disciplia e indisciplina - maria

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1 Aluna: Maria Helena de Oliveira Disciplina e Indisciplina nas salas de aula Introdução: Falar de disciplina e indisciplina na prática não fácil, talvez seja umas das maiores dificuldades que os professores tem enfrentado nas salas de aulas, desde os tempos mais remotos até os nossos tempos atuais. Manter a disciplina de uma turma não tarefa fácil e tranqüila exige muita criatividade do docente ao planejar a cada aula, e muita flexibilidade aos novos desafios conforme vão surgindo, uma vez que, cada aula demanda num desafio que precisa ser encarado pelo professor e pelos alunos com um novo aprendizado que deve acontecer de forma respeitosa e recíproca. Esse trabalho mostra algumas discussões interessantes sobre esse tema tão questionado no contexto escolar brasileiro. Destaca algumas dicas de como garantir a disciplina na sala de aula. Portanto, esse estudo foi enriquecido com idéias de alguns renomados autores que deixaram aqui suas contribuições para o processo educacional do país Um breve histórico sobre o conceito de disciplina e indisciplina da educação do Brasil Para Strememo conceito de disciplina e indisciplina foi oriunda de um contexto histórico ético-religioso fortemente influenciado pela igreja, numa época medieval, onde os homem se fadava em seu viver diário na busca pelo reino de Deus, uma vez perdido pela iniqüidade, em que enaltecia o espírito em detrimento do corpo tido como conseqüência pecado . A religião como poder dominante da época, pregava Deus como um Ser tirano e vingativo e utilizava dessa prática persuasiva para convencer

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Page 1: Disciplia e Indisciplina - Maria

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Aluna: Maria Helena de Oliveira

Disciplina e Indisciplina nas salas de aula

Introdução:

Falar de disciplina e indisciplina na prática não fácil, talvez seja

umas das maiores dificuldades que os professores tem enfrentado nas salas

de aulas, desde os tempos mais remotos até os nossos tempos atuais.

Manter a disciplina de uma turma não tarefa fácil e tranqüila exige muita

criatividade do docente ao planejar a cada aula, e muita flexibilidade aos

novos desafios conforme vão surgindo, uma vez que, cada aula demanda

num desafio que precisa ser encarado pelo professor e pelos alunos com um

novo aprendizado que deve acontecer de forma respeitosa e recíproca.

Esse trabalho mostra algumas discussões interessantes sobre esse tema tão

questionado no contexto escolar brasileiro. Destaca algumas dicas de como

garantir a disciplina na sala de aula. Portanto, esse estudo foi enriquecido

com idéias de alguns renomados autores que deixaram aqui suas

contribuições para o processo educacional do país

Um breve histórico sobre o conceito de disciplina e indisciplina da

educação do Brasil

Para Strememo conceito de disciplina e indisciplina foi oriunda de

um contexto histórico ético-religioso fortemente influenciado pela igreja,

numa época medieval, onde os homem se fadava em seu viver diário na

busca pelo reino de Deus, uma vez perdido pela iniqüidade, em que

enaltecia o espírito em detrimento do corpo tido como conseqüência

pecado .

A religião como poder dominante da época, pregava Deus como um

Ser tirano e vingativo e utilizava dessa prática persuasiva para convencer

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seus os membros a fidelidade “cega” a obediência as regras da igreja e que

tirava aproveito com as errôneas praticas de indulgencias como forma de

exploração. O corpo não era valorizado, por ser fruto do pecado, pois

ainda não existia a idéia de disciplina, já que a harmonia interior e exterior

do sujeito como parte integrante do coletivo social não era valorizado.

O novo conceito educacional surgiu com a Renasceça, onde o culto

é desvinculado da racionalidade religiosa, em que a vontade humana passa

a ser considerada. Junto com essa nova concepção surgem os Jesuítas como

os primeiros professores do Brasil, que por sua vez, influenciaram

grandemente o processo educativo do país.

Diante desse contexto, O conceito de disciplina teve seu início aqui

no Brasil com a educação Jesuítica que tornou referencial divisor na

história da educação brasileira, trazendo suas implicações para o sistema de

ensino. Seus métodos educativos disciplinares eram de forma hierárquica.

Apesar de se opor aos castigos físicos, não renegava o totalmente, desde

que fossem a prol a ordem escolar. Nos casos de desobediências eram

priorizados os dilágos, caso não resolvesse, partia então aos castigos

corporais, que não eram severos, entretanto, a forma de castigo ou punição

ainda predominava nas escolas Jesuíticas.

Os educandos em situação que apresentavam “desvio” de

comportamento, terrivelmente provocado e mal intencionado por parte dos

professores eram considerados com indisciplinados e corriam o risco de

serem expulso da escola sem chance de readmição.

Segundo Cavalcante com o passar do tempo os castigos físicos foi

aos poucos dando lugar aos castigos psicológicos, onde quem não aprendia

recebia um “troféu de burro” sobre a carteira. Isso era uma humilhação sem

tamanho, que certamente levavam muitos alunos a se irritar, ficar nervoso

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etc., com as gozações dos colegas. Sinal pejorativo que conduzia as

alterações de comportamento ou inibição e bloqueio emocional, já que

implicava na aprendizagem.

Com o passar dos anos, as escolas foram eliminandos os

castigos físicos e adotando outras medidas para tentar disciplinar

os alunos. Algumas dessas medidas consistiam em deixar o

aluno em pé à frente da sala durante um longo tempo, afixar nas

paredes cartazes nas paredes das escolas uma lista dos bons e

maus alunos, [...] em alguns casos, quando o discente não

conseguia decorar as lições, ele recebia um “troféu de burro”,

que era colocado sobre sua carteira. (Cavalcante, 2008, p. 107)

Muitas escolas Atualmente ainda adotam algum tipo de advertência na

tentativa de amenizar o problema de indisciplina. Como “ficha de

ocorrência” e/ou suspensão de três dias. Providências essas depois de ter

esgotados todas as alternativas com de diálogo por exemplo. Com a forte

influencia sócio-construtivistas de Vygotsky, Piaget e Emilia Ferreiro sobre

a nova construção do conhecimento, e da interação social entre o indivíduo

e o meio que o cerca, vem auxiliando muitos professores e profissionais da

educação a rever suas concepções em relação ao fator da indisciplina

escolar. “o homem que essencialmente social: é na relação com o próximo,

numa atividade prática comum, que este, por meio da linguagem, que acaba

por se constituir e se desenvolver enquanto sujeito” (Davis; Silva; Espósito,

1989, p.50)

Percebe que é de fundamental importância a interação social entre o

professor e alunos e alunos/alunos e também outros profissionais da escola,

destaco principalmente a relação docente e discente, motivo pelo qual, isso

denota todo um diferencial de comportamento disciplinar e cognitivo, com

implicações emocionais, visto que, o vínculo afetivo possui extrema

relevância. Já que deve pensar no ser humano como um “todo” com suas

dimensões indissociáveis.

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A indisciplina está entrelaçada ao comportamento que o aluno

apresenta muitos vezes tidos como desvio de comportamento, ao

considerado normal perante um grupo coletivo, todavia, sabe-se que o

aluno é um universo completamente diferente um do outro, em vista de isso

é importante que o docente tenha essa consciência, e procura compreender

as suas motivações, evitando fazer precipitados julgamentos.

Para Suarez são inúmeros os fatores que causa problemas de

indisciplinas nas escolas. Os principais deles são as constantes

transformações em que passa a sociedade, com as modificações nas

configurações familiares: nuclear e mosaico; a correria cotidiana dos pais,

que muitas vezes que negligencia afeto aos filhos atraído pela propaganda

do consumismo através da TV, jornais, rádio entre outros, que geralmente

querem é vender seus produtos ou suas idéias sem maiores preocupações

com a formação de caráter e índole dos alunos. A desmoralização das

autoridades políticas que dão péssimos exemplos de honestidade,

responsabilidade e justiça etc.

Conforme o mesmo autor, o professor deve planejar bem a sua aula

para manter disciplina da sua turma, para isso ele precisa ser criativo, evitar

improviso, deve deixar a classe sempre ocupada, pois não tem nada

favorável para gerar indisciplina do que a ociosidade. Evitar a formação de

panelinhas; estabelecer juntos com os alunos às regras com clareza;

esbanjar simpatia sem perder a autoridade; cultivar sempre o respeito e

amizade é como pontos imprescindíveis, entre outras características que o

docente deve praticar com humildade na sala de aula.

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Considerações finais:

Enfim, o professor tem o dever de preparar atividades que atendam as

expectativas e os interesses dos alunos, porque caso contrário o resultado

irá ser indisciplina.

O docente deve desempenhar bem o seu papel, que é levar os alunos a

terem boas condutas enquanto indivíduo na sua singularidade e

socialmente. Se capaz de proporcionar aos discentes por intermédio de sua

planejada metodologia aulas instigantes que conduz os discente a construir

o seus conhecimentos para um viver melhor com princípios e valores

intrínseco na sociedade onde estão inseridos.

Referências:

CALVACANTE, Maria Eugênia Bellusci. A escola é nossa: História: 2º

ano, 1ª série: fundamental. Ed.2ª. – SP: Scipione, 2008.

DAMKE, Anderléia Sotoriva. Indisciplina escolar: Percepção social dos

professores.disponível em: WWW.scielo.com.br. Acesso: 23 de fevereiro

de 2.011.

DAVIS, Cladia; SILVA, Maria Alice Setúbal S.; ESPÓSITO, Yara. O

Papel e Valor das Interações Sociais na Sala de Aula. Disponível em:

WWW. Fcc.org.br. Acesso em: 22 de fevereiro de 2.011.

SUÁREZ, S. Adolfo. Sou professor, E agora? Sugestões para a prática

para um magistério cristão eficaz. Ed. 2ª. Engenheiro Coelho- SP:

Paradigma, 2005.