da prevenção da infecção hospitalares. Inclusive o Ministério da Saúde

incentiva a pratica da higienização adequada dos materiais. Afirma que ela é

essencial na eficácia e na eficiência de qualquer processo de esterilização. A

presença de matéria orgânica, como óleos, gorduras, secreções, sangue,

envolve os microrganismos, protegendo-os da ação esterilizante e desinfetante

proporcionando o aparecimento de infecções exógenas nos pacientes.

Mas existem outras ações que devem ser incluidas na prevenção das

infecções hospitalares e que tambêm contribuem positivamente. São elas:

protocolos da CCIH inclusive nos cuidados médicos e da equipe de

enfermagem, educação continuada ativa, estrutura física da instituição

hospitalar de acordo com o preconizado para evitar a troca de bactérias de um

ambiente limpo para o sujo, entre outras. São medidas simples e eficazes que

possibilitam resultados satisfatórios no controle da preveção da infecção

hospitalar.

A obrigação ética do profissional de saúde para com o paciente

também é um forte aliado na prevenção da infecção hospitalar. Proteger o bem

estar do cliente; proteger a privacidade do cliente; manter sigilo; investigar

surtos de infecção; proporcionar um ambiente adequado a sua recuperação;

monitorar a eficácia das normas, rotinas e intervenções adotadas; identificar e

programar intervenções custo x benefícios são medidas que auxiliam na

prevenção da infecção hospitalar.

A prevenção hospitalar também resulta num grande benefício

financeiro para a instituição hospitalar, para o Governo, para os planos de

saúde porque permitem menos tempo de internação consequentemente

menos gastos financeiros. Os gastos financeiros se estendem tambêm ao uso

dos antibióticos. As bactérias se tornam facilmente resistentes aos antibióticos

e como consequencia é necessários desenvolver novos e mais potentes

antibióticos pela industria farmaceutica.Quanto mais potente mais caro se

tornam para a sociedade. Os antibióticos acabam não curando a infecção

hospitalar apenas empurando o problema.

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A infecção hospitalar alastra-se como uma praga em todos os setores

das instituições de saúde. É essencial ressaltar que por mais que seja

desenvolvida a economia, não há nenhum país que tenha o controle absoluto

da infecção hospitalar. E a população tem consciência dos malefícios deste

agravo e tema as suas conseqüências para o doente internado ou atendido a

nível ambulatorial. E por isso, exige os seus direitos aos governantes através

de leis que protejam a sua saúde, aos profissionais de saúde que

desenvolvamos cuidados na forma correta sem causar danos e agravos e as

instituições para que forneçam o necessário para a sua recuperação.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BRASIL, Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimento de

Saúde. Ministério da Saúde,1994.

COUTO, C. Renato; PEDROSA, G. M. Tânia; CUNHA, A. F. Adriana; AMARAL

B. Debora. Infecção Hospitalar e outras Complicações não-infeccioas da

doença. Guanabara Koogan, 2009.

FERNANDES, Antônio Tadeu; FERNANDES, Maria Olivia; RIBEIRO FILHO,

Nelson. Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde. São Paulo:

Atheneu, 2000

OLIVEIRA, Adriana Cristina. Infecção Hospitalar, Epidemiologia, Prevenção e

Controle. Rio Janeiro: MEDSI/Guanabara Koogan, 2005.

POLIT, F. Denise; HUNGER, Bernadette. Fundamentos da Pesquisa em

Enfermagem. Porto Alegre: Artes Medicas, 1995.

POTTER, Patricia Ann; PERRY G. Anne. Fundamentos de Enfermagem. Rio

de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.

SILVA, Maria Aparecida; RODRIGUES, CESARETTI. I. U. R. Enfermagem na

Unidade de Centro Cirúrgico. Rio de Janeiro: Editora Pedagógica e

Universitária Ltda, 1996.

WACHTER, Roberto. Compreendendo a Segurança do Paciente. McGraw-

Hill,2013.

BIBLIOGRAFIA CITADA

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ADLER, Alexandre. Rotinas de Infecção Hospitalar. Manual de trabalho de

CCIH. Rio de Janeiro, 2002.

ANVISA. Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar: Caderno C Método

de Proteção Anti-Infecciosa. Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2000.

ANVISA. Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: Higienização das

Mãos. Brasil: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2009.

BRASIL. Portaria nº 2.616. Ministério da Saúde,1998.

BRASIL, Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimento de

Saúde. Ministério da Saúde,1994.

GIL, Carlos Antônio. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo:

Atlas,.2002

RUBIN, Emanuel; FABER, L. John. Patologia, Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2002.

BATISTA, A. Ruth Ester. Legislação e Criação de um Programa de Prevenção

e Controle de Infecção Hospitalar (Infecção Relacionada à Assistência à Saúde

– IrAs). Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2004

Smeltzer, C. Suzanne; Bare, G.Brenda. Brunner & Suddarth: Tratado

Enfermagem Médico-Cirurgico, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

ANEXOS

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Índice de anexos

Anexo 1 >> Lavagem das mãos;

Anexo 2 >> Gráfico

Anexo 3 >> Roteiro de Inspeção

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ANEXO 1

PRODUZINDO O MATERIAL

Portaria Nº 2.616, de 12 de maio de 1998.

LAVAGEM DAS MÃOS

1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente.

2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das infecções hospitalares.

3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam mucosas, sangue ou outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções.

4. A lavagem das mãos deve ser realizada tantas vezes quanto necessária, durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com diversos sítios corporais, entre cada uma das atividades.

4.1 A lavagem e anti-sepsia cirúrgica das mãos é realizada sempre antes dos procedimentos cirúrgicos.

5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de anti-séptico deve considerar o tipo de contato, o grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado.

5.1 A lavagem das mãos com anti-séptico é recomendada em;

realização de procedimentos invasivos;

prestação de cuidados a pacientes críticos;

contato direto com feridas e/ou dispositivos, tais como cateteres e drenos.

6. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática da lavagem das mãos em todos os níveis de assistência hospitalar.

6.1 A distribuição e a localização de unidades ou pias para lavagem das mãos, de forma a atender à necessidade mas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é fundamental para a obrigatoriedade da prática.

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ANEXO 2

GRÁFICO - EX

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ANEXO 3

Roteiro de Inspeção

A - Identificação da Unidade Hospitalar.

a) Razão Social

b) C.G.C.

c) Nome fantasia

d) Endereço CEP______________________ Bairro ________________ Município _________________ U.F.__________ Fone ( ) Fax ( ) E-MAIL:

e) Tipo da Unidade Hospitalar ____________________

f) Nível Número de leitos:______________ 1- Primário ( ) 2- Secundário ( ) 3- Terciário ( )

Representante Legal:__________________________________________ Responsável Técnico___________________________________ CRM_________ Data de Preenchimento da Identificação da Unidade Hospitalar: ___/____/____ Técnico Responsável pelo preenchimento:____________________________________

B- Inspeção do Programa e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (PCIH/CCIH).

SIM NÃO

1. I Existe CCIH neste hospital?

2. I A CCIH está formalmente nomeada?

3. N Existe Regimento Interno desta CCIH? (anexar cópia)

4. INF Quais as áreas de formação dos membros da CCIH? Indique o número de cada categoria: MÉDICOS:_______________________ ENFERMEIROS:__________________ FARMACÊUTICOS:_________________ ADMINISTRADOR:________________ OUTROS:________________________ ESPECIFICAR:____________________

SIM NÃO

5. I Existe PCIH neste hospital?

6. N Existem manuais ou rotinas técnico-operacionais visando a prevenção e controle da Infecção Hospitalar?

6.1. INF Qual (is)?

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SIM NÃO

7. N Existe treinamento específico, sistemático e periódico do pessoal do hospital para o controle de Infecção Hospitalar.?

7.1. INF Qual a periodicidade deste treinamento? 1. 1 A CADA 6 MESES ( ) 2. 1 A CADA ANO ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR:________________________________

SIM NÃO

8. N As reuniões da CCIH ocorrem regularmente e são registradas em atas?

8.1. N Os registros das atas indicam com clareza a existência de um programa de ação para o CIH no hospital?

9. R A CCIH participa de comissão técnica para especificação de produtos e correlatos a serem adquiridos?

10. N A CCIH realiza o controle sistemático da prescrição de antimicrobianos?

10.1. N Existe formulário para a prescrição de antimicrobianos?

11. N Existem procedimentos escritos relativos ao uso racional de Germicidas que garanta a qualidade da diluição final?

12. INF O Hospital tem serviço de limpeza? PRÓPRIO ( ) TERCEIRIZADO ( )

12.1. INF No caso de ser terceirizado, indicar o serviço (nome, endereço completo).

SIM NÃO

13. N A CCIH estabelece as diretrizes básicas para a elaboração dos procedimentos escritos do serviço de limpeza?

13.1. N Existem procedimentos escritos e padronizados do serviço de limpeza?

13.2. N A CCIH supervisiona a aplicação destes procedimentos?

14. N A CCIH estabelece programa de treinamento para o serviço de limpeza?

15. I A CCIH elabora regularmente relatórios contendo dados informativos e indicadores do Controle de Infecção Hospitalar? (anexar o mais recente).

15.1. INF Com que periodicidade?

16. N A CCIH divulga os relatórios entre o Corpo Clínico do Hospital?

17. N A CCIH comunica periodicamente à Direção e à Comissão Estadual/Distrital a situação do CIH?

17.1. INF Com que periodicidade?

18. R A CCIH promove debates com a comunidade hospitalar sobre o CIH?

18.1. INF Qual a periodicidade dos debates? 1.TRIMESTRAL ( ) 2.SEMESTRAL ( ) 3.ANUAL ( ) 4-OUTROS ( ) ESPECIFICAR: _____________________________________

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SIM NÃO

19. R Existe consórcio com outros hospitais para utilização recíproca de recursos técnicos, materiais e humanos na implantação do PCIH?

20. N O hospital dispõe de mecanismo para detecção de casos de Infecção hospitalar pós alta: Ambulatório de egressos ( ) Aerograma ( ) Busca fonada ( ) Outros:

21. R O hospital dispõe de mecanismo de comunicação ou integração com outros serviços de saúde para detecção de casos de Infecção Hospitalar?

22. I Existem normas e rotinas, visando limitar disseminação de microorganismos de doenças infecto-contagiosas em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e isolamento?

23. N Existe política de utilização de antimicrobianos definida em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica?

24. N Existe interação entre a CCIH e as coordenações de CIH municipais e estaduais/distrital?

25 I Todos os setores do hospital dispõem de lavatórios com água corrente, sabão e ou anti-séptico e papel toalha, para a lavagem das mãos dos profissionais?

26. I Na ausência de núcleo epidemiológico, a CCIH notifica aos órgãos de gestão do SUS casos diagnosticados ou suspeitos de doenças de notificação compulsória?

C- Inspeção da CCIH Membros Executores - Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).

SIM NÃO

1. I A CCIH conta com membros executores?

2. I Estão formalmente nomeados?

3. INF Quais as áreas de formação dos membros executores da CCIH? Indique o número de cada categoria: ENFERMEIRO ( ) MÉDICOS ( ) FARMACÊUTICOS ( ) OUTROS ( ) ESPECIFICAR: ______________________________

4. INF Qual a carga horária destes profissionais? ENFERMEIROS:____________ MÉDICOS:_________________ OUTROS: _________________ ESPECIFICAR:________________________________________

SIM NÃO

5. Existem procedimentos escritos orientando:

5.1 N Lavagem das mãos?

5.2 N Biossegurança (exposição a material biológico e acidentes com perfuro cortantes)?

5.3 N Cuidados com catéteres intravasculares e urinários?

5.4 N Curativos?

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5.5 N Limpeza e Desinfecção de artigos?

5.6 N Esterilização?

5.7 N Limpeza de ambientes?

6. N Existe treinamento dos funcionários para a aplicação dos procedimentos citados no item 6 acima, realizados em parceria com outras equipes?

6.1. N Existem registros?

7. N Existe rotina de controle bacteriológico da água que abastece o hospital?

7.1. N Existe rotina de limpeza de cada caixa d'água que abastece o hospital?

7.2. N Indicar a frequência com que é realizado o procedimento.

8. 8.1. INF Qual a periodicidade de visitas dos membros executores da CCIH nas áreas destinadas a pacientes críticos: Na UTI adulto? 1. DIARIAMENTE ( ) 2. SEMANALMENTE ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR:___________________________________________________

8.2. INF UTI neonatal 1. DIARIAMENTE ( ) 2. SEMANALMENTE ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR:___________________________________________________

8.3. INF UTI pediátrica 1. DIARIAMENTE ( ) 2. SEMANALMENTE ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR: ______________________________________________

8.4. INF Berçário de alto risco 1. DIARIAMENTE ( ) 2. SEMANALMENTE ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR:________________________________________________

8.5. INF Queimados 1. DIARIAMENTE ( ) 2. SEMANALMENTE ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR:

8.6. INF Hemato-oncológicos 1. DIARIAMENTE ( ) 2. SEMANALMENTE ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR:________________________________________________

8.7. INF SIDA/AIDS 1. DIARIAMENTE ( ) 2. SEMANALMENTE ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR:________________________________________________

9 INF Qual a periodicidade de visitas dos membros executores da CCIH a outros setores 1. DIARIAMENTE ( ) 2. SEMANALMENTE ( ) 3. OUTROS ( ) ESPECIFICAR:_______________________________________________

SIM NÃO

10. N Existem programas de imunização ativa em profissionais de saúde em atividade de risco?

10.1. INF Quais?

SIM NÃO

11. I Existe Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares?

11.1. INF A Vigilância Epidemiológica das Infecções Hopitalares é: GERAL (todo hospital) ( ) POR OBJETIVO ( ) DIRIGIDA ( ) EM QUAIS SERVIÇOS:

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SIM NÃO

12. N Existe coleta de dados sobre Infecção Hospitalar?

13. INF Qual o processo utilizado? BUSCA ATIVA? ( ) BUSCA PASSIVA (ficha de notificação/prontuário)? ( ) BUSCA MISTA (busca ativa + busca passiva)? ( )

SIM NÃO

14. N São levantados os indicadores de Infecção Hospitalar?

15. Quais os indicadores utilizados no Controle de Infecção Hospitalar:

15.1. N Taxa de Infecção Hospitalar?

15.2. N Taxa de paciente com Infecção Hospitalar?

15.3. N Taxas de Infecção Hospitalar por topografia? URINÁRIA:_______________________________ CIRÚRGICA:_____________________________ RESPIRATÓRIA:__________________________ CUTÂNEA:_______________________________ CORRENTE SANGUÍNEA___________________ OUTROS:________________________________ ESPECIFICAR:_________________________________

15.4. N Taxa de Infecção Hospitalar por procedimento?

15.5. N Taxa de Infecção Hospitalar em cirurgia limpa?_________________________________________

15.6. R Coeficiente de sensibilidade/resistência dos microorganismos aos antimicrobianos?

15.7. INF Percentual de antimicrobianos em cirurgia nos últimos doze meses: PROFILÁTICO____________% TERAPÊUTICO___________% NÃO USOU______________%

15.8. N Taxa de letalidade por infecção hospitalar

16. INF Qual a taxa de Infecção Hospitalar nos últimos 12 meses?__________________________________________________

SIM NÃO

17. N Existe avaliação e priorização dos problemas com base nestes indicadores?

18. N Os membros executores da CCIH realizam análise do Sistema de Vigilância Epidemiológica, que permite a identificação de surto em tempo hábil para medidas de controle?

19. R Existem registros de acidentes por perfuro-cortantes em funcionários?

19.1. INF Qual o número de ocorrências nos últimos seis meses?

SIM NÃO

19.2. N A CCIH tem atuação/apoio ao funcionário acidentado por pérfuro-cortantes?

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20. I É utilizado coletor de urina fechado com válvula anti-refluxo?

21. I Existe EPI (Equipamento de Proteção Individual) para realização de procedimentos críticos?

21.1. N O uso do EPI é supervisionado pela CCIH?

22. N Existem recipientes diferenciados para desprezar os diversos tipos de resíduos hospitalares?

23. INF O Serviço de lavanderia é: PRÓPRIO? ( ) TERCEIRIZADO? ( )

SIM NÃO

23.1. N A lavanderia hospitalar possui sistema de barreiras?

24. 24.1 I INF O hospital conta com laboratório de microbiologia? O laboratório de microbiologia é: PRÓPRIO ( ) TERCEIRIZADO ( )

SIM NÃO

25. N São emitidos relatórios de sensibilidade/resistência bacteriana para o corpo clínico e CCIH?

26. R Existe orientação médica ou consulta aos infectologistas da CCIH na prescrição de antimicrobianos?

27. R A CCIH estabelece medidas de educação continuada da equipe médica em relação à prescrição de antimicrobianos?

28. R São realizadas auditorias internas para avaliar o cumprimento do PCIH?

29 R Existem registros?

D- Conclusão

SIM NÃO

1. O PCIH está implementado?

1.1. Em caso afirmativo, informar: TOTALMENTE ( ) PARCIALMENTE ( )

SIM NÃO

2. A documentaçào apresentada demonstra que a CCIH é atuante?

3. Os indicadores de Infecção Hospitalar são compatíveis com a realidade hospitalar observada?

4. Há preocupação da CCIH na divulgação de seus dados?

5. Há preocupação da CCIH com a capacitação técnica dos proficionais que atuam no hospital?

6. A partir dos resultados das auditorias internas foram implementadas ações corretivas objetivando a melhoria da qualidade dos serviços?

7. Foram evidenciadas alterações nos indicadores de Controle de Infecção Hospitalar mediante a realização de capacitação e treinamento contínuo?

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8. Está evidenciado o comprometimento e apoio da Direção para a implementação do PCIH?

9. Pessoas Contatadas:

10. Nome, N º de Credencial e Assinatura dos Inspetores:

11. Data:

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - A História da Infecção Hospitalar 10

CAPÍTULO II - O que é Infecção Hospitalar 15

CAPÍTULO III – Prevenção da Infecção Hospitalar 21

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

BIBLIOGRAFIA CITADA 42

ANEXOS 43

ÍNDICE 53