desafios e oportunidades : como anda a educação no brasil?

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DESAFIOS E OPORTUNIDADES: COMO ANDA A EDUCAÇÃO NO BRASIL? Maria Helena Guimarães de Castro Abril 2009

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Desafios e Oportunidades : como anda a Educação no Brasil?. Maria Helena Guimarães de Castro Abril 2009. Matrículas: o Brasil possui 60 milhões de estudantes. Contexto. Autonomia dos 27 Estados e dos 5 mil municípios na Educação Básica Ensino Fundamental de 9 anos (6 a 14 anos) - PowerPoint PPT Presentation

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DESAFIOS E OPORTUNIDADES:

COMO ANDA A EDUCAÇÃO NO BRASIL?

Maria Helena Guimarães de Castro

Abril 2009

CONTEXTO

Matrículas: o Brasil possui 60 milhões de estudantes.

7,2

33,7

9,0

4,6

2,9

4,5

62,0

0,1

EducaçãoInfantil

EnsinoFundamental

Ensino Médio EJA Ed.Profissional **

Ed. Superior * Pos Graduação***

Total

CONTEXTO

Autonomia dos 27 Estados e dos 5 mil municípios na Educação Básica

Ensino Fundamental de 9 anos (6 a 14 anos)

Ensino Médio (15 a 17 anos)

Investimento Público: 3,9% do PIB

Financiamento: Estados 45% Municípios 40% Governo Federal 15%

MELHOROU A ESCOLARIDADE, MAS OS DESAFIOS SÃO ENORMES

O atraso educacional brasileiro: baixa escolaridade.

Número médio de anos de estudo de pessoas de 10 anos ou mais de idade

Ano Homens Mulheres1960 2,4 1,91970 2,6 2,21980 3,9 3,51990 5,1 4,91995 5,0 5,32001 6,0 6,32006 6,6 7,0

Fonte: Relatório Pnud IDH, 1996 e IBGE, Pnad, 2006.Notas: Dados de 1995 calculados pelo MEC/Inep/Seec c/ base na Pnad/1995 (1) Excluída a população rural de RO, AC, AM, RR, PA e AP

INDICADORES DE ACESSO

Acesso e conclusão

65% concluem o Ensino Fundamental. 42% concluem o Ensino Médio.

0 a 6anos

7 a 14anos

15 a 17anos

18 a 24anos

25 anosou mais

1996 30,9 93,7 74,4 31,1 3,02006 43 97,6 82,2 31,7 5,6

Fonte: PNAD 1996 e 2006

Taxas brutas de matrícula

Fundamental Médio Superior1996 89,9 28,3 10,62006 95,3 51,9 12,3

Taxas líquidas de matrícula

Fonte: PNAD 1996 e 2006

PUBLICO X PRIVADO

Tamanho das redes de ensino

Fundamental Médio SuperiorRede pública 88,3 85,4 23,6Rede privada 11,7 14,6 76,4

Tamanho das redes de ensino

Fonte: PNAD 2006.

15 ANOS DE REFORMAS

Anos 90: uma década de reformas Conferência Nacional de Educação, 1994. Novo Sistema de Avaliação e Informação:1995 FUNDEF: APROVADO EM 1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação/LDB:1996 Parâmetros Curriculares Nacionais: 1998 Diretrizes Nacionais do Ensino Médio:1998 Implantação do ENEM: 1998 Plano Nacional de Educação: 2000

15 ANOS DE REFORMAS

Prova Brasil: 2005 FUNDEB: 2006 Plano de Desenvolvimento da

Educação/PDE: 2007 IDEB: 2007 Plano de Ações Articuladas/PAR: 2008 Novo ENEM: 2009 Proposta de reforma do ensino médio:

2009

O DESAFIO DA QUALIDADE

PISA - Matemática0 100 200 300 400 500 600

Finlândia

Coréia

França

Espanha

Alemanha

Portugal

México

Argentina

Chile

Brasil

2000 2006

O DESAFIO DA QUALIDADE

PISA - Leitura0 100 200 300 400 500 600

Finlândia

Coréia

França

Alemanha

Espanha

EUA

Portugal

México

Indonésia

Brasil

2003 2006

O DESAFIO DA QUALIDADE

Porcentagem de alunos acima do nível 3PISA 2006: o Brasil está no final da fila dos 56 países participantes

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Mat. Leit.

Brasil

México

Uruguai

Grécia

Portugal

Espanha

Polônia

OCDE

Inglaterra

Austrália

Japão

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

O que explica a situação da educação no Brasil ?Baixo investimento: 3,6% do PIB em 1996 e 3,9% do PIB em 2006; Investimento no EF: US$ 1159,00/aluno por ano

- EUA: US$ 8800,00/aluno por ano- Noruega e Suíça investem 10 vezes mais- Investimento baixo mesmo comparado à AL: Chile e México investem o

dobro Investimento no Ensino Superior: US$ 9019,00/aluno por ano

- Média da OCDE:US$ 11000,00/aluno por ano. Faltam recursos para a educação básica

O CONTEXTO DAS REFORMAS

O que explica a situação da educação no Brasil ?

Modelo de desenvolvimento econômico desvinculado de políticas sociais Universalização tardia do acesso ao Ensino Fundamental Altos índices de repetência e defasagem idade-série Faltam professores Baixos salários e formação inicial inadequada dos professores Turno escolar pequeno: baixo número de horas-aulas (média: 4 horas/dia) Baixa escolaridade dos pais e falta de acesso a bens culturais 70% dos pais consideram que as escolas públicas são boas, não há demanda

social por qualidade.

AS AVALIAÇÕES NACIONAIS NO CONTEXTO DAS REFORMAS

Sistemas de Avaliação: SAEB: Sistema de Avaliação da Educação Básica (1.995) Prova Brasil ( 2005) ENEM: Exame Nacional do Ensino Médio (1998) ENCCEJA: Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos (2000) SARESP: Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São

Paulo (1996) Enade: Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Ensino Superior):

2004

Indicadores: IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ( 2007); IDESP – Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo

AS AVALIAÇÕES NACIONAIS

SAEB: Evolução das médias – Língua Portuguesa

188 187171 165 169 173 176

256 250233 235 232 227 235

290 284267 262 267

249 261

0

50

100

150

200

250

300

350

1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

4a série E.F. 8a série E.F. 3a série E.M.

AS AVALIAÇÕES NACIONAIS

SAEB: Evolução das médias – Matemática

191 191 181 176 177 182 193

253 250 246 243 245 233 247

282 289 280 277 279260 273

0

50

100

150

200

250

300

350

1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

4a série E.F. 8a série E.F. 3a série E.M.

AS AVALIAÇÕES NACIONAIS: O QUE REVELAM OS DIAGNÓSTICOS?

Relativa estabilidade no desempenho dos alunos Atraso é fator de maior impacto no baixo rendimento escolar Ciclo ou seriado: desempenho é o mesmo Hábito de leitura e lição de casa fazem a diferença Escolas das capitais e particulares obtêm maiores médias Grande heterogeneidade inter e intra-sistemas de ensino

AS AVALIAÇÕES NACIONAIS: O QUE REVELAM OS DIAGNÓSTICOS?

Fatores associados aos desempenho dos alunos Escolaridade dos pais Repetência e atraso escolar Uso de livro didático e de leitura Infra-estrutura e condições de funcionamento da escola Projeto pedagógico, equipe, “clima” da escola Dedicação exclusiva ao magistério (do professor) Nível sócio-econômico do professor e do diretor Desenvolvimento do conteúdo (pelo professor) Fazer lição de casa e participação dos pais

AS AVALIAÇÕES NACIONAIS: O QUE REVELAM OS DIAGNÓSTICOS

Características das escolas Tempo em sala de aula (5+h) Formação de turmas de acordo com a idade

Características dos alunos Fazer pré-escola Escolaridade da mãe (nível médio)

AS AVALIAÇÕES NACIONAIS: O QUE REVELAM OS DIAGNÓSTICOS?

Só recursos resolvem ?

Países da OECD aumentaram significativamente os gastos, mas os resultados em educação estagnaram de 1970 a 1994

Relatório McKinsey: Austrália, França, N. Zelândia, Alemanha, EUA

Só aumento do investimento não resulta em mais qualidade do ensino

Onda de reformas educacionais nos últimos 20 anos

AS AVALIAÇÕES NACIONAIS: O QUE REVELAM OS DIAGNÓSTICOS?

A formação inicial e continuada dos professores é inadequada;

Descentralização sem responsabilização das escolas;

Elevada rotatividade dos docentes e diretores;

Falta política de fixação das equipes;

Não há cobrança de resultados;

O tempo de permanência na escola não é suficiente para uma educação de qualidade

Ampliação da oferta de educação infantil

BONS VENTOS, NOVOS DESAFIOS Mobilização da sociedade civil : Compromisso “Todos pela Educação”

Prova Brasil

Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB)

Melhoria do desempenho dos alunos na 4ª. série

Organização e gestão dos sistemas e das escolas

Currículo, avaliação e responsabilização (accountability)

Educação para valores.

e Desenvolvimento da Educação (PDE )

NOVOS DESAFIOS

Foco principal: qualidade da educação básica

Financiamento e prioridades do investimento em educação

Investimento em novas competências (novas tecnologias, idiomas, meio ambiente, comunicação)

Revisão das carreiras, formação e incentivos aos professores

Pesquisa aplicada ao ensino

Sociedade do conhecimento requer aprendizagem e educação ao longo da vida PARA TODOS

Obrigada !

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