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Resumo sobre: Crédito Tributário e Lançamento

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  • DIREITO TRIBUTRIO - CRDITO TRIBUTRIO E LANAMENTO (CAP 7)

    1) O crdito tributrio surge com o fato gerador?

    O entendimento tambm seguido no mbito do Superior Tribunal de

    Justia, o qual j afirmou textualmente que o crdito tributrio NO surge

    com o fato gerador. Ele constitudo com o lanamento.

    2) Quando a natureza do lanamento declaratria?

    O CTN claramente atribuiu-lhe natureza declaratria quanto obrigao. A

    concluso decorre da redao do mesmo art. 142, no ponto em que inclui

    no procedimento de lanamento a funo de verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente. Ora, ao verificar formalmente que o fato gerador ocorreu, a autoridade fiscal declara e no constitui a obrigao tributria.

    3) Qual a natureza do lanamento do crdito tributrio?

    O lanamento possui natureza jurdica mista, sendo constitutivo do crdito

    tributrio e declaratrio da obrigao tributria.

    4) Qual a configurao do lanamento? Ato administrativo ou procedimento administrativo?

    O art. 142 do CTN afirma que o lanamento deve ser entendido como o

    procedimento administrativo.

  • 5) De quem a competncia para lanar o crdito tributrio?

    Consta do art. 142 do CTN que a competncia para lanamento da

    autoridade administrativa. O Cdigo no define qual autoridade

    administrativa possui tal poder legal, deixando para a lei de cada ente

    poltico a incumbncia de faz-lo. Na esfera federal, a ttulo de exemplo, a

    Lei 10.593/2002, em seu art. 6., I, a, atribui, em carter privativo, aos ocupantes de cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil AFRFB a competncia para constituir, mediante lanamento, o crdito tributrio.

    6) Essa competncia pode ser delegada ou avocada?

    Como os mais puristas afirmam que as competncias privativas, ao

    contrrio das exclusivas, so delegveis, o mais correto, a rigor, seria

    afirmar que o AFRF tem competncia exclusiva para lanar, pois tal

    competncia indelegvel e insuscetvel de avocao.

    7) Qual a natureza da atividade administrativa de lanamento?

    O pargrafo nico do art. 142 do CTN afirma que a atividade

    administrativa de lanamento vinculada e obrigatria, sob pena de

    responsabilidade funcional.

    8) Por que o lanamento possui efeitos ex tunc (retroativos)?

    Porque o lanamento sempre se refere a evento passado, retroagindo no

    tempo para constituir crdito decorrente de obrigao surgida em momento

    pretrito.

  • 9) Qual lei deve se aplicar ao infrator dentre aquelas que tiverem vigncia entre a data do fato gerador e a data do lanamento?

    Caso a obrigao tributria surgida seja relativa penalidade pecuniria

    (multa), aplica-se ao lanamento a lei mais favorvel ao infrator, dentre

    aquelas que tiveram vigncia entre a data do fato gerador e a data do

    lanamento, ainda se garantindo ao contribuinte o direito de aplicar

    legislao mais favorvel surgida posteriormente, desde que no haja coisa

    julgada ou extino do crdito.

    10) O que lanamento?

    O procedimento atravs do qual opera-se a constituio do crdito

    tributrio pela identificao do sujeito passivo, pela descrio e

    classificao do produto, pela declarao de seu valor, pelo clculo do

    imposto, e, sendo o caso, da penalidade prevista, denominado

    lanamento.

    11) E quando se trata do lanamento do tributo, qual legislao deve ser aplicada?

    Quando se trata do lanamento de tributo, a autoridade competente deve

    aplicar a legislao que estava em vigor no momento da ocorrncia do

    respectivo fato gerador, mesmo que tal legislao j tenha sido modificada

    ou revogada, tudo em conformidade com o art. 144 do CTN.

    LEGISLAO

    APLICVEL AO

    LANAMENTO

    MATERIAL

    (SUBSTANTIVA)

    PROCEDIMENTAL

    (ADJETIVA)

    LEGISLAO VIGENTE

    NA DATA DO FATO

    GERADOR

    LEGISLAO VIGENTE

    NA DATA DO

    LAAMENTO DO

    CRDITO TRIBUTRIO

  • 1 Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliado

    os poderes de investigao das autoridades administrativas, ou outorgado ao crdito maiores

    garantias ou privilgios, exceto, neste ltimo caso, para o efeito de atribuir

    responsabilidade tributria a terceiros.

    Exemplo: Surgimento de Lei definindo o depositrio (pessoa que guarda mercadoria no

    porto) fica sujeito ao pagamento do imposto de importao. Pode a lei obrigar o depositrio a

    pagar o tributo cujo fato gerador se deu anteriormente a lei? No.

    12) Do que se trata a figura acima?

    Neste ponto, h de se fazer uma diferenciao fundamental. Ao se referir

    genericamente legislao aplicvel ao lanamento, o CTN trata das regras

    materiais (legislao substantiva) relativas ao tributo correspondente,

    assim entendidas aquelas que definem fatos geradores, bases de clculo,

    alquotas, contribuintes etc. Entretanto, para realizar o lanamento, a

    autoridade competente deve observar, tambm, as regras formais

    (legislao adjetiva) que disciplinam o seu agir durante o procedimento.

    Trata-se das normas que estipulam a competncia para lanar, o modo de

    documentar o incio do procedimento, os poderes que possuem as

    autoridades lanadoras, os prazos para a concluso das atividades etc. A

    modificao de uma norma procedimental (formal, adjetiva) no muda a

    essncia de qualquer obrigao j surgida, mas to somente o modo de sua

    apurao. justamente por isso que so aplicveis ao lanamento as

    normas formais que estiverem em vigor na data da realizao do prprio

    procedimento.

    13) Qual taxa de cambio ser aplicada quando o valor do tributo esteja expresso em moeda estrangeira?

    Art. 143. Salvo disposio de lei em contrrio, quando o valor tributrio

    esteja expresso em moeda estrangeira, no lanamento far-se- sua

    converso em moeda nacional ao cmbio do dia da ocorrncia do fato

    gerador da obrigao.

    14) O que confere efeitos ao lanamento do credito realizado?

    a notificao que confere efeitos ao lanamento realizado, pois antes

    daquela no se conta prazo para pagamento ou impugnao. Entretanto,

    no se deve confundir o lanamento com a notificao do lanamento, pois

    esta apenas a comunicao oficial da realizao daquele.

  • 15) Diz-se lanamento por homologao aquele que se efetua quando a legislao atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o

    pagamento sem prvio exame da autoridade administrativa?

    Sim. Esta a definio de lanamento por homologao, onde ocorre o

    pagamento antecipado por parte do contribuinte sujeito a uma posterior

    homologao, que deve ocorrer em 5 anos contados do fato gerador, sob

    pena de o pagamento ser considerado tacitamente homologado.

    16) Quais so as modalidades de lanamento?

    As modalidades de lanamento so: Direto (de ofcio), por declarao e por

    homologao.

    17) O lanamento somente pode ser efetuado de ofcio quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo que d lugar aplicao

    de penalidade pecuniria?

    No. Existem tributos, como o IPVA e o IPTU, que j so lanados de

    ofcio independente de ao ou omisso do sujeito passivo.

    18) O pagamento antecipado pelo obrigado, nos tributos sujeitos a lanamento por homologao, extingue o crdito tributrio, sob

    condio resolutria?

    Sim. O pagamento antecipado pelo obrigado, por si s, no extingue o

    crdito tributrio, pois est pendente de que ocorra a homologao, por

    parte da autoridade administrativa (art. 150, 1, CTN).

    19) O auto de infrao caracteriza autntico lanamento tributrio, uma vez que atende aos requisitos bsicos previstos na legislao

    tributria, contendo o fato gerador da obrigao correspondente, a

    determinao da matria tributvel, o clculo do montante do tributo

    devido, a identificao do sujeito passivo e a cominao da penalidade

    cabvel?

    Sim. O auto de infrao considerado um lanamento de ofcio, previsto

    em vrios incisos do art. 149.

    20) O auto de infrao, regularmente notificado ao sujeito passivo, s pode ser alterado por iniciativa da autoridade administrativa em

    hipteses taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as

  • hipteses constitui exemplos deste tipo de situao: Quando se

    comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento

    definido na legislao tributria como sendo de declarao obrigatria.

    Sim. a hiptese prevista no art. 149, IV, CTN.

    21) O auto de infrao, regularmente notificado ao sujeito passivo, s pode ser alterado por iniciativa da autoridade administrativa em

    hipteses taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as

    hipteses constitui exemplos deste tipo de situao: Quando se

    comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefcio daquele, agiu

    com dolo, fraude ou simulao?

    Sim. a hiptese prevista no art. 149, VII, CTN.

    22) O auto de infrao, regularmente notificado ao sujeito passivo, s pode ser alterado por iniciativa da autoridade administrativa em

    hipteses taxativamente previstas pelo art. 149 do CTN. Entre as

    hipteses constitui exemplos deste tipo de situao: Quando deva ser

    apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio do

    lanamento anterior?

    Sim. a hiptese prevista no art. 149, VIII, CTN.

    23) O lanamento por homologao feito quanto aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever de calcular o tributo,

    submet-lo ao prvio exame da autoridade administrativa, e realizar

    seu pagamento?

    No lanamento por homologao, o sujeito passivo adianta o pagamento

    tributo independentemente de qualquer procedimento prvio da autoridade

    administrativa. Saliente-se que o lanamento por homologao

    amplamente utilizado pela legislao brasileira. Exemplos de tributos

    sujeitos ao lanamento por homologao: ICMS, ISS, IPI, IR, PIS,

    COFINS, CSLL e ITR. Embora parea estranho, dada a semelhana com o

    IPTU (lanado de ofcio), o ITR exemplo de tributo cuja lei instituidora

    (art. 10, lei 9.393/96) expressamente determina que seu lanamento seja

    por homologao: A apurao e o pagamento do ITR sero efetuados pelo contribuinte, independentemente de prvio procedimento da administrao

    tributria....

  • 24) O lanamento de ofcio aquele feito pela autoridade administrativa, com base nas informaes prestadas pelo contribuinte?

    No. Quando o contribuinte presta informaes para que futuramente a

    autoridade administrativa promova o lanamento, estamos diante da

    modalidade de lanamento por declarao (art. 147, caput, CTN).

    25) A reviso do lanamento, em quaisquer de suas modalidades, pode ser iniciada mesmo aps a extino do direito da Fazenda

    Pblica, nos casos de erro por parte do contribuinte?

    Errado. Segundo o art. 149, nico, CTN, o lanamento s poder ser

    revisto pela autoridade administrativa enquanto no extinto o direito da

    Fazenda Pblica.

    26) Na hiptese do lanamento por homologao, no fixando a lei ou o regulamento prazo diverso para homologao, seu prazo ser de

    cinco anos, contados do fato gerador?

    Errado. O prazo para homologao , segundo o art. 150, 4, CTN, de 5

    anos contados da ocorrncia do fato gerador, salvo disposio de lei em

    sentido contrrio. Tal prazo matria adstrita reserva legal, no podendo

    norma infra-legal fix-lo. Assim, regulamento no se presta estipulao

    desse interregno.

    27) Lei ordinria pode criar modalidade de lanamento do crdito tributrio?

    Errado. Normas gerais em matria de lanamento, onde se incluem suas

    modalidades, devem ser veiculadas exclusivamente por meio de Lei

    Complementar, conforme dispe o art. 146, III, b, CF/88.

    28) O lanamento pode ser revisto de ofcio, mesmo se efetuado em qualquer modalidade?

    Correto. Todos os lanamentos podem ser revistos de ofcio pela autoridade

    administrativa, desde que no extinto o direito da Fazenda Pblica (art.

    149, nico, CTN).

    29) A modificao introduzida, de ofcio ou em conseqncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela

    autoridade administrativa no exerccio do lanamento, somente pode

  • ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato

    gerador ocorrido posteriormente sua introduo?

    Correto. A doutrina batizou esse dispositivo (art. 146, CTN) de princpio da

    proteo confiana do contribuinte na Administrao Tributria. Ele

    protege o contribuinte contra a mudana, com efeito retroativo, do critrio

    jurdico utilizado no lanamento relativo a um mesmo sujeito passivo, para

    defesa da boa-f. Nesse sentido, temos algumas jurisprudncias

    interessantes:

    1- A mudana de critrio jurdico adotado pelo fisco no autoriza a reviso de lanamento (Smula 227 do extinto TDR); 2- Incabvel o lanamento suplementar motivado por erro de direito (STJ, REsp 412.904)

    30) Em consonncia com o Cdigo Tributrio Nacional, no se admite alterao do lanamento de crdito tributrio, regularmente

    notificado ao sujeito passivo da obrigao tributria em virtude de

    iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, em face de posterior

    modificao introduzida, de ofcio ou em conseqncia de deciso

    administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela

    autoridade administrativa no exerccio do lanamento?

    Correto. Neste caso no se admite alterao do lanamento, pois, mudanas

    nos critrios jurdicos afetam elementos materiais do lanamento no

    podendo retroagir.

    31) O lanamento de crdito tributrio reporta-se data de ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria e rege-se pela lei

    ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada,

    exceto em relao aos impostos lanados por perodos certos de tempo,

    desde que, nesse caso, a respectiva lei fixe expressamente a data em

    que o fato gerador se considera ocorrido?

    Correto. Trata-se da literalidade do art. 144, CTN, c/c seu 2.

    32) O ato administrativo tributrio do lanamento pode ser

    revogado no curso do processo pela autoridade administrativa que o

    praticou?

  • Errado. No poder ser revogado pois o lanamento ato administrativo vinculado (art. 142, CTN). Atos vinculados no se revogam, mas anulam-

    se ou extinguem-se. A revogao s ocorre nos atos discricionrios..

    33) O ato administrativo tributrio do lanamento pode ser revisto no curso do processo?

    Correto. No confundir revogao com reviso. Revogao em ato

    administrativo vinculado juridicamente incabvel. J a reviso

    perfeitamente possvel, desde que no esteja extinto o direito da Fazenda

    Pblica (149, nico, CTN).

    34) O processo administrativo tributrio pode resultar em anulao do ato administrativo tributrio do lanamento?

    Correto. Se o lanamento contm vcios insanveis ele poder ser anulado

    no curso do processo administrativo tributrio.

    35) No curso do processo administrativo pode ser verificado que o ato administrativo tributrio do lanamento contm vcios que,

    todavia, no acarretam sua nulidade?

    Correto. H vcios sanveis que no acarretam a anulao do ato. Assim

    pode ocorrer, por exemplo, a ratificao de competncia ou a correo de

    um vcio formal no essencial ao lanamento.

    36) Quando o lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo s pode ser alterado?

    Pode ser alterado em virtude de:

    I - impugnao do sujeito passivo;

    II - recurso de ofcio;

    III - iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, nos casos previstos

    no artigo 149.

    37) A presuno de que definitivo o lanamento regularmente notificado, verdadeira?

    Pode-se afirmar que a presuno de definitividade de lanamento

    regularmente notificado no absoluta, pois ainda existe possibilidade de

    alterao.

    OBS: Considerou correta a afirmao de que com a lavratura de auto de infrao, considera-se constitudo o crdito tributrio, mas incorreta a

  • assertiva segundo a qual com a lavratura de auto de infrao, considera-se definitivamente constitudo o crdito tributrio.

    38) De acordo com o posicionamento do STJ, irregular a notificao do contribuinte no processo administrativotributrio

    quando no houver previso de prazo para a correspondente

    impugnao, hiptese que caracteriza ofensa ao devido processo legal,

    ao contraditrio e ampla defesa, acarretando a nulidade do

    lanamento do crdito tributrio?

    Sim

    39) Quais as fases do procedimento de lanamento?

    Pode ser dividido em duas fases: a) a oficiosa, que se encerra com a

    notificao e b) a contenciosa, que pode ser instaurada com a impugnao

    por parte do sujeito passivo.

    I - impugnao do sujeito passivo;

    II - recurso de ofcio;

    III - iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, nos casos previstos

    no artigo 149.

    >Recurso de Oficio: quando o sujeito ganha a impugnao e o estado recorre

    >Recurso Voluntrio: quando o contribuinte impugna, perde e no concorda, ento recorre

    ao recurso voluntrio.

    >Iniciativa de oficio: Poder de auto-tutela da administrao para corrigir erros de fato.

    40) 18) Qual erro pode ser corrigido pela administrao, e qual no pode?

    Pode ser corrigido somente erros de fato, erros de direito no podem ser

    corrigidos.

    DRJ

    impugnao do sujeito impugnao do sujeito

    DRJ

    CARF

    Recurso de ofcio

  • 41) Quais as modalidades de laamento?

    42) Em quais caso o lanamento efetuado e revisto de ofcio pela autoridade administrativa?

    Nos seguintes casos I - quando a lei assim o determine; II - quando a declarao no seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislao tributria; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declarao nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislao tributria, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de declarao obrigatria; V - quando se comprove omisso ou inexatido, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exerccio da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de penalidade pecuniria; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao; VIII - quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio do lanamento anterior; IX - quando se comprove que, no lanamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. Pargrafo nico. A reviso do lanamento s pode ser iniciada enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica.

    O que se refere ao lanamento por arbitramento?

  • Se refere aos casos em que o valor que vai servir como base de clculo na

    constituio do crdito tributrio vai ser determinado com base numa

    prudente e razovel suposio da autoridade administrativa.

    Art. 148. Quando o clculo do tributo tenha por base, ou tome em considerao, o valor ou o preo de bens, direitos, servios ou atos jurdicos, a autoridade lanadora, mediante processo regular, arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam omissos ou no meream f as declaraes ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestao, avaliao contraditria, administrativa ou judicial.

    43) Usar pauta fiscal arbitramento?

    Sim

    44) Pauta fiscal permita para o uso de arbitramento?

    No.

    45) O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crdito, sob condio resolutria da ulterior homologao

    ao lanamento?

    com a homologao que a autoridade administrativa manifesta sua

    concordncia com a atividade do sujeito passivo, atestando sua correo.

    Como decorrncia, nos tributos sujeitos a tal modalidade de lanamento,

    no com o pagamento, mas sim com a homologao, que se pode

    considerar o crdito tributrio definitivamente extinto.

    46) Quando h homologao expressa e tcita?

    A homologao pode ser expressa ou tcita. Ser expressa quando a autoridade administrativa editar ato em que formalmente afirme sua

    concordncia com a atividade do sujeito passivo, homologando-a. Ser

    tcita quando a Administrao Tributria deixar escoar o prazo legal para a

    homologao expressa. Assim, esgotado o prazo para a homologao

    expressa, d-se a homologao tcita, e o ciclo est completo.

    47) O lanamento por arbitramento constitui uma das modalidades de lanamento?

    No. apenas uma tcnica para se definir a base de clculo, para que se

    proceda a um lanamento de ofcio.

  • 48) Qual o prazo para homologao?

    H quem entenda que o CTN, ao afirmar que o prazo para homologao

    de cinco anos se a lei no fixar outro, teria deixado aberta ao legislador

    ordinrio a possibilidade praticamente ilimitada de manipulao do prazo,

    aumentando-o ou reduzindo-o. Essa tese deve ser descartada, uma vez que

    as normas gerais sobre prescrio e decadncia tributria (que segundo o

    STF compreendem tambm a fixao dos respectivos prazos) somente

    podem ser estabelecidas na via da lei complementar de carter nacional.

    49) Como so lanados o IPTU, O IPVA, O ITCD, e O ISS?

    Nessa linha so comuns assertivas afirmando que o IPTU e o IPVA so lanados de ofcio, o ITCD lanado por declarao, que o ISS lanado por homologao.

    50) Podem ser lanados de outra forma?

    Sim. Deve-se atentar para a autonomia dos entes federados como

    justificativa para a possibilidade de adoo na lei local de modalidades

    diferentes daquelas apontadas como mais adequadas pela doutrina

    tradicional.

    Compete Unio, estados-membros e DF legislar concorrentemente sobre direito penitencirio, econmico, tributrio, urbanstico e financeiro - PETUF

    51) A elaborao de lei estadual que verse quanto forma de como poder ocorrer a desapropriao?

    vivel, se atendidas determinadas condies, por se tratar de competncia

    privativa da Unio.

    52) Compete exclusivamente Unio legislar acerca da responsabilidade por dano ao meio ambiente?

    As competncias exclusivas so materiais (ou administrativas) e no

    Legislativas. Em realidade, compete Unio, aos Estados e ao Distrito

    Federal legislar concorrentemente sobre responsabilidade por dano ao meio

    ambiente (CF, art. 24, VIII). Portanto, a questo est incorreta.

  • 53) Segundo entendimento do STF, constitucional lei estadual que estabelece o dever dos municpios de transportar, da zona rural para a

    sede do municpio, alunos carentes matriculados no ensino

    fundamental, tendo em vista a competncia municipal para atuar

    prioritariamente no ensino fundamental?

    O STF considerou inconstitucional, por afronta autonomia municipal,

    artigo da Constituio do Cear que impunha aos Municpios o encargo de

    transportar da zona rural para a sede do Municpio, ou Distrito mais

    prximo, alunos carentes matriculados a partir da 5 srie do ensino

    fundamental. Entendeu-se que haveria ali indevida ingerncia na prestao

    de servio pblico municipal, com reflexos diretos nas finanas locais.

    Portanto, a questo est incorreta.

    54) O estado-membro tem competncia para estabelecer, desde que na constituio estadual, regras de imunidade formal e material

    aplicveis a vereadores.

    De acordo com o STF, o Estado-membro no tem competncia para

    estabelecer regras de imunidade formal e material aplicveis a Vereadores.

    Isso porque a Constituio Federal atribui Unio a competncia de

    legislar sobre Direito Penal e Processual Penal. Portanto, a questo est

    incorreta.

    55) De acordo com entendimento do STF, inconstitucional lei estadual que disponha sobre aspectos relativos ao contrato de

    prestao de servios escolares ou educacionais, por se tratar de

    matria inserida na esfera de competncia privativa da Unio?

    inconstitucional norma do Estado ou do Distrito Federal sobre obrigaes

    ou outros aspectos tpicos de contratos de prestao de servios escolares

    ou educacionais. Segundo o STF, leis que versam sobre contraprestao de

    servios educacionais tm natureza das normas que regem contratos. Ou

    seja, trata-se de tema prprio do mbito de direito civil. Assim, norma

    estadual que disponha sobre esse assunto est usurpando a competncia

    privativa da Unio; ofendendo o art. 22, I, da CF/88 (competncia privativa

    da Unio para legislar sobre direito civil). Logo, a assertiva est correta.

    56) Os estados-membros no possuem competncia para explorar nem regulamentar a prestao de servios de transporte

    intermunicipal, por se tratar de matria de interesse local?

  • de se observar que dentro da repartio de competncias estabelecida

    pela Constituio coube aos Estados a denominada competncia

    remanescente (CF, art. 25, 1). A questo traz um timo exemplo para

    explicar melhor essa competncia: o servio de transporte rodovirio de

    passageiros. De acordo com o art. 30, V, da CF/88, compete aos municpios

    organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso,

    os servios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo,

    que tem carter essencial. J no art. 21, XII, "e", a CF/88 atribui Unio a

    competncia de explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso

    ou permisso, os servios de transporte rodovirio interestadual e

    internacional de passageiros. Observe que quanto ao transporte

    intermunicipal foi silente a nossa Carta Maior. Diante desses comandos

    constitucionais e a natureza remanescente da competncia dos estados (art.

    25, 1), concluiu o STF restar aos estados-membros explorar e

    regulamentar o servio de transporte intermunicipal. E o mais interessante!

    Veja como esse exemplo (transporte pblico de passageiros) demonstra

    bem o critrio da predominncia do interesse. I) O transporte coletivo,

    dentro do municpio, tem interesse meramente local: competncia dos

    municpios. II) O transporte entre municpios (intermunicipal, mas dentro

    do Estado) extrapola o interesse local, e de interesse regional:

    competncia estadual. III) O transporte entre estados (interestadual) ou

    internacional j apresenta um carter de interesse nacional: competncia da

    Unio. A questo est incorreta.

    57) O sistema federal adotado pelo Brasil confere autonomia administrativa e poltica aos estados, ao DF e aos municpios, mas no

    lhes confere competncia para o exerccio de sua atividade normativa,

    em razo dos diversos limites impostos pelas normas de observncia

    obrigatria?

    Concede-se autonomia no s administrativa e poltica aos estados, mas

    tambm a autonomia para o exerccio da sua atividade normativa, embora

    haja de fato diversos limites para essa capacidade de auto-normatizao.

    Portanto, a questo est incorreta.

    58) da competncia exclusiva da Unio promover programas de construo de moradias e a melhoria das condies habitacionais e de

    saneamento bsico?

    Vale a pena comentar que as competncias administrativas no so to

    cobradas quanto as competncias legislativas. Segundo a Constituio,

    competncia comum promover programas de construo de moradias e a

  • melhoria das condies habitacionais e de saneamento bsico (CF, art. 23,

    IX). Portanto, a questo est incorreta.

    59) permitida a edio de medida provisria para regulamentao dos servios de gs canalizado, cuja explorao, diretamente ou

    mediante concesso, pertence aos estados, conforme competncia

    constitucionalmente prevista?

    Segundo o art. 25, 2, da CF/88, compete aos Estados explorar

    diretamente, ou mediante concesso, os servios locais de gs canalizado,

    na forma da lei, vedada a edio de medida provisria para a sua

    regulamentao. Portanto, a questo est incorreta

    60) Compete Unio legislar sobre direito processual, mas no sobre procedimentos em matria processual, o que seria de competncia

    concorrente entre a Unio, os estados e o DF?

    Compete privativamente Unio legislar sobre direito processual (CF, art.

    22, I). Entretanto, nos termos do art. 24, XI, compete Unio, aos Estados

    e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre procedimentos em

    matria processual. Item certo

    61) constitucional lei municipal que disponha sobre a fixao do tempo mximo que o pblico pode esperar por atendimento em

    agncias bancrias localizadas em seu territrio.

    Compete aos municpios a fixao de tempo mximo de espera na fila em

    agncias bancrias, bem como em cartrios, pois se trata de qualidade de

    atendimento, assunto de interesse local. Questo correta

    62) Compete concorrentemente Unio, estados, Distrito Federal e municpios legislar sobre guas?

    Compete privativamente Unio legislar sobre guas (art. 22, IV). Item

    errado.

    63) Quanto competncia legislativa privativa da Unio, possvel classific-la em direito material substancial e direito material

    administrativo. Sobre o tema, correto afirmar que

    a) o direito martimo classificado como direito material administrativo.

    b) a gua, a energia, a informtica, as telecomunicaes e a radiodifuso

    so classificadas como direito material substancial.

    c) as requisies civis e militares so classificadas como direito material

    substancial.

    d) o direito agrrio classificado como direito material administrativo.

  • e) a desapropriao classificada como um direito material

    administrativo.

    64) O crdito tributrio no atingido pela decadncia?

    Correto. A decadncia afastada pelo lanamento, passando ento a correr

    o prazo de prescrio. Assim, o crdito pode sofrer prescrio, nunca a

    decadncia (art. 174, CTN). A decadncia ocorre com a obrigao

    tributria, quando a autoridade fiscal perder o prazo quinquenal para

    efetuar o lanamento.

    65) O lanamento regido pela legislao vigente poca da ocorrncia do fato gerador, no lhe sendo aplicvel a legislao

    posterior?

    Errado. Pode-se aplicar a legislao posterior que trate de aspectos formais

    ao lanamento, como, por exemplo: novos processos de fiscalizao, novos

    critrios de apurao e ampliao dos poderes de investigao (art. 144,

    1, CTN).

    66) Segundo os termos do CTN, na redao vigente a partir de 11 de janeiro de 2002, a lei pode circunscrever a aplicabilidade do

    parcelamento a determinada regio ou a determinada categoria de

    contribuintes ou responsveis?

    Correto. Questo bem elaborada. Originalmente, encontra-se na Seo II,

    que trata da Moratria, art. 152, nico, a previso para sua aplicao

    circunscrita a determinada regio ou a classe ou categoria de sujeitos

    passivos. Todavia, a LC 104, de 2001, acrescentou o art. 155-A ao CTN,

    cujo 2 determina que aplicam-se, subsidiarimente, ao parcelamento as disposies desta Lei, relativas moratria.

    67) Lanamento por homologao aquele efetuado pelo sujeito passivo, com prvio exame da autoridade fiscal?

    Errado. O pagamento feito antecipadamente, sem qualquer exame prvio

    da autoridade fiscal, e se submete a uma futura homologao (art. 150,

    caput, CTN).

    68) O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza tipo de imposto em que adotado o lanamento de ofcio, unilateral ou

    direto?

  • Errado. O imposto sobre a renda lanado por homologao.

    69) O imposto sobre produtos industrializados tipo de imposto em que adotado o lanamento por declarao?

    Errado. O IPI, assim como o IR, ITR e ICMS, lanado por homologao.

    70) A modificao introduzida nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento pode ser

    efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fatos

    geradores ocorridos anteriormente sua introduo?

    Errado. A questo refere-se ao art. 146, CTN. A doutrina batizou esse

    dispositivo de princpio da proteo confiana do contribuinte na

    Administrao Tributria. Ele protege o contribuinte contra a mudana,

    com efeito retroativo, do critrio jurdico utilizado no lanamento relativo a

    um mesmo sujeito passivo, para defesa da boa-f. Nesse sentido, temos

    algumas jurisprudncias interessantes:

    1- A mudana de critrio jurdico adotado pelo fisco no autoriza a reviso de lanamento (Smula 227 do extinto TDR); 2- Incabvel o lanamento suplementar motivado por erro de direito (STJ, REsp 412.904)

    71) O lanamento por homologao ocorre quanto aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever de privativamente

    constituir o crdito tributrio, independentemente de atuao da

    autoridade administrativa?

    Errado. Quem constitui o crdito tributrio sempre a autoridade

    administrativa, no poder faz-lo o contribuinte, nem mesmo autoridade

    judicial. No lanamento por homologao, no mximo o que o contribuinte

    faz apurar e pagar o quantum devido, conforme dispe o art. 150, caput,

    CTN.

    72) Em homenagem ao princpio da legalidade, o crdito no integralmente pago no vencimento s acrescido de juros de mora se a

    lei especfica do imposto a previr?

    Errado. O CTN possui regra subsidiria no caso de omisso da lei

    especfica do tributo. De acordo com o art. 161, CTN, o crdito no integralmente pago no vencimento acrescido de juros de mora, seja qual

    for o motivo determinante da falta..., sendo de 1% ao ms os juros de mora, consoante o 1 do mesmo artigo.

  • TIPOS DE LANAMENTOS

    Homologao Declarao De ofcio

    ICMS

    ISS

    IPI

    IR

    PIS

    COFINS

    CSLL

    ITR

    ITCD IPVA

    IPTU