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 DIREITO PREVIDENCIÁRIO ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA E JURISPRUDENCIAL BÁSICA DA EDIÇÃO 2015 - 5ª EDIÇÃO AUTORA: ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes OBRA ATUALIZADA:  DIREITO PREVIDENCIÁRIO    COLEÇÃO TRIBUNAIS E MPU 5ª EDIÇÃO - 2015 Prezados alunos e leitores, Com o escopo de atualizar a 5ª edição da obra Direito Previdenciário    Coleção Tribunais e MPU, publicada em 2015, venho apresentar-lhes a atualização básica da legislação e jurisprudência do Direito Previdenciário, considerando as normas  publicadas até 10 de julho de 2015. Abraços, ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA E JURISPRUDENCIAL BÁSICA DA EDIÇÃO

2015 - 5ª EDIÇÃO

AUTORA: ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com 

Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes

OBRA ATUALIZADA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO –  COLEÇÃO TRIBUNAIS E MPU 5ª EDIÇÃO - 2015 

Prezados alunos e leitores,

Com o escopo de atualizar a 5ª edição da obra Direito Previdenciário  –  ColeçãoTribunais e MPU, publicada em 2015, venho apresentar-lhes a atualização básica dalegislação e jurisprudência do Direito Previdenciário, considerando as normas

 publicadas até 10 de julho de 2015.

Abraços,

ADRIANA MENEZES www.adrianamenezes.com 

Página no facebook: https://www.facebook.com/profadrianamenezes

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CAPÍTULO 1 –  A SEGURIDADE SOCIAL

2. ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL

Corrigir:  - LBA  –   Fundação Legião Brasileira de Assistência, responsável pela prestação de assistência social às pessoas carentes;

Atualizar:

O direito ao salário-família, estendido aos empregados domésticos pela EmendaConstitucional nº 72/2013, teve sua regulamentação pela Lei Complementar nº150/2015. Os empregados domésticos de baixa renda que possuem filhos menores de 14anos ou inválidos passaram a ter direito ao benefício de salário-família, nos termos doart. 65 da Lei nº 8.213/91.

...As Medidas Provisórias nº 664 e 665/2014 foram convertidas, respectivamente,

nas Leis nº 13.135 e 13.134, ambas de 2015.Essas leis trouxeram novas regras para a concessão dos benefícios de pensão por

morte e auxílio-reclusão, seguro-desemprego e abono salarial, distintas das que haviamsido trazidas pelas referidas medidas provisórias.

CAPÍTULO 2 –  A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

2. SAÚDE

(...)A Lei nº 13.097/2015 veio autorizar a participação direta ou indireta, inclusive o

controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência à saúde nos casos de:

I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas,de entidades de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos;II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar:a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica gerale clínica especializada; e

 b) ações e pesquisas de planejamento familiar;III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, paraatendimento de seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridadesocial.

CAPÍTULO 6  –   OS SEGURADOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIASOCIAL –  RGPS

2.2. dos empregados domésticos.

A Lei Complementar nº 150/2015 previu expressamente que o empregadodoméstico é aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e

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 pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana.

EMPREGADODOMÉSTICO:

 –  Trabalho doméstico para pessoa física ou família no âmbitoresidencial destas;

 –  presta serviços de forma continua, subordinada, onerosa e pessoal; –  atividades sem fins lucrativos;-   por mais de dois dias na semana.

2.4. Segurado especial

A atividade pesqueira capaz de qualificar a pessoa física como segurado especialdeve ser artesanal e ser o meio principal de vida do segurado, obedecendo ao dispostono art. 9º, § 14, do Decreto nº 3.048/99, in verbis:

“considera-se pescador artesanal aquele que, individualmente ou emregime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio

 principal de vida, desde que: I –  não utilize embarcação ou; II  –   utilize embarcação de de pequeno porte, nos termos da Lei nº11.959, de 29 de junho de 2009.” 

A embarcação de pequeno porte é definida pela Lei de Pesca e Aquicultura –  Leinº 11.959/2009 como de arqueação bruta –  AC –  de até 20 toneladas.

O Regulamento da Previdência Social, com a nova redação trazida pelo Decreto

nº 8.424/2015 elevou, assim, o peso da embarcação do pescador artesanal para até 20toneladas.  Não há mais a restrição imposta na legislação anterior de que o barco do

 pescador artesanal teria que ter arqueação bruta de até 06 toneladas, quando se tratassede embarcação própria ou de até 10 toneladas, quando se tratasse de parceiro outorgado.

Se a embarcação tiver arqueação bruta superior a 20 e inferior a 100 toneladasela é considerada de médio porte e o pescador será enquadrado como seguradocontribuinte individual.

Enquadra-se, também, como contribuinte individual o pescador que tiverembarcação de grande porte, com arqueação bruta igual ou superior a 100 toneladas.

Veja o quadro:

ATIVIDADELIMITAÇÃO DAEMBARCAÇÃO

ENQUADRAMENTO DO SEGURADO NO RGPS

PescaArtesanal.

embarcação de pequeno portearqueação bruta ≤ 20

toneladas.

Segurado especial

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Pesca

embarcação demédio porte

20 < arqueação bruta< 100 toneladas.

Contribuinte individual

Pesca

embarcação degrande porte

arqueação brutamaior ou igual a 100toneladas.

Contribuinte individual

2.5. Segurado contribuinte individual

g) ...

O médico participante do “Programa Mais Médicos”, instituído pela Lei nº

12.871/2013, enquadra-se, em regra como contribuinte individual.Mas, é bom enfatizar que os médicos intercambistas (aqueles formados em

instituição de educação superior estrangeira com habilitação para exercício da Medicinano exterior) estão desobrigados da filiação ao RGPS como contribuinte individual ouqualquer outra categoria de segurado. Estão desobrigados da filiação ao RGPS os:

I - selecionados por meio de instrumentos de cooperação com organismosinternacionais que prevejam cobertura securitária específica; ou

II - filiados a regime de seguridade social em seu país de origem, o qual

mantenha acordo internacional de seguridade social com a República Federativa doBrasil.

CAPÍTULO 7 –  DA FILIAÇÃO E DA INSCRIÇÃO DOS SEGURADOS(...)

3. INSCRIÇÃO

Os empregados domésticos têm sua inscrição feita por meio da apresentação dedocumento que comprove a existência de contrato de trabalho. A inscrição é feitadiretamente no INSS ou, mesmo, através da internet pelo sitewww.previdenciasocial.gov.br.

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, a inclusão do empregadodoméstico no FGTS passou a ser obrigatória. O empregador doméstico passará a ter aobrigação de promover a inscrição de seu empregado e a promover os recolhimentos aseu cargo após a entrada em vigor do regulamento a ser editado pelo Conselho Curadore pelo agente operador do FGTS.

Desse modo, a inscrição do empregado doméstico perante a Previdência Socialocorrerá nos mesmos moldes que a do empregado. A inscrição será feita peloempregador doméstico quando de sua inscrição no FGTS.

Foi criado o regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dosdemais encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico), com inscrição do

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empregador e entrada única de dados cadastrais e de informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais no âmbito do Simples Doméstico, dando-se mediante registroem sistema eletrônico a ser disponibilizado em portal na internet, conformeregulamento.

CAPÍTULO 9 –  DOS DEPENDENTES

1.  OS DEPENDENTES

Os dependentes dos segurados do RGPS estão divididos em três classes, a saber,conforme o disposto no art. 16 da Lei nº 8.213/91:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquercondição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiênciaintelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado

 judicialmente;II - os pais;

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anosou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ourelativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

 No entanto, com o advento da Lei nº 13.135/2015, a redação do inciso III, do art.16 da Lei nº 8.213/91 passou a ser (art. 6º, da Lei 13.135/15):

III - o irmão de qualquer condição menor de 21 (vinte e um) anos ouinválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, nostermos do regulamento.

Verificou-se, então, que:- foi retirada a emancipação como causa de antecipação da maioridade

 previdenciária para o irmão (vigência em 18/6/2015);- foi retirada a exigência de incapacidade civil do irmão com deficiência mensal

ou intelectual e excluída a necessidade de interdição judicial (vigência em 18/6/2017);- foi inserido como dependente o irmão com deficiência grave, nos termos do

regulamento (vigência em 180 dias, a contar de 18/6/2015).A modificação proposta para o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213/91, no sentido

de estender a condição de dependente ao filho com deficiência grave foi vetada pelaPresidente da República.

Mais tarde, foi publicada a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015 que corrigiu as

distorções quanto ao filho e ao irmão com deficiência grave, modificando a redação dosincisos I e III do art. 16 da Lei nº 8.213/91, que passam a vigorar, após 180 dias da datada publicação oficial, ocorrida em 07 de julho de 2015.

Os incisos I e III do art. 16 da Lei nº 8.213/91 passarão a vigorar com as seguintesalterações:

“Art. 16. ......................................................................I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, dequalquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenhadeficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;............................................................................................III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)

anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiênciagrave;

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 Verifica-se, destarte, que a partir de 180 dias a contar de 07/07/2015: 

- volta a emancipação como causa de antecipação da maioridade previdenciária para o irmão. Para o filho sempre foi considerada.

- É retirada a exigência de incapacidade civil do filho e irmão com deficiênciamental ou intelectual e excluída a necessidade de interdição judicial;

- é inserido o filho com deficiência grave no rol de dependentes do RGPS.

Veja o quadro abaixo:

Legislação vigente Condição do dependente

Até 17 de junho de 2015o irmão não emancipado, de qualquercondição, menor de 21 (vinte e um) anosou inválido ou que tenha deficiênciaintelectual ou mental que o torne absolutaou relativamente incapaz, assim declarado

 judicialmente.

De 18 de junho até 180 dias após essa datao irmão, de qualquer condição, menor de21 (vinte e um) anos ou inválido ou quetenha deficiência intelectual ou mentalque o torne absoluta ou relativamenteincapaz, assim declarado judicialmente.

 Não houve alteração em relação ao filho.

a partir de 180 dias a contar de 18/06/2015 o irmão, de qualquer condição, menor de21 (vinte e um) anos ou inválido ou quetenha deficiência intelectual ou mental

que o torne absoluta ou relativamenteincapaz, assim declarado judicialmente,ou com deficiência grave, nos termos doregulamento.

 Não houve alteração em relação ao filho(veto presidencial).

a partir de 180 dias a contar de 07/07/2015- o filho não emancipado, de qualquercondição, menor de 21 (vinte e um) anos

ou inválido ou que tenha deficiênciaintelectual ou mental ou deficiência grave;

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 - o irmão não emancipado, de qualquercondição, menor de 21 (vinte e um) anosou inválido ou que tenha deficiênciaintelectual ou mental ou deficiência grave.É retirada a exigência de incapacidade

civil do filho e irmão com deficiênciamental ou intelectual e excluída anecessidade de interdição judicial.O filho com deficiência grave passará aser dependente do RGPS.

Em relação ao menor sob guarda, é imperioso destacar que o STJ alterou sua posição no que diz respeito à condição de dependente do RGPS:

Após divergência interna, o STJ referendou a exclusão do menor sob guarda 

da lista dos dependentes do RGPS:

“Pensão por morte. Regime Geral de Previdência Social. Menor sob guarda.Incidência da lei previdenciária vigente ao tempo do óbito do instituidor dobenefício. Inaplicabilidade do Estatuto da Criança e do Adolescente. Precedentesda Terceira Seção. Embargos de divergência conhecidos e recebidos” (3ª Seção,EREsp 801.214, de 28.05.2008). Após certa divergência, a Corte Especial do STJEXCLUIU O MENOR SOB GUARDA no rol de equiparados a filho no

 julgamento do AgRg na SLS 1988, de 4/3/2015: “II - Hipótese em que a decisãocujos efeitos foram aqui suspensos discrepa da jurisprudência do SuperiorTribunal de Justiça "no sentido de ser indevida pensão por morte a menor sobguarda se o óbito do segurado tiver ocorrido sob a vigência da MP nº 1.523/96,posteriormente convertida na Lei nº 9.528/97" (AgRg nos EDcl no REsp n.1.104.494/RS, Relator o Ministro Nefi Cordeiro, DJ de 16/12/2014). III - Efeitomultiplicador reconhecido, tendo em conta a probabilidade de que a decisão impugnadaestimule o ajuizamento de novas ações com o mesmo objeto, e lesão à economia públicademonstrada pela irrepetibilidade dos proventos eventualmente pagos, considerando anatureza alimentícia do benefício de pensão por morte”. 

Em relação ao cônjuge, ao companheiro ou à companheira, é de extremaimportância dispor sobre as alterações trazidas pela Lei nº 13.135/2015, publicada

em 18 de junho de 2015.O cônjuge, o companheiro e a companheira terão direito ao benefício de pensão

por morte:  por 04 meses, caso o segurado não tenha 18 contribuições mensais ou o

casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos do óbitodo segurado.

Essa regra não é aplicada em caso de morte por acidente de qualquernatureza, doença profissional ou do trabalho.

  pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado tenha 18 ou

mais contribuições mensais e o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito.

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Essa regra, também, é aplicada nos casos em que a morte decorrer deacidente de qualquer natureza ou causa, mesmo que não tenha o segurado18 ou mais contribuições e o casamento ou a união estável tenham sidoiniciado há menos de 02 anos da data do óbito do segurado.

Idade X do cônjuge, companheiro oucompanheira, em anos  Duração do benefício de pensão pormorte,em anos menor que 21 3entre 21 e 26 6entre 27 e 29 10entre 30 e 40 15entre 41 e 43 20

44 anos ou mais vitalícia

Perceba que a idade do cônjuge, companheiro ou companheira na data do óbitodo segurado vai determinar por quanto tempo será paga a pensão por morte.

Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período severifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambosos sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer,

 poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, limitado oacréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

  Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quandose tratar de inválido ou com deficiência.

 Nesse caso, são garantidos, no mínimo, conforme o caso, os prazos de 04 mesesou o da tabela acima.

SITUAÇÃOHIPOTÉTICA 

PERGUNTA  RESPOSTA 

Rosa, empregada emuma fábrica de doces há05 anos casou-se, há umano, com Joaquim.

 Num domingo demanhã, sentiu um malsúbito e veio a falecer.

Joaquim terádireito à pensão por morte de

Rosa?

SIM.Joaquim terá direito à pensão por morte

 por apenas 04 meses.O casamento de Rosa e Joaquim iniciou-se há menos de 02 anos da data do óbitoda segurada.

João trabalha em um banco comercial há 03anos e está casado comMaria há 02 (dois) anos.Teve um mal súbito eveio a falecer, quandosua esposa contava com27 anos.

Maria terádireito à pensão por morte de

João?

SIM.Verifica-se que o segurado falecidocontava, na data do óbito, com mais de18 contribuições mensais para aPrevidência Social e o casamento entreJoão e Maria tinha 02 anos.

 Nesse caso, Maria terá pensão por mortede João pelo prazo de 10 anos,considerando sua idade de 27 anos nadata do óbito do seu marido.

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SITUAÇÃOHIPOTÉTICA 

PERGUNTA  RESPOSTA 

Sabrina, contribuinteindividual há pelo

menos 03 anos noRGPS, mantinha uniãoestável com Sandra há01 ano.Ontem, as duas saíram

 para comemorar oaniversário de Sandra e,quando voltavam paracasa, sofreram umacidenteautomobilístico que

culminou na morte deSabrina, de 30 anos.Sandra tinha, à épocado óbito de suacompanheira, 35 anos.

Sandra terádireito à pensão por morte de

Sabrina?

SIM.Sandra é companheira de Sabrina,

figurando, portanto, na qualidade dedependente.Embora a união estável entre Sandra eSabrina tenha se iniciado há 01 ano dadata do óbito da segurada, a pensão pormorte será concedida à companheira

 pelo prazo de 15 anos (tabela acima). No caso de morte decorrente de acidentede qualquer natureza, mesmo nãohavendo 18 contribuições mensais dosegurado e 02 anos de união estável, o

 benefício será concedido pelo prazoestipulado na tabela já descrita. E, comoSandra tinha 35 anos na data do óbito deSabrina, o benefício de pensão por morteser-lheá por 15 anos.

Lucas trabalha em um banco comercial desde2003 e está casado comLuzia há 06 meses. Ummês após o casamento,

Luzia foi acometida deuma grave doença eficou inválida aos 25anos.Lucas contraiu dengue eveio a falecer no dia emcompletava 07 meses decasamento.

Luzia terádireito à pensão

 por morte deLucas?

SIM.Embora Luzia esteja casada há menos02 anos com Lucas, ela está inválida.A princípio, Luzia teria pensão pormorte por 04 meses, mas como é

inválida vai receber o benefício até acessação da invalidez.Se a invalidez cessar antes de 04 mesesapós o óbito, ser-lhe-á garantida a

 pensão por 04 meses.

Substituir o quadro de perda da qualidade de dependentes para:

PERDA DAQUALIDADE

DEDEPENDENTE

para o cônjuge,companheiro ou

companheira(perda da pensão

por morte):

a)   por decurso de prazo:- após 04 meses, se não tiver  osegurado 18 contribuições mensaisou se o casamento ou a uniãoestável tiverem sido iniciados hámenos de 02 anos doóbito/reclusão do segurado;- após 03, 06, 10, 15, 20, conformetabela já demonstrada acima, se o

segurado tiver  18 contribuições eo casamento ou a união estável

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tiverem sido iniciados, há pelomenos, 02 anos da data doóbito/reclusão do segurado.

 b)  Pela cessação da invalidez ou peloafastamento da deficiência,respeitados os períodos mínimosdescritos na letra “a”. 

para o cônjuge,companheiro ou

companheira

Anulação do casamento;Separação judicial ou divórcio

sem direito à prestaçãoalimentícia.

para o filho, pessoaa ele equiparada ouirmão, de ambos ossexos:

•  Ao emancipar ou ao completar 21 anosde idade, salvo se for inválido ou comdeficiência.

para o filho e oirmão inválidos:

•  Com a cessação da invalidez.

para o filho e oirmão que tenha

deficiênciaintelectual oumental oudeficiência grave:

•   pelo afastamento da deficiência1.

para os pais: •  Quando vierem a falecer.

para todos osdependentes:

•  Quando vierem a falecer.•  Com a perda da qualidade de segurado

do qual eles eram dependentes.

CAPÍTULO  10  -  DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PREVIDENCIÁRIOS  –   PERÍODO DE

CARÊNCIA-VALOR MENSAL –  SALÁRIO DE BENEFÍCIO –  R EAJUSTAMENTOS 

2. 

DA CARÊNCIA

O período de carência era contado, para o segurado empregado, o trabalhadoravulso e o contribuinte individual que presta serviço a pessoa jurídica (este a partir dacompetência de abril/2003), da data da filiação ao RGPS, ou seja, a partir do exercícioda atividade remunerada.

1. Alteração trazida pela Lei nº 13.146/2015, que entra em vigor em 180 dias a contar de 07/07/2015.

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Esses segurados tinham a seu favor a presunção do recolhimento de suascontribuições previdenciárias, uma vez que a responsabilidade tributária de recolher ascontribuições à União é da empresa empregadora ou tomadora de serviço.

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico passou a gozar, também, da presunção de recolhimento das contribuições

 previdenciárias.Os artigos 27 e 35 da Lei nº 8.213/91 foram alterados de forma a se concluir queo empregado doméstico não precisa comprovar o recolhimento das contribuições

 previdenciárias para obter benefícios da Previdência Social. Isso porque aresponsabilidade do recolhimento era e continua sendo do empregador doméstico.

De acordo com a nova redação do inciso I do art. 27 da Lei de Benefícios, para ocômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições referentes ao

 período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), nocaso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadoresavulsos. Para o empregado doméstico, não se considera mais o período de carênciacomputado a partir da primeira contribuição sem atraso.

E o art. 35 da Lei nº 8.213/91 passou a dispor:“Art. 35.  Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhadoravulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício

 pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários de contribuiçãono período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo,devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos saláriosde contribuição.” Caso o empregado doméstico demonstre que, por exemplo, possuía salários de

contribuição de R$ 2.500,00, mas o seu empregador nunca recolheu a contribuição,deverá o INSS considerar os salários de contribuição de R$ 2.500,00 no cálculo dosalário de benefício, e não mais conceder o benefício mínimo, deixando de aplicar odisposto no art. 36 da Lei nº 8.213/91, que foi tacitamente revogado.

.2.1. Benefícios que exigem carência

Os benefícios que exigem um número mínimo de contribuição para o RGPS são:

 –   auxílio-doença e aposentadoria por invalidez; –   aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial; –   salário-maternidade para os segurados contribuintes individuais, especiais e

facultivativos.

Os benefícios de pensão por morte e de auxílio-reclusão não exigem carência,conforme previa a Medida Provisória nº 664/20134. A Lei nº 13.135/2015 restaurou aredação anterior do art. 26 da Lei nº 8.213/91, isentando os benefícios de pensão pormorte e auxílio-reclusão do cumprimento de qualquer carência de contribuição

 previdenciária.

SITUAÇÃOHIPOTÉTICA

TERÁ DIREITO AO BENEFÍCIO,OBSERVADA A CARÊNCIA MÍNIMA

EXIGIDA?

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SITUAÇÃOHIPOTÉTICA

TERÁ DIREITO AO BENEFÍCIO,OBSERVADA A CARÊNCIA MÍNIMA

EXIGIDA?

Lucas, segurado facultativo há 05 meses,veio a falecer em razão de uma

 pneumonia, deixando dependentes noRGPS.

SIMOs dependentes de Lucas terão direito à

 pensão por morte, porque este benefícionão exige carência.

Finalmente, confira o quadro abaixo para melhor memorizar:

BENEFÍCIOSCONTRIBUIÇÕES

MENSAIS

COMCARÊNCIA –  ART. 25 DA

LEI Nº8.213/91

auxílio-doença 12

aposentadoria por invalidez 12aposentadoria por idade 180

aposentadoria por tempo de contribuição 180

aposentadoria especial 180

salário-maternidade para segurados eseguradas facultativos, contribuintesindividuais e especiais*

10**

*. Para o segurado ou a segurada especial será exigida a carência mínima de 10 meses deexercício efetivo na atividade rural imediatamente anteriores à data do requerimento,ainda que descontínuos.

**. Se o parto antecipar o número mínimo de contribuições exigido será diminuído emnúmero igual aos meses de antecipação do parto, comprovada por atestado médico.Assim, se o parto acontecer no 8º mês de gestação, a carência sofrerá a diminuição de 1mês, sendo exigidas apenas 9 contribuições mensais.

2.3. Benefícios que não exigem carência

Com a restauração da redação anterior do art. 26, inciso I, da Lei nº 8.213/91, pela Lei nº 13.135/2015, os benefícios de pensão por morte e de auxílio-reclusão 

voltaram a não exigir carência para a sua concessão.

Os benefícios de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez estãoisentos da carência mínima quando a incapacidade decorrer de acidente de qualquernatureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho e de doenças ou afecçõesgraves especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da PrevidênciaSocial, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma,deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade egravidade que mereçam tratamento particularizado.

É importante informar que o art. 151 da Lei nº 8.213/91, anteriormente revogado pela MP nº 664/2014, foi restaurado pela Lei nº 13.135/2015, fazendo incluir na lista de

doenças graves, a esclerose múltipla. Confira:

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“Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II doart. 26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria

 por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido dasseguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerosemúltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e

incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartroseanquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteítedeformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) oucontaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.” 

Para não gerar dúvidas, memorize o quadro abaixo:

Prestaçõesprevidenciárias que não

exigem CARÊNCIAMÍNIMA de

contribuições –  (Art. 25 e 26 da Lei nº 

8.213/91)

• Pensão por morte; • auxílio-reclusão;• auxílio-acidente;

• salário-família;• auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casosde acidente de qualquer natureza ou causa e de doença

 profissional ou do trabalho e de doenças e afecçõesespecificadas em lista elaborada pelos Ministérios daSaúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação,mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confiraespecificidade e gravidade que mereçam tratamento

 particularizado;• salário-maternidade para os segurados empregados,

domésticos e trabalhadores avulsos;• serviço social e reabilitação profissional.

3. DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO –  SB

A obrigatoriedade da utilização do fator previdenciário no cálculo daaposentadoria por tempo de contribuição foi flexibilizada pela Medida Provisória nº676/2015.

Foi acrescentado à Lei nº 8.213/91 o art. 29-C, dispondo que o segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pelanão incidência do fator previdenciário2, no cálculo de sua aposentadoria, quando ototal resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas asfrações, na data de requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela:

MULHERES (soma dotempo de contribuição e da

idade)*

HOMENS (soma dotempo de

contribuição e daidade)*

ANO DO REQUERIMENTO

85 95 Até 201686 96 2017 a 2018

2.  A Medida Provisória nº 676/2015 não foi, ainda, apreciada pelo Congresso Nacional até o fechamento destaatualização.

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87 97 201988 98 202089 99 202190 100 2022

* Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do

 professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercíciode magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

Para dirimir possíveis dúvidas, vamos aos exemplos:

  Joaquim, segurado contribuinte individual conta, em 2015, com 36 anosde contribuição e 59 anos idade.Se ele for requerer sua aposentadoria por tempo de contribuição, o fator

 previdenciário não será utilizado para o cálculo do salário de benefício e,consequentemente, para o da renda mensal do benefício requerido.

 No caso, Joaquim será beneficiado pela regra da tabela acima. Como a soma de

seu tempo de contribuição  –  36 anos –  e da sua idade  –  59 é igual a 95, não seaplica o fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria.

 No entanto, para se aposentar por tempo de contribuição deverá ter, no mínimo,35 anos de contribuição.

  Fernando contará, em 2017, com 35 anos de contribuição e 50 anos deidade, o fator previdenciário será utilizado, obrigatoriamente,  no cálculo dosalário de benefício e, consequentemente, no da renda mensal do benefíciorequerido.Fernando não poderá ser beneficiado pela regra da tabela acima. Como a somade seu tempo de contribuição  –   35 anos  –   e de sua idade  –   50 é igual a 85,aplica-se o fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria. Para que o fator

 previdenciário não seja exigido, será necessário que Fernando apresente 96 nasoma do seu tempo de contribuição e da sua idade, desde que cumprido o tempomínimo de contribuição de 35 anos.

É importante destacar, ainda, que para a apuração da renda mensal dos benefícios dos segurados, há que se observar a regra disposta no art. 34 da Lei nº8.213/91, com nova redação dada pela Lei Complementar nº 150/2015:

•   para o segurado empregado, o empregado doméstico e o trabalhadoravulso, serão computados os salários de contribuição referentes aos meses decontribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregadordoméstico, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis;

•   para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso eo segurado especial, o valor mensal do auxílio-acidente será computado como salário decontribuição para fins de concessão de qualquer aposentadoria.

•   para o contribuinte individual que prestar serviço à empresa ou for filiadoà cooperativa de trabalho ou de produção, a partir de abril de 2003, serão computados ossalários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que nãorecolhidas pela empresa, sem prejuízo da respectiva cobrança e da aplicação das

 penalidades cabíveis; e•   para os demais segurados, somente serão computados os salários de

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contribuição referentes aos meses de contribuição efetivamente recolhida.Isso quer dizer que o empregado, o empregado doméstico, o trabalhador avulso e

contribuinte individual que tem descontada sua contribuição pela empresa gozam de presunção de recolhimento para o cálculo do salário de benefício. Já os demais terão osseus salários de contribuição considerados para o cálculo do seu salário de benefício

somente aqueles cuja contribuição foi efetivamente recolhida.É imperioso destacar, ainda, que no caso do segurado empregado, inclusive odoméstico,  e do trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condições para aconcessão do benefício pleiteado, mas que não possam comprovar o valor dos seussalários de contribuição no período básico de cálculo será concedido o benefício devalor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dossalários de contribuição.3 

A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o critério acima, deve serreajustada como a dos benefícios correspondentes com igual data de início e substituirá,a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefício, a renda mensal que

 prevalecia até então.

4. DA RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO –  RMI

O valor da pensão por morte será o valor da aposentadoria que o seguradorecebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na datade seu óbito (100% do salário de benefício).

A Lei nº 13.135/2015 restabeleceu a redação do artigo 75, da Lei 8.213/91,voltando a pensão por morte a ser integral. Os benefícios que foram concedidos soba vigência da MP nº 664/2014 serão revistos pelo INSS para se adequarem à lei entãovigente.

O auxílio-reclusão seguirá as mesmas regras impostas à pensão por morte paraapuração de sua renda mensal inicial, no que for cabível. O seu valor inicial será de100% da aposentadoria por invalidez a que teria direito o segurado na data de seurecolhimento à prisão.

Exemplo:

João, aposentado, faleceu em julho de 2015, deixando 02 dependentes. O valor desua aposentadoria, na data do óbito, era de R$2.000,00.A pensão por morte será de R$2.000,00 dividida em partes iguais para os 02dependentes. Cada um receberá R$ 1.000,00.

CAPÍTULO 11 - ACIDENTE DO TRABALHO

2. O ACIDENTE DO TRABALHO

O art. 19 da Lei nº 8.213/91, após a publicação da Lei Complementar nº150/2015, passou a dispor que:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço daempresa ou do empregador doméstico  ou pelo exercício do trabalho dos seguradosreferidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação

3. Art. 35, Lei nº 8213/9, com redação dada pela LC nº 150/2015.

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funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, dacapacidade para o trabalho.

O acidente do trabalho contemplava somente os segurados empregado,trabalhador avulso e especial.

Daí podia-se concluir que somente empregados, trabalhadores avulsos e

segurados especiais poderiam ter seus benefícios caracterizados como acidentários.Com a nova redação do art. 19 da Lei nº 8.213/91, o empregado doméstico foiincluído no conceito de acidente do trabalho.

O seguro contra acidente do trabalho que fora estendido aos empregadosdomésticos, com a alteração do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal, foiregulamentado pela Lei Complementar nº 150/2015, trazendo alteração no texto dosartigos 19, 21-A e 22 da Lei nº 8.213/91.

Os empregados domésticos passaram a ter direito aos benefícios de naturezaacidentária (decorrentes de acidente do trabalho) e o empregador doméstico terá aobrigação de recolher a contribuição previdenciária, a título de SAT, de 0,8% sobre aremuneração paga ou devida ao empregado no mês anterior.

Os benefícios previdenciários pagos ao empregado, inclusive o doméstico, aotrabalhador avulso e ao segurado especial, bem como aos dependentes, em decorrênciade acidente do trabalho, são:

- auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por acidente de trabalho;-auxílio-acidente por acidente de trabalho e- pensão por morte por acidente de trabalho.

5. A COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO –  CAT

Com a extensão do seguro contra acidente do trabalho e a caracterização de benefícios de natureza acidentária aos empregados domésticos, fica o empregadordoméstico com a obrigação de emitir a CAT.

Caberá à empresa e ao empregador doméstico expedir a CAT –  Comunicação deAcidente de Trabalho ao INSS até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, emcaso de morte, de imediato, sob pena de multa.

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o artigo 21-A da Lei8.213/91 também foi modificado, passando a prever que a perícia médica do Instituto

 Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária daincapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre otrabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou doempregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na

Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser oregulamento. E, caso isso venha acontecer, poderão a empresa, o empregador domésticoou o segurado recorrer da decisão junto ao Conselho de Recursos da Previdência Social.

6. ESTABILIDADE DO ACIDENTADO

O art. 118 da Lei de Benefícios determina que o segur ado que sofreu acidentedo trabalho tem garanti da, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seucontr ato de tr abal ho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário,independentemente de percepção de auxílio-acidente.

Apesar de o referido artigo trazer o termo segurado, podemos entender que o

empregado e o empregado doméstico (após LC nº 150/2015) terão estabilidade, umavez que os outros segurados que poderão sofrer acidente do trabalho (trabalhador avulso

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e segurado especial) não possuem vínculo empregatício com empresas urbana ou ruralou com o empregador doméstico.

O auxílio-doença somente é devido se for constatada incapacidade temporária dosegurado empregado por mais de 15 dias consecutivos.4  A regra antes trazida pelaMedida Provisória nº 664/2014, não foi aprovada pelo Congresso Nacional e a Lei nº

13.135/2015 restabeleceu o art. 59 da Lei nº 8.213/91, concedendo o auxílio-doença para o segurado empregado a partir do 16º dia do afastamento, cabendo ao empregadorlhe pagar o salário integral durante os primeiros 15 dias.

.CAPÍTULO 12 –  DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

1. DO AUXÍLIO-DOENÇA1.1. Fato gerador

O auxílio-doença é um benefício não programado, concedido em face daincapacidade relativa ou temporária do segurado para o trabalho ou para o exercício de

suas atividades habituais por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.O art. 59 da Lei nº 8.213/91 foi restaurado pela Lei nº 13.135/2015, exigindo

que, para o gozo do auxílio-doença, a incapacidade do segurado tem que ser por mais de15 dias consecutivos.

1.2. Avaliação da incapacidade

Com a Lei nº 13.135/15, o auxílio-doença para o empregado voltou a ser devidoquando ficar incapacitado por mais de 15 dias. O auxílio-doença será devido aoempregado a partir do 16º dia do seu afastamento.

A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seucargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos 15 (quinze) primeirosdias de incapacidade e somente deverá encaminhar o segurado empregado à períciamédica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar quinze dias.

Os demais segurados, incluindo o empregado doméstico, terão direito ao benefício de auxílio-doença a partir do início da incapacidade.

A inclusão do §5º ao art. 60, da Lei nº 8.213/91, pela Lei nº 13.135/2015 veio permitir que a perícia médica seja feita por órgãos e entidades públicos ou que integremo SUS, com coordenação e supervisão do INSS.

 Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ousetor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de

implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdênciasocial, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos doregulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou decolaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realizaçãode perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e

4. Súmula TST 378: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº8.213/1991. CONSTITUCIONALIDADE. PRESSUPOSTOS (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 105 e230 da SBDI-1) –  Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005

I. É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1  –   inserida em01.10.1997)

II. São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do

auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação decausalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte  –   ex-OJ nº 230 da SBDI-1  –   inserida em20.06.2001)

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supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde(SUS).

1.5. Data de início do benefício

O auxílio-doença será devido:

•  para o empregado:a) a partir de 16º dia do afastamento da atividade, se requerido até 30 dias da data do

seu afastamento;b) a partir da data da entrada do requerimento, se requerido após 30 dias da data do

seu afastamento e

  para os demais segurados, incluído o empregado doméstico:a) a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias do início da

incapacidade;

b) da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias do início daincapacidade.

Veja que no caso do empregado, os 15 (quinze) primeiros dias de incapacidadeserão pagos pelo empregador a título de salário integral, iniciando o direito ao auxílio-doença somente a partir do 16º dia do afastamento.

1.6. Modalidades de auxílio-doença

Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico passou a ter direito ao benefício de auxílio-doença acidentário. Isso, porque o art. 19 daLei nº 8.213/91 foi alterado, contemplando o empregado doméstico no conceito deacidente do trabalho, conforme já explicado no capítulo anterior.

Somente os empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos eos segurados especiais têm direito ao auxílio-doença acidentário (os demais seguradosreceberão sempre auxílio-doença previdenciário).

O empregador doméstico contribuirá com 0,8% sobre o salário de contribuiçãode seu empregado a título de seguro contra acidente do trabalho.

2.7.Outras regras

O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe

garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade. Nessa hipótese, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exerceratividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade

 para cada uma das atividades exercidas.

O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença seráconsiderado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado.

QUADRO RESUMO

AUXÍLIO-DOENÇA 

Beneficiários Todos os segurados.

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RequisitosIncapacidade para o exercício do trabalho ou atividadeshabituais por mais de quinze dias consecutivos. Necessidade de

 perícia médica a cargo da Previdência Social.

Carência

12 contribuições mensais, exceto  no caso da causa ter sido

acidente de qualquer natureza ou doenças especificadas na listaelaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social.

 No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses deefetivo exercício na atividade, imediatamente anteriores à datado requerimento do benefício.

Salário debenefício –  SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuiçãocorrespondentes a 80% do período contributivo.

Renda mensalinicial –  RMI

91% do salário de benefício.O valor do auxílio-doença não poderá exceder a média

aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição,inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançadoo número de doze, a média aritmética simples dos salários decontribuição existentes5.

Data de início dobenefício –  DIB

• para o empregado: a)  a partir do 16º dia do afastamento, se requerido o

 benefício até o 30 dias da data do afastamento; b)  a partir da data da entrada do requerimento, se entre o

afastamento e a data de entrada do requerimentodecorrerem mais de 30 dias.

• para os demais segurados, incluído o empregado doméstico:a)  a partir da data do início da incapacidade, se requeridodentro de 30 dias do início da incapacidade;

 b)  da data da entrada do requerimento, se requerido apósdecorrerem 30 dias do início da incapacidade. 

Divisão doauxílio-doença em

acidentário ouprevidenciário

Acidentário = incapacidade decorre de acidente do trabalho.Após a cessação do auxílio-doença acidentário o seguradomantém pelo prazo mínimo de doze meses o contrato detrabalho, independentemente do recebimento de auxílio-acidente.Previdenciário = incapacidade decorre de outros eventos excetoacidente do trabalho

Suspensão dobenefício

Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação doINSS ou recusar ao tratamento de reabilitação profissional.

Cessação dobenefício

• quando cessar a incapacidade;• quando transformar-se em aposentadoria por invalidez;• quando conceder auxílio-acidente.• quando o segurado falecer.

3.  AUXÍLIO-ACIDENTE

5. Art. 29,§10, Lei nº 8.213/91.

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O empregado doméstico passou a ter direito ao auxílio-acidente.Antes da publicação da LC nº 150/2015, apenas tinham direito ao auxílio-

acidente os segurados empregado, trabalhador avulso e especial.

AUXÍLIO-ACIDENTE

Beneficiários Empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso esegurado especial.

Natureza jurídica

CARÁTER INDENIZATÓRIO por redução na capacidade parao trabalho.

Requisitos

Ocorrência de acidente de qualquer natureza que implique:•  redução da capacidade para o trabalho que habitualmente

exercia;•  redução da capacidade para o trabalho que habitualmente

exercia e que exija maior esforço para o desempenho da

mesma atividade que exercia à época do acidente;•  impossibilidade de desempenho da atividade que exercia àépoca do acidente, porém que permita o desempenho de outra,após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados

 pela perícia médica do INSS.

Carência  NÃO EXIGE CARÊNCIA MÍNIMA.

Salário debenefício –  SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuiçãocorrespondentes a 80% do período contributivo.

Renda mensal

inicial –  RMI50% do salário de benefício.

Data de iníciodo benefício –  

DIB

Dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença.Da data do requerimento administrativo quando não precedidode auxílio-doença;Da data da citação da autarquia quando não houver requerimentoadministrativo6.

Classificaçãoem auxílio-

acidenteacidentário e

previdenciário

Acidentário = a perda parcial da capacidade laborativa, decorrede acidente do trabalho (típico, atípico ou por equiparação).Previdenciário = a perda parcial da capacidade laborativa,

decorre de acidente de qualquer natureza. A causa não é acidentedo trabalho.

Suspensão dobenefício

Em caso de retornar incapacidade temporária cuja causa seja amesma que originou o auxílio-acidente.

Cessação dobenefício

• com a concessão de qualquer aposentadoria ao segurado;• com a morte do segurado;• com a emissão de certidão de tempo de contribuição  –  CTC para averbação de tempo de serviço/contribuição em outroregime previdenciário.

6  STJ, EResp n°735.329/RJ, de 06/05/2011.

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Outros

A percepção de salário, salário-maternidade ou seguro-desemprego não impede o recebimento do auxílio-acidente.Pode ser concedido ainda que o segurado esteja desempregado,desde que o acidente ocorra em época que o indivíduo esteja nacondição de segurado do RGPS.

 Não se acumula com aposentadoria. Não é possível condicionar a concessão de auxílio-acidente à percepção de auxílio-doença antecedente (Parecer n.18/2013/CONJUR-MPS/CGU/AGU).

3. DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

3.4. Data de início do benefício

Se o benefício for concedido pela transformação do auxílio-doença em

aposentadoria, a data do seu início será o dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença,qualquer que seja a qualidade de segurado. Nesse caso, ainda que o segurado seja empregado, não terá o empregador o

dever de lhe pagar os 15 primeiros dias a título de salário, uma vez que já haviaassumido esse ônus quando da concessão do auxílio-doença.

Já se a aposentadoria por invalidez for concedida de forma imediata o benefícioserá devido:

•  para o empregado:a)a partir de 16º dia do afastamento da atividade, se requerido até 30 dias da data do

seu afastamento;

b)a partir da data da entrada do requerimento, se requerido após 30 dias da data doseu afastamento e

•  para os demais segurados, incluído o empregado doméstico:a)a partir da data do início da incapacidade, se requerido dentro de 30 dias do início da

incapacidade;b)da data da entrada do requerimento, se requerido após decorrerem 30 dias do início da

incapacidade

Veja que no caso do empregado, quando a aposentadoria por invalidez forconcedida instantaneamente, os 15 (quinze) primeiros dias de incapacidade serão pagos

 pelo empregador a título de salário, iniciando o direito à aposentadoria somente a partirdo 16º dia do afastamento7. Perceba que não está incluído, nessa regra, o empregadodoméstico, sendo este tratado como os demais segurados. O empregador doméstico nãotem o dever de pagar ao seu empregado incapacitado os 15 primeiros dias deafastamento.

3.5. Modalidades de aposentadoria por invalidez

7

. Os 15 primeiros dias pagos pelo empregador não terão a incidência de contribuição previdenciária, segundo entendimento do STJ(REsp 942.365-SC).

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Com o advento da Lei Complementar nº 150/2015, o empregado doméstico passou a ter direito ao benefício de aposentadoria por invalidez acidentária. Isso, porqueo art. 19 da Lei nº 8.213/91 foi alterado, contemplando o empregado doméstico noconceito de acidente do trabalho, conforme já explicado no capítulo anterior.

A aposentadoria por invalidez de natureza acidentária pode ser concedida apenas

aos segurados empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e seguradosespeciais.O empregador doméstico contribuirá com 0,8% sobre o salário de contribuição

de seu empregado a título de seguro contra acidente do trabalho.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Beneficiários Todos os segurados

Requisitos

Incapacidade permanente para o exercício do trabalho e insuscetível dereabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a

subsistência. Necessidade de perícia médica a cargo da PrevidênciaSocial.

Carência

Doze contribuições mensais, EXCETO no caso da causa ter sidoacidente de qualquer natureza ou doenças especificadas na listaelaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social.

 No caso do segurado especial, a carência é de 12 meses de efetivoexercício na atividade, imediatamente anteriores à data dorequerimento do benefício.

Salário de

benefício –  SB

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição

correspondentes a 80% do período contributivo.

Rendamensalinicial –  

RMI

100% do salário de benefício.O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar daassistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% e poderáultrapassar o valor máximo estabelecido para os benefícios do RGPS

Data deinício do

benefício –  DIB

•  Se for concedida pela transformação do auxílio-doença: a partir dodia seguinte ao da cessação do auxílio-doença;

• Se for concedida de imediato:A) para o empregado, exceto o doméstico: a partir do 16º dia do

afastamento, se requerido o benefício até o 30º dia do afastamento;B) para os demais segurados: a partir da data do início da

incapacidade, se requerido o benefício até o 30º dia do afastamento;C) para todos os segurados: a partir da data do requerimento, quando

requerido após o 30º dia do afastamento.• Entendimento do STJ é de que a citação válida deve ser considerada

como termo inicial para a implantação da aposentadoria por invalidezconcedida na via judicial quando ausente prévia postulaçãoadministrativa.

Dividida emacidentária

Acidentária= incapacidade decorre de acidente do trabalhoPrevidenciária = incapacidade não decorre de acidente do trabalho.

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Beneficiários Todos os segurados

ouprevidenciári

a

Decorre de outros eventos, exceto o acidente do trabalho.

Suspensão dobenefício

Quando não comparecer à perícia médica ou à convocação do INSS ourecusar ao tratamento de reabilitação profissional.O aposentado por invalidez que completar 60 anos de idade estaráisento do exame médico periódico a cargo do INSS.

Cessação dobenefício

• quando cessa a incapacidade;• quando o segurado falece;• quando o segurado retorna voluntariamente à atividade.

5. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

5.5. Da renda mensal inicial

A obrigatoriedade da utilização do fator previdenciário no cálculo daaposentadoria por tempo de contribuição foi flexibilizada pela Medida Provisória nº676/2015.

Foi acrescentado à Lei nº 8.213/91 o art. 29-C, dispondo que o segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pelanão incidência do fator previdenciário8, no cálculo de sua aposentadoria, quando ototal resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas asfrações, na data de requerimento da aposentadoria, for de acordo com a seguinte tabela:

MULHERES (soma dotempo de contribuição e da

idade)*

HOMENS (soma dotempo de

contribuição e daidade)*

ANO DO REQUERIMENTO

85 95 Até 201686 96 2017 a 201887 97 201988 98 202089 99 2021

90 100 2022* Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercíciode magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

Sugiro ao leitor que leia o item 3 do capítulo 10.

8. SALÁRIO-FAMÍLIA

8.1. Requisitos

8.A Medida Provisória nº 676/2015 não foi, ainda, apreciada pelo Congresso Nacional até o fechamento destaatualização. 

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 O salário-família para o empregado doméstico teve sua regulamentação trazida

 pela Lei Complementar nº 150/2015, alterando a redação do artigo 65 da Lei nº8.213/91.

Veja que para se ter direito ao salário-família é necessário:

•  ser segurado empregado, empregado doméstico ou trabalhador avulso;•  ter filhos menores de 14 anos ou inválidos;•  ter salário de contribuição menor ou igual a R$ 1.089,729.

O empregado doméstico terá apenas que apresentar a certidão de nascimento dofilho.

Veja o que dispõe o art. 67 da Lei nº 8.213/91:

“Art. 67. O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação dacertidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ouao inválido, e à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória e de

comprovação de freqüência à escola do filho ou equiparado, nos termos doregulamento.Parágrafo único. O empregado doméstico deve apresentar apenas a certidão denascimento referida no caput.” (Incluído pela Lei Complementar nº 150, de2015) 

8.7. Outros pontos importantes

A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos oscomprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes, para fiscalizaçãoda Previdência Social.

SALÁRIO-FAMÍLIA

Beneficiários

Segurados:•  empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso em atividade;•  empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso em gozo de auxílio-

doença ou aposentadoria por invalidez ou idade;•  trabalhador rural (empregado e trabalhador avulso rural) aposentado por idade;•  demais aposentados, desde que empregados, empregados domésticos ou

trabalhadores avulsos, maiores de 65 anos, homem, e de 60 anos, mulher.

Carência  NÃO HÁ CARÊNCIA MÍNIMA DE CONTRIBUIÇÕES.

Requisitos• possuir baixa renda = salário de contribuição igual ou inferior ao fixado por

Portaria Interministerial dos Ministérios da Previdência Social e da Fazenda.*•  ter filhos menores de 14 anos ou inválidos

Data de iníciodo benefício –  

DIB

A partir da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentaçãodo equiparado a filho e atestado de vacinação obrigatória para filho até 06 anos efrequência escolar a partir dos 7 anos de idade.O empregado doméstico somente deverá apresentar a certidão denascimento do filho.

 No caso de invalidez de filho ou equiparado maior de 14 anos, deve ser feita perícia médica a cargo da previdência social.

9. Valores estabelecidos pela Portaria MPS/MF nº 13 /2015

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Suspensão dobenefício

•  Na falta da entrega da renovação da documentação exigida para a concessão do benefício.

Outrasquestões

•  Quando mãe e pai forem, ambos, segurados do RGPS e preencherem osrequisitos do benefício, será pago salário-família para os dois, pai e mãe.

• As cotas do salário-família serão pagas pela empresa ou pelo empregador

doméstico, mensalmente, junto com o salário, efetivando-se a compensaçãoquando do recolhimento das contribuições, conforme dispuser o Regulamento.•  A empresa ou o empregador doméstico conservarão durante 10 (dez) anos

os comprovantes de pagamento e as cópias das certidões correspondentes,para fiscalização da Previdência Social. 

*. O valor da cota do salário família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14(quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 205, é de:I - R$ 37,18 (trinta e sete reais e dezoito centavos) para o segurado com remuneração mensal nãosuperior a R$ R$ 725,02 (setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos);II - R$ 26,20 (vinte e seis reais e vinte centavos) para o segurado com remuneração mensalsuperior a R$ 725,02(setecentos e vinte e cinco reais e dois centavos) e igual ou inferior a R$1.089,72 (um mil e oitenta e nove reais e setenta e dois centavos).

10. PENSÃO POR MORTE

10.2. Beneficiários

 No que diz respeito às regras trazidas pela Medida Provisória nº 664/2014,importantíssimo esclarecer que nem todas elas foram aprovadas pelo CongressoNacional.

A Lei nº 13.135/2015, que converteu a MP nº 664/2014, trouxe novas regras para a pensão por morte, determinando, inclusive, que os atos praticados com base emdispositivos da referida MP, serão revistos e adaptados ao disposto na nova Lei.

Os cônjuges, companheiros e companheiras vão ter direito à pensão pormorte, independentemente do tempo de contribuição do segurado falecido. A pensão

 por morte a esses dependentes passou a ser temporária ou vitalícia.

Será devida a pensão por morte ao cônjuge, companheiro ou companheira:

  por 04 meses, quando o segurado não tiver 18 contribuições mensais ouse o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos doóbito do segurado, salvo se a morte for decorrente de acidente de qualquernatureza, doença profissional ou do trabalho.

  pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o segurado possua 18 oumais contribuições mensais e o casamento ou a união estável tenham sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito. A mesma regra é aplicada nos casos de o óbitodecorrer de acidente de qualquer natureza ou doença profissional ou do trabalho,mesmo que não haja 18 contribuições e o casamento ou a união estável não tenham 02anos até a data da morte do segurado.

Idade X do cônjuge, companheiro oucompanheira, em anos 

Duração do benefício de pensão pormorte, em anos 

menor que 21 3entre 21 e 26 6

entre 27 e 29 10entre 30 e 40 15

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entre 41 e 43 2044 anos ou mais vitalícia

Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período severifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos

os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, limitado oacréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

  Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quandose tratar de inválido ou com deficiência. Neste caso, são garantidos, no mínimo,conforme o caso, os prazos de 04 meses ou o da tabela acima.

Para facilitar a compreensão, veja o quadro abaixo:

Regras para concessão de

pensão por morte aocônjuge, companheiro,

companheira

Número de contribuições

do segurado falecido etempo de casamento ou

união estável

Tempo de duração dapensão por morte

Regra I –  (regra geral)

Menos de 18 contribuiçõesmensais;Casamento/união estávelhá menos de 02 anos até adata do óbito.

04 meses 

Regra II –  (regra geral)

A pensão será temporáriaou vitalícia, dependendo daidade do cônjuge,companheiro ecompanheira na data doóbio do segurado.

18 ou mais contribuições

mensais;Casamento/união estávelhá, pelo menos, 02 anos atéa data do óbito.

Tempo Idade do

cônjugena datado óbitodosegurado

03anos Menor que21

06 anos Entre 21 e26

10 anos Entre 27 e29

15 anos Entre 30 e4020 anos Entre 41 e

43Vitalícia 44 anos ou

maisRegra III Mesmo não havendo 18 ou

mais contribuições dosegurado e 02 anos ou maisde casamento/união estávelaté a data do óbito dosegurado, se a mortedecorrer de acidente de

Tempo Idade docônjugena datado óbitodosegurado

03anos Menor que

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qualquer natureza ou dedoença profissional ou dotrabalho .

2106 anos Entre 21 e

2610 anos Entre 27 e

29

15 anos Entre 30 e40

20 anos Entre 41 e43

Vitalícia 44 anos oumais

Regra IV Inválido ou deficiente-menos de 18 contribuiçõesmensais;Casamento/união estávelhá menos de 02 anos até adata do óbito.

Até a cessação da invalidezou o afastamento dadeficiência, garantido, nomínimo, o prazo de 04meses.

Regra V Inválido ou deficiente- 18 ou mais contribuiçõesmensais;Casamento/união estávelhá, pelo menos, 02 anos atéa data do óbito.

Até a cessação da invalidezou o afastamento dadeficiência, garantido, nomínimo, o prazo da tabelada regra II.

Importante dizer que aos demais dependentes dos segurados do RGPS não se

aplicam as regras dispostas no quadro acima.Os filhos, irmãos e pais terão suas cotas de pensão cessadas nos moldes do item10.7 deste capítulo.

Sugiro ao leitor que verifique as anotações constantes no capítulo 9 acerca dosfilhos e dos irmãos dos segurados, especialmente quanto à inclusão de pessoas comdeficiência grave.

10. 3. Da carência

Com a restauração da redação anterior do art. 26, inciso I, da Lei nº 8.213/91

 pela Lei nº 13.135/2015, o benefício de pensão por morte voltou a não exigircarência para a sua concessão.

10.4. Renda mensal inicial –  valor inicial

O valor da pensão por morte será o valor da aposentadoria que o seguradorecebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na datade seu óbito (100% do salário de benefício).

A Lei nº 13.135/2015 restabeleceu a redação do artigo 75, da Lei 8.213/91,voltando a pensão por morte a ser integral. Os benefícios que foram concedidos sob a

vigência da MP nº 664/2014 serão revistos pelo INSS para se adequarem à lei vigente.

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Foi revogado o §4º do art. 77 da Lei nº 8.213/91 que dispunha que “a parte

individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental que o torneabsoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividaderemunerada, será reduzida em 30% (trinta por cento), devendo ser integralmenterestabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade

empreendedora”. Assim, o filho e o irmão com deficiência intelectual ou mental não terão maisredução na sua quota de pensão por morte, caso venham exercer atividade remunerada.

10.7. Cessação da pensão

O direito à percepção de cada cota individual de pensão por morte cessará:

I - pela morte do pensionista;II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21(vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência10.;

III - para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;IV - para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiênciagrave, pelo afastamento da deficiência11;

V - para cônjuge ou companheiro(a): a) em 04 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito)contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados emmenos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado, salvo nos casos em que a mortedecorrer de acidente de qualquer natureza, de doença profissional ou do trabalho;

 b) após os períodos descritos na tabela abaixo, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamentoou da união estável. O mesmo acontece se a morte do segurado ocorrer de acidente dequalquer natureza ou causa, ainda que não tenha 18 contribuições mensais e nem 02anos de casamento ou união estável.

Idade cônjuge, companheiro oucompanheira, em anos

Duração do benefício de pensão por morte (em

anos)Menor de 21 3Entre 21 e 26 6

Entre 27 e 29 10Entre 30 e 40 15Entre 41 e 43 20

Com 44 ou mais Vitalícia

c) se inválido ou com deficiência grave, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento

10. A partir de 180 dias a contar de 07/07/2015, a emancipação será causa de cessação da cota de pensão do irmão (Lei nº13.146/2015). Para o filho, como não houve modificação do inciso I, do art. 16 da Lei nº 8.213/91, a emancipaçãocontinua sendo causa de perda do benefício.

11. No caso do filho e do irmão com deficiência intelectual ou mental, a pensão será cessada pelo levantamento da

interdição até que entre em vigor a nova redação do art. 16, inciso I, da Lei nº 8.213/91 (entrará em vigor em 180 dias acontar de 07/07/2015). Não vai haver a necessidade de declaração judicial de incapacidade civil para inclui-los comodependentes.

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da deficiência, respeitados os períodos mínimos de 04 meses ou da tabela acima.

Quando o pensionista inválido completar 60 anos de idade, ficará isento do examemédico periódico a cargo do INSS12.

VI) pelo levantamento da interdição  para o pensionista com deficiência mental ouintelectual13.VII) pela adoção do filho que recebia pensão por morte dos pais biológicos. No caso

em que cônjuge ou companheiro adote o filho do outro, a pensão recebida do pai biológico falecido não será cessada.

Quando o direito à pensão cessar em relação a um dependente, a pensão pormorte reverterá em favor dos demais dependentes. Peço ao leitor que confira o item 10.4. deste capítulo.

10.8. Outras questões importantes

Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheirase comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na uniãoestável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício

 previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito aocontraditório e à ampla defesa.

E, perderá o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado.  Essaregra é aplicada para todos os dependentes.

PENSÃO POR MORTE

BeneficiáriosDependentes.Importante: dependentes da 1ª classe não precisam comprovardependência econômica.

Requisitos• Óbito do segurado;• morte presumida declarada por decisão judicial.

Carência

NÃO HÁ CARÊNCIA EXIGIDA•  No caso do cônjuge, do companheiro ou da companheira, o

 benefício será concedido por:a) 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ouse o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menosde 02 anos antes do óbito/reclusão do segurado;

 b) por 03, 06, 10, 15, 20 ou de forma vitalícia, conforme tabela jádemonstrada, se o segurado tiver 18 contribuições e o casamentoou a união estável tiverem sido iniciados há pelo menos 02 anos dadata do óbito do segurado.

12.  Nova redação do art. 101 da Lei nº 8.213/91, trazida pela Lei nº 13.063/2014.13. No caso do filho e do irmão com deficiência intelectual ou mental, a pensão será cessada pelo levantamento da

interdição até que entre em vigor a nova redação do art. 16, incisos I e III, da Lei nº 8.213/91 (entrará em vigor em 180 diasa contar de 07/07/2015). Não vai haver a necessidade de declaração judicial de incapacidade civil para inclui-los comodependentes.

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 •  Se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza

ou de doença profissional ou do trabalho, o cônjuge, ocompanheiro ou a companheira, não precisará comprovar 02 anosde casamento ou de união estável até a data do óbito ou 18

contribuições mensais do segurado. Terá o benefício por anos,conforme item b, acima.

Rendamensal inicial

 –  RMI

• Quando o segurado já era aposentado = valor da aposentadoria.• Quando o segurado encontrava-se em atividade = 100% do valor da

aposentadoria por invalidez que teria direito o segurado na data doóbito.

Benefíciodevido apartir de

• Data do óbito, quando:A. requerido por maior de 16 anos, até o 30º dia da data do óbito;

B. requerido por menor de 16 anos, até 30 dias após completar essaidade.• Data do requerimento: quando superado o prazo acima

mencionado.• Data da decisão judicial: quando se tratar de morte presumida.• Data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre: se

requerida até trinta dias desta.

Suspensão dobenefício

Quando o dependente inválido não comparecer à perícia médica ou àconvocação do INSS ou não se submeter ao processo de reabilitação

 profissional quando prescrito pela previdência social.

Essa regra não é aplicada para os pensionistas inválidos quecompletarem 60 anos de idade.

Cessação dobenefício

• Quando o filho ou irmão completar 21 anos, salvo na condição deinválido ou que possua deficiência intelectual ou mental, declarado

 judicialmente;• quando o dependente inválido tiver a invalidez cessada;• pela morte do dependente pensionista.•  pelo levantamento da interdição no caso de filhos e irmãos com

deficiência mental ou intelectual, declarado judicialmente.  pelo afastamento da deficiência do filho ou do irmão;

•  para o cônjuge, o companheiro ou a companheira:a)  por decurso de prazo:- após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais

ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados emmenos de 02 anos antes do óbito/reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se osegurado tiver 18 contribuições e o casamento ou a união estáveltiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito dosegurado.

 b) pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência,respeitados os períodos mínimos descritos na letra “a”. 

•  pela adoção do filho que recebia pensão por morte dos pais

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biológicos, exceto se for adotado pelo cônjuge ou companheiro(a)do outro(a).

Outrasquestões

Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, ocondenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a

morte do segurado.O cônjuge, o companheiro ou a companheira, perderá a pensão pormorte se, comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude nocasamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fimexclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em

 processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório eà ampla defesa.A pensão não se acumula com pensão deixada por cônjuge oucompanheira, dando-se o direito à opção pela mais vantajosa.O casamento do(a) cônjuge ou do(a) companheiro(a) após aconcessão do benefício não faz cessar a pensão por morte.

Segundo entendimento do STJ, a mulher que renunciou aosalimentos na separação judicial ou divórcio, poderá ter direito à

 pensão por morte, se comprovada a dependência econômicasuperveniente.O recebimento de pensão por morte não impede o pagamento deseguro-desemprego quando o dependente tiver direito.Pensão por morte e aposentadoria podem ser recebidasconjuntamente.

11. AUXÍLIO-RECLUSÃO

11.2. Dos beneficiários

Peço ao leitor que se remeta ao item 10.2, visto que o auxílio-reclusão serádevido nas mesmas condições da pensão por morte (art. 80, Lei nº 8.213/91).

11. 3. Da carência

O auxílio-reclusão não exige carência minima de contribuições para que sejaconcedido.

11.4. Renda mensal inicial –  valor inicialO valor do auxílio-reclusão corresponderá ao valor da aposentadoria por

invalidez a que teria direito o segurado na data de seu recolhimento à prisão(100% do salário de benefício).

A Lei nº 13.135/2015 restabeleceu a redação do artigo 75, da Lei 8.213/91,voltando a pensão por morte e o auxílio-reclusão a ser integrais. Os benefícios queforam concedidos sob a vigência da MP nº 664/2014 serão revistos pelo INSS para seadequarem à lei em vigor.

11.7. Da cessação do benefícioO direito à percepção de cada cota individual de pensão por morte cessará:(...)

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 i) para cônjuge ou companheiro(a): 

1) após 04 meses, se a prisão ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito)contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em

menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado.2) após os períodos descritos na tabela abaixo, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data da prisão do segurado, se a prisão ocorrer depois de vertidas 18(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamentoou da união estável:

Idade cônjuge, companheiro oucompanheira, em anos

Duração do benefício deauxílio-reclusão (em

anos)Menor de 21 3Entre 21 e 26 6Entre 27 e 29 10Entre 30 e 40 15Entre 41 e 43 20

Com 44 ou mais Vitalícia

c) se inválido ou com deficiência grave, pela cessação da invalidez ou pelo afastamentoda deficiência, respeitados os períodos mínimos de 04 meses ou da tabela acima.

Como o auxílio-reclusão é devido nas mesmas condições da pensão por morte,conclui-se que, no que couber, as mudanças promovidas pela Lei 13.135/2015 na

 pensão por morte se estenderam ao auxílio-reclusão. Desse modo, as regras queatingiram o cônjuge, companheiro e companheira devem ser aplicadas, adaptando-as àsespecificidades do benefício de auxílio-reclusão.

Caso ocorra alguma hipótese de cessação do benefício anterior ao prazoestabelecido pela Lei nº 8.213/91, o benefício deverá ser cessado.

Exemplo:Segurado de baixa renda foi preso para cumprir pena em regime fechado. Suaesposa irá receber o benefício de auxílio-reclusão por 04 meses porque osegurado, no momento da prisão, possuía apenas 10 contribuições mensais àPrevidência.

Caso, o segurado seja solto no 2º mês, o benefício será cessado. Caso osegurado permaneça preso após os primeiros 04 meses de gozo do benefício, oauxílio-reclusão da esposa será cessado, salvo se ela for inválida ou deficiente.Quando o pensionista inválido completar 60 anos de idade, ficará isento do

exame médico periódico a cargo do INSS14.

Quando o direito ao auxílio-reclusão cessar em relação a um dependente, a cotado benefício reverterá em favor dos demais dependentes. Peço ao leitor que confira o item 10.4. deste capítulo. 

AUXÍLIO-RECLUSÃO

14. Nova redação do art. 101 da Lei nº 8.213/91, trazida pela Lei nº 13.063/2014.

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BeneficiáriosDependentes.Importante: dependentes da 1ª classe não precisam comprovardependência econômica

Requisitos

Recolhimento do segurado à prisão para cumprir pena em regime

fechado ou semiaberto. Pode ser concedido quando a prisão for provisória.Não cabe em caso de cumprimento de pena em regime aberto ede prisão civil.O último salário de contribuição do segurado deve ser igual ou menorque R$ 1.089,72 (a partir de janeiro de 2015  –  Portaria MPS/MF nº13/2015).

 Não pode o segurado estar recebendo auxílio-doença, aposentadorias,abono de permanência em serviço ou remuneração de empresa.

Carência

 NÃO HÁ CARÊNCIA

•  No caso do cônjuge, do companheiro ou da companheira, o benefício será concedido por:a) 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais ou seo casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelomenos, 02 anos antes da reclusão do segurado;

 b) por 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se osegurado tiver  18 contribuições e o casamento ou a união estáveltiverem sido iniciados há, pelo menos, 02 anos da data da reclusão dosegurado.Se ocorrer alguma causa de cessação do benefício antes do prazosdescritos, o benefício será cessado.

Esses prazos somente serão cumpridos se não houver, antes outracausa de cessação do benefício, como soltura do segurado, porexemplo.

Renda mensalinicial –  RMI

= 100% do valor da aposentadoria por invalidez a que teria direito osegurado na data do recolhimento à prisão.

Data de iníciodo benefício –  

DIB

• Data do recolhimento à prisão, quando:A. requerido por maior de 16 anos, até o 30º dia da prisão;B. requerido por menor de 16 anos, até 30 dias após completar essaidade.• Data do requerimento: quando superado o prazo acima

mencionado.

Suspensão dobenefício

• Em caso de fuga.•  Em caso de recebimento de auxílio-doença pelo segurado. Nesse

caso, tem que haver a concordância do dependente.• no caso do dependente não apresentar o atestado trimestral emitido pela autoridade competente.

• no caso do segurado deixar a prisão por livramento condicional ou para cumprir pena em regime aberto.

Cessação dobenefício

• Quando o dependente perde essa qualidade de beneficiário;• quando o segurado passa a receber aposentadoria;

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• quando o segurado morre. Nesse caso, o valor do auxílio-reclusãose converte automaticamente em pensão por morte;

• na data da soltura;•  pelo levantamento da interdição para o filho ou o irmão (vigência

até 180 dias a contar de 07//07/2015)•  pelo afastamento da deficiência, para o filho ou irmão com

deficiência grave (vigência em 180 dias a contar de 07/07/2015);• para o cônjuge, o companheiro ou a companheira:

a)  por decurso de prazo:- após 04 meses, se não tiver o segurado 18 contribuições mensais

ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados hámenos de 02 anos antes da reclusão do segurado;

- após 03, 06, 10, 15, 20, conforme tabela já demonstrada, se osegurado tiver 18 contribuições e o casamento ou a união estáveltiverem sido iniciados há menos 02 anos da data da reclusão dosegurado. . Nesse caso, se ocorrer alguma causa de cessação do

 benefício antes do prazo descrito, o benefício será cessado. b)   pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da

deficiência, respeitados os períodos mínimos descritos naletra “a”. 

•  pela adoção do filho que recebia auxílio-reclusão dos pais biológicos  exceto se for adotado pelo cônjuge ou companheiro(a)do outro(a).

Pontosimportantes

Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do maior de16 e menor de 18 anos que se encontre internado em estabelecimentoeducacional ou congênere, sob custódia do Juizado da Infância e daJuventude, desde que, obviamente, segurado do RGPS.

CAPÍTULO 14 –  QUESTÕES GERAIS SOBRE BENEFÍCIOS

6. OUTRAS QUESTÕES SOBRE BENEFÍCIOS

Foi alterado o inciso VI do art. 115 da Lei nº 8.213/91, pela Medida Provisórianº 681/2015, aumentando o percentual de desconto a ser promovido no benefício doRGPS para pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operaçõesde arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades dearrendamento mercantil, públicas e privadas, quando expressamente autorizado pelo

 beneficiárioO limite passou para 35% (trinta e cinco por cento)  do valor do benefício,

sendo 5% (cinco por cento) destinados  exclusivamente  para a amortização dedespesas contraídas por meio de cartão de crédito.

CAPÍTULO 17  –   AS EMPRESAS E AS ENTIDADES EQUIPARADAS E OSEMPREGADORES

4. DO EMPREGADOR DOMÉSTICO

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A contribuição do empregador doméstico foi alterada pela Lei Complementar nº150/2015.

A contribuição que, antes era de 12% sobre o salário de contribuição doempregado doméstico, passará a ser de:

- 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade

social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no

 8.212, de 24de julho de 1991 e-  0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do

seguro contra acidentes do trabalho.O recolhimento da contribuição previdenciária do empregador doméstico e de seu

empregado será feito mensalmente através do regime unificado de tributos, decontribuições e demais encargos do empregador doméstico –  SIMPLES DOMÉSTICO,que deverá ser regulamentado no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data deentrada em vigor da Lei Complementar nº 150/2015 (02/06/2015).

O SIMPLES DOMÉSTICO assegurará o recolhimento mensal, mediantedocumento único de arrecadação, dos seguintes valores:

I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, acargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei n o 8.212, de 24de julho de 1991;

II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridadesocial, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24de julho de 1991;

III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento doseguro contra acidentes do trabalho;

IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS;V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida no

mês anterior ao empregado doméstico destinada ao pagamento da indenizaçãocompensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregado;

VI - imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7 o da Leino 7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente.

O empregador fornecerá, mensalmente, ao empregado doméstico cópia dodocumento de arrecadação do SIMPLES DOMÉSTICO.

O empregador doméstico deverá recolher as contribuições previdenciárias até odia 07 do mês seguinte ao da competência.

CAPÍTULO 19 –  CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS

4. 

Contribuição do empregado domésticoO empregador doméstico terá até o dia 07 do mês seguinte ao da competência

 para:•  pagar a sua contribuição própria de empregador, correspondente a 8,8%

sobre a remuneração devida no mês anterior ao empregado doméstico e•  recolher a contribuição retida do empregado doméstico na alíquota

correspondente à sua faixa de salário de contribuição.

CAPÍTULO 20 –  CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS

6. Da contribuição da empresa sobre os serviços prestados por cooperativas detrabalho

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(...)O STF, no julgamento do RE.595.838 entendeu ser inconstitucional o inciso IV

do art. 22 da Lei nº 8.212/91. Entendeu o Pretório Excelso que a contribuição dasempresas, incidente sobre a nota fiscal ou fatura de services emitida pelas cooperativasde trabalho não poderia ter sido criada por lei ordinária. Concluiu que a contribuição

destinada a financiar a seguridade social, que tivesse base econômica estranha àquelasindicadas no art. 195 da Constituição Federal, somente poderia ser legitimamenteinstituída por lei complementar, nos termos do art. 195, §4º da CF.

A Secretaria da Receita Federal do Brasil, por sua vez, publicou o AtoDeclaratório Interpretativo RFB nº 5, de 25 de maio de 2015, dispondo que nãoconstituirá crédito tributário decorrente da contribuição de que trata o § 1º do art. 1º daLei nº 10.666, de 8 de maio de 2003, que instituiu contribuição adicional àquela previstano inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, para fins de custeio de aposentadoriaespecial para cooperados filiados a cooperativas de trabalho.

CAPÍTULO 22  –   PRAZOS DE RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕESPREVIDENCIÁRIAS

1. PRAZOS DE RECOLHIMENTO

O empregador doméstico deverá recolher a sua contribuição e a do seu empregadodoméstico até o dia 07 do mês seguinte ao da competência.

CAPÍTULO 28  –   COMPETÊNCIAS DA SECRETARIA DA RECEITAFEDERAL DO BRASIL E DO INSS

Com o advento da Lei nº 13.134/2015, o INSS passou a ter competênciaadministrativa para processar e deferir o seguro-defeso para o pescador artesanal.

 No ato da habilitação do seguro-defeso, o INSS deverá verificar a condição desegurado pescador artesanal e o pagamento da contribuição previdenciária, nos termosda Lei nº 8.212, de 1991, nos últimos doze meses imediatamente anteriores aorequerimento do benefício ou desde o último período de defeso até o requerimento do

 benefício, o que for menor.

CAPÍTULO 31 –  APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR PÚBLICO4.4. Aposentadoria compulsória

A aposentadoria compulsória do servidor ocupante de cargo público efetivo tevesuas regras alteradas pela Emenda Constitucional 88, de 7 de maio de 2015.

Conforme dispõe a nova redação do inciso II do §1º do art. 40 da ConstituiçãoFederal, os servidores abrangidos pelo regime próprio de previdência social serãoaposentados, compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo decontribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade,na forma de lei complementar.

Para que os servidores públicos ocupantes de cargo efetivo sejam aposentados,compulsoriamente, aos 75 anos de idade, é necessária a edição de lei complementar. Até

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que seja editada a lei complementar, portanto, os servidores públicos continuarão a seraposentados compulsoriamente, aos 70 anos de idade, se homem ou se mulher.

Essa nova regra, todavia, apresenta uma exceção. É que a EmendaConstitucional nº 88/2015 fez incluir no Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias –  ADCT o art. 100, in verbis:

“Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do§ 1º do art. 40 da Constituição Federal,  os Ministros do Supremo TribunalFederal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, nascondições do art. 52 da Constituição Federal.” 

Os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e doTribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta ecinco) anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal.

6.1. A pensão por morte do servidor público federal

A Medida Provisória 664/2014 havia trazido novas regras para a concessão da pensão por morte do servidor público federal. Todavia, no processo de sua conversãoem lei, o Congresso Nacional não aprovou certas regras além de introduzir váriasmodificações na proposta original da Presidente da República.

Foi, então, aprovada a Lei nº 13.135/2015, que alterou os artigos 215, 217, 218,222, 223, 225 e revogou expressamente o art. 216 e os §§ 1º a 3º do art. 218 da Lei nº8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Os atos praticados com base em dispositivos da Medida Provisória no 664/2014serão revistos e adaptados ao disposto na Lei nº 13.135/2015.

6.1.1. Carência

A pensão por morte do servidor público federal não exige carência mínima decontribuições.

A exigência anteriormente trazida pela Medida Provisória nº 664/2014 não foiaprovada pelos membros do Congresso Nacional.

6.1.2. Dos beneficiários

Os beneficiários da pensão por morte do servidor federal passam a ser :

 I –  o cônjuge;

 II  –   o cônjuge divorciado, separado judicialmente ou de fato, com

 percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente;

 III  –  o companheiro ou companheira que comprove união estável como

entidade familiar;

 IV  –   o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes

requisitos:

a)  seja menor de 21 (vinte e um) anos; b)  seja inválido; 

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c) tenha deficiência grave ou; (vigência somente em 02 anos contadosde 18/06/2017)

d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos temros do regulamento;

V –  a mãe e o pai que comprove dependência econômica do servidor; e

VI – 

  o irmão de qualquer condição que comprove dependênciaeconômica do servidor e atenda a um dos requisitos:

a)   seja menor de 21 (vinte e um) anos; 

b)   seja inválido; 

c) tenha deficiência grave ou (vigência somente em 02 anos contados de18/06/2017); 

d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos temros do regulamento;

Após o trânsito em julgado, o beneficiário condenado pela prática de crime deque tenha dolosamente resultado a morte do servidor, perde o direito à pensão. Essaregra é aplicada para todos os dependentes.

O cônjuge, o companheiro ou a companheira perderão o direito à pensão pormorte do servidor se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamentoou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir

 benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado odireito ao contraditório e à ampla defesa.

Os cônjuges, companheiros e companheiras vão ter direito à pensão pormorte, independentemente do tempo de contribuição do segurado falecido. A pensão

 por morte a esses dependentes passou a ser temporária ou vitalícia.

Será devida a pensão por morte ao cônjuge, companheiro ou companheira:

  por 04 meses, quando o servidor não tiver 18 contribuições mensais ouse o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados há menos de 2 (dois) anos doóbito do segurado, salvo se a morte for decorrente de acidente de qualquernatureza, doença profissional ou do trabalho.

  pelo prazo estabelecido na tabela abaixo, caso o servidor possua 18 oumais contribuições mensais e o casamento ou a união estável tenham sidoiniciados há, pelo menos, 02 anos da data do óbito. A mesma regra é aplicadanos casos de o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza ou doençaprofissional ou do trabalho, mesmo que não haja 18 contribuições e ocasamento ou a união estável não tenham 02 anos até a data da morte doservidor. 

A Lei 13.135/2015 admitiu expressamente que o tempo de contribuição a RegimePróprio de Previdência Social (RPPS) ou RGPS será considerado na contagem das 18(dezoito) contribuições mensais, acaso o servidor não possua 18 recolhimentos no RPPSfederal.

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Idade do cônjuge, companheiro oucompanheira, em anos

Duração do benefício de pensão pormorte, em anos 

menor que 21 3

entre 21 e 26 6entre 27 e 29 10entre 30 e 40 15entre 41 e 43 20

44 anos ou mais vitalícia

Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período severifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambosos sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer,

 poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, limitado oacréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento.

  Pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, quandose tratar de inválido ou com deficiência. Neste caso, são garantidos, no mínimo,conforme o caso, os prazos de 04 meses ou o da tabela acima.

Para facilitar a compreensão, veja o quadro abaixo:

Regras para concessão depensão por morte ao

cônjuge, companheiro,companheira

Número de contribuiçõesdo servidor falecido e

tempo de casamento ouunião estável

Tempo de duração da

pensão por morte

Regra I –  (regra geral)Menos de 18 contribuiçõesmensais;Casamento/união estávelhá menos de 02 anos até adata do óbito.

04 meses 

Regra II –  (regra geral)A pensão será temporáriaou vitalícia, dependendo daidade do cônjuge,companheiro ecompanheira na data doóbio do servidor.

18 ou mais contribuiçõesmensais;Casamento/união estávelhá, pelo menos, 02 anos atéa data do óbito.

Tempo Idade do

cônjugena datado óbitodosegurado

03anos Menor que21

06 anos Entre 21 e26

10 anos Entre 27 e29

15 anos Entre 30 e40

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20 anos Entre 41 e43

Vitalícia 44 anos oumais

Regra IIIMesmo não havendo 18 oumais contribuições dosegurado e 02 anos ou maisde casamento/união estávelaté a data do óbito dosegurado, se a mortedecorrer de acidente dequalquer natureza ou dedoença profissional ou dotrabalho.

Tempo Idade do

cônjugena datado óbitodosegurado

03anos Menor que21

06 anos Entre 21 e26

10 anos Entre 27 e29

15 anos Entre 30 e40

20 anos Entre 41 e43

Vitalícia 44 anos oumais

Regra IV

Inválido ou deficiente-menos de 18 contribuiçõesmensais;

Casamento/união estávelhá menos de 02 anos até adata do óbito.

Até a cessação da invalidezou o afastamento dadeficiência, garantido, no

mínimo, o prazo de 04meses.

Regra VInválido ou deficiente- 18 ou mais contribuiçõesmensais;Casamento/união estávelhá, pelo menos, 02 anos atéa data do óbito ou

- morte do servidordecorrente de acidente dequalquer natureza oudoença profissional ou dotrabalho.

Até a cessação da invalidezou o afastamento dadeficiência, garantido, nomínimo, o prazo da tabelada regra II.

Vale frisar que a partir de junho de 2018 existe a possibilidade de mudanças nasfaixas da pensão temporária e vitalícia, por ato do Ministro de Estado do Planejamento,Orçamento e Gestão, desde que haja o incremento mínimo de um ano inteiro na médianacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da

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 população brasileira ao nascer, limitado o acréscimo na comparação com as idadesanteriores ao referido incremento.

A critério da Administração, o beneficiário de pensão motivada por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejarama concessão do benefício. 

Para exemplicar:

SITUAÇÃOHIPOTÉTICA

PERGUNTA RESPOSTA

Rosa, servidora públicafederal há 05 anos casou-se,há um ano, com Joaquim. Num domingo de manhã,sentiu um mal súbito e veio afalecer.

Joaquim terá direito à pensão por morte de Rosa?

SIM.Joaquim terá direito à pensão por morte de Rosa por apenas04 meses, uma vez que ocasamento iniciou-se há menosde 02 anos da data do óbito daservidora.

Renata, procuradora federalhá 13 anos, mantinha uniãoestável com Sandra há 01ano.

Ontem, as duas saíram paracomemorar o aniversário deSandra e, quando voltavam para casa, sofreram umacidente automobilístico que

culminou na morte de Renata.Sandra tinha 40 anos na datado óbito de Renata.

Sandra terá direito à pensão por morte de Renata?

SIM.Sandra é companheira deRenata, figurando, portanto, naqualidade de dependente.

Embora a união estável entreSandra e Renata tenha apenas 01ano até a data do óbito daservidora, a morte de Renata foidecorrente de acidente, o que

leva à isenção do cumprimentoda exigência de haver uniãoestável há pelo menos 02 anosaté o óbito.

Renata tinha mais de 18contribuições para o RPPS.

Sandra vai receber pensão pormorte por 15 anos, porque nadata do óbito da servidora elatinha entre 30 e 40 anos.

Aparecida ficou viúva aos 23anos de idade após viver emunião estável com Júlio pelo período de 3 anos.

Júlio era aposentado doTribunal Regional Federal da3ª Região.

Aparecida terá direito à pensão por morte de Júlio? SIM.Aparecida terá direito à pensãona condição de companheira.

 No entanto, receberá o benefício por 06 anos, porquena data do óbito do servidor elatinha entre 21 e 26 anos.

Mirtes ficou viúva aos 48anos de idade após viver comLuís pelo período de 13 anos.

Luís era servidor doMinistério da Fazenda há 12

Mirtes terá direito à pensão por morte de Luís?

SIM.Mirtes terá direito à pensão nacondição de companheira.

Terá pensão vitalícia porque:- o servidor tinha mais de 18

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anos. contribuições;

- até a data do óbito, haviaunião estável há mais de 02anos;

- Mirtes tinha 44 ou mais anos

na data da morte de Luís. 

Mateus ficou viúvo aos 28anos de idade após umcasamento de 05 anos comIsabel.

Após o casamento, Mateussofreu um acidente e ficoucompletamente inválido,situação que se mantinha nadata do óbito de Isabel.

A morte de Isabel decorreu deum acidente automobilístico,quando voltava de viagem deférias.

Isabel contava com 12contribuições ao RPPS daUnião e nunca tinha, antes,contribuído para o RGPS.

Mateus terá direito à pensão por morte de Isabel?

SIM.Mirtes terá direito à pensão nacondição de cônjuge.

Terá pensão até que cesse suainvalidez.

Caso sua recuperação aconteçaantes de 10 anos da data doinício da pensão, ser-lhe-ágarantida a pensão pelo prazo

de 10 anos meses porque:- a morte da servidora decorreude acidente de qualquernatureza ou causa. 

6.1.3. Do valor da pensão por morte

Com a nova redação dada ao art. 218 da Lei nº 8.112/90 pela Medida Provisórianº 664/2014, convertida pela Lei nº 13.135/2015, ocorrendo habilitação de váriostitulares à pensão o seu valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiárioshabilitados.

Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá paraos cobeneficiários.

O benefício deverá ser pago desde o óbito do servidor, independentemente dadata do requerimento administrativo, observada apenas a prescrição quinquenal, que nãocorrerá contra os absolutamente incapazes.

Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que impliqueexclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data emque for oferecida.

6.1.4. Da cessação da pensão por morte

Acarreta a perda da condição de beneficiário da pensão por morte:

 –   o seu falecimento;

 –   a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao

cônjuge; –   a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido, o afastamento da

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deficiência, em se tratando de beneficiário com deficiência, ou o levantamento dainterdição, em se tratando de beneficiário com deficiência intelectual ou mental que otorne absoluta ou relativamente incapaz, respeitados os períodos mínimos decorrentesda aplicação das regras para o cônjuge, o companheiro e a companheira, conformeabordado no item 6.1.2. deste capítulo;

 –   o atingimento da idade de vinte e um anos pelo filho ou irmão, incluindo o enteado e omenor tutelado, quando equiparado a filho;

 –   a acumulação de pensão deixada por mais de um cônjuge, companheiro oucompanheira e de mais de duas pensões, ressalvo o direito de opção pela maisvantajosa;

 –   a renúncia expressa; e

 –   o decurso do prazo de recebimento de pensão dos beneficiários cônjuge, companheiroe companheira, conforme já explicado no item 6.1.2.

QUADRO RESUMO  –   PENSÃO POR MORTE DO SERVIDOR PÚBLICO

FEDERAL15.

BENEFICIÁRIOS

•  Cônjuge;•  o cônjuge divorciado, separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia estabelecida judicialmente;

•  o companheiro ou companheira que comprove união estávelcomo entidade familiar;

• o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintesrequisitos:c) seja menor de 21 (vinte e um) anos; 

d) seja inválido; c) tenha deficiência grave ou; (vigência somente em 02 anoscontados de 18/06/2017)d) tenha deficiência intelectual ou mental, nos temros doregulamento;

•  a mãe e o pai que comprovem dependência econômica doservidor; e

  irmão de qualquer condição que atenda a um dosseguintes requisitos:

a)  seja menor de 21 (vinte e um) anos;  b)  seja inválido; c)  tenha deficiência grave ou; (vigência somente em 02

anos contados de 18/06/2017)d)  tenha deficiência intelectual ou mental, nos temros do

regulamento;

REQUISITOS •  óbito ou morte presumida do servidor.

15. Considerando as alterações trazidas pela Lei nº 13.135/2015.

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CARÊNCIANão exige carência minima de contribuições

VALOR DAPENSÃO

I  –  à totalidade dos proventos percebidos pelo aposentado na

data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido paraos benefícios do regime geral de previdência social, acrescidade 70% (setenta por cento) da parcela excedente a este limite;ouII  –  à totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivona data anterior à do óbito, até o limite máximo estabelecido

 para os benefícios do regime geral de previdência social,acrescida de 70% (setenta por cento) da parcela excedente aeste limite, se o falecimento ocorrer quando o servidor aindaestiver em atividade.

DURAÇÃO DAPENSÃO PORMORTE DE

CÔNJUGE/COMPANHEIRO(A)

 04 meses, se não tiver o servidor 18 contribuições mensaisou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados emmenos de 02 anos antes do óbito/reclusão do servidor; 03, 06, 10, 15, 20 anos ou vitalícia, conforme tabela jádemonstrada, se o servidor tiver 18 ou mais contribuições e ocasamento ou a união estável tiverem sido iniciados há, pelomenos, 02 anos da data do óbito do servidor ou, ainda, se amorte decorrer de acidente de qualquer natureza ou doença

 profissional ou do trabalho. Até a cessação da invalidez ou o afastamento da deficiência,respeitados os períodos mínimos descritos acima.

Desconsiderar as anotações do Anexo III.

CAPÍTULO 35 –  DO SEGURO-DESEMPREGO

A Lei nº 5859/72 foi revogada pela Lei Complementar nº 150/205 que trouxeregras específicas sobre o trabalho doméstico.

2.1. EmpregadosPara que o trabalhador demitido sem justa causa tenha direito ao seguro-

desemprego é necessário:

I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativosa:a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anterioresà data de dispensa, quando da primeira solicitação;

 b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores àdata de dispensa, quando da segunda solicitação; ec) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando dasdemais solicitações;

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II - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976,

 bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junhode 1973;

III - não estar em gozo do auxílio-desemprego;IV - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e desua família.V - matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em curso deformação inicial e continuada ou de qualificação profissional habilitado pelo Ministérioda Educação, nos termos do art. 18 da Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, ofertado

 por meio da Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacionalde Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela Lei no 12.513, de 26de outubro de 2011,  ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional etecnológica.

Verifica-se que a Lei nº 13.134/2015 trouxe uma nova exigência para que o

trabalhador tenha direito ao seguro-desemprego: matrícua e frequência, quandoaplicável, nos termos do regulamento, em curso de formação inicial e continuada ou dequalificação profissional habilitado pelo Ministério da Educação, ofertado por meio daBolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito Pronatec, ou de vagas gratuitas narede de educação.

Com as novas regras trazidas pela Lei nº 13.134/2015, o seguro-desemprego será pago por um período máximo variável de três a cinco meses, de forma contínua oualternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem àúltima habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo deAmparo ao Trabalhador (Codefat).profissional e tecnológica.

A determinação do período máximo de recebimento do seguro-desemprego observará a seguinte relação entre o número de parcelas mensais do

 benefício do seguro-desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 (trinta eseis) meses que antecederem a data de dispensa que originou o requerimento do

 benefício, vedado o cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodosaquisitivos anteriores:

Quando da 1ªsolicitação dobenefício, serãopagas:

04 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de nomínimo 12 e no máximo 23 meses no período de referência;

05 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de nomínimo 24 meses no período de referência.

Quando da 2ªsolicitação dobenefício, serãopagas:

03 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de nomínimo 09 e no máximo 11 meses no período de referência;

04 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de nomínimo 12 e no máximo 23 meses no período de referência.

05 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de nomínimo 24 meses no periodo de referência.

Quando da 3ªsolicitação em 03 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de nomínimo 06 e no máximo 11 meses no período de referência;

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diante, serãopagas:

04 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de nomínimo 12 e no máximo 23 meses no período de referência;

05 parcelas, se o empregado tiver tido vínculo empregatício de nomínimo 24 meses no período de referência.

O período máximo de recebimento do seguro-desemprego  poderá serexcepcionalmente prolongado por até 2 (dois) meses, para grupos específicos desegurados, a critério do Codefat, desde que o gasto adicional representado por esse

 prolongamento não ultrapasse, em cada semestre, 10% (dez por cento) do montante dareserva mínima de liquidez de que trata o § 2o do art. 9o da Lei no 8.019, de 11 de abrilde 1990. 

 Na hipótese de prolongamento do período máximo de percepção do benefício doseguro-desemprego, o Codefat observará, entre outras variáveis, a evolução geográfica esetorial das taxas de desemprego no País e o tempo médio de desemprego de gruposespecíficos de trabalhadores.

O Codefat observará as estatísticas do mercado de trabalho, inclusive o tempomédio de permanência no emprego, por setor, e recomendará ao Ministro de Estado doTrabalho e Emprego a adoção de políticas públicas que julgar adequadas à mitigação daalta rotatividade no emprego.

2.3. Pescador artesanal: seguro-defeso 

O Ministério do Trabalho e Emprego –  MTE deixou de ser o responsável pelosrequerimentos do seguro-defeso a partir de abril de 2015. Com a nova regra trazida pela

Medida Provisória nº 665/2014, convertida na Lei nº 13.134/2015, o INSS passou areceber e processar os requerimentos e habilitar os beneficiários para o seguro-defeso,nos termos do regulamento. Mas, o pagamento deste benefício continua sendo pago àconta do Fundo do Amparo ao Trabalhador –  FAT.

Para se habilitar ao benefício, o pescador deverá apresentar ao INSS os seguintesdocumentos:

I - registro como pescador profissional, categoria artesanal, devidamenteatualizado no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), emitido pelo Ministério daPesca e Aquicultura com antecedência mínima de 1 (um) ano, contado da data derequerimento do benefício;

II - cópia do documento fiscal de venda do pescado a empresa adquirente,consumidora ou consignatária da produção, em que conste, além do registro da operaçãorealizada, o valor da respectiva contribuição previdenciária de que trata o § 7º do art. 30da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, ou comprovante de recolhimento dacontribuição previdenciária, caso tenha comercializado sua produção a pessoa física; e

III - outros estabelecidos em ato do Ministério da Previdência Social quecomprovem:

a) o exercício da profissão de pescador artesanal; b) que se dedicou à pesca durante no período compreendido entre o defeso

anterior e o em curso, ou nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do defeso emcurso, o que for menor;

c) que não dispõe de outra fonte de renda diversa da decorrente da atividade pesqueira.

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 O INSS, no ato de habilitação ao benefício, deverá verificar a condição de

segurado pescador artesanal e o pagamento da contribuição previdenciária, nos termosda Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, nos últimos 12 (doze) meses imediatamenteanteriores ao requerimento do benefício ou desde o último período de defeso até o

requerimento do benefício, o que for menor.O Ministério da Previdência Social poderá, quando julgar necessário, exigiroutros documentos para a habilitação do benefício.

O Ministério da Previdência Social e o Ministério da Pesca e Aquiculturadesenvolverão atividades que garantam ao INSS acesso às informações cadastraisdisponíveis no Registro Geral de Pesca, necessárias para a concessão do seguro-desemprego, sem resultar nenhum ônus para os segurados.

O INSS deverá divulgar mensalmente lista com todos os beneficiários que estãoem gozo do seguro-desemprego no período de defeso, detalhados por localidade, nome,endereço e número e data de inscrição no RGP.

Desde que atendidos os requisitos para a obtenção do seguro-defeso, o benefício

será concedido ao pescador profissional artesanal cuja família seja beneficiária de programa de transferência de renda com condicionalidades, e caberá ao órgão ou àentidade da administração pública federal responsável pela manutenção do programa asuspensão do pagamento pelo mesmo período da percepção do benefício de seguro-desemprego.

Para isso, o INSS disponibilizará aos órgãos ou às entidades da administração pública federal responsáveis pela manutenção de programas de transferência de rendacom condicionalidades as informações necessárias para identificação dos beneficiários edos benefícios de seguro-desemprego concedidos, inclusive as relativas à duração, àsuspensão ou à cessação do benefício.

O pescador não poderá estar em gozo de nenhum benefício decorrente de benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada, exceto pensão por morte eauxílio-acidente.

Sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, todo aquele que fornecer ou beneficiar-se de atestado falso para o fim de obtenção do benefício do seguro-defesoestará sujeito:

I - a demissão do cargo que ocupa, se servidor público;II - a suspensão de sua atividade, com cancelamento do seu registro, por dois anos,

se pescador profissional.

2.5. Empregado doméstico

A regulamentação do direito do empregado doméstico ao seguro-desempregoveio, então, com a publicação da Lei Complementar nº 150/2015, que revogou a Lei nº5859/72, tornando obrigatória a inscrição do empregado doméstico no FGTS.

Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador domésticodeverá apresentar ao órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego:

I - Carteira de Trabalho e Previdência Social, na qual deverão constar a anotaçãodo contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculoempregatício, como empregado doméstico, durante pelo menos 15 (quinze) meses nosúltimos 24 (vinte e quatro) meses;

II - termo de rescisão do contrato de trabalho;

III - declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada daPrevidência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e

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IV - declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente àsua manutenção e de sua família.O empregado doméstico receberá, no máximo, 03 (três) parcelas de seguro-desempregono valor de 01 (um) salário mínimo cada uma.

O seguro-desemprego deverá ser requerido de 7 (sete) a 90 (noventa) dias

contados da data de dispensa. Novo seguro-desemprego só poderá ser requerido após o cumprimento de novo período aquisitivo, cuja duração será definida pelo Codefat.

3. SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DO SEGURO-DESEMPREGO

A Lei nº 13.134/2015 acrescentou mais uma hipótese de suspensão do seguro-desemprego:

- a recusa injustificada por parte do trabalhador desempregado em participar deações de recolocação de emprego, conforme regulamentação do Codefat

Em relação ao seguro-desemprego do empregado doméstico, o benefíciosera cancelado:

I - pela recusa, por parte do trabalhador desempregado, de outro emprego condizentecom sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior;

II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias àhabilitação;

III -  por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício doseguro-desemprego; ou

IV - por morte do segurado.

5. 

OUTRAS QUESTÕES

O trabalhador que infringir o disposto na Lei do seguro-desemprego e houver percebido indevidamente parcela do benefício sujeitar-se-á à compensação automáticado débito com o novo seguro-desemprego, na forma e no percentual definidos porresolução do Codefat.

O ato administrativo de compensação automática poderá ser objeto de impugnação,no prazo de 10 (dez) dias, pelo trabalhador, por meio de requerimento de revisãosimples.

A restituição de valor devido pelo trabalhador será realizada mediante compensação

do saldo de valores nas datas de liberação de cada parcela ou pagamento com Guia deRecolhimento da União (GRU), conforme regulamentação do Codefat.

6.  ABONO SALARIAL

É assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor máximo de um saláriomínimo vigente na data do respectivo pagamento, aos empregados que:

1) tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa deIntegração Social  –   PIS ou para o Programa de Formação do Patrimônio do ServidorPúblico –  Pasep, até dois salários mínimos médios de remuneração mensal no períodotrabalhado e que tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 (trinta)

dias no ano-base e 2) estejam cadastrados há pelo menos 5 (cinco) anos no Fundo de Participação PIS-

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Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.O valor do abono salarial anual será calculado proporcionalmente ao número de

meses trabalhados ao longo do ano-base. Será pago, dessa forma, a partir do exercíciode 2016, considerando o ano-base de 2015.

A base de cálculo utilizada será o salário mínimo, mas será proporcional ao

número de meses trabalhados ao longo do período-base.Até o exercício de 2016, o valor do abono salarial será de um salário mínimo.

6. SEGURO-DESEMPREGO

SOLICITAÇÃO DOSEGURO-

DESEMPREGO

Requisito  –  receber salário depessoa jurídica oufísica equiparada: 

Número de parcelas do beneficio 

1ª SOLICITAÇÃO

 pelo menos 12

meses nos últimos18 mesesimediatamenteanteriores à data dadispensa

04 parcelas = vínculo empregatício de

no mínimo 12 e no máximo 23 meses no período de referência. 05 parcelas = vínculo empregatício deno mínimo 24 meses no período dereferência.

2ª SOLICITAÇÃO

 pelo menos 09meses nos últimos12 mesesimediatamenteanteriores à data dadispensa

03 parcelas, se o empregado tiver tidovínculo empregatício de no mínimo 09 eno máximo 11 meses no período dereferência; 04 parcelas = vínculo empregatício deno mínimo 12 e no máximo 23 meses no

 período de referência. 05 parcelas = vínculo empregatício de,no mínimo, 24 meses no período dereferência.

3ª SOLICITAÇÃOEM DIANTE

a cada um dos 06mesesimediatamenteanteriores à data da

dispensa

03 parcelas = vínculo empregatício deno mínimo 06 e no máximo 11 meses no

 período de referência.04 parcelas = vínculo empregatício deno mínimo 12 e no máximo 23 meses no

 período de referência. 

05 parcelas = vínculo empregatício deno mínimo 24 meses no período dereferência.

7. ABONO SALARIAL

SITUAÇÃO ANTERIOR ÀLEI Nº 13.134/2015

SITUAÇÃO POSTERIOR ÀLEI Nº 13.134/2015 QUEPASSA A VIGORAR NO

EXERCÍCIO DE 2016

REQUISITOS:  –   empregado ter percebido de  –   empregado ter percebido de

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empregador que contribui para oPIS/PASEP até 02 saláriosmínimos médios de remuneraçãomensal;

 –   tenha exercido atividaderemunerada pelo menos durante30 dias no ano-base;

-  esteja cadastrado há pelomenos 05 anos no PIS/PASEP ouno Cadastro Nacional doTrabalhador.

empregador que contribui para oPIS/PASEP até 02 saláriosmínimos médios deremuneração mensal;

 –   tenha exercido atividaderemunerada pelo menos durante30 dias no ano-base;

 –   esteja cadastrado há pelomenos 05 anos no PIS/PASEPou no Cadastro Nacional doTrabalhador.

VALOR:

um salário mínimo vigente nadata do pagamento

máximo de um salário mínimovigente na data do pagamento.Será calculado

 proporcionalmente ao númerode meses trabalhados ao longodo ano-base (em vigor a partirdo exercício de 2016).

SÚMULAS DA TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE

JURISPRUDÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS

 Súmula nº 81 - Não incide o prazo decadencial previsto no art. 103, caput, da Lei n.8.213/91, nos casos de indeferimento e cessação de benefícios, bem como em relaçãoàs questões não apreciadas pela Administração no ato da concessão.

 Súmula nº 80 - Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), tendo emvista o advento da Lei 12.470/11, para adequada valoração dos fatores ambientais,sociais, econômicos e pessoais que impactam na participação da pessoa comdeficiência na sociedade, é necessária a realização de avaliação social por assistentesocial ou outras providências aptas a revelar a efetiva condição vivida no meio social

 pelo requerente. Súmula nº 79  - Nas ações em que se postula benefício assistencial, é necessária a

comprovação das condições socioeconômicas do autor por laudo de assistente social, por auto de constatação lavrado por oficial de justiça ou, sendo inviabilizados osreferidos meios, por prova testemunhal. 

 Súmula nº 64 - CANCELADA