aula8_estados de tensões e critérios de ruptura

55
Curso de Engenharia Civil Campus VIII  Araruna PB Disciplina: Mecânica dos Solos II Período  2015.2 Notas de Aula: Estado de Tensões e Critérios de Ruptura Profa.: Maria das Vitórias do Nascimento E-mail: [email protected] 

Upload: lucas-diego-crispim

Post on 07-Jul-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 1/55

Curso de Engenharia CivilCampus VIII  – Araruna PB

Disciplina: Mecânica dos Solos IIPeríodo  – 2015.2

• Notas de Aula: Estado de Tensões e

Critérios de Ruptura• Profa.: Maria das Vitórias do Nascimento• E-mail: [email protected] 

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 2/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 3/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Estado Plano de Tensões:

•   As tensões que têm por direção a normal ao planoconsiderado são nulas, ou seja:

•   Por razões de equilíbrio, tem-se:

0   y yz  zy yx xy        

        yx xy

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 4/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões normais e de cisalhamento em um plano:

•   Conhecidas as tensões atuantes nas faces do elemento épossível conhecer as tensões geradas em um plano com

inclinação θ em relação ao plano AB:

  

  

coscos   EF  EB EF 

 EB

 EFsen FB EF 

 FB

 sen

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 5/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões normais e de cisalhamento em um plano:

•   Somando-se as componentes das forças que agem noelemento na direção de N e T, temos:

)(22cos22

cos2cos

cos)(2cos)()()(

22

22

 I  sen

ou

 sen sen

ou

 sen EF  EF  sen EF  EF 

 xy

 x y x y

n

 xy y xn

 xy y xn

       

 

        

        

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 6/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões normais e de cisalhamento em um plano:

•   Novamente:

)(2cos22

)(coscoscos

)(cos)(

cos)(cos)()(

22

22

 II  sen

 sen sen sen

ou sen EF  EF 

 sen EF  sen EF  EF 

 xy

 x y

n

 xy x yn

 xy xy

 y xn

     

 

          

    

       

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 7/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões normais e de cisalhamento em um plano:

•   Elevando-se as expressões I e II ao quadrado e somando-as, obtém-se:

•   Esta expressão corresponde à equação de um círculo, cujo

centro tem como abcissa e raio os valores:

2

2

2

2

22  xy

 x y

n

 x y

n      

   

   

 

 

 

   

 

 

 

   

2

2

2;0;

2  xy

 x y x y R    

    

 

  

   

 

  

   

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 8/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões normais e de cisalhamento em um plano:

•   Este é o chamado “círculo   de Mohr ”   de tensões, cujos

pontos têm, como coordenadas, as tensões em todos os

planos do solo que passam por um ponto:

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 9/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões normais e de cisalhamento em um plano:

•   Existem dois planos perpendiculares entre si, nos quais as tensões decisalhamento são nulas. Esses planos são chamados de Planos

Principais bem como as tensões normais que neles atuam:

• Tensão principal maior,  σ1:

• Tensão principal menor,  σ3:

  2

2

122

  xy

 x y x y

n        

    

 

  2

2

322

  xy

 x y x y

n        

    

 

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 10/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões normais e de cisalhamento em um plano:

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 11/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

 De particular interesse, são as tensões nos planos

verticais, nos quais também não ocorrem tensões de

cisalhamento, devido simetria .

 A tensão normal no plano vertical depende da constituiçãodo solo e do histórico de tensões a que ele esteve

submetido anteriormente.

 Normalmente, ele é referido à tensão vertical, e a relação

entre tensão horizontal efetiva e a tensão vertical efetiva é

denominada coeficiente de empuxo em repouso K0.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 12/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Figura: Tensões verticais e horizontais num elemento do solo, com superfície

horizontal

'

'

0

0

0

7,05,0

5,04,0

v

h K 

 K  Argilas

 K  Areias

 

 

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 13/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Figura:   Relação entre as tensões horizontais e verticais num ensaio decompressão edométrica.

 solodoernoatritodeângulo

 sen K 

int'

'10

 

 

 Para solo Normalmente Adensando →Fórmula de Jaki

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 14/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Para solo Normalmente Adensando:

 Explicação física para que o K0 seja dependente de φ´: as

duas propriedades dependem do atrito entre as partículas.

 O φ´   dos solos costuma ser tanto menor quanto mais

argiloso o solo, confirmando a tendência do Ko  ser tanto

maior quanto mais plástico o solo.

 Ko é definido em termos de tensões efetivas.

 As pressões neutras são iguais em qualquer direção, pois a

água não apresenta qualquer resistência ao cisalhamento.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 15/55

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 16/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

 Sendo φ’ geralmente é próximo de 30º, é muito comum que

o valor de K0 seja estimado pela equação:

 Da equação acima, verifica-se que K0 é próximo de 1 para

RSA = 4, passando a ser maior do que 1 quando RSA > 4.

5,0

0   )(5,0   RSA K  

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 17/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

 Solos residuais e solos que sofreram transformações

pedológicas posteriores apresentam tensões horizontais

que dependem das tensões internas originais da rocha ou

do processo de evolução do solo.

 O valor de K0 destes solos é de difícil avaliação.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 18/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões Num Plano Genérico:

Figura: Decomposição da tensão num plano genérico

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 19/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões Num Plano Genérico:

σ = Tensão normal ao plano considerado; Ƭ = Tensão cisalhante no plano considerado.

  Em qualquer ponto do solo, a tensão atuante e a suainclinação em relação à normal ao plano variam conforme o

plano considerado.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 20/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Tensões Num Plano Genérico:

 Demonstra-se que sempre existem três planos, ortogonaisentre si, em que a tensão atuante é normal ao próprioplano, não existindo a componente de cisalhamento.

 Estes planos são chamados de “planos principais”, e as

tensões neles atuantes são chamadas de tensõesprincipais:

σ1 = tensão principal maior  σ2 = tensão principal intermediária

σ3 = tensão principal menor 

  Casos possíveis mais comuns:

321

132

321

   

   

   

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 21/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura Tensões Num Plano Genérico:

  Nos problemas gerais de Engenharia de Solos, envolvendo aresistência dos solos, somente interessam o conhecimento de σ1 e σ3,pois a resistência depende das tensões de cisalhamento e estas, sãofruto das diferenças entre as tensões principais e a maior diferençaocorre quando estas são σ1 e σ3 .

  De uma maneira geral, portanto, estuda-se o estado de tensões noplano principal intermediário (em que ocorrem σ1 e σ3) → Estado Planode deformações.

Exemplos:

•   Seção transversal de uma fundação corrida•   Seção transversal de uma vala escavada•   Seção transversal de uma barragem de terra•   Seção transversal de um aterro rodoviário

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 22/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura Tensões Num Plano Genérico:

  No estado plano de deformações, conhecendo-se os planos e astensões principais num ponto, pode-se determinar as tensões emqualquer plano passando por este ponto → equações de equilíbrio.

    

   

 

     

 

22

2cos22

31

3131

 sen

θ = ângulo que o plano consideradofaz com o plano principal maior 

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 23/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura Tensões Num Plano Genérico:

Figura:   Determinaçãodas tensões num planogenérico, a partir dastensões principais.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 24/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Círculo de Mohr:

Figura 12.5: Determinação das tensões num plano genérico por meio do

círculo de Mohr.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 25/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Círculo de Mohr:

 Ele é facilmente construído quando são conhecidas as

duas tensões principais ou as tensões normais e de

cisalhamento em dois planos quaisquer (desde que nestes

dois planos as tensões normais não sejam iguais, o que

tornaria o problema indefinido).

 Construído o círculo de Mohr, ficam facilmente

determinadas as tensões em qualquer plano.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 26/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Círculo de Mohr:

  A Figura 12.5 mostrou como determinar o estado de

tensões a partir do ângulo que o plano considerado faz

com o PPM.

 Algumas vezes, entretanto, é mais prático trabalhar com o

ângulo que o plano considerado faz com o plano horizontal,

que nem sempre é um plano principal.

 Na Figura 12.6 se conhecem as tensões normal e de

cisalhamento em dois planos que não coincidem com o

horizontal e o vertical.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 27/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Determinação das tensões a partir do polo:

Figura 12.6: Determinação do estado de tensões por meio do pólo.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 28/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Estado de Tensões Efetivas:

Figura: Efeito da pressão neutra no estado de tensões em um elementode solo.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 29/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

A Resistência dos Solos:

 A ruptura dos solos é quase sempre um fenômenode cisalhamento. Ex: Sapatas, Taludes, etc.

 A resistência ao cisalhamento de um solo pode ser definida como a máxima tensão de cisalhamentoque um solo pode suportar sem sofrer ruptura;

  Ou, a tensão de cisalhamento do solo no planoem que a ruptura estiver ocorrendo.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 30/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Figura: Esquemas referentes ao atrito entre dois corpos

f: é o coeficiente de

atrito entre os dois

materiais

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 31/55

Atrito O ângulo de atrito pode ser entendido como o ângulo

máximo que a força transmitida pelo corpo à superfície pode

fazer com a normal ao plano de contato sem que ocorra o

deslizamento.

 Experiências feitas com corpos sólidos mostram que o

coeficiente de atrito é independente da área de contato e da

força (ou componente) normal aplicada.

 Assim: a resistência ao cisalhamento é diretamente

proporcional à tensão normal.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 32/55

Atrito O fenômeno de atrito nos solos se diferencia do fenômeno

de atrito entre dois corpos porque o deslocamento se faz

envolvendo um grande número de grãos, podendo eles

deslizarem entre si ou rolarem uns sobre os outros,

acomodando-se em vazios que encontrem no percurso.

 Existe também uma diferença entre as forças transmitidas

nos contatos entre os grãos de areia e os grãos de argila.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 33/55

Atrito  Nos contatos entre grãos de areia, geralmente as forças

transmitidas são suficientemente grandes para expulsar a

água da superfície, de tal forma que os contatos ocorrem

realmente entre os dois minerais.

 No caso das argilas, o número de partículas é muitíssimomaior, sendo a parcela de força transmitida em cada contato,

extremamente reduzida.

 O contato normalmente se dá pelas camadas de água

adsorvida.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 34/55

Atrito

Figura 12.9: Transmissão de forças entre partículas de areia e de argilas.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 35/55

Atrito Esta característica, que é responsável pelo adensamento

secundário, provoca, também, uma dependência da

resistência das argilas à velocidade de carregamento a que

são submetidas.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 36/55

Coesão A resistência ao cisalhamento dos solos é essencialmente

devida ao atrito entre as partículas.

 Entretanto, a tração química entre estas partículas pode

provocar uma resistência independente da tensão normal

atuante no plano e que constitui uma coesão real, como se

uma cola tivesse sido aplicada entre os dois corpos

mostrados na Figura 12.9.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 37/55

Coesão A parcela de coesão em solos sedimentares, em geral, é

muito pequena perante a resistência devida ao atrito entre

os grãos.

 Entretanto, existem solos naturalmente cimentados por 

agentes diversos, entre os quais os solos evoluídos

pedologicamente, que apresentam parcelas de coesão real

de significativo valor.

 A coesão real deve ser bem diferenciada da coesãoaparente.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 38/55

Coesão Esta é uma parcela da resistência ao cisalhamento de

solos úmidos, não saturados, devida à tensão entre

partículas resultante da pressão capilar da água.

 A coesão aparente é, na realidade, um fenômeno de atrito,

onde a tensão normal que a determina é consequente dapressão capilar.

O fenômeno físico de coesão também não deve ser 

confundido com a coesão correspondente a uma equação

de resistência ao cisalhamento (intercepto de coesão).

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 39/55

Critérios de Ruptura   Critérios de ruptura são formulações que procuram

refletir as condições em que ocorre a ruptura dos

materiais.

 A análise do estado de tensões que provoca a ruptura é o

estudo da resistência ao cisalhamento dos solos.

 Os critérios que melhor representam o comportamento

dos solos são os critérios de Coulomb e de Mohr.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 40/55

Critérios de Ruptura

Figura: Representação dos critérios de ruptura: (a) de Coulomb.

Critério de Coulomb: “não   há ruptura se a tensão de

cisalhamento não ultrapassar um valor dado pelaexpressão c+f.σ, sendo c e f constantes do material e σ atensão normal ao plano de cisalhamento”.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 41/55

Critérios de Ruptura

Figura: Representação dos critérios de ruptura: (b) de Mohr.

Critério de Mohr: “não   há ruptura enquanto o círculo

representativo do estado de tensões se encontrar nointerior de uma curva, que é a envoltória dos círculosrelativos a estados de ruptura, observadosexperimentalmente para o material”.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 42/55

Critérios de Ruptura: Mohr - Coulomb

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 43/55

Critérios de Ruptura: Mohr  – Coulomb

Figura 12.11: Análise do estado de tensões no plano de ruptura

Critérios de Ruptura

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 44/55

Critérios de Ruptura: Mohr  – Coulomb

 Os dois critérios não levam em conta a tensão principal

intermediária. Ainda assim, eles refletem bem o

comportamento dos solos.

 A ruptura se dá no plano em que estiver agindo a tensão

normal indicada pelo segmento AB e a tensão cisalhante

BC.

 Esta tensão cisalhante é menor do que a tensão cisalhante

máxima, indicada pelo segmento DE.

 No plano de máxima tensão cisalhante, a tensão normal ADproporciona uma resistência ao cisalhamento maior que a

tensão cisalhante atuante.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 45/55

Estado de Tensões e Critérios de Ruptura

Fórmulas Úteis:

  O plano de ruptura forma o ângulo de α   com o planoprincipal maior. Se do centro do círculo de Mohr (ponto D),traçar-se uma paralela à envoltória de resistência, constata-se que o ângulo 2 α é igual ao ângulo φ mais 90º.

  Geometricamente, chega-se à expressão:

  Da Figura 12.11, pode-se extrair, também, a partir do

triângulo ACD, as seguintes expressões:

2º45   

   

31

31

  

   

 sen

 

   

 sen

 sen

1

131

   

    

 sen

 sen

1

2331

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 46/55

Ensaios para Determinar a Resistência de Solos

Compressão isotrópica:

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 47/55

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 48/55

Ensaios para Determinar a Resistência de Solos

Compressão triaxial:

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 49/55

Ensaios para determinar a resistência de solos

Cisalhamento Direto:

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 50/55

Ensaios para determinar a resistência de solos

Cisalhamento Simples:

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 51/55

Ensaios para determinar a resistência de solos

Cisalhamento Torcional:

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 52/55

Ensaios para determinar a resistência de solos

Ensaio de Cisalhamento Direto:

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 53/55

Ensaios para determinar a resistência de solos

Ensaio de Cisalhamento Direto:

Figura 12.12:   Ensaio decisalhamento direto: (a)esquema do equipamento;(b) representação de

resultado típico de ensaio.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 54/55

Ensaios para determinar a resistência de solos

Ensaio Triaxial:

Figura 12.12: Esquema da câmara de ensaio triaxial.

8/18/2019 Aula8_Estados de Tensões e Critérios de Ruptura

http://slidepdf.com/reader/full/aula8estados-de-tensoes-e-criterios-de-ruptura 55/55

Ensaios para determinar a resistência de solos

Ensaio Triaxial: