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    Direito dos Contratos

    NAIM Abdul Ajij

    N 21100106

    Gesto Comercial e Vendas

    Dra. Teresa Pires Martins

    Ano Lectivo 2012 / 2013

    Captulo II

    Elementos do contrato: formao

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    Abordagem do Captulo - II

    1. Vontade das partes

    2. Ausncia da vontade

    3. Vcios da vontade

    4. Erro

    5. Dolo

    6. Coaco psicolgica

    7. Temor reverencial

    8. Estado de necessidade

    9. Leso enorme

    10. Manifestao da vontade

    11. Declarao

    12. A linguagem e o silncio

    13. Declaraes recipiendas e no recipiendas

    14. Destinatrio e declaratrio

    15. Vontade expressa e vontade tcita

    16. Forma do contrato

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    1. Vontadade das Partes O acordo fundamental elemento do contrato em que consiste no encontro e fuso das

    manisfestaes da vontade das partes.

    Esta noo complexa, e h que separar nos seus factores constituitivos, a fim de averiguar como o

    acordo se gera. Simplifica-se o raciocnio supondo a hiptese de cada uma das partes ser formada por

    uma pessoa s, compondo-se de duas ou mais pessoas, a vontade forma-se- segundo os principios

    que regem os actos unilaterais plurais, pois a manifestao de vontade de cada parte tem, nesse caso,

    a natureza de actio plural.

    preciso, em ltima anlise, que os sujeitos queiram celebrar um contrato com certo contedo; esta

    vontade tem de existir, pelo menos normalmente

    Vontade consiste em querer algo ,e realizar a sua vontade . Quando isso acontece est de acordo

    com o direito.

    Exemplo: Uma pessoa tem vontade de arrendar uma casa , e arrenda-a

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    Diferentes incidncias das Vontades

    Diferentes incidncias das Vontades:

    Vontade de aco

    Vontade de declarao , ou seja , queaco tenha um comportamentodeclarativo

    Vontade de um determinado contedo, quepor vezes falta, originando divergncias entreo declarado e o querido

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    2. Ausncia da Vontade

    No tema da Ausncia irei abordar algunsaspectos como:

    A)Coao Fsica

    B)Falta de Conscincia na declarao

    C)Declarao no srias

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    A) Coao Fsica Existe coao fsica quando algum age no com

    vontade prpria mas enquanto autmatoex.algum a quem agarram a mo para forar aassinatura.

    Desde logo, na coaco fsica no h vontade deagir.

    Exemplo: Pegar na mo de uma pessoa e assinar ocontrato. Aqui no existe qualquer vontade.

    Neste caso, estamos perante uma inexistnciajurdica do negcio, no produzindo tal declarao,qualquer efeito jurdicoart. 246 do Cdigo Civil.

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    B) Falta de conscincia na

    declarao Algum que no se deu conta que estava a emitir uma

    declarao negocial. Ex. Est a decorrer um leilo e um dospresentes levanta o brao para saudar um amigo que entra nasala. Este gesto, no decurso de um leilo tem o significado de

    arrematao da pea, mas seria neste caso violento exigir aconcretizao do negcio. O sujeito quis agir (levantou o brao)mas o significado que deu ao seu gesto foi o de uma merasaudao, portanto no quis a declarao negocial dearrematao

    Esta declarao no produz qualquer efeitoartigo 246 do CC

    Mais um caso de inexistncia jurdicaneste caso existe umarealidade material que no produz qualquer efeito jurdico.

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    C) Declarao no srias

    Por vezes podem ocorrer certasdeclaraes que se emitem livre e

    conscientemente mas sem o intuito deserem declaraes negociais e tambmsem o intuito de enganar o declaratrio.

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    3- Vicios da Vontade

    A vontade que est na base do acto, aoconstituir-se internamente, deve seguir

    um processo psicolgico correcto semcircunstncias anmalas que perturbemno curso da sua formao.

    Mas algumas dessa circunstnciasocorrem e a vontade apresenta vicos deque poder resultar de invalidade

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    Nesta ordem de ideias, analisaremos

    sucessivamente:

    1 erro

    2 Dolo

    3 Coao Psicolgica

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    1Erro

    O erro tem de ser essencial, desculpvel,tpico e prprio. Basta um destes quatro

    pontos no existir para que no se valide oerro, ou seja, o contrato valido.

    Em seguida iremos abordar alguns tipos deerros existentes dando alguns exemplos paraque possam entender.

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    Erro essencial: o facto que pode anular o contrato.

    Exemplo:

    O proprietrio de uma casa quer alugar a mesma porum perodo de 5 anos, pois aps os 5 anos pretende

    voltar a habita-la. Faz o contrato com um arrendatriomas ao celebrar o contrato engana-se e celebra umcontrato por tempo indeterminado, de 6 mesesrenovado automaticamente.O proprietrio s quer arrendar a casa por um perodode 5 anos, e celebrou um contrato com um erro, pois

    se soubesse que o contrato de 6 meses no pode-seser cessado pelo senhorio no teria celebrado omesmo. E aqui diz se que o erro essencial.

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    Erro desculpvel:

    No pode ter havido culpa, ou seja, tem de seprovar que no se agiu sem intencionalidade.

    No entanto, provar que agiu sem culpa no erro noqual se induziu no suficiente para invocar ainvalidade do negcio, necessrio fazer prova

    tambm que a outra parte deveria conhecer ouno devesse ignorar a essencialidade do elementosobre o qual indiciou o erro. Isto porque no se podefalar em erro quando ocorre uma simples ignornciada falta de qualquer requisito de validade donegcio.

    Erro tpico:

    Tem de estar estipulado na lei.

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    Artigo 251 do Cdigo Civil

    O erro que atinja os motivos determinantes da vontade, quando se refira pessoa

    do declaratrio ou ao objeto do negcio, torna este anulvel nos termos do artigo247.

    Artigo 252 do Cdigo Civil

    1. O erro que recaia nos motivos determinantes da vontade, mas se no refira pessoa do declaratrio nem ao objeto do negcio, s causa de anulao se aspartes houverem reconhecido, por acordo, a essencialidade do motivo.

    Erro prprio:

    Tem de ser a causa da invalidade do negcio.

    IMPORTANTE:O erro tem de ser essencial, desculpvel, tpico e prprio. Basta um destes quatro pontosno existir para que no se valide o erro, ou seja, o contrato valido.

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    2- Dolo Artigo 253 do Cdigo Civil

    1. Entende-se por dolo qualquer sugesto ou artifcio que algumempregue com a inteno ou conscincia de induzir ou manter em erroo autor da declarao, bem como a dissimulao, pelo declaratrio outerceiro, do erro do declarante.

    2. No constituem dolo ilcito as sugestes ou artifcios usuais,considerados legtimos segundo as concees dominantes no comrciojurdico, nem a dissimulao do erro, quando nenhum dever de elucidaro declarante resulte da lei, de estipulao negocial ou daquelasconcees.

    Ou seja, Dolo a inteno de provocar certo evento contrario aodireito. Ter inteno de

    Exemplo: Assassinato de dolo, ter vontade de matar.

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    Coao Psicolgica

    Coao psicolgica, quando por exemploum empregado quer que o patro assine o seucontrato de trabalho, mas o patro no tem

    vontade de o fazer. Ento o empregadoameaa o patro fisicamente (com torturafsica) ou psicologicamente (ameaando quevai fazer mal a sua famlia) para que este assineo seu contrato. O patro tem vontade de

    assinar o contrato, mas no porque quer que oempregado trabalhe para si, mas para que aameaa fsica ou psicolgica acabe.

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    Para existir coao psicolgica tem deacontecer todos os elementos seguintes, seum deles faltar j no coao psicolgica

    (Ameaa) Facto Dano ( Ilcita)

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    Nexo da casualidade ( Para assinar / declarao)

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    7- Temor Reverencial

    O temor reverencial ou seja, o receio dedesagradar a pessoa ou pessoas por quem setem particular respeito, em razo de vnculosfamiliares ou outros, como o respeito pelos pais ou

    pela entidade patronal, no constitui fundamentode anulao dos actos jurdicos praticados nesseestado de espirto. No h coao psicolgicacomo vcio de formao de vontade. Muitasvezes trata-se de simples estado subjectivo, semcorrespondente aco externa. Outras vezes

    haver o exerccio de certa presso ou influncia,mas no ao ponto de essa influncia ou pressoconstituir ameaa ilcita de um mal grave, e ser

    justificado o receio da sua consumao.

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    Exemplo:

    O pai diz ao filho causar-me-s grande desgostose no casares com fulana; o filho no poderpretender anular o casamento alegando que ocelebrou sob coao. Mas haver coaorelevante se o pai disser ao filho, em termoscategricos e definitivos, que deixar toda a

    quota dsponivel ao seu outro filho, privando-seinteiramente,a ele, de participao nessa quota,porque ento grave o mal, e justificando oreceio da sua consumao.

    A prpria lei declara que no constitui coao osimples temor reverencial artigo 255, n3, 2parte Cdigo Cvil

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    8Estado de Necessidade Diz-se que age em estado de necessidade aquele que

    destri ou danifica coisa alheia com o fim de remover operigo actual de um dano manifestantamente superior,quer do agente, quer terceiroCdigo Civil, artigo 339,n1.

    Algum (A) corre o risco de um dano, ele prprio (A) ououtrem (B) afasta esse risco mediante a destruio oudanificao de uma coisa pertencente a outra pessoa(C), causando-lhe assim um dano que todavia manifestamente inferior quele que est em perigo desofre o agente (A) ou terceiro (D).

    O estado de necessidade pode ser provocado por factonatural, como um incndio, ou por facto humano, comoum assalto.

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    9- Leso enorme Leso enorme consiste quando se verifica uma

    excessiva ou injustificada desproporo entre asprestaes dos contraentes nos contratoscomutativos, como compra e venda.

    Quando que se entende existir leso enorme?

    Quando ultrapasse metade do valor justo que olesado deveria receber.

    Aqui no haver vcio da vontade, mas entende-seque estamos perante negcios usurrios ( artigo n282, n 1 Cdigo Civil )e portanto sujeitos aanulabilidade.

    Terminamos os vcios da vontade, vamos agora vera manifestao da vontade.

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    10Manifestao da Vontade

    Declaraes e operaes

    A linguagem e o silncio como modos dedeclarao

    Declaraes recipiendas e no recipiendas

    Destinatrio e declaratrio

    Manisfestao de vontade expressa ou tcita

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    Declaraes e operaes

    Consiste numa declarao a que se

    destina a tornar claro aos outros umpensamento ou uma vontade; um meiode comunicao de um querer ou umaideia.

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    A linguagem e o silncio como modosde declarao

    As declaraes manifestam-se por meio de linguagem, como forma de transmitir avontadefalando, escrevendo, fazendo gestos ou sinais.

    E o silncio? Como que actua o silncio na manifestao da vontade?

    Ateno, s estamos a atender ao silncio enquanto total inaco ou inrcia.

    Quem cala, quando podia e devia falar, aceita.

    O CC apoia esta teoria no seu art. 218

    O silncio vale como declarao negocial quando esse valor lhe seja atribudo porlei, uso ou conveno.

    Por lei: ex. o art. 1805

    Por conveno: um cliente contrata com um livreiro que todos os livros que estereceber de determinada rea que este lhe enviar sero considerados adquiridos seo cliente os no devolver em determinado lapso de tempo.

    Por uso: nas lotas de peixe o silncio entendido como aceitao.

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    Declarao recipriendas e no

    recipriendas

    As declaraes no recipiendas no tm dechegar ao conhecimento de outra pessoa paraproduzirem efeitosveja-se o caso dostestamentos.

    As declaraes recipiendas so aquelas quepara produzirem efeitos tm de chegar aoconhecimento de pessoa determinada. Estasconstituem a maioria das declaraescontratuais.

    Exemplos: comunicao de denncia de umcontrato.

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    Destinatrio e Declaratrio

    O destinatrio , por vezes uma pessoa determinada enesse caso chama-se declaratrio

    O destinatrio , por vezes uma pessoa indeterminada, sebem que eventualmente determinvel e nesse casochama-se destinatrio.

    A declarao dirigida a uma pessoa determinada produzo seu efeito logo que por ele recebidaart. 224, n 1, 1parte do CC

    A declarao dirigida a uma pessoa indeterminadaproduz o seu efeito logo que emitidaart. 224, n 1, 2parte do CC.

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    Manifestao da vontadeexpressa e tcita

    A manifestao da vontade diz-se expressa quando por meio de palavras, escritasou verbais, gestos ou atitudes a manifestamos

    Se, por exemplo, algum entra numa barbearia e se senta sem nada dizer, mesmoaqui h uma manifestao expressa da vontade

    A vontade diz-se tcita quando resulta de uma forma indirecta de manifestaode vontade, quando os actos praticados demonstram com toda a probabilidadea aceitao do negcio.

    Veja-se o caso de um mandante (algum que encarrega outrem de algo), quemandata uma outra pessoa para fazer exactamente a mesma coisa que pediuao primeiro, com conhecimento do mandatrio.

    O silncio no deixa de ser a forma mais comum de aceitao tcita davontade.

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    16 - Formas de Contrato

    A forma do contrato tem de ver com o modo demanifestao da vontade e o princpio que impera o doconsensualismo.

    Isto , os interessados podem utilizar quaisquer dos meiosque pretendam e que esto ao seu alcance paramanifestarem a sua vontade.

    S excepcionalmente a lei impe certo modo demanifestao da vontade.

    Assim, se a lei determina um certo modo de manifestaoda vontade, o contrato diz-se formal, se no denomina-seconsensual.

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    V. art. 219 do CC sobre forma especial.

    O meio de expresso que a lei prefere quando impe um, o escrito que temcarcter genrico.

    A incorporao num documento, da declarao da vontade tem vriasvantagens:

    1- Facilita a prova;

    2-A declarao ganha estabilidade;

    3-D preciso e clareza;

    4-Obriga a uma maior reflexo;

    5-D publicidade ao acto (em particular se o escrito for notarial), tornando-oconhecido ou susceptvel de ser conhecido de pessoas interessadas legitimamente nasua existncia ou contedo.

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    Normalmente, quando falamos de um documento

    escrito, estamos a referir-nos apenas a um nicodocumento, mas um contrato pode-se consubstanciar

    em mais do que um documento, sendo que o seu todo,

    a sua unidade, s perceptvel pela juno das vrias

    partes que o compem.

    Por outro lado, mesmo sem a exigncia formal imposta

    por lei, as partes de um contrato, preferem reduzir a

    escrito as suas manifestaes de vontade, apenasporque o acham mais vantajoso.

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