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Documentos ocumentos ocumentos ocumentos ocumentos 258 258 258 258 258 Pelotas, RS 2008 ISSN 1806-9193 Dezembro, 2008 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Acessos de batata-doce Acessos de batata-doce Acessos de batata-doce Acessos de batata-doce Acessos de batata-doce do banco ati do banco ati do banco ati do banco ati do banco ativo de o de o de o de o de germoplasma da Embrapa germoplasma da Embrapa germoplasma da Embrapa germoplasma da Embrapa germoplasma da Embrapa Clima Clima Clima Clima Clima Temperado, com emperado, com emperado, com emperado, com emperado, com potencial de produção de potencial de produção de potencial de produção de potencial de produção de potencial de produção de biocombustível biocombustível biocombustível biocombustível biocombustível

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DDDDDocumentos ocumentos ocumentos ocumentos ocumentos 258258258258258

Pelotas, RS2008

ISSN 1806-9193

Dezembro, 2008

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaCentro de Pesquisa Agropecuária de Clima TemperadoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Acessos de batata-doceAcessos de batata-doceAcessos de batata-doceAcessos de batata-doceAcessos de batata-docedo banco atido banco atido banco atido banco atido banco ativvvvvo deo deo deo deo degermoplasma da Embrapagermoplasma da Embrapagermoplasma da Embrapagermoplasma da Embrapagermoplasma da EmbrapaClima Clima Clima Clima Clima TTTTTemperado, comemperado, comemperado, comemperado, comemperado, compotencial de produção depotencial de produção depotencial de produção depotencial de produção depotencial de produção debiocombustívelbiocombustívelbiocombustívelbiocombustívelbiocombustível

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima TTTTTemperadoemperadoemperadoemperadoemperadoEndereço: BR 392, km 78Caixa Postal 403, CEP 96001-970 - Pelotas, RSFone: (53) 3275 8199Fax: (53) 3275 8219 - 3275 8221Home page: www.cpact.embrapa.br

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Comitê de PComitê de PComitê de PComitê de PComitê de Publicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidade

Presidente: Walkyria Bueno ScivittaroSecretária-Executiva: Joseane M. Lopes GarciaMembros:Membros:Membros:Membros:Membros: Cláudio Alberto Souza da Silva, Lígia Margareth CantarelliPegoraro, Isabel Helena Vernetti Azambuja, Luís Antônio Suita de Castro, SadiMacedo Sapper, Regina das Graças V. dos SantosSuplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Daniela Lopes Leite e Luís Eduardo Corrêa Antunes

Revisor de texto: Sadi Macedo SapperNormalização bibliográfica: Regina das Graças Vasconcelos dos SantosEditoração eletrônica: Oscar CastroArte da capa: Oscar Castro

1ª edição1ª edição1ª edição1ª edição1ª edição1ª impressão 2008: 100 exemplares

TTTTTodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosA reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Embrapa Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível / LuisAntônio Suita de Castro... [et al.]. – Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2008. 26 p. -- (Embrapa Clima Temperado. Documentos, 258).

ISSN 1516-8840

Batata-doce - Ipomoea batatas – Melhoramento genético - Multiplicaçãovegetativa - Produção. I. Castro, Luis Antônio Suita de. II. Série.

CDD 635. 22

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AutorAutorAutorAutorAutor

Luis Luis Luis Luis Luis Antônio Suita de CastroAntônio Suita de CastroAntônio Suita de CastroAntônio Suita de CastroAntônio Suita de CastroEng. Agrôn. M.Sc.Embrapa Clima Temperado, Cx. Postal 403Pelota, RS. 96001-970([email protected])

Beatriz MarBeatriz MarBeatriz MarBeatriz MarBeatriz Marti Emti Emti Emti Emti EmygdioygdioygdioygdioygdioBióloga. Dr.Embrapa Clima Temperado, Cx. Postal 403Pelotas, RS. 96001-970([email protected])

VVVVValter Lalter Lalter Lalter Lalter Lopes opes opes opes opes AbrantesAbrantesAbrantesAbrantesAbrantesEng. Agrôn. B.Sc.Assistente da Embrapa Clima TemperadoCx. Postal 403,Pelotas, RS. 96001-970.([email protected])

Nara Eliane Moreira RNara Eliane Moreira RNara Eliane Moreira RNara Eliane Moreira RNara Eliane Moreira RococococochahahahahaEng. Agrôn. B.Sc.Assistente da Embrapa Clima TemperadoCx. Postal 403Pelotas, RS. 96001-970([email protected])

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ApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentação

Atividades recentes de pesquisas têm incentivado a produçãode biocombustíveis renováveis e não derivados de petróleo oufontes minerais, o que tem impulsionado o desenvolvimento detecnologias para produção de álcool a partir da batata-doce noBrasil. O Rio Grande do Sul produz apenas 2% do álcool queconsome e paga um preço alto pela importação desse produtode outros Estados. Como fonte alternativa de bioenergia abatata-doce apresenta ótima produção de biomassa paraobtenção de álcool combustível, associada à rusticidade doplantio.

Os trabalhos desenvolvidos na Embrapa Clima Temperado têmpor finalidade introduzir e caracterizar genótipos de batata-doceque possam ser utilizados em lavouras comerciais, levando-seem consideração a rusticidade, produtividade e adaptabilidade.Até o presente, estão em estudo 51 genótipos de batata-doce.

Nesta publicação são descritas as principais características dealguns acessos genéticos que apresentam boas perspectivas decultivo para produção de biocombustível, levando emconsideração suas características agronômicas, principalmenterusticidade e produtividade, que pode chegar a 60 toneladaspor hectare.

Chefe-GeralEmbrapa Clima Temperado

Waldyr Stumpf Junior

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SumárioSumárioSumárioSumárioSumário

Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução .........................................................................

PPPPPrincipais atirincipais atirincipais atirincipais atirincipais atividades desenvidades desenvidades desenvidades desenvidades desenvvvvvolvidas na Embrapaolvidas na Embrapaolvidas na Embrapaolvidas na Embrapaolvidas na EmbrapaClima Clima Clima Clima Clima TTTTTemperado com a cultura da batata doce emperado com a cultura da batata doce emperado com a cultura da batata doce emperado com a cultura da batata doce emperado com a cultura da batata doce .........

Acessos genéticos de batata-doce do Banco Acessos genéticos de batata-doce do Banco Acessos genéticos de batata-doce do Banco Acessos genéticos de batata-doce do Banco Acessos genéticos de batata-doce do Banco AtiAtiAtiAtiAtivvvvvo deo deo deo deo deGermoplasma da Embrapa Clima Germoplasma da Embrapa Clima Germoplasma da Embrapa Clima Germoplasma da Embrapa Clima Germoplasma da Embrapa Clima TTTTTemperado comemperado comemperado comemperado comemperado compotencial de produção de Biocombustíveis potencial de produção de Biocombustíveis potencial de produção de Biocombustíveis potencial de produção de Biocombustíveis potencial de produção de Biocombustíveis .................

Considerações Considerações Considerações Considerações Considerações TTTTTécnicas écnicas écnicas écnicas écnicas ...................................................

RRRRReferências eferências eferências eferências eferências ........................................................................

9

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Acessos de batata-doceAcessos de batata-doceAcessos de batata-doceAcessos de batata-doceAcessos de batata-docedo banco atido banco atido banco atido banco atido banco ativvvvvo deo deo deo deo degermoplasma da Embrapagermoplasma da Embrapagermoplasma da Embrapagermoplasma da Embrapagermoplasma da EmbrapaClima Clima Clima Clima Clima TTTTTemperado, comemperado, comemperado, comemperado, comemperado, compotencial de produção depotencial de produção depotencial de produção depotencial de produção depotencial de produção debiocombustívelbiocombustívelbiocombustívelbiocombustívelbiocombustível

11111. Introdução. Introdução. Introdução. Introdução. Introdução

A batata-doce teve origem na América Tropical. Foi levada paraa Europa pelos portugueses e espanhóis, difundindo-seposteriormente para os demais continentes, sendo, atualmente,cultivada em todas as zonas tropicais e temperadas. Segundoinformações da CATI (MARTINS e GROPPO, 1997), podeapresentar grande produção de matéria-prima por unidade deárea, destacando-se por possuir alto teor de vitamina C. Éutilizada tanto para o comércio como para a produção dealimentos de subsistência, principalmente por produtores debase familiar, por meio da produção de raízes comerciais ealimentação de animais, utilizando resíduos da parte aérea daplanta e descartes de raízes.

A batata-doce pode ser plantada em regiões localizadas desdea latitude de 42o N até 35o S, desde o nível do mar até 3000

Luis Antônio Suita de CastroBeatriz Marti EmygdioValter Lopes AbrantesNara Eliane Moreira Rocha

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10Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da EmbrapaClima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

metros de altitude, em locais de climas diversos, como o daCordilheira dos Andes; em regiões de clima tropical, como o daAmazônia; temperado como no Rio Grande do Sul e atédesértico, como o da costa do Pacífico (SILVA et al., 2004).

No Brasil, a Região Sul é a principal produtora de batata-doce,responsável por 50,44% da produção, seguida pelo Nordeste,com 33,60% e pela Região Sudeste, com 15,16%. No RioGrande do Sul, em 2006 a produção de batata-doce foi de155.327 toneladas (TTTTTabela 1abela 1abela 1abela 1abela 1). Segundo a média de produção dotriênio 2004 a 2006, o Atlas Sócioeconômico Rio Grande do Sul(IBGE, 2008) salienta que o Estado do RS permanece comomaior produtor nacional de batata-doce, com uma produçãoem torno de 150.000 toneladas que representam 28,35% daprodução nacional que é de 523.563 toneladas. Os municípiosdo RS com maior produção de batata-doce são MarianaPimentel (6.915 toneladas), São Lourenço do Sul (4.800toneladas), Vale do Sol (4.373 toneladas), Santa Maria (4.233toneladas), Camaquã (4.125 toneladas) e Canguçu (4.000toneladas).

TTTTTabela 1abela 1abela 1abela 1abela 1. . . . . Produção agrícola de alguns Estados brasileiros emrelação à cultura da batata-doce em 2006.

Fontes: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2006; Malha municipal digital doBrasil: situação em 2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. Acesso em 17/10/2008.

ESTADOS QUANTIDADE

PRODUZIDA

(tonelada)

VALOR DA

PRODUÇÃO

(reais)

ÁREA

PLANTADA

(hectare)

ÁREA

COLHIDA

(hectare)

RENDIMENTO

MÉDIO

(kg/hectare)

São Paulo 44.372 16.663,00 3.144 3.114 14.113

Rio Grande do Sul 155.327 94.316,00 12.894 12.894 12.046

Santa Catarina 44.931 15.006,00 2.877 2.877 15.617

Paraná 49.755 22.597,00 2.997 2.997 16.601

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11Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Embrapa

Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Atividades recentes têm incentivado a produção dos“combustíveis limpos”, não derivados de petróleo e fontesminerais, o que tem impulsionado a produção de álcool a partirda batata-doce no Brasil.

A busca por uma correta matriz energética tem sido um dosprincipais desafios enfrentados pelos países interessados emdiminuir a dependência do petróleo e de seus derivados ecumprir as medidas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto.(CARVALHO, 2002; SALVI, 2002). Entre as alternativas paradiversificação da matriz energética, o etanol é tido como umadas mais promissoras.

O Estado do Rio Grande do Sul produz apenas 2% do álcoolque consome atualmente e paga um preço alto pelaimportação de álcool de outros Estados. Além disso, aexpectativa do aumento médio de 10% da mistura de álcool àgasolina e o aumento da frota de veículos bicombustíveldevem pressionar a demanda por álcool nos próximos anos. Acana-de-açúcar é vista como uma das culturas capazes desuprir parte dessa demanda. No entanto, considerando suamagnitude, apostar no monocultivo da cana-de-açúcar e nacentralização da produção em alguns Estados, não parece umaestratégia adequada, pois a cana-de-açúcar apresentaexigências edafoclimáticas que restringem seu cultivo emdiversas regiões do País e, em especial, no Rio Grande do Sul.Considerando ainda a estrutura fundiária do Estado, aprodução de bioenergia numa perspectiva de sustentabilidade,passa, obrigatoriamente, pela diversificação de matérias-primas. O Rio Grande do Sul, além de concentrar grandenúmero de produtores do segmento da agricultura familiar,apresenta uma diversidade de condições ambientais quepermitem, ao explorar matérias-primas renováveis depropósito múltiplo, como a batata-doce, promover a produçãointegrada de alimento e energia na pequena propriedade,descentralizando a produção de álcool e aproveitando opotencial de culturas regionais.

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12Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da EmbrapaClima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

O princípio básico da produção na agricultura é a conversão,pelas plantas, da energia solar em energia química. Programasde biomassa, responsáveis por 25% da energia primária doPaís, também podem representar um incremento na geraçãode empregos e uma diminuição dos danos ambientaiscausados pelo uso do petróleo. Importante fonte de bioenergiadurante os anos 70 e 80, a cana-de-açúcar foi apontada nadécada passada como uma das responsáveis pelo elevadoíndice de queimadas e incentivadora da estrutura agrária demonocultura e latifúndio, além do alto custo de produção,devido à grande mecanização. A batata-doce, ao contrário,privilegia os pequenos produtores rurais por não exigirgrandes áreas de plantio, apresenta custo baixo paraimplantação da lavoura e alto rendimento, além dapossibilidade de ser produzida em terras menos férteis, seruma cultura cuja necessidade de investimento é menor do quea cultura da cana-de-açúcar e os resíduos da produçãopoderem ser usados como ração animal.

Como fonte alternativa de bioenergia, apresenta uma ótimaprodução de biomassa para obtenção de álcool combustível,associada à rusticidade do plantio. Resultados preliminares têmdemonstrado que um hectare de raiz de batata-doce rende de30 a 40 toneladas de biomassa, que pode ser transformada emcombustível.

Em outros países, exemplos históricos podem ser citados comrelaçao a obtenção de biocombustível de batata-doce. Sabe-seque, por volta de 1880, como o mercado de Portugal era ávidopor álcool industrial, a cultura da batata-doce levou àconstrução, nos Açores, de cinco fábricas de álcool, o quecontribuiu decisivamente para a modernização da indústria edesenvolvimento da região. A produção do álcool foi muitoimportante e positiva durante os últimos 20-30 anos do séculopassado, apesar da necessidade de superar obstáculos, como osurgimento do monopólio do álcool, que resultou em umdecreto de 1901 que limitou a produção de álcool nos Açores a2 milhões de litros/ano e fechou quatro unidades do ramo, que

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13Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Embrapa

Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

na época produziam 10 milhões de litros de álcool por ano,quantidade que corresponde às necessidades atuais deconsumo em Portugal (SINAGA INDÚSTRIA DE AÇÚCAR EÁLCOOL, 2008).

Nas condições brasileiras, a implantação de um pólo de batata-doce para produção de álcool etílico na Bahia está incentivandodebates sobre temas como perspectiva de apoio do governofederal para produção de álcool, situação da agropecuária daBahia, sistema de produção de batata-doce, uso do álcool naprodução de biodiesel e programas de financiamentos. Umprojeto em fase inicial na Embrapa Hortaliças, aponta que oálcool extraído da batata-doce pode movimentar a cadeiaprodutiva do setor na Região Norte do País. A CereÁlcool dointerior do Estado de São Paulo é outra possibilidade de usinaprodutora porque a companhia pode adaptar rapidamente seusequipamentos para a produção do álcool. Atualmente o Paísconta com uma usina experimental na Fundação Universidadedo Tocantins, a Unitins, em Palmas, onde está sendo testando apotencialidade da batata-doce como opção aos derivados depetróleo para os pequenos produtores da região Norte do País.O desafio dos pesquisadores da instituição, que integram oPrograma do Trópico Úmido, é garantir o melhoraproveitamento possível de biomassa da batata-doce.

No Rio Grande do Sul, a Embrapa Clima Temperado tem atuadojunto aos produtores no resgate ao material genético existente.Diferentes genótipos de batata-doce têm sido coletados emvárias regiões do Rio Grande do Sul, envolvendoprincipalmente alguns municípios da Encosta da Serra doSudeste (Pelotas, Capão do Leão, Morro Redondo, Turuçu,Canguçu e São Lourenço do Sul), da Região Litorânea (Tapes,Guaíba, Cristal e Barra do Ribeiro) e da Região da Campanha(São Borja e Quaraí).

Tem-se observado que, ao longo dos anos, evoluindo degeração em geração, em um processo alheio às entidades depesquisa, tem ocorrido seleção natural de genótipos de batata-

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14Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da EmbrapaClima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

doce, os quais apresentam características agronômicasdesejáveis, mostrando-se altamente promissores. Entretanto,na maioria dos casos estes materiais não expressam, natotalidade, o seu potencial produtivo, por estarem infectadoscom viroses e outras doenças degenerativas, o que resulta emperdas e depreciação do produto. Vários fatores são limitantesà produção para a cultura da batata-doce, podendo serdestacado o desconhecimento sobre cultivares e a infecção porviroses. Outras causas também podem ser apontadas comoresponsáveis pela baixa produtividade das lavouras, que sob aalegação de ser um cultivo rústico, pouco exigente, são rarosos investimentos e o uso de tecnologia (GARCIA, 1989).

PPPPPrincipais atirincipais atirincipais atirincipais atirincipais atividadesvidadesvidadesvidadesvidadesdesendesendesendesendesenvvvvvolvidas na Embrapa Climaolvidas na Embrapa Climaolvidas na Embrapa Climaolvidas na Embrapa Climaolvidas na Embrapa Climatemperado com a cultura datemperado com a cultura datemperado com a cultura datemperado com a cultura datemperado com a cultura dabatata-docebatata-docebatata-docebatata-docebatata-doce

Os trabalhos desenvolvidos na Embrapa Clima Temperado têmpor finalidade introduzir e caracterizar genótipos de batata-doceque possam ser utilizados em lavouras comerciais, levando-seem consideração a rusticidade, produtividade e adaptabilidade.Visam, fornecer aos produtores, matrizes com alta sanidadepara melhorar o padrão das lavouras, considerando-se que aeliminação de patógenos do germoplasma e a respectivaavaliação em condições homogêneas, tem permitido aobtenção de genótipos promissores para cultivos em largaescala. Até o presente, a Embrapa Clima Temperado dispõe de51 acessos de batata-doce com alta sanidade, periodicamenteindexados em relação a viroses.

Na confirmação da ausência de viroses são utilizadas plantasindicadoras e análise por microscopia eletrônica detransmissão (KITAJIMA, 1965). No processo de caracterizaçãodos genótipos de batata-doce, as matrizes produzidas porcultura “in vitro” são mantidas sob condições controladas decasa de vegetação até a época de plantio em campo. Durante

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15Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Embrapa

Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

esta fase, quando se apresentam vigorosas, comaproximadamente 60 cm de comprimento, faz-se amultiplicação vegetativa, realizando-se o corte das ramas naaltura de quatro a seis folhas, a partir da base. Posteriormente,as ramas são seccionadas a cada entrenó, sendo colocadas aenraizar, durante aproximadamente oito dias em frascoscontendo água potável (CASTRO et al. 1998). Durante o mês dedezembro, os experimentos são instalados sob condições decampo, em quatro parcelas com cinco repetições, contendo 25plantas úteis por acesso, em delineamento experimental emblocos casualizados. Para cada material, são avaliadosparâmetros referentes ao vigor da planta, número e tamanhode raízes comerciais, forma e coloração de folhas, cor interna eexterna das raízes, além da produtividade.

A taxa de sobrevivência das plântulas obtidas pormicropropagação, tem variado entre 85 e 95 %. Namultiplicação vegetativa das mudas matrizes produzidas invitro, tem-se obtido índice de enraizamento de até 100% dasestacas de folha única, utilizando tecnologia desenvolvida naEmbrapa Clima Temperado (CASTRO e OLIVEIRA, 2006).

As atividades que estão sendo conduzidas, permitem concluirque a coleta e caracterização do germoplasma de batata-doceexistente na Região Sul do Brasil, têm favorecido a seleção demateriais genéticos com elevado potencial de cultivo,reduzindo tempo e investimentos no desenvolvimento depesquisas básicas, interferindo diretamente na melhoria dosníveis de produção, principalmente devido à utilização deplantas de batata-doce isentas de patógenos transmissíveisvegetativamente, o que tem permitido a expressão dopotencial produtivo do germoplasma selecionado.

Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de atividadesrelacionadas à produção de biocombustíveis, utilizando comomatéria prima a batata-doce, estão sendo descritos algunsacessos genéticos do Banco Ativo de Batata-Doce da EmbrapaClima Temperado com potencial de utilização na produção deetanol.

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16Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da EmbrapaClima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Acessos genéticos de batata-doceAcessos genéticos de batata-doceAcessos genéticos de batata-doceAcessos genéticos de batata-doceAcessos genéticos de batata-docedo Banco do Banco do Banco do Banco do Banco AtiAtiAtiAtiAtivvvvvo de Germoplasmao de Germoplasmao de Germoplasmao de Germoplasmao de Germoplasmada Embrapa Clima da Embrapa Clima da Embrapa Clima da Embrapa Clima da Embrapa Clima TTTTTemperadoemperadoemperadoemperadoemperadocom potencial de produção decom potencial de produção decom potencial de produção decom potencial de produção decom potencial de produção debiocombustíveisbiocombustíveisbiocombustíveisbiocombustíveisbiocombustíveis

Embora o Brasil seja o 10º maior produtor mundial de batata-doce, com 82 mil hectares de área, a produtividade média de8,9 t/ha é baixa, principalmente porque toda a produção estávoltada para consumo humano e animal, exigindo que asbatatas produzidas apresentem características especificas paracomercialização. Entretanto, devido ao grande potencial dacultura na produção de biocombustível, podem ser utilizadosmateriais que fogem do padrão exigido para alimentação.

Segundo análises do Cenbio (Centro Nacional de Referênciaem Biomassa), a seleção de clones deve permitir o aumento norendimento da matéria-prima para combustível de 8,9 t/ha para20 a 30 t/ha (CHAVES, 2008). Entretanto, atividadesdesenvolvidas na Embrapa Clima temperado têm possibilitadoa seleção de acessos genéticos com produção de até 60 t/ha,com brix (glicose) em torno de 23°, estando disponíveis paradesenvolvimento de atividades de pesquisa e utilização emunidades demonstrativas. Dentre os genótipos avaliados,destacam-se seis acessos do Banco Ativo de Germoplasma,descritos a seguir:

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17Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Embrapa

Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Acesso ILS-0Acesso ILS-0Acesso ILS-0Acesso ILS-0Acesso ILS-01:1:1:1:1: Planta vigorosa. Ramos e pecíolos de corvermelho-púrpura, com grande pilosidade. Folhas em formatotriangular, sem lóbulos, com coloração levemente púrpura.Brotos verdes também com leve pigmentação púrpura. Asbatatas apresentam forma redondo-alongada com boauniformidade de raízes. Possuem de dimensões deaproximadamente 15 por 20 cm. A casca e a polpa apresentamcor creme. Produz em média aproximadamente 35 toneladaspor hectare.

Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1..... Aspecto da rama, folha e batatas do acesso debatata-doce ILS-01.

Foto

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18Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da EmbrapaClima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Foto

s: L

uis

An

tôn

io S

uit

a d

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o

Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2.Figura 2. Aspecto da rama, folha e batatas doacesso de batata-doce ILS-22.

Acesso ILS-22:Acesso ILS-22:Acesso ILS-22:Acesso ILS-22:Acesso ILS-22: Planta medianamente vigorosa. Folhas emformato triangular, com lóbulos bem definidos (popularmentedenominado pé-de-galinha), com coloração verde, pecíolo compequena percentagem da cor roxa (10%). Ramos também combaixa percentagem da cor roxa, predominando o verde e combaixa pilosidade. Brotos verdes. As batatas apresentam formacônica, onde uma das extremidades é arredondada e a outra éafilada. Possuem diâmetro médio em torno de 8 cm ecomprimento médio de aproximadamente 19 cm. A casca é decor vermelho-púrpura e polpa de cor creme. Apresentaprodução média em torno de 34 toneladas por hectare.

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19Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Embrapa

Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Acesso ILS-24:Acesso ILS-24:Acesso ILS-24:Acesso ILS-24:Acesso ILS-24: Planta vigorosa. Folhas em formato triangular,sem lóbulos, com coloração totalmente verde, pecíolo verde,apenas o local de inserção no limbo apresenta cor vermelho-púrpura. Ramos também de cor verde, com pilosidade quaseausente. Brotos de cor verde. As batatas apresentam formaalongada, levemente curvadas e desuniformes. Possuemdimensões de aproximadamente 35 cm de comprimento por 10cm de diâmetro. A casca e a polpa apresentam coloraçãocreme. Possui boa capacidade de armazenamento, podendo serarmazenada no escuro, à temperatura ambiente, por períodosuperior a 6 meses. Apresenta produção média em torno de 60toneladas por hectare.

Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3.Figura 3.- Aspecto da rama, folha ebatatas do acesso de batata-doce ILS-24.

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20Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da EmbrapaClima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Acesso ILS – 28:Acesso ILS – 28:Acesso ILS – 28:Acesso ILS – 28:Acesso ILS – 28: Planta vigorosa. Folhas em formato triangular,sem lóbulos, com coloração levemente púrpura, pecíolotambém na cor púrpura, principalmente próximo à base dafolha. Ramos de cor verde, com grande pilosidade. Brotosverdes com grande tendência ao roxo. As batatas apresentamforma variável entre o redondo-alongada a alongada. Possuemdimensões de aproximadamente 10 cm de comprimento por 8cm de diâmetro. A casca é de cor rosada e polpa apresenta coramarela com contorno (região vascular) alaranjado. Possui boauniformidade de raízes. Apresenta boa conservação e produçãomédia em torno de 30 toneladas por hectare.

Figura 04.Figura 04.Figura 04.Figura 04.Figura 04. Aspecto da rama, folha e batatasdo acesso de batata-doce ILS-28.

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Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Acesso ILS – 38:Acesso ILS – 38:Acesso ILS – 38:Acesso ILS – 38:Acesso ILS – 38: Planta vigorosa. Folhas em formato triangularcom lóbulos, com coloração verde e nervuras arroxeadas,pecíolo roxo. Ramos de cor verde mesclado com púrpura, combaixa pilosidade. Brotos verdes tendendo ao roxo. As batatasapresentam forma arredondada. Possuem de dimensões deaproximadamente 20 cm de comprimento por 12 cm dediâmetro. A casca é de cor creme em tonalidade escura,enquanto que a polpa é de cor creme, em tonalidade clara.Apresenta curto período de conservação e produção média emtorno de 30 toneladas por hectare.

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Figura 5.Figura 5.Figura 5.Figura 5.Figura 5. Aspecto da rama, folha e batatas doacesso de batata-doce ILS-38.

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22Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da EmbrapaClima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Acesso ILS – 44: Acesso ILS – 44: Acesso ILS – 44: Acesso ILS – 44: Acesso ILS – 44: Planta vigorosa. Folhas em formatotriangular, sem lóbulos quando plenamente desenvolvidas ecom lóbulos quando jovens, com coloração verde. Folhasnovas com bordas vermelho-púrpura bem delineadas. Pecíolose ramos também de cor vermelho-purpura, com pilosidademédia. Brotações verdes. As batatas apresentam formaalongada com uma das extremidades menos arredondada.Possuem diâmetro de dimensões de aproximadamente 19 por 6cm. A casca é de cor púrpura na superfície e roxa junto a polpa.A polpa apresenta cor alaranjada. Apresenta produção médiaem torno de 45 toneladas por hectare.

Figura 6.Figura 6.Figura 6.Figura 6.Figura 6. Aspecto da rama, folhas e batatasdo acesso de batata-doce ILS-44.

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23Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Embrapa

Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

Considerações Considerações Considerações Considerações Considerações TTTTTécnicasécnicasécnicasécnicasécnicas

A idéia de produção de álcool a partir da batata não é nova.Desde os anos 70, muitos pesquisadores já buscavamdesenvolver combustível dessa forma, mas sempreesbarravam na baixa produtividade, o que inviabilizava osprojetos (VITAL, 2008).

Em média, uma tonelada de batata doce rende até 180 litros deálcool e 300 quilos de resíduo, utilizado para produção defarinha e de ração animal. A cana-de-açúcar, principal matéria-prima do álcool produzido no Brasil, tem um rendimento médiode 86 litros por tonelada. Além disso, o custo de produção deálcool de batata-doce é menos da metade do que o produto decana-de-açúcar. A batata-doce pode produzir álcool fino, que éum produto de alto valor agregado destinado à fabricação debebidas, cosméticos, tintas e remédios, utilizados em váriospaíses como a Bélgica e o Japão (DCI, 2008).

Entre os pontos positivos da produção do álcool proveniente dabatata-doce, está o fato de que o plantio pode ser feito emáreas degradadas e solos arenosos com baixo custo. Devido asua alta produtividade, está sendo considerada como a maispromissora matéria-prima do etanol fino. Esta proposta trazbenefícios ambientais, já que os cerca de 300 quilos de resíduoresultantes do processo de extração - com 16% de teores deproteína - podem ser utilizados como ração para alimentarrebanhos bovinos, ovinos, caprinos, suínos e peixes (CHEIDA,2008).

Comparando a cana-de-açúcar com a batata-doce, esta últimapermite uma produção de 170 litros por tonelada, contraapenas 80 litros por tonelada da cana. Entretanto, como a canarende mais por hectare, ainda leva uma pequena vantagem:oito mil litros anuais por hectare, ante 6,3 mil litros/ano dabatata-doce. O álcool obtido de batata-doce é mais puro que oda cana-de-açúcar, o que permite sua utilização também na

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indústria farmacêutica e em bebidas, onde o Brasil éimportador de matéria- prima (VITAL, 2008).

Está em fase de conclusão, uma usina em Porto Nacional (TO),capaz de produzir etanol utilizando batata-doce e mandioca.Além de servir como combustível para automóveis, os sub-produtos gerados dessa usina também poderão seraproveitado na ração animal e produção de cosméticos. Maisdo que ser uma nova fonte geradora de energia, o projeto trazbenefícios para os moradores da região. O programa suprecarências como a falta de alternativa de renda para assentadose produtores rurais, gera oportunidade para pequenosprodutores e melhora a distribuição de renda. A produção emescala menor diminui os impactos ambientais, com a reduçãode gases poluentes. A expectativa é atingir 230 empregosdiretos no arranjo produtivo do bioetanol, com uma rendamensal de, pelo menos, um salário mínimo por família. Amelhora de sustentabilidade das comunidades ruraisbeneficiadas por essa iniciativa pode ser estendida para outrasregiões do Brasil (INVESTNEWS TV, 2008).

Qualquer atividade que vise obter produções elevadas debatata-doce deve prever a utilização de material propagativo dealta sanidade, produzido por produtores idôneos, utilizandonormas técnicas adequadas. A maneira mais segura deeliminação de patógenos consiste na utilização de técnicas decultura de tecidos e testes de indexação de mudas. Oconhecimento das viroses que infectam as lavouras, assimcomo sua eliminação utilizando técnicas de cultura demeristemas é importante na implantação de programas deprodução de mudas básicas e certificadas de batata-doce(CASTRO e OLIVEIRA, 2006).

Plantas de batata-doce livres de vírus quando comparadasexperimentalmente com plantas comuns, mostram ganhos de108 e 126% em relação ao número e peso de raízes comerciais(POZZER et al., 1992).

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25Acessos de batata-doce do banco ativo de germoplasma da Embrapa

Clima Temperado, com potencial de produção de biocombustível

RRRRReferênciaseferênciaseferênciaseferênciaseferências

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CASTRO, L. A .S. de; GARCIA, A.; FORTES, G. R. L.; ZABALETA,J. P.; LESSA, A. O. PPPPProdução de mudas e raízrodução de mudas e raízrodução de mudas e raízrodução de mudas e raízrodução de mudas e raízes de batata-es de batata-es de batata-es de batata-es de batata-doce lidoce lidoce lidoce lidoce livres de virosesvres de virosesvres de virosesvres de virosesvres de viroses. Pelotas: Embrapa Clima Temperado,1998. 22 p. (Embrapa Clima Temperado, Circular Técnica, 12).

CASTRO, L.A.S. de; OLIVEIRA, R.P. Multiplicação de matrizMultiplicação de matrizMultiplicação de matrizMultiplicação de matrizMultiplicação de matrizesesesesesde batata-doce com alta sanidadede batata-doce com alta sanidadede batata-doce com alta sanidadede batata-doce com alta sanidadede batata-doce com alta sanidade. Pelotas: Embrapa ClimaTemperado, 2006. 52 p. (Embrapa Clima Temperado. Sistemade Produção, 10).

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