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Apostilha CPA 10.

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  • CPA - 10 CERTIFICAO PROFISSIONAL

    ANBIMA SRIE 10

    http://www.edgarabreu.com.br

    AUTOR: PROF. EDGAR ABREU ([email protected])

    LTIMA ATUALIZAO: 04 de MARO de 2013

    PRXIMA ATUALIZAO: OUTUBRO de 2013

  • RECOMENDAES

    OBS: Ajude a manter o nosso material atualizado, caso encontre algum assunto em sua prova que no consta ou no est detalhado neste material, envie um e-mail para o autor ([email protected]) e colabore com as prximas atualizaes. Obrigado.

    Esta apostila foi elaborada pelo professor Edgar Abreu. A instituio ANBIMA no tem algum envolvimento ou responsabilidade com a

    elaborao e publicao deste material. Este material o mesmo utilizado em nossos cursos preparatrios para certificao CPA

    10. Caso tenha interesse em fazer algum dos nossos cursos, entre em contato com o Autor

    Esta apostila foi elaborada com auxlio de alguns profissionais que prestaram a prova do CPA - 10.

    o material mais focado para prova de Certificao da CPA 10 e o UNCO material de qualidade disponibilizado GRATUITAMENTE no Brasil.

    Porque um material to bom assim de graa? 1. Quem estuda por uma apostila, possui tempo e disciplina para estudo, assim no

    necessita fazer um curso presencial. 2. Esta a minha forma de ajudar as pessoas para contribuir com um mundo

    melhor. O custo deste material o pedido que fao para voc profissional do mercado em

    ajudar o prximo com o que estiver ao seu alcance. Assim, certamente viveremos em um mundo melhor.

    Qualquer Dvida que tenham, pode tirar direto com o autor pelo e-mail: [email protected]

    Muito sucesso em seus estudos!

  • SOBRE O AUTOR

    PUBLICAES

    Edgar Abreu Edgar Abreu mestrando em Economia pela UNISINOS RS, graduado em Matemtica Licenciatura pela PUC-RS, com especializao em Educao a Distncia pelo SENAC-RS e especializao em Finanas pela UFRGS. Possui as certificaes da Anbid CPA-10 e CPA-20 e tambm a certificao de Agente Autnomo de Investimento, concedida pela ANCOR. Ex. funcionrio do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, atualmente trabalha como consultor de finanas pessoais e leciona em cursos de preparao para certificao CPA 10, CPA 20, CEA, ANCOR e preparatrio para concursos pblicos no curso a Casa do Concurseiro em Porto Alegre (www.acasadoconcurseiro.com.br). Mais informaes no site: www.edgarabreu.com.br

  • SUMRIO MDULO 1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (PROPORO: DE 5% A 10%) .............................................................................. 3

    1.1 FUNES BSICAS .................................................................................................................................................................... 3 1.2 ESTRUTURA ............................................................................................................................................................................... 3

    MDULO 2. TICA, REGULAMENTAO E ANLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR (PROPORO: DE 10% A 15%) ....................... 12

    2. 1 PRINCPIOS TICOS ................................................................................................................................................................. 12 2.2 CDIGOS DE REGULAO E MELHORES PRTICAS DA ANBIMA ............................................................................................. 14 2.3. PREVENO CONTRA A LAVAGEM DE DINHEIRO ................................................................................................................... 17 2.4. TICA NA VENDA .................................................................................................................................................................... 22 2.5. ANLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR ...................................................................................................................................... 23

    MDULO 3. NOES DE ECONOMIA E FINANAS (PROPORO: DE 10% A 15%) ..................................................................... 25

    3.1. CONCEITOS BSICOS DE ECONOMIA ..................................................................................................................................... 25 3.2. CONCEITOS BSICOS DE FINANAS........................................................................................................................................ 28

    MDULO 4. PRINCPIOS DE INVESTIMENTO: CONCEITOS (PROPORO: DE 10% A 20%) ......................................................... 32

    4.1. PRINCIPAIS FATORES DE ANLISE DE INVESTIMENTOS .......................................................................................................... 32 4.2. PRINCIPAIS RISCOS DO INVESTIDOR....................................................................................................................................... 33 4.3. FATORES DETERMINANTES PARA ADEQUAO DOS PRODUTOS DE INVESTIMENTO AS NECESSIDADES DOS INVESTIDORES ................................ 34

    MDULO 5. FUNDOS DE INVESTIMENTO (PROPORO: DE 25% A 40%) .................................................................................. 37

    5.1. DEFINIES LEGAIS ................................................................................................................................................................ 37 5.2. DINMICA DE APLICAO E RESGATE .................................................................................................................................... 43 5.3. PRINCIPAIS CARACTERSTICAS ............................................................................................................................................... 43 5.4. POLTICA DE INVESTIMENTO .................................................................................................................................................. 43 5.5. CARTEIRA DE INVESTIMENTOS ............................................................................................................................................... 44 5.6. TAXAS DE ADMINISTRAO E OUTRAS .................................................................................................................................. 45 5.7. CLASSIFICAO CVM .............................................................................................................................................................. 46 5.8. OUTROS FUNDOS: .................................................................................................................................................................. 49 5.9. TRIBUTAO .............................................................................................................................................................................. 50

    MDULO 6. DEMAIS PRODUTOS DE INVESTIMENTO (PROPORO: DE 15% A 25%) ................................................................ 54

    6.1. AES .................................................................................................................................................................................... 54 6.2 TTULOS DE CRDITO IMOBILIRIO ......................................................................................................................................... 59 6.3. CDB CERTIFICADO DE DEPSITO BANCRIO ....................................................................................................................... 61 6.4. DEBNTURES .......................................................................................................................................................................... 61 6.5. NOTAS PROMISSRIAS .......................................................................................................................................................... 62 6.6. TTULOS PBLICOS ................................................................................................................................................................. 64 6.7 CADERNETA DE POUPANA: ................................................................................................................................................... 64 6.8 OPERAES COMPROMISSADAS: .................................................................................................................................................... 65

    CADERNO DE EXERCCIOS ......................................................................................................................................................... 67

    QUESTES MDULO 1 .................................................................................................................................................................. 68 QUESTES MDULO 2 .................................................................................................................................................................. 71 QUESTES MDULO 3 .................................................................................................................................................................. 75 QUESTES MDULO 4 .................................................................................................................................................................. 79 QUESTES MDULO 5 .................................................................................................................................................................. 82 QUESTES MDULO 6 .................................................................................................................................................................. 88

    SIMULADOS .............................................................................................................................................................................. 93

    SIMULADO 1 ................................................................................................................................................................................. 94

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    MDULO 1

    SIMULADO 2 ............................................................................................................................................................................... 103 SIMULADO 3 ............................................................................................................................................................................... 111 SIMULADO 4 ............................................................................................................................................................................... 119 SIMULADO 5 ............................................................................................................................................................................... 124

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    MDULO 1

    MDULO 1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (PROPORO: DE 5% A 10%)

    O que esperar do MDULO 1 ?

    1.1 FUNES BSICAS Comentrio: O objetivo do Sistema Financeiro facilitar a transferncia de recursos entre os agentes superavitrios e os agentes deficitrios.

    1.2 ESTRUTURA Organograma

    Comentrio:

    AGENTE SUPERAVITRIO

    INSTITUIO FINANCEIRA

    AGENTE DEFICITRIO

    Este capitulo teremos no mnimo 3 questes de prova e no mximo 5 questes de prova. Este captulo relativamente fcil, apenas decorar as funes dos principais rgos que regulamentam o mercado financeiro. A principal alterao com a mudana do edital, foi a incluso de novos cdigos de autorregulao da ANBIMA.

    CMN BACEN

    Instituies Financeiras

    Captadoras de Depsito Vista

    Sistema de Liquidao e

    Custdia

    Demais Instituies Financeiras

    CVM Auxiliares

    Financeiros

    Administra-dores de

    Recursos de terceiros

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    MDULO 1

    1 Linha: rgo Normativo 2 linha: Entidades Supervisoras. 3 linha: Operadores

    CONSELHO MONETRIO NACIONAL - CMN

    rgo Mximo do Sistema Financeiro Nacional (IMPORTANTE) Composio: Ministro da Fazenda (Presidente do conselho); Ministro do Oramento,

    Planejamento e Gesto e o Presidente do Banco Central;

    Principais competncias da CMN: o Autorizar as emisses de Papel Moeda; o Fixar as diretrizes e normas poltica cambial, inclusive quanto compra e venda de

    ouro; o Disciplinar o Crdito em todas as modalidades; o Limitar, sempre que necessrio, as taxas de juros, descontos, comisses entre outras; o Determinar o Percentual de recolhimento de compulsrio; o Regulamentar as operaes de redesconto; o Regular a constituio, o funcionamento e a fiscalizao de todas as instituies

    financeiras que operam no Pas.

    Comentrio: Tente gravar as palavras chaves como: Autorizar, fixar, Disciplinar, Limitar, Regular. Lembre-se que o CMN um rgo NORMATIVO assim no executa tarefas

    OBS: Cuidado com o verbo AUTORIZAR e REGULAMENTAR que tambm pode ser utilizado para funes do Banco Central do Brasil.

    BANCO CENTRAL DO BRASIL BACEN:

    Autarquia vinculada ao Ministrio da Fazenda; Diretoria colegiada composta de 8 membros (Presidente + 7 Diretores), todos

    nomeados pelo Presidente da Repblica. Sujeito a aprovao no Senado; Principal rgo executivo do sistema financeiro. Faz cumprir todas as

    determinaes do CMN; por meio do BC que o Governo intervm diretamente no sistema financeiro.

    Principais atribuies e competncias do BACEN: Formular as polticas monetrias e cambiais, de acordo com as diretrizes do Governo

    Federal; Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional; Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante;

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    MDULO 1

    Emitir papel-moeda; Receber os recolhimentos compulsrios dos bancos; Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituies financeiras, punindo-as, se for o

    caso; Controlar o fluxo de capitais estrangeiros; Exercer o controle do crdito.

    ____________ Comentrio: Tente memorizar as palavras chaves como: formular, regular, administrar, emitir, receber, autorizar, fiscalizar, controlar e exercer. Lembre-se que o BACEN quem faz cumprir todas as determinaes do CMN.

    COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS CVM

    Entidade autrquica, vinculada ao governo atravs do Ministrio da Fazenda. O presidente

    e seus diretores so escolhidos diretamente pelo Presidente da Repblica. rgo normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de ttulos e valores

    mobilirios; Ttulos e Valores Mobilirios: aes, debntures, bnus de subscrio, e opes de

    compra e venda de mercadorias. Objetivos da CVM: Estimular investimentos no mercado acionrio; Assegurar o funcionamento das Bolsas de Valores; Proteger os titulares contra a emisso fraudulenta, manipulao de preos e outros atos

    ilegais; Fiscalizar a emisso, o registro, a distribuio e a negociao dos ttulos emitidos pelas

    sociedades annimas de capital aberto; Fortalecer o Mercado de Aes.

    Comentrio: A CVM o BACEN do mercado mobilirio (aes, debntures, fundos de investimento entre outros)

    CVM

    SA Aberta

    Acionista

    PROTEGE

    FISCALIZA

    BACEN

    Bancos

    Clientes

    PROTEGE

    FISCALIZA

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    MDULO 1

    DICAS DO PROFESSOR

    Muitas questes de prova cobram dos alunos competncia de cada uma das autoridades monetrias. O problema que as vezes muito confuso e no final no sabemos quem autoriza emisso de papel moeda, quem fiscaliza fundos de investimento e etc. Para ajudar na resoluo destas questes, procure as palavras chaves de cada assunto abaixo. Com isso irmos facilitar nosso estudo. PALAVRAS CHAVES CVM: Valores Mobilirios, Fundos de Investimento, Aes, Mercado de Capitais, Bolsas de Valores, Derivativos. BACEN: Executar, Fiscalizar, Punir, Administrar, Emitir (apenas papel moeda), Realizar, Receber. CMN: Fixar diretrizes, Zelar, Regulamentar, Determinar, Autorizar (emisso papel moeda), Disciplinar, Estabelecer, Limitar.

    ANBIMA

    A ANBIMA - Associao Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais a representante das instituies que atuam nos mercados financeiro e de capitais. A Associao representa mais de 340 instituies, dentre bancos comerciais, mltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobilirios e consultores de investimento. Atuando como agente regulador privado, a ANBIMA criou e supervisiona o cumprimento das regras de sete Cdigos de Regulao e Melhores Prticas, atuando conjunta e construtivamente com as instituies pblicas brasileiras para regular as atividades das entidades que atuam nos mercados financeiro e de capitais Cdigos de Regulao e Melhores Prticas:

    Ofertas Pblicas de Distribuio e Aquisio de Valores Mobilirios Estabelece as melhores prticas a serem adotadas pelo mercado (coordenadores de ofertas), quando de uma oferta pblica de valores mobilirios. Os principais documentos a serem analisados so os prospectos da oferta; anncios legais e publicidade; e carta de conforto (auditoria independente)

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    MDULO 1

    Fundos de Investimento Delimita os princpios que a indstria de fundos de investimento (administradores e gestores) deve adotar, visando a aumentar a qualidade e a disponibilidade de informaes e a elevar os padres fiducirios. Programa de Certificao Continuada Determina os princpios e regras que devem ser observados pelas instituies participantes e pelos profissionais que atuam no mercado financeiro, no que diz respeito a sua conduta no desempenho das atividades. Servios Qualificados ao Mercado de Capitais Define e regulamenta as atividades relacionadas ao servio de custdia, contabilidade e controladoria de ativos e passivos, determinando que as instituies observem um conjunto de exigncias mnimas superiores s exigidas pela legislao. Private Banking ao Mercado Domstico Define as atividades que caracterizam a prestao do servio de private banking no mercado brasileiro e estabelece requisitos mnimos a serem respeitados pelas instituies participantes que atuam neste segmento Regulao e Melhores Prticas para Novo Mercado de Renda Fixa Estabelece os princpios e normas que devem ser adotados nas emisses de ofertas de ttulos e valores mobilirios no ambiente do Novo Mercado de Renda Fixa. Objetivo deste cdigo de assegurar ao mercado de renda fixa privada menores custos de transao, mais transparncia e liquidez e, consequentemente, a emisso de ativos com prazos mais longos. Regulao e Melhores Prticas para o Mercado Aberto Contm os princpios e as regras que devem ser observados pelas instituies associadas e aderentes no exerccio de suas atividades de estruturao e negociao de ativos e instrumentos financeiros nos mercados de renda fixa e derivativos de balco. O objetivo do estabelecer parmetros pelos quais as atividades das Instituies Participantes, relacionadas negociao de produtos financeiros, devem se orientar, com a finalidade de: propiciar a transparncia no desempenho de tais atividades; promover a padronizao de prticas e processos; promover credibilidade e adequado funcionamento; e manter os mais elevados padres ticos e consagrar a institucionalizao de prticas equitativas. Regulao e Melhores Prticas para Gesto de Patrimnio Financeiro no Mercado

    Domstico Define e regulamenta a Atividade de Gesto de Patrimnio Financeiro, estabelecendo os requisitos mnimos a serem respeitados pelas instituies participantes que atuam neste segmento. O objetivo deste Cdigo estabelecer, para as Instituies Participantes, os parmetros relativos Atividade de Gesto de Patrimnio Financeiro, com as seguintes finalidades: manter os mais elevados padres ticos e de qualidade no desenvolvimento e prtica da Atividade de Gesto de

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    MDULO 1

    Patrimnio Financeiro; manter a transparncia no relacionamento com os Investidores; e exigir dos profissionais envolvidos na Atividade de Gesto de Patrimnio Financeiro qualificao mnima necessria para o exerccio da referida atividade de acordo com os padres estabelecidos pelo Cdigo.

    BANCOS MLTIPLOS

    Os bancos mltiplos surgiram a fim de racionalizar a administrao das instituies financeiras. Carteiras de um banco mltiplo:

    Comercial; (MONETRIA) De Investimentos; De Crdito Imobilirio; De Aceite (financeiras); De Desenvolvimento; Leasing.

    Para configurar a existncia do banco mltiplo, ele deve possuir pelo menos duas das

    carteiras mencionadas, sendo uma delas comercial ou de investimentos.

    Um banco mltiplo deve ser constitudo com um CNPJ para cada carteira, podendo publicar um nico balano.

    Comentrio: Os bancos mltiplos com carteira comercial so considerados instituies monetrias.

    BANCOS COMERCIAIS

    So a base do sistema monetrio. So intermedirios financeiros que recebem recursos de quem tem (captao) e os distribuem

    atravs do crdito seletivo a quem necessita de recursos (aplicao), criando moeda atravs do efeito multiplicador do crdito. (Instituio Monetria)

    O objetivo fornecer crdito de curto e mdio prazos para pessoas fsicas, comrcio, indstria e empresas prestadoras de servios.

    Captao de Recursos :

    - Depsitos vista : conta corrente ; - Depsitos a prazo : CDB, RDB ; - Recursos de Instituies financeiras oficiais ; - recursos externos; - prestao de servios : cobrana bancria, arrecadao e tarifas e tributos pblicos, etc.

    Aplicao de Recursos :

    - Desconto de Ttulos ;

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    MDULO 1

    - Abertura de Crdito Simples em Conta Corrente: Cheques Especiais; - Operaes de Crdito Rural, Cmbio e Comrcio internacional.

    Comentrio: Para diminuir a criao de moedas feita pelos bancos comerciais, o BACEN utiliza o Depsito Compulsrio

    BANCOS DE INVESTIMENTO

    So instituies criadas para conceder crditos de mdio e longo prazo para as empresas. Tipos de Crdito: Podem manter contas correntes, desde que essas contas no sejam remuneradas e no

    movimentveis por cheques; (resoluo 2.624) Administrao de fundos de investimentos; Abertura de capital e na subscrio de novas aes de uma empresa (IPO e

    underwriting). Capital de Giro; Capital Fixo (investimentos): sempre acompanhadas de projeto; Captam recursos atravs de CDB/RDB ou venda de cotas de fundos.

    Comentrio: Com o crescimento do Mercado de Capitais, cada vez mais se torna importante a presena dos bancos de Investimento

    BOLSA: BM&FBOVESPA

    Empresa criada pelos acionistas da Bovespa Holding S.A. e da Bolsa de Mercadorias & Futuros- BM&F S.A., listada no Novo Mercado depois de obtido o seu registro de companhia aberta na Comisso de Valores Mobilirios (CVM), criada dia 12 de agosto de 2008. A negociao das aes de sua emisso em bolsa iniciou-se no dia 20 de agosto do mesmo ano. A bolsa opera um elenco completo de negcios com aes, derivativos, commodities, balco e operaes estruturadas. As negociaes se do em prego eletrnico (Bovespa), e via internet, com facilidades de homebroker.

    A nova companhia lder na Amrica Latina nos segmentos de aes e derivativos, com participao de aproximadamente 80% do volume mdio dirio negociado com aes e mais de US$ 67 bilhes de negcios dirios no mercado futuro

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    MDULO 1

    SOCIEDADES CORRETORAS DE TTULOS E VALORES MOBILIRIOS: PRINCIPAIS FUNES

    Constitudas sob a forma de S.A, dependem da autorizao do CVM para funcionar; Tpicas do mercado acionrio, operando na compra, venda e distribuio de ttulos e valores

    mobilirios; Operam nas bolsas de valores e de mercadorias; Os investidores no operam diretamente nas bolsas. O investidor abre uma conta

    corrente na corretora, que atua nas bolsas a seu pedido, mediante cobrana de comisso (tambm chamada de corretagem, de onde obtm seus ganhos).

    Uma corretora pode atuar tambm por conta prpria; Tm a funo de dar maior liquidez e segurana ao mercado acionrio. Podem Administrar fundos e clubes de Investimento. Podem Intermediar operaes de Cmbio

    Comentrio: Graas aos limites operacionais estabelecidos pelas corretoras e regulamentados pela CVM, os riscos de falta de solvncia e de liquidez so minimizados, pois se no existissem esses limites poderiam quebrar o sistema mobilirio, haja vista que a liquidao financeira no mercado acionrio se d sempre em D+3

    SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TTULOS E VALORES MOBILIRIOS: PRINCIPAIS

    FUNES O que faz uma Distribuidora? Como instituio auxiliar do Sistema Financeiro Nacional, tem como objetivo intermediar operaes com Ttulos e valores mobilirios. Por exemplo: papis de Renda Fixa, Aes, Debntures, certificados de incentivos fiscais e, ainda, atuar no mercado de Commodities, na compra e venda de Ouro e intermediao em Bolsa de Mercadorias. No existe mais diferena na rea de atuao entre as CTVM e as DTVM desde a deciso conjunta abaixo DECISO CONJUNTA (BACEN E CVM N17) 02/03/2009: As sociedades distribuidoras de ttulos e valores mobilirios ficam autorizadas a operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociao dos mercados organizados de bolsa de valores.

    SISTEMAS E CMARAS DE LIQUIDAO E CUSTDIA (CLEARING): ATRIBUIES E

    BENEFCIOS PARA O INVESTIDOR Principal objetivo de uma clearing house: Mitigar o risco de liquidao Principais clearing house:

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    MDULO 1

    SELIC: Ttulos Pblicos Federais (LFT, LTN e NTN-B, NTN-B Principal e NTN-F) CETIP: Cmara de custdia e liquidao Cetip (Balco Organizado de Ativos e Derivativos): principais ttulos e contratos custodiados no Cetip (CDB, Swap, Debntures, LCI, NP, Cotas de Fundos, Letras Financeiras) CBLC: Operaes realizadas nos mercados da BM&FBOVESPA, Segmento Bovespa ( vista, derivativos, balco organizado e renda fixa privada)

    SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO SPB

    Sistema de Pagamentos o conjunto de regras, sistemas e mecanismos utilizados para Transferir recursos e liquidar operaes financeiras entre empresas, governos e pessoas

    fsicas. Anteriormente (at abril/2002): alto risco SISTMICO, devido a:

    no existncia de tratamento diferenciado para transferncia de valores elevados; o acerto das contas dos bancos s se procedia no dia seguinte; Para evitar o colapso do sistema de pagamentos, o BACEN era obrigado a

    intervir no sistema, sempre que um fato acontecia. Surgimento da TED (Transferncia Eletrnica Disponvel), como alternativa para a

    transferncia, com liquidao no mesmo dia, de valores iguais ou superiores a R$ 2.000,00;

    Proibio da emisso de DOCs de valores iguais ou superiores a R$ 4.999,99

    A criao do SPB trouxe ao sistema financeiro mais segurana, mais agilidade e uma reduo do risco sistmico.

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    MDULO 2

    MDULO 2. TICA, REGULAMENTAO E ANLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR (PROPORO: DE 10% A 15%)

    O que esperar do MDULO 2 ?

    2. 1 PRINCPIOS TICOS Comentrio: Os padres ticos cobrados na prova de certificao CPA 10 so os mesmo exigidos na prova de certificao IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificao Profissional) CFP: Certificao Certified Financial Planner

    PRINCPIO DE INTEGRIDADE

    Um Profissional CFP deve oferecer e proporcionar servios profissionais com integridade e devem ser considerados por seus clientes como merecedores de total confiana. A principal fonte desta confiana a integridade pessoal do Profissional CFP. Ao decidir o que correto e justo, um Profissional CFP deve atuar com integridade como condio essencial. Integridade pressupe honestidade e sinceridade que no devem estar subordinadas a ganhos e vantagens pessoais. Dentro do princpio da integridade, pode haver certa condescendncia com relao ao erro inocente e diferena legtima de opinio; mas a integridade no pode coexistir com o dolo ou subordinao dos prprios princpios. A integridade requer que um Profissional CFP observe no apenas o contedo, mas tambm, e fundamentalmente, o esprito deste Cdigo.

    PRINCPIO DE OBJETIVIDADE

    Um Profissional CFP deve ser objetivo na prestao de servios profissionais aos clientes. Objetividade requer honestidade intelectual e imparcialidade.

    Trata-se de uma qualidade essencial a qualquer profissional. Independente do servio particular prestado ou da competncia com que um Profissional CFP trabalhe, esse deve proteger a integridade do seu trabalho, manter sua objetividade e evitar que a subordinao de seu julgamento viole este Cdigo

    Este capitulo teremos no mnimo 5 questes de prova e no mximo 7 questes de prova. Este mdulo o mais fcil de todos cobrados na prova. Aqui sero cobradas questes relacionadas a tica, lavagem de dinheiro e regulao ANBIMA. Cuidado para as alteraes na legislao de Lavagem de Dinheiro e incluso de novos princpios ticos.

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    MDULO 2

    PRINCPIO DE COMPETNCIA Um Profissional CFP deve prestar servios aos clientes de maneira competente e manter os necessrios conhecimentos e habilidades para continuar a faz-lo nas reas em que estiver envolvido. S competente aquele que atinge e mantm um nvel adequado de conhecimento e habilidade, aplicando-os na prestao de servios aos clientes. Competncia inclui, tambm, a sabedoria para reconhecer as suas limitaes e as situaes em que a consulta a, ou o encaminhamento para, outro Profissional CFP for apropriada. Um Profissional CFP, em virtude de ter conquistado uma certificao CFP, considerado qualificado para praticar planejamento financeiro. Entretanto, alm de assimilar o conhecimento bsico exigido e de adquirir a necessria experincia para a certificao, um Profissional CFP deve firmar um compromisso de continuao de aprendizagem e aperfeioamento profissional.

    PRINCPIO DE CONFIDENCIALIDADE

    Um Profissional CFP no deve revelar nenhuma informao confidencial do cliente sem o seu especfico consentimento, a menos que em resposta a qualquer procedimento judicial, inclusive, mas no limitado a, defender-se contra acusaes de m prtica de sua parte e/ou em relao a uma disputa civil entre o Profissional CFP e o cliente.

    Um cliente, ao buscar os servios de um Profissional CFP, pode estar interessado em criar um relacionamento de confiana pessoal com o Profissional CFP. Este tipo de relacionamento s pode ser criado tendo como base o entendimento de que as informaes fornecidas ao Profissional CFP e/ou outras informaes sero confidenciais. Para prestar os servios eficientemente e proteger a privacidade do cliente, o Profissional CFP deve salvaguardar a confidencialidade das informaes e o escopo de seu relacionamento com os clientes finais.

    PRINCPIO DA CONDUTA PROFISSIONAL

    A conduta profissional exige comportar-se com dignidade, agindo com respeito para com os clientes e outros profissionais, em conformidade com as regras, regulamentaes e os requisitos profissionais adequados. A conduta profissional requer tambm que o planejador financeiro CFP aprimore e mantenha a imagem pblica das Marcas, do Profissional CFP e o compromisso destes em bem servir.

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    MDULO 2

    PRINCPIO DA PROBIDADE

    Ser justo e imparcial nos relacionamentos profissionais. A probidade exige de o Profissional manter com os clientes uma relao profissional ntegra, revelando e gerenciando possveis conflitos de interesse. Envolve compatibilizar os prprios sentimentos, preconceitos e desejos, de forma a alcanar um equilbrio entre os interesses conflitantes. A probidade tratar os outros da mesma maneira que gostaramos de ser tratado

    PRINCPIO DA DILIGNCIA

    Fornecer servios profissionais de forma diligente. A diligncia exige do planejador financeiro atender aos compromissos profissionais com zelo, dedicao e rigor, cuidando adequadamente do planejamento e execuo de servios profissionais nas condies acordadas.

    2.2 CDIGOS DE REGULAO E MELHORES PRTICAS DA ANBIMA

    CDIGO ANBIMA DE REGULAO E MELHORES PRTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTOS

    OBJETIVO: Estabelecer parmetros pelos quais as atividades das Instituies Participantes, relacionadas constituio e funcionamento de fundos de investimento (Fundos de Investimento), devem se orientar, visando, principalmente, a estabelecer:

    I. a concorrncia leal; II. a padronizao de seus procedimentos;

    III. a maior qualidade e disponibilidade de informaes sobre Fundos de Investimento, especialmente por meio do envio de dados pelas Instituies Participantes ANBID;

    IV. a elevao dos padres fiducirios e a promoo das melhores prticas do mercado.

    O presente Cdigo no se sobrepe legislao e regulamentao vigentes, ainda que venham a ser editadas normas, aps o incio de sua vigncia, que sejam contrrias s disposies ora trazidas. Caso haja contradio entre regras estabelecidas neste Cdigo e normas legais ou regulamentares, a respectiva disposio deste Cdigo dever ser desconsiderada, sem prejuzo das demais regras neste contidas Para o registro dos Fundos de Investimento na ANBIMA, deve ser encaminhado pedido especfico acompanhado dos seguintes documentos:

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    MDULO 2

    I. prospecto do Fundo de Investimento, quando for o caso (Prospecto); II. regulamento do Fundo de Investimento (Regulamento);

    III. comprovante de pagamento da taxa de registro; IV. formulrio de cadastro.

    Prospecto As Instituies Participantes devem tomar providncias para que sejam disponibilizados aos investidores, quando de seu ingresso nos Fundos de Investimento, Prospectos atualizados e compatveis com o Regulamento dos Fundos de Investimento O Prospecto deve conter as principais caractersticas do Fundo de Investimento, dentre as quais as informaes relevantes ao investidor sobre polticas de investimento, riscos envolvidos, bem como direitos e responsabilidades dos cotistas. Na capa dos Prospectos dos Fundos de Investimento administrados pelas Instituies Participantes, que sejam elaborados em conformidade com todos os requisitos estabelecidos neste Cdigo, devem ser impressa a logomarca da ANBIMA, acompanhada de textos obrigatrios: ESTE PROSPECTO FOI PREPARADO COM AS INFORMAES NECESSRIAS AO ATENDIMENTO DAS DISPOSIES DO CDIGO ANBIMA DE REGULAO E MELHORES PRTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO, BEM COMO DAS NORMAS EMANADAS DA COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS. A AUTORIZAO PARA FUNCIONAMENTO E/OU VENDA DAS COTAS DESTE FUNDO DE INVESTIMENTO NO IMPLICA, POR PARTE DA COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS OU DA ANBIMA, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAES PRESTADAS, OU JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU ADMINISTRADOR OU DAS DEMAIS INSTITUIES PRESTADORAS DE SERVIOS. Quando for o caso, dependendo dos fatores de risco do fundo: ESTE FUNDO DE INVESTIMENTO UTILIZA ESTRATGIAS COM DERIVATIVOS COMO PARTE INTEGRANTE DA SUA POLTICA DE INVESTIMENTO. TAIS ESTRATGIAS, DA FORMA COMO SO ADOTADAS, PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS, PODENDO INCLUSIVE ACARRETAR PERDAS SUPERIORES AO CAPITAL APLICADO E A CONSEQUENTE OBRIGAO DO COTISTA DE APORTAR RECURSOS ADICIONAIS Devem ainda ser impressos, com destaque na capa, na contracapa ou na primeira pgina do Prospecto, os seguintes avisos ou avisos semelhantes com o mesmo teor: O INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO APRESENTA RISCOS PARA O INVESTIDOR. AINDA QUE O GESTOR DA CARTEIRA MANTENHA SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS, NO H GARANTIA DE COMPLETA ELIMINAO DA POSSIBILIDADE DE PERDAS PARA O FUNDO DE INVESTIMENTO E PARA O INVESTIDOR;

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    MDULO 2

    O FUNDO DE INVESTIMENTO DE QUE TRATA ESTE PROSPECTO NO CONTA COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR DO FUNDO, DO GESTOR DA CARTEIRA, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU, AINDA, DO FUNDO GARANTIDOR DE CRDITOS FGC; A RENTABILIDADE OBTIDA NO PASSADO NO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA; AS INFORMAES CONTIDAS NESSE PROSPECTO ESTO EM CONSONNCIA COM O REGULAMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO, MAS NO O SUBSTITUEM. RECOMENDADA A LEITURA CUIDADOSA TANTO DESTE PROSPECTO QUANTO DO REGULAMENTO, COM ESPECIAL ATENO PARA AS CLUSULAS RELATIVAS AO OBJETIVO E POLTICA DE INVESTIMENTO DO FUNDO DE INVESTIMENTO, BEM COMO S DISPOSIES DO PROSPECTO E DO REGULAMENTO QUE TRATAM DOS FATORES DE RISCO A QUE O FUNDO EST EXPOSTO.

    MARCAO A MERCADO

    A MaM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorizao e clculo de cotas dos Fundos de Investimento, pelos respectivos preos negociados no mercado em casos de ativos lquidos ou, quando este preo no observvel, por uma estimativa adequada de preo que o ativo teria em uma eventual negociao feita no mercado. A MaM tem como principal objetivo evitar a transferncia de riqueza entre os cotistas dos Fundos de Investimento, alm de dar maior transparncia aos riscos embutidos nas posies, uma vez que as oscilaes de mercado dos preos dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estaro refletidas nas cotas, melhorando assim a comparabilidade entre suas performances expressamente vedada:

    o divulgao, em qualquer meio, de qualificao, premiao, ttulo ou anlise que utilize dados de menos de 12 (doze) meses;

    o divulgao de rentabilidade do fundo com menos de 6 meses de registro na CVM. o divulgao de comparao entre Fundos que tenham classificao ANBIMA

    diferentes, sem qualific-los e sem apresentar justificativa consistente para a comparao;

    CDIGO ANBIMA DE REGULAO E MELHORES PRTICAS PARA O PROGRAMA DE

    CERTIFICAO CONTINUADA O objetivo do presente Cdigo de Regulao e Melhores Prticas (Cdigo) estabelecer princpios e regras que devero ser observados pelas Instituies Participantes abaixo definidas

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    e pelos profissionais que atuam nos mercados financeiro e de capitais, buscando a permanente elevao de sua capacitao tcnica, bem como a observncia de padres de conduta no desempenho de suas respectivas atividades. A observncia dos princpios e regras deste Cdigo ser obrigatria para as Instituies Participantes, assim entendidas as instituies filiadas ANBIMA Associao Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, bem como as instituies que, embora no associadas, expressamente aderirem a este Cdigo mediante a assinatura do competente termo de adeso A CPA-10 se destina a certificar profissionais que desempenham atividades de comercializao e distribuio de produtos de investimento diretamente junto ao pblico investidor em agncias bancrias, bem como de atendimento ao pblico investidor em centrais de atendimento. A CPA-20 se destina a certificar profissionais que desempenham atividades de comercializao e distribuio de produtos de investimento diretamente junto aos investidores qualificados, bem como aos gerentes de agncias que atendam aos segmentos private, corporate, investidores institucionais, e a profissionais que atendam aos mesmos segmentos em centrais de atendimento.

    2.3. PREVENO CONTRA A LAVAGEM DE DINHEIRO Lavagem de dinheiro o processo pelo qual o criminoso transforma, recursos obtidos atravs de atividades ilegais, em ativos com uma origem aparentemente legal.

    Para disfarar os lucros ilcitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinmico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associao direta deles com o crime; segundo, o disfarce de suas vrias movimentaes para dificultar o rastreamento desses recursos; e terceiro, a disponibilizao do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado "limpo".

    Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem teoricamente essas trs etapas independentes que, com freqncia, ocorrem simultaneamente.

    Lavagem de dinheiro o processo pelo qual o criminoso transforma, recursos obtidos atravs de atividades ilegais, em ativos com uma origem aparentemente legal.

    Para disfarar os lucros ilcitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinmico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associao direta deles com o crime; segundo, o disfarce de suas vrias movimentaes para dificultar o rastreamento desses recursos; e terceiro, a disponibilizao do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado "limpo".

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    H mais de 20 anos percebeu-se a necessidade da adoo de um esforo internacional conjunto para combater a lavagem de dinheiro, envolvendo no s os Governos dos diversos pases, mas tambm o setor privado, especialmente o sistema financeiro. Mais recentemente, os atentados terroristas em diversas partes do mundo revigoraram a necessidade desse esforo global com o objetivo de buscar a eliminao das fontes de financiamento ao terrorismo.

    Os mecanismos mais utilizados no processo de lavagem de dinheiro envolvem teoricamente essas trs etapas independentes que, com freqncia, ocorrem simultaneamente.

    CRIMES ANTECEDENTES DE LAVAGEM DE DINHEIRO

    Foi Revogado pela nova lei de Lavagem de Dinheiro, hoje caracteriza-se como crimes de lavagem de dinheiro ocultar ou dissimular a natureza, origem, localizao, disposio, movimentao ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infrao penal. Tambm esto sujeitos a mesma pena (multa + recluso de 3 a 10 anos) aqueles que ocultar ou dissimular a utilizao de bens, direitos ou valores provenientes de infrao penal: I - os converte em ativos lcitos; II - os adquire, recebe, troca, negocia, d ou recebe em garantia, guarda, tem em depsito, movimenta ou transfere; III - importa ou exporta bens com valores no correspondentes aos verdadeiros.

    PENA

    recluso de trs a dez anos e multa

    Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilizao de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo: I - os converte em ativos lcitos; II - os adquire, recebe, troca, negocia, d ou recebe em garantia, guarda, tem em depsito, movimenta ou transfere; III - importa ou exporta bens com valores no correspondentes aos verdadeiros. IMPORTANTE: pena ser reduzida de um a dois teros e comear a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplic-la ou substitu-la por pena restritiva de direitos, se o autor, co-autor ou partcipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam apurao das infraes penais e de sua autoria ou localizao dos bens, direitos ou valores objeto do crime A pena ser aumentada de um a dois teros, se os crimes definidos na lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermdio de organizao criminosa. A multa pecuniria, aplicada pelo COAF, ser varivel no superior: a) ao dobro do valor da operao;

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    b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realizao da operao; ou c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhes de reais);

    PRINCIPAIS OPERAES QUE SO INDCIOS DE CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO

    I. aumentos substanciais no volume de depsitos de qualquer pessoa fsica ou jurdica, sem causa aparente, em especial se tais depsitos so posteriormente transferidos, dentro de curto perodo de tempo, a destino anteriormente no relacionado com o cliente

    II. troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de grande valor III. proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e vice-

    versa IV. compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamento ou

    outros instrumentos em grande quantidade - isoladamente ou em conjunto -, independentemente dos valores envolvidos, sem evidencias de propsito claro

    V. movimentao de recursos em praas localizadas em fronteiras VI. movimentao de recursos incompatvel com o patrimnio, a atividade econmica ou a

    ocupao profissional e a capacidade financeira presumida do cliente VII. numerosas contas com vistas ao acolhimento de depsitos em nome de um mesmo

    cliente, cujos valores, somados,resultem em quantia significativa VIII. abertura de conta em agencia bancaria localizada em estao de passageiros -

    aeroporto, rodoviria ou porto - internacional ou pontos de atrao turstica, salvo se por proprietrio, scio ou empregado de empresa regularmente instalada nesses locais

    IX. utilizao de carto de credito em valor no compatvel com a capacidade financeira do usurio

    FASES DA LAVAGEM DO DINHEIRO

    1. Colocao a primeira etapa do processo a colocao do dinheiro no sistema econmico. Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em pases com regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal. A colocao se efetua por meio de: depsitos, compra de instrumentos negociveis compra de bens

    Para dificultar a identificao da procedncia do dinheiro, os criminosos aplicam tcnicas sofisticadas e cada vez mais dinmicas, tais como: fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro utilizao de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em

    espcie. Para dificultar a identificao da procedncia do dinheiro, os criminosos aplicam tcnicas sofisticadas e cada vez mais dinmicas, tais como:

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    fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro utilizao de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espcie

    2. Ocultao a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contbil dos recursos ilcitos. O objetivo quebrar a cadeia de evidncias ante a possibilidade da realizao de investigaes sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam moviment-lo de forma eletrnica, transferindo os ativos para contas annimas preferencialmente, em pases amparados por lei de sigilo bancrio ou realizando depsitos em contas "fantasmas" 3. Integrao nesta ltima etapa, os ativos so

    incorporados formalmente ao sistema econmico. As organizaes criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades podendo tais sociedades prestarem servios entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fcil legitimar o dinheiro ilegal

    EXEMPLO REAL

    O caso de Franklin Jurado (EUA, 1990-1996) ilustra o que seria um ciclo clssico de lavagem de dinheiro. Economista colombiano formado em Harvard, Jurado coordenou a lavagem de cerca de US$ 36 milhes em lucros obtidos por Jos Santacruz Londono com o comrcio ilegal de drogas. O depsito inicial (colocao) - o estgio mais arriscado, pois o dinheiro ainda est prximo de suas origens - foi feito no Panam. Durante um perodo de trs anos, Jurado transferiu dlares de bancos panamenhos para mais de 100 contas diferentes em 68 bancos de nove pases, mantendo os saldos abaixo de US$10 mil para evitar investigaes. Os fundos foram novamente transferidos, dessa vez para contas na Europa, de maneira a obscurecer a nacionalidade dos correntistas originais, e, ento, transferidos para empresas de fachada (ocultao). Finalmente, os fundos votaram Colmbia por meio de investimentos feitos por companhias europias em negcios legtimos, como restaurantes, construtoras e laboratrios farmacuticos, que no levantariam suspeitas (integrao). O esquema foi interrompido com a falncia de um banco em Mnaco, quando vrias contas ligadas a Jurado foram expostas. Fortalecida por leis anti-lavagem, a polcia comeou a investigar o caso e Jurado foi preso. Alm do comrcio ilegal de drogas, a lavagem de dinheiro pode servir para a legalizao de bens oriundos de outros crimes antecedentes, como seqestro e corrupo, entre outros.

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    MDULO 2

    IDENTIFICAO DOS CLIENTES

    A lei sobre crimes de lavagem de dinheiro, exige que as instituies financeiras entre outros: identifiquem seus clientes mantendo cadastro atualizado; inclusive dos proprietrios e

    representantes das empresas clientes. mantenham registro das transaes em moeda nacional ou estrangeira, ttulos e valores

    mobilirios, ttulos de crdito, metais, ou qualquer ativo passvel de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instrues por esta expedidas;

    atendam no prazo fixado pelo rgo judicial competente, as requisies formuladas pelo COAF, que se processaro em segredo de justia.

    Arquivem por cinco anos os cadastros e os registros das transaes

    COMUNICAO AO COAF De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a complementao da Carta-Circular 3098/03, as instituies financeiras devero comunicar ao Banco Central: as operaes suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira, ttulos e valores

    mobilirios, metais ou qualquer outro ativo passvel de ser convertido em dinheiro de valor acima de R$ 10.000,00;

    as operaes suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado ou

    grupo, em um mesmo ms calendrio, superem, por instituio ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$ 10.000,00;

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    MDULO 2

    depsito em espcie, retirada em espcie ou pedido de provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00, independentemente de serem suspeitas ou no.

    Toda a operao realizada por uma instituio financeira acima de R$ 10 mil deve ficar registrada no banco. A operao que for igual ou acima de R$ 10 mil e SUSPEITA deve ser reportada ao Bacen, atravs do SICOAF

    COAF - CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS

    O COAF est vinculado ao Ministrio da Fazenda e tem como finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrncias suspeitas de atividades ilcitas previstas na Lei, sem prejuzo da competncia de outros rgos e entidades. Porm, para que as atividades do COAF sejam bem sucedidas, importante que, todas as instituies visadas, no que diz respeito lavagem de dinheiro, proveniente do crime, mantenham em registro, todas as informaes de relevncia sobre seus clientes e suas operaes Alm dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro empresas e instituies que trabalham com a comercializao de jias, metais preciosos e obras de arte.

    DIRETRIZES DO PROCESSO DE SUITABILITY CONHEA SEU CLIENTE

    A coleta de informaes sobre o cliente necessria para possibilitar a anlise apropriada da situao financeira, experincia e objetivos de investimentos do cliente. As Instituies Participantes devem definir metodologia que resulte em Perfis para os investidores, criar descrio clara e objetiva de cada um dos Perfis estabelecidos e que seja de conhecimento do investidor tal descrio. Nos casos de desenquadramento, as Instituies Participantes devero explicitar, em suas metodologias, o tratamento interno adotado para correo/formalizao de tal divergncia. As divergncias identificadas devem ser comunicadas aos investidores, disponibilizando um canal de contato para manifestao do investidor caso haja discordncia

    2.4. TICA NA VENDA A venda casada, como o prprio nome mostra, ocorre quando dois produtos ou servios so vendidos como se fossem um pacote, ou, em outras palavras, que a venda de um esteja subordinada a venda do outro

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    MDULO 2

    2.5. ANLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR Segundo a ANBIMA as instituies Participantes administradoras de Fundos de Investimento devero adotar procedimentos formais, estabelecidos de acordo com critrios prprios, que possibilitem verificar que as instituies responsveis pela distribuio de Fundos de Investimento tenham procedimentos que verifiquem a adequao dos investimentos pretendidos pelo investidor a seu perfil de investimentos. Na distribuio de Fundos de Investimento, dever ser adotado processo de coleta de informaes dos investidores, que permita a aferio apropriada da situao financeira do investidor, sua experincia em matria de investimentos e seus objetivos de investimento.

    o A coleta de informaes dever fornecer informaes suficientes para permitir a definio de um perfil de investimento para cada cliente (Perfil).

    o O Perfil dever possibilitar a verificao da adequao dos objetivos de investimento dos clientes composio das carteiras por eles pretendidas/detidas em cada Instituio Participante

    Caso seja verificada divergncia entre o Perfil identificado e a efetiva composio da carteira pretendida/detida pelo cliente, devero ser estabelecidos procedimentos, junto ao cliente, para tratamento de tal divergncia

    IMPORTANTE: Quando se tratar da distribuio de Fundos de Investimento via agncias, no varejo, devero ser adotados os procedimentos mencionados acima apenas para os cotistas dos Fundos de Investimento pertencentes s categorias Aes, Multimercado, e, no caso de cotistas de Fundos de Investimento pertencentes categoria Renda Fixa, apenas para aqueles com o atributo Crdito Privado. 1. O que a API? uma metodologia desenvolvida para obter o perfil de investidor do cliente pessoa fsica e verificar a adequao dos investimentos pretendidos a esse perfil. 2. Como ser obtido o perfil do investidor? Ser utilizado um questionrio, cujas respostas apresentadas daro subsdios para obteno do perfil do investidor, tais como objetivo de investimento e tolerncia a riscos. 3. Qual o objetivo da API? Auxiliar o cliente na tomada de deciso de investimentos e proporcionar mais transparncia no momento do investimento. 4. Em que situao ser solicitado o preenchimento do questionrio? Quando o cliente desejar aplicar em fundos de aes, renda fixa crdito privado ou multimercados. As respostas apresentadas no questionrio tero validade de 360 dias, sendo

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    MDULO 2

    necessrio novo preenchimento quando ocorrer nova aplicao, subseqente a esse prazo. 5. O cliente poder recusar-se a preencher o questionrio? Sim, mas dever declarar por escrito ou eletronicamente que optou por no responder o questionrio. 6. Quais so os perfis definidos na API?

    Perfil Conservador: Cliente que busca segurana acima de tudo em seus investimentos. Perfil voltado para aplicaes em renda fixa.

    Perfil Moderado: Cliente disposto a correr um pouco de risco para obter ganhos maiores que a inflao. Este perfil sugere aplicaes em fundos de renda fixa, multimercados, podendo aplicar uma pequena parte em fundos de aes.

    Perfil Agressivo: Cliente disposto a correr risco para obter ganhos no mdio e longo prazo. Este perfil sugere que o cliente pode disponibilizar a maior parte de seus recursos em fundos multimercados e fundos de aes.

    7. Como ser utilizada a informao do perfil do investidor, aps preenchido o questionrio? Ser sugerida, ao cliente, uma carteira de investimentos adequada ao seu perfil de investidor. Dessa forma, o Banco estar verificando a coerncia entre o perfil do investidor e a sua carteira de investimentos. 8. Que tratamento ser dado ao cliente com Perfil Conservador e que deseja aplicar em fundo de aes? O cliente ser alertado pelo Banco das implicaes de sua deciso, atravs de notificao por escrito, a fim de possibilitar ao investidor uma melhor avaliao da composio de sua carteira de aplicaes mantida no Banco face ao seu perfil indicado. 9. De que maneira o cliente poder preencher o questionrio? O questionrio estar disponvel para preenchimento nas agncias bancrias e nos meios Eletrnico (Internet Banking), quando da solicitao de aplicao em um dos fundos considerados na API (fundos de aes, renda fixa crdito privado ou multimercados). 10. Que providncia ser tomada em relao ao cliente que possui saldo aplicado, antes da vigncia da API, em um dos fundos contemplados pela API? O Banco realizar a convocao dos clientes nesta situao para preenchimento do questionrio em uma de suas agncias ou por meio Eletrnico (Internet Banking).

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    MDULO 3

    MDULO 3. NOES DE ECONOMIA E FINANAS (PROPORO: DE 10% A 15%)

    O que esperar do MDULO 3 ?

    3.1. CONCEITOS BSICOS DE ECONOMIA

    PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO) O PIB (Produto Interno Bruto) a soma de todos os bens e servios produzidos em um pas durante certo perodo. Isso inclui do pozinho at um avio produzido pela Embraer, por exemplo. O ndice s considera os bens e servios finais, de modo a no calcular a mesma coisa duas vezes. A matria-prima usada na fabricao no levada em conta. No caso de um po, a farinha de trigo usada no entra na contabilidade. O PIB obtido pela equao: PIB = Consumo + Investimentos + Gastos do Governo + Saldo da Balana Comercial (Exportao Importao)

    SELIC META X SELIC OVER

    A taxa Selic Over taxa apurada no Selic, obtida mediante o clculo da taxa mdia ponderada e ajustada das operaes de financiamento por um dia, lastreadas em ttulos pblicos federais e cursadas no referido Sistema na forma de operaes compromissadas. A taxa Selic Meta Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflao. a Selic Meta que regula a taxa selic over assim como todas as outras taxas do Brasil.

    Este capitulo teremos no mnimo 5 questes de prova e no mximo 7 questes de prova. Este mdulo, assim como os anteriores, no est entre os principais temas cobrados na prova. No tivemos mudanas neste mdulo. Neste capitulo iremos encontrar questes de matemtica financeira. importante lembrar que embora seja permitido o uso de calculadora na prova, no necessrio a utilizao da mesma, uma vez que as questes aqui cobradas so apenas conceituais.

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    MDULO 3

    Comentrio: A selic over pode ser alterada diariamente (dias teis), pois se trata de uma mdia das taxas de negociao dos TPF, enquanto a Selic Meta s alterada pelo Copom, atravs de reunies ordinrias ou Extraordinrias

    CDI (CERTIFICADO DE DEPSITO INTERFINANCEIRO)

    Os Certificados de Depsito Interbancrio so os ttulos de emisso das instituies

    financeiras, que lastreiam as operaes do mercado interbancrio. Suas caractersticas so idnticas s de um CDB, mas sua negociao restrita ao mercado interbancrio. Sua funo , portanto, transferir recursos de uma instituio financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem no tem

    A taxa mdia diria do CDI utilizada como parmetro para avaliar a rentabilidade de fundos,

    como os DI, por exemplo. O CDI utilizado para avaliar o custo do dinheiro negociado entre os bancos, no setor privado e, como o CDB (Certificado de Depsito Bancrio), essa modalidade de aplicao pode render taxa de prefixada ou ps-fixada

    CDI X SELIC

    TR (TAXA REFERNCIAL) A TR representa a Taxa Bsica Financeira (TBF), que e calculada em funo da taxa media dos CDB, deduzida de um redutor (R), da seguinte forma:

    1 1TBFTR R

    A TR e utilizada na remunerao dos ttulos da divida agrria (TDA), dos recursos das cadernetas de poupana e do FGTS. competncia do BACEN calcular e divulgar a TR

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    IPCA (NDICE NACIONAL DE PREOS AO CONSUMIDOR AMPLO)

    A ponderao das despesas das pessoas para se verificar a variao dos custos foi definida do

    seguinte modo

    Tipo de Gasto Peso % do Gasto

    Alimentao 25,21

    Transportes e comunicao 18,77

    Despesas pessoais 15,68

    Vesturio 12,49

    Habitao 10,91

    Sade e cuidados pessoais 8,85

    Artigos de residncia 8,09

    Total 100,00

    IGP-M (NDICE GERAL DE PREOS DO MERCADO)

    Calculado pela FGV. Divulgado mensalmente

    IGP-M/FGV composto pelos ndices:

    60% do ndice de Preos por Atacado (IPA),

    30% ndice de Preos ao Consumidor (IPC)

    10% ndice Nacional de Custo de Construo (INCC)

    O ndice que mais afeta o IGP-M o IPA

    Comentrio: O que difere o IGP-M/FGV e o IGP-DI/FGV que as variaes de preos consideradas pelo IGP-M/FGV referem ao perodo do dia vinte e um do ms anterior ao dia vinte do ms de referncia e o IGP-DI/FGV refere-se a perodo do dia um ao dia trinta do ms em referncia

    TAXA DE CMBIO

    Taxa de cmbio o preo de uma unidade monetria de uma moeda em unidades monetrias de outra moeda PTAX a taxa que expressa mdia das taxas de cmbio praticada no mercado interbancrio. Divulgada pelo BACEN.

    ndice Oficial de inflao do Brasil Calculado pelo IBGE. Divulgado mensalmente Utilizado como referncia para META de inflao definida pelo

    CMN para o COPOM

    Populao-objetivo do IPCA abrange as famlias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salrios-mnimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas reas urbanas das regies metropolitanas de Belm, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, So Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Braslia e municpio de Goinia:

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    TODAS as operaes devem ter registro OBRIGATRIO no SISBACEN pelas instituies autorizadas por ele a atuar

    COPOM: FINALIDADE E DEFINIO

    Criado em Junho de 1996; Junho de 1999 o Brasil passou a adotar as Metas de Inflao (definida pelo C.M.N) ndice utilizado na meta: IPCA composto atualmente diretoria colegiada do BACEN (7 Diretores + 1 Diretor Presidente) o Copom quem define a taxa de juros Selic Meta e tambm a existncia ou

    no do Vis. Uma vez definido o vis, compete ao presidente do BACEN a tarefa de executar Reunio em dois dias (teras e quartas), Sendo o primeiro dia reservado para apresentao

    de dados e discusses e no segundo dia acontece a votao e definio da taxa de juros. Calendrio de reunies (8 vezes ao ano) divulgado em at o fim de Outubro, podendo reunir-

    se extraordinariamente, desde que convocado pelo Presidente do Banco Central. Divulgao da ATA de reunio em 6 dias teis em portugus e 7 em Ingls; Caso a Inflao (medida pelo IPCA) ultrapasse a meta estipulada pelo C.M.N (somado o intervalo de tolerncia), o Presidente do Banco Central deve explicar os motivos do no cumprimento da meta atravs de uma Carta Aberta ao Ministro da Fazenda; No confunda:

    Determinar a Meta da taxa de Juros: COPOM Determinar a Meta de inflao: CMN

    3.2. CONCEITOS BSICOS DE FINANAS

    TAXA DE JUROS NOMINAL E TAXA DE JUROS REAL Se considerarmos que um valor aplicado em certo fundo de investimento, obteve 15% de lucro no ano de 2007. Se considerarmos tambm, que a inflao acumulada no ano de 2007 foi de 4,5%, assim o ganho REAL deste cliente foi inferior ao lucro NOMINAL (APARENTE). Taxa nominal: 15% Inflao: 4,5% Para o calculo da taxa Real, no podemos apenas subtrair a inflao e sim utilizar a frmula de Fisher.

    (1 min ) 1 100(1 )Taxa No alTaxa REAL xInflao

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    MDULO 3

    Logo:

    Taxa real: 1,15 1,1004 10,04%1,045

    A taxa Real um pouco INFERIOR a subtrao da taxa nominal e da inflao. Pergunta: Em uma aplicao financeira o ganho nominal pode ser igual ao ganho real? Resposta: Sim, quando a inflao for igual a zero Pergunta: Em uma aplicao financeira o ganho real pode ser superior ao ganho nominal? Resposta: Sim, quando a inflao for inferior a zero, ou seja, houver deflao

    TAXA DE JUROS EQUIVALENTES VERSUS TAXA DE JUROS PROPORCIONAL

    Taxa de juros proporcional: utilizada em capitalizao simples. Exemplo: 2% ao ms proporcional a 24% ao ano 18% ao semestre proporcional a 3% ao ms Comentrio: Para calcular uma taxa proporcional, basta multiplicar ou dividir a taxa de juros proporcionalmente a relao entre os perodos em que as taxas esto compreendidas. Taxa de juros equivalente: utilizada em capitalizao composta. Exemplo: 2% ao ms equivalente a aproximadamente 26,82% ao ano 18% ao semestre equivalente a 2,80% ao ms Comentrio: Para calcular uma taxa equivalente, temos que utilizar a frmula de juros composto.

    2

    12 1[(1 ) 1] 100

    nni i x

    Onde: i2 = Taxa de juros que voc quer descobrir i1 = Taxa de juros fornecida n2 = prazo que corresponde a taxa que voc quer descobrir n1 = prazo que corresponde a taxa de juros fornecida

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    MDULO 3

    No necessrio saber calcular, apenas o conceito de juros composto e juros simples.

    CAPITALIZAO SIMPLES VERSUS CAPITALIZAO COMPOSTA

    Definies: o Capitalizao Simples: Juros incide apenas sobre o capital. No possui juros sobre juros. o Capitalizao composta: O juros incide sobre o capital acrescido os juros de perodo

    anterior. Existe a cobrana de juros sobre juros. Frmulas para calcular o montante Juros Simples:

    (1 )FV PV i xn Onde:

    o FV = Valor Futuro (Montante) o PV = Valor Presente (Capital) o i = taxa de juros o n = perodo que a taxa ser capitalizada

    Exemplo 1: Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 1% ao ms aps 10 meses?

    10.000(1 0,01 10)11.000,00

    FV xFV

    Exemplo 2: Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 12% ao ano aps 6 meses?

    610.000(1 0,12 )12

    10.600,00

    FV x

    FV

    Juros Composto:

    (1 )nFV PV i Onde:

    o FV = Valor Futuro (Montante) o PV = Valor Presente (Capital) o i = taxa de juros

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    MDULO 3

    o n = perodo que a taxa ser capitalizada Exemplo: Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 1% ao ms aps 10 meses?

    1010.000(1 0,01)11.046,22

    FVFV

    Exemplo 2: Qual o montante produzido por um investimento de R$ 10.000,00 aplicados a uma taxa de 12% ao ano aps 6 meses?

    61210.000(1 0,12)

    10.583,00FVFV

    Comentrio: Compare o exemplo 1 de juros simples com o exemplo 1 de juros composto. Concluso: Quando estamos capitalizando a taxa de juros, juros composto superior a juros simples. Compare agora o exemplo 2 de juros simples com o exemplo 2 de juros composto. Concluso: Quando estamos descapitalizado a taxa de juros, juros composto inferior aos juros simples.

    VOLATILIDADE. CONCEITO Ver no captulo 4

    PRAZO MDIO PONDERADO DE UMA CARTEIRA DE TTULOS: CONCEITO E RISCOS ASSOCIADOS Ver no captulo 4

    MARCAO A MERCADO COMO VALOR PRESENTE DE UM FLUXO DE PAGAMENTOS

    (PRECIFICAO E VOLATILIDADE: IMPACTOS DE PRAZOS E TAXAS) Ver no captulo 3 Ver Captulo 5

    MERCADO PRIMRIO E MERCADO SECUNDRIO: CONCEITO, FINALIDADE E

    RELEVNCIA PARA O INVESTIDOR. Ver no captulo 6

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    MDULO 4

    MDULO 4. PRINCPIOS DE INVESTIMENTO: CONCEITOS (PROPORO: DE 10% A 20%)

    O que esperar do MDULO 4 ?

    4.1. PRINCIPAIS FATORES DE ANLISE DE INVESTIMENTOS

    RENTABILIDADE ABSOLUTA VERSUS RENTABILIDADE RELATIVA (BENCHMARK) Exemplos:

    o Rentabilidade Absoluta: O fundo de renda fixa do banco X rendeu 0,80% no ultimo ms.

    o Rentabilidade Relativa: O fundo de renda fixa do banco X teve um rendimento de 97% do CDI no ultimo ms.

    RENTABILIDADE ESPERADA VERSUS

    RENTABILIDADE OBSERVADA

    o Rentabilidade Observada: est relacionada com o conceito de passado. a rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento, por exemplo.

    o Rentabilidade Esperada: calculada como a mdia da rentabilidade observada. Representa uma expectativa (esperana) de

    retorno do investidor.

    RENTABILIDADE BRUTA VERSUS RENTABILIDADE LQUIDA

    Rentabilidade Bruta: a rentabilidade que ainda no foram descontados os impostos. Rentabilidade Liquida: o retorno, j descontado os impostos.

    Este capitulo teremos no mnimo 5 questes de prova e no mximo 10 questes de prova. Este mdulo um dos 3 mais importantes da prova. um captulo curto, mas que vai exigir compreenso e entendimento. Recomendo que o leitor estude primeiro o captulo 5 e 6 e deixe para estudar este captulo por ltimo. Motivo: de nada adianta saber que aes no possuem risco de crdito se voc no saber o que uma ao.

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    MDULO 4

    Exemplo: Professor Pedro aplicou em um CDB e teve uma rentabilidade bruta de 5,8% no perodo aplicado. (como a rentabilidade bruta, logo, no foi descontado os impostos). Supondo que a alquota de I.R devida de 20%, assim: 5,8% x 0,80 (desconto de 20%) = 4,64% Conclumos que o retorno liquido deste investimento foi de 4,64%.

    LIQUIDEZ

    Maior ou menor facilidade de se negociar um ativo, convertendo-o em dinheiro. Exemplo: Investimentos em CDB possuem maior liquidez que os investimentos em imveis.

    RISCO

    Risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa deciso de investimento. Grau de incerteza do retorno de um investimento. Normalmente, o risco tem relao direta com o nvel de renda do investimento: quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento.

    4.2. PRINCIPAIS RISCOS DO INVESTIDOR

    RISCO DE MERCADO Risco de mercado a potencial oscilao dos valores de um ativo durante um perodo de tempo. O preo dos ativos oscila por natureza. Uns mais, outros menos. A isso chamamos de volatilidade, que uma medida dessa oscilao. Assim, os preos das aes so mais volteis (oscilam mais) que os preos dos ttulos de renda fixa. O Risco de Mercado representado pelos desvios (ou volatilidade) em relao ao resultado esperado. Risco de mercado, Volatilidade e Desvio-Padro, na prtica, podem ser utilizados como sinnimos. Exemplo: se esperarmos que um determinado fundo de investimento apresente um retorno de 25% ao ano, temos a expectativa de que ao aplicarmos R$ 100, obteremos um retorno de R$ 25. Quaisquer rentabilidades observadas acima ou abaixo so consideradas risco de mercado.

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    MDULO 4

    RISCO DE CRDITO Risco de crdito est associado a possveis perdas que um credor possa ter pelo no pagamento por parte do devedor dos compromissos assumidos em uma data acertada, seja este compromisso os juros (cupons) ou o principal. H vrios tipos de risco de crdito: um investidor, ao comprar um ttulo, sempre estar incorrendo em um ou mais destes tipos de risco de crdito. As empresas contratam as agncias especializadas como Standard & Poors e Moodys para que elas classifiquem o risco de crdito referente s obrigaes que vo lanar no mercado (e que sero adquiridas por investidores), como debntures (bonds), commercial papers, securitizaes, etc O rating depende da probabilidade de inadimplncia da empresa devedora, assim como das caractersticas da dvida emitida Quando uma empresa emite debntures e no consegue honrar seus pagamentos, seus investidores esto sujeitos a terem perdas financeiras devidas o risco de crdito existente. IMPORTANTE: Aplicao em aes NO possuem RISCO DE CRDITO.

    RISCO DE LIQUIDEZ

    Trata-se da impossibilidade de vender um determinado ativo pelo preo e no momento desejado. A realizao da operao, se ela for possvel, implica numa alterao substancial nos preos do mercado. Caracteriza-se quando o ativo possui muitos vendedores e poucos compradores. Investimento em imveis um exemplo de uma aplicao com alto risco de liquidez.

    4.3. FATORES DETERMINANTES PARA ADEQUAO DOS PRODUTOS DE INVESTIMENTO AS NECESSIDADES DOS INVESTIDORES

    RISCO VERSUS RETORNO Considerando que os investidores so racionais, conclumos que os mesmos s estaro dispostos a correr maior risco em uma aplicao financeira para ir a busca de maiores retorno. Segundo o princpio da dominncia, entre dois investimentos de mesmo retorno, o investidor prefere o de menor risco e entre dois investimento de mesmo risco, o investidor prefere o de maior rentabilidade.

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    MDULO 4

    DIVERSIFICAO: VANTAGENS E LIMITES DE REDUO DO RISCO INCORRIDO

    Risco sistemtico: a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em fatores comuns a todos os ativos do mercado. o Por exemplo, determinado resultado das eleies presidenciais afeta, em maior ou menor

    grau, todos os ativos do mercado.

    Risco no sistemtico ou especfico: a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em caractersticas especficas do ativo. o Por exemplo, se uma plataforma da Petrobrs sofre um acidente, a princpio somente as

    aes desta empresa recebem um impacto negativo. A diversificao, no mundo dos investimentos, como o investidor divide sua poupana nos diversos ativos financeiros e reais, como: colocar 10% de seu dinheiro na poupana, 50% em fundos de renda fixa, 20% em fundo imobilirio e 20% em aes. A diversificao ajuda a reduzir os riscos de perdas. o velho ditado: no

    coloque todos os ovos numa nica cesta. Desta forma, quando um investimento no estiver indo muito bem, os outros podem compensar, de forma que na mdia no tenha perdas mais expressivas. A diversificao consegue reduzir APENAS o risco NO SISTEMTICO (especfico). O risco sistemtico no pode ser reduzido, nem mesmo com uma excelente diversificao.

    PRAZO MDIO RISCO RETORNO

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    MDULO 4

    DICAS DO PROFESSOR

    Vamos aprender agora como comparar ttulos diferentes de acordo com os seus riscos de crdito e de mercado. Imagine que o investidor tenha dois ttulos conforme abaixo, qual deles deve apresentar maior retorno? Bom de maneira geral apresenta maior retorno aquele que tiver maior risco, este risco maior pode ser de Mercado ou de Crdito, por exemplo. Vamos analisar os casos abaixo:

    I. CDB II. Ttulos Pblicos Federal

    O CDB tente a ter maior retorno, pois oferece ao investidor maior RISCO DE CRDITO j que CDB emitido por bancos enquanto os TPF pelo Tesouro Nacional. ( mais fcil um banco sofrer liquidao do que o governo federal). Mais um exemplo:

    I. LFT II. LTN

    Como ambos os ttulos so emitidos pelo Tesouro Nacional o Risco de crdito deles so idnticos. Assim no possvel determinar qual ttulo tente a ser mais rentvel. Porm como LFT um ttulo pos fixado (atrelado a variao da taxa Selic) enquanto LTN um ttulo pr-fixado, de se esperar que LFT tenha um maior retorno, visto que o mesmo ttulo apresenta maior RISCO DE MERCADO.

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    MDULO 5

    MDULO 5. FUNDOS DE INVESTIMENTO (PROPORO: DE 25% A 40%)

    O que esperar do MDULO 5 ?

    ATENO: A legislao de Fundos de Investimento, instruo CVM 409, sofreu muitas alteraes provocadas pela publicao da instruo CVM 522 em Maio de 2012. Porm as maiorias das alteraes passam a ter obrigatoriedade apenas aps o dia 01 de Janeiro de 2013. Como o cdigo

    de certificao continuada da Anbima afirma que a legislao vigente a de no mximo seis meses anterior a data da prova, assim as mudanas na legislao de fundos de

    investimento s podero ser cobradas no exame de certificao a partir do dia 01 de Julho de 2013.

    5.1. DEFINIES LEGAIS

    FUNDO DE INVESTIMENTO E FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS A principal diferena entre fundos de investimento e fundos de investimento em cotas, est na poltica de investimento. (Ver pgina 44) Fundos de Investimento: compram ativos como ttulos pblicos, CDBs, aes, debntures e etc. Fundos de Investimento em cotas: compram cotas de fundos. So uma espcie de investidor (cotista) de fundos de investimento.

    Este capitulo teremos no mnimo 13 questes de prova e no mximo 20 questes de prova. Este o principal captulo da prova. o assunto mais cobrado na prova A boa notcia que fundos de investimento so muito fcil, decoreba. Lendo bem os conceitos de fundos de investimento, no confundindo os percentuais cobrados na poltica de investimento de cada fundo, certamente voc ter sucesso na hora da prova. Teremos mudanas neste mdulo somente para as provas realizadas posteriores a Julho de 2013.

    LFT AES DEBNTURES

    CDB LTN

    FUNDOS DE INVESTIMENTO

    FUNDOS DE INVESTIMENTO

    EM COTAS

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    MDULO 5

    CONDOMNIO Fundo de Investimento = Condomnio

    Comunho de recursos sob a forma de condomnio onde os cotistas tm o mesmo interesse e objetivos ao investir no mercado financeiro e de capitais A base legal dos fundos de investimento o condomnio, e desta base que emerge o seu sucesso, pois, o capital investido por cada um dos investidores cotistas, somado aos recursos de outros cotistas para, em conjunto e coletivamente, ser investido no mercado, com todos os benefcios dos ganhos de escala, da diversificao de risco e da liquidez das aplicaes.

    COTA

    As cotas do fundo correspondem a fraes ideais de seu patrimnio, e sempre so escriturais e nominativas. A cota, portanto, menor frao do Patrimnio Lquido do fundo. Como calculado o valor da cota?

    Valor da cota = Patrimnio Liquido/Nmero de cotas

    PROPRIEDADE DOS ATIVOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS EXCLUINDO FUNDOS

    IMOBILIRIOS A propriedade dos ativos de um fundo de investimento do condomnio e a cada um cabe a frao ideal representada pelas cotas.

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    MDULO 5

    SEGREGAO ENTRE GESTO DE RECURSOS PRPRIOS E DE TERCEIROS (CHINESE WALL)*

    As instituies financeiras devem ter suas atividades de administrao de recursos prprios e recursos de terceiros (Fundos), totalmente separadas e independentes de forma a prevenir potenciais conflitos de interesses.

    ASSEMBLIA GERAL DE COTISTAS (COMPETNCIAS E DELIBERAES)

    a reunio dos cotistas para deliberarem sobre certos assuntos referentes ao Fundo. Compete privativamente Assemblia Geral de cotistas deliberar sobre: as demonstraes contbeis apresentadas pelo administrador; a substituio do administrador, do gestor ou do custodiante do Fundo; a fuso, a incorporao, a ciso, a transformao ou a liquidao do Fundo; o aumento da taxa de administrao; (a reduo de taxa de administrao no necessita

    de assemblia) a alterao da poltica de investimento do Fundo; a emisso de novas cotas, no Fundo fechado; a amortizao de cotas, caso no esteja prevista no regulamento; e a alterao do regulamento. Convocao A convocao da Assemblia Geral deve ser feita por correspondncia encaminhada a cada cotista, com pelo menos 10 dias de antecedncia em relao data de realizao. A presena da totalidade dos cotistas supre a falta de convocao. Podem convocar a Assemblia Geral administrador do fundo, cotista ou grupo de cotista que detenham no mnimo 5% das cotas emitidas do fundo. A Assemblia Geral instalada com a presena de qualquer nmero de cotistas. Assemblia geral ordinria (ago) e assemblia geral extraordinria (age) AGO a Assemblia convocada anualmente para deliberar sobre as demonstraes contbeis do Fundo. Deve ocorrer em at 120 dias aps o trmino do exerccio social. Esta Assemblia Geral somente pode ser realizada no mnimo 30 dias aps estarem disponveis aos cotistas as demonstraes contbeis auditadas relativas ao exerccio encerrado. Quaisquer outras Assemblias so chamadas de AGE

    DIREITOS E OBRIGAES DOS CONDMINOS

    O cotista deve ser informado:

    Do objetivo do fundo. Da poltica de investimento do fundo e dos riscos associados a essa poltica de

    investimentos. Das taxas de administrao e de desempenho cobradas, ou critrios para sua fixao, bem

    como das demais taxas e despesas cobradas.

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    MDULO 5

    Das condies de emisso e resgate de cotas do fundo e quando for o caso, da referncia de prazo de carncia ou de atualizao da cota.

    Dos critrios de divulgao de informao e em qual jornal so divulgadas as informaes do fundo.

    Quando for o caso, da referncia a contratao de terceiros como gestor dos recursos. De que as aplicaes realizadas no fundo no contam com a proteo do Fundo

    Garantidor de Credito. A rentabilidade obtida no passado no representa garantia de rentabilidade futura. Para avaliao da performance do fundo de investimento, recomendvel uma anlise de

    perodo de, no mnimo, 12 meses O cotista deve ter acesso: Ao Regulamento e ao prospecto do fundo. Ao valor do patrimnio lquido, valor da cota e a rentabilidade no ms e no ano civil. A composio da carteira do fundo (o administrador deve coloc-la disposio dos cotistas). O cotista deve receber: Mensalmente extrato dos investimentos. Anualmente demonstrativo para Imposto de Renda com os rendimentos obtidos no ano

    civil, nmero de cotas possudas e o valor da cota. Obrigaes dos cotistas O cotista deve ser informado e estar ciente de suas obrigaes, tais como: O cotista poder ser chamado a aportar recursos ao fundo nas situaes em que o PL do

    fundo se tornar negativo. O cotista pagar taxa de administrao, de acordo com o percentual e critrio do fundo. Observar as recomendaes de prazo mnimo de investimento e os riscos que o fundo pode

    incorrer. Comparecer nas assemblias gerais. Manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador possa lhe enviar os

    documentos. Assinar o TERMO DE ADESO, atestando que recebeu o prospecto e o regulamento do

    fundo e est ciente da poltica de investimento do fundo bem como todos os riscos envolvidos.

    INFORMAES RELEVANTES (DISCLAIMERS)

    Divulgar, diariamente o valor do patrimnio lquido e da cota. Mensalmente, remeter aos cotistas um extrato com as seguintes informaes: nome do Fundo e o nmero de seu registro no CNPJ; nome, endereo e nmero de registro do administrador no CNPJ; nome do cotista; saldo e valor das cotas no incio e no final do perodo e a movimentao ocorrida ao longo do

    mesmo; rentabilidade do Fundo auferida entre o ltimo dia til do ms anterior e o ltima dia til do

    ms de referncia do extrato;

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    MDULO 5

    data de emisso do extrato da conta; e o telefone, o correio eletrnico e o site Anualmente, colocar as demonstraes financeiras do Fundo, incluindo o Balano, disposio de qualquer interessado que as solicitar.

    SEGREGAO DE FUNES E RESPONSABILIDADES:

    ADMINISTRADOR: Responsvel legal pelo funcionamento do fundo. Controla todos os

    prestadores de servio, e defende os interesses dos cotistas. Responsvel por comunicao com o cotista.

    CUSTODIANTE: Responsvel pela guarda dos ativos do fundo. Responde pelos dados e envio de informaes dos fundos para os gestores e administradores.

    DISTRIBUIDOR: Responsvel pela venda das cotas do fundo. Pode ser o prprio administrador ou terceiros contratados por ele.

    GESTOR: Responsvel pela compra e venda dos ativos do fundo (gesto) segundo poltica de

    investimento estabelecida em regulamento. Quando h aplicao no fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira. Quando houver resgate o gestor ter que vender ativos da carteira.

    AUDITOR INDEPENDENTE: Todo Fundo deve contratar um auditor independente que

    audite as contas do Fundo pelo menos uma vez por ano

    FUNDOS DE INVESTIMENTO (FI) E FUNDOS DE INVESTIMENTO EM COTAS (FIC):

    DEFINIES OS FUNDOS ABERTOS:

    Nestes, os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo. O nmero de cotas do Fundo varivel, ou seja: quando um cotista aplica, novas cotas so geradas e o administrador compra ativos para o Fundo; quando um cotista resgata, suas cotas desaparecem, e o administrador obrigado a vender ativos para pagar o resgate. Por este motivo, os Fundos abertos so recomendados para abrigar ativos com liquidez mais alta.

    FUNDOS FECHADOS

    O cotista s pode resgatar suas cotas ao trmino do prazo de durao do Fundo ou em virtude de sua eventual liquidao. Ainda h a possibilidade de resgate destas cotas caso haja deliberao neste sentido por parte da assemblia geral dos cotistas ou haja esta previso no regulamento do Fundo.

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    MDULO 5

    Estes Fundos tm um prazo de vida pr-definido e o cotista, somente, recebe sua aplicao de volta aps haver decorrido este prazo, quando ento o Fundo liquidado. Se o cotista quiser seus recursos antes, ele dever vender suas cotas para algum outro investidor interessado em ingressar no Fundo.

    FUNDOS RESTRITOS

    J os Fundos classificados como Restritos so aqueles constitudos para receber investimentos de um grupo restrito de cotistas, normalmente os membros de uma nica famlia, ou empresas de um mesmo grupo econmico.

    INVESTIDORES QUALIFICADOS

    Investidores Qualificados so aqueles que, segundo o rgo regulador, tem mais condies do que o investidor comum de entender o mercado financeiro. So considerados Investidores Qualificados:

    Instituies financeiras; Companhias seguradoras e sociedades de capitalizao; Entidades abertas e fechadas de previdncia complementar; Pessoas fsicas ou jurdicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$

    300.000 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condio de investidor qualificado mediante termo prprio;

    Administradores de carteira e consultores de valores mobilirios autorizados pela CVM em relao a seus recursos prprios.

    FUNDOS EXCLUSIVOS Os Fundos classificados como "Exclusivos" so aqueles constitudos para receber aplicaes exclusivamente de um nico cotista. Somente investidores qualificados podem ser cotistas de Fundos exclusivos. Prospecto e marcao a mercado facultativa.

    FUNDOS DE INVESTIMENTO COM CARNCIA O regulamento do fundo pode estabelecer prazo de carncia para resgate, com ou sem rendimento. Os fundos com Carncia tm resgate aps o trmino da carncia.

    FUNDOS DE INVESTIMENTO SEM CARNCIA resgates a qualquer momento, isto , liquidez diria

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    MDULO 5

    5.2. DINMICA DE APLICAO E RESGATE Cota de Abertura Chamamos de cota de abertura aquela que j conhecida no incio do dia. O seu clculo feito com base no valor do PL do Fundo no dia anterior, acrescido de um CDI. A cota de abertura permitida apenas para os Fundos Curto Prazo, Referenciados e Renda Fixa No Longo Prazo (segundo a classificao CVM), e indicada apenas para Fundos pouco volteis, como os Fundos DI. A cota de abertura apresenta a vantagem de permitir que o investidor planeje de forma melhor as suas movimentaes, pois j se sabe o valor da cota no incio do dia.

    Cota de Fechamento A cota de fechamento calculada com base no valor do PL do prprio dia. A cota de fechamento tem a vantagem de refletir mais fielmente o PL do Fundo, evitando distores na aplicao/resgate do Fundo. A desvantagem est em que o investidor somente vai saber o resultado de sua aplicao/resgate no dia seguinte

    5.3. PRINCIPAIS CARACTERSTICAS As grandes vantagens para o investidor de fundos de investimento em relao aos investimentos feitos de forma individual so: Possibilidade de diversificao da carteira, mesmo dispondo de pouco recurso financeiro Acesso a papeis disponveis no mercado financeiro, mas que exigem maior volume para

    aplicao Alta liquidez

    5.4. POLTICA DE INVESTIMENTO FUNDOS PASSIVOS (FUNDO INDEXADO) Os fundos passivos so aqueles que buscam acompanhar um determinado benchmark e por essa razo seus gestores tm menos liberdade na seleo de Ativos

    FUNDOS ATIVOS So considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter melhor desempenho, assumindo posies que julgue propcias para superar o seu benchmark

    FUNDO ALAVANCADO Um fundo considerado alavancado sempre que existir possibilidade (diferente de zero) de perda superior ao patrimnio do fundo, desconsiderando-se casos de default nos ativos do fundo.

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    MDULO 5

    DOCUMENTOS DOS FUNDOS

    Regulamento: Documento que estabelece as regras de funcionamento e operacionalizao de um fundo de investimento, segundo legislao vigente.

    Prospecto: Documento que contm as informaes relevantes para o investidor relativas poltica de investimento do fundo e os riscos envolvidos.

    Termo de Adeso: investir todo cotista assina um termo confirmando que: Recebeu o regulamento e o prospecto do fundo. Tomou cincia dos riscos envolvidos e da poltica de investimento.

    O investidor deve receber os documentos acima sempre ANTES da primeira aplicao no fundo.

    OBS: A elaborao de prospecto facultativa para os