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CURRÍCULO E AVALIAÇÃO:

Poucos Avanços

DESAFIOS NEM SEMPRE ATUAIS

PROFA. DRA. MARIA INÊS FINI

Brasil – Avaliação da Educação Básica Currículo

(implícito ou explícito) Prova Série Regularidade Foco Resultados

Lista de conteúdos indicado

pelas SEE estaduais em 1996

como currículo

SAEB

ANEB

5ª, 9ª (EF)

3ª (EM)

Cada 2 anos

Início 1995

L. Portuguesa

(leitura)

Matemática SISTEMAS

Idem ao SAEB

Prova Brasil

ANRESC

Matriz divulgada

5ª, 9ª (EF)

9 ( EF)

ANA

Cada 2 anos

Início 2005

Experimental em 2013

Amostral em 2012

Universal em 2013

L. Portuguesa

(leitura)

Matemática

Ciências

Alfabetização

ESCOLAS

Escolas

Princípios da LDB e

disciplinas fundamentais do

currículo do ensino médio ENEM

3ª (EM)

egressos

Anual

Início 1998

Multidisciplinar

Redação

Indivíduo

Escolas desde 2005

Competências de áreas

indicadas nas diretrizes do

fundamental e médio ENCCEJA EF e EM 2002, 2006, 2007,

2008 Todas as áreas

Certificação

individual de nível de

ensino

Habilidades reduzidas das

matrizes das áreas do

ENCCEJA ensino médio mais

lista de conteúdos das

disciplinas

NOVO ENEM

(ENEM + ENCCEJA)

3ª (EM)

egressos 2009, 2010, 2011, ...

Todas as áreas

(disciplinas) EM

Indivíduo

Certificação

Universidades

Avaliação das

escolas de EM

Referencial próprio de

habilidades para suporte à

resolução de problemas nas

áreas especificas

PISA

(OECD) 15 anos

2000, 2003, 2006,

2009,

.......

Letramento em

Leitura, Matemática,

Ciências, Resolução

de problemas Sistema Nacional

Currículo nacional para a educação básica

Dilemas antigos e ainda atuais

1 Deve haver um currículo nacional?

2 Quem o define?

3 O acesso a uma base comum de conhecimentos, valores e

habilidades, pode ser válido para sociedades altamente

heterogêneas como a nossa?

4 Qual é o tamanho ideal do currículo? Deve ser exaustivo? Como

selecionar?

5 O Currículo deve ser fechado, “meio aberto” ou totalmente

aberto?

6 Qual é o modelo de organização curricular mais adequado?

7 Qual é o ponto de partida para repensar o currículo nacional?

Como São Paulo enfrentou

esses dilemas a partir de

2007

SÃO PAULO 2007: REESTRUTURAÇÃO

CURRICULAR

Dentro do plano das 10 metas:

• Apoio aos professores para enfrentar o problema do desempenho insuficiente dos alunos.

• Construir ou reconstruir a Proposta Curricular do Estado de São Paulo

Currículo da Educação Básica

Todos os referenciais estão dados pela

LDB, Parâmetros e Diretrizes Nacionais.

Cada sistema tem o dever de propor o seu

currículo, e as escolas dentro de cada

sistema, a sua proposta pedagógica.

Anunciar claramente à sociedade quais são

as expectativas de aprendizagem

desejáveis em cada série, ciclo e disciplina.

PROJETOS LER E ESCREVER - 1 ao 5

SÃO PAULO FAZ ESCOLA - 6º ao 9º ano e Ensino Médio

Princípios da organização curricular

• Currículo é cultura.

• Currículo referido a competências.

• Currículo que tem como prioridade a competência leitora e escritora.

• Currículo que articula as competências para aprender.

• Currículo contextualizado no mundo do trabalho.

ESTRUTURA DOS MATERIAIS DE APOIO • Propostas Curriculares (13 cadernos)

• Cadernos do Gestor (8 cadernos, 3 por ano)

• Cadernos do Professor (268 cadernos por

ano,13 cadernos x 4 volumes x séries)

• Cadernos do Aluno (268 cadernos por ano,

13 cadernos x 4 volumes x séries)

• Cadernos de Recuperação Intensiva e

Paralela (5 jornais e 10 revistas em 2008 e 10

cadernos em 2009)

ESTRUTURA DOS MATERIAIS DE APOIO

• 542 originais para impressão para professores e

gestores, totalizando mais de 25.000 páginas.

• 268 vídeos para orientação do trabalho docente,

por bimestre/disciplina disponíveis por streaming.

• 04 conjuntos de CDs/DVDs com textos, imagens

e áudios para apoio ao trabalho docente.

• 1 “site” interativo e informativo

(http://www.saopaulofazesola.sp.gov.br)

Aplicativo para registro de experiências de

gestão do currículo (escola e sala de

aula);ferramentas de trabalho colaborativo entre

as equipes; ferramentas de pesquisa junto à

rede.

IMPLEMENTAÇÃO: principais ações de apoio

• Criação de 12.000 funções de coordenadores pedagógicos.

• Grande mobilização de professores, diretores, dirigentes, PcOPs

e professores coordenadores, em Seminários, Encontros de

Capacitação presenciais e à distancia pela Rede do Saber,

Minicursos no Programa A Rede Aprende com a Rede, etc.

• Diversificação curricular do ensino médio com os Programas:

Apoio à Continuidade de Estudos e PEP Programa de Educação

Profissional.

• Criação do Programa de Especialização da Formação Docente

REDEFOR, em parceria com as universidades públicas paulistas.

• Criação do IDESP e da política de bônus por desempenho para

valorização do professor.

• Realização de concursos para a valorização do professor por

mérito.

• Criação da Escola do Professor.

• Adequação do SARESP.

SARESP

• Avaliação externa da Educação Básica, realizada desde 1996.

• A partir de 2007, articulação expicita com o currículo os resultados da

avaliação do Saresp em Língua Portuguesa e em Matemática são passíveis de

comparação com aqueles da avaliação nacional. (Saeb/Prova Brasil) e aos

resultados do próprio Saresp ano após ano.

• Itens pré-testados; Provas calibradas; Habilidades comuns às do SAEB;

• Questionários sobre fatores associados.

• Desde 2009 as redes municipais e particulares puderam aderir ao SARESP.

• Anualmente, avaliação em Língua Portuguesa e Matemática para compor o

programa de Gestão por Resultados, com alternância entre as disciplinas das

áreas de Ciências da Natureza e Ciências Humanas, nas 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries

do EF e na 3ª série do EM.

• Correção externa de amostra das redações e de questões abertas em

Matemática.

• Matrizes de Referência para a Avaliação (5 volumes)

• Documentos com exemplos comentados de itens de medem todas as

habilidades.

• Relatórios pedagógicos (6 volumes, sendo 3 por ano)

• VALIDAÇÃO, CAPACITAÇÃO, DIA DO SARESP NA ESCOLA.

Em São Paulo, a partir de 2007, o desempenho insuficiente

dos alunos foi inserido como problema a ser enfrentado:

• ao nível central das políticas públicas,

• ao nível centralizado de gestão da rede,

• de gestão da escola,

• de coordenação e supervisão pedagógica,

• e ao nível da gestão da aprendizagem

• pelo professor e da sala de aula.

Entretanto, a evolução do desempenho dos alunos de

São Paulo ainda não é significativa.

Onde falhou?

• Os esforços para criação e implantação do currículo não foram adequados?

• Ou suficientes? • O tempo pedagógico de implementação deveria ser

maior? • A ênfase nas politicas curriculares não tiveram

continuidade? • A quebra de concentração dos esforços nas ações

de implementação é uma das responsáveis?

São características próprias da

organização do sistema?

ou

São as características da sociedade do

conhecimento que impactam no modelo de

escola que temos?

Contexto:

Vivemos numa cultura digital, num oceano de informações,

num sistema muito heterogêneo, com as redes interativas

de comunicação, em sistemas abertos e dinâmicos,

acessíveis a qualquer momento e em qualquer lugar.

A educação passa a estar ao alcance de todos num espaço

aberto e contínuo e num tempo flexível e não linear.

O que fazer para não perder o locus da escola formal?

Uma mudança radical se impõe desde sua organização física até seus tempos e espaços curriculares. • Muitos pensadores modernos afirmam que deveríamos

ter uma organização curricular comum para todas as

escolas que precisariam ter a autonomia para

complementa-la, enriquecendo-a com suas

possibilidades, a partir de projetos compartilhados com a

comunidade, onde os saberes constituídos apoiariam

seus desenvolvimentos, numa aprendizagem

personalizada e cooperativa, que permitissem aos alunos

desenvolver as estruturas para aprender a aprender,

sempre, depois da escola.

• Ensinar passaria a ser a organização e a regência de

condições facilitadoras do desenvolvimento dos

alunos.

Já se aceita, felizmente, que o currículo deve

comprometer-se para além da transmissão de

conteúdos.

Espera-se que as propostas curriculares

• superem a divisão estanque das disciplinas,

anunciem claramente o que está previsto nas

trajetórias curriculares dos alunos;

• englobem o monitoramento do desenvolvimento

de competências cognitivas e também as sociais e

de comunicação, como formalizadas nas

discussões mais modernas das Cross curricular

competences ou competências transcurriculares.

Dilema Novo e Atual:

Quem deve comandar a

construção de um currículo

nacional e a necessária

adequação dos sistemas de

avaliação a esse currículo?

Obrigada, [email protected]