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Critérios de ruptura e Ensaios de Resistência ao Cisalhamento GEOTECNIA II SLIDES 12 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt [email protected]

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Critérios de ruptura e

Ensaios de Resistência

ao CisalhamentoGEOTECNIA II

SLIDES 12

Prof. MSc. Douglas M. A. [email protected]

SLIDES 12 – Critérios de Ruptura e Ensaios de Resistência ao Cisalhamento

GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt 2

Resistência dos solos

A resistência ao cisalhamento de um

solo é definida como a máxima tensão

de cisalhamento que o solo pode

suportar sem sofrer ruptura, ou a tensão

de cisalhamento do solo no plano em

que a ruptura ocorrer.

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GEOTECNIA II – Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt3

Atrito no solo

As forças são transmitidas

através dos inúmeros

contatos dos grãos

Pode ocorrer deslizamento,

rolamento e/ou variação de

volume

Areias

Contato grão a grão

Argilas

Presença de água

adsorvida

F(veloc. carregamento)

Coesão no solo

Parcela de resistência

independente da tensão

normal

Provém da atração química

das partículas

Resistência dos solos

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Figura 12.10a: Representação do critério de

ruptura de Coulomb

Critério de Coulomb

Não há ruptura se a tensão de cisalhamento não

ultrapassar um valor dado pela expressão c + f.σ,

sendo c e f constantes do material e σ a tensão

normal atuante no plano de cisalhamento

Critérios de Ruptura em Solos

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Figura 12.10b: Representação do critério de

ruptura de Mohr

Critério de Mohr

Não há ruptura enquanto o círculo representativo do

estado de tensões se encontrar no interior de uma

curva, que é a envoltória dos círculos relativos a

estados de ruptura

Critérios de Ruptura em Solos

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Critério de Mohr-Coulomb

Se a envoltória de Mohr é linear, o critério se torna similar

ao de Coulomb, passando a denominar de Critério de

Mohr-Coulomb.

''

tguc

tgc

n

n

Intercepto

coesivo

Critérios de Ruptura em Solos

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaios de Laboratório

Cisalhamento de um corpo de prova representativo

As tensões no CP são conhecidas:

Tensões no plano de ruptura estabelecido

Aplicação de tensões principais

Ensaios principais

Cisalhamento Direto

Compressão Triaxial (convencional)

Compressão Simples

Compressão Diametral (Lobo Carneiro)

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de Cisalhamento Direto

Baseado no critério de Coulomb

Aplica-se uma tensão normal em um plano e verifica-se a

tensão cisalhante que causa a ruptura

Medem-se os deslocamentos horizontais e verticais ao

longo do ensaio

Rezende (2010)

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de Cisalhamento Direto

Rezende (2010)

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de Cisalhamento Direto

Rezende (2010)

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de Cisalhamento Direto

Vantagens

Simples, prático, baixo custo

Permite determinar a resistência

residual

Desvantagens

Plano de ruptura pré-determinado

Não permite controlar poropressões

Estado de tensões completo não é

conhecido

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de compressão

triaxial

Aplica-se uma tensão

confinante seguida

acréscimos de tensão

desviadora

Ensaio é feito para várias

tensões confinantes

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de compressão

triaxial

Rezende (2010)

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de compressão triaxial

Rezende (2010)

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de compressão triaxial

Intercepto coesivo

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de compressão triaxial

Ensaio Lento ou Consolidado Drenado (CD)

Tensões σ1 e σ3 são aplicados lentamente e a válvula é

aberta, permitindo a saída de água (u = 0)

Ensaio Adensado Rápido ou Consolidado não-drenado

(CU)

σ3 é aplicado lentamente e σ1 rapidamente, não permitindo

saída de água (u ≠ 0)

Ensaio Rápido ou Não-adensado e não-drenado (UU)

Tensões σ1 e σ3 são aplicados rapidamente e com as

válvulas fechadas, não permitindo a saída de água (u ≠ 0)

Caracterização de argilas moles saturadas

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Ensaio de compressão triaxial

CDSolos arenosos saturados

’, c’

Solos argilosos saturados

’, c’

Solos argilosos saturados

Su (resistência não drenada)

CU – Consolidado não drenado

CD – Consolidado drenado

UU – Não consolidado não drenado

CU

UU

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Ensaios de Resistência de Solos

Ensaio de compressão triaxial

Vantagens:

Estado de tensões conhecido

Permite controle de poropressões

Versátil

Desvantagens

Complexo

Custo mais alto

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Exercícios

1. Explique por que a resistência ao cisalhamento dos solos argilosos

depende da velocidade de carregamento.

2. Explique a diferença entre a coesão do solo e o intercepto coesivo obtido

em ensaios de cisalhamento.

3. Explique as principais diferenças entre o ensaio de cisalhamento direto e

o ensaio de compressão triaxial.

4. Resolver o exercício 12.2 (p. 270). Resolver graficamente e utilizando o

conceito de pólo.

5. De um ensaio de cisalhamento direto foram obtidos os seguintes

resultados de tensão normal e de tensão cisalhante na ruptura. Determine

os parâmetros de resistência (c, Ø).

EnsaioTensão Normal

(kPa)

Tensão

Cisalhante (kPa)

1 19,108 20,064

2 31,847 25,465

3 44,586 32,815

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Exercício 12.2 (Pinto, 2006)

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Envoltória de ruptura

y = 0.5005x + 10.176

R2 = 0.9923

0

5

10

15

20

25

30

35

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Tensão Normal (kPa)

Te

ns

ão

Cis

alh

an

te (

kP

a)