cultura da batata - ucanorte xxi · 2020-01-03 · doenças e pragas mais comuns na cultura da...

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| 1 INFORMAÇÃO TÉCNICA 01 Cultura da Batata Classificação 02 Clima Solo Preparação do Terreno 03 Fertilização Plantação 04 Rega Pragas e Doenças Colheita 05 | 06 Variedades e Características 07 Variedades e Características Experimentação UCANORTE XXI Av. Augusto Ferreira Moutinho Ramos, 25 4425-307 Folgosa, Maia – Portugal Tel. +351 229 865 010 | Tlm. +351 969 508 734 Email [email protected] A batata é originária da América do Sul onde era cultivada pelos Incas e outros povos, muito antes dos navegadores Espanhóis a terem trazido para a Europa. Foi provavel- mente no Chile que os indígenas iniciaram a exploração do Solanum tuberosum, como planta alimentar, lançando as bases de uma das mais importantes culturas mundiais dos nossos dias. Pouco a pouco a sua utilização foi aumen- CULTURA DA BATATA CLASSIFICAÇÃO tada, incrementando assim o aumento da área dedicada à cultura, estendendo-se por todos os países, de modo a constituir hoje, a par do trigo, do milho e do arroz, uma das mais importantes fontes de alimentação da população de todo o mundo. De acordo com alguns historiadores a batata foi introduzida no nosso País pouco antes de 1760, primeiro em Trás-os-Montes e em se- guida no Minho e Beiras. A batata é uma espécie da família das sola- náceas, a que pertence também o tomateiro, o pimento e a berinjela. É uma planta anual, embora, potencialmen- te, se possa considerar vivaz. As raízes da batateira são adventícias, nas- cendo em grupos de três ou quatro nos nós dos caules subterrâneos. O sistema radicular é superficial, mantendo-se na camada super- ficial do solo, mas uma ou outra raiz pode ser aprofundante penetrando no subsolo. A parte subterrânea do caule é ramificada, de secção circular, bastante rígida dando origem nas extremidades a tubérculos que são ór- gãos de reserva alimentar e que constituem o que vulgarmente, se chama: “batatas”. Quanto ao seu ciclo as variedades podem ser: Temporãs ( 70-80 dias ) Semi-temporãs (90- 100 dias ) Semi-serôdias (100-120 dias) Serôdias (130-150 dias) Muito serôdias (> 150 dias) Sob o ponto de vista da sua utili- zação, as batatas dividem-se em industriais, forra- geiras e hortícolas. Quanto à cor da pele, as varie- dades podem ser amarelas, vermelhas, roxas ou bicolores. Quanto à cor da polpa, podem ser brancas, amarelas e em número dimi- nuto arroxeadas. A batata foi intro- duzida no nosso País pouco antes de 1760. O fruto da batateira é uma baga que pode ter até cerca de 500 sementes. A batata a par do trigo, do milho e do arroz é uma das mais im- portantes fontes de alimentação da po- pulação de todo o mundo. Nalguns Países faz parte do arraçoamen- to de animais como fonte de amido. Pontos de interesses especiais ATUALIZADO EM DEZEMBRO DE 2019

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Page 1: CULTURA DA BATATA - Ucanorte XXI · 2020-01-03 · Doenças e pragas mais comuns na cultura da batata: lher devem manter-se durante duas ou mais semanas a 10º C antes de eventualmente

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INFORMAÇÃOTÉCNICA

01Cultura da BatataClassificação

02ClimaSoloPreparação do Terreno

03FertilizaçãoPlantação

04RegaPragas e DoençasColheita

05 | 06Variedades e Características

07Variedades e CaracterísticasExperimentação

UCANORTE XXIAv. Augusto Ferreira Moutinho Ramos, 254425-307 Folgosa, Maia – Portugal

Tel. +351 229 865 010 | Tlm. +351 969 508 734Email [email protected]

A batata é originária da América do Sul onde era cultivada pelos Incas e outros povos, muito antes dos navegadores Espanhóis a terem trazido para a Europa. Foi provavel-mente no Chile que os indígenas iniciaram a exploração do Solanum tuberosum, como planta alimentar, lançando as bases de uma das mais importantes culturas mundiais dos nossos dias.Pouco a pouco a sua utilização foi aumen-

CULTURA DA BATATA

CLASSIFICAÇÃO

tada, incrementando assim o aumento da área dedicada à cultura, estendendo-se por todos os países, de modo a constituir hoje, a par do trigo, do milho e do arroz, uma das mais importantes fontes de alimentação da população de todo o mundo.De acordo com alguns historiadores a batata foi introduzida no nosso País pouco antes de 1760, primeiro em Trás-os-Montes e em se-guida no Minho e Beiras.

A batata é uma espécie da família das sola-náceas, a que pertence também o tomateiro, o pimento e a berinjela.É uma planta anual, embora, potencialmen-te, se possa considerar vivaz.As raízes da batateira são adventícias, nas-cendo em grupos de três ou quatro nos nós dos caules subterrâneos. O sistema radicular é superficial, mantendo-se na camada super-ficial do solo, mas uma ou outra raiz pode ser aprofundante penetrando no subsolo.A parte subterrânea do caule é ramificada, de secção circular, bastante rígida dando origem nas extremidades a tubérculos que são ór-gãos de reserva alimentar e que constituem o que vulgarmente, se chama: “batatas”.

Quanto ao seu ciclo as variedades podem ser: Temporãs ( 70-80 dias )Semi-temporãs (90- 100 dias )Semi-serôdias (100-120 dias)Serôdias (130-150 dias) Muito serôdias (> 150 dias)

Sob o ponto de vista da sua utili-zação, as batatas dividem-se em industriais, forra-geiras e hortícolas.

Quanto à cor da pele, as varie-dades podem ser amarelas, vermelhas, roxas ou bicolores.

Quanto à cor da polpa, podem ser brancas, amarelas e em número dimi-nuto arroxeadas.

A batata foi intro-duzida no nosso

País pouco antes de 1760.

O fruto da batateira é uma baga que pode ter até cerca de 500

sementes.

A batata a par do trigo,

do milho e do arroz é uma das mais im-portantes fontes de alimentação da po-

pulação de todo o mundo.

Nalguns Países faz parte do arraçoamen-

to de animais como fonte de amido.

Pontos de interesses especiais

ATUALIZADO EM DEZEMBRO DE 2019

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A batateira requer clima fresco tanto para o desenvolvimento geral da planta como para a formação dos tubérculos.Temperaturas de 15 a 20º graus centígrados são as mais favoráveis.A 30º centígrados, como regra geral, não se formam tubérculos. A temperatura elevada provoca uma intensificação da respiração das plantas com a consequente redução dos hidratos de carbono e do crescimento dos tubérculos. Em condições de grande intensi-dade luminosa a temperatura limite para a

CLIMA

SOLO

formação das batatas pode subir para valo-res mais elevados, mas as produções nunca atingem níveis muito altos, a menos que , por uma frequente e criteriosa rega, se consiga diminuir a temperatura do solo obrigando a decrescer a transpiração, pelo menos dos tu-bérculos. A rama da batateira é extremamen-te sensível às geadas, mesmo que ligeiras.Ao longo do ciclo vegetativo da batateira , as chuvas têm mais importância pela dis-tribuição do que, propriamente , pela sua abundância. Os excessos de água atrasam

a maturação, em especial nos terrenos mais fortes, a irregularidade das quedas pluviomé-tricas origina produções mais baixas e tubér-culos deformados. Regas em demasia, após a tuberização, podem reduzir a produção por provocarem apodrecimento dos tubérculos; além disso, diminui as suas qualidades de armazenamento. Dias longos e temperatu-ras elevadas favorecem o desenvolvimento vegetativo, mas a tuberização, em especial se pretendemos produção temporã, exige tem-peraturas moderadas e dias mais curtos.

Desde os terrenos arenosos aos argilosos, todos podem ser utilizados na cultura desta espécie. Os melhores resultados, porém, ob-têm-se nos terrenos frescos, medianamente compactos, e relativamente soltos que con-sentem o engrossamento fácil dos tubércu-los. A batata é muito sensível ao grau de dre-nagem e principalmente ao arejamento.A facilidade de penetração do ar é, assim fator fundamental do bom êxito, o que favo-rece os solos de boa porosidade, na escolha para a cultura.

Por outro lado, nos solos ligeiros, os tubér-culos apresentam uma forma mais regular e uma tonalidade de pele mais clara e unifor-me. Outro fator extremamente importante para esta cultura é a temperatura do solo. Com efeito a produção de tubérculos tem o seu ótimo entre os 20-25º; abaixo do pri-meiro valor começa a ser retardada, acima de 29º C é completamente inibida. A batata prefere terrenos ligeiramente ácidos. Quando o PH baixa até 4,8-5,4 algumas doenças e, em particular a sarna deixam de encontrar condi-

ções favoráveis para o seu desenvolvimento; contudo reações entre 5,2-6,4 são as que dão maiores produções.Devem utilizar-se solos que não tenham tido batatas pelo menos durante dois anos. De-vem assegurar-se que esses solos estejam isentos de Nemátodos e Rizoctonia. Utilizar sempre batatas certificadas, originária de empresas conceituadas e reconhecidas.

A batateira exige uma preparação cuidada do terreno.Formando-se debaixo da terra, o produto a colher, compreende-se a necessidade de que se encontre leve e arejada e, assim impõe-se lavouras fundas, e lavouras secundárias com o objetivo de esmiuçar a terra para uma melhor emergência e homogeneidade de im-plantação em todo o terreno.

PREPARAÇÃO DO TERRENO

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Elemento Riqueza do Solo Variedades

Quantidades Médias a Aplicar

Batata de Semente Batata de Consumo BatataPrimor

ComEstrumação

SemEstrumação

ComEstrumação

SemEstrumação

Azoto

Temporãs 50-70 80-100

100 a 200Semi-temporãsSemi-tardias

30-5020-40

60-8040-60

100-12080-100

120-150100-120

FósforoMB / B / M 20-100 100-120 80-100 100-120

100 a 150A / MA 60-80 80-100 60-80 80-100

PotássioMB / B / M 150-200 200-250 200-250 250-300 200 a 250

A / MA 100-150 150-200 150-200 200-250

FERTILIZAÇÃO

PLANTAÇÃO

A fertilização deve ser sempre feita de acor-do com os resultados da análise de solo. É importante reter que a batata retira do solo cerca de 130 a 170 quilos de azoto, 50 a 75 quilos de fósforo, e 250 a 280 quilos de po-tássio além de 65 a 85 quilos de oxido de cálcio, 25 quilos de magnésio e 12 a 15 quilos de enxofre.Estes valores variam com vários fatores e por isso são indicativos.A pratica de enterramento de estrumes du-rante a sementeira pode provocar o desen-volvimento da sarna ou outras doenças bac-terianas. Doses exageradas de azoto podem reduzir a percentagem de amido e a quali-dade dos tubérculos, assim como o atraso

da maturação favorece o aparecimento de algumas doenças como o míldio.O potássio é um elemento muito importante na batata, concede às plantas maior resis-tência às doenças e a alguns acidentes fisio-lógicos, como as geadas, dá aos tubérculos maior poder de conservação e por vezes melhoria do sabor.

Na plantação deve atender-se às seguintes normas: a profundidade da plantação deve andar pelos 10 cm, um pouco mais em terre-nos arenosos, e um pouco menos em terras pesadas) a distribuição da semente deve ser regular, embora os compassos entre e dentro das linhas dependam do processo de cultura e, naturalmente, do vigor vegetativo e da va-riedade. Os compassos variam na entre linha de 0,50 a 0,75 e na linha de 0,25 a 40 cm.Uma pré germinação favorece a emergên-cia e uma colheita mais precoce. O recurso ao corte da semente, possível em especial no caso de tubérculos de calibre mais gra-do, nem sempre se torna compensador por

implicar a) despesas de corte, e b) falhas de nascença, por infecção da semente com bac-térias e fungos. O adensamento da popula-ção, além da exigência de maior quantidade de semente, a partir de determinados limites, provoca a concorrência de plantas, e assim o decréscimo da respectiva produção. Por ou-tro lado ainda a menor penetração do sol en-tre as ramas e a menor circulação do ar, que são condições que favorecem o desenvolvi-mento de certas doenças.Como regra e dependendo do compasso e calibre utilizado uma plantação estabelecida em boas condições necessita de 1200 a 2000 quilos de semente por hectare.

LEGENDA

MB - Muito Baixo

B - Baixo

M - Médio

A - Alto

MA - Muito Alto

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A rega da batateira exige especial cuidado, com efeito poucas espécies são tão suscetí-veis aos excessos e às deficiências de água como esta espécie. Não é possível estabe-lecer normas para a aplicação de água pois está dependente de vários fatores, tais como a constituição e declive o terreno, a queda pluviométrica local, a própria variedade, etc.Sabe-se que a rega adequadamente feita pode aumentar consideravelmente a produ-ção por hectare.Por outro lado, os excessos de humidade tor-nam mais fácil o ataque das doenças, quer no campo quer no armazém e reduzem a quali-dade do produto.

REGA

PRAGAS E DOENÇAS

COLHEITA E CONSERVAÇÃO

Planta espalhada por todo o mundo, a bata-teira contactou, nos mais diversos ambien-tes, com muitos agentes patogénicos, que nela encontram hospedeiro propício ao seu desenvolvimento. Assim, não é de admirar que o numero de doenças que a podem ata-car seja muitíssimo elevado.As empresas de pesticidas têm calendários de tratamentos para que o agricultor se pos-sa guiar no tratamento ao longo do ciclo da cultura.

Logo que a rama inicia a secagem natural, os tubérculos encontram-se já bem encas-cados deve proceder-se à colheita. O corte prévio da rama facilita a colheita. A batata para ser armazenada deve estar bem seca, o que se consegue com a exposição ao ar por um período de 1 ou mais dias consoante a humidade dos terrenos.As condições ótimas de conservação cor-respondem a temperaturas de 3º a 5º graus centígrados e humidade relativa de 85% a 90%. Contudo as batatas acabadas de co-

Recomenda-se que a primeira rega seja mo-derada e antes dos pequenos tubérculos es-tarem formados. A rega por infiltração é pre-ferível à de alagamento.

• Míldio• Sarna• Pús da batateira ou mal Murcho• Verruga negra• Rizoctónia• Fusariose• Pé negro• Nematodos

• Alfinetes• Lesmas• Aranhiço vermelho• Traça• Afídios• Escaravelho• etc.

Doenças e pragas mais comuns na cultura da batata:

lher devem manter-se durante duas ou mais semanas a 10º C antes de eventualmente passarem para 4º C, quando tal seja possível para permitir a cura de possíveis ferimentos dos tubérculos.Alem disso, o local de armazenamento dos tubérculos, deve ser arejado e possuir uma fraca luz difusa dado que o fator luz provoca o enverdecimento dos tubérculos, e o apare-cimento da solanina, e estimula a germina-ção dos brolhos.

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PRECOCES - VARIEDADES E CARACTERÍSTICAS

SEMI-PRECOCES - VARIEDADES E CARACTERÍSTICAS

Tubérculos ovais a redondo-ovais.Grande calibre, pele amarela e polpa amarela clara. Boa qualidade culinária, tipo AB. Va-riedade muito adaptada aos Países do sul da Europa. Boa resistente ao míldio na folha e tubérculo.Moderada resistência à sarna comum.

Pele vermelha e de polpa amarela. Apresenta tubérculos com forma oval de calibre médio a grande e de pele macia.Os olhos são superficiais. Com uma boa resis-tência à sarna comum, está bem adaptada àsdiferentes épocas de plantação. Ideal para o embalamento.

Variedade com tubérculos ovais, grande calibre, pele amarela e polpa amarela clara. Boa qualidade culinária, tipo AB, não desco-lorandoapós cozedura. Excelente para consumo. Boa resistência ao míldio na folha e no tubérculo.Pouco sensível à sarna comum.

Tubérculos ovais-alongados, grande calibre, pele amarela e polpa amarelas clara. Boa qualidadeculinária, tipo B, não descolorando após a cozedura. Resistente ao Nemátodo Dourado(RO1,4). Moderadamente sensível ao míldio na folha e bastante sensível no tubérculo.Bom período de dormência.

Pele e polpa amarelas. Apresenta um rendi-mento alto e regular, com tubérculos médios a grandes e olhos superficiais.Adaptada à produção de batata primor, com uma qualidade óptima para cozinhar, tem uma cor de polpa muito estável, mesmo após cozedura. Ajusta-se a diferentes condições edafo-climáticas, sendo resistente à sarna comum e ao míldio.

Variedade com cor da pelo amarela e polpa amarela.Tubérculos de forma oval-alongada com calibres grandes.Rendimento muito alto com teor de matéria seca bom a moderado. Susceptível ao vírusdo enrolamento e ao míldio da folha, e resistente ao míldio dos tubérculos. Indicada para fritar.

Variedade precoce de pele e polpa amarelas, com tubérculos grandes e redondo-ovais, e um elevado grau de produtividade.Possui uma boa qualidade culinária do tipo AB. Muito apropriada para uma colheita precoce, é facilmente adaptada às diferentes condições edafo-climáticas. É sensível ao míldio e resistente à sarna.

Pele vermelha e polpa amarelo-clara. Tubér-culos ovais arredondados, com rendimentomuito alto, com calibres grandes e muito homogéneos.Excelente paladar. Boa resistência ao míldio da folha e do tubérculo. Boa tolerância à seca e boa conservação.

Variedade vermelha com maturação e tuberização precoces. Excelente produção com tubérculos uniformes de grande calibre. Boa resistência à Sarna Comum e uma boa tolerância à Rhizoctonia. Rápida emergência e cobre bem o solo, impedindo a instalação das infestantes.

Variedade de pele amarela e de polpa branca. Apresenta tubérculos de forma redonda-oval e de grande calibre, com uma resistência moderadamente firme, tornando-se, por isso,excelente para qualquer tipo de culinária. Com uma boa produção, adapta-se à maioria dos solos, tendo uma boa resistência às sarnas comum e pulverulenta, e ao míldio nos tubérculos.Boa capacidade de conservação.

COLOMBA

LISETA

VIVALDI AGRIA ÉVORA

RED SÓNIA

SUN RED

BELLAROSA

JAERLA ELFE

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SEMI-PRECOCES - VARIEDADES E CARACTERÍSTICAS (continuação)

SEMI-TARDIAS / TARDIAS - VARIEDADES E CARACTERÍSTICAS

Variedade ciclo médio, oblonga com alto rendimento. Calibre grande e uniforme. Pele amarela clara e polpa branca. Muito boa qualidade para coser (grupo culinário B-C), bem adaptada para fritar mesmo após armazenamento.Muito boa conservação.Pouco sensível ao míldio do tubérculo e da rama. Resistência parcial (99%) a nemátodos(Globodera rostochiensis Ro 1-4).

Variedade semi-precoce de pele vermelha e de polpa amarela, com tubérculos médios a grandes e de forma alongada-oval.Com boa qualidade culinária e excelente pala-dar. Apresenta elevada produtividade e boaresistência à maioria das doenças, bem como uma boa capacidade de armazenamento.

Variedade semi-tardia de pele amarela e polpa amarela clara, com tubérculos grandes e de forma oval. Com uma boa qualidade culinária do tipo B, não descora pós cozedura. Apresenta uma produtividade média, com olhos superficiais e boa capacidade de arma-zenamento por longos períodos de tempo. è resistente aos nematodes e à sarna comum.

Tubérculos ovais alongados, muito belos. Pode ser cultivada em solos argilosos ou arenosos. A sua excelente qualidade culinária, a cor da pele e a forma dos tubérculos tornam-na mui-to apreciada e por essa razão cada vez mais procurada no nosso país. Boas características de armazenamento. Para estimular uma rápida emergência, evitar um armazenamento a temperaturas demasiado baixas.

Variedade de pele vermelha e de polpa ama-rela clara. Os seus tubérculos são geralmente de forma alongada-oval e grandes, apre-sentando um alto rendimento na produção. Apresenta boa tolerância a condições de seca e capacidade para maiores períodos de armazenamento. Susceptível ao míldio em geral, mas resistente às sarnas comum e pulverulenta.

Tubérculos ovais-alongados, pele amarela e polpa amarela clara. Variedade muito adap-tável aos Países do sul da Europa e Norte de África. Susceptível ao Nemátodo Dourado. Moderada resistência ao míldio na folha e tubérculo. Mediana susceptibilidade à sarna comum.

Variedade semi-tardia de pele amarela e polpa branca, com forma oval – oblonga.Produções altas, boa para armazenamento, e pode ser utilizada em culinária de todas as formas com grandes qualidades gustati-vas. Resistente ao vírus Y e A , e sensível ao verticílium.

MONALISA RED SCARLETT

RED FANTASY

SPUNTA

PERDIZ DAIFLA JELLY

PICASSO KENNEBEC

MEMPHIS

Variedade semi-tardia de pele e polpa ama-relas. Apresenta tubérculos grandes e ovais, com uma produção muito alta e com uma qualidade culinária muito boa, é excelente para fritar.Resistente à maioria das doenças que atacam a batata, tem um elevado grau de dormência, o que lhe confere uma excelente capacidade para longos períodos de armazenamento.

Variedade de pele branca com olho-de-perdiz, semi-tardia com período de dormência muito longo. Emergência uniforme com bom de-senvolvimento da folhagem que lhe permite cobrir bem o solo. Produção alta com calibres grandes e uniformes, pele atrativa e brilhante no final da maturação. Boa resistência à Sarna Comum.

Tubérculos de forma oval alongada, olhos muito superficiais, pele vermelha e polpa amarela. Produções muito temporãs. Resis-tente ao nemátodo dourado da batateira(RO 1 e RO 4). Imune à verruga. Susceptível ao míldio da folha, mas resistente ao míldio do tubérculo. Boa capacidade de armazena-mento.

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Variedade de pele avermelhada, semi-tardia com produções altas, ovais e uniformes. Alto teor de matéria seca no final da maturação. Tem uma boa dormência, o que lhe permite um bom armazenamento à temperatura ambiente durante os primeiros meses.

Variedade semi-tardia. Tubérculos ovais de grande calibre, pele vermelha e polpa amare-la clara. Boa qualidade culinária, tipo B. Muito adaptada aos Países do sul da Europa e Norte de África. Boa resistência ao míldio na folha e tubérculo. Moderada susceptibilidade à sarna comum. Excelente conservação.

Variedade semi – tardia. Batata de pele vermelha e polpa amarela.Produções elevadas com resultados regulares mesmo em condições difíceis. Muito boa qua-lidade para culinária e boa conservação.

STEMSTER

DESIRÉE ROSI

YONA ROMANO

ASTERIX

BARAKA

Variedade semi-tardia de pele vermelha e polpa amarela.Muita produtiva e de calibre grande e unifor-me, apresenta polivalência culinária, tolerân-cia ao míldio e excelente conservação.Graças à sua tendência de tuberização profunda, é menos susceptível ao ataque da traça.

Variedade semi-tardia. Tubérculos ovais alonga-dos, pele vermelha e polpa amarela. Bom teor de matéria seca. Excelentes características de coze-dura e industrialização (french fries). Resistente ao Nemátodo Dourado (RO1, 4 ). Boa resistência ao míldio na folha e tubérculo. Bastante exigente a uma irrigação regular e abundante. Aconselha-se a plantação a uma distância 25% superior à variedade Desireé.

Variedade de elevadíssimo rendimento com tubérculos de grande calibre, adaptável a solos argilosos e arenosos.Tubérculos ovais-achatados. Boa qualidade de consumo. Boa resistência à seca, ao calor. Baixas necessidades de azoto.

SEMI-TARDIAS/TARDIAS - VARIEDADES E CARACTERÍSTICAS (continuação)

A Ucanorte XXI, como é habitual, tem vindo ao lon-go dos últimos anos, juntamente com as empresas obtentoras das variedades, a realizar ensaios de adaptação e produção com o objetivo de aconselhar as melhores variedades para a região.Estes ensaios são feitos em locais selecionados em diferentes zonas para termos resultados que nos permitam conhecer melhor as variedades por região quer no que respeita a produção quer à sua melhor

Uma fonte exce-lente de vitamina C, mais económica que

as laranjas.

Thiamina+Niacina, um contribuinte

valioso dasvitaminas B.

99,99%livre de gorduras, ótimo para

dietas.

Só 85 calorias, menos que uma maçã.

Ferro em quantida-des moderadas mas

numa forma facilmente utilizável pelo

organismo.

Pontos de interesses especiaisEXPERIMENTAÇÃOadaptação geográfica.Para isso trabalhamos em colaboração com os técnicos das empresas e das cooperativas para em conjunto decidirmos o que é melhor para o agricultor.Continuaremos a trabalhar para que as cooperativas associadas possam ter ao seu dispor as melhores variedades num mercado cada vez mais exigente.

Tubérculos redondos - ovais, calibre uniforme, olhos superficiais, pele vermelha e polpabranca – creme. Ligeiramente susceptível ao míldio da folha e imune ao míldio do tubérculo.Resistente ao choque e muito boa para arma-zenar. Variedade com bom paladar e própria para fritar.