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    UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARABA

    CENTRO DE CINCIAS AGRRIAS

    DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM AGRONOMIA

    RENDIMENTO DE BATATA-DOCE COM ADUBAO ORGNICA

    ARTHUR HENNYS DINIZ BARBOSA

    AREIA - PB

    2005

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    ARTHUR HENNYS DINIZ BARBOSA

    RENDIMENTO DE BATATA-DOCE COM ADUBAO ORGNICA

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    RENDIMENTO DE BATATA-DOCE COM ADUBAO ORGNICA

    Dissertao apresentada ao Programa de

    Ps-graduao em Agronomia, do Centro de

    Cincias Agrrias da Universidade Federal

    da Paraba, em cumprimento s exigncias

    para obteno do ttulo de mestre.

    rea de concentrao: Agricultura Tropical

    Arthur Hennys Diniz Barbosa(Bilogo)

    Comit de Orientao: Prof. Dr. Ademar Pereira de Oliveira

    Prof. Dr. Lourival Ferreira Cavalcante

    Prof. Dr. Walter Esfraim Pereira

    AREIA PB

    2005

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    ARTHUR HENNYS DINIZ BARBOSA

    RENDIMENTO DE BATATA-DOCE COM ADUBAO ORGNICA

    BANCA EXAMINADORA

    _______________________________________

    Prof. Dr. Ademar Pereira de Oliveira

    Orientador CCA/UFPB

    ________________________________________

    Prof. Dr. Pedro Dantas Fernandes

    _______________________________________

    Prof. Dr. Roberto Wagner C. Raposo

    AREIA PB

    2005

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    O pessimista v adificuldade em cada

    oportunidade; o otimista, a

    oportunidade em cada

    dificuldade.

    Albert Flanders

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    AGRADECIMENTOS

    Ao Centro de Cincias Agrrias da Universidade Federal da Paraba, pelaoportunidade proporcionada para a realizao do curso.

    Ao Prof. Dr. Ademar Pereira de Oliveira, pela ateno, pacincia, incentivo e

    orientao em toda a execuo do trabalho.

    A todos os professores do Programa de Ps-graduao em Agronomia que

    contriburam com seus ensinamentos para minha formao de mestre em

    Agronomia.

    Ao Coordenador do Programa de Ps-graduao em Agronomia Prof. Dr.

    Genildo Bandeira Bruno, por sua amizade, dedicao e esforo para atender s

    nossas necessidades e ao programa.

    Aos funcionrios do Programa de Ps-graduao em agronomia, em especial

    a Eliane, Zezinho e Nino.

    Aos funcionrios do setor de Olericultura (ch de Jardim): Francisco de Castro

    Azevedo (F), Jos Barbosa de Souza, Francisco Lopes de Brito e Francisco Silva

    Nascimento, pela inestimvel ajuda na conduo dos trabalhos.

    Aos funcionrios do laboratrio de anlise de solo, em especial a EdinaldoJernimo, Montesquieu da Silva e Antonio Fabiano, pela ajuda, orientao e

    realizao das anlises.

    Aos funcionrios da Biblioteca, Elisabete, Heronides (heron), Seu Joo,

    Paulinho, Balancinha, pela importante ajuda na pesquisa bibliogrfica.

    A CAPES pela concesso da bolsa de estudos.

    Aos colegas de mestrado e Doutorado: Barbosa, Evanduir, Mrcia Targino,

    Rosngela, Macio, Roni, Nustenil, Geomar, Maria, Mnica, Fabiano, Adriana,Jeandson, Jlio Csar, Vlaminck, Jos Otvio pelo apoio.

    Para no pecar por omisso, a todos aqueles que direta ou indiretamente

    contriburam para realizao e concluso deste trabalho, os meus sinceros

    agradecimentos.

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    SUMRIO

    LISTA DE TABELA .................................................................................................................... ix

    LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. xii

    RESUMO .................................................................................................................................xiii

    ABSTRACT............................................................................................................................... xv

    1. INTRODUO ........................................................................................................1

    2. REVISO DE LITERATURA ..................................................................................3

    2.1. Batata-doce ......................................................................................................3

    2.2. Matria orgnica...............................................................................................6

    2.3. Fertilizao orgnica ........................................................................................9

    2.4. Biofertilizante..................................................................................................11

    3. MATERIAL E MTODOS .....................................................................................15

    3.1. Instalao e conduo do experimento..........................................................15

    3.2. Caracteristicas Avaliadas ...............................................................................203.2.1. Peso mdio de razes comerciais .........................................................20

    3.2.2. Produo e nmero de razes comerciais e no comerciais p/ planta..20

    3.2.3. Produo total, comercial e no comercial de razes............................20

    3.2.4. Nutrientes na folha................................................................................20

    3.3. Anlise estatstica ..........................................................................................21

    4. RESULTADO E DISCUSSO ..............................................................................22

    4.1. Nmero de razes comerciais e no comerciais p/planta ...............................22

    4.2. Peso mdio de raiz comercial. .......................................................................26

    4.3. Produo de razes comerciais e no comerciais p/planta ............................30

    4.4. Produes total, comercial e no comercial de razes ...................................34

    4.5. Teor de N, P, K nas folhas.......................................................................... 41

    5. CONCLUSES .....................................................................................................48

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .....................................................................49

    ......................................................................................................................................

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Caractersticas qumicas de solo coletado a 20 cm de profundidade, no

    local do experimento. CCA-UFPB, Areia, 2005.........................................15

    Tabela 2. Dados climticos de janeiro a junho de 2004, perodo de conduo do

    experimento. CCA-UFPB, Areia-PB, 2005. ...............................................16

    Tabela 3.Caractersticas qumicas do biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB

    2005............................................................................................................19

    Tabela 4. Peso mdio de razes de batata-doce, em funo de doses de esterco

    bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB 2005......23

    Tabela 5.Peso mdio de razes comerciais (PMRC), nmero de razes comerciais

    (NRCP) e nmero de razes no-comerciais por planta (NRCNP), em

    funo da adubao orgnica e convencional. CCA-UFPB, Areia,

    2005...........................................................................................................26

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    Tabela 6. Nmero de razes comerciais por planta de batata-doce, em funo de

    doses de esterco bovino e da aplicao do biofertilizante. CCA-UFPB,

    Areia-PB, 2005..........................................................................................28

    Tabela 7. Nmero de razes no-comerciais por planta de batata-doce, em funo de

    doses de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB,

    Areia-PB, 2005..........................................................................................29

    Tabela 8.Produo de razes comerciais por planta de batata-doce, em funo dedoses de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB,

    Areia-PB, 2005..........................................................................................31

    Tabela 9. Produo de razes comerciais e no-comerciais por planta em funo da

    adubao orgnica versus a adubao convencional. CCA-UFPB, Areia-

    PB, 2005...................................................................................................33

    Tabela 10. Produo de razes no-comerciais por planta de batata-doce, em funo

    de doses de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB,

    Areia-PB, 2005..........................................................................................34

    Tabela 11.Produo total, comercial e no-comercial em funo da adubao

    orgnica versus a adubao convencional. CCA-UFPB, Areia-PB,

    2004..........................................................................................................36

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    Tabela 12.Produo no-comercial de razes de batata-doce, em funo de doses

    de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-

    PB, 2004..................................................................................................41

    Tabela 13. Teor de N, P, e K em funo de doses de esterco bovino e da aplicao

    de biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB, 2005........................................43

    Tabela 14. Teores de nitrognio (N), fsforo (P) e potssio (K) nas folhas de batata-doce em funo da adubao orgnica versus a adubao convencional.

    CCA-UFPB, Areia-PB, 2004....................................................................46

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Produo total de razes de batata-doce em funo de doses de esterco

    bovino na presena de biofertilizante aplicado na folha (y1), no solo (y2) e

    na sua ausncia (y3). Areia, CCA-UFPB, 2005.........................................35

    Figura 2. Produo comercial de razes de batata-doce em funo de doses de

    esterco bovino na presena de biofertilizante aplicado na folha (y1), no solo

    (y2) e na sua ausncia (y3). Areia, CCA-UFPB, 2005................................38

    Figura 3. Teor de fsforo na folha (g kg-1), em funo das doses de esterco bovino,

    na ausncia de biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB,

    2004............................................................................................................44

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    Figura 4. Teor de potssio na folha (g kg-1), em funo das doses de esterco bovino,

    na ausncia de biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB,

    2004............................................................................................................45

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    APNDICE

    Apndice 1. Resumos das anlises de varincia e de regresso para o peso mdio

    de razes comerciais (PMRC), nmero de razes comerciais (NRCP)e

    no-comerciais por planta (NRNCP). CCA-UFPB, Areia-PB

    2005......................................................................................................58

    Apndice 2.Resumo das anlises de varincia e de regresso para as produes

    de razes comerciais (PCPP) e no-comerciais por planta (PNCPP).CCA-UFPB, Areia-PB, 2005.................................................................59

    Apndice 3.Resumo das anlises de varincia e de regresso para as produes

    total (PT), comercial (PC) e no-comerciais (PNC) de razes de batata-

    doce. CCA-UFPB, Areia-PB, 2005.......................................................60

    Apndice 4. Resumo das anlises de varincia e de regresso para os teores deNitrognio (N), fsforo (P) e potssio (K) nas folhas de batata-doce.

    CCA-UFPB, Areia-PB, 2004....................................................................61

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    mdia de 20 t ha-1em funo das doses de esterco bovino. As mximas produes

    de razes comerciais de 14,13 e 13,47 t ha-1 foram obtidas nas doses de 14,23 e

    12,89 t ha-1, quando o biofertilizante foi aplicado no solo e via foliar, respectivamente.

    A mais elevada produo no-comercial de razes (9,18 t ha-1) foi verificada na

    ausncia do biofertilizante. A adubao orgnica foi mais favorvel para peso mdio,

    produo no-comercial por planta e produo no-comercial, sendo que o efeito

    positivo da adubao convencional foi observado na produo total com valor de 24 t

    ha-1, j para a produo comercial e no-comercial por planta no foi verificada

    diferena estatstica ente os dois mtodos de adubao. Os teores mximos de N

    nas folhas (32,3 e 34 g kg-1) foram verificados nas doses de 40 e 50 t ha-1de esterco

    bovino. O P apresentou teor mximo (3,98 g kg-1) na dose de 50 t ha-1e o K (42,8 g

    kg-1) na dose de 26 t ha-1de esterco bovino. A convencional proporcionou teores de

    N e P nas folhas de 34,4 e 28,1 g kg-1. Os teores de K, no foram influenciados pelos

    tratamentos.

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    ABSTRACT

    BARBOSA, Arthur Hennys Diniz. Sweet potato yield fertilized with organic

    manuring. Areia-PB, 2005. Dissertao (Mestrado em Agronomia). Centro de

    Cincias agrrias, Universidade Federal da Paraba.

    With the objective of evaluating the yield of the sweet potato fertilized with

    bovine manure in the presence and absence of the biofertilizer, was conducted

    an experiment in the period of January to June of 2004, in Quartz Pesament

    soil, at Federal University of Paraba, in Areia-PB. The employed experimental

    desing was randomized blocks, with four repetitions in outline of sub-divided

    plots, with the treatments distributed in factorial arrangement (6 x 2) + 1). The

    plot was constituted by 80 and the sub-plot by 40 plants, spaced of 80 x 30 cm.

    In the plots, they were appraised six levels of bovine manure (0, 10, 20, 30, 40,

    50 t ha-1) and absence and biofertilizer presence, while in the sub-portions, the

    forms of application of the biofertilizer (soil and by foliating), besides an

    additional treatment with organic and mineral organic manuring. The maximum

    values for the medium weight of roots, 592,5 g and 447,5 g, they were

    obtained in the levels zero and 50 t ha-1of bovine manure, in the biofertilizer

    presence through foliating and in the soil, respectively. Them largest

    production of commercial roots for plant (0,48 g) it was obtained in the dose of

    10 t ha-1of bovine manure in the biofertilizer presence in the leaf, and in the

    dose of 50 t ha-1in absence 0,50 kg. The largest production of non-commercial

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    roots for plant (0,26 kg) it was obtained in the dose of 50 t ha -1 of bovine

    manure, when the biofertilizer was supplied through foliating. The application

    of the biofertilizer in the soil and his/her absence promoted larger total

    productions of roots (23 and 20 t ha-1), in the dose of 13 t ha-1 of bovine

    manure, while the application of the biofertilizer through foliating, provided

    average of 20 t ha-1 in function of the levels of bovine manure. The maxims

    productions of commercial roots of 14,13 and 13,47 t ha -1they were obtained

    in the levels of 14,23 and 12,89 t ha-1, when the biofertilizer was applied in the

    soil and by foliating, respectively. The highest no-commercial production of

    roots (9,18 t ha-1) it was verified in the absence of the biofertilizer. The organic

    manuring went more favorable for medium weight, non-commercial production

    for plant and no-commercial production, and the positive effect of the

    conventional manuring was observed in the total production with value of 24 t

    ha-1, already for the commercial and commercial production for plant difference

    statistics being was not verified the two manuring methods. The maximum

    concentrations of N in the leaves (32,3 and 34 g kg-1) they were verified in the

    levels of 40 and 50 t ha-1of bovine manure. P presented maximum tenor (3,98

    g kg-1) in the dose of 50 t ha-1and K (42,8 g kg-1) in the dose of 26 t ha-1of

    bovine manure. The conventional provided concentrations of N and P in the

    leaves of 34,4 and 28,1 g kg-1. The concentrations of K, they were not

    influenced by the treatments.

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    Ficha catalogrfica elaborada na Seo de Processos Tcnicos da Biblioteca Setorial

    de Areia-PB, CCA/UFPB.

    Bibliotecria: Mrcia Maria Marques CRB4 1409

    B238r Barbosa, Arthur Hennys Diniz.

    Rendimento de Batata-Doce com AdubaoOrgnica./ Arthur Hennys Diniz Barbosa. Areia, PB:

    CCA/UFPB, 2005.61 p.: il.

    Dissertao (Mestrado em Agronomia) pelo Centrode Cincias Agrrias da Universidade Federal daParaba.

    rea de Concentrao: Agricultura Tropical.Orientador: Ademar Pereira de Oliveira.

    1.Batata-Doce. 2. Batata-Doce - adubao. 3.Adubao - esterco bovino. 4. Adubao -biofertilizante. I. Oliveira, Ademar Pereira de(Orientador). II. Ttulo.

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    1.INTRODUO

    A batata-doce (Ipomoea batatas L.), espcie nativa da Amrica Central,

    considerada uma das culturas alimentcias de maior valor nos trpicos e subtrpicos,

    por ser fonte de calorias e apresentar alto contedo em vitaminas e minerais.

    utilizada na alimentao humana por meio do consumo de suas razes, sendo a

    quarta hortalia mais consumida no Brasil. Tambm uma cultura tipicamente

    tropical e subtropical, rstica, de fcil manuteno, boa resistncia contra a seca,

    ampla adaptao e apresenta custo de produo relativamente baixo, com

    investimentos mnimos e retorno elevado (VASCONCELOS, 1998).

    Dentre as olercolas a batata-doce tem alta capacidade de produzir energia

    por unidade de rea. No entanto, as pesquisas e estudos sobre a mesma, ainda so

    insipientes. Devido a essa caracterstica energtica, vem sendo cotada para fins

    alternativos a alimentao, como por exemplo, a substituio da cana-de-acar,

    para a produo de combustvel, isso porque enquanto uma tonelada de cana gera

    67 litros de lcool, a mesma quantidade de batata-doce chega a at 130 litros do

    combustvel, podendo representar um incremento na gerao de empregos e

    reduo dos danos ambientais causados pelo cultivo da cana-de-acar. Alm do

    mais, ao contrrio da cana-de-acar, ela privilegia os pequenos produtores rurais,

    no sendo necessrias grandes reas de plantio (CHAVES, 2003).

    No Brasil, o investimento em tecnologia na cultura de batata-doce muito

    baixo, sendo o principal a baixa lucratividade da cultura, isso decorre at do pequeno

    volume individual de produo, ou seja, os produtores tendem a cultiva-la como

    cultura marginal, com o raciocnio de que, gastando-se o mnimo, qualquer que seja

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    a produo da cultura constitui um ganho extra, contribuindo para produtividade

    mdia brasileira ser menor que 10 t ha-1. Contudo, empregando-se tecnologia

    adequada, essa produtividade pode atingir at 22 t ha-1(SILVA et al., 2002).

    reconhecido, que o uso intensivo de agrotxicos na agricultura tem

    promovido diversos problemas de ordem ambiental, assim, com o intuito de reduzir

    esses problemas, vem sendo estudadas alternativas para a produo de culturas

    mais nutritivas e mais saudveis. Nessa linha de pesquisa, destaca-se o uso de

    matria orgnica tanto por meio da sua incorporao ao solo, como a sua

    transformao para uso posterior, como o caso do emprego do biofertilizante, em

    pulverizaes foliares ou aplicaes diretas no solo (BETTIOL et al., 1997).

    A produo orgnica em hortalias tem demonstrado resultados excelentes

    tanto em produtividade como em qualidade dos produtos obtidos. As vantagens da

    adubao orgnica j vem sendo apontadas, sendo a matria orgnica um poderoso

    agente beneficiador do solo, capaz de melhorar substancialmente muitas de suas

    caractersticas. Os adubos orgnicos constituem fonte de macro e micronutrientes,

    sendo vrios os tipos que podem ser utilizados na agricultura. Eles podero

    apresentar um efeito significativo no fornecimento de micronutrientes, desde que

    empregados em doses elevadas podendo, nestas condies, repor parte dos

    elementos retirados do solo pela cultura (FERREIRA et al., 1993).

    O trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos de nveis de esterco bovino e

    biofertilizante sobre o rendimento da batata-doce.

    2.REVISO DE LITERATURA

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    2.1. A Batata-doce

    A batata-doce uma dicotilednea da famlia Convolvulaceae, possivelmente

    originaria das Amricas Central e do Sul, sendo encontrada desde a Pennsula de

    Yucatam, no Mxico, at a Colmbia, embora alguns autores afirmem que essa

    hortalia tenha sua origem na sia ou frica (EDMOND e AMMERMAN, 1971;

    FOLQUER, 1978; PEIXOTO; BARRERA, 1986). Relatos de seu uso remontam de

    mais de dez mil anos, com base em anlise de batatas secas encontradas em

    cavernas localizadas no vale de Chilca Canyon, no Peru e em evidncias contidas

    em escritos arqueolgicos encontrados na regio ocupada pelos Maias, na Amrica

    Central (SILVA et al, 2002).

    Possui dois tipos de razes: as de reservas ou tuberosas, que constituem a

    principal parte de interesse comercial, e as razes absorventes, responsveis pela

    absoro de gua e nutrientes do solo. As razes tuberosas se formam desde o incio

    do desenvolvimento da planta, sendo facilmente identificadas pela maior espessura,

    pela pouca presena de razes secundrias e por se originarem dos ns. As razes

    absorventes se formam a partir do meristema cambial, tanto nos ns quanto nos

    entrens. So abundantes e altamente ramificadas, o que favorece a absoro de

    nutrientes (SILVA et al., 2002).

    As suas caractersticas mais marcantes so rusticidade, fcil cultivo, ciclo

    vegetativo curto e grande capacidade de adaptao as diferentes condies

    edafoclimaticas. Devido a esse conjunto de vantagens ela se encontra muito

    difundida em diversas regies do Brasil. Contudo, prefere os climas onde

    temperaturas so mais elevadas, pois alm de no tolerar geadas, seu

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    desenvolvimento vegetativo e produtividade so prejudicados em temperaturas

    inferiores a 10 C (MAFRA 1979; RAMAN e ALLEYBE, 1991).

    A batata-doce adapta-se melhor em reas tropicais onde concentra-se a maior

    proporo de populaes pobres, sendo considerada um alimento essencialmente

    energtico e de alto valor nutritivo, utilizada no consumo dirio da populao

    principalmente, a de baixa renda, alm de ser uma importante fonte de matria prima

    para a fabricao de doces, amido, farinha e corantes (EDMOND e AMMERMAN,

    1971; FOLQUER, 1978; PEIXOTO).

    A produtividade da batata-doce no Brasil se encontra em cerca de 10 t ha-1,

    muito aqum daquela obtida em outros pases, como por exemplo, Israel com 54 t

    ha-1 (CECILIO FILHO et al., 1998). Na regio Nordeste, onde as condies

    edafoclimticas favorecem sua produo, destaca-se como principal hortalia, com

    um consumoper capitade 6,8 kg ano-1(MIRANDA et al., 1989).

    Outra forma til da batata-doce seria a utilizao da fcula como espessante,

    uma vez que apresenta grande quantidade de amido gelatinizvel que pode atuar

    tambm como estabilizante, carotenides que fornecem uma colorao natural,

    sendo capaz demelhorar o substrato para os microorganismos responsveis pela

    fermentao (COLLINS et al., 1991). Os grnulos de amido, quando hidratados e

    aquecidos a temperatura suficiente, sofrem um processo irreversvel chamado de

    gelatinizao, podendo ser observado modificaes acentuadas na solubilidade e

    propriedades mecnicas do amido, como um aumento na viscosidade da soluo

    (KRISCHKE et al., 1979).

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    A batata-doce rica em carboidratos (amido principalmente), com teores de

    13,4 a 29,2%, acares redutores de 4,8 a 7,8%, fornecendo em cada 100 gramas,

    110 a 125 calorias, e apresenta baixo teores de protenas (2,0 a 2,9%) e de gorduras

    (0,3 a 0,8%). Como fonte de minerais, a batata-doce fornece em cada 100 gramas,

    os seguintes teores: Clcio (30mg), fsforo (49 mg), potssio (273mg), magnsio

    (24mg), enxofre (26mg) e sdio (13mg), vitaminas C e do complexo B, podendo

    apresentar altos teores de vitamina A (MIRANDA et al., 1987; SOARES et al., 2002;

    SILVA, 2003).

    Apesar de todas essas vantagens nutricionais e de apresentar grande

    potencial de uso na alimentao humana, animal e industrial, tem sido pouca

    estudada. Dessa forma, considerando a crescente escassez de alimento e as

    condies adversas de adaptao das culturas nos pequenos estabelecimentos

    agrcolas, torna-se necessrio resgatar alternativas alimentares, assim sendo a

    batata-doce justifica tal iniciativa, uma vez que utilizada como alimento base pelas

    populaes mais pobres (SOUZA, 2000).

    No estado da Paraba, tem-se observado que essa hortalia tem contribudo

    no auxlio sobrevivncia de parcela significativa da populao, especialmente no

    meio rural. As microrregies do Brejo e do Litoral por situarem-se prximas aos

    grandes centros consumidores, so responsveis pelas mais elevadas produes

    onde explorada em reas de minifndios com mo-de-obra familiar (SOARES et

    al., 2002).

    2.2. Matria orgnica

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    A matria orgnica ou adubo orgnico todo ponto proveniente de corpos

    organizados, de qualquer resduo de origem vegetal, animal, urbano ou industrial,

    composto de carbono desagradvel, ou ainda toda a substancia, morta no solo

    proveniente de plantas, microorganismos, excrees animais quer da meso ou

    microfauna (PRIMAVESI, 1990).

    Os adubos orgnicos so considerados fertilizantes de baixo teor de

    nutrientes, contendo apenas dez ou vinte por cento dos nutrientes encontrados nos

    fertilizantes qumicos existentes. No entanto, tm efeito de amplo espectro, agindo

    nos mecanismos fsicos e biolgicos da terra (YAMADA, 1995), e exercendo

    importncia para agricultura, uma vez que, quando devidamente mineralizados

    melhoram as condies fsicas, qumicas e biolgicas do solo (JORGE,1983).

    O cultivo de hortalias com adubao orgnica no Brasil tem aumentado

    graas, principalmente, aos elevados custos dos adubos minerais, e aos benefcios

    da matria orgnica em solos intensamente cultivados com mtodos convencionais

    (RODRIGUES, 1990). Das fontes de matria orgnica, o esterco bovino ou de curral,

    considerado um dos poucos com maior potencial como fertilizante. Contudo, ainda

    se tem uma deficincia na obteno de dados no que diz respeito s quantidades

    que devem ser utilizadas para se obter rendimentos satisfatrios (NORONHA, 2000).

    O esterco de curral o subproduto da excreo de bovinos, que exerce

    importncia para a agricultura, uma vez que quando devidamente mineralizado

    melhora as condies fsicas, qumicas e biolgicas do solo (JORGE, 1983). A

    utilizao desse material como adubo, vem se observando desde a antigidade com

    a finalidade de melhorar a estruturao do solo, sendo que o mais remoto registro

    vem do Oriente e refere-se aos chineses (KIEHL, 1985; NOBREGA, 1991).

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    Na produo de hortalias, tm-se observado efeito benfico da adubao

    orgnica, sobre a produtividade e qualidade dos produtos, quando comparada

    adubao exclusivamente mineral, sendo o esterco de curral a fonte de adubo

    orgnico mais utilizado pelos oleicultores (FILGUEIRA, 2000). Isso porque, no solo

    exerce mltiplas aes diretas e indiretas. O seu efeito direto est relacionado com a

    presena de todos os elementos essenciais em quantidades pequenas, mas

    significativas em vista de grandes doses que so usadas, enquanto o seu efeito

    indireto relaciona-se com as melhorias estruturais do solo (MALAVOLTA, 1981).

    Em algumas hortalias cujas partes comerciais so compostas por razes e

    tubrculos, alguns autores verificaram efeitos positivos do emprego da adubao

    orgnica. No municpio de Mossor-RN, Pedrosa (1986) testando o efluente do

    esterco bovino em dose de 50 t ha-1, observou acrscimo sobre a altura das plantas,

    percentagem de plantas comerciais e produo comercial e total de cenoura. J

    Praxedes (2000) em estudos com relao a cenoura foram observados maiores

    incrementos na produo nos tratamentos que receberam esterco bovino e esterco

    mais biofertilizante produzindo, respectivamente, 22,0 e 20,3 toneladas.

    Em batata, Melo e Almeida (1984), Portela et al. (1984) e Targino (2002),

    verificaram aumento de produo em funo do emprego de esterco bovino, sendo

    tal fato, atribudo a melhoria da estrutura do solo, aumento da CTC e maior

    capacidade de reteno de umidade pelo solo (FONTES, 1987). Em rabanete,

    Santos et al. (1999) observaram incremento na produo de massa seca tanto da

    parte area como do sistema radicular, em funo do emprego de composto

    orgnico. Em alho, Magalhes et al. (1986) analisando a aplicao de doses de

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    composto orgnico, verificaram um aumento de 13,47% na produo de bulbos

    quando utilizavam doses elevadas de composto orgnico (acima de 40 t ha -1).

    Pesquisas relacionadas adubao nitrogenada realizadas por Scheeider (1983), na

    forma de esterco bovino e de sulfato de amnia, concluram que esse tipo de

    adubao promoveu aumento expressivo no peso mdio de alface. J Rodrigues

    (1990), observou que 38,44 t ha-1 de esterco bovino, na ausncia de adubao

    mineral, supriu adequadamente as plantas da alface em nitrognio.

    Quanto aos efeitos do emprego de matria orgnica na batata-doce, Freitas et

    al. (1999) observaram resposta positiva a aplicao de doses de composto orgnico

    sobre o incremento na produo de razes. Hollanda (1990) observou produo de

    razes com mxima eficincia econmica, com aplicao de 40 t ha-1de esterco de

    curral, confirmando resultados de Filgueira (2000).

    Analisando a utilizao de esterco bovino e palha seca de cana-de-acar,

    Andrade e Veiga (2001) verificaram um aumento da produtividade da batata-doce,

    nos tratamentos de manejo do cultivo com adubao orgnica com esterco bovino, j

    em relao a palha seca de cana-de-acar observaram uma diminuio da

    produtividade quando adicionada ao manejo de cultivo de batata-doce.

    2.3. Fertilizao orgnica

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    Atualmente tem-se questionado a utilizao de fertilizantes inorgnicos e

    agrotxicos na produo de diversas culturas, uma prtica que teve seu incio com a

    difuso dos ideais de Liebig de que o aumento da produo agrcola seria

    diretamente proporcional quantidade de substncias qumicas incorporadas ao

    solo. Por esse motivo, considerado o maior precursor da "agroqumica". A teoria de

    Liebig estava fundamentada em comprovaes cientficas o que deu maior

    credibilidade, e facilitou a disseminao de suas idias (EHLERS, 1996).

    No incio dos anos 70 a oposio em relao ao padro produtivo agrcola

    convencional concentrava-se em torno de um amplo conjunto de propostas

    "alternativas", movimento que ficou conhecido como "agricultura alternativa". Ento,

    a partir da constatao dos problemas ocasionados pelo cultivo agroqumico, deu-se

    incio ao incentivo a uma agricultura baseada na produo de alimentos mais

    saudveis sem nenhum tipo de agrotxicos, a qual denominada agricultura

    orgnica (DAROLT, 2002).

    Se a agricultura tem sua parcela de culpa na contaminao do planeta, essa

    culpa est muito mais relacionada ao fato de que a agricultura consome produtos

    contaminantes, maior do que os produz, portanto tanto consumidores quanto

    produtores, tm se preocupado em buscar alternativas que viabilizem uma produo

    que resgate os objetivos principais da atividade agrcola. Dessa forma, observa-se

    na sociedade atual uma relao cada vez mais forte e mais freqente entre

    alimentao e sade (MEIRELLES, 1997).

    Dentro da linha da agricultura orgnica, destaca-se o uso da matria orgnica

    tanto por meio da sua incorporao ao solo como a sua transformao para o uso

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    posterior, como do biofertilizante, em pulverizaes foliares ou aplicaes diretas

    no solo (BETTIOL, 1997).

    O uso de matria orgnica no solo como fontes de nutrientes para as plantas

    tem aspectos positivos na qualidade do produto colhido, e do solo, uma vez que sua

    incorporao, em especial esterco, nos solos tem demonstrado ser uma prtica

    vivel no incremento da produtividade. A matria orgnica desencadeia efeitos

    globais no que diz respeito melhoria fsico-qumica e biolgica das plantas

    (NORONHA, 2000), contribuindo para o crescimento e desenvolvimento das plantas;

    aumenta a capacidade de infiltrao e reteno de gua, a granulao, a

    estruturao e protege a superfcie contra a formao de crostas impermeveis,

    conferindo ao solo condies favorveis de arejamento e friabilidade. Alm disso,

    responsvel, em grande parte, pela capacidade de troca de ctions (KIEHL, 1985).

    2.4. Biofertilizante

    O biofertilizante se destaca por sere de alta atividade microbiana e bioativa e

    atuam nutricionalmente sobre o metabolismo vegetal e na ciclagem de nutrientes no

    solo, sendo de baixo custo e podendo ser fabricados pelo produtor rural

    (CHABOUSSOU, 1985), o qual nada mais do que um adubo orgnico lquido,

    resultante da decomposio da matria orgnica (animal ou vegetal), por meio de

    fermentao em meio lquido. O resduo lquido utilizado com adubo foliar

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    (biofertilizante), enquanto o resduo slido aplicado como adubo orgnico. Alm de

    fonte nutritiva, pode ser utilizado como defensivo natural, uma vez que meio de

    crescimento de bactrias benficas planta (BETTIOL et al., 1997).

    Os biofertilizantes so ricos em metablitos (micro e macromolculas) tais

    como: enzimas, antibiticos, vitaminas, toxinas, fenis e outros volteis, steres e

    cidos, inclusive de ao fito-hormonal (SANTOS, 1996). Para Martins (2000),

    etimologicamente biofertilizante quer dizer fertilizante vivo, isso porque o resduo da

    produo de biogs pela fermentao anaerbica, independente de lquido ou slido,

    contm microorganismos e tem como caracterstica principal, a presena de

    microorganismos, responsveis pela decomposio da matria orgnica, produo

    de gs e liberao de metablitos, entre eles antibiticos e hormnios (BETTIOL et

    al., 1998).

    O aproveitamento dos resduos orgnicos de origem animal, especialmente

    do esterco de bovinos, como fertilizantes, um assunto relativamente pouco

    estudado no Brasil. Existem dvidas, principalmente quanto s caractersticas fsicas

    e qumicas do esterco, bem como com relao s quantidades aplicar nas culturas

    para a obteno de rendimentos satisfatrios, seja atravs do seu uso exclusivo

    como fertilizante ou associado adubao mineral (BARCELLLOS, 1991).

    O biofertilizante produzido da fermentao anaerbica de esterco de vaca,

    quando aplicado entre 10 e 30% por via foliar, apresenta efeitos nutricionais

    considerveis, inclusive aumento da rea foliar em diversas culturas. Em frutas, a

    aplicao via foliar do biofertilizante a 20% aumentou o vigor e a produo de citros e

    de maracuj (BETTIOL et al., 1998).

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    Testes realizados in vivo comprovaram que o biofertilizante lquido, quando

    aplicado puro, um excelente nematicida e larvicida, agindo de maneira fumigante e

    asfixiante quando em contato com nematides e larvas existentes em solos muito

    contaminados (VAIRO e AKIBA, 1996). Nesse sentido, Vairo et al (1992 a, b),

    utilizando biofertilizante lquido em condio de laboratrio, verificaram inibio da

    germinao de esporos de fungos fitopatognicos como Colletrotrichum

    gloesporioides, Thielaviopsis paradoxa, Penicillium digitatum, Rhizopus sp,

    Cladosporium sp e Fusarium. Castro et al. (1991) verificaram o controle de T.

    paradoxa em toletes de cana e Gadelha et al. (1992) obtiveram o controle da

    fusariose em abacaxizeiro.

    O biofertilizante possui tambm ao bactericida e inseticida, quando usado

    previamente em pulverizaes foliares ou no solo e em condies controladas, reduz

    as concentraes de bactrias patognicas desde que sejam inferiores a 105

    clulas/ml (VAIRO et al., 1993 a/b). Com relao a reduo de insetos-praga

    segundo Vairo e Akiba (1996), atua confundindo o olfato do inseto, aderindo-se

    folha por ao de uma substncia coloidal que adesiva e por outro tipo de ao

    que a desidratao dos insetos.

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    3. MATERIAL E MTODOS

    3.1. Instalao e conduo do experimento

    O experimento foi desenvolvido na fazenda Ch-de-Jardim, pertencente ao

    Departamento de Fitotecnia do Centro de Cincias Agrrias da Universidade Federal

    da Paraba, em Areia, localizada na microrregio do brejo paraibano, a uma latitude

    de 6 5812 S, longitude 32 4215 WE e com uma altitude de 534m (GONDIM e

    FERNANDES, 1980). O solo da rea, segundo EMBRAPA (1999), um solo

    classificado como Neossolo Regoltico Psamtico Tpico, cujos dados de

    caracterizao qumica est na Tabela 1.

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    Tabela 1.Caractersticas qumicas da amostra de solo coletado a 20 cm do local do

    experimento. CCA-UFPB, Areia, 2005.

    Na tabela 2, encontram-se os dados mensais referentes temperatura

    mxima, mnima e mdia em C, umidade relativa do ar em % e a precipitao

    pluviomtrica em mm/ms, durante a conduo do trabalho.

    Tabela 2.Dados climticos de janeiro a junho de 2004, perodo de conduo do

    experimento. CCA-UFPB, Areia-PB, 2005.

    Caractersticas Qumicas

    Variveis Valores obtidos Interpretao

    pH em gua (1:2,5) 5,9 Moderadamente cido

    P (mg/dm3) 43,13 Alto

    K+(mg/dm3) 73,05 Alto

    Na+(cmolc/dm3) 0,08 Baixo

    H++ Al+3(cmolc/dm3) 1,49 Baixo

    Al+3(cmolc/dm3) 0,0 Baixo

    Ca+2(cmolc/dm3) 2,45 Mdio

    Mg+2(cmolc/dm3) 1,00 Baixo

    Material orgnica (g/dm3) 15,83 Baixo

    Meses Tmx Tmin Tm UR Prec.

    Jan 31,2 18,8 23,1 89,0 471,5

    Fev 28,8 19,0 23,0 88,0 266,6

    Mar 29,2 18,0 23,1 63,0 151,2

    Abr 27,2 20,3 22,9 89,0 204,6

    Mai 28,4 18,0 22,1 91,0 273,4Jun 24,1 18,9 20,8 92,0 292,5

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    plantio. No tratamento convencional, a adubao seguiu recomendao laboratorial,

    segundo os resultados da anlise do solo (Tabela 2) e as exigncias da cultura,

    sendo fornecidos no plantio os nveis correspondentes a 40 kg ha -1de N, 150 Kg ha-1

    de P2O5e 120 Kg ha-1de K2O e em cobertura, 150 Kg ha

    -1de N e 180 Kg ha-1de

    K2O, parcelados em partes iguais, aos 30 e 60 dias aps o plantio. Utilizou-se como

    fonte de N, P2O5 e K2O, sulfato de amnio, superfosfato simples e cloreto de

    potssio, respectivamente. Tambm foi fornecido na adubao convencional, 30 t ha-

    1 de esterco bovino incorporadas nas covas, tambm aos quinze dias antes do

    plantio. O esterco bovino continha na sua composio: P = 5,2 g kg -1; K = 4,90 g kg-1;

    matria orgnica = 112,07 g dm-3e relao C/N = 14/1.

    O biofertilizante foi preparado conforme Santos (1992), onde consistiu na

    fermentao por trinta dias, em recipiente plstico, na ausncia de ar, de uma

    mistura contendo esterco bovino fresco e gua na proporo de 50%

    (volume/volume = v/v). Para se obter o sistema anaerbio, a mistura foi colocada em

    uma bombona plstica de 200 litros deixando-se um espao vazio de 15 a 20 cm no

    seu interior, sendo fechada hermeticamente, e adaptada uma mangueira tampa,

    mergulhando a outra extremidade, num recipiente com gua com altura de 20 cm,

    para a sada de gases. As caractersticas qumicas do biofertilizante, realizada aps

    o processo de fermentao, encontram-se descritas na tabela 3.

    Durante a conduo da cultura foram realizadas capinas manuais com auxlio

    de enxada para manter a cultura livre de plantas daninhas e irrigao pelo mtodo

    de asperso nos perodos de ausncia de precipitao, procurando manter a

    disponibilidade de umidade suficiente para o desenvolvimento normal da cultura. No

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    foi necessrio o emprego de defensivos, pelo fato da ausncia de pragas e doenas

    que pudessem causar danos econmicos.

    A colheita foi realizada aos 120 dias aps o plantio, perodo caracterizado pela

    maturao fisiolgica da batata-doce. As razes colhidas foram conduzidas para

    galpo para obteno das caractersticas de produo.

    Tabela 3.Caractersticas qumicas do biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB, 2005.

    Caractersticas Qumicas__________________________________________________________________

    Macronutrientes

    Variveis Valores obtidos Interpretao

    N (g/L-1) 0,76 Baixo

    P (g/L-1) 0,22 Mdio

    K (g/L-1) 0,27 Baixo

    Ca (g/L-1) 0,21 Baixo

    Mg(g/L-1) 0,13 Mdio

    S (g/L-1) 0,32 Bom

    Micronutrientes

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    Variveis Valores obtidos Interpretao

    Fe (mg/L-1) 88,91 Alto

    Cu (mg/L-1) 44,00 AltoMn (mg/L-1) 14,95 Alto

    Zn (mg/L-1) 6,02 Alto

    Na (mg/L-1) 75,88 alto

    B (mg/kg) 71,82 Alto

    Anlise realizada pelo Laboratrio de Qumica e Fertilidade do Solo do Departamento deSolos e Engenharia Rural do Centro de Cincias Agrrias da Universidade Federal daParaba, de acordo com a Embrapa (1997).

    3.2.CARACTERSTICAS AVALIADAS

    3.2.1. Produo total, comercial e no-comercial de razes

    As produes total, comercial e no-comercial corresponderam s pesagens

    das razes classificadas em cada tratamento, sendo os resultados, expressos em

    toneladas por hectare.

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    3.2.2. Produo e nmero de razes comerciais e no-comerciais/ planta

    A produo e o nmero de razes comerciais e no-comerciais/planta, foram

    determinadas atravs da pesagem e da contagem das razes em cada classificao,

    e os resultados divididos pelo nmero de plantas correspondente a cada tratamento.

    Foram consideradas razes comerciais aquelas de formato uniforme, lisas com peso

    superior a 80g, enquanto que aquelas fora deste padro, foram consideradas no-

    comercias, conforme EMBRAPA (1995).

    3.2.3. Peso mdio de razes comerciais

    O peso mdio de razes comerciais foi obtido mediante a relao estabelecida

    entre a produo comercial e o nmero de razes comerciais colhidas em cada

    tratamento.

    3.2.4. Nutrientes na folha

    Aos 76 dias aps o plantio, foram coletadas dez folhas do tero mdio das

    plantas de cada tratamento, e acondicionadas em sacos de papel e transportadas

    para o Laboratrio de Qumica e Fertilidade do Solo do Departamento de Solos e

    Engenharia Rural do Centro de Cincias Agrrias da Universidade Federal da

    Paraba, pesadas, postas para secar em estufa de circulao de ar forado a 65C

    at peso constante, sendo posteriormente modas para a determinao dos teores

    de N, P e K, de acordo com a metodologia de Tedesco et al. (1995).

    3.2.5. Anlise estatstica

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    Os resultados obtidos foram submetidos a anlises de varincia com os

    quadrados mdios comparados pelo teste F e as mdias pelo teste de Tukey a 5%

    de probabilidade. Tambm foram realizadas anlises de regresso polinomial para

    avaliar os efeitos das doses de esterco bovino na presena e ausncia de

    biofertilizante, testando-se os modelos linear, quadrtico e cbico, sendo selecionado

    para explicar os resultados, aquele que apresentar o maior valor para o coeficiente

    de determinao (R2).

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    4. RESULTADOS E DISCUSSO

    4.1.Nmero de razes comerciais e no-comerciais p/ planta

    As anlises de varincia, revelaram efeito significativo ao nvel de 1% de

    probabilidade pelo teste F, para as doses de esterco, para o biofertilizante e para a

    interao entre eles, sobre o nmero de razes comerciais por planta, enquanto o

    desdobramento da interao evidenciou que para as doses de esterco bovino, na

    presena de biofertilizante via foliar, as mdias ajustaram-e ao medelo cbico de

    regresso. Quando o biofertilizante foi aplicado ao solo, as mdias ajustaram-se

    amodelos quadrtico e cbico. J as mdias em funo das doses de esterco

    bovino, na ausncia de biofertilziante, no se ajustaram a nenhum modelo de

    regresso (Apndice 1).

    Quanto ao numero de razes no-comerciais por planta a anlise de varincia,

    no evidenciou efeitos significativos em funo dos tratamentos e no

    desdobramento, as mdias obtidas da combinao doses de esterco bovino e

    biofertilizante, via foliar se enquadraram a modelos de regresso linear e quadrtico

    (Apndice 1). Contudo, mesmo as mdias do nmero de raizes comerciais e no-

    comerciais por planta, se ajustando a algum modelo de regresso, os baixos valores

    para o R2, no permitem expliar os resultados, em funo de equaes de

    regresso.

    Ao se analisar o nmero comercial de razes por planta em funo das doses

    de esterco bovino, na presena de biofertilizante via foliar, verificou-se que a maior

    mdia (1,18), foi verificada na dose de 10 t ha -1 de esterco bovino, enquanto no

    biofertilizante aplicado no solo, a maior mdia (1,08), foi verificada na dose de 30 t

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    ha-1de esterco bovino, no ocorrendo alteraes significativas em funo das doses

    de esterco bovino, na ausncia do biofertilizante (Tabela 4).

    Tabela 4. Nmero de razes comerciais por planta em batata-doce, em funo de

    doses de esterco bovino e da aplicao do biofertilizante. CCA-UFPB

    Areia-PB, 2005.

    Nmero de razes comerciais p/ planta

    BiofertilizanteComEsterco

    Folha Solo

    Sem

    0 0,64 c A 0,51c A 0,55 a A

    10 1,18 a A 0,96 a A 0,86 a B

    20 0,74 b A 0,76 b A 0,67 a A

    30 1,01 ab A 1,08 a A 0,56 a B

    40 0,79 b A 0,54 c A 0,78 a A

    50 0,87 b A 0,92 ab A 0,49 a B

    Mdia 0,87 0,79 0,65

    Mdias seguidas de letras iguais na coluna no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade peloteste de Tukey

    Levando-se em considerao as formas de aplicao de biofertilizante,

    observou-se que a aplicao via foliar, no diferenciou estatisticamente da aplicao

    no solo, para o nmero comerial de razes por planta, porm as mdias verificadas

    na presena do biofertilizante, foram superiores quelas obtidas em funo apenas

    da aplicao do esterco bovino, independente das formas de aplicao, o que pode

    indicar, que o esterco bovino, por si s, no capaz de elevar o nmero de razes

    comerciais na batata-doce.

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    Embora o esterco bovino seja um forte aliado na melhora da produo de

    batata-doce (CHAVES, 1985), sua combinao com biofertilizante, possivelmente

    pela presena de N P K, embora baixa na sua composio, deve ser a forma mais

    recomendada para a fertilizao orgnica para elevar o nmero de razes na batata-

    doce.

    Quanto a comparao entre os tratamentos orgnicos e a adubao

    convencional, no ocorreu diferena significativa entre eles (Tabela 6). Possivemente

    as fortes precipitaes ocorridas no perodo do experimento (Tabela 2), pode ter

    proporcionado lixiviao dos nutrientes fornecidos pela adubao mineral,

    prejudicando a disponibilidade de N P K pela batata-doce, isso porque segundo

    Filgueira (2000), a adubaao mineral desempenha importante papel na produo de

    batata-doce.

    A semelhana dos resultados entre o emprego de esterco bovino e

    biofertilizante, e adubao convencional, possivelmente se deva ao fato de que os

    fertilizantes orgnicos, juntamente com os nutrientes inicialmente contidos no solo,

    supriram eficientemente as necessidades nutricionais da cultura, proporcionando

    nmero de razes semelhante, aquele obtido com a adubao convencional. Isso

    porque, a matria orgnica quando aplicada no solo, alm de fornecer macro e

    micronutrientes para as plantas, melhora as qualidades qumicas, fsicas e biolgicas

    do solo. Por outro lado, a exemplo do que foi comentado anteriormente, a

    composio qumica do esterco bovino e a do biofertilizante (Tabela 3), permitiu a

    batata-doce bom desenvolvimento.

    Observando a ao do biofertilizante dentro das doses de esterco bovino para

    o nmero no-comercial por planta (Tabela 5), verificou-se que a dose zero em

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    associao ao biofertilizante fornecido via foliar, apresentou a maior mdia (26,37) e

    a menor na dose de 40 t ha-1de esterco bovino. J no que diz respeito a aplicao

    de biofetilzante no solo e a sua ausncia, verificou-se que nesses dois tratamentos,

    as mdias no diferiram estatisticamente, no sendo possivel a identificao da

    melhor dosagem de esterco bovino para cada um desses parmetros.

    Estudos analisando a aplicao de doses de esterco bovino na cultura do

    feijo vagem realizados por Noronha (2000), demonstraram que a dose de 15t ha -1

    foi responsvel pelo maior nmero de vagens por planta. Contudo, efeitos do esterco

    bovino no foram observados por Alves (1999), o qual identificou aumento no

    nmero de vagens por planta com a aplicao de esterco de caprino na dose de 20 t

    ha-1. Alm disso, efeitos positivos do uso de matria orgnica na forma de

    composto orgnico e de efluente de biodigestor de origem bovina, no que se refere

    tanto ao nmero de sementes por vagem de feijo comum, como sobre o aumento

    de nmero de gros por espiga de milho, foram observados em trabalhos

    desenvolvidos respectivamente por Vieira (1988) e por Galbiatti et al. (1991).

    Tabela 5. Nmero de razes no comerciais por planta de batata-doce, em funo de

    doses de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB,

    Areia-PB, 2005.

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    Mdias seguidas de letras iguais na coluna no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade pelo teste deTukey

    4.2. Peso mdio de raiz comercial

    Os dados da anlise de varincia para o peso mdio de raiz comercial da

    batata-doce revelaram efeito significativo ao nvel de 1% de probabilidade pelo teste

    F, para as doses de esterco bovino, para o biofertilizante e para a interao entre

    eles. Na anlise de regresso, observou-se que para as doses de esterco bovino, na

    presena de biofertilizante aplicado na folha, efeito quadrtico e efeito cbico,

    enquanto para o biofertilizante aplicado no solo, efeitos linear e quadrtico (Apndice

    1).

    Embora tenha sido detectado ajustamento das mdias para o peso mdio de

    razes comerciais a alguns modelos de regresso, o baixo valor de R2inviabilizou a

    Nmero de razes no-comerciais p/ planta

    Biofertilizante

    ComEsterco

    Folha Solo

    Sem

    0 26,37 a A 1,09 a B 1,17 a B

    10 1,10 b A 1,37 a A 1,77 a A

    20 0,89 b A 0,85 a A 0,73 a A

    30 1,40 ab A 0,99 a A 0,98 a A

    40 0,82 b A 0,42 a A 1,28 a A50 1,00 b A 1,30 a A 1,29 a A

    Mdia 5,26 a 1,00 a 1,20 a

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    discusso dos resultados atravs de equaes de regresso. Nesse sentido, a

    discusso ser realizada por meio de comparaes de mdias.

    O peso mdio em funo das doses de esterco bovino na presena do

    biofertilizante aplicado na folha, apresentou o maior valor na dose zero (592,5 g),

    sendo os mais baixos valores obtidos com 10 e 20 t ha-1. Quando o biofertilizante foi

    aplicado no solo, o maior peso para as razes (447,5 g) foi obtido com 50 t ha -1de

    esterco bovino e os mais baixos, com 10 e 30 t ha 1. Na ausncia do biofertilizante, as

    doses de esterco bovino no promoveram alteraes significativas sobre o peso

    mdio de razes, com mdia de (204,6 g) (Tabela 6).

    Analisando as formas de aplicao do biofertilizante, quando fornecido via

    foliar apresentou mdias para o peso de razes, superiores em relao a sua

    aplicao no solo e na sua ausncia, com mdias de 442, 347,9 e 204,6 g,

    respectivamente (Tabela 6).O alto valor do peso mdio, verificado em funo da dose zero de esterco ao

    se aplicar biofertilizante via foliar, leva a crer que este composto em forma lquida

    capazes de suprir as necessidades das plantas em macronutrientes, elevando assim

    os teores de N, P e K disponveis (MACHADO et al., 1983). Ribeiro et al. (2000),

    obtiveram elevao do peso mdio de frutos no pimento, em funo do esterco

    bovino.

    Embora alguns autores tenham obtido efeitos positivos do emprego do esterco

    bovino sobre o peso mdio em algumas hortalias tais como: Seno et al. (1996), em

    alho e Souza (1990) em cenoura, nas condies em que realizou-se o presente

    trabalho, no foi possvel se detectar o mesmo para a batata-doce, possivelmente

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    pela eficincia do biofertilizante na fertilizao da batata-doce, quando associado ao

    esterco bovino.

    A anlise comparativa de mdias revelou diferena estatstica significativa

    entre os tratamentos com adubao orgnica e adubao qumica (Tabela 7), onde a

    maior mdia de 331,5 g, foi observada no primeiro tratamento. Isso pode ser

    explicado pelas propriedades da matria orgnica em ser excelente fornecedora de

    nutrientes, como nitrognio, fsforo, potssio e enxofre, alm de melhorar as

    propriedades fsicas do solo, melhorando as condies ambientais para o

    desenvolvimento das razes das plantas (LOPES, 1989).

    Tabela 6.Peso mdio de razes de batata-doce, em funo de doses de esterco

    bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB, Areia- PB, 2005.

    Peso mdio de razes (g)

    Biofertilizante

    ComEsterco

    Folha Solo

    Sem

    0 592,50 a A 360,00 ab B 202,50 a C

    10 360,00 c A 265,00 b B 197,50 a B

    20 362,50 c A 325,00 ab A 227,50 a B

    30 430,00 bc A 292,50 b B 207,50 a B

    40 392,50 bc A 397,50 ab A 187,50 a B

    50 515,00 ab A 447,50 a A 205,00 a B

    Mdia 442 347,9 204,6

    Mdias seguidas de letras iguais na coluna no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade peloteste de Tukey

    Resultados no incremento do peso mdio do inhame, quando comparados os

    tratamentos com e sem adubo orgnico, foram encontrados por Freitas Neto (1999),

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    A produo de razes comerciais e no-comerciais foram influenciadas

    significativamente a 1% de probabilidade pelo teste F pelas doses de esterco bovino,

    pelo biofertilizante e pela interao entre eles. Com relao a anlise de regresso

    para a produo de razes comerciais por planta, as mdias no se ajustaram a

    nenhum modelo, em funo das doses de esterco bovino, na presena do

    biofertlizante aplicado via foliar. No entanto, quando aplicado no solo, as mdias se

    comportaram de forma cbica, enquanto na ausncia de biofertilizante, se ajustaram

    a modelos linear, cbico e quadrtico (Apndice 2).

    A mdias para a produao de razes no-comerciais por planta, em funo

    das doses de esterco bovino, na presena do biofertilzante apicado via foliar, tiveram

    comportamento linear, quadrtico e cbico, quando o biofertilizante foi aplicado no

    solo. Enquanto para a ausncia do biofertiilizante, as mdias se ajustaram apenas

    ao modelo linear, em funo das doses de esterco bovino (Apndice 2).

    A exemplo do peso mdio de razes, embora as mdias para as produes

    comercial e no-comercial por planta, se ajustando a alguns modelos de regresso,

    no foi possvel se discutir os resultados por meio de regresso, em virtude dos

    baixos valores para o R2, sendo a discusso realzada pela comparao de mdias.

    Nesse sentido, a maior produo de razes comerciais por planta foi obtida na dose

    de 10 t ha-1 de esterco bovino, na presena de biofertilizante aplicado via foliar.

    Quando o biofertilizante foi aplicado no solo no houve diferena significativa entre

    as doses de esterco bovino. Analisando apenas o efeito das doses na ausncia de

    biofertilizante, observou-se que 50 t ha-1promoveu a obteno da maior produo,

    superando todos os tratamentos (Tabela 8).

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    Quanto a forma de aplicao do biofertilizante isoladamente, verificou-se que

    a aplicao vai foliar apresentou mdia superior aquelas com sua aplicao no solo,

    o que pode indicar que o fornecimento de biofertilizante na folha, a forma mais

    recomendada para incrementar a produo de razes comerciais, com menor

    emprego de esterco bovino (Tabela 8).

    Tabela 8.Produo de razes comerciais por planta de batata-doce, em funo de

    doses de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB,

    Areia- PB, 2005.

    Produo de razes comerciais p/ planta (kg)

    Biofertilizante

    ComEsterco

    Folha Solo

    Sem

    0 0,41 ab A 0,18 a B 0,11 b B

    10 0,48 a A 0,26 a B 0,20 b B

    20 0,19 b B 0,37 a A 0,15 b B

    30 0,40 ab A 0,29 a A 0,11 b B

    40 0,32 ab A 0,19 a AB 0,14 b B

    50 0,41 ab A 0,41 a A 0,50 a A

    Mdia 0,37 0,28 0,20

    Mdias seguidas de letras iguais na coluna no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade peloteste de Tukey

    A baixa resposta da batata-doce ao emprego do esterco bovino e do

    biofertilizante aplicado no solo, para as produes de razes comerciais por planta,

    possivelmente esteja relacionada com macronutrientes mesmo sendo baixas na

    composio do biofertilizante (Tabela 3). Na cenoura, Margarido e Lavorenti (2000),

    constataram que no houve resultado significativo em sua produo, para o uso de

    biofertilizante, quando aplicado combinado com cama de frango e composto,

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    indicando que o biofertilizante tem os mesmos efeitos do composto e da cama de

    frango. Em feijo-vagem, Noronha (2000) tambm verificou elevao da produo

    de vagens comerciais, em funo do emprego apenas do esterco bovino.

    Comparando a relao entre a adubao orgnica x adubao qumica para a

    produo de razes comerciais por planta, no foi observada nenhuma diferena

    estatstica entre as mdias. A ausncia de diferena entre os tratamentos orgnicos

    e adubao convencional para a produo de razes comerciais por planta, pode

    indicar que a associao do biofertilizante com o esterco bovino pode ser

    recomendado para a fertilizao no-convencional na batata-doce, pelo fato de

    fornecerem N, P e K, e outros elementos minerais gradualmente, aumentando a

    velocidade de infiltrao de gua, melhoria das propriedades fsicas do solo e

    aumentando a produo (GALBIATTI et al., 1996; KONZEN et al., 1997; FILGUEIRA,

    2000). Efeitos positivos relacionados ao uso de esterco bovino na produo vegetal

    foram evidenciados por Bezerra Neto et al. (1984) e Santos (1999), os quais

    obtiveram, respectivamente, produo mxima de feijo macassar e feijo-vagem,

    quando aplicaram 15 t ha-1.

    Tabela 9. Produo de razes comerciais e no-comerciais por planta em funo da

    adubao orgnica versus adubao convencional. CCA-UFPB, Areia,

    2005.

    PCPP (kg) PNCPP (kg)

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    Adubao orgnica0,28a 0,12a

    Adubao convencional

    0,23a 0,07bMdias seguidas de mesma letra na coluna no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade peloteste F.

    Comparando os efeitos do esterco bovino nas culturas de cebola e do alho, foi

    observado por Goto e Kimoto (1992), um aumento de 20% na produo de bulbos de

    cebola, enquanto Seno et al. (1995) e Silva et al. (1987) acharam um efeito positivo

    na utilizao de esterco bovino, no que diz respeito na produo de bulbos de alho.Quanto a produo de razes no-comerciais por planta, em funo das doses

    de esterco bovino, na presena de biofertilizante, as mais elevadas produes foram

    obtidas com 50 t h-1, quando o biofertilizante foi aplicado vai foliar (0,26kg) e na dose

    de 20 t ha-1, quando o biofertilizante foi aplicado no solo (0,21kg), indicando que

    estas combinaes so prejudiciais a qualidade de razes de batata-doce (Tabela

    10). Contudo, o esterco bovino foi responsvel pelas mdias mais baixas para a

    produo no comercial, indicando que, por si s, capaz de reduzir a produo de

    razes fora do padro comercial para a da batata-doce. No entanto, para a produo

    no-comercial a adubao orgnica se sobressaiu, diferenciando-se estatisticamente

    da qumica, apresentado uma mdia maior (0,12kg) do que a qumica (0,07kg)

    (Apndice 2).

    Tabela 10.Produo de razes no comerciais por planta de batata-doce, em funo

    de doses de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB,

    Areia-PB, 2005.

    Produo de razes no-comerciais p/ planta (kg)

    Esterco Biofertilizante

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    Com

    Folha Solo

    Sem

    0 0,11 c A 0,13 bc AB 0,08 ab B

    10 0,16 b A 0,15 b A 0,12a B

    20 0,14 bc B 0,21 a A 0,09 ab C

    30 0,17 b A 0,10 cd B 0,06 b C

    40 0,13 bc A 0,07 d B 0,08 ab B

    50 0,26 a A 0,14 bc B 0,06 b C

    Mdia 0,16 0,13 0,08

    Mdias seguidas de letras iguais na coluna no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade peloteste de Tukey

    4.4.Produo total, comercial e no-comercial de razes.

    As anlises de varincia revelaram efeitos significativos ao nvel de 1% de

    probabilidade pelo teste F das doses de esterco bovino, do biofertilizante e da

    interao entre eles sobre a produo total, comercial e no-comercial de razes. No

    desdobramento das interaes, as mdias para a produo total ajustaram-se a

    modelos quadrtico e cbico de regresso; as da produo comercial a modelo

    quadrtico e a da produo no-comercial, a modelo linear e cbico, em funo das

    doses de esterco bovino, na presena de biofertilizante aplicado via foliar. Quando o

    biofertilizante foi fornecido no solo, as produes total e comercial, tiveram suas

    mdias ajustadas a modelos linear, quadrtico e cbico de regresso, e a produo

    no-comercial teve suas mdias ajustadas a modelos linear e quadrtico. Tambm,

    os tratamentos orgnicos e a adubao convencional, foram significativos pelo teste

    F (Apndice 3).

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    Utilizando-se o modelo quadrtico obteve-se mdias, em funo das doses de

    esterco bovino na presena do biofertilizante, aplicado na folha e no solo de 20 t ha -1

    e 17,01 t ha-1, respectivamente em funo das doses de esterco bovino. Atravs das

    derivadas da equao, obteve-se no nvel de 17,71 t ha-1de esterco bovino um ponto

    crtico de produo total de 12,18 t ha-1na ausncia de biofertilizante (Figura 1).

    Figura 1: Produo total de razes de batata-doce em funo de doses de esterco

    bovino, na presena de biofertilizante aplicado na folha (y1), no solo (y2) e

    na sua ausncia (y3). Areia, CCA-UFPB, 2005.

    Verificou-se ainda, que para a produo total houve diferena estatstica entre

    a adubao orgnica e a adubao convencional, sendo que a segunda, apresentou

    y1

    y2

    y3

    y 1 = 20,42

    y 2 = 17,01

    y 3= 17,941+ 0,2476x - 0,0073x2

    R 2= 0,3686

    0

    4

    8

    12

    16

    20

    24

    0 10 20 30 40 50

    E ste rco B ovino (t ha -1 )

    ProduoTotal(tha-1)

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    desempenho superior com mdia de 24,5 t ha-1, enquanto a segunda, com mdia de

    17,97 t ha-1razes (Tabela 11).

    A eficincia verificada do biofertilizante aplicado no solo, se deva

    possivelmente, ao fato de que possui nutrientes mais facilmente absorvveis pelas

    plantas, quando comparados a outros adubos orgnicos, alm de possuir granulao

    mais fina, o que facilita melhorias na estruturao do solo (ARIAS CHAVES, 1981;

    SILVA FILHO et al., 1983). Tambm, a utilizao do biofertilizante bovino aplicado na

    forma lquida ao solo proporciona aumento na velocidade de infiltrao de gua,

    devido matria orgnica contribuir para melhoria das condies edficas,

    principalmente as propriedades fsicas do solo, resultando em maior produtividade

    (CAVALCANTE e LUCENA, 1987; GALBIATTI et al., 1991).

    Tabela 11. Produo total, comercial e no-comercial em funo da adubao

    orgnica e convencional. CCA-UFPB, Areia-PB, 2005.PT (t ha-1) PC (t ha-1) PNC (t ha-1)

    Adubao orgnica17,97 b 12,14 a 0,12 a

    Adubao convencional24,25 a 17,57 a 0,07 b

    Mdias seguidas de mesma letra na coluna no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade peloteste F

    Resultados demonstrando a eficincia da associao do esterco bovino e do

    biofertilizante em tubrculos, foram encontrados por Silva et al. (1995), os quais

    revelaram registros de elevao na produo de batata. Com relao presena de

    complementao de adubao mineral, o mesmo trabalho apresenta dados que

    evidenciam a eficiente da participao mineral sobre os tratamentos que no tiveram

    a sua participao. Quanto a eficincia do esterco bovino isolado em feijo-vagem,

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    Figura 2: Produo comercial de razes de batata-doce em funo de doses

    de esterco bovino na presena de biofertilizante aplicado na folha

    (y1), no solo (y2) e na sua ausncia (y3). Areia, CCA-UFPB, 2005.

    Efeitos positivos do emprego de biofertilizante na produo de batata-doce

    podem estar relacionados ao fato de que os nutrientes encontrados na forma lquida

    de composto orgnico, apresentam uma caracterstica de maior facilidade de serem

    absorvidos (SILVA FILHO, 1983).

    A aplicao de biofertilizante no solo, sobre a produo de razes comerciais,

    em funo da elevao das doses de esterco bovino, a produo foi superior a

    aquela obtida apenas com esterco bovino, o que pode indicar que o biofertilizante

    aplicado nessa forma, tambm eficiente em aumentar a produo na batata-doce.

    y1= 14,72

    y2= 11,6

    y3=10,641+ 0,1736x - 0,0049x2

    R2= 0,4273

    0

    6

    12

    18

    0 10 20 30 40 50

    Esterco Bovino (t ha -1)

    Prod

    uoComercial(tha

    -1) y1

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    Nesse sentido, Gabaltti (1991) e Souza e Resende (2003), sugerem a aplicao de

    fertilizantes orgnicos em sua forma lquida para suplementar a nutrio de diversas

    hortalias isso porque, a aplicao desse composto lquido proporciona maior

    deslocamento dos nutrientes necessrios para as plantas, por facilitarem a infiltrao

    de gua, devido matria orgnica contribuir para melhoria das condies edficas,

    principalmente as propriedades fsicas do solo resultando em maior produtividade

    (CAVALCANTE e LUCENA, 1987; GALBIATTI et al., 1991).

    Os resultados positivos, em funo do esterco bovino e do biofertilizante,

    possivelmente esto relacionados no somente com a melhoria geral da fertilidade,

    como tambm, com uma melhor absoro de nutrientes. O fornecimento adequado

    de nutrientes como o N, aliado a outros fatores, expande rea fotossinttica,

    assegura o desenvolvimento das plantas pelo crescimento vegetativo, e eleva o

    potencial produtivo das culturas (CCERO et al., 1981; FILGUEIRA, 2000). Alguns

    resultados positivos da aplicao de biofertilizante, no aumento da produo de

    hortalias e de frutos tm sido relatados por diversos autores, Fernandes et al.

    (2000) e Silva et al. (1989) em tomate, Collard (2000) em maracuj amarelo e Santos

    (1991) em citros e maracuj.

    Mesmo no diferindo significativamente da adubao orgnica, a produo

    obtida pela adubao convencional foi superior a mdia nacional (Tabela 11), mas

    inferior aquela obtida por Silva (2004), utilizando aplicao de 210 kg ha-1de P2O5,

    tambm nas condies de Areia-PB com produo de 18,7 t ha-1. Contudo, em

    inhame, Freitas Neto (1999), observou elevao da produo comercial de rizforos,

    em funo do emprego de esterco bovino e de galinha, em relao aos tratamentos

    com NPK. Na cenoura, Margarido e Lavorenti (2000), constataram que no houve

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    resultado significativo na produo, para o uso de biofertilizante, quando aplicado

    combinado com cama de frango e composto, indicando que o biofertilizante tem os

    mesmos efeitos do composto e da cama de frango.

    A ausncia de diferenas significativas entre os tratamentos orgnicos e a

    adubao convencional, possivelmente esteja relacionada com altas precipitaes

    que ocorreram no perodo do experimento (Tabela 2), as quais podem ter

    proporcionado lixiviao dos nutrientes e deteriorao das razes, isso porque foram

    encontradas diversas razes em estado de podrido. Segundo Rodrigues e Gotto

    (2000), o nvel de disponibilidade de gua para as diferentes espcies vegetais, no

    pode ultrapassar um limite adequado, j que se esse limite no for considerado a

    cultura pode no aproveitar a disponibilidade de nutrientes devido ao excesso

    hdrico.

    Na avaliao da produo no-comercial, analisando o efeito da aplicao do

    biofertilizante sobre as doses de esterco bovino, observou-se que a sua ausncia

    promoveu a maior mdia (9,18 t ha-1), indicando assim que para essa varivel, a

    presena do biofertilizante contribuiu para alterar as propriedades nutritivas do solo,

    reduzindo assim, a produtividade no-comercial de razes, independente da forma de

    aplicao. Com isso, pode-se imaginar que os melhores tratamentos para a reduo

    de razes no-comerciais seriam, aqueles com presena de biofertilizante (Tabela

    12). Ao se comparar os efeitos provocados pela adubao orgnica e pela adubao

    convencional, para a produo no-comercial de razes de batata-doce, obteve-se

    uma diferena estatstica, indicando que a adubao orgnica proporcionou mdia

    maior de razes no-comerciais (0,12), enquanto a convencional proporcionou menor

    produo de razes no-comerciais (0,07) (Tabela 11).

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    Tabela 12: Produo no comercial de razes de batata-doce, em funo de doses

    de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-

    PB, 2005.

    Produo de razes no-comerciais (t ha -1)

    Biofertilizante

    ComEsterco

    Folha Solo

    Sem

    0 4,29 a 4,97 a 5,88 a

    10 6,19 b 5,93 b 9,18 a20 2,45 b 8,61 a 6,91 ab

    30 6,08 a 3,64 b 5,44 a

    40 5,15 b 3,30 c 7,94 a

    50 8,80 a 5,63 b 4,40 b

    Mdia 5,49 5,34 6,62

    Mdias seguidas de mesma letra na linha no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade peloteste F

    4.5. Teores de N, P, K nas folhas

    Atravs da anlise de varincia observou-se efeito significativo a 5% de

    probabilidade das doses de esterco bovino e de sua interao com o biofertilizante

    sobre os teores de P e K e do biofertilizante sobre os teores de N, P e K, a 1% de

    probabilidade. No desdobramento das interaes as mdias para P e K foram

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    ajustadas a modelos linear, quadrtico e cbico, em funo apenas das doses de

    esterco bovino (Apndice 4).

    Os maiores teores de N, 32,3 g kg-1e 34 g kg-1, foram obtidos nas doses de

    40 e 50 t ha-1 de esterco bovino na ausncia de biofertilizante, respectivamente

    (Tabela 13). Esses resultados demonstram que o biofertilizante no agiu sobre a

    concentrao de N nas folhas da batata-doce, decorrente possivelmente, do excesso

    de umidade no solo, proporcionado pelas altas precipitaes ocorridas no perodo

    (Tabela 2), dificultando a absoro de N na sua composio pela batata-doce. Isso

    porque de acordo com Malavolta (1980), a absoro de nutrientes do solo pelas

    razes depende diretamente do contedo de umidade do solo, sendo que seu

    excesso ocasiona lixiviao dos nutrientes e baixas atividades do sistema radicular

    (CAIXETA, 1984). No feijo-vagem e tomate Scholberg e Locascio (1999), e no

    pimento, Ferreira et al. (1985), verificaram reduo do teor de N nas folhas, em

    funo do excesso de umidade no solo.

    Tambm possvel que a queda no teor de N nas folhas de batata-doce, em

    funo das doses de esterco bovino e da aplicao de biofertilizante, se devam ao

    nvel adequado de nutrientes inicialmente presente no solo, atravs da matria

    orgnica e das quantidades adicionadas por ambos os fertilizantes, elevando o

    acmulo de nutrientes no solo. Fontes e Monnerat (1984), afirmam que existe forte

    associao entre a absoro de nutrientes e o desenvolvimento da planta, sendo a

    associao extremamente dependente da produtividade da cultura e do movimento

    de nutrientes dentro da planta.

    Tabela 13: Teor de N, P, K, em funo de doses de esterco bovino e da aplicao de

    biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB, 2005.

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    Teor de Nitrognio (g kg-1)

    Biofertilizante

    ComEsterco

    Folha Solo

    Sem

    026,0 ab A 30,9 a A 30,4 a A

    1024,8 ab A 24,5 a A 30,4 a A

    2029,6 ab A 26,4 a A 25,0 a A

    3025,3 ab A 27,2 a A 30,7 a A

    4022,4 b B 26,1 a AB 32,3 a A

    50 32,8 a A 27,0 a A 34,0 a AMdia 28,8 27 30,5

    Mdias seguidas de mesma letra na linha no diferem estatisticamente a 5% de probabilidade pelo

    teste de Tukey.

    O alto teor de P (3,98 g kg-1) encontrado na dose de 50 t ha-1 de esterco

    bovino (Figura 4) pode estar relacionado ao fato de que a batata-doce uma

    hortalia com grande eficincia na sua absoro, dessa forma quando aplicado

    corretamente pode ocasionar melhores respostas, sendo que os experimentos

    realizados na regio Centro-Sul mostram que a reao da cultura adubao

    fosfatada tem sido muito variada, mas sempre positiva (FILGUEIRA, 2000). Contudo

    devido deficincia comum dos solos brasileiros nesse nutriente, necessrio

    aplicar maiores quantidades desse elemento na forma prontamente disponvel e em

    poca adequada (EMBRAPA, 1995).

    y = 5,0928 - 0,0112**x - 0,0001**x2

    R2= 0,49

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    0 10 20 30 40 50

    Esterco bovino (kg ha-1)

    Teorde

    P

    nafolha(gkg-1)

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    Figura 3: Teor de fsforo na folha (g kg-1), em funo das doses de esterco na

    ausncia do biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB, 2005.

    O teor mximo estimado de K, definido por derivao da equao de

    regresso foi de 42,8 g kg

    -1

    , obtido na dose de 26 t ha

    -1

    de esterco bovino, ocorrendoum decrscimo a partir das doses mais elevadas (Figura 5). A elevao no teor de K

    nas folhas, possivelmente deve-se ao fato desse nutriente na forma inica se mover

    no solo por difuso, no dependendo da mineralizao para se tornarem solveis, e

    o mais importante, esto facilmente disponveis nos adubos orgnicos (RODRIGUES

    e CASALI, 1998). Ribeiro et al. (2000), ao analisarem os efeitos da aplicao de

    esterco de curral e vermicomposto como fonte de adubao orgnica no pimento,

    obtiveram aumento para o teor de K nas folhas de pimento. Tambm a reduo do

    teor de K acima da dose responsvel pelo valor mximo, possivelmente esteja

    relacionado com a quantidade inicial no solo (73 mg dm-3) e sua concentrao no

    esterco bovino (5,2 g kg-1), que pode ter proporcionado desbalanceamento na sua

    absoro (Raij, 1991).

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    y3 = 39,167 + 0,2897**x - 0,0058**x2

    R2= 0,68

    30

    40

    50

    0 10 20 30 40 50

    Esterco bovino (kg ha-1)

    TeordeK

    nafolha(gkg-1)

    Figura 4: Teor de potssio na folha (g kg-1), em funo das doses de esterco na

    ausncia de biofertilizante. CCA-UFPB, Areia-PB, 2004.

    Analisando-se os teores do N, P, K em funo dos tratamentos orgnico x

    adubao qumica (Tabela 14), observou-se diferena significativa entre eles para o

    N e P, onde o teor de N (34,4 g kg -1), foi superior em funo da adubao

    convencional, e de forma contrria o teor de P, foi superior em funo da adubao

    orgnica (5,8 g kg-1)

    Tabela 14. Teores de N, P e K nas folhas de batata-doce, em funo da adubao

    orgnica versus a adubao convencional. CCA-UFPB, Areia-PB,

    2005.

    Biofertilizante N (g kg-1) P(g kg-1) K(g kg-1)

    Adubao orgnica 28,1 b 5,8 a 38,3 a

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    Adubao convencional 34,4 a 3,7 b 39,2 a

    Mdias seguidas de mesma letra na coluna no diferem estatisticamente a 5% deprobabilidade pelo teste F.

    A ausncia de diferena significativa por parte da adubao convencional para

    os teores do potssio, se deve tambm as altas precipitaes ocorridas no perodo

    (Tabela 2), enquanto a elevao do teor de N, proporcionado pela adubao

    convencional pode indicar que foi em funo da umidade do solo, a qual foi

    suficiente para permitir a batata-doce absoro de minerais de forma adequada, isso

    porque de acordo com Malavolta (1980) a absoro de nutrientes do solo pelas

    razes depende diretamente do contedo de umidade do solo. Tambm esse

    resultado pode indicar que as precipitaes ocorridas durante a execuo do

    trabalho, no foi suficiente para proporcionar lixiviao do N fornecido pela adubao

    qumica em nveis que viesse a reduzir sua absoro pela batata-doce.

    Quanto a eficcia na participao da adubao orgnica no aumento do teor

    do P nas folhas de batata-doce, pode estar relacionada aos teores de

    macronutrientes presentes no esterco bovino e no biofertilizante, aliado aqueles

    inicialmente no solo, oa quais supriram a planta de forma adequada. Alm disso o

    fato desse nutriente ter a caracterstica de ser facilmente absorvido pela batata-doce,

    pode tambm ter contribudo para esse resultado. Para Cardoso e Oliveira (2002) e

    Melo et al. (2000), a adio de matria orgnica no solo atravs da adubao

    orgnica, proporciona relevante benefcio s plantas, pois possibilita a liberao dos

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    nutrientes de acordo com a sua exigncia, no apresentando a inconvenincia da

    adubao mineral, onde os elementos so facilmente lixiviados.

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    5. Concluses

    1. O peso mdio de razes apresentou seus maiores valores (592,5 g e 447,5 g) nas

    doses de zero e 50 t ha 1 de esterco bovino na presena de biofertilizante

    aplicado na folha e no solo com o esterco bovino;

    2. A dose de 50 t ha-1 de esterco bovino, na ausncia de biofertilizante foi

    responsvel pela maior produo de razes comerciais por planta (0,50 g);

    3. A produo de razes no-comerciais por planta, foi reduzida apenas com a

    aplicao de esterco bovino;

    4. A produo total teve mdias de 20 t ha-1e 17,01 t ha-1, nas doses de esterco

    bovino na presena de biofertilizante aplicado via foliar e no solo. No nvel de

    17,71 t ha-1de esterco bovino um ponto crtico de produo total de 12,18 t ha-1

    na ausncia de biofertilizante;

    5. Observou-se que a ausncia de biofertilizante apresentou ponto crtico de 20,04 t

    ha-1para a produo comercial no nvel de 16,95 t ha-1de esterco bovino;

    6. Os teores de N apresentaram maiores valores (32,3 g kg-1e 34 g kg-1) nas doses

    de 40 e 50 t ha-1, o P na dose de 50 t ha-1 apresentou maior teor, sendo

    representado pela mdia de 3,98 g kg-1, enquanto o K apresentou valor de 42,8 g

    kg-1 na dose de 26 t ha-1;

    7. A adubao convencional foi mais eficiente nos teores de N com valores de 34,4

    g kg-1, enquanto os teores de P foram maiores com a adubao orgnica, com

    valor de 5,8 g kg-1.

    6. Literatura Citada:

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