direito civil em síntese cristiano sobral atualização da 1ª edição

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Direito Civil em Síntese Cristiano Sobral Atualização da 1ª edição 1 Pág. 35: substituir o parágrafo abaixo: Nesta esteira, importa mencionar o princípio da equidade, que é a busca pelo justo, dando a cada um o que lhe é de direito, sendo possível sua instrumentalização quando houver previsão legal, conforme determina o art. 140, parágrafo único do NCPC: “O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei”. Importa mencionar que é elemento auxiliar ao processo de colmatação de lacunas. Pág. 52: substituir o parágrafo abaixo: Nesse sentido, de acordo com a alteração dada pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146/2015, são absolutamente incapazes os menores de 16 anos (chamados de menores impúberes – art. 3.º do CC). São relativamente incapazes: os maiores de 16 e menores de 18 anos (chamados de menores púberes); os ébrios habituais e os viciados em tóxico; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; e os pródigos (art. 4.º do CC). Pág. 59: substituir o parágrafo abaixo: O que são entes despersonalizados? São os entes que não têm personalidade jurídica, entretanto possuem capacidade para ser parte em um processo judicial, quer dizer, embora não possam ter direitos e deveres, podem ser autor ou réu em demandas judiciais por expressa previsão legal (art. 75 do NCPC). Ex.: condomínio edilício, espólio, herança jacente, herança vacante, massa falida, pessoa jurídica sem registro do ato constitutivo. Pág. 61: substituir o primeiro e o quinto parágrafo da página pelo texto abaixo: O ato de dotação deve indicar obrigatoriamente a finalidade da fundação, que, nos termos do parágrafo único do art. 62 da Lei Civil, alterado pela Lei n. 13.151/2015: “A fundação somente poderá constituir-se para fins de: I – assistência social; II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; III – educação; IV – saúde; V – segurança alimentar e nutricional; VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; e, IX – atividades religiosas”.

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Page 1: Direito Civil em Síntese Cristiano Sobral Atualização da 1ª edição

Direito Civil em Síntese Cristiano Sobral

Atualização da 1ª edição

1

Pág. 35: substituir o parágrafo abaixo:

Nesta esteira, importa mencionar o princípio da equidade, que é a busca pelo justo, dando a

cada um o que lhe é de direito, sendo possível sua instrumentalização quando houver previsão

legal, conforme determina o art. 140, parágrafo único do NCPC: “O juiz só decidirá por equidade

nos casos previstos em lei”. Importa mencionar que é elemento auxiliar ao processo de

colmatação de lacunas.

Pág. 52: substituir o parágrafo abaixo:

Nesse sentido, de acordo com a alteração dada pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n.

13.146/2015, são absolutamente incapazes os menores de 16 anos (chamados de menores

impúberes – art. 3.º do CC). São relativamente incapazes: os maiores de 16 e menores de 18 anos

(chamados de menores púberes); os ébrios habituais e os viciados em tóxico; aqueles que, por

causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; e os pródigos (art. 4.º do CC).

Pág. 59: substituir o parágrafo abaixo:

O que são entes despersonalizados? São os entes que não têm personalidade jurídica,

entretanto possuem capacidade para ser parte em um processo judicial, quer dizer, embora não

possam ter direitos e deveres, podem ser autor ou réu em demandas judiciais por expressa

previsão legal (art. 75 do NCPC). Ex.: condomínio edilício, espólio, herança jacente, herança

vacante, massa falida, pessoa jurídica sem registro do ato constitutivo.

Pág. 61: substituir o primeiro e o quinto parágrafo da página pelo texto abaixo:

O ato de dotação deve indicar obrigatoriamente a finalidade da fundação, que, nos termos do

parágrafo único do art. 62 da Lei Civil, alterado pela Lei n. 13.151/2015: “A fundação somente

poderá constituir-se para fins de: I – assistência social; II – cultura, defesa e conservação do

patrimônio histórico e artístico; III – educação; IV – saúde; V – segurança alimentar e nutricional; VI

– defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento

sustentável; VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização

de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e

científicos; VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; e, IX –

atividades religiosas”.

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O estatuto da fundação pode ser alterado, contudo, a lei impõe três requisitos: aprovação de

2/3 dos integrantes do órgão de administração, a não modificação do propósito da fundação, e seja

aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o

qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do

interessado. Se não houver aprovação unânime, a minoria vencida deve ser comunicada para, se

quiser, impugnar junto ao MP, no prazo de dez dias.

Pág. 95: substituir o parágrafo abaixo:

Em 2006, essa questão mudou em decorrência da Lei 11.280/2006, que revogou o art. 194 do

Código Civil e alterou o § 5.º do art. 219 do CPC/1973, dizendo que o juiz deve declarar de ofício a

prescrição. Com a atual redação legal, o juiz deve conhecer de ofício tanto a prescrição como a

decadência, o que erigiu a prescrição à matéria de ordem pública. Hoje, a matéria é tratada no § 1º

do art. 332, do NCPC, dispondo que: “O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o

pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição”.

Pág. 118: substituir o parágrafo abaixo:

Feito o depósito, a princípio, suspende a incidência dos encargos moratórios, porém o devedor

deverá propor ação judicial para discussão da matéria, podendo o credor impugnar o pagamento,

pois só exonera o devedor se observados os mesmos requisitos exigidos para validade do

pagamento. Se julgado improcedente, o depósito não terá efeito. O processo tem procedimento

especial previsto no NCPC.

Pág. 160: substituir o primeiro parágrafo pelo texto abaixo:

Feito o depósito, a princípio, suspende a incidência dos encargos moratórios, porém o devedor

deverá propor ação judicial para discussão da matéria, podendo o credor impugnar o pagamento,

pois só exonera o devedor se observados os mesmos requisitos exigidos para validade do

pagamento. Se julgado improcedente, o depósito não terá efeito. O processo tem procedimento

especial previsto no NCPC.

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Pág. 185

– Substituir o segundo parágrafo do item 5.12.1.1 Conceito

Além dessas, poderão ser propostas também: a ação de execução dos encargos locatícios,

conforme disposto no art. 784, VIII, do NCPC, e a indenizatória, pelo locatário em face do locador,

alegando que o imóvel locado apresentava defeitos causadores tanto de danos morais quanto de

materiais.

– Substituir o primeiro parágrafo do item 5.12.1.2 Lei do inquilinato: aspectos gerais

Algumas questões relevantes devem ser analisadas no estudo da Lei 8.245/1991. O primeiro

ponto a ser analisado é o juízo competente para propor as ações de despejo. Aqui se aplica a regra

de competência do foro da situação da coisa, disposta no art. 47 do NCPC, por trazer maior

facilidade ao juízo a proximidade com o bem objeto do desalijo.

Pág. 186: substituir o último parágrafo da página pelo texto abaixo:

d) Diversamente da ação consignatória prevista no NCPC, essa modalidade não tem caráter

dúplice, pois a lei preceitua o cabimento de reconvenção nos termos do inc. VI do art. 67 da Lei do

Inquilinato.

Pág. 217: substituir o parágrafo pelo texto abaixo:

Quando intentada a ação em face do segurado, a este será dada a ciência da lide por intermédio

do chamamento ao processo de acordo com o art. 130, III do NCPC.

Pág. 241: substituir o trecho abaixo:

Quando o paciente nos hospitais for menor ou adolescente, deverá ser observado o art. 12 do

ECA, alterado pela Lei n. 13.257/2016:

Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de

terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a

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permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de

criança ou adolescente.

Atualmente, estão na moda os casos de bullying, que consiste em apertadíssima síntese na

prática infantil de deboche com isolamento da pessoa naquela comunidade, geralmente ocorrendo

nos colégios. Sobre o tema foi editada a Lei n. 13.185/2015 que instituiu o Programa de Combate à

Intimidação Sistemática (Bullying). No caso há responsabilidade pedagógica do estabelecimento de

ensino, sob pena de infração administrativa, conforme o art. 245 do ECA:

Pág. 241: substituir o primeiro parágrafo do item 5.1:

A responsabilidade civil e criminal possui comunicação, no entanto, irá prevalecer de forma

absoluta o reconhecimento do fato e de autoria na justiça penal (art. 935 do CC). Não corre a

prescrição antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória (art. 200 do CC) e esta

formará título executivo judicial na jurisdição civil, consoante disposição do NCPC. São, portanto,

instâncias independentes.

Pág. 257: substituir o parágrafo abaixo, após o quadro Atenção:

A ação possessória pode ser de força nova ou de força velha, a depender de quando ela é

proposta. Se oferecida dentro do prazo de ano e dia, será de força nova; se depois desse prazo,

será de força velha. A diferença é o procedimento: a ação possessória de força nova seguirá o

procedimento especial do Título III, do Livro I, da Parte Especial do NCPC (mais célere) e a ação

possessória de força velha seguirá o procedimento comum ordinário. Por isso, é necessário expor

na petição inicial da ação possessória a data da agressão à posse para saber o procedimento a ser

adotado.

Pág. 272: substituir o parágrafo abaixo:

Nos termos do art. 1.225 da Lei Civil, são os direitos reais sobre coisas alheias: superfície,

servidão, usufruto, uso, habitação, direito do promitente comprador de imóveis, hipoteca, penhor,

anticrese, concessão de uso especial para fins de moradia e concessão de direito real de uso e os

direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao

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Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de

cessão (incluído pela MP n. 700/2015).

Pág. 278: substituir o item b: Legal, pelo texto abaixo:

b) Legal: é aquele que decorre da lei, independendo da vontade das partes, tradição e registro.

Nos termos do art. 1.467 do Diploma Civil, é admitido em dois casos, devendo ser homologado

judicialmente, de acordo com a ação judicial com procedimento previsto nos arts. 703 a 706 do

NCPC:

Pág. 295: substituir o trecho abaixo:

b) casamento nulo: segundo o disposto no art. 1.548 do Código em estudo, com redação

alterada pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146/2015, nulo é o casamento

contraído por infringência de impedimentos (art. 1.521, I a VII, do CC). A decretação da nulidade

pode ser promovida pelo Ministério Público ou por qualquer interessado (art. 1.549 do CC). A

sentença de nulidade do casamento tem caráter declaratório, uma vez que reconhece apenas o

fato que o invalida, gerando efeitos ex tunc (art. 1.563 do CC).

Pág. 295: substituir o texto contido na letra c e excluir o conteúdo da letra d do item 3:

c) o desconhecimento, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não

caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de

pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência.

Pág. 297: substituir o parágrafo abaixo:

Na opinião de Maria Berenice Dias, “é necessário alertar que a novidade atinge as ações em

andamento. Todos os processos de separação perderam o objeto por impossibilidade jurídica do

pedido (art. 485, VI do NCPC). Não podem seguir tramitando demandas que buscam uma resposta

não mais contemplada no ordenamento jurídico” (Divórcio já!, RT, 2010).

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Pág. 299: substituir os parágrafos primeiro e quinto do item 5.1.3:

A partir de 2007, com a vigência da Lei 11.441, o Código de Processo Civil passou a admitir a

possibilidade da realização de procedimento extrajudicial para a dissolução do casamento, bem

como os inventários e as partilhas, que devem ser realizados extrajudicialmente por escritura

pública (art. 733 do NCPC).

Quanto à medida cautelar de separação de corpos, prevista no nos arts. 189, II e 301, do NCPC,

há sua permanência em vigor e criando plenos efeitos. Sua eficácia está restrita à tutela dos

interesses do autor, não se utilizando essa medida como termo inicial para a contagem do prazo

para a concessão do divórcio previsto art. 1.580, caput, do Código Civil ou para a caracterização da

“culpa” de um dos cônjuges pelo denominado “abandono de lar”. Nesse caso, cabe à parte

interessada o pedido de divórcio, sem a necessidade de qualquer requisito preliminar.

Págs. 304/305: substituir a tabela contida nas páginas pela tabela abaixo:

LEI 8.009/1990 – BEM DE FAMÍLIA LEGAL (ART.

3.º)

CÓDIGO CIVIL – BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO

1. Créditos decorrentes do financiamento à

construção ou à aquisição do imóvel.

Não consta.

2. Créditos decorrentes de obrigação alimentar. Não consta.

3. Créditos tributários devidos em função do

imóvel.

Créditos tributários devidos em função do

imóvel (art. 1.725 do CC).

4. Crédito hipotecário. Não consta.

5. Aquisição criminosa do bem de família. Não consta.

6. Obrigação decorrente de fiança concedida

em contrato de locação.

Não consta.

Despesas de condomínio.

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Pág. 307: substituir o segundo parágrafo do item 8.3 Efeitos do parentesco, pelo texto abaixo:

No processo civil, estão impedidos de depor, como testemunha, além do cônjuge ou

companheiro da parte, seu ascendente ou descendente em qualquer grau, assim como o colateral

até o terceiro grau, seja consanguíneo ou afim (art. 447, § 2º, I, do NCPC).

Pág. 315: substituir o parágrafo abaixo:

A sentença de adoção possui eficácia constitutiva e seus efeitos começam a fluir a partir do

trânsito em julgado da sentença (ex nunc), não produzindo efeito retroativo, conforme o art. 47, §

7.º, do Estatuto, exceto na hipótese em que a adoção poderá ser deferida ao adotante que, após

inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a

sentença (art. 42, § 6.º), caso em que terá força retroativa à data do óbito.

Recentemente foi incluído § 9º ao art. 47 do ECA pela Lei n. 12.955/2014, determinando que

terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou

adolescente com deficiência ou com doença crônica.

Pág. 317: substituir o último parágrafo da página:

A guarda unilateral, a despeito de regular os interesses do menor, limita a convivência com o

genitor não guardião. A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar

os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será

parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em

assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação

de seus filhos. A partir dessa concepção, surgiu a modalidade de guarda compartilhada,

consolidada na jurisprudência pátria e que foi inserta no ordenamento jurídico brasileiro por força

das Leis 11.698/2008 e 13.058/2014, que alteraram o Código Civil em seu art. 1.583 e seguintes.

Pág. 318: substituir os dois primeiros parágrafos:

Guarda conjunta ou compartilhada segundo o art. 1.583 do CC, compreende a responsabilização

conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto,

concernentes ao poder familiar dos filhos comuns, onde o tempo de convívio com os filhos deve

ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições

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fáticas e os interesses dos filhos. A cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que

melhor atender aos seus interesses.

De acordo com o art. 1.584 do Código Civil, a guarda unilateral ou a guarda compartilhada

poderá ser requerida por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma

de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; ou decretada

pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo

necessário ao convívio deste com o pai e a mãe. Estabelecida a guarda compartilhada, o juiz, na

audiência de conciliação, informará ao pai e à mãe o significado desse instituto, a sua importância,

a similitude de deveres e direitos atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de

suas cláusulas.

Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se

ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se

um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.

Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda

compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em

orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada

do tempo com o pai e com a mãe.

Caso ocorra alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda

unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu

detentor. E verificando o juiz que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe,

deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de

preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade.

Por fim, qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informações a

qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa diária pelo não atendimento da

solicitação.

No caso de medida cautelar de separação de corpos, em sede de medida cautelar de guarda ou

em outra sede de fixação liminar de guarda, a decisão sobre guarda de filhos, mesmo que

provisória, será proferida preferencialmente após a oitiva de ambas as partes perante o juiz, salvo

se a proteção aos interesses dos filhos exigir a concessão de liminar sem a oitiva da outra parte,

observado o art. 1.585 do CC.

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Pág. 318: substituir o parágrafo abaixo:

O art. 1.634 do Código Civil elenca as principais competências, também conhecidas como

direitos-deveres que os pais possuem em relação aos filhos, qualquer que seja a sua situação

conjugal, para o pleno exercício do poder familiar. Trata-se de um rol meramente exemplificativo.

Pág. 323: substituir os parágrafo segundo e excluir o parágrafo terceiro do tópico 11.5 Natureza

da obrigação, pelo que segue:

Sendo proteção à vida, o inadimplemento voluntário dessa obrigação pode gerar a prisão civil

do devedor de alimentos, nos termos do art. 5.º, LXVII, da CF. Nessa hipótese, o credor poderá

requerer a prisão civil do devedor conforme o art. 528, § 3º, do NCPC dispondo que no

cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão

interlocutória que fixe alimentos, se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não

for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-

lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses. A prisão será cumprida em regime fechado,

devendo o preso ficar separado dos presos comuns (§ 4º).

No caso da execução de alimentos, dispõe o art. 911 e seu parágrafo único do NCPC que: "Na

execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar, o juiz

mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao

início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a

impossibilidade de fazê-lo.

Parágrafo único. Aplicam-se, no que couber, os §§ 2º a 7º do art. 528”. Atente-se para a Súmula

309 do Superior Tribunal de Justiça, que entende possível a prisão civil do devedor de alimentos

com relação aos débitos alimentares vencidos nos três meses anteriores à data do procedimento

de execução e às cotas que vencerem no curso do processo.

Pág. 324: Alterar o título do item 12 para: 12. DO DIREITO ASSISTENCIAL: DA TUTELA, DA

CURATELA E DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA (ARTS. 1.728 A 1.783-A DO CC)

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Pág. 324: inserir o texto abaixo antes do item 12.1:

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146/2015, alterou o Título IV do Livro IV da

Parte Especial do CC, passando a denominar-se Da Tutela, da Curatela e da Tomada de Decisão

Apoiada e incluiu o Capítulo III que trata da Tomada da Decisão Apoiada, que encontra-se

disciplinada no art. 1.783-A, do CC.

Pág. 326: Substituir o item 12.6 pelo que segue:

12.6 Curatela (arts. 1.767 a 1.783 do CC)

O exercício da curatela trata da representação das pessoas arroladas no art. 1.767 do Código

Civil, cuja incapacidade deverá ser provada em ação de interdição, cujo procedimento está

regulado nos arts. 747 a 756 do NCPC.

O art. 1.767 do CC, sofreu alteração em sua redação pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência,

Lei n. 13.146/2015, passando a dispor que estão sujeitos à curatela: aqueles que, por causa

transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; os ébrios habituais e os viciados

em tóxico; e os pródigos.

Convém mencionar que com a alteração pela mesma lei dos arts. 3º e 4º do Código Civil, que

tratam das incapacidades absoluta e relativa, respectivamente, passam a ser absolutamente

incapazes os menores de dezesseis anos, apenas. Já o art. 4º, passou a dispor que são incapazes,

relativamente, a certos atos ou à maneira de os exercer: os maiores de dezesseis e menores de

dezoito anos; os ébrios habituais e os viciados em tóxico; aqueles que, por causa transitória ou

permanente, não puderem exprimir sua vontade; e os pródigos. Assim, estão sujeitos à curatela

somente aqueles que são tidos por relativamente incapazes.

São legitimados a propor esta ação os pais, tutores, cônjuges ou companheiro, parentes e o

Ministério Público (art. 747 do NCPC). Importa mencionar que os arts. 1.768 a 1.773 foram

revogados pelo NCPC, Lei n. 13.105/15.

Importante frisar que, sendo a tutela e a curatela institutos típicos da representação e com

finalidade semelhante, o legislador determina, consoante o art. 1.774 do CC, a aplicação das

normas reguladoras da tutela à curatela.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146/2015, incluiu o art. 1.775-A no Código Civil,

dispondo que na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá estabelecer

curatela compartilhada a mais de uma pessoa.

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Pág. 326: inserir o tópico 12.8 abaixo:

12.8. Da tomada da decisão apoiada (art. 1.783-A do CC)

O art. 116 do Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146, de 06.07.2015, incluiu o

Capítulo III no Título IV do Livro IV da Parte Especial e o art. 1.783-A, com a seguinte redação:

“CAPÍTULO III

Da Tomada de Decisão Apoiada

Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência

elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de

sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil,

fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua

capacidade.

§ 1º Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os

apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e

os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito à

vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar.

§ 2º O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com

indicação expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo.

§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido

por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o

requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio.

§ 4º A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem

restrições, desde que esteja inserida nos limites do apoio acordado.

§ 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial pode solicitar que os

apoiadores contra-assinem o contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua função em

relação ao apoiado.

§ 6º Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante, havendo

divergência de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o

Ministério Público, decidir sobre a questão.

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§ 7º Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão indevida ou não adimplir as

obrigações assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao

Ministério Público ou ao juiz.

§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a pessoa

apoiada e se for de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio.

§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o término de acordo firmado em

processo de tomada de decisão apoiada.

§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo de tomada

de decisão apoiada, sendo seu desligamento condicionado à manifestação do juiz sobre a

matéria.

§ 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposições referentes à

prestação de contas na curatela."

Págs. 340/341: substituir o trecho abaixo:

4.3 Administração da herança (arts. 1.796 e 1.797 do CC)

O art. 1.796 do Código Civil de 2002, inserido neste capítulo por tratar-se da administração da

herança, traz o prazo de 30 dias para que haja a propositura do inventário dos bens e também se

efetive a regular partilha. Todavia, a partir da vigência da Lei 11.441/2007, houve a derrogação

desse dispositivo pelo art. 983 do Código de Processo Civil/73, que corresponde ao art. 611 do

NCPC, que estabelece o prazo de 2 (dois) meses para a propositura do inventário, que poderá ser

judicial ou extrajudicial.

Quanto à nomeação do inventariante, a legislação utiliza-se da ordem claramente explicitada no

art. 617 do Código de Processo Civil vigente, trazendo apenas flagrante modificação ao inserir no

inc. I do art. 1.797 do Código Civil a possibilidade de o cônjuge ou companheiro ter condição de ser

nomeado administrador do patrimônio.

4.3.1 Lugar da abertura da sucessão

É fundamental se destacar que, para a abertura do processo de inventário, partilha,

arrecadação da herança e demais procedimentos judiciais que envolvam o espólio, observar-se-á a

regra do art. 48 do NCPC. Consagra-se o princípio da universalidade do juízo sucessório, que gera

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uma vis attractiva sobre os processos descritos no art. 48 do NCPC e, ainda, todos os feitos em que

o espólio for réu.

A lei adota o último domicílio do de cujus como critério de fixação da competência para a

propositura de tais ações. Estabelece, ainda, em seu parágrafo único, que, caso o titular do

patrimônio não tenha domicílio fixo, a competência deverá ser fixada pelo local da situação dos

bens ou, ainda, se os bens estiverem situados em diversos lugares, o foro competente para julgar

tais ações será o do local do falecimento.

Em se tratando de falecido que seja domiciliado no estrangeiro, cabe lembrar o Princípio da

Proteção à Família Brasileira, insculpido no art. 5.º, XXXI, da Constituição da República, que

estabelece a aplicação da lei brasileira sempre que esta seja mais benéfica ao cônjuge e

descendentes brasileiros do que a lei do domicílio do de cujus (ver ainda o art. 10, § 1.º, da LINDB).

Atente-se para a competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira para proceder em

matéria de sucessão hereditária, à confirmação de testamento particular e ao inventário e à

partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira

ou tenha domicílio fora do território nacional (art. 23, II, do NCPC).

Pág. 344: substituir o último parágrafo pelo texto abaixo:

É considerada como um ente despersonalizado e tem sua representação processual descrita no

art. 75, VI do NCPC. Portanto, a partir da declaração de jacência, os bens da herança se tornam

uma massa cuja administração é confiada a um administrador designado pelo juiz competente,

passando a constituir um ente despersonalizado, sempre de existência transitória, pois será

destinada ao herdeiro expectado e, a partir da comprovação da inexistência de herdeiros, ao ente

público.

Pág. 345: substituir o primeiro parágrafo pelo texto abaixo:

O procedimento de arrolamento dos bens de uma herança jacente é feito mediante

arrecadação, na forma do art. 740 do NCPC, objetivando realizar um levantamento dos bens

deixados, bem como anunciar a jacência do patrimônio para que haja a habilitação dos possíveis

herdeiros.

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Pág. 352: substituir o parágrafo abaixo:

Verificando-se a inexistência de herdeiros legítimos ou testamentários, a herança será

declarada jacente, sendo deferida ao Estado, seguindo o disposto nos arts. 1.819 a 1.823 do Código

Civil e nos arts. 738 a 743 do NCPC.

Pág. 362: substituir o primeiro parágrafo do item 12.1 pelo que segue:

Previstos no Código Civil anterior, nos arts. 1.770 a 1.805, hoje os aspectos processuais do

Inventário são, com muita propriedade, regulados pelo NCPC em seus arts. 610 a 667.

Pág. 362: substituir o título do item 12.1, para: 12.1 Do inventário (art. 1.991 do CC, arts. 610 a

667 do NCPC, e Lei 11.441/2007

Pág. 363: substituir o item b pelo texto abaixo:

b) Rito especial: por meio do arrolamento de bens previsto no art. 659 e seguintes do NCPC,

tem natureza meramente homologatória e ocorrerá quando os herdeiros, todos plenamente

capazes, estiverem em consonância com os termos da partilha. Havendo um único herdeiro, esse

procedimento visará obter uma Carta de Adjudicação, que transmitirá a ele, por determinação

judicial, o patrimônio deixado pelo de cujus.

Pág. 364: substituir o primeiro parágrafo:

O art. 617 do NCPC estabelece uma ordem de inventariança, a qual deve ser respeitada pelo juiz

ao nomear o representante legal do acervo hereditário, a não ser que haja impugnação do

nomeado por parte dos demais herdeiros ou que aquele estabelecido por lei não possua condições

físicas ou mentais de assumir esse encargo. O inventariante nomeado pelo juiz, na forma do art.

617, VIII do NCPC será denominado inventariante dativo.

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Pág. 365: substituir o primeiro parágrafo do item 12.5:

Prevista nos arts. 2.002 a 2.012 da Lei Civil e nos arts. 639 a 641 do NCPC é um procedimento

que tem por finalidade igualar o recebimento dos quinhões pelos herdeiros necessários, para

igualar a “legítima”. Ocorre enquanto existirem herdeiros que tenham recebido, do autor da

herança, doações em vida na forma do art. 544 do Código Civil. Haverá a necessidade de realizar-se

a colação, para que as quotas a serem partilhadas entre tais herdeiros não sejam desiguais, salvo

disposição expressa do autor da herança que tais doações incidirão sobre a parte disponível, na

forma admitida pelo art. 1.849 desta Lei, havendo ainda a possibilidade de os bens serem

dispensados da colação, por disposição expressa do doador, por intermédio de cláusula inserida no

testamento ou na própria escritura de doação.

Novas questões de concursos para substituir

PARTE GERAL

1. LINDB, DAS PESSOAS, DOS BENS E DO NEGÓCIO JURÍDICO 1. (FCC - 2014 - MPE-PA - Promotor de Justiça) Considere as afirmações abaixo, a respeito do direito intertemporal em matéria civil: I. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda, textual e literalmente, o efeito retroativo da lei. II. Os direitos sob condição suspensiva são considerados adquiridos. III. As expectativas de direito equiparam-se a direitos adquiridos quando constantes de contrato escrito. IV. A lei nova possui efeito imediato, salvo quando alterar prazos de prescrição. Está correto o que se afirma APENAS em a) II. b) II e IV. c) I e III. d) I, II e III e) I, III e IV. 2. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz de Direito Substituto) Considerando as disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro e a posição doutrinária a respeito da interpretação dessas normas, assinale a opção correta. a) No ordenamento jurídico brasileiro, admite-se a repristinação tácita. b) Entre as fontes de interpretação das normas, considera-se autêntica a interpretação realizada pelos próprios tribunais. c) A utilização dos costumes como método de integração das normas de direito material depende de expressa previsão legal.

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d) A lei do país de origem do falecido estrangeiro poderá ser utilizada para regular a sucessão de seus bens localizados no Brasil. e) Uma lei nova que estabeleça disposições gerais revoga leis especiais anteriores dedicadas à mesma matéria. 3. (CESPE -2015-TCU-Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais) A respeito das pessoas naturais e jurídicas, dos fatos e negócios jurídicos e do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o seguinte item. A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro prevê, em ordem preferencial e taxativa, como métodos de integração do direito, a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito. 4. (CESPE – 2015 - TJ-PB-Juiz Substituto) Acerca da eficácia da lei no tempo e no espaço, assinale a opção correta. a) O direito brasileiro veda o denominado efeito repristinatório das normas, mesmo que previsto expressamente, de modo que uma lei nova não pode prever a recuperação da vigência de lei já revogada. b) Caso uma lei cujo prazo de vigência não se tenha iniciado seja novamente publicada para correção de erro material constante da publicação anterior, o prazo da vacatio legis será contado a partir da primeira publicação, salvo se outra data nela vier expressa. c) A contagem do prazo para a entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância deve ser feita nos termos da regra geral do direito civil, de modo a se excluir a data da publicação da lei e se incluir o último dia do prazo. d) No que se refere à eficácia espacial da lei, o ordenamento pátrio adotou o sistema da territorialidade moderada, de forma a permitir a aplicação de lei brasileira dentro do território nacional e, excepcionalmente, fora, sem, contudo, admitir a aplicação de lei estrangeira nos limites do Brasil. e) Em razão da denominada ultratividade da norma, mesmo revogado, o Código Civil de 1916 tem aplicação às sucessões abertas durante a sua vigência, ainda que o inventário tenha sido proposto após o advento do Código Civil de 2002. 5. (FGV – 2015-TCE-RJ - Auditor Substituto) Sobre o conflito de leis no tempo, é correto afirmar que: a) a revogação tácita equivale à repristinação; b) a lei especial não revoga a lei geral anterior; c) não é admitida a derrogação expressa; d) o efeito repristinatório é admitido em todas as leis; e) a ab-rogação das leis é defesa pelo ordenamento jurídico. Gabarito

1 – A

2 – D

3 – Certo

4 – E

5 - B

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2. PESSOA NATURAL 1. (FCC - 2014 - TJ-CE - Juiz)A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplantes ou tratamento a) em nenhuma hipótese será permitida se se tratar de pessoa incapaz. b) independe de autorização, se o doador não tiver descendente, ascendente ou cônjuge sobreviventes. c) é sempre permitida do corpo de pessoas que não foram identificadas. d) deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica constatada e registrada por dois médicos, sendo necessariamente, um deles participante da equipe de remoção, e o outro da equipe de transplante. e) deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante. 2. (CESPE -2015 - TJ-PB-Juiz Substituto) Acerca das pessoas naturais, assinale a opção correta. a) A emancipação voluntária depende de decisão judicial e de averbação no cartório do registro civil do lugar onde estiver registrada a pessoa emancipada. b) A comoriência é a presunção de simultaneidade de óbitos e o seu reconhecimento depende da demonstração de que os comorientes faleceram nas mesmas condições de tempo e local, não se podendo comprovar qual morte precedeu às demais. c) O registro civil das pessoas naturais é obrigatório e tem natureza constitutiva. d) A legislação civil brasileira admite o reconhecimento de morte sem a existência de cadáver e sem a necessidade de declaração de ausência. e) Os menores de dezesseis anos são absolutamente incapazes, de fato e de direito, e, mesmo que representados, não têm legitimação para determinados atos. 3. (FGV – 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira Fase) Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido: a) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do tutelado. b) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial. c) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento judicial. d) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais. 4. (FGV -2015-TJ-SC - Psicólogo) Joana, com dezesseis anos de idade, obtém o consentimento de seus pais e se casa, sob o regime da comunhão parcial de bens, com Vinicius. Um ano após o casamento, o casal se divorcia. Decidida a vender o imóvel recebido de seus pais por doação antes do casamento, Joana tem o registro da venda do imóvel obstado, ao argumento de que, sendo menor de dezoito anos, somente pode praticar os atos da vida civil devidamente assistida por seus responsáveis legais. Considerando a situação trazida no problema, é correto afirmar que: a) os menores de dezesseis anos são incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de exercê-los;

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b) a incapacidade para os menores cessa pelo casamento; c) a incapacidade para os menores cessa aos dezoito anos completos, pela emancipação, pelo exercício de emprego público e pela colação de grau em curso de ensino superior; d) a alienação de imóveis envolvendo menores de dezoito anos depende de assistência dos representantes legais, ainda que o menor já tenha contraído matrimônio; e) a menoridade cessa aos 21 anos de idade, idade em que é permitida a prática pessoal de todos os atos da vida civil. 5. (FGV – 2015 - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública - Analista Jurídico) Valéria, dezoito anos de idade, insatisfeita com seu nome civil, ajuizou ação pleiteando a alteração de seu prenome para Andréia. É correto afirmar que sua pretensão: a) alcançará êxito, já que o nome civil pode ser alterado a qualquer tempo pelo seu titular; b) alcançará êxito, já que o nome civil pode ser alterado, desde que seu titular tenha plena capacidade civil; c) não alcançará êxito, já que o nome civil somente pode ser alterado após completados os vinte e cinco anos de idade de seu titular; d) não alcançará êxito, já que o nome civil é irrenunciável, somente podendo ser alterado em algumas hipóteses legais; e) não alcançará êxito, já que o nome civil não pode ser alterado em hipótese alguma. Gabarito

1 – E

2 – D

3 – A

4 – B

5 – D

3. PESSOA JURÍDICA 1. (FCC - 2014 - MPE-PE - Promotor de Justiça) Em relação à Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, é correto afirmar: a) Sua constituição e funcionamento, independentemente do objeto, dependem de prévia autorização da Junta Comercial. b) O seu capital social não poderá ser superior a 100 (cem) vezes o maior salário mínimo vigente no País. c) Tem natureza jurídica de sociedade limitada unipessoal, de sorte que o seu nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "Ltda." após a firma ou a denominação social. d) A mesma pessoa natural não poderá, simultaneamente, ser titular de mais de uma empresa individual de responsabilidade limitada, ainda que seja capaz de integralizar o capital de todas elas. e) Tem personalidade jurídica própria, que não se confunde com a do seu titular e se adquire com a sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). 2. FGV-2015-DPE-RO - Analista da Defensoria Pública - Analista Jurídico) Em decorrência de uma falha de informação, foi publicada matéria inverídica em periódico do grupo de publicidade O MOMENTO S/A, a respeito da escola de ensino médio EDUCANTE LTDA, sobre hipóteses

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de tráfico de entorpecentes no estabelecimento de ensino, envolvendo professores, funcionários e alunos da escola. Ajuizada ação de responsabilidade civil pela entidade de ensino, é correto afirmar que: a) é viável o êxito na condenação de indenização por danos materiais e morais; b) é viável o êxito na condenação de indenização apenas por danos materiais; c) é viável o êxito na condenação de indenização apenas por danos morais; d) não é viável o êxito na condenação por qualquer indenização, por se tratar de escola; e) não é viável o êxito na condenação por qualquer indenização, em virtude da liberdade de imprensa. 3. (MPE-BA- 2015 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto) Assinale a alternativa INCORRETA sobre as disposições gerais acerca das pessoas jurídicas, constante do Código Civil Brasileiro: a) A desconsideração da personalidade jurídica poderá ser decretada em duas hipóteses: abuso da personalidade jurídica, caracterizada pelo desvio de finalidade, ou confusão patrimonial. b) O Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo, poderá requerer a desconsideração da personalidade jurídica. c) A desconsideração da personalidade jurídica pode acarretar que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. d) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. e) A proteção dos direitos da personalidade não se aplica às pessoas jurídicas. 4. (PUC-PR – 2015 - PGE-PR - Procurador do Estado) Assinale a alternativa CORRETA em relação à temática da pessoa jurídica. a) A desconsideração da personalidade jurídica é admitida sempre que a pessoa jurídica seja utilizada para fins fraudulentos ou diversos daqueles para os quais foi constituída e equivale à sua desconstituição para todos os efeitos. b) Os bens dominicais integrantes do patrimônio das pessoas jurídicas de direito público não podem ser adquiridos por usucapião nem alienados. c) Ao admitir que se aplica às pessoas jurídicas a proteção aos direitos da personalidade, o ordenamento jurídico o faz em total simetria com a proteção da personalidade humana. d) A desconsideração inversa da pessoa jurídica dá-se quando se atingem bens da pessoa jurídica para solver dívidas de seus sócios. Esse proceder é expressamente vedado pelo ordenamento jurídico brasileiro porque proporciona prejuízo aos demais participantes da sociedade. e) As associações públicas são pessoas jurídicas de direito público formadas por entes da Federação que se consorciam para realização de objetivos que consagrem interesses comuns. Uma vez constituídas, as associações públicas passam a integrar a Administração Pública indireta de todos os entes federativos que participaram de sua formação. 5. (CETAP – 2015 – MPCM - Analista - Direito) Sobre a desconsideração da personalidade jurídica, leia os itens abaixo: I - De acordo com a jurisprudência majoritária do STJ, a mera demonstração de insolvência da pessoa jurídica ou de dissolução irregular da empresa sem a devida baixa na junta comercial, por si sós, não ensejam a desconsideração da personalidade jurídica. II - Tratando-se de regra de exceção, de restrição ao principio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica, a interpretação que melhor se coaduna com o art. 50 do Código Civil e a que relega sua aplicação a casos extremos, em que a pessoa jurídica tenha sido instrumento para

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fins fraudulentos, configurado mediante o desvio da finalidade institucional ou a confusão patrimonial. III - Em conformidade com a jurisprudência majoritária do STJ, a existência de indícios de encerramento irregular da sociedade aliada a ausência de bens capazes de satisfazer o credito exequendo constituem motivos suficientes para a desconsideração da personalidade jurídica. Marque a alternativa correta: a) apenas o item I está correto b) os itens II e III estão corretos c) o item II está correto. d) apenas os itens I e III estão corretos e) todos os itens estão corretos. Gabarito

1 – D

2 – A

3 – E

4 – E

5 – C

4. DOMICÍLIO 1. (CESPE – 2015 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais) A respeito das pessoas naturais e jurídicas, dos fatos e negócios jurídicos e do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o seguinte item. A definição do domicílio do servidor público depende de seu ânimo definitivo para estabelecer residência em determinado lugar. 2. (CESPE-2015-TJ-DF - Juiz de Direito Substituto) A respeito das pessoas naturais e jurídicas, bem como do domicílio, assinale a opção correta à luz da legislação e da jurisprudência. a) O direito de anular a constituição de pessoa jurídica de direito privado não se sujeita a prazo decadencial. b) Na determinação da competência para a ação de divórcio direto, entre o foro de domicílio da mulher e o de domicílio do representante do ex-cônjuge incapaz, deve preponderar a regra que privilegia o incapaz. c) A demonstração de insolvência da pessoa jurídica de direito privado é elemento suficiente para ensejar a desconsideração da personalidade jurídica. d) Caso determinada pessoa, em estado de saúde extremamente grave, desapareça, poderá o juiz reconhecer a sua morte presumida, mas não poderá fixar a provável data de falecimento. e) É permitido que transexual submetido a cirurgia de redesignação sexual altere seu prenome, porém é vetada a possibilidade de ele requerer a alteração do designativo de sexo no registro civil. 3. (FGV – 2015 - TJ-PI - Analista Judiciário - Oficial de Justiça e Avaliador) Juliana, servidora pública do TJPI, lotada em Teresina, mora com seu cônjuge e filhas na cidade de Cabrobó (PE), e loca, durante a semana, um imóvel na cidade de Picos (PI), apenas para facilitar seu deslocamento. Sobre a situação narrada, considera-se:

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a) que o domicílio legal de Juliana estabeleceu-se em Picos; b) Teresina o domicílio voluntário de Juliana; c) que Cabrobó seja o domicílio legal de Juliana; d) que o domicílio legal de Juliana estabeleceu-se em Teresina; e) que o domicílio voluntário de Juliana estabeleceu-se em Picos. 4. (FUNIVERSA - 2015- PC-DF - Delegado de Polícia) No que diz respeito ao domicílio das pessoas naturais e jurídicas, assinale a alternativa correta. a) A pessoa jurídica tem domicílio no lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou em domicílio especial especificado no seu estatuto ou em atos constitutivos, não havendo autorização legal para que a pessoa jurídica tenha mais de um domicílio. b) É nula a cláusula contratual de especificação de domicílio nas situações em que os contratantes especificam onde devem ser exercidos e cumpridos direitos e obrigações resultantes do próprio contrato. c) Tem o preso domicílio necessário na localidade onde cumprir a sentença penal. d) O domicílio da pessoa natural, mesmo no que se refere às relações concernentes à profissão, é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. e) Somente se prova a intenção manifesta de mudar, para fins de modificação do domicílio, pela própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. 5. (FUNDATEC – 2015 - PGE-RS - Procurador do Estado) Em relação ao domicílio, conforme legislação vigente, analise as seguintes assertivas: I. Ressalvada hipótese de abandono, o domicílio do chefe de família estende-se ao cônjuge e aos filhos não emancipados. II. Exercendo profissões em locais diversos, cada um destes pode constituir domicílio para as relações que lhes corresponderem. III. O servidor público, o militar e o preso têm domicílio necessário, sendo, respectivamente, o lugar onde exercem permanentemente suas funções, onde servem e onde cumprem a sentença. IV. Muda-se de domicílio pela alteração de localização do lugar, independente da intenção da pessoa. Quais estão corretas? a) Apenas I e III. b) Apenas I e IV. c) Apenas II e III. d) Apenas II e IV. e) Apenas I, II e III. Gabarito 1 – Errado

2 – B

3 – D

4 – C

5 – E

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5. BENS 1. (CESPE - 2015 - DPU - Defensor Público Federal de Segunda Categoria) Considerando a existência de relação jurídica referente a determinado objeto envolvendo dois sujeitos, julgue o próximo item. Caso a referida relação jurídica consista em um negócio jurídico de compra e venda e seu objeto seja um bem imóvel, não havendo declaração expressa em contrário, será considerado integrante desse imóvel seu mobiliário, uma vez que o acessório deve seguir o principal. 2. (CESPE – 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) No que se refere a bens, assinale a opção correta. a) Os bens dominicais, diferentemente dos demais bens públicos, se submetem primordialmente às regras do direito privado. b) Os bens incorpóreos não admitem usucapião, mas, como regra, admitem tutela possessória. c) A consuntibilidade que um bem gera é incompatível com a infungibilidade. d) A divisibilidade, ou não, de uma coisa, sob o aspecto jurídico, decorre de um critério utilitarista. e) Os bens acessórios são aqueles que, não sendo partes integrantes do bem principal, se destinam de modo duradouro ao uso de outro. 3. (CESPE-2015-TJ-PB - Juiz Substituto) Assinale a opção correta com relação a bens. a) O entendimento sumulado pelo STF é no sentido de que, em regra, o adquirente de imóvel responde pelas benfeitorias realizadas pelo locatário. b) A lei veda a instituição de bem de família por um dos cônjuges sem a outorga do outro. c) A proteção dos bens corpóreos e dos incorpóreos pode ser realizada por meio de tutela possessória. d) A infungibilidade de um bem pode decorrer da manifestação de vontade da parte. e) Os produtos são acessórios produzidos com periodicidade, e sua retirada não prejudica a substância da coisa principal. 4. (CESPE – 2015- TJ-DF-Juiz de Direito Substituto) A respeito dos bens, assinale a opção correta à luz da jurisprudência pertinente. a) Os bens naturalmente divisíveis não se podem tornar indivisíveis. b) É possível a cobrança de retribuição pecuniária pelo uso comum dos bens públicos. c) Considera-se bem infungível a produção agrícola tanto de pessoa física quanto de pessoa jurídica. d) Com a abertura da sucessão, a herança incorpora-se ao patrimônio do herdeiro na qualidade de bem imóvel divisível. e) São considerados bens imóveis os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações. 5. (CESPE – 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Roberto, juntamente com sua família, ocupou, cercou e construiu uma casa, um curral e um pequeno lago artificial em uma terra pública situada em área rural. O poder público, ao tomar ciência da ocupação, ajuizou ação de reintegração de posse. Em defesa, Roberto alegou que a posse se dera de boa-fé e que ele já havia feito um pedido administrativo requerendo a regularização da propriedade. O réu ainda alegou que, caso o pedido do poder público fosse procedente, ele deveria ser indenizado pelas benfeitorias erigidas, com direito de retenção. A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta.

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a) Com exceção do lago artificial, Roberto fará jus a indenização pelas demais benfeitorias erigidas no imóvel. b) Roberto terá direito à indenização pela casa, mas lhe será descontado o valor correspondente ao tempo de permanência no imóvel. c) O direito de retenção pelas benfeitorias necessárias não poderá ser deferido. d) A posse não pode ser considerada de má-fé, o que torna indenizáveis as benfeitorias úteis e necessárias feitas por Roberto. e) A indenização pelo curral depende de prova de utilidade pelo poder público após a retomada do imóvel Gabarito

1 – Errado

2 – D

3 – D

4 – B 5 – C

6. NEGÓCIO JURÍDICO 1. (FCC - 2014 - TJ-CE - Juiz)Praticado um ato jurídico de objeto lícito, mas cujo exercício, levado a

efeito sem a devida regularidade, acarreta um resultado que se considera ilícito (FRANÇA, R. Limongi. Instituições de Direito Civil. 4. ed., Saraiva, 1991, p. 891), pode-se afirmar que o agente a) cometeu ato ilícito que só pode determinar indenização por dano moral. b) incorreu em abuso do direito. c) praticou ato ilícito, mas que não pode implicar qualquer sanção jurídica. d) realizou negócio nulo. e) realizou negócio anulável. 2. (CESPE-2015-TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais) A respeito das pessoas naturais e jurídicas, dos fatos e negócios jurídicos e do disposto na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue o seguinte item. A renúncia realizada no contexto de um negócio jurídico deve ser interpretada de maneira estrita. 3. ( CESPE-2015 - TJ-PB - Juiz Substituto) Acerca da interpretação dos negócios jurídicos e do princípio da boa-fé objetiva, assinale a opção correta. a) A boa-fé objetiva limita os direitos subjetivos e constitui fonte de obrigação aos contratantes, de forma a estabelecer deveres implícitos que não estão previstos expressamente no contrato. b) Os negócios jurídicos que estabeleçam benefício devem ter interpretação ampla. c) De acordo com o Código Civil de 2002, não é permitido que o silêncio de um dos participantes seja interpretado como caracterizador de concordância com o negócio. d) A boa-fé objetiva importa para a interpretação dos contratos, mas não pode ser fundamento para relativização da força obrigatória das avenças. e) O negócio jurídico celebrado com reserva mental de um dos contratantes, com ou sem conhecimento do outro, deve ser considerado inexistente.

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4. (FGV – 2016 - CODEBA - Analista Portuário - Advogado) Mariana está internada em hospital da rede particular de saúde em estado grave. Rodrigo, seu pai, promete recompensa de R$ 100.000,00 à equipe médica, caso a sua filha seja curada. Operada a cura, os médicos reivindicam o pagamento da recompensa prometida. Assinale a opção que indica o vício que contaminou essa manifestação de vontade. a) Estado de perigo. b) Lesão. c) Erro. d) Fraude contra credores. e) Dolo por omissão. 5. (FGV – 2015 -TJ-PI - Analista Judiciário - Analista Administrativo) Pietra negocia a compra de um veículo pertencente a Bruna. Antes do ajuste, levam o carro a uma oficina mecânica. Camila, mecânica de veículos automotores, avalia o estado do carro e, deliberadamente, por ser desafeto de Pietra, informa que o carro está em excelente condição, embora tal informação não corresponda à realidade. O veículo apresenta uma série de defeitos mecânicos conhecidos de Bruna e falseados por Camila. A hipótese narrada configura: a) erro essencial quanto à qualidade do veículo, o que autoriza a anulação do negócio jurídico; b) lesão, pois se trata de contratação desproporcional em razão de inexperiência; c) erro acidental quanto aos atributos do carro, o que autoriza a correção dos valores; d) simulação, pois se trata de negócio eivado de nulidade em razão da ação do terceiro; e) dolo principal, que, ainda que praticado por terceiro, autoriza a anulação. Gabarito

1 – B

2 – Certo

3 – A

4 – A

5 – E

PARTE ESPECIAL

1. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 1. (FGV – 2016 - Prefeitura de Cuiabá – MT - Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal) Joana firmou contrato com Virginia obrigando-se a entregar-lhe um vestido. Antes da tradição, porém, Joana utilizou o vestido em uma festa e derrubou vinho sobre ele, manchando o vestido. Diante dessa situação, Virginia poderá: a) aceitar o vestido, ou o equivalente em dinheiro, desde que renuncie às perdas e danos. b) postular somente o equivalente em dinheiro, desde que renuncie ao recebimento do vestido. c) aceitar o vestido, ou o equivalente em dinheiro, além de postular perdas e danos. d) apenas postular perdas e danos. e) aceitar o vestido, apenas, desde que renuncie às perdas e danos.

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2. (CESPE - 2015 - DPU - Defensor Público Federal de Segunda Categoria Supondo que duas partes tenham estabelecido determinada relação jurídica, julgue o item. Extinta a relação jurídica por culpa de uma das partes, a outra parte poderá pleitear indenização em face do que lucraria em investimento financeiro de risco com a manutenção da relação jurídica desfeita. 3. (CESPE – 2015-TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) A respeito do inadimplemento das obrigações, assinale a opção correta. a) A redução da cláusula penal quando a obrigação principal tiver sido cumprida em parte deve-se dar no percentual de dias cumpridos do contrato. b) Se, devido a mora do devedor, a prestação não for mais de interesse do credor, este poderá rejeitá-la e exigir a satisfação das perdas e dos danos. c) Devido a obrigação proveniente da prática de ato ilícito, o devedor será considerado em mora desde o ajuizamento da ação indenizatória. d) Devido ao fato de a obrigação principal e a multa compensatória terem naturezas diversas, a cobrança desta não impede que o credor exija o cumprimento daquela. e) Em caso de inexecução involuntária do contrato, o inadimplente pode ser compelido a pagar as perdas e os danos se tiver se responsabilizado pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou de força maior. 4. (CESPE-2015-TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Conhecimentos Gerais) Acerca da prescrição, da decadência, das obrigações e da responsabilidade civil, julgue o item que se segue. O autor de ato ilícito que resulte em obrigações é considerado em mora a partir do momento em que pratica o ato. 5. (CESPE-2015 -TJ-PB-Juiz Substituto) André e Bernardo, filhos de Carla e Daniel, obrigaram-se solidariamente perante Eduardo e Fernando a entregar-lhes dez sacas de café em dezembro de 2014. No entanto, por problemas na colheita, André e Bernardo ficaram impossibilitados de cumprir com a entrega das sacas. Para ajudar seus filhos, como proposta, Carla e Daniel obrigaram-se solidariamente a dar quarenta sacas de milho em substituição à antiga obrigação. Eduardo e Fernando aceitaram a proposta e, assim, adimpliram a dívida de André e Bernardo. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta no que se refere à teoria das obrigações. a) A existência de solidariedade ativa permite que Eduardo oponha a Fernando exceção pessoal que tenha em relação a André. b) Na obrigação da entrega das dez sacas de café, a solidariedade de André e Bernardo é presumida, não havendo necessidade de que ela seja constituída por um ato de vontade das partes. c) Caso houvesse a conversão em perdas e danos, o vínculo de solidariedade de André e Bernardo deveria ser afastado, de forma que Eduardo e Fernando só poderiam exigir de cada devedor a metade do valor total. d) O acordo de Eduardo e Fernando com Carla e Daniel, que substituiu a obrigação da entrega das dez sacas de café pela entrega de quarenta sacas de milho, independe da concordância de André e Bernardo. e) Caso Eduardo venha a falecer, cada um de seus herdeiros poderá exigir de Carla e Daniel as quarenta sacas de milho.

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Gabarito

1 – C

2 – Errado

3 – E

4 – Certo

5 – D

2. DIREITO DOS CONTRATOS: TEORIA GERAL DOS CONTRATOS 1. (CESPE-2015-TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Julgue o próximo item, referentes à interpretação da lei, aos direitos da personalidade, à validade dos negócios jurídicos e à prova. No âmbito contratual, o princípio geral da boa-fé objetiva permite interpretação extensiva dos pactos firmados, e é aplicado inclusive no que diz respeito a relações pré-contratuais, o que garante a validade de normas de conduta implícitas. 2. (FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) Em relação ao enriquecimento sem causa, examine o quanto segue: I. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. II. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido. III. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir. IV. Caberá a restituição por enriquecimento, ainda que a lei confira ao lesado outros meios para se ressarcir do prejuízo sofrido. Está correto o que consta APENAS em a) I, III e IV. b) I, II e IV. c) II, III e IV. d) I, II e III. e) I e III. 3. (CESPE – 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) No que se refere à teoria da imprevisão prevista no Código Civil, assinale a opção correta. a) Mesmo quando comprovada a imprevisibilidade do evento, o enriquecimento sem causa de uma parte em detrimento da outra, em função desse evento, não é requisito essencial à extinção do contrato. b) Será afastada a aplicabilidade dessa teoria se assim estiver expressamente estipulado em contrato de execução continuada ou diferida. c) Os efeitos da sentença que extinguir o contrato retroagirão à data da citação, e não à data do evento imprevisível que tiver dado causa à extinção do contrato. d) A referida teoria não pode ser utilizada pelo devedor quando se tratar de evento que afete contrato unilateral pelo qual ele assumiu obrigações. e) A teoria da imprevisão pode dar causa à redução da prestação da parte prejudicada pelo acontecimento, mas não pode ser utilizada para modificar as condições do contrato.

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4. (FCC – 2015 - TJ-PE-Juiz Substituto) Considere o seguinte texto de Miguel Maria de Serpa Lopes: Da estrutura jurídica da EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS -Como a própria

denominação o indica, a exceptio non ad. contractusconstitui uma das modalidades das

exceções substanciais. Pertence à classe das exceções dilatórias, segundo uns, embora

outros a entendam pertinente à categoria das exceções peremptórias. Como quer que seja,

convém assinalar, antes de tudo, que a ex. n. ad. contractusparalisa a ação do autor ante a

alegação do réu de não ter recebido a contraprestação que lhe é devida, estando o

cumprimento de sua obrigação, a seu turno, dependente do adimplemento da prestação do

demandante (in Exceções Substanciais: Exceção de contrato não cumprido (Exceptio non

adimpleti contractus) -p. 135 - Livraria Freitas Bastos S/A, 1959). Por isso, o autor pode concluir que ela só encontra e só pode encontrar clima propício, a) em qualquer modalidade de contrato consensual. b) onde não existir uma vinculação bilateral. c) onde houver uma vinculação sinalagmática. d) nos contratos unilaterais. e) nos contratos reais. 5. (FUNDATEC – 2015 -PGE-RS - Procurador do Estado) Em relação aos contratos, analise as seguintes assertivas: I. Nos contratos civis, podem as partes, de forma expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção. II. Em contratos de adesão, são consideradas inválidas as cláusulas que estipulem renúncia antecipada do aderente a direito resultante da própria natureza do negócio jurídico. III. Descabe, por disposição de última vontade, ao que estipula em favor de terceiro reservar-se o direito de substituição do terceiro designado no contrato. IV. Exceto quanto à forma, o contrato preliminar deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. Quais estão corretas? a) Apenas I e II. b) Apenas I e IV. c) Apenas I, II e III. d) Apenas I, II e IV. e) Todas as assertivas estão corretas. Gabarito

1 – Certo

2 – D

3 – C

4 – C

5 – D

3. CONTRATOS EM ESPÉCIE 1. (CESPE - 2015 - DPE-PE - Defensor Público)A respeito da responsabilidade civil, da posse, do usufruto, do contrato de locação e das práticas comerciais no âmbito do direito do consumidor, julgue o item que se segue.

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Se um contrato de locação de imóvel urbano residencial for estipulado com prazo de duração de trinta e seis meses, findo esse prazo, deverá o locador notificar o locatário para que se opere a resolução do contrato. 2. (FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho Substituto) Fernanda contratou serviços de consultoria de moda, sem vínculo trabalhista, a serem prestados pessoalmente por Cibele, que não é empresária, pelo prazo de seis anos. Passados exatos dois anos, e sem motivo, Cibele foi despedida, nada lhe sendo pago, exceto pelos serviços até então prestados. Neste caso, tendo em conta as regras do Código Civil, Cibele tem direito a receber a) o equivalente ao que receberia durante um ano de serviço. b) o equivalente a um mês do que recebia por ano de serviço prestado. c) o equivalente ao que receberia durante seis meses de serviço. d) integralmente o que receberia até o termo final do contrato. e) metade do que receberia até o termo final do contrato. 3. (CESPE-2015-TJ-PB-Juiz Substituto) No que se refere a contrato de empreitada, assinale a opção correta. a) Na empreitada mista, a responsabilidade do empreiteiro refere-se à solidez e segurança do trabalho realizado em razão dos materiais utilizados, excluídos os problemas de solidez decorrentes do solo. b) Desde que o contrato de empreitada e o projeto sejam escritos, o dono da obra não é obrigado a pagar ao empreiteiro por aumentos e acréscimos que, mesmo que não ignorados por ele, não foram autorizados por escrito. c) Salvo se ajustado em consideração às qualidades pessoais do empreiteiro, o contrato de empreitada não se extingue com a morte de qualquer um dos contratantes. d) No silêncio do contrato, a presunção é de que o empreiteiro contratado utilizará seu próprio material na obra. e) A empreitada de mão de obra caracteriza-se pela relação de subordinação do empreiteiro com o dono da obra. 4. (CESPE-2015-TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) A respeito da transação, do mandato, da empreitada, da prestação de serviço e do pagamento indevido, assinale a opção correta. a) Ainda que o empreiteiro forneça os materiais para a execução de determinada obra, a responsabilidade pelos danos causados nos prédios vizinhos será solidária com o proprietário da obra. b) A nulidade de uma cláusula constante de transação realizada para dirimir dúvida não contamina todo o ato. c) É considerada não escrita a cláusula pela qual o mandatário assume a obrigação de não renunciar ao mandato. d) O contrato de prestação de serviços celebrado por tempo superior ao permitido em lei deve ter sua nulidade decretada com efeitos ex nunc. e) Para dar ensejo à repetição do indébito, o erro pode ser de fato ou de direito, mas não pode ser grosseiro. 5. (UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor Público) Assinale a alternativa correta acerca dos Contratos no Direito Civil. a) A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso ou lhe diminuam o valor. Assim, o doador, no caso de doação pura e simples, não está sujeito às consequências do vício redibitório.

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b) Em razão dos princípios da isonomia e da conservação do contrato, a interpretação dos contratos de adesão não deve favorecer a qualquer das partes contratantes, mesmo no caso de existirem cláusulas ambíguas ou contraditórias, as quais serão consideradas nulas. c) É inválido, se firmado por documento particular, o contrato de compra e venda de imóvel com valor equivalente a vinte e cinco vezes o maior salário-mínimo vigente no País. d) O alienante, mesmo de boa-fé, responde pela evicção, não sendo possível a exclusão, por disposição contratual, da responsabilidade pela perda da coisa. e) O distrato, que irradia efeitos ex tunc, corresponde à resilição bilateral do contrato, e faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Além disso, é imprescindível à cessação dos efeitos do contrato, mesmo que este já tenha sido integralmente cumprido. 6. (FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor Público) Sobre contratos, assinale a alternativa INCORRETA a) O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo por meio da notificação resilitória, ficando obrigado, porém, por todos os efeitos durante sessenta dias após ciência do credor. b) Se o segurado fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao prêmio vencido. c) O passageiro tem direito a desistir do transporte, mesmo depois de iniciada a viagem, sendo-lhe devida a restituição do valor correspondente ao trecho não utilizado, desde que prove que outra pessoa tenha sido transportada em seu lugar. d) A compra ou cessão de crédito realizada por servidor público de bens ou direitos da pessoa jurídica a que servir, mesmo que em hasta pública, pode ser anulada por qualquer interessado. Gabarito

1 – Errado

2 – A

3 – C

4 – A

5 – A

6 – D

4. RESPONSABILIDADE CIVIL 1. (CESPE - 2015 - DPU - Defensor Público Federal de Segunda Categoria Supondo que duas partes tenham estabelecido determinada relação jurídica, julgue o item. Extinta a relação jurídica por culpa de uma das partes, a outra parte poderá pleitear indenização em face do que lucraria em investimento financeiro de risco com a manutenção da relação jurídica desfeita. 2. (VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Público) Marcelo, menor de idade, utilizou o carro de seus pais, sem anuência destes, para ir a uma festa. Marcelo convenceu seu amigo Ricardo, igualmente menor de idade, a ir com ele, argumentando que sabia dirigir e seus pais emprestaram o carro. No caminho da festa, Marcelo bruscamente colidiu o veículo e seu amigo

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Ricardo ficou gravemente ferido, sendo submetido a extenso trata mento para recuperação de sua plena saúde. Sob o prisma da responsabilidade civil, é correto afirmar que a) os pais de Marcelo não têm responsabilidade pelo ato de seu filho, na medida em que não autorizaram a utilização do veículo. b) Ricardo e sua família não terão direito a indenização pelos gastos com o tratamento, pois Ricardo conhecia a circunstância de que seu amigo não possuía idade e habilitação para dirigir. c) os pais de Marcelo deverão indenizar Ricardo e sua família pelos gastos com o tratamento, independentemente da apuração de culpa. d) os gastos com o tratamento deverão ser igualmente repartidos 3. (CESPE-2015-TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Juliana faleceu aos oito anos de idade, após ter sido atropelada por um veículo oficial do Ministério da Fazenda. Os pais da criança, pessoas humildes e de baixa renda, ajuizaram ação contra a União, requerendo indenização por danos materiais consistentes no pagamento de pensão mensal. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) A pensão mensal será devida aos pais da vítima a partir do dia em que esta completaria quatorze anos de idade. b) A pensão mensal no valor de dois terços do salário mínimo será devida aos pais da vítima desde a data do falecimento desta. c) A pensão mensal arbitrada somente deixará de ser paga quando ocorrer o óbito dos pais da vítima. d) Gratificação natalina e décimo terceiro salário não farão parte da pensão fixada a título de indenização. e) A pensão mensal no valor de um terço do salário mínimo será devida aos pais da vítima desde a data do evento danoso. 4. (FGV – 2015-TCE-RJ - Auditor Substituto) Pedro teve seu táxi atingido pelo caminhão da Sociedade Transvelocidade S.A. no dia 10 de dezembro de 2010. Esgotadas as tentativas de acordo, Pedro propôs ação de indenização em 25 de maio de 2015. Sobre o caso, é correto concluir que: a) embora o abalroamento constitua um ato ilícito, a pretensão de indenização está prescrita; b) o direito potestativo à indenização decai em cinco anos, a contar da data do fato; c) são imprescritíveis as consequências civis dos acidentes de trânsito, ainda que as multas administrativas tenham caducado; d) constitui abuso de direito a exigência de lucros cessantes, decorrentes do fato narrado; e) o prazo prescricional ficou suspenso enquanto as partes negociaram o acordo frustrado, devendo o juiz conceder a indenização dos danos comprovados. 5. (FGV – 2015 - TJ-PI - Analista Judiciário - Analista Administrativo) O Jornal ZY divulgou em sua página da internet a notícia de que Erínia, por vingança, havia matado sua enteada de três anos. Entretanto, a foto divulgada, por erro da edição do jornal, não era da criminosa, mas de Angélica, professora do ensino infantil. No plano Civil, o caso narrado revela a ocorrência de: a) erro escusável quanto à identidade de Angélica, que não foi percebido pela edição do jornal; b) ato ilícito, que causou danos a Angélica em razão da conduta culposa dos editores do jornal; c) ato abusivo, pois diante do equívoco cometido, a conduta desviou-se do seu propósito informativo; d) ato abusivo, pois sem a autorização de Erínia a edição não tinha poderes para veicular a notícia; e) ato ilícito, embora não haja causação de danos a Angélica, pois a notícia referia-se a Erínia.

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Gabarito

1 – Errado

2 – C

3 – A

4 – A

5 – B

5. DIREITOS REAIS 1. (FCC - 2014 - TJ-AP - JuizSobre a posse e os direitos do possuidor, é correto afirmar: I. O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter- se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. II. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia. III. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. IV. As benfeitorias não se compensam com os danos e não dão direito ao ressarcimento mesmo quando não mais existirem ao tempo da evicção. V. Considera-se possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro conserva a posse em nome deste e em cumprimento de suas ordens ou instruções. Está correto o que consta APENAS em a) III, IV e V. b) I, II e III. c) I, IV e V. d) II, III e IV. e) II, III e V. 2. (CESPE – 2015-TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) A respeito da posse, da propriedade, da hipoteca e da responsabilidade civil, julgue o item seguinte. Se, mediante esbulho, João tirar de Carlos a posse sobre um imóvel rural, João não terá, nessa situação hipotética, posse exclusiva, mas posse nova, haja vista que, nesse caso, a precariedade não se convalida. 3. (CESPE-2015 - TJ-PB - Juiz Substituto) Com base no Código Civil e à luz da jurisprudência dominante do STJ, assinale a opção correta a respeito do direito das coisas. a) Associação de moradores constituída com o objetivo de defesa e preservação de interesses comuns da respectiva área habitacional pode cobrar cotas condominiais do proprietário, ainda que este não seja seu associado, conforme jurisprudência prevalente do STJ. b) Na usucapião tabular, o lapso temporal para aquisição da propriedade é de dez anos. c) A cessação dos atos de posse e o não pagamento dos ônus fiscais relativos ao bem resultam em presunção relativa de abandono do imóvel urbano. d) No constituto-possessório, subentende-se a tradição quando o transmitente continua na posse do bem.

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e) É do promitente vendedor a responsabilidade pelo pagamento das obrigações condominiais, independentemente da efetiva imissão, na posse, pelo promitente comprador, até que seja registrado o compromisso de compra e de venda. 4. (CESPE-2015-TJ-DF-Juiz de Direito Substituto) De acordo com a jurisprudência do STJ, assinale a opção correta relativamente ao direito das coisas e ao direito das sucessões. a) O ato inter vivos de disposição patrimonial representado pela cessão gratuita da meação aos herdeiros constitui cessão de direitos hereditários, para a qual é dispensada a escritura pública. b) A acessão artificial configura modo de aquisição originária da propriedade imóvel, razão pela qual não é devida indenização ao possuidor que tenha semeado e plantado, ainda que de boa-fé, em terreno alheio. c) A jurisprudência considera que o instrumento de compra e venda configura justo título, apto a ensejar a declaração de usucapião ordinária, pois o promitente comprador tem o direito à adjudicação compulsória do imóvel independentemente do registro e, quando registrado, o compromisso de compra e venda passa a integrar a categoria de direito real pela legislação civil. d) A legislação civil não conferiu ao cônjuge sobrevivente, casado sob o regime de separação convencional, a condição de herdeiro necessário que concorre com os descendentes do cônjuge falecido. e) Caso sobrevenha descendente sucessível ao testador, o qual não era conhecido quando da elaboração do ato, não será possível o rompimento do testamento em todas as suas disposições, ainda que o referido descendente sobreviva ao testador. 5. (CESPE-2015-TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) A respeito da posse, da propriedade, da hipoteca e da responsabilidade civil, julgue o item seguinte. A hipoteca legal, que consiste em um favor concedido pela lei a certas pessoas, difere da hipoteca convencional por não depender de registro para ter eficácia erga omnes.

Gabarito

1 – B

2 – Errado

3 – D

4 – C

5 – Errado

6. DIREITO DE FAMÍLIA 1. (MPE-SP – 2015 - MPE-SP - Promotor de Justiça) Aponte a alternativa correta: a) O Ministério Público não intervém nas ações de adoção entre partes maiores e capazes. b) A adoção de pessoa maior e capaz, firmada na relação socioafetiva entre adotante e adotado, não depende de consentimento dos pais biológicos. c) No caso de adoção póstuma, o juiz poderá suprir a vontade não manifestada em vida, por procedimento ou documento próprio, pelo pai de criação do adotando maior. d) Em situações excepcionais, o marido poderá adotar a sua mulher, desde que comprovada em ação judicial a necessidade dessa providência.

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e) Na adoção conjunta entre partes maiores e capazes, a lei dispensa a prova do casamento civil ou da união estável dos adotantes. 2. (CESPE – 2015 - TJ-PB - Juiz Substituto) Com relação ao direito de família, assinale a opção correta à luz da jurisprudência dominante do STJ. a) O princípio da imutabilidade absoluta de regime de bens é resguardado pelo Código Civil de 2002. b) A separação de fato não põe fim ao regime matrimonial de bens. c) É admissível o levantamento do saldo de conta vinculada ao FGTS para a satisfação de crédito alimentar atual. d) A constituição de nova família, independentemente de alteração da possibilidade do alimentante, é causa suficiente para a revisão do valor da prestação de alimentos prestados aos filhos havidos na união anterior. e) O curador é competente para fixar a sua remuneração pela administração do patrimônio do interdito. 3. (CESPE -2015- TJ-DF-Juiz de Direito Substituto) De acordo com a jurisprudência do STJ, assinale a opção correta no que concerne ao instituto da união estável. a) Diante da inaplicabilidade de analogia com a legislação referente às relações estáveis heteroafetivas, é vedado o reconhecimento post mortem de união homoafetiva. b) Apesar de não estar previsto no Código Civil, o companheiro supérstite tem o direito real de habitação sobre o imóvel de propriedade do falecido onde o casal residia. c) É permitida a alienação de bem imóvel adquirido na constância de união estável independentemente da autorização de um dos companheiros. d) Em uma eventual ação de alimentos que seja posterior à dissolução de união estável homoafetiva, é juridicamente impossível o pedido de alimentos formulado pelo ex-companheiro. e) Caso um senhor, convivente em união estável, preste fiança sem a outorga uxória de sua companheira, tal fiança será nula. 4. (PUC-PR -2015 - PGE-PR - Procurador do Estado) No Direito de Família brasileiro contemporâneo, em que convivem inovação e tradição, pode-se afirmar CORRETAMENTE que: a) Ante o rechaço da prisão civil do devedor de alimentos em importantes documentos internacionais, como o Pacto de São José da Costa Rica, há uma tendência de amenização desta medida extrema. Isto pode ser constatado pela dilação do prazo de justificativa do devedor de alimentos após sua intimação pessoal para pagamento do débito de 3 (três) para 10 (dez) dias. b) A Lei 13.058/2014, que alterou o Código Civil para disciplinar a guarda compartilhada dos filhos menores de casais separados, objetiva que o tempo de convivência com os filhos seja dividido de forma equilibrada entre pai e mãe. Isso se alcança através da convivência e moradia alternadas durante os dias da semana, o que inviabiliza a aplicação da guarda compartilhada quando os pais moram em cidades diferentes. c) Em caso de resultado negativo do exame pericial de paternidade, aquele que pagou alimentos gravídicos por força de decisão judicial tem pretensão de ressarcimento contra a autora da ação porque esta responde objetivamente pelos danos causados ao réu. d) Um dos genitores, que não possua a guarda do filho menor, pode requerer judicialmente a guarda compartilhada. Se deferida pelo juízo, poderá subsistir o seu dever de pagamento de pensão alimentícia, porque a divisão proporcional dos gastos na criação dos filhos subordina-se à medida das condições financeiras de cada um dos pais. e) Se houver a revogação da doação de descendente a ascendente por liberalidade tanto do doador quanto do donatário, mediante acordo mútuo das partes, haverá possibilidade de

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restituição do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos) recolhido. 5. (FCC – 2015 - TJ-GO - Juiz Substituto) Depois de divorciar-se, Jorge foi obrigado, por decisão transitada em julgado, a pagar alimentos mensais a Ricardo, seu filho, então com 8 anos. Os alimentos jamais foram pagos. Ao completar 18 anos, Ricardo ajuizou ação contra Jorge, pugnando pelo pagamento dos alimentos vencidos nos 10 anos anteriores ao ajuizamento da ação. Jorge, por sua vez, contestou alegando apenas prescrição da totalidade da pretensão. Durante a menoridade, Ricardo permaneceu sob a guarda da mãe. Logo após o divórcio, Jorge contraiu novas núpcias. A pretensão de Ricardo deve ser a) acolhida em parte, pois o prazo prescricional passou a fluir no dia seguinte em que Ricardo completou 16 anos, tornando-se relativamente incapaz, o qual possui ação regressiva contra o assistente que deu causa à prescrição. b) desacolhida, pois, com o divórcio, extingue-se o poder familiar em relação ao cônjuge que não detém a guarda. c) integralmente acolhida, pois não corre a prescrição durante o poder familiar. d) desacolhida, pois, com a constituição de nova família, extingue-se o poder familiar quanto ao filho do relacionamento anterior. e) integralmente acolhida, pois não corre a prescrição contra o absolutamente incapaz. Gabarito

1 – B

2 – C

3 – B

4 – D

5 – C

7. DIREITO DAS SUCESSÕES 1. (FCC - 2014 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Juiz do Trabalho Substituto)João, pretendendo dispor de seus direitos hereditários, equivalentes a 100 salários mínimos, decorrentes do falecimento de seu pai, e não tendo os demais herdeiros interesse na sua aquisição, para cedê-los a um estranho, a) poderá realizar o negócio verbalmente, porque os bens não alcançaram valor superior a 100 salários mínimos. b) deverá realizar o negócio por escritura pública. c) deverá realizar o negócio por instrumento particular, porque é insuscetível de escritura pública a cessão de direitos sobre bens móveis ou imóveis. d) poderá realizar o negócio por instrumento público ou particular. e) poderá realizar o negócio por instrumento particular, se todos os bens forem móveis, mas se houver um imóvel entre os bens, será necessária escritura pública. 2. (CESPE-2015-TJ-PB-Juiz Substituto) No que se refere à exclusão da herança por indignidade, assinale a opção correta. a) A reabilitação, em testamento ou em outro ato autêntico, é ato personalíssimo do ofendido.

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Direito Civil em Síntese Cristiano Sobral

Atualização da 1ª edição

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b) O rol das causas enumeradas na lei civil para exclusão da herança por indignidade é exemplificativo –numerus apertus. c) O ato infracional equiparado ao homicídio doloso praticado por menor de dezoito anos de idade contra ascendente não é causa de indignidade hábil à exclusão da herança. d) Como os efeitos da sentença que decreta a indignidade são pessoais, o excluído terá direito ao usufruto e à administração dos bens que couberem a seus filhos. e) O direito de demandar a exclusão do herdeiro extingue-se em quatro anos, contados a partir da data em que ocorrer o fato objeto da indignidade. 3. (CESPE-2015-TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) A respeito de aspectos diversos do direito civil brasileiro, cada item apresenta uma situação hipotética, seguida de assertiva a ser julgada. Márcia, casada com Tito e proprietária de grande fortuna, faleceu por causas naturais. Nessa situação, Tito poderá administrar a herança até que um inventariante seja nomeado pelo juiz. 4. (FCC – 2015 - TJ-RR - Juiz Substituto) Na sucessão de colateral, não existindo outros parentes que prefiram na ordem da vocação hereditária, mas havendo do de cujus a) sobrinho neto e primo-irmão, a herança será atribuída somente ao primo-irmão. b) sobrinho-neto, tio-avô e primo-irmão, a herança será partilhada entre eles, por estirpe. c) tio e sobrinho, a herança será dividida entre eles. d) tio e sobrinho, a herança será atribuída apenas ao tio. e) sobrinho-neto, tio-avô e primo-irmão, a herança será partilhada entre eles, por cabeça. 5. (FCC – 2015 - TJ-PE - Juiz Substituto) Antônio, que possui três filhos, foi condenado criminalmente pelo Tribunal do Júri, por tentativa de homicídio contra seu pai, Serafim, que possui outro filho. Nesse caso, Antônio a) não poderá ser admitido a suceder nos bens deixados por morte de Serafim, ainda que este o tenha expressamente reabilitado em testamento, porque a sentença criminal o impede de suceder. b) será excluído da sucessão de Serafim, independentemente de demanda de exclusão, porque a condenação criminal a supre, e os bens que lhe caberiam serão distribuídos, em partes iguais, entre os filhos e o irmão de Antônio. c) será excluído da sucessão de Serafim, desde que procedente demanda de exclusão, e os bens que lhe caberiam serão destinados aos filhos do excluído, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão d) poderá ser deserdado, mas não excluído da sucessão de Serafim, porque o crime se deu na modalidade tentada. e) será excluído da sucessão de Serafim, desde que procedente demanda de exclusão, e os bens que lhe caberiam serão destinados ao irmão de Antônio. Gabarito

1 – B

2 – A

3 – Certo

4 – E

5 – C