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Aulas 01 à 09 de Direito Adm

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    OAB XIX EXAME 1 FASE Direito Administrativo Aulas 01 a 09

    Matheus Carvalho

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    DIREITO ADMINISTRATIVO. REGIME JURDICO. - Confere prerrogativas (Princpio da Supremacia do Interesse Pblico sobre o Particular) e restries (Perece da Indisponibilidade do Interesse Pblico) - So os SUPERPRINCPIOS, dos quais decorrem os outros Princpios. - Garrido Falla: Denomina tal circunstncia de o Binmio do direito administrativo (prerrogativas e sujeies). Maria Sylvia chama de Bipolaridade do Direito Administrativo. Princpios decorrentes desses 02 (dois) Princpios (SUB-PRINCPIOS). Art. 37, caput, da CF: Princpios Constitucionais da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia. LEGALIDADE. A Administrao Pblica s pode atuar conforme a lei, todas as suas atividades esto subordinadas aos comandos legais. Diferentemente da Legalidade no mbito do Direito Civil, onde o que no est proibido est permitido (art.5, II, CF). Por outro lado, na Legalidade Administrativa, o administrado s atuar com prvia autorizao legal, sem a qual a Administrao no pode agir. IMPESSOALIDADE (art. 37, 1, da CF). A Administrao Pblica tem que agir objetivamente em prol da coletividade. Os atos de pessoalidade so vedados, o exerccio da atividade administrativa atribuio da Administrao e a ela so imputadas todas as condutas dos agentes pblicos. Teoria do Servidor (agente pblico de fato). - As publicidades da Administrao no podero conter nomes de administradores ou gestores, sero meramente informativas, educativas ou de orientao social. OBS: O Novo CPC, define que a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico gozaro de prazo em dobro para todas as manifestaes processuais, a partir da sua vista dos autos. MORALIDADE. Maurice Hauriou, 1927: noo de Administrao proba, a Moralidade Administrativa seria um conjunto de regras extradas da boa e til disciplina interna da Administrao. Representa um conjunto de valores que fixam um padro de condutas que deve ser observado na atividade administrativa, no sentido de que ela atue com retido de carter, tica, honestidade, decncia, lealdade, boa-f. - No basta que as atividades da Administrao estejam de acordo com a lei, essas atuaes tm que ser conduzidas com Lealdade, tica e Probidade.

    Art.5, LXXIII da CF/88 Ao Popular para controlar a Moralidade Administrativa dos agentes pblicos. PUBLICIDADE. Transparncia no exerccio da atividade administrativa. - Excees: Assuntos que tratem da segurana nacional; certos interesses sociais, ou de foro ntimo (privacidade, intimidade). EFICINCIA. Introduzido pela EC 19/98, antes j era Princpio Infraconstitucional. A atuao da Administrao deve ser: Rpida: Dinamismo, celeridade, descongestionar e desburocratizar.

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    Perfeita: Completa, satisfatria. Rentvel: tima, mxima com menor custo. Outros Princpios da Administrao Pblica: Princpio da Finalidade Pblica. Finalidade Pblica Geral. Impe que a atuao administrativa seja sempre voltada coletividade, ao interesse pblico, nunca para atender interesses particulares. Finalidade Pblica Especfica. Determinados atos devem atingir fins especficos. Se este ato praticado para atingir outro fim que no seja o seu fim especfico, estar ferindo o Princpio da Finalidade Pblica (desvio especfico de finalidade). Princpio da Presuno de Legitimidade ou Veracidade dos Atos Administrativos. At que se prove o contrrio os atos da Administrao so legais e legtimos (presuno relativa, juris tantum). Sua ilegalidade ter que ser provada, e at que se prove os atos sero vlidos. Princpio da Auto-tutela (Constitucional). A Administrao tem prerrogativa de controlar sua prpria atuao para corrigir seus prprios atos. PODER anular o ato que ela mesma praticou, quando o ato estiver eivado de

    ilegalidade Smula 346, STF: A Administrao Pblica pode declarar a nulidade de seus prprios atos. A Administrao PODER invalidar seus prprios atos eivados de ilegalidade (dos quais no se originam direitos) e revogar atos por motivos de convenincia e oportunidade. Smula 473, do STF: A Administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornem ilegais, porque deles no se originam direitos, ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial. Em todos esses casos de invalidao e revogao, o Poder Judicirio poder ser provocado e dever apreciar os atos de invalidao e os de revogao. No entanto, a apreciao judicial restringe-se a aspectos formais, no havendo controle de mrito, pois no se pode apreciar a convenincia e oportunidade da revogao. Da o carter de no definitividade do autocontrole da Administrao, que no faz coisa julgada.

    Lei 9.784/99, art. 53 Processo Administrativo Federal: A Administrao DEVE ANULAR seus prprios atos, quando eivados de vcios de legalidade e PODE REVOG-LOS por motivos de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Princpio da Motivao. Em regra, a Administrao deve enunciar as razes que a levaram a expedir determinado ato. Incisos IX e X, do Estatuto da Magistratura: As decises administrativas no exerccio de funo atpica do judicirio devem ser fundamentadas. Entende-se por Motivo a razo de fato ou de direito que autorizou ou determinou a prtica de um ato. J a Motivao se trata da Exigncia de explicitao, de enunciao dos motivos.

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    Excees ao Princpio da Motivao: A Exonerao ad nutum, que se refere quela aplicvel aos ocupantes de cargo em comisso, prescinde de motivao. Entretanto, se a Administrao motivar ato que poderia no ser motivado, estar vinculada aos motivos que explicitou. Os motivos vinculam todo o ato, e se no forem respeitados, o ato poder ser apreciado pelo Judicirio (Teoria dos Motivos Determinantes). Ex. agente destitudo por improbidade, esta dever ser provada. Princpio da Proporcionalidade Ampla ou da Razoabilidade (STF). Os meios adotados pela Administrao, voltados a atingir determinados fins, devem se apresentar como: a) Adequados: deve lograr com sucesso a realizao do fim. b) Necessrios: entre os diversos meios igualmente adequados, a Administrao tem que optar pelo meio que menos restrinja o direito do administrado. c) Proporcionais, em Sentido Estrito (elemento da proporcionalidade ampla): a Administrao deve promover ponderao entre vantagens e desvantagens, entre o meio e o fim, de modo que haja mais vantagens que desvantagens, sob pena de desproporcionalidade do ato. Princpio da Continuidade. Estampado no art. 6, 1, da lei 8.987/95, define que a atuao administrativa deve ser ininterrupta. Ressalva 1 o servidor pblico tem direito de greve que ser exercido nos termos de lei especfica. Ressalva 2 o art. 6, 3, da lei 8.987/95, permite a interrupo do servio por razes de ordem tcnica e por motivo de inadimplemento do usurio em situaes de urgncia, ou se houver prvio aviso.

    *PODERES ADMINISTRATIVOS*

    CONCEITO. - Conjunto de medidas, meios ou instrumentos dos quais se valem os sujeitos da Administrao Pblica como necessrios ao desempenho de suas prprias atividades administrativas. - So Poderes Instrumentais utilizados como meios para satisfao do interesse pblico, enquanto dever da administrao, sem os quais a mesma no atuaria, eles so inerentes Administrao Pblica, nascem com ela (Poder-Dever). So Poderes Jurdicos, criados pelo Direito. Ao extrapolar o carter instrumental, ocorre abuso de poder. Abuso de poder se divide em excesso de poder e desvio de poder. Excesso de poder vcio de competncia. Desvio de Poder vcio de finalidade. PODER VINCULADO. Competncia vinculada expedir atos vinculados.

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    - Hely Lopes: Poder que a ordem jurdica confere Administrao para expedir atos de sua competncia, cujos elementos e requisitos j vm previamente estabelecidos por lei. Confere Administrao uma competncia para expedir atos vinculados ou regrados, no mbito dos quais a Administrao no goza de nenhuma liberdade administrativa, devendo expedi-los sem ponderaes. OBS: Alguns autores (Maria Sylvia) negam a autonomia desse Poder, sob o argumento de que ele s impe sujeies e limitaes Administrao, que no ter liberdade na prtica do ato. PODER DISCRICIONRIO. - A Ordem jurdica confere Administrao Pblica, na expedio de determinados atos, a possibilidade de se valer do juzo de convenincia e oportunidade na escolha do objeto e na avaliao dos motivos do ato praticado. - Concede Administrao certo espao, com possibilidade de ponderaes e escolhas na prtica do ato. Pode deliberar a respeito do motivo e do objeto do ato, quando a lei deixar alguns dos elementos para prtica de um ato para que a Administrao atue de forma mais livre, com possibilidade de tomada de mais de uma deciso.

    Competncia Sempre decorrente de lei, ato vinculado.

    Finalidade Sempre vinculada.

    Forma Quando prescrita em lei, ser vinculada.

    Motivo e Objeto Elementos deixados discricionariedade administrativa.

    - Entretanto, a Administrao deve adotar, dentre os vrios motivos e objetos possveis, o mais benfico. Nunca poder escolher qualquer objeto ou motivo. uma liberdade relativa, condicionada. OBS: O Judicirio pode fazer o controle de mrito, no de forma ampla, mas dentro do contexto dos princpios constitucionais. PODER HIERRQUICO. - Confere Administrao uma capacidade para ordenar, coordenar, controlar, corrigir, delegar (quando conveniente) e avocar suas funes. Este Poder estabelece a relao hierrquica entre rgos do mesmo mbito e escalo da Administrao e a diviso de competncias. Capacidade de Ordenar. Organizar as funes administrativas, distribuindo-as e escalonando-as entre os rgos e agentes pblicos, estabelecendo uma relao de subordinao entre eles. As ordens emanadas pelos rgos e agentes superiores devem ser cumpridas fielmente pelos seus inferiores, salvo se manifestamente ilegais (quebra do dever de obedincia infrao disciplinar, punida pela Administrao atravs de seu Poder Disciplinar). Capacidade de Coordenar. Coordenao, harmonizao das funes, internamente, quando a cargo do mesmo rgo administrativo. Capacidade de Controlar. Controlar o prprio desempenho dos agentes pblico, fazendo tambm com que sejam observadas as leis e instrues necessrias ao cumprimento das funes. Capacidade para Corrigir (AUTOTUTELA). Invalidar atos ilegais e revogar atos que no sejam mais convenientes e oportunos ao interesse pblico.

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    Capacidade para Delegar Atividade ou Funo Administrativa. Art. 12, da Lei 9.784/99, do Processo Administrativo Disciplinar. Poder haver quando for conveniente e no houver impedimento legal (delegar competncia para julgamento de recurso administrativo; para edio de atos normativos ou quando o ato deva ser praticado com competncia exclusiva), mesmo entre rgos de igual ou inferior escalo, mesmo que o rgo ou o agente delegado no sejam subordinados ao rgo ou agente delegante. A delegao regra, sendo sua proibio uma excepcionalidade. OBS: O responsvel pelo ato ser o agente que recebeu a delegao (delegado). Capacidade para Avocar. Art. 15, da Lei 9.784/99. o chamamento da competncia pela autoridade que no era, originariamente, competente para prtica ato, tirando a competncia da autoridade que assim o era. excepcional, s ser possvel quando permitida por lei. A autoridade avocante dever ser superior autoridade avocada. Deve ser justificada e temporria. O Poder Hierrquico est presente somente em mbito interno (poder de organizao interna). Entre os rgos da Administrao Direta e dentro dos prprios rgos da Administrao Indireta. No h Poder Hierrquico de rgo da Administrao Direta sobre rgo da Administrao Indireta, tampouco de uma entidade da Administrao Indireta sobre outra entidade da Administrao indireta, j que no h Poder Hierrquico no mbito externo. OBS: No controle de subordinao o que ocorre da Administrao Direta sobre a Indireta. um controle finalstico (incide sobre os fins e objetivos, nunca sobre os meios) para o qual foi criada a entidade da Administrao indireta: Tutela Administrativa. No mbito da Unio: superviso Ministerial (as entidades da Administrao indireta se vinculam a um Ministrio). PODER NORMATIVO (Gnero) Vale para todos os rgos da Administrao Pblica. Poder Regulamentar. atribudo exclusivamente s Chefias do Executivo para executarem fielmente a lei (regulamento de execuo), regular matria no reservada lei (regulamento autnomo) ou disciplinar internamente, em carter geral e abstrato, as atividades cometidas ao Executivo (regulamento administrativo). PODER DISCIPLINAR. Aplicao de penalidades a todos aqueles que possuam vnculo especial com o Poder Pblico, como os servidores pblicos e contratados pela Administrao. A aplicao das penalidades depende de respeito ao Devido Processo Legal, no qual sejam respeitados o Contraditrio e a Ampla Defesa. PODER DE POLCIA. - Conceito Amplo. Toda e qualquer atividade desempenhada pelo Estado e dirigida a se restringir as liberdades individuais. Alcana os Poderes Executivo e Legislativo. Mesmo uma lei que venha a restringir uma liberdade seria decorrente do Poder de Polcia. - Conceito Estrito. O Poder de Polcia toda atividade administrativa exercida pelas entidades, rgos e agentes da Administrao Pblica para limitar e condicionar o exerccio das liberdades individuais e o uso, gozo e disposio da propriedade, visando adequ-los e conform-los aos interesses pblicos e bem-estar geral da coletividade. um Poder de Polcia Administrativa. - Poder Jurdico, mera atividade administrativa (Ex. interdio de fbrica poluente). Objeto do Poder de Polcia. Um bem, direito ou atividade exercida pelo particular, sero limitados pelo Poder de polcia da Administrao que, entretanto, no poder abolir os direitos dos administrados, apenas limita-los de modo que no ponham a coletividade em risco. Motivo: Razo de fato ou de direito que enseja a atuao do Estado.

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    Manifestao: uma atividade administrativa manifestada atravs de atos com destinatrios indeterminados, gerais ou abstratos, individuais ou concretos; de preveno ou fiscalizao. O Poder de Polcia, em regra, discricionrio. No entanto, a Administrao no pode ficar inerte, tem que exerc-lo, tem o dever de responder, decidir a respeito dos pedidos do administrado. Na hiptese da Administrao manter-se inerte, esta inrcia poder ser apreciada pelo Judicirio. Excees: As licenas so atos vinculados quando o particular cumpre todos os requisitos. Atributos do Poder de Polcia. imperativo, coercitivo, impe restries mesmo sem a vontade do particular. Auto-Executvel, atributo sem o qual o Poder de Polcia ficaria esvaziado; Exigvel. Presuno juris tantum de Legitimidade (no pode haver abusos no Poder de Polcia). Delegao. O Poder de Polcia pressupe prerrogativas a particulares. Portanto, se um particular detivesse o Poder de Polcia haveria um desrespeito ao Princpio da Igualdade. Da porque, a doutrina entende que esse Poder indelegvel aos particulares. Exceo: Capites de navios e aeronaves; entidades da Administrao Indireta; agncias reguladoras; concessionrios, permissionrios, delegatrios, tambm o possuem, mas de forma mais restrita. OBS: Apenas os atos e atividades materiais que precedem (colocao de fotossensores) e que sucedem (a efetiva demolio de uma casa) o Poder de Polcia podem ser delegados. Sanes. Devem ser previstas expressamente em lei. As sanes prevem o resultado til do Poder de Polcia. Ex. Interdies, apreenses, demolies, multas. Setores do Poder de Polcia. Ex. Polcia Ambiental, Polcia Edilcia (SUCOM), INMETRO.

    *ORGANIZAO DA ADMINISTRAO*

    FORMAS DE PRESTAO DA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA. DESCONCENTRAO. Atividade distribuda dentro do prprio ncleo, da prpria Pessoa Jurdica. H hierarquia, subordinao. DESCENTRALIZAO. Por Outorga. O Poder Pblico transfere a titularidade mais a execuo do servio. S pode ser feita atravs de lei e para as Pessoas Jurdicas de Direito Pblico da Administrao Indireta. Delegao. Transfere somente a execuo do servio, o Poder Pblico mantm a titularidade. Pode ser feita a qualquer um (Administrao Direta, Indireta, particulares). Pode ser feita por: a) Lei (Legal). quando for para Pessoas Jurdicas de Direito Privado da Administrao Indireta (Empresas Pblicas, Sociedade de Economia Mista).

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    b) Contrato (contratual). quando a delegao for para particulares (concessionrias, permissionrias, organizaes sociais e todos que prestem atividade administrativa). ADMINISTRAO DIRETA (Decreto-lei 200/67). Ncleo da Administrao. Teoria do Mandato. O Estado transfere poderes a seus agentes atravs de um contrato de mandato. No serve porque o Estado no pode manifestar vontade, portanto, no pode celebrar contrato de mandato. Teoria da Representao. O Estado tratado como incapaz, por isso precisaria de um representante. No serve porque, no Brasil, o Estado responsvel por seus atos e de seus agentes, no incapaz. Teoria do rgo ou Teoria da Imputao (Hely Lopes). Utilizada no Brasil, o agente exerce o poder, manifesta a vontade do Estado em razo de um Poder Legal, decorre de uma previso legal. A vontade deve ser imputada ao rgo, no sendo imputada ao agente. RGO PBLICO. - Ncleo especializado de competncias que serve para prestao de atividade administrativa. No pode celebrar contrato. No tm Personalidade Jurdica, por isso no tem aptido para ser sujeito de direitos e obrigaes. Mas pode ir a juzo, desde que preenchidas duas condies (ir em busca de prerrogativas funcionais, sempre como sujeito ativo). Tem CNPJ. possvel a existncia de rgo pblico na Administrao direta e na indireta (Lei 9784/99). CLASSIFICAO. a) Quanto Posio Estatal: A Independentes. Gozam de independncia, esto no pice de cada um dos poderes. Ex. So as chefias de cada Poder: Presidncia, Cmara Municipal. BAutnomos. Esto subordinados, diretamente ligados aos rgos independentes. Ex. secretarias de Estado, Ministrios. C Superiores. Ainda possuem poder de deciso, mas esto subordinados aos rgos autnomos e aos independentes. Ex. Procuradorias. DSubalternos. No possuem poder de deciso, s executa o que foi mandado pelo rgo independente ou autnomo. Ex. zeladoria, almoxorifado. b) Quanto Posio Estrutural: ASimples. No possuem outros rgos agregados sua estrutura. Ex. Gabinetes. B Compostos. Possuem outros rgos agregados estrutura. Ex. Delegacia de Ensino- Escolas ligadas. c) Quanto Atuao Funcional: A Singulares. Compostos por um nico agente. Ex. presidncia, governadoria. B Colegiados. Compostos por vrios agentes. Ex. Assembleia Legislativa.

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    ADMINISTRAO INDIRETA: - Possuem Personalidade Jurdica Prpria. Aptido para ser sujeito de direitos e obrigaes, responsvel pelos prprios atos e os de seus agentes. No existe relao de hierarquia entre Administrao Direta e Indireta. - Patrimnio e Recursos Prprios, autonomia tcnica, financeira (decide como vai aplicar o dinheiro), administrativa. S no tem autonomia, nem capacidade legislativa. OBS. No mximo poder regular, complementar, disciplinar o que est previsto em lei. Formas de Controle: Interno. Feito pela prpria entidade da Administrao Indireta. Exterior. Poder Legislativo (CPIs e TCU); Poder Judicirio; pelos cidados, atravs da Ao Popular; Pelo Poder Executivo (superviso Ministerial, dirigentes escolhidos pelo Ministrio, receitas e despesas fiscalizadas, finalidades predeterminadas). AUTARQUIAS. Conceito. Pessoa Jurdica de Direito Pblico que serve para prestao de atividades tpicas do Estado, com autonomia administrativa, tcnica e financeira, mas sem capacidade legislativa. So criadas e extintas por lei ordinria especfica. Finalidade vinculada finalidade para a qual a lei a criou. No so criadas para visar o lucro. Atos e Contratos. a) Auto-Executveis, presuno de legitimidade, imperatividade, como qualquer outro ato administrativo. b) Contrato Administrativo regido pelo Direito Pblico, com clusulas exorbitantes. c) Necessidade de Licitao, mesmo para contratos regidos pelo Direito Privado. Responsabilidade Civil. a) Conduta + Dano + Nexo (sem necessidade de comprovao de culpa ou dolo). Ser Objetiva: quando houver ao por parte do Estado; Subjetiva: quando em razo de omisso do Estado, e a responsabilidade do servidor tambm ser subjetiva. b) OBS: Se a Autarquia no tiver patrimnio, o Estado responder de forma objetiva, subsidiariamente pelo Dano. c) Exceo: Nos Casos das PPPs, a Responsabilidade do Estado Solidria. Bens Autrquicos: So bens pblicos, segue regime de bens pblicos. a) Inalienabilidade relativa. Todos os bens pblicos so alienveis de forma condicionada. Para haver alienao, h um procedimento a ser seguido: (Desafetao- Autorizao Legislativa- Licitao). b) Impenhorabilidade: vedada a penhora, o arresto (bens indeterminados), o seqestro (bens determinados).

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    c) Impossibilidade de Onerao: O Bem Pblico no pode ser objeto de Direito Real de Garantia (O Penhor, a Hipoteca e a Anticrese so vedados). d) Imprescritveis (prescrio aquisitiva). Bens pblicos so insuscetveis de usucapio, nem do pr-labore, nem os bens dominicais. Regime de Precatrio (art. 100, CF). a) Documento atravs do qual, o Tribunal reconhece dbito com procedncia transitada em julgado. Os Precatrios constitudos at 01 de julho devem ser pagos no exerccio financeiro seguinte, se existir disponibilidade oramentria. Podem ser pagos em parcelamentos anuais (10 por ano). b) Cada Pessoa Jurdica tem a sua prpria fila, cada autarquia tem uma fila prpria. OBS: Alimentos: Obedecem ao Precatrio, mas tm fila prpria dentro da fila geral. Exceo: H um valor de 60 salrios mnimos, no qual a pessoa estar fora do precatrio. Privilgios Processuais. a) Prazo para recurso: prazo qudruplo, 60 dias. Contestao: prazo duplo, 30 dias. OBS: A partir da vigncia do Novo CPC, a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico gozaro de prazo em dobro para todas as suas manifestaes processuais, a partir da sua vista dos autos, no havendo mais disposies sobre prazos diversos. OBS: O Novo CPC, no seu art. 493, tambm aumentou o valor-limite estabelecido para o reexame necessrio (remessa), nos casos de condenaes dos Entes Pblicos, para mil salrios mnimos quando se tratar de Unio e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico, para quinhentos salrios mnimos em se tratando de Estado e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico e de cem salrios mnimos em se tratando de Municpios e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico. b) Duplo grau obrigatrio de Jurisdio, reexame necessrio: Se o processo no for submetido ao duplo grau obrigatrio, no haver coisa julgada. OBS: Quanto ao reexame necessrio, com a vigncia do Novo CPC os valores limites sofrero alteraes. Regime Tributrio. a) Imunidade Tributria Recproca somente quanto aos impostos. A imunidade no absoluta: restringe-se s finalidades especficas de cada Autarquia, previstas na sua lei de criao. As atividades complementares esto sujeitas aos impostos. b) OBS: H cobrana dos outros tributos. c) Procedimento Financeiro: Lei 4.320/64 (Lei de Finanas Pblicas) e LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). d) Regime de Pessoal (EC 19 aboliu o Regime jurdico nico):

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    A Estatutrio: Para titulares de cargo pblico (s nas Pessoas Jurdicas de Dir. Pblico). Preferencialmente, deve ser adotado o Regime Estatutrio, de cargo pblico. B Celetista: Para titulares de emprego pblico. CONSELHOS DE CLASSE (OAB, CRA, CRM, CRO). Antigamente. Natureza de Autarquia. Porm, a Lei 9.649/98, no art. 58, estabelece que os Conselhos de Classe possuem natureza de Pessoa Jurdica de Direito Privado. STF, ADIN n. 1717. Como os Conselhos de Classe tm como funo principal o Poder de Polcia, fiscalizando as atuaes profissionais, no podem ser considerados pessoas jurdicas de direito privado. Declarou inconstitucional o art. 58 da Lei 9.649/98, determinando que os Conselhos de Classe tero natureza de Autarquia. Concurso Pblico. Doutrina majoritria entende que o concurso pblico obrigatrio. Foro Competente. Smula 66, STJ: Justia Federal ou Vara da Fazenda Pblica. Anuidade: Natureza tributria, contribuio. Controle pelo Tribunal de Contas; Deve Obedecer a Lei 4.320/64 (Lei de Finanas). Exceo OAB: A contribuio da OAB no tem natureza tributria; No sofre controle do Tribunal de Contas e no deve obedincia Lei de Finanas Nacional. AUTARQUIAS DE REGIME ESPECIAL. Surgiram para conceituar as Universidades Pblicas, que tm mais autonomia e liberdade. Reitor: Tem prazo certo de mandato, s sair depois da expirao do mesmo. So escolhidos por eleio. No cargo de livre nomeao, nem de livre exonerao. OBS. Banco Central: autarquia comum, mas seu Presidente nomeado pelo Presidente aps prvia aprovao do Senado. AGNCIAS REGULADORAS (Espcie). a) Finalidade. Regular, fiscalizar, disciplinar, normatizar determinadas atividades. No atividade nova, antes era exercida diretamente pelo Estado. b) Capacidade Legislativa. No a tem, no podendo, de tal sorte, legislar. Tm o papel de complementar as leis, com normas tcnicas especficas de sua atuao. c) Regime Especial. Tm mais autonomia, liberdade normativa, liberdade econmica e financeira. d) Nomeao de Dirigentes. Presidente nomeia com prvia aprovao do Senado. investidura ou nomeao especial, porque depende de prvia aprovao do Senado. e) Mandato com Prazo certo e determinado. A lei de criao de cada autarquia de regime especial ir determinar o prazo do mandato (mximo. de 04 anos). OBS: J h projeto de lei querendo uniformizar o prazo: 04 anos para todas.

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    f) Vedao (Quarentena). Quando o dirigente sai do cargo, deve ficar 04 meses ou 01 ano (a depender da lei da autarquia especial) sem poder atuar na rea de atuao da agncia reguladora. g) Distines. AProcedimento Licitatrio. - Lei 9.472/97: em contrariedade ao disposto na Lei 8.666/93, cada agncia teria seu prprio procedimento licitatrio, previsto na sua lei de criao. Com modos especficos de licitao (Prego e Consulta). - STF, ADIN n. 1.668: Se a agncia reguladora autarquia, ter que seguir a Lei 8.666/93, deixando, entretanto, que elas tenham as modalidades especficas determinadas pela Lei 9.472/97, Prego e Consulta. - O Prego j tem a Lei 10.520/02, que o estendeu a todos os Entes, no sendo mais modalidade especfica das agncias reguladoras. Atualmente, a consulta, que ainda no tem lei lhe regulando, a modalidade especfica das agncias reguladoras. B Regime de Pessoal. - Lei 9.886/00. Regime Celetista, com contratao temporria. A doutrina j dizia que o regime da CLT s deveria ser adotado em situaes excepcionais, para funes subalternas ou para contrataes temporrias. -ADIN n. 2.310, STF. Declarou que no era hiptese para contratao temporria, que excepcional, e que, portanto, no deveria adotar o regime celetista. Declarou a Inconstitucionalidade das 02 regras: regime celetista e contratao temporria. - MP n. 155/03 Lei 10.871/04: Determinou o Regime Estatutrio, com concurso pblico, para todas as agncias reguladoras. Os que entraram por contratao temporria sairo depois de findo o tempo do contrato. h) Exemplos de Agncias. AANS; ANTT; ANTAQ; ANAC; ANP; ANA (bens pblicos); ANCINE (fomento). B Autarquias: ADA (Agncia de Desenvolvimento da Amaznia, substituiu a SUDAM), ADENE (Agncia de Desenvolvimento do Nordeste, substituiu a SUDENE) e AEB (Agencia Espacial); C Servios Sociais Autnomos: APEX, ABDI. OBS: CVM: deveria ser agncia reguladora, mas autarquia comum. AGNCIAS EXECUTIVAS. a) So autarquias ou fundaes pblicas que precisam ser modernizadas, e para isso fazem um planejamento para reestruturao. b) Contrato de Gesto. Celebrado entre uma autarquia ou fundao pblica e o Poder Pblico. Serve para dar mais autonomia ou recurso pblico. Ex: autarquia A contrato de gesto agncia executiva A.

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    c) O ttulo de Agncia Executiva temporrio. Findo o contrato de gesto, o ente que se tornou agncia executiva temporariamente voltar a ser autarquia ou fundao pblica. Ex. de agncia executiva: INMETRO. d) Liberdade Especfica (s para agncias executivas): Art. 24, pargrafo nico, da Lei 8.666/93: Dispensa de licitao. Regra geral: AValor de at 10% do convite (at R$ 150.000, se obras ou servios de engenharia; at R$ 80.000 para os outros servios); BLicitao dispensada (R$ 15.000 ou R$ 8.000). e) Dispensa para as agncias executivas: 20% do valor do convite, ou seja, quando o valor da licitao for at R$ 30.000 ou R$ 16.000, a agncia executiva estar dispensada de licitao. Essa dispensa vale tambm para: sociedades de economia mista, empresas pblicas e consrcios pblicos. S vale para as autarquias e fundaes pblicas, quando qualificadas como agncia executiva. FUNDAO PBLICA. So institudas e constitudas pelo Poder Pblico, fazendo parte da Administrao. OBS: Quando forem constitudas pela iniciativa privada, no sero Fundaes Pblicas. FUNDAO PBLICA DE DIREITO PBLICO. a) Natureza Jurdica. Regime de Direito Pblico. uma espcie de autarquia e faz parte da Fazenda Pblica. Tem todos os privilgios e obrigaes de uma autarquia. OBS: Quando o concurso falar de fundao pblica, ser a de Direito Pblico. OBS: A partir da vigncia do Novo CPC, a Unio, os Estados, o Distrito Federal, os Municpios e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico gozaro de prazo em dobro para todas as suas manifestaes processuais, a partir da sua vista dos autos, no havendo mais disposies sobre prazos diversos. OBS 1: O Novo CPC, no seu art. 493, tambm aumentou o valor-limite estabelecido para o reexame necessrio (remessa), nos casos de condenaes dos Entes Pblicos, para mil salrios mnimos quando se tratar de Unio e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico, para quinhentos salrios mnimos em se tratando de Estado e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico e de cem salrios mnimos em se tratando de Municpios e suas respectivas autarquias e fundaes de direito pblico. FUNDAO PBLICA DE DIREITO PRIVADO (fundaes governamentais). a) Natureza Jurdica: Regime de Direito Privado, derrogado parcialmente por algumas normas de direito pblico. b) Foro Competente (foro privativo): Justia Federal ou Vara da Fazenda Pblica. c) Privilgio Processual: No tem prazo especial, porque no faz parte da Fazenda Pblica. d) Tem sua Criao autorizada por lei ordinria. J a lei complementar deve determinar a finalidade das fundaes pblicas de direito privado.

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    e) OBS: Celso Antonio entende que no h essa diviso. Segundo ele, quando se fala em fundao pblica, todas elas so de Direito Pblico. EMPRESAS ESTATAIS Empresas Pblicas Sociedade de Economia Mista EMPRESAS PBLICAS. a) Pessoa jurdica de direito privado; Podem prestar servio pblico ou explorar atividade econmica; sua criao autorizada por lei. b) Tm capital exclusivamente pblico. Pode ser capital de vrios entes da federao. Entretanto, no poder haver capital de uma sociedade de economia mista investido na empresa pblica, do contrrio ela perder esse status. c) Tem livre Constituio. Pode ser constituda por qualquer atividade empresarial. d) Tm foro privativo. Justia Federal ou Vara da Fazenda Pblica. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: a) Pessoa Jurdica de Direito Privado; Podem prestar servio pblico ou explorar atividade econmica; criao autorizada por lei. b) Tm capital misto. O capital do Ente Pblico deve ser a maioria do capital votante. Devem ser constitudas, obrigatoriamente, como sociedades annimas. c) No tm foro privativo. So julgadas na Justia Estadual. d) Finalidades: A Prestar Servio Pblico. Quando forem prestadoras de servio pblico, haver prevalncia do Direito Pblico sobre o Direito Privado. B Explorar atividade econmica. Quando forem exploradoras de atividade econmica, haver prevalncia do regime de Direito Privado, com alguma influncia do Direito Pblico. OBS: Art. 173, da CF (Hipteses em que o Estado pode explorar atividade econmica): 1. Quando for necessrio aos imperativos da segurana nacional. 2. Quando houver interesse coletivo, conforme o definido em lei. OBS: Tero estatutos prprios definidos na lei que autorizou sua criao. REGIME JURDICO DAS EMPRESAS ESTATAIS. A LICITAO. 01. Quando for prestadora de servio pblico. Obedecer Lei 8.666/93.

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    02. Quando exploradora de atividade econmica. Podem ter estatuto prprio, que reger o procedimento licitatrio de cada pessoa jurdica. Entretanto, at hoje, no h estatuto. Assim, devero obedecer Lei 8.666/93. Dispensa e Inexigibilidade (Arts. 24 e 25 da Lei 8.666/93). BFALNCIA. 01. Antes: Se prestadoras de servio pblico no estavam sujeitas falncia; se exploradoras de atividade econmica estavam sujeitas falncia. 02. Agora (Lei de Falncias, 11.101/05, art. 2). Empresas pblicas e sociedades de economia mista, sejam exploradoras de atividade econmica, sejam prestadoras de servio pblico, no esto sujeitas falncia. OBS: A doutrina critica tal orientao, dizendo que as exploradoras de atividade econmica devem estar sujeitas lei de falncias, j que esto muito prximas do Direito Privado. C RESPONSABILIDADE CIVIL. 01. Prestadoras de Servio Pblico (art.37, 6, da CF). A responsabilidade ser objetiva, de regra. E a responsabilidade do Estado ser subsidiria e objetiva. 02. Exploradoras de Atividade Econmica. A Responsabilidade civil delas ser regida pelo Direito Civil, que determinar os casos em que a responsabilidade ser objetiva ou subjetiva. E o Estado no responde subsidiariamente. D REGIME TRIBUTRIO. 01. Regra Geral: As empresas pblicas e as sociedades de economia mista no tm imunidade tributria recproca e privilgios no extensveis iniciativa privada. 02. Exceo. Quando o bem e as atividades estiverem vinculados prestao do servio pblico, tero imunidade tributria. 03. Empresa dos Correios e Telgrafos. Exerce atividade exclusiva e indelegvel do Estado (servio postal), por isso tratado como Fazenda Pblica. Goza de imunidade tributria recproca; Tem privilgios processuais (prazos diferenciados); Os seus bens pblicos so impenhorveis, no onerveis e imprescritveis; Esto sujeitas ao regime de precatrio. OBS: Isso no vale para as franquias privadas da Empresa. E REGIME DE BENS. 01. Regra Geral. So penhorveis. Mas so imprescritveis, sempre. 02. OBS: Jos dos Santos C. Filho entende que s os bens das pessoas jurdicas de direito pblico so bens pblicos, ou seja, os bens das entidades governamentais no so bens pblicos. 03. Doutrina majoritria. Os bens pblicos so todos aqueles pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico e os diretamente ligados prestao do servio pblico nas entidades governamentais, concessionrias, permissionrias e autorizatrias. Neste ultimo caso, os bens seguiro as regras dos bens pblicos. F REGIME DE PESSOAL.

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    01. Celetista. Titular de Emprego (No emprego pblico. Este e o cargo pblico so exclusivos das PJs de Direito Pblico). Equiparam-se aos servidores em alguns aspectos: - Exigncia de concurso pblico; - Sujeitos s regras de vedao de acumulao; -Respondem por improbidade (Lei 8.429/92) de cargo, emprego e funo pblica; - So funcionrios Pblicos para fins penais; - Esto sujeitos aos remdios constitucionais; - Teto remuneratrio. Estaro sujeitos ao teto do STF se a empresa pblica ou a sociedade economia mista receberem ajuda do Estado para o custeio; se no receberem ajuda para custeio, no esto sujeitos ao teto; - Dispensa do empregado. Para maioria da doutrina, a dispensa do empregado s poder ser realizada motivadamente, aps processo administrativo disciplinar com contraditrio. Porm, TST Smula 390, orientao jurisprudencial No h necessidade de motivao para dispensa dos empregados, j que os mesmos no gozam de estabilidade. Tambm no h necessidade de processo administrativo. ENTES DE COOPERAO (Entes Paraestatais). So entes paraestatais, pessoas jurdicas de direito privado que no fazem parte da Administrao pblica, mas que cooperam com o Estado na consecuo de alguns fins pblicos.

    01 Setor (Estado);

    02 Setor (mercado);

    03 Setor. Entes de cooperao (paraestatais), que sero apontados abaixo;

    04 Setor (economia informal). No tm fins lucrativos e servem para ajudar o Estado na prestao de um servio pblico ou no fomento de uma atividade. SERVIO SOCIAL AUTNOMO (Sistema S, SEBRAE, SENAT, SESC, SESI). a) Privilgios: Recebem recursos oramentrios. Tm capacidade tributria. So beneficirias da Parafiscalidade. b) Sujeitas s regras de licitao da Lei 8.666/93 e fiscalizao do Tribunal de Contas. c) OBS: APEX e ABDI so agncias com natureza de Servio Social Autnomo. ORGANIZAO SOCIAL. a) Lei 9.637/98. As organizaes sociais servem para prestao de servios pblicos, servios estes que esto listados nesta lei. Ex.: meio-ambiente; pesquisa; sade; desenvolvimento tecnolgico. b) As organizaes sociais surgiram como rgos pblicos extintos, que foram transformadas em pessoas jurdicas de direito privado com esta denominao (organizao social).

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    c) Criao das Organizaes Sociais: celebrao do contrato de gesto: o vnculo jurdico das organizaes sociais o Estado (entidade fantasma segundo Maria Sylvia, j que 01 celebra-se o contrato de gesto, para que depois as organizaes sociais existam no mundo jurdico). d) A empresa no precisa existir no mundo jurdico, nem ter experincia prvia no ramo em que for atuar para que celebre o contrato de gesto. Ato administrativo discricionrio do Ministrio do Planejamento e Gesto, aps a celebrao do contrato de gesto, d o status de organizao social. e) Controle/ Licitao. Art. 24, XXIV, da Lei 8.666/93: Dispensa a Administrao de licitar com as organizaes sociais quando o contrato a ser firmado for decorrente de contrato de gesto. Entretanto, as organizaes sociais esto sujeitas s regras de licitao. Esto sujeitas ao controle do Tribunal de Contas, j que podem receber dotaes oramentrias, cesso de servidores pblicos e receber bens pblicos. Ex. Instituto de matemtica pura e aplicada. OSCIP - ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PBLICO. a) Lei 9.790/99. Diferenas para as organizaes sociais: A A pessoa jurdica precisa existir no mundo jurdico no mesmo ramo de atividade, h pelo menos 01 ano, para tornar-se uma OSCIP. B O vnculo jurdico com o Estado o Termo de Parceria, que tem natureza de contrato administrativo, segundo parte da doutrina. C Regra Geral: No h cesso de servidores, no h transferncia de bens pblicos, nem dotao oramentria (no participa diretamente do oramento, mas recebe recursos pblicos via depsito bancrio). D Esto sujeitas s regras de licitao e ao controle dos Tribunais de Contas. E O Conselho de Administrao da OSCIP deve ser formado por particulares, diferentemente das Organizaes Sociais, onde os Conselhos de Administrao e Fiscal podem ser compostos por servidores pblicos. F OBS: O que tem ocorrido que a Administrao contrata as OSCIPs para, via de regra, burlar o concurso pblico, j que os empregados das OSCIPs no necessitam de concurso. ENTIDADES DE APOIO. a) Constituio As Entidades de Apoio podem ser constitudas como Fundao, Associao ou Cooperativas, criadas por servidores pblicos com a finalidade de melhor desenvolver suas atividades. b) Funcionam ao lado das Universidades Pblicas e Hospitais Pblicos. So Fundaes Privadas que atuam com a estrutura e o dinheiro do Estado. Vnculo jurdico: convnio celebrado com a Universidade. Ex. As Entidades de Apoio fazem convenio com a Universidade Pblica para organizarem uma ps-graduao, da qual se poder cobrar mensalidade.

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    c) Lei 8.958/94: Entidades de Apoio que atuam junto s Universidades Pblicas. Quanto s outras entidades ainda no h legislao. ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL (Lei 13.019/04). TERMO DE COLABORAO Planos de Trabalho propostos pela Administrao Pblica em regime de mtua cooperao TERMO DE FOMENTO - Planos de Trabalho propostos pela Entidade Privada em regime de mtua cooperao. Transferncia de recursos Atividades a serem executadas Prestao de contas PROCEDIMENTO DE MANIFESTAO DE INTERESSE SOCIAL. Organizaes da sociedade civil, movimentos sociais e cidados podero apresentar propostas ao poder pblico para que este avalie a possibilidade de realizao de um chamamento pblico objetivando a celebrao de parceria. CHAMAMENTO PBLICO

    Pblicao do edital no site do rgo interessado

    Classificao das propostas pela comisso de seleo Comisso 2/3 servidores Julgamento objetivo vinculao ao edital

    Habilitao da entidade Sem fins lucrativos 3 anos de existncia Experincia no objeto Capacidade tcnica e operacional

    Encerramento

    Homologao e adjudicao DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DO CERTAME Inexigibilidade - inviabilidade de competio Dispensa - rol exaustivo 1 - no caso de urgncia decorrente de paralisao ou iminncia de paralisao de atividades de relevante interesse pblico - mesmas condies da vencedora. 2 - nos casos de guerra ou grave perturbao da ordem pblica - assistncia social, sade ou educao. 3 - de proteo a pessoas ameaadas ou em situao que possa comprometer a sua segurana. CONTRATOS FIRMADOS ENTRE AS ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL E TERCEIROS Procedimento seletivo simplificado via internet. PRESTAO DE CONTAS

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    1 - Relatrio de Execuo do Objeto: elaborado pela organizao da sociedade civil, assinado pelo seu representante legal, contendo as atividades desenvolvidas para o cumprimento do objeto e o comparativo de metas propostas com os resultados alcanados. 2 - Relatrio de Execuo Financeira: assinado pelo seu representante legal e o contador responsvel, com a descrio das despesas e receitas efetivamente realizadas. Prazo de at 90 dias + 30 dias RESPONSABILIZAO DA ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL E APLICAO DE PENALIDADES a) advertncia: b) suspenso temporria da participao em chamamento pblico e impedimento de celebrar termos de fomento, termos de colaborao e contratos com rgos e entidades da esfera de governo da administrao pblica sancionadora, por prazo no superior a 2 (dois) anos. c) declarao de inidoneidade para participar em chamamento pblico ou celebrar termos de fomento, termos de colaborao - Ministro de Estado ou do Secretrio Estadual ou Municipal.

    * ATOS ADMINISTRATIVOS *

    CONCEITO DE ATOS DA ADMINISTRAO: - Atos jurdicos, ou no, por meio dos quais a Administrao emite uma declarao de vontade para executar a lei aos casos concretos e fazer prevalecer o interesse pblico sobre os interesses particulares, no desempenho das suas atividades. CLASSIFICAO DOS ATOS DA ADMINISTRAO (CELSO ANTNIO): -Atos Jurdicos Regidos pelo Direito Privado: a Relao Jurdica horizontal, h igualdade entre os contratantes (administrao x particular), a administrao no se vale da sua supremacia. -Atos Materiais = FATO ADMINISTRATIVO. No so atos jurdicos, apenas realizam, executam uma atividade do Estado. (Ex. construo de uma estrada, pavimentao). - Atos Polticos ou de Governo: So de natureza jurdica, editados pelo Estado no exerccio de funo poltica de soberania. Ex. sano do presidente a um projeto de lei. ATOS ADMINISTRATIVOS (espcie do gnero Ato da Administrao). Conceito: um ato jurdico por meio do qual o Estado, ou quem lhe faa as vezes, exprime uma declarao unilateral de vontade, no exerccio de suas Prerrogativas Pblicas, consistentes em providncias jurdicas complementares da Lei, a ttulo de lhe dar execuo, sujeitas ao controle de legitimidade pelo Judicirio, no desempenho de atividades essencialmente administrativas da gesto dos interesses coletivos. 01. Ato jurdico: tem por fim criar, alterar, extinguir algo no mundo do Direito, no que se diferenciam do fato administrativo (realizaes da administrao sem declarao de vontade). 02. Estado (Trs Poderes) e Quem lhe faa as vezes (delegatrios, concessionrios, que atuam em nome do Estado e podem exprimir declarao de vontade em nome do mesmo, emitindo atos administrativos). 03. Providncias jurdicas complementares da Lei: atividade precpua da administrao na sua funo de executar a lei, de ofcio, ao caso concreto.

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    Atributos e Qualidades dos Atos Administrativos. Presuno de Legitimidade, juris tantum: o ato administrativo presume-se editado de acordo com as normas e princpios gerais de Direito. Decorre da Legalidade Ampla. O ato vigora enquanto no afastado. Presuno de Veracidade, relativa: ao contedo do ato e aos fatos que o compe, corresponde verdade de fato F Pblica. Imperatividade. No atributo de todo ato, e sim dos atos que encerram obrigaes para os administrados. O administrado fica constitudo em uma obrigao, ainda que contra sua vontade. Coercitividade. dos atos administrativos, decorrentes da imperatividade: s poder haver resistncia judicial ao ato, enquanto isso no ocorrer, o particular estar a ele obrigado. Os atos negociais, que apenas permitem certas atividades ao administrado, no possuem esse atributo. Exigibilidade: capacidade de exigir que a obrigao imposta ao administrado seja cumprida, sob pena de a administrao se valer de meios indiretos de coao. Ex. Multa. Auto-Executoriedade: Esse atributo tem que vir expresso em lei, salvo se no for possvel outra soluo no caso concreto. A administrao se vale de meios direitos de coao para execuo do ato. Ex. demolio de obra. Tipicidade: todo ato administrativo est previamente tipificado em lei. Elementos e Requisitos dos Atos Administrativos: A Doutrina Majoritria aponta cinco elementos, com base na Lei de Ao Popular, 4.717/65, art. 2, a falta de um dos requisitos torna o ato invlido (anulvel, podendo ser sanado). Diogo Gasparini e Celso Antnio incluem mais dois elementos (contedo e causa). Competncia/Sujeito: Conjunto de atribuies definidas por lei, conferida aos rgos e agentes pblicos para, em nome do Estado, exprimir a declarao de vontade do mesmo atravs dos atos administrativos. Decorre sempre da lei, sempre vinculada, portanto, mesmo quando o ato discricionrio, sem o qual o ato invlido. OBS: O Novo CPC continua com a possibilidade de prorrogao de competncia relativa no mbito judicial, mudando s o artigo que trata da matria. Finalidade: Ato que foge da sua finalidade especfica prevista em lei, mesmo que atenda a uma outra finalidade benfica ao interesse pblico, estar incorrendo em desvio de finalidade ou desvio de poder, e ser invlido. A finalidade especfica de cada ato est sempre prevista em lei, sempre elemento vinculado, mesmo que ato seja discricionrio. Ex. ato de remoo, a finalidade especfica uma melhor prestao do servio pblico. OBS: No pode existir ato administrativo Inominado. Forma: o revestimento do ato administrativo. Este ato , em regra, escrito e no idioma nacional, a forma est prescrita em lei, (requisito vinculado). Excees forma prescrita em lei: quando a lei se omitir a respeito da forma, est ser livre, poder ser oral, atravs de gestos, placas (ex: sinais de trnsito).

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    OBS: diferencia-se de Formalidade no elemento de todo ato administrativo, uma solenidade especial para prtica de determinados atos que a exigem. O no cumprimento da formalidade torna o ato irregular, j o vcio de forma gera nulidade. Ex. Regulamento (o Decreto ato administrativo que serve como formalidade para eficcia do regulamento). Motivo: Razo de fato ou de direito que autoriza ou determina a prtica do ato por parte da Administrao (Ex. Demisso o motivo a razo que levou a Administrao a praticar o ato). O motivo ser elemento vinculado quando o ato for vinculado; ser discricionrio quando o ato assim o for (ocorre quando a lei no elenca o motivo, deixando que a Administrao o pondere). OBS: Diferencia-se de Motivao (Princpio Constitucional que estabelece a exigncia da Administrao em revelar, manifestar os motivos do ato) Teoria dos Motivos Determinantes: O motivo revelado pela Administrao para a prtica do ato deve ser seguido estritamente, sob pena de invalidade do ato. Os motivos determinam e condicionam a validade do ato. Objeto/Contedo: o prprio contedo, disposio jurdica do ato (o que o ato dispe juridicamente). a prpria essncia do ato, a prpria Administrao vai escolher qual o seu objeto. elemento discricionrio, quando o ato for discricionrio, ou vinculado, quando o ato assim o for. Ex. Remoo (o objeto a prpria remoo). ****OBS: Corrente Minoritria (Digenes Gasparini, Celso Antnio) existem mais 02 Elementos: Causa: Exigncia de correlao, ou relao de pertinncia lgica entre o motivo e o contedo do ato luz de sua finalidade, sobretudo nos atos discricionrios. Para Celso Antnio, a causa pressuposto de Validade lgico. Contedo (separado do objeto): Seria a prpria disposio do ato, enquanto o objeto. Seria aquilo sobre o qual o contedo incide, coisa ou relao jurdica sobre o qual recai o ato. O objeto seria o elemento extrnseco ao ato e o contedo seria o elemento intrnseco. Classificao dos Atos Administrativos: Quanto Vontade para a Formao do Ato: a) Simples (01 vontade): todo ato administrativo que decorre de uma nica vontade, expressada por um nico rgo ou agente pblico, a maioria dos atos simples (ex: nomeao, exonerao). Pouco importa se o rgo singular ou colegiado. b) Complexo (01 + 01 vontade): Ato cuja formao depende de mais 01 ou mais vontade emanada por mais de um rgo. Ex. Promoo por merecimento dos desembargadores dos TRFs (o TRF forma uma lista trplice a encaminha para o Presidente que escolher 01 dentre os 03 nomes). c) Composto (01 + 01 vontade): Decorre de uma nica vontade, emanada de 01 nico agente ou rgo pblico, mas que depende de uma vontade acessria de outro agente ou rgo para lhe dar eficcia e validade. O Ato composto depende de aprovao discricionria, prvia ou posterior. Ex. Nomeao de Min. do STF, aps a aprovao do Senado (vontade acessria) posterior nomeao pelo Presidente; Estado de Defesa, Interveno Federal (aprovao posterior do Congresso); Estado de Stio (aprovao prvia pelo Senado).

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    Quanto aos Destinatrios do Ato: a) Geral: So Atos Normativos (sempre atos gerais). Tm como destinatrios os indivduos em geral, incertos e indeterminados. b) Individuais: Atinge pessoa determinada, ou pessoas determinadas. Ex. nomeao, exonerao. Quanto aos Efeitos do Ato: a) Constitutivo: Decorre sempre do exerccio do juzo discricionrio por parte da administrao. Quando seus efeitos se prestarem a criar, inovar, construir uma situao jurdica antes inexistente. Ex. Autorizao, permisso. b) Declaratrios: Os efeitos se destinam a reconhecer uma situao jurdica preexistente. Ex. Todos os atos vinculados. c) Enunciativos: Emitem um juzo de conhecimento ou opinio sobre uma situao de fato ou de direito conhecida pela Administrao Pblica. No constituem, nem declaram, apenas emitem juzo de opinio. Ex. certides, declaraes. Quanto ao Contedo do Ato: Atos negociais atos nos quais a manifestao de vontade do Estado coincide com o requerimento do particular. a) Autorizao: Ato administrativo discricionrio, unilateral, precrio, gratuito ou oneroso, atravs do qual a Administrao faculta a um terceiro interessado o exerccio de uma atividade material ou uso em carter privativo de um bem pblico, ou a prestao em carter precarssimo de um determinado servio pblico. Ex: autorizao para exercer atividade material txi, porte de armas; autorizao de uso de bem pblico, quando predominar o interesse particular; Autorizao de servio pblico Ex. Rdios comunitrias. b) Permisso: Discricionrio, Precrio (menos que a autorizao), atravs do qual a Administrao faculta ao particular interessado o uso privativo de um bem pblico, ou prestao de um servio pblico tambm em razo de interesse pblico, que neste caso predominante. OBS.: Lei 8.987/95, art. 40 Tornou a Permisso para prestao de servio pblico um Contrato Administrativo Bilateral, distinguindo-se da autorizao para prestao de servio pblico porque esta ato administrativo unilateral e aquela leva em conta, sobretudo, o interesse particular. Autorizao de uso pblico X Permisso de uso pblico: o interesse envolvido na autorizao de uso pblico, que bem mais precrio, leva em conta o interesse particular; j a permisso de uso pblico leva em conta o interesse pblico predominantemente. c) Licena: Ato vinculado e definitivo, atravs do qual a Administrao reconhece um direito subjetivo do administrado, ora para exercer atividade material, ora para exercer atividade jurdica, condicionadas no seu exerccio ao prvio reconhecimento por parte da Administrao (a lei, ao tempo que reconhece um direito ao administrado, condiciona o seu exerccio a esse prvio reconhecimento). Se houver recusa por parte da Administrao em reconhecer o exerccio da atividade, desde que o administrado tenha cumprido todas as exigncias, este poder interpor Mandado de Segurana. D-se atravs do Alvar de Licena (ato formal vinculado).

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    d) Admisso: No ato de provimento. ato vinculado, atravs do qual a Administrao reconhece ao administrado o direito de usufruir um servio pblico. Ex. matrcula em escola ou universidade pblica. Normativos: atos que exprimem normas gerais a) DECRETO (Chefes de Executivo): S so emanados pelos Chefes de Executivo (prefeito, presidente e governador) podem expedir decreto p/ formalizar determinado ato administrativo, tendo por destinatrios pessoas incertas e indeterminadas. Ex. Decreto Expropriatrio (formaliza, d solenidade desapropriao, sem o decreto a desapropriao nula). OBS 1: Decreto Regulamentar: So 02 atos administrativos, de Competncia Privativa dos Chefes do Executivo, que podem expedir atos gerais, abstratos ou individuais (nomeao de Min. do STF). Servir sempre como formalidade para outro ato. OBS 2: O Decreto Lei foi abolido do Brasil com a Constituio Federal de 1988 permanecendo apenas os Decretos Anteriores Carta Magna que estejam em vigor. OBS 3: Diferenciam-se do Decreto Legislativo, que Lei lato senso. OBS 4: Diferenciam-se da Resoluo Legislativa, que Lei lato senso de efeitos internos s Casas Legislativas. Exceo: Possibilidade do Decreto Autnomo (art.84, VI da CF): para Extinguir Cargos Vagos e para Organizao da Administrao, desde que no crie novas despesas. b) RESOLUES: Atos Administrativos formais que os rgos colegiados utilizam para exprimirem as suas deliberaes a respeito de determinada matria. Ex. Agencias Reguladoras possuem rgos colegiados que podem expedir resolues. A Resoluo formaliza o ato do rgo colegiado. No pode ser expedida por rgo singular. Resolues Administrativo-Normativas: So as Resolues com efeitos gerais e abstratos. OBS: Diferenciam-se das Resolues Legislativas, que so lei em sentido amplo, embora de efeito interno cmara legislativa. c) INSTRUES (Ministros e Secretrios): Tem carter abstrato, so atos formais atravs dos quais a Administrao expede normas gerais de orientao interna. Pem em execuo os Decretos Executivos, para regulamentar os regulamentos do Poder Executivo. Atos ordinatrios: atos de organizao interna da atividade pblica: a) ORDEM DE SERVIO: Ato Administrativo que certas autoridades pblicas editam para determinarem a implementao ou realizao de algum fato material (fato administrativo). Ex. Ordem de construo. b) PORTARIA (qualquer autoridade administrativa que no seja o Chefe do Executivo). Utilizada para qualquer ato que disponha sobre o prprio servidor e sua vida funcional. Ex. Instaurao de Inqurito policial (quando no for instaurado por auto de priso em flagrante); Instaurao de Processo Administrativo Disciplinar, Sindicncia. c) CIRCULARES (Natureza Concreta, Autoridades Superiores) As autoridades superiores emitem ordens uniformes. Dirigentes de rgos pblicos emitem-na aos funcionrios do rgo para regulamentar internamente a execuo dos servios.

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    Atos Punitivos: atos de aplicao de penalidades. Atos enunciativos: atos que atestam fatos ou emitem opinies. Extino dos Atos Administrativos a) Cumprimento dos efeitos do ato b) Desaparecimento da pessoa ou do objeto da relao que o ato constituiu. c) Renncia: Pedido de Exonerao. d) Retirada do Ato anterior por outro ato posterior: A CASSAO: a ilegalidade superveniente edio do ato. BCADUCIDADE: incompatibilidade do ato anteriormente editado que antes no existia. CCONTRAPOSIO/DERRUBADA : Edio de novo ato contrrio, (ex. demisso). DREVOGAO; Causa de extino ou supresso do ato administrativo vlido e de seus efeitos, por razes de convenincia e oportunidade. 1. Sujeito Ativo da Revogao: S a prpria Administrao, no mbito de cada Poder da Repblica. No possvel a revogao judicial de um ato administrativo. Os outros Poderes podero revogar seus prprios atos administrativos. OBS: O Judicirio no poder revogar ato administrativo no exerccio de sua funo tpica, que a funo jurisdicional, j que no pode adentrar no mrito administrativo. 2. Objeto da Revogao: S o Ato Vlido poder ser revogado. Apesar de vlido, o ato torna-se inconveniente Administrao. 3. Fundamento: Existncia de uma competncia discricionria para rever a convenincia e oportunidade dos atos anteriormente editados. 4. Limites (atos irrevogveis so a exceo): - Atos Vinculados so irrevogveis: Ex. Revoga-se uma autorizao, nunca uma licena. - Atos que j Exauriram seus Efeitos (atos Consumados). - Atos fontes de Direitos Adquiridos: Nem Emenda Constitucional pode revog-los. OBS: STF: No h Direito Adquiridos a Regime Jurdico. Sm. 473: Poder de Autotutela da Administrao. A Administrao pode revogar seus prprios atos, respeitado o dir. adquirido. -Atos Meramente Enunciativos: Ex. Certido Negativa de Dbito. 5. Motivos da Revogao: Juzo de Convenincia e Oportunidade. O ato deixa de ser conveniente e oportuno. 6. Efeitos da Revogao: Ex Nunc. Impede a produo dos efeitos futuros do ato, permanecendo os efeitos pretritos.

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    E INVALIDAO : vcio na origem. 1. Conceito: Causa de Extino ou supresso de Ato Administrativo Invlido ou Viciado, por razes exclusivamente de Legalidade ou Legitimidade. 2. Sujeito Ativo: Administrao Pblica (Poder de Auto-tutela, Controle Interno) e o Judicirio (controle externo judicial, quando provocado por terceiros). S o Judicirio pode Invalidar atos de todos os Poderes. 3. Objeto: Ato Viciado, Ilegal, contrrio ao Direito. 4. Motivos: Ilegalidade, Ilegitimidade do Ato. 5. Efeitos: Ex-Tunc para os atos que atinjam pessoas indeterminadas, para atos restritivos dos Direitos dos administrados. Para os terceiros de Boa-f e para os Atos ampliativos dos Direitos do administrado: A Invalidao ter efeito Ex-Nunc. 6. Prazo Decadencial: A Administrao Pblica tem 05 anos para declarar a Invalidao do Ato. Passados os 05 anos, a Administrao no poder mais invalida-la Convalidao Temporal. OBS: Ao Judicial p/ Anulao de Ato Administrativo: Prazo Prescricional de 05 anos. 7. Espcies de Invalidao (Lei 9.784/99, art. 55): - Nulidade (atos nulos): No podem ser reeditados, no so convalidveis; Quando o Vcio atingir a finalidade, o motivo ou o objeto, o ato ser nulo, no convalidvel, no reeditvel. Podem ser Convertidos: Mudana de categoria de um ato, quando sai de uma categoria na qual o ato era nulo, para uma outra onde o ato seja vlido, tambm tem efeito retroativo. Diferencia-se de convalidar (reeditar o mesmo ato sem o vcio que o contamina, com efeitos retroativos). Pode haver converso de atos nulos com vcio de contedo e objeto. (Nomeao de servidor para cargo sem concurso pblico, pode ser convertido em nomeao para cargo de confiana). - Anulabilidade (Atos Anulveis): Podem ser convalidados, racionalmente reeditados. OBS: Doutrinadores defendem que, quando houver possibilidade de convalidao, a Administrao est obrigada a Convalidar o ato, apesar de a Lei 9784/99 tratar a convalidao como faculdade da administrao. Quando houver vcio na competncia: desde que o ato seja ratificado pela autoridade competente, Confirmado, haver a convalidao. Quando houver vcio na forma: reedita-se o ato com a forma prescrita em lei. OBS. GERAL: Os ATOS INVLIDOS NO GERAM DIREITO ADQUIRIDO.

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    *CONTROLE DA ADMINISTRAO*

    Controle Poltico (mecanismo de freios e contra-pesos): - controle previsto constitucionalmente, feito por um Poder sobre atos de outro Poder. - Ex: Sano e veto do presidente; Rejeio do veto pelo Congresso; Impeachment do presidente. Controle ADMINISTRATIVO: - controle sobre a funo administrativa do Estado. 1 Fase: Verificao da Legalidade dos Atos. 2 Fase: Verificao das Polticas Pblicas (ADPF No 45)

    EC 45/05 Criou os Conselhos Nacionais de Justia e do Ministrio Pblico, que mecanismo de controle da atividade administrativa do Judicirio e do MP.

    a. CONTROLE Quanto ao RGO CONTROLADOR:

    I) Controle Legislativo: Faz o controle administrativo atravs do Tribunal de Contas e atravs das CPIs.

    II) Controle Judicial ou Judicirio: Todo ato administrativo pode ser revisto pelo Judicirio no que disser respeito sua legalidade. Ex: Mandado de Segurana, Ao Civil Pblica, Ao Popular, etc.

    III) Controle Administrativo: Realizado pela prpria administrao. Meios de Controle Administrativo: Ex. Recurso Administrativo Hierrquico, Direito de Petio, Superviso Ministerial; Poder Hierrquico. Controle Administrativo Hierrquico: Quando o superior fiscaliza os seus subordinados. Obs. Entre a Administrao Direta e a Indireta no h relao de hierarquia. Controle Finalstico: o controle exercido pela Administrao Direta sobre a Indireta, atravs da Superviso Ministerial. Poder controlar despesas e receitas, regras oramentrias, cumprimento de finalidades, nomeao de dirigentes.

    b. CONTROLE quanto EXTENSO:

    I) Interno: Controle realizado dentro da prpria estrutura.

    II) Externo: Controle realizado por outros rgos.

    c. CONTROLE quanto NATUREZA:

    I) Legalidade: Pode ser exercido pela Administrao, pelo Judicirio.

    II) Mrito: S a prpria Administrao pode exerc-lo.

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    OBS: Princpio da Autotutela: quando esses dois controles forem exercidos pela prpria Administrao.

    d. CONTROLE quanto OPORTUNIDADE:

    I) Controle Prvio: Ex. Anlise jurdica para a publicao de edital de licitao.

    II) Controle Concomitante.

    III) Controle Posterior: Ex. Homologao do Processo; Controle pelo Tribunal de Contas. *AGENTES PBLICOS* AGENTES PBLICOS Todo aquele que exerce funo pblica, quer seja temporria, quer sem remunerao (Ex: integrantes do jri, mesrio). a expresso mais abrangente, compreendendo os Agentes Polticos, Servidores Estatais e Agentes Honorficos. a) AGENTE POLTICO Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos (Secretrios e Ministros), Membros do Legislativo, Membros do Ministrio Pblico (Procurador e Promotor de Justia) e Poder Judicirio. Seguem Regime Estatutrio ou o chamado Regime Legal. OBS: H divergncia se Ministrio Pblico e Judicirio se enquadrariam nesse conceito. A corrente Majoritria admite seu enquadramento. b) SERVIDOR ESTATAL Todo aquele que atua no Estado, no sendo necessariamente Funcionrio Pblico. Servidor Estatal Servidor Pblico Servidor de Entes Governamentais de Direito Privado Servidores Pblicos Aquele que atua em Pessoa Jurdica de Direito Pblico Administrao Direta Administrao Indireta Autarquias Fundaes Pblicas

    E.C. 19/98, CF/88 Acabou com o Regime Jurdico nico, o que veio a igualmente abolir a expresso Funcionrio Pblico, uma vez que essa denominao referia-se ao servidor que, com exclusividade, podia exercer cargo publico. Aps a EC 19/98, pode-se ser tanto titular de CARGO PBLICO (vnculo Estatutrio), quanto de EMPREGO PBLICO (vnculo celetista). A lei que cria o cargo/emprego que definir o Regime a ser adotado. Servidores de Entes Governamentais de Direito Privado So aqueles integrantes das Empresas Pblicas ou de Sociedade de Economia Mista. S podem ter EMPREGOS PBLICOS (CLT), mas se equiparam aos servidores pblicos nos seguintes aspectos:

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    I) Esto sujeitos a CONCURSO PBLICO;

    II) Vale o Regime da NO CUMULAO de CARGO ou EMPREGO;

    III) Se a empresa pblica ou Sociedade de Economia Mista NO receber dinheiro para custeio (verba governamental para sobreviver no dia-dia), NO se SUBMETE ao TETO REMUNERATRIO. No entanto, se depender do Estado para sobreviver, SUBMETE-SE ao TETO;

    IV) Submetem-se Lei de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA;

    V) Sujeitam-se aos REMDIOS CONSTITUCIONAIS (MS, HD etc);

    VI) Equiparam-se a Servidores Pblicos para EFEITOS PENAIS;

    VII) No gozam de ESTABILIDADE, no sendo necessrio Processo Administrativo, nem de motivao para ser despedido Sm. 390 e OJ 247 do TST c) AGENTES HONORFICOS o Particular em Colaborao, que podem ser: Voluntrios (ex. Amigos da Escola); Requisitados (ex. Mesrios, Jurados do Jri e Servio Militar Obrigatrio); Aqueles que exercem Atos Oficiais. Servio Notorial (Cartrio de Registro Pblico, delegados de funo, art. 236 da C.F/88). OBS: quem legisla sobre cartrios o Estado federado. 01. CARGO PBLICO cargo em Comisso Subdivide-se em cargo Efetivo cargo Vitalcio a) CARGO EM COMISSO o chamado cargo de parente ou comissionado. de livre nomeao e exonerao Exonerao AD NUTUM. Qualquer pessoa pode exercer cargo de confiana, desde que se reserve um limite mnimo que detenha cargo efetivo, pelo principio da continuidade. OBS: CARGO DE CONFIANA FUNO de CONFIANA A Funo um plus que s pode ser exercido por cargo efetivo, que ganhara gratificao pela responsabilidade a maior (lei 8.112/90). b) CARGO EFETIVO Nomeado por Concurso Pblico, em carter definitivo, podendo vir a adquirir a estabilidade. O cargo efetivo e no estvel, j que essa ltima qualidade pertence ao servidor. Quando o servidor se torna estvel, s poder ser demitido via Processo Administrativo, processo Judicial transitado em julgado ou avaliao peridica. c) CARGO VITALCIO s pode haver dispensa via processo judicial transitado em julgado (ex. Ministrio Pblico, Juiz, Tribunal de Contas, esse ultimo sequer precisa de concurso publico para contratao)

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    PROVIMENTO Necessrio para o preenchimento de um cargo (art.10, lei 8.112/90). Originrio Nomeao Provimento Vertical Promoo Derivado Horizontal Readaptao Reingresso Reintegrao Reconduo Reverso a) Provimento ORIGINRIO S ocorre por Nomeao, a qual depende de aprovao em concurso pblico. NOMEAR Designar, atribuir ao servidor. Resulta no provimento. EMPOSSAR Aceitar o cargo (assina os papis). Quando se anui posse, tm-se a investidura, que a formao de relao jurdica com a Administrao. Se nomeado, tem 30 dias para tomar posse. Empossado, ter 15 dias para entrar em exerccio. Se o nomeado no tomar posse nos 30 dias, a nomeao torna-se sem efeito. Perde-se a vaga no concurso. Se tomar posse, mas no entrar em exerccio nos 15 dias, ocorrer desinvestidura mediante EXONERAO de OFCIO. OBS: A desinvestidura tambm poder ser pela modalidade de demisso, porm sem aplicabilidade no caso anterior, pois a demisso sempre ser uma penalidade disciplinar. OBS: No provimento Originrio, admite-se as seguintes hipteses de DESNECESSIDADE de CONCURSO PBLICO: Cargo em COMISSO; Hipteses Constitucionais (Regra do Quinto Constitucional, Ministro do STF, Tribunal de Contas, etc.); Contratao TEMPORRIA (via processo seletivo simplificado); Agentes Comunitrios de Sade e de Combate a Endemias (via processo seletivo, art. 198, 4, C.F/88); b) Provimento DERIVADO Vertical Promoo Derivado Horizontal Readaptao Reingresso Reintegrao Reconduo Reverso Provimento VERTICAL Ascenso na carreira; ascenso funcional. A nica hiptese possvel a Promoo.

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    Provimento HORIZONTAL Recolocao do Servidor com limitao fsica (surdez, problemas cardacos, etc.). A nica hiptese a READAPTAO, na qual muda de cargo sem ascender na carreira (ex. professora, que por problemas de sade, torna-se atendente de biblioteca). OBS: Remoo no provimento, pois forma de deslocamento de um lugar para outro. A Lei 8.112/90, art.10 elenca rol taxativo quanto aos casos de provimento. Provimento por REINGRESSO Servidor retorna Administrao, isso s quando o mesmo gozar de estabilidade (art. 41 da C.F/88).

    I) REINTEGRAO Quando o afastamento se deu por conta de uma ilegalidade contra o servidor (ex. desligamento de estvel sem processo administrativo).

    II) RECONDUO So duas hipteses: A Quando o antigo ocupante do cargo for Reintegrado. B Quando houver retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado, tendo em vista a sua inabilitao em estgio probatrio de outro cargo (art.29, I da lei 8.112/90). OBS: Quando ocorrer Excesso de Despesa com Pessoal (art.169 da C.F/88). Para tanto, observa-se os limites de gasto com pessoal impostos no art. 19 da LC 101/00 que estabelece os seguintes ndices: Unio 50% art. 19 da LC 101/00 Estado 60% Municpio 60% Excedido o limite, comea-se a despedir na seguinte ordem: 1 Pelo menos 20% dos CARGOS em COMISSO; 2 Servidores NO ESTVEIS (em estgio probatrio); 3 Servidores ESTVEIS (s podero exoner-los aps todos os no estveis e os 20% dos cargos de confiana). Ser por via EXONERAO (no demisso, por no ser uma pena), sendo que a Administrao s poder se valer desse novo cargo (pois o anterior ter que ser extinto), ou cargo a ele anlogo, depois de 04 anos de sua extino. OBS: Se houver dispensa sem observncia dessa ordem legal, o servidor REINTEGRADO, ante a ilegalidade da conduta administrativa. Da, se o servidor retorna ao cargo de origem, ter direito a todas as vantagens do perodo em que esteve afastado (subsdio/vencimento, tempo para fins de antiguidade, etc.). Dessa forma, o atual ocupante do cargo pertencente ao servidor, ento, reintegrado dever ser RECONDUZIDO a outro cargo vago. O reconduzido tem direito a voltar ao cargo de origem desde que VAGO. Se no estiver vago, reconduz para cargo equivalente vago. Novamente, se no houver vaga, ficar em DISPONIBILIDADE, recebendo proporcionalmente ao tempo de servio1. Pelo instituto do REAPROVEITAMENTO, ele volta ao cargo porventura vago.

    III) REVERSO Duas Hipteses:

    1 Com o advento da EC 20/98, todas as outras hipteses constitucionais mudaram para tempo de contribuio, excetuando a citada que

    ainda considera o tempo de servio.

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    A Aposentadoria por Invalidez. Porm, cessada a incapacidade laborativa, retorna aos servios. B Retorno espontneo de aposentado Atividade (art.25 da lei 8.112/90). Nesse caso, o servidor se aposenta, mas depois decide voltar ao trabalho, antes de completar a idade da compulsria. Peticionar um requerimento de reverso Administrao Pblica, que poder, ou no, aceit-lo. DESINVESTIDURA Sempre que precisar de processo administrativo. Demisso Desinvestidura Exonerao Cassao Destituio a) PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR PAD Penalidades: Advertncia (infrao leve) Suspenso (infrao mdia) Demisso (falta grave) Cassao (falta grave) Destituio (falta grave ou infrao mdia) OBS: A CASSAO se opera quando o servidor estiver aposentado ou em disponibilidade e praticar falta grave poca em que ainda ocupava seu cargo. OBS 2: A DESTITUIO ocorrer sempre que o servidor ocupante de Cargo ou Funo em Comisso for apenado com suspenso ou demisso (em qualquer um desses casos). SINDICNCIA SUMRIO ACUMULAO ILEGAL DE CARGOS Processo Administrativo Disciplinar ORDINRIO PAD PROPRIAMENTE DITO Provimento SUMRIO

    I) SINDICNCIA Serve para investigao prvia. Porm, a lei 8.112/90 a reconheceu como mecanismo ou processo prprio para apurao de fatos, na hiptese de punio por infrao LEVE, ou seja, por: Advertncia ou Suspenso de at 30 dias. Tem prazo para concluso de 30 dias prorrogveis por mais 30. Precisa de contraditrio e ampla defesa. Se a infrao mais grave for detectada, incumbir a instaurao de Processo Administrativo propriamente dito. ARQUIVA ADVERTNCIA SINDICNCIA INFRAO LEVE SUSPENSO por at 30 dias PAD propriamente dito

    II) ACUMULAO ILEGAL DE CARGOS Art. 133 do Regime Jurdico da Unio RJU. Seu prazo de 30 dias prorrogveis por mais 15. Se verificada a acumulao, a Administrao deve dar a opo ao servidor de qual cargo quer permanecer, sendo do outro EXONERADO.

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    Se no houver manifestao do servidor, instaura-se processo administrativo, mas at o prazo da defesa, deve-se facultar novamente a opo entre os cargos (at esse momento, reconhece-se a boa-f do servidor). Mantendo-se silente, por ser pena tida por grave, ele ser demitido de AMBOS os CARGOS. Provimento ORDINRIO Corresponde ao processo administrativo disciplinar propriamente dito. Tem prazo para concluso de 60 dias, prorrogveis por mais 60. Suspenso por mais de 30 dias Penalidades Demisso Instaurao Instruo Fases Inqurito Administrativo Defesa Julgamento Relatrio Descoberta a infrao, a Instaurao do PAD, pela autoridade administrativa, Ato Vinculado. Na segunda fase (Inqurito Administrativo), tm-se o miolo do processo, com instruo, defesa e relatrio. O relatrio conclusivo (deve propor um resultado) e o julgamento s poder contrari-lo se esse se mostrar incompatvel com as provas dos autos. Havendo recurso administrativo, poder haver REFORMATIO IN PEJUS, a lei expressa nesse sentido. Somente no se admite a Reformatio in pejus em casos de REVISO (sempre que surgir fato novo, oponvel a qualquer tempo). H vedao legal de o servidor requerer aposentadoria ou exonerao voluntria, quando, contra ele, for instaurado um PAD. Porm poder ser aposentado compulsoriamente uma vez que a lei assim obriga. Se detectada a infrao aps a sua aposentadoria, sofrer pena de Cassao. ESPCIES de EXONERAO:

    I) A PEDIDO do Servidor;

    II) AD NUTUM, em caso de cargo em comisso;

    III) EX OFFICIO, quando o empossado no entrar em exerccio;

    IV) EXCESSO de QUADRO FUNCIONAL (art. 169, C.F/88);

    V) INABILITAO no ESTGIO PROBATRIO;

    VI) REPROVAO em AVALIAO PERIDICA, apenas possvel quando houver Quadro de Carreira. Falta LC para regulamentar certas carreiras, outras j possuem;

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    a) REMUNERAO Paga em duas parcelas: Parcela Fixa Vencimento ( Vencimentos Parcela Fixa + Parcela Varivel). Parcelas Variveis Acrscimos pecunirios em razo de qualidades pessoais do servidor. b) SUBSDIOS parcela nica que, no latim, significa ajuda de sobrevivncia, mas quem a recebe o alto escalo. Chefes do Executivo; Auxiliares Imediatos do Executivo (Ministros e Secretrios); Membros do Legislativo; Magistratura; Membros do Ministrio Pblico (Promotor e Procurador); AGU; Procuradores e Defensores; Conselheiros dos Tribunais de Contas; Policiais (Toda a carreira); Todos os demais estruturados em cargos de carreira; Paga-se, apenas, acima do Subsdio: Garantias do art. 39, 3 da C.F/88; Transporte; Verbas Indenizatrias (dirias, ajuda de custo equivalente a 03 vezes o provento do servidor removido pelo servio pblico). FIXAO DA REMUNERAO Necessita de lei de iniciativa de quem for pagar a conta. Alguns casos no dependem de lei e sim de Decreto Legislativo (o qual dispensa a sano ou veto do Executivo). Presidente CONGRESSO NACIONAL DL Ministro de Estado Senador e Deputado Federal

    CMARA MUNICIPAL DL Vereador Governador LEI Deputado Estadual Prefeito LEI Cmara Deputados Senado Sano/Veto do Presidente

    DL Cmara Deputados Senado TETO REMUNERATRIO Ningum ganha mais que Ministro do STF. Com a EC 41, criou-se Subtetos: Poder Executivo UNIO Ministro do STF Poder Legislativo (teto vale para todos) Poder Judicirio

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    Poder Executivo Governador ESTADO Poder Legislativo Deputado Estadual Poder Judicirio Desembargador (limitado a 90,25% do Ministro do STF). Tambm vale para: Membros do Ministrio Pblico, Defensores Pblicos e Procuradores do Estado. O teto para todo o Judicirio o devido aos Desembargadores. Porm, os auxiliares administrativos dos equiparados (MP, PGE, DP), tm por base o teto do Governador.

    *IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA*

    - A Probidade Administrativa no novidade no ordenamento jurdico brasileiro, j o Princpio da Moralidade foi introduzido pela Constituio Federal de 1988. Esse princpio tem conceito vago e indeterminado, por isso muito doutrinadores misturam moralidade com probidade, porque ambas decorrem da ideia de honestidade. - Entretanto, a improbidade muito mais ampla que a moralidade, envolvendo muito mais hipteses. CONCEITO: - Designativo tcnico para definir a corrupo administrativa, como desvirtuamento da administrao pblica, com a desobedincia s regras de administrao pblica. FONTES: - Est prevista na CF de 1988 em 04 hipteses: a) Art.15: Suspenso dos Direitos Polticos em razo de Improbidade Administrao. b) Art.85: Prtica de atos de improbidade faz parte do rol de crimes de Responsabilidade do Presidente da Repblica. c) Art.14, 9: Improbidade Administrativa no Perodo Eleitoral. d) Art. 37, 4: Regulado pela Lei 8429/92: Lei da Improbidade Administrativa. COMPETNCIA para LEGISLAR sobre IMPROBIDADE: Unio: Com fundamento no art.22, I, a doutrina atribui competncia legislativa exclusiva Unio para legislar a respeito, em razo da natureza das sanes aplicadas pela lei de improbidade (natureza eleitoral, civil, que so de legislao exclusiva pela Unio). - No que tange ao procedimento administrativo a competncia concorrente, ou seja, a Unio legisla sobre normais gerais, e os outros entes legislam sobre matrias especficas. NATUREZA JURDICA: - No ilcito penal. Para que um ato de improbidade seja tambm considerado ilcito penal, necessrio que esteja tipificado como tal em Lei Penal.

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    OBS: Todo crime contra administrao ato de improbidade, mas nem todo ato de improbidade crime. - Tambm no ilcito administrativo. Mas a Lei 8.112/90, estatuto dos servidores, pode estabelecer que um ato de improbidade seja tambm infrao funcional, sendo, neste caso, tambm ilcito administrativo. - Tem natureza de Ilcito Civil, embora alguns doutrinadores considerem que ela pode ter natureza de ilcito poltico em alguns casos. apurado pela Ao de Improbidade Administrativa, que tem natureza de Ao Civil Pblica. OBS: Um Ato de Improbidade que seja ilcito civil, poder tambm ser um Ilcito Penal e Ilcito Administrativo, hiptese na qual haver procedimento para punio nas instncias civil, administrativa e penal. - Regra Geral: Incomunicabilidade das Instncias. Excees: a. Sentena Absolutria no Processo Penal por inexistncia do fato ou negativa de autoria: Neste caso, h comunicao das instncias, e o absolvido no processo penal ser absolvido tambm nos processos civil e administrativo. b. Absolvio por Excludente no Processo Penal: Faz Coisa Julgada no Processo Civil no que diz respeito existncia da excludente. Contudo, ainda assim, o absolvido por excludente poder ser condenado no civil. c. Art.935, CC/02; Arts.65 e 66 do CPP; Art.126, Lei 8.112/90: Outras situaes onde h comunicabilidade de instncias. - No h necessidade de sobrestao dos processos civil e administrativo enquanto correr o processo penal, mas o ideal o que o juiz o faa, embora no seja obrigado a faz-lo. SUJEITO PASSIVO (Art.1, Lei 8429/92): a. Administrao Direta, Sociedade de Economia Mista, Empresa Pblica, Autarquias e Fundaes. b. Pessoa Jurdica na qual o Poder Pblico participe com mais de 50%. Neste caso, a PJ est sujeita integralmente Lei de Improbidade. c. Pessoa Jurdica na qual o Poder Pblico participe com menos de 50%: Neste caso, as sanes ficaro limitadas ao patrimnio, e a sano pela improbidade ficar limitada ao prejuzo causado ao Poder Pblico. Ex. Fundos de Penso das Empresas Pblicas e Sociedade de Economia Mista. SUJEITO ATIVO: a) Agentes Pblicos, inclusive os agentes polticos, embora haja uma reclamao no STF com objetivo de exclu-los da lei de improbidade. b) Terceiros: Desde que induzam, concorram ou se beneficiem da prtica do ato. Entretanto, no responder por todas as penas da ao de improbidade.

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    c) Pessoa Jurdica poder ser sujeito ativo de improbidade: Tambm no sofrer todas as sanes, limitar-se- s penas possveis de serem aplicadas a uma Pessoa Jurdica. OBS: Alguns autores entendem que mesmo os advogados privados podero praticar ato de improbidade quando atuarem em processo judicial, por exemplo. ATOS DE IMPROBIDADE: a) Atos que geram ENRIQUECIMENTO ILCITO (art.9): - O art. 9 rol exemplificativo, basta que a conduta se enquadre no caput do artigo para que haja enquadramento no ato de enriquecimento ilcito. - Sanes:

    I) Devoluo do acrescido ilicitamente. II) Ressarcimento dos prejuzos causados, quando houver prejuzo ao errio.

    III) Suspenso de direitos polticos, de 8 a 10 anos. IV) Perda da Funo. V) Aplicao da Multa Civil: At 3 x o que foi acrescido ilicitamente. VI) Proibio de Contratar, receber benefcios e incentivos fiscais pelo prazo de 10 anos. b) Atos de Improbidade gerada por DANOS AO ERRIO (art.10): - Sanes:

    I) Ressarcimento dos prejuzos causados. II) Perda da Funo. III) Suspenso dos Direitos Polticos, de 05 a 08 anos. IV) Multa Civil: at duas vezes o Dano Causado ao Errio. V) Proibio de contratar, receber incentivos fiscais e creditcios do Estado, durante 05 anos. OBS: Poder haver devoluo do acrescido, apenas pelo 3 que cometeu o ato de improbidade juntamente com o agente, mas no haver possibilidade de devoluo do por parte do agente. c) Atos de Improbidade por VIOLAO AOS PRINCPIOS DA ADM. PBLICA (art.11): - No necessrio que a violao seja a Princpio que esteja no rol do art.11. OBS: Doao: Limitada s hipteses do art.17 da Lei 8666/93, que foi alterado pela Lei 11196/05, qualquer doao fora dessas hipteses ensejar improbidade. OBS: Placa Informativa de obras e servios pblicos: No ensejam improbidade. Entretanto, placas e publicidades de promoo de agentes pblicos, mesmo quando feita por terceiros, enseja improbidade administrativa. OBS: Infrao ao Princpio da Igualdade no Concurso Pblica: Tambm enseja improbidade.

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    - Sanes:

    I) Perda da Funo. II) Suspenso dos Direitos Polticos de 03 a 08 anos. III) Multa Civil: At 100 x, mais o correspondente ao salrio mensal do agente. IV) Proibio de contratar e receber incentivos fiscais e creditcios do poder pblico pelo prazo mximo de 3 anos. OBS: possvel o ressarcimento dos prejuzos causados, por dano moral ou intelectual, mesmo que no tenha havido dano econmico. OBS: No h possibilidade de devoluo do acrescido, nem mesmo pelo 3 particular. d) Disposies em Comum s trs Modalidades de Improbidade: - No possvel misturar penas imputadas a mais de um ato de improbidade, quando o agente praticou mais de uma modalidade. As penas podero ser aplicadas isoladamente ou em bloco. O juiz dever levar em conta a gravidade do ato para decidir se aplica uma, algumas ou todas as penas atribudas modalidade de improbidade praticada. - A Lei de Improbidade leva em conta o que fez o agente pblico, sem importar o que fez o 3 particular. Se o agente praticou a conduta A, o particular responder na ao de improbidade pela conduta A, mesmo que tenha incorrido em outro tipo de ilcito administrativo que enseje improbidade. - No h cumulao de punies, se o agente praticou mais de 1 ato de improbidade, responder apenas pelo mais grave. ELEMENTO SUBJETIVO: - Art.10: O Ato de improbidade praticado com Dano ao Errio, tipificado no art.10, a nica modalidade que aceita expressamente que o agente seja punido se agiu com dolo ou culpa. - Enriquecimento Ilcito e Violao a Princpio da Administrao Pblica s podem ser praticados na modalidade dolosa, segundo entendimento da maioria da doutrina. OBS: O Ministrio Pblico entende que mesmo o enriquecimento ilcito e a violao a princpio da administrao pblica devem ocorrer na modalidade culposa e dolosa. AO JUDICIAL:

    Natureza Jurdica

    - A Ao de Improbidade tem natureza de Ao Civil Pblica. Por ter natureza de ACP, poder ou no ser precedida de Inqurito Civil. Esse inqurito servir como investigao preliminar. - OBS: Alguns doutrinadores criticam esse entendimento, sob fundamento de que a Lei de Improbidade prpria e o seu procedimento tambm prprio. Por isso, o melhor a fazer numa prova fazer uma Ao de Improbidade.

    Legitimidade

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    OAB XIX EXAME 1 FASE Direito Administrativo Aulas 01 a 09

    Matheus Carvalho

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    - Ministrio Pblico e a Pessoa Jurdica lesada do rol do art.1, que ser sujeito passivo do ato de improbidade e sujeito ativo de ao de improbidade. OBS: Se o Ministrio Pblico for o autor da ao, dever notificar a Pessoa Jurdica lesada para, se ela quiser, integrar o processo como Litisconsorte do MP. Se a autora da ao for a Pessoa Jurdica lesada, o Ministrio Pblico dever partici