apostila cpa 10

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Kléber H.: Stumpf www.topinvest.com.br www.youtube.com/topinvestbrasil 14/04/2015 Apostila CPA 10

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apostila para certificação

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Kléber H.: Stumpf

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14/04/2015

Apostila CPA 10

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Sumário 1. Sistema Financeiro Nacional ............................................................................................ 3

1.1 Funções Básicas do Sistema Financeiro Nacional ............................................................... 4

1.1.1 Função dos Intermediários Financeiros e Definição de Intermediação................... 4

1.2 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional........................................................................4

1.2.1 Órgãos de Regulação, Auto Regulação e ...............................................................10

1.2.1.1 CMN – Conselho Monetário Nacional................................................................12

1.2.1.2 BACEN – Banco Central do Brasil........................................................................14

1.2.1.3 CVM – Comissão de Valores Mobiliários............................................................18

1.2.1.4 ANBIMA – Atribuições, Propósito e Abrangência dos Códigos..........................21

1.2.2 Principais Intermediários Financeiros: Conceitos e Atribuições............................28

1.2.2.1 Bancos Múltiplos...............................................................................................29

1.2.2.2 Bancos Comerciais.............................................................................................30

1.2.2.3 Bancos de Investimento....................................................................................31

1.2.3 Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros : Conceito e Atribuições...........32

1.2.3.1 Bolsa de Valores (BVMF&Bovespa)...................................................................33

1.2.3.2 Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários...........................37

1.2.4 Sistemas e Câmaras de Liquidações e Custódia (Clearing House)........................39

1.2.4.1 SELIC – Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.....................................40

1.2.4.2 CETIP S/A………………………………………………………………………………………………………43

1.2.4.3 BVMF&Bovespa - Câmara de Ações (Antiga CBLC)..........................................45

1.2.4.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro .................................................................... 47

2. Ética, Regulamentação, Análise de Perfil e Lavagem de Dinheiro ................................. 51

2.1 Principios Éticos, Código de Ética e Responsbilidade Profissional do IBCPF ........... 51

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Sistema Financeiro Nacional - SFN

Assista a Vídeo Aula: https://www.youtube.com/watch?v=QEAKuIvjfQU

Segundo a legislação no Art. 192 da Constituição Federal:

“O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento

equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o

compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que

disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.”

Basicamente o Sistema Financeiro Nacional nada mais é do que um agrupamento de

todas as instituições que tornam possível a circulação de moeda no Brasil. O SFN busca então

obter a melhor organização possível de toda esta estrutura para que o país possa funcionar de

forma eficiente através de regulamentações do Conselho Monetário Nacional que é seu

órgão máximo, e atua regulamentando e fiscalizando estas operações.

O Sistema Financeiro Nacional do Brasil, também conhecido simplesmente como SFN

teve sua origem ainda no início do século XVI com a chegada da corte portuguesa ao país e a

criação do mais antigo órgão, o Banco do Brasil. Com o passar dos anos, outros bancos

públicos e privados foram surgindo e também foram criadas as “Caixa Econômica”.

Após o término da segunda guerra mundial ocorre então um grande progresso nos

sistemas financeiros mundiais com a criação de importantes instituições como o FMI(Fundo

Monetário Internacional) e o Banco Mundial. Quase que simultaneamente ocorria no Brasil a

criação da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito) que futuramente cede lugar ao

BACEN.

Outros fatores de extrema importância ao Sistema Financeiro Nacional do Brasil

também é a criação do BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o

CMN (Conselho Monetário Nacional) como órgão máximo do SFN, a CVM (Comissão de

Valores Mobiliários) e o BACEN (Banco Central do Brasil).

Um importante marco na política monetária nacional que trouxe ao país uma

estabilidade econômica foi a criação do Plano Real no governo de Fernando Henrique Cardoso

(FHC) e também do COPOM (Comitê de Política Monetária) e o estabelecimento de metas de

inflação.

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Funções do Sistema Financeiro Nacional - SFN

O Sistema Financeiro Nacional exerce funções de extrema importância para o pais tais como:

Manutenção do Desenvolvimento;

Fiscalização de Atividades de Crédito;

Fiscalização de Atividades de Circulação de Moeda;

Para cumprir com seus objetivos o SFN é estruturado conforme veremos abaixo.

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

Para tornar possível as transferências de recursos no Sistema Financeiro Nacional

entre os agentes econômicos (Superavitários e Deficitários) o governo desenvolveu a seguinte

estrutura:

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Funções dos Intermediários Financeiros

Intermediação financeira é o nome que se dá a transferência de recursos de um

agente superavitário para um agende deficitário. Dentro sistema financeiro nacional sempre

teremos os agendes superavitários (poupadores) disponibizando recursos aos agentes

deficitários (tomadores de crédito), e a transferência destes recursos entre os participantes da

economia gera uma remuneração que é o que chamamos de taxa de juros.

Com o objetivo de facilitar estas trocas existem as instituições Financeiras que

conhecemos como bancos que são responsáveis por interligar estes agentes intermedianto

assim esta troca de recursos levando o capital do agente superavitário para o agente

deficitário. A existência destes traz ao sistema financeiro nacional grandes vantagens como

uma maior transparência e confiabilidade nestas operações além de colaborar com o

desenvolvimento econômico atendendo desde o pequeno poupador as maiores empresas do

país. É graças aos intermediários financeiros que possuimos também o Sistema de

Pagamentos Brasileiro.

Principais Intermediários Financeiros

Os principais intermediários financeiros no Brasil são os Bancos Múltiplos, Bancos

Comerciais, Caixa Econômica e Cooperativas de Crédito. Vale a pena ressaltar que estes

intermediários financeiros atuam também juntamente com os Correspondentes Bancários e

Casas Lotéricas que também são autorizadas a conceder pequenos empréstimos e abrir

contas.

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

Assista Nossa Vídeo Aula: https://www.youtube.com/watch?v=-56RQHeeQ8M

Como vimos anteriormente nas Funções do Sistema Financeiro Nacional o mesmo teve

início com o Art.192 do Código Civil e a Lei 4.595 que trata da criação do BACEN (Banco

Central do Brasil) que vem substituir a SUMOC. Já a Lei 6.385 trata da criação da CVM

(Comissão de Valores Mobiliários) que passa a ser responsável pelo mercado de capitais.

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Nesta lei também estão previstas todas as normas que os participantes deste sistema deverão

cumprir.

Subdivisões do Sistema Financeiro Nacional

Para uma melhor compreensão do Sistema Financeiro Nacional podemos dividi-lo em

três subsistemas, sendo eles o normativo, o supervisor e o operacional.

Subsistema Normativo

O subsistema normativo é composto pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Veja

abaixo uma breve descrição.

a) Conselho Monetário Nacional: É o órgão máximo do sistema financeiro nacional e

estritamente normativo. Responsável pelo desenvolvimento da política econômica e diretrizes

do funcionamento do sistema financeiro normatizando através de deliberações e resoluções

sendo o BACEN o órgão responsável pela execução divulgação.

Subsistema Supervisor

Nesta subdivisão estão os órgãos executivos do sistema financeiro, hierarquicamente

estão localizados abaixo do CMN (Conselho Monetário Nacional) e são os responsáveis pela

execução e fiscalização das normas do sistema financeiro.

Banco Central do Brasil – BACEN: Responsável pela autorização, fiscalização e

execução das instituições financeiras e também de emitir papel moeda. É uma

autarquia ligada diretamente ao Ministério da Fazenda.

Comissão de Valores Mobiliários – CVM: Também é uma autarquia ligada ao

ministério da fazenda, porém com a função de zelar pela manutenção e o melhor

funcionamento do Mercado de Capitais fiscalizando, autorizando e executando as

instituições ligadas ao mercado de capitais.

Superintendência de Seguros Privados – SUSEP: Assim como o BACEN e a CVM a

SUSEP também é uma autarquia ligada ao ministério da fazenda com o intuito de

fiscalizar, autorizar e executar o mercado de seguros e títulos de capitalização assim

como habilitar os corretores de seguros.

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ANBIMA: Associação de Bancos e Corretoras de Valores que representa os

participantes do mercado de capitais brasileiro com o intuito de fortalecer estes

mercados através do desenvolvimento econômico e social do país.

Agentes Especiais

Dentro do sistema podemos incluir alguns agentes especiais, porém que estão abaixo

na Hierarquia e também devem seguir todos os normativos:

Banco do Brasil: O banco do Brasil é uma instituição financeira e também um banco

múltiplo de economia mista controlada pela união que auxilia o governo federal em

importantes serviços bancários como atuar em função do Banco Central como

compensador de cheques e outros papéis. Outras importantes atribuições do Banco do

Brasil são o auxílio ao comércio internacional e vasto atendimento na área agrícola.

Caixa Econômica Federal: Também é um banco múltiplo de controle da união porém

de economia fechada tem como finalidade auxiliar o governo sendo o braço da

habitação controlando o importante programa do governo federal Minha Casa Minha

Vida além de outros programas sociais como o Bolsa Família e também responsável

pela manutenção das contas do FGTS.

BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social: Apesar do nome

o BNDES – Banco de Desenvolvimento NÃO é um banco e sim uma empresa pública

que auxilia no subsídio de atividades importantes para a nação com o intuito de

amenizar as diferenças regionais e gerar desenvolvimento sócio econômico ao país.

Lembre-se que o BNDES atua apenas através de bancos e suas redes de agências.

BASA – Banco da Amazônia: Tem como objetivo subsidiar o desenvolvimento na

região amazônica com recursos exclusivamente do FNO (Fundo Constitucional de

Financiamento do Norte). Importante ressaltar que o crédito é concedido apenas para

organizações sustentáveis.

BNB – Banco do Nordeste do Brasil: O financiamentos realizados pelo Banco do

Nordeste do Brasil são provenientes do governo federal através do FNE (Fundo

Constitucional de Financiamento do Nordeste) subsidiando setores da produção

privada e gerando empregos e desenvolvimento a região nordeste do país.

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Subsistema Operacional

No subsistema operacional estão as instituições financeiras podendo elas serem

financeiras ou não e com ou sem vínculo com o governo que intermediam as operações entre

os agentes superavitários e os agentes deficitários.

Bancos Comerciais: São as instituições que possuem contas de depósito a vista

(conta corrente) e tem o poder de criar moeda escrituraria através de um mecanismo

conhecido como efeito multiplicador. Constituídos na forma de sociedade anônima

intermediam operações entre os agentes superavitários e deficitários e também

prestam serviços como “cobrança bancária”.

Cooperativas de Crédito: Diferem dos bancos comerciais principalmente na sua

constituição que é na forma de uma sociedade de pessoas (geralmente funcionários de

uma empresa ou sindicado) e não possui fins lucrativos. Atuam principalmente no setor

primário como a agricultura e prestam serviços semelhantes aos bancos comerciais.

Caixas Econômicas: Além da Caixa Econômica Federal existem ainda algumas

Caixas Econômicas Estaduais, estas instituições tem por finalidade o atendimento

popular geralmente atendendo a benefícios sociais e a população de baixa renda

auxiliando o governo com as políticas de poupança popular.

Bancos de Desenvolvimento: Especializados em financiamentos de médio e longo

prazo através de subsídios governamentais.

Bancos de Investimento: São os bancos privados especializados em financiamentos

de médio e longo prazo onde o capital é destinado para a aquisição de bens de capital.

Captam recursos através de CDB’s e RDB’s (Depósito a Prazo). Não possuem contas

de depósito á vista ou movimentadas por cheque. São os responsáveis pelo serviço de

Ofertas Públicas de Ações e demais títulos na bolsa de valores.

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento: São conhecidas como

financeiras. Seus recursos são captados através das Letras de Câmbio e tem a função

de financiar bens duráveis de alto risco como veículos e eletrodomésticos. Devido a

altas taxas de inadimplência e a baixa garantia suas operações são limitadas a 12

vezes o tamanho das reservas.

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Sociedades de Crédito Imobiliário: Fornecem crédito a operações com a finalidade

de auxiliar o mercado imobiliário seja para o desenvolvimento, venda ou aquisição de

imóveis. As sociedades de crédito imobiliário captam recursos através de Letras

Hipotecárias e Letras de Crédito Imobiliárias.

Associações de Poupança e Empréstimo: Também com o objetivo de

financiamentos imobiliários efetuam a captação de recursos através de caderneta de

poupança, letras de crédito imobiliário ou letras hipotecárias.

Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários: São instituições

financeiras com múltiplas funções de intermediação no mercado de valores mobiliários

através de ordens de compra e venda de seus clientes cobrando taxas e comissões

pelos serviços prestados. A partir da decisão conjunta da CVM e BACEN n 17 em 2009

passam também a ser autorizadas a operar em bolsa de valores.

Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários: Possuem as mesmas

funções que as distribuidoras de valores e até 2009 eram as únicas autorizadas a

intermediarem a negociação dos ativos em bolsa de valores.

Sociedades de Arrendamento Mercantil: Estas são as instituições autorizadas a

realizar as operações de Leasing. Para poder realizar este tipo de operação captam

recursos de longo prazo através da emissão de debêntures.

Bancos Múltiplos: É caracterizado um banco múltiplo quando uma instituição

financeira possui em sua carteira duas ou mais das operações vistas acima, sendo

obrigatoriamente uma delas a Carteira de Banco Comercial ou a Carteira de Banco de

Investimento.

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Órgãos de Regulação, Auto Regulação e

Fiscalização

Com o intuito de garantir o melhor funcionamento do mercado possuímos as entidades

governamentais de regulação e fiscalização como o CMN (Conselho Monetário Nacional), o

BACEN (Banco Central do Brasil) e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e as entidades

de auto-regulação que são entidades privadas como a BSM (Supervisão de Mercado de

Capitais da BVMF&Bovespa) e a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados

Financeiros e de Capitais). Estas instituições trabalham baseando-se nos fundamentos abaixo.

Regulação e Fiscalização

As entidades governamentais de regulação e fiscalização estão baseadas nos

seguintes princípios:

Confiabilidade: com base na transparência tem o objetivo que os participantes tenham

confiança no funcionamento do mercado e, favorecendo assim o seu crescimento.

Competitividade: para que o mercado seja eficiente, é necessário que haja competição

de forma sadia, e havendo competição é necessário que haja regulação e fiscalização.

Eficiência: característico de mercados livres, gerada através da competição regulada e

fiscalizada.

Livre Mercado: a liberdade de atuação dos participantes dentro das regras pré-

estabelecidas.

Governo: o funcionamento eficaz e competitivo do mercado é indispensável para a

formação do capital e o crescimento econômico social, interesses de um governo

capitalista.

Auto Regulação

As entidades auto reguladoras são órgãos não governamentais. Devido a um maior

conhecimento de mercado específico e sua proximidade do mercado atuante, essas entidades

tem um maior contato com a comunidade tendo assim uma maior sensibilidade para buscar e

melhorar os processos de forma mais ágil e eficaz e com um menor custo e maior agilidade

para a comunidade e as instituições financeiras.

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Órgãos Reguladores

CMN – Conselho Monetário Nacional

O conselho monetário nacional é o órgão máximo do sistema financeiro nacional,

ligado diretamente ao ministério da fazenda tem a função de normatizar e regular o sistema

financeiro nacional assim como estabelecer as diretrizes de política cambial. O CMN (Conselho

Monetário Nacional) é constituído pelo ministro da fazenda como presidente, do Ministro do

Orçamento, Planejamento e Gestão e o presidente do BACEN (Banco Central do Brasil).

CVM (Comissão de Valores Mobiliários)

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) é uma autarquia do governo federal ligada

ao ministério da fazenda que tem como função normatizar e fiscalizar o mercado de capitais.

Tem a sua atuação concentrada na Bolsa de Valores, Mercado de Balcão, Mercado Futuro e

demais valores mobiliários.

BACEN (Banco Central do Brasil)

Assim como a CVM o BACEN é uma autarquia do governo federal ligada ao ministério

da fazenda, sendo o BACEN responsável pelo mercado de financeiro. Suas competências são

fiscalizar e normatizar o mercado bancário e as instituições financeiras assim como o mercado

de câmbio e receber os depósitos compulsórios.

Órgãos Auto Reguladores

BVMF&BOVESPA

Como operadora do mercado de valores mobiliários no Brasil a BVMF&BOVESPA é

obrigada a manter um código específico para regulamentar este mercado, e o órgão

responsável por este código é nomeado BSM. A BSM é uma associação civil sem fins

lucrativos que tem como membros a BVMF&Bovespa, o Banco BVMF&Bovespa e o Serviço de

Liquidação e Custódia S.A. Além de controlar o MRP (Mecanismo de Ressarcimento de

Prejuízos) exerce a função de supervisão e monitoramento dos mercados de títulos e valores

mobiliários.

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ANBIMA

A ANBIMA é a Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais,

possuindo mais de 300 associados entre bancos, gestoras e corretoras. A ANBIMA é um órgão

auto regulador voluntário que desenvolveu 10 Códigos de Regulação e Melhores Práticas além

de administrar certificações importantes como a CPA 10, CPA 20 e CFP.

Conselho Monetário Nacional – CMN

Vídeo Aula CMN: https://www.youtube.com/watch?v=zUVy1k0SeLA

Independente do concurso ou certificação bancária para que esteja estudando, é

sempre muito importante lembrar que o Conselho Monetário Nacional é o Órgão Máximo do

Sistema Financeiro Nacional.

Sobre o CMN - Conselho Monetário Nacional

Como citado anteriormente o Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão máximo

do Sistema Financeiro Nacional tendo como responsabilidades a formulação da política

nacional de moeda e de crédito com o intuito de manter o desenvolvimento sócio econômico do

Brasil. O conselho monetário nacional teve origem na lei 4.595 de 1964 e entrou em

funcionamento noventa dias após a promulgação da lei. De acordo com o artigo terceiro da

mesma lei que o criou, ficam estabelecidos os objetivos abaixo.

Objetivos do Conselho Monetário Nacional

Art. 3º A política do Conselho Monetário Nacional objetivará:

i. Adaptar volume de meio de pagamentos;

ii. Regular evitando forte inflação ou deflação;

iii. Regular a balança de pagamentos e valor da moeda no exterior;

iv. Orientar a aplicação de recursos das instituições publicas ou privadas

proporcionando condições de desenvolvimento harmônico;

v. Propiciar a melhora e aperfeiçoamento das instituições e produtos

financeiros;

vi. Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

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vii. Coordenar a política monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da

dívida pública, interna e externa.

Em conjunto com o Conselho Monetário Nacional funciona também

a COMOC(Comissão Técnica da Moeda e do Crédito), a COMOC tem a função de manifestar-

se previamente sobre os assuntos de competência do Conselho Monetário Nacional. Assim

como a COMOC também existem outras sete comissões consultivas que se manifestam

antecipadamente as reuniões do CMN.

Competências do Conselho Monetário Nacional

Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional:

i. Autorizar as emissões de papel-moeda;

ii. Aprovar os orçamentos monetários preparados pelo Banco Central;

iii. Fixar as diretrizes e normas da política cambial

iv. Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações;

v. Coordenar a política de investimentos do Governo Federal;

vi. Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que

exercerem atividades subordinadas a esta;

vii. Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos

comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e

serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco

Central da República do Brasil

viii. Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições

financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de

empresas;

ix. Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem

observadas pelas instituições financeiras;

Composição do Conselho Monetário Nacional

Desde seu início em 1965 o Conselho Monetário Nacional já sofreu diversas

alterações em sua composição, hoje é composto pelo Ministro da Fazenda (Joaquim Vieira

Ferreira Levy), Ministro do Orçamento, Planejamento e Gestão ( Nelson Henrique Barbosa

Filho) e o Presidente do Banco Central ( Alexandre Tombini).

Organograma Conselho Monetário Nacional

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Como órgão máximo do sistema financeiro nacional e para poder cumprir todas as

competências e objetivos a ele atribuídas, o Conselho Monetário Nacional como órgão

normativo, possui o auxílio dos órgãos supervisores como o BACEN (Banco Central do Brasil),

a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).

Para facilitar o entendimento, veja o esquema abaixo:

BACEN - Banco Central do Brasil

Vídeo Aula: https://www.youtube.com/watch?v=kSaaIMu8aPc

Como visto anteriormente em nosso artigo sobre o CMN (Conselho Monetário

Nacional) o BACEN (Banco Central do Brasil) também conhecido pelas siglas BC e BCB é

uma autarquia ligada ao Ministério da Fazenda, ou seja, uma pessoa jurídica de caráter público

exercendo o papel de principal autoridade monetária do país. Antes de sua criação através da

lei 4.595 de 1964 suas funções eram exercidas pela SUMOC (Superintendência da Moeda e do

Crédito), pelo BB (Banco do Brasil) e pelo Tesouro Nacional. Com cede em Brasília e

atualmente presidido por Alexandre Tombini o BACEN já completou mais de 51 anos.

Funções do BACEN

Através de suas competências determinadas pela lei 4.595 o BACEN (Banco Central

do Brasil) exerce a função de ser o “Banco dos Bancos” sendo o responsável pela maior

aplicação e fiscalização das normas do sistema financeiro nacional. Além de funções de

extrema importância no âmbito da política monetária e da emissão de moeda, o BACEN

(Banco Central do Brasil) ainda funciona como a secretaria executiva do CMN (Conselho

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Monetário Nacional),podemos afirmar então que é o segundo órgão mais importante do

sistema financeiro nacional.

Com o intuito de cumprir a sua missão de assegurar a estabilidade do poder de compra e a

solidez do sistema financeiro o BACEN fiscaliza, regula e normatiza as instituições do sistema

financeiro garantindo a eficiência na circulação de moeda em território nacional. Objetivando o

constante aprimoramento e aperfeiçoamento o BACEN atua como vigilante da infraestrutura

financeira para reduzir o risco sistêmico do setor bancário recebendo os depósitos

compulsórios.

Visando a maior solidez possível o BACEN (Banco Central do Brasil) é responsável pelos

serviços da SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia (NÃO CONFUNDIR COM

TAXA SELIC) que é a custódia dos títulos públicos federais do Tesouro Direto.

Competências do BACEN

As funções ou objetivos do BACEN são chamados de competências e determinados

pelos Art.10 e Art.11 da lei 4.595. Veja:

Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:

I - Emitir moeda-papel, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional.

( O BACEN coloca em circulação, a Casa da Moeda fabrica a moeda);

II - Executar os serviços do meio-circulante;

III - Determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até

sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de

subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida

Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao

Banco Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas, podendo:

a) adotar percentagens diferentes em função

1. das regiões geoeconômicas;

2. das prioridades que atribuir às aplicações;

3. da natureza das instituições financeiras;

b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido

reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele

fixadas. IV - receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os

depósitos voluntários à vista das instituições financeiras;

V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras bancárias e as

referidas no Art. 4º;

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VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas;

VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei

VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais

de Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio

Constitutivo do Fundo Monetário Internacional

IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;

X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam:

a) funcionar no País;

b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior;

c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida

pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de

crédito ou mobiliários;

e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento;

f) alterar seus estatutos.

g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.

XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de

administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer

funções em órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas

pelo Conselho Monetário Nacional;

XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos

públicos federais;

XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadastros das firmas

que operam com suas agências há mais de um ano.

Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil;

I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e

internacionais;

II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos internos ou

externos, podendo, também, encarregar-se dos respectivos serviços;

III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa

das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim

comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no

exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de

câmbio financeiro e comercial;

IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas do

Estado;

V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo

Conselho Monetário Nacional;

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VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;

VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas

que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação às modalidades ou

processos operacionais que utilizem;

VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os serviços de sua Secretaria.

Composição do BACEN

O BACEN é composto pelo presidente que possui o voto de qualidade (voto de

minerva) e até oito diretores. Veja Quem é Quem no BACEN:

Presidente à Alexandre Antonio Tombini;

DIRAD – Diretoria de Administração à Altamir Lopes

DIREX – Diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos à Luiz

Awazu Pereira da Silva;

DIFIS – Diretor de Fiscalização: Anthero de Moraes Meirelles;

DIORF – Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Operações de Crédito Rural

à Sidnei Correa Marques;

DIPEC – Diretor de Política Econômica à Luiz Awazu Pereira da Silva;

DIPOM – Diretor de Política Monetária à Aldo Luiz Mendes

DINOR – Diretor de Regulação à Anthero de Moraes Meirelles;

DIREC – Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania à Luiz Edson Feltrin;

COPOM - Comitê de Política Monetária

Com sua instituição em junho de 1996 o COPOM (Comitê de Política

Monetária) surge com a função de definir a taxa básica de juros da economia (SELIC) e

diretrizes da política monetária a exemplo dos demais bancos centrais. Importante ponto a ser

ressaltado no COPOM é a criação de metas para inflação em 1999, onde caso as metas de

inflação estabelecidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) não forem cumpridas, cabe ao

presidente do BACEN a divulgação dos motivos pelo não cumprimento em carta aberta ao

Ministro da Fazenda.

Durante dois dias e oito vezes ao ano, as reuniões do COPOM ocorrem as terças-feiras

e as quartas-feiras onde no primeiro dia são apresentados e analisados os relatórios podendo

ser aberto a imprensa. No segundo dia ocorre a reunião fechada apenas com o Presidente do

Bacen e as Diretorias Colegiadas, estabelecendo então as taxas de juro (SELIC) e seu viés,

cabendo ao presidente executa-lo ou não através do voto de qualidade.

Vídeo Aulas Gratuitas em www.youtube.com/topinvestbrasil

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18

CVM - Comissão de Valores Mobiliários

Vídeo aula: https://www.youtube.com/watch?v=xIFPll4pPUo

O que é a Comissão de Valores Mobiliários?

Assim como o BACEN (Banco Central do Brasil) a CVM, Comissão de Valores

Mobiliários é uma autarquia ligada diretamente ao Ministério da Fazenda. A comissão de

valores mobiliários é composta pelo presidente e quatro diretores nomeados pelo presidente da

república. Estas pessoas a serem nomeadas devem possuir reputação ilibada e competência

comprovada no mercado de valores mobiliários.

Instituída em 1976 pela lei 6.385 a Comissão de Valores Mobiliários possui a função de

zelar pelo melhor funcionamento do mercado de capitais e incentivar a poupança em capital

social das empresas assim como autorizar, disciplinar, normatizar e fiscalizar o funcionamento

de todas as partes que participam deste mercado desde os emissores de valores mobiliários

passando pela negociação e intermediação, a administração de carteiras e custódia dos

valores mobiliários e até mesmo as empresas que prestam serviço de auditoria para as

Sociedades Anônimas de Capital aberto.

Definição de Valores Mobiliários

A Comissão de Valores Mobiliários, como já diz o próprio nome é o órgão máximo do governo

quando se trata de valores mobiliários. Antes de nos aprofundarmos no assunto é importante

compreender o que são valores mobiliários. No art.2 temos esta definição, veja:

Ações, Debêntures, cupons e bônus de subscrição;

Certificados de Depósito de Valores Mobiliários;

Outros Títulos criados pelas Sociedades Anônimas a Critério do Conselho Monetário

Nacional;

Importante ressaltarmos que não são valores mobiliários:

Títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;

Títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira;

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19

Objetivos da Comissão de Valores Mobiliários

Uma vez conhecida a definição dos valores mobiliários fica mais fácil a compreensão

das atribuições da Comissão de Valores Mobiliários. De acordo com o conselho monetário

nacional e seguindo a legislação (lei 6.385) a CVM tem os seguintes objetivos:

Estimular a formação de poupança e aplicação em valores mobiliários;

Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações

assim como estimular as aplicações permanentes no capital social de companhias

abertas sob controle de capital privado nacional;

Assegurar o funcionamento eficiente e regular os mercados de bolsa e balcão;

Proteger os investidores de valores mobiliários contra:

a) Emissões fraudulentas;

b)Atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias

abertas ou de administradores de carteiras;

c) Coibir a fraude ou manipulação nos valores mobiliários;

d) Assegurar o acesso público a informações sobre o mercado de valores mobiliários

e as companhias que os tenham emitido:

Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas;

Observar as condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário

Nacional;

Competências da Comissão de Valores Mobiliários

Com base nos objetivos estabelecidos para a comissão de valores mobiliários são

definidas as cinco competências:

Regulamentar as sociedades anônimas de acordo com a política estabelecida pelo

conselho monetário nacional e a Lei das Sociedades Anônimas;

Administrar os registros das companhias abertas;

Fiscalizar permanentemente as atividades e serviços do mercado de valores

mobiliários assim como todas as partes envolvidas;

Propor ao Conselho Monetário Nacional a fixação de preços máximo de comissões,

emolumentos e quaisquer outras cobranças;

Fiscalizar e Inspecionar as companhias abertas dando prioridade as que não

apresentem lucro em balanço ou deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório;

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20

Jurisdição da CVM

Como autarquia ligada ao ministério da fazenda a comissão de valores mobiliários

tem jurisdição em todo o território nacional atuando sobre todas as pessoas naturais e jurídicas

que integram o sistema de distribuição de valores mobiliários assim como as companhias

abertas, os fundos de investimento, administradores das carteiras de valores mobiliários,

consultores e analistas de valores mobiliários e ainda as auditorias independentes das

sociedades anônimas.

Fiscalização pela Comissão de Valores Mobiliários

A fiscalização da comissão de valores mobiliários ocorre da seguinte forma:

Examinar registros contábeis;

Intimar os referidos a prestar informações sob pena de multa;

Requisitar informações a qualquer órgão ou empresa pública;

Determinar que os referidos republiquem, com correções ou adiamentos as

demonstrações financeiras;

Apurar mediante inquérito os atos ilegais dos participantes do mercado;

Aplicar aos infratores as penalidades previstas.

Penalidades Impostas pela CVM

Existem cinco procedimentos de penalidade pela comissão de valores mobiliários,

veja abaixo em ordem de gravidade:

Advertência;

Multa;

Suspensão;

Inabilitação;

Cassação;

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Autorizações Concedidas pela CVM

Como reguladora do mercado de capitais, dependem de prévia autorização da comissão

de valores mobiliários a distribuição, emissão, negociação ou mediação de valores mobiliários.

Neste quesito é importante ressaltarmos que a bolsa de valores funciona com autonomia

administrativa, financeira e patrimonial porém, sempre com a supervisão da CVM. Em território

nacional não pode ocorrer nenhuma emissão pública de valores sem o aviso prévio e registro

na comissão de valores mobiliários que também irá manter os registros das negociações

ocorridas em bolsa de valores e mercado de balcão.

Assim como as empresas e instituições que permitem o funcionamento deste

mercado, os profissionais que trabalham neste ramo também necessitam de prévia autorização

e certificação para exercer suas atividades. Os administradores ou gestores de carteira, os

agentes autônomos de investimento e os auditores contábeis necessitam passar por um

processo de certificação para posterior registro e autorização da CVM para fornecer estes

serviços.

Anbima

Vídeo Aula: https://www.youtube.com/watch?v=VSw418FPRbQ

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de

Capitais) como é conhecida hoje vem de uma fusão que ocorreu em outubro de 2009 juntando

então a ANBID (Associação Nacional dos Bancos de Investimento) e a ANDIMA (Associação

Nacional das Instituições do Mercado Financeiro) que já vinham atuando no mercado brasileiro

a mais de quarenta anos. De acordo com os jornais Folha de São Paulo e Valor Econômico a

ANBIMA possui grandiosa base de informações sobre o mercado de capitais e financeiro do

Brasil sendo também referência para estas mídias.

Contando hoje com mais de trezentos e quarenta associados a ANBIMA tem entre eles

Bancos de Investimento, gestoras de ativos, distribuidoras e corretoras de valores mobiliários

ou mesmo gestores de patrimônio. Muito conhecida através das certificações que realiza como

a CPA 10, CPA 20, CEA e CGA a ANBIMA também é associada ao IBCPF que concede no

Brasil a certificação mundial CFP (Certified Financial Planner).

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Exercendo a função de autorreguladora voluntária a ANBIMA foi responsável pela

criação dos dez Códigos de Regulação e Melhores Práticas, veja resumidamente cada um

deles.

Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de

Valores Mobiliários

O código de Melhores Práticas para a Distribuição e a Aquisição de Valores

Mobiliários da ANBIMA tem o propósito de estabelecer os princípios e as normas que

necessitam ser observadas pelas instituições Financeiras participantes da ANBIMA quanto a

distribuição e negociação de valores mobiliários de acordo com a Lei 6.385 e as

regulamentações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com o objetivo de proporcionar a

adequada transparência a este mercado.

As disposições deste código referem-se as ofertas no mercado primário ou secundário dos

valores mobiliários e as IPO (ofertas públicas de ações) das companhias anônimas de capital

aberto assim como os processos das distribuições de valores mobiliários.

A abrangência deste código é de obediência obrigatória entre todas as instituições

associadas a ANBIMA e também as não associadas que expressamente desejem aderir ao

código mediante assinatura do termo de adesão.

Melhores Práticas para Fundos de Investimento

O código de Melhores Práticas para Fundos de Investimento é um dos mais abrangentes

códigos de auto regulação da ANBIMA e tem como propósito definir as regras pelas quais as

atividades das Instituições participantes devem aderir para proporcionar:

Concorrência leal;

Padronização dos procedimentos;

Qualidade e disponibilidade de informações sobre os Fundos de Investimento, em

especial através de envio de dados pelas instituições participantes da ANBIMA;

Elevação dos padrões fiduciários e a promoção de melhores práticas do mercado.

A abrangência deste código é de obediência obrigatória entre todas as instituições

associadas a ANBIMA e também as não associadas que expressamente desejem aderir ao

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código mediante assinatura do termo de adesão. Estão sujeitas as disposições deste código as

empresas que desempenham as seguintes atividades:

Administração de Fundos de Investimento;

Gestão de Carteira de Fundos de Investimento;

Consultoria de Fundos de Investimento;

Distribuição de Cotas de Fundos de Investimento;

Tesouraria de Fundos de Investimento;

Controle de Ativos de Fundos de Investimento;

Controle Passivo de Fundos de Investimento;

Custódia de ativos de Fundos de Investimento;

Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais

O código de Melhores Práticas de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais da

ANBIMA tem o propósito de estabelecer os parâmetros pelos quais as atividades das

instituições associadas ou aderentes devem se orientar quanto a prestação de serviços de

custódia qualificada e controladoria com o objetivo de:

Proporcionar maior transparência no desempenho de suas atividades;

Promover a padronização de suas práticas e processos;

Promover a credibilidade e adequado funcionamento;

Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a institucionalização de práticas

equitativas.

A observância dos princípios e regras dispostos neste código é abrangente as

Instituições Associadas da ANBIMA, que prestem os serviços disciplinados por este código

assim como as instituições não participantes que optem por aderir expressamente este código

mediante assinatura de termo de adesão desde que devidamente autorizadas a prestação

destes serviços pela CVM e a observância dos procedimentos mencionados.

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Programa de Certificação Continuada

Este código trata sobre os Programas de Certificação Continuada e visa abranger os

princípios e regras que deverão ser seguidas pelas instituições associadas a ANBIMA e pelos

profissionais que atuam nos mercados financeiro e de capitais com o propósito permanente de

buscar o aperfeiçoamento da capacidade técnica assim como a obediência aos padrões de

conduta ética nas atividades executadas.

Assim como os demais códigos, a observância deste é obrigatória a todas as instituições

associadas a ANBIMA assim como as não participantes que expressamente aderirem a este

código por meio de assinatura do termo de adesão.

Para a observância deste código são oferecidas as certificações profissionais como a CPA

10, CPA 20, CEA e CGA. Para obter tais certificações é necessária a aprovação do profissional

em exame específico para obter a credencial. A média para a aprovação nas provas de

certificação é de 70% e são válidas pelo período de 5 anos contados a partir da data de

realização do exame. Podem realizar a prova profissionais vinculados as instituições

participantes ou não, porém o aprovado que não estiver vinculado a Instituição Participante terá

sua certificação suspensa enquanto perdurar tal situação.

CPA 10

A mais básica das certificações profissionais realizadas pela ANBIMA a CPA 10 visa

testar o conhecimento técnico dos profissionais que atuam nos balcões das agencias bancárias

ou mesmo através de canais ou centrais de atendimento diretamente com o público investidor.

Os investimentos aqui são considerados os títulos, os valores mobiliários e os demais

derivativos disponíveis no mercado financeiro ou de capitais no Brasil.

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CPA 20

A CPA 20 é a segunda na ordem de importância das certificações, assim como a CPA

10 a CPA 20 visa certificar profissionais que atuam junto aos Investidores Qualificados, dos

segmentos Private, Corporate, Investidores Institucionais ou que atendam em centrais de

atendimento. A certificação CPA 20 tem cunho superior a CPA 10, sendo assim os

profissionais certificados na categoria 20 poderão exercer as funções que requeiram a CPA 10.

Atividade de Private Banking ao Mercado Doméstico

O propósito do código de Melhores Práticas para Atividade de Private Banking do

Mercado Doméstico visa regulamentar as instituições associadas quanto as atividades

relacionadas ao mercado de Private Banking no mercado nacional com as seguintes

finalidades:

Manter o mais elevado padrão ético e institucionalizar as práticas equitativas;

Estimulação do adequado funcionamento das atividades de Private Banking;

Regular a transparência junto aos clientes;

Promover a qualificação das instituições e os profissionais envolvidos na atividade de Private

Banking;

Comprometimento com a qualidade e transparência na recomendação de produtos de

investimento.

Para que um cliente seja considerado Investidor Qualificado e elegido ao atendimento

de Private Banking, de acordo com a CVM o investidor deverá possuir a capacidade mínima

estabelecida pela instituição financeira desde que não inferior a R$ 1.000.000.00 (um milhão de

reais) sem prejuízo a outros critérios.

A obediência das normas estabelecidas neste código é obrigatória as instituições

associadas a ANBIMA, assim como as demais instituições não associadas que expressamente

aderirem a este código através da assinatura do termo de adesão.

Novo Mercado de Renda Fixa

O código de regulação de Melhores Práticas para o Novo Mercado de Renda Fixa tem

como propósito definir as regras pelas quais as instituições associadas a ANBIMA deve seguir

quanto aos serviços relativos ao novo mercado de renda fixa. As principais finalidades são:

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Proporcionar transparência ao desempenho das atividades;

Promover a padronização de práticas e processos;

Promover a credibilidade;

Manter o mais elevado padrão ético e a institucionalização de práticas equitativas.

O novo mercado de Renda Fixa ANBIMA será composto por dois segmentos, Novo

Mercado de Renda Fixa de Longo Prazo e Novo Mercado de Renda Fixa de Curto Prazo,

ambos sujeitos aos mesmos parâmetros. Caracteriza-se de Renda Fixa de Longo Prazo títulos

e valores mobiliários que observarem o prazo médio ponderado superior a quatro anos, sem

recompra nos dois primeiros anos. Fica permitida a aquisição pelo emissor, títulos e valores

mobiliários em mercado secundário desde que observado o limite máximo de 5% do volume

total de cada série de emissão.

Este código irá regular a negociação de títulos de Renda Fixa e valores mobiliários de

renda fixa e também a realização de operações estruturadas baseadas em derivativos sendo

passíveis de registro na Câmara de Liquidação dos ativos integrantes ao Sistema de

Pagamentos Brasileiro (SPB).

As instituições submetidas a ação reguladora e fiscalizadora do CMN , BACEN e

CVM concordam expressamente que o adequado desempenho de suas atividade excede o

limite de simples observância das normas legais e regulamentares que lhes são aplicáveis. Os

aderentes a este código devem indicar quais as atividades reguladas por este código são por

ela exercidas, abrangendo as negociações tanto em Mercado Primário como em Mercado

Secundário que são executadas pelas Mesa de Negociação.

A observância das regras deste código regulatório são obrigatórias a todas as instituições

associadas a ANBIMA e as não associadas podem realizar a adesão expressamente através

da assinatura do Termo de Adesão.

Negociação de Instrumentos Financeiros

O código ANBIMA de Negociação de Instrumentos Financeiros tem o propósito de

estabelecer as regras pelas quais as instituições associadas devem se basear com o objetivo

de:

Proporcionar a transparência das atividades;

Padronizar práticas e processos;

Promover a credibilidade;

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Manter os padrões éticos e institucionalizar as práticas equitativas.

São objetos deste código os títulos e valores mobiliários de renda fixa bem como

operações estruturadas passiveis de registro nas Câmaras de Liquidação e custódia de ativos

integrantes do Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP).

Executam-se:

As operações realizadas no mercado de bolsa de valores;

Ofertas públicas de instrumentos financeiros.

Assim como os demais códigos, este tem abrangência a todas as instituições participantes

da ANBIMA sendo facultado as demais instituições financeiras aderirem a este código através

de adesão expressa através de assinatura de termo de adesão.

Gestão de Patrimônio Financeiro no Mercado

Doméstico

O propósito do Código de Gestão de Patrimônio Financeiro da ANBIMA é estabelecer, as

regras relativas Gestão de Patrimônio Financeiro e possui as seguintes finalidades:

Manter os mais elevados padrões éticos e de qualidade no desenvolvimento e prática da

Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro;

Manter a transparência no relacionamento com os Investidores;

Exigir dos profissionais envolvidos na Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro

qualificação mínima necessária para o exercício da atividade referida.

A observância das regras deste código regulatório são obrigatórias a todas as

instituições associadas a ANBIMA e as não associadas podem realizar a adesão

expressamente através da assinatura do Termo de Adesão. Importante ressaltarmos que,

assim como o código de Regulação para Fundos de Investimento o este código são se

sobrepõe a legislação vigente, ainda que venham a ser editadas normas após o início de sua

vigência contrárias as disposições trazidas.

Importante

Importante ressaltar que este código de auto regulação da ANBIMA não se sobrepõe a

legislação vigente, mesmo que, normas venham a ser editadas após o início de sua vigência e

que sejam contrárias as disposições trazidas. Em caso de contradição sempre deverá ser

seguida a legislação desconsiderando-se então este código.

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28

As instituições participantes, submetidas a ação reguladora e fiscalizadora

do Conselho Monetário Nacional, do BACEN e da CVM, concordam expressamente que o

adequado desempenho de suas atividades relacionada aos Fundos de Investimento excede o

limite de simples observância das normas legais e regulamentares que lhes são aplicáveis,

devendo, dessa forma, submeter-se também aos procedimentos estabelecidos por este código.

Intermediários Financeiros

Vídeo Aula: https://www.youtube.com/watch?v=j9RqqS58vM4

Para que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e o Sistema de Pagamentos Brasileiro

(SPB) funcionem corretamente existem os Intermediários Financeiros que são a ponte entre os

investidores (Agentes Superavitários) e os tomadores de empréstimo (Agentes Deficitários).

A grande maioria destas instituições financeiras é constituída sob a forma de Banco Múltiplo, e

em conjunto a ele atuam também os correspondentes bancários que vão desde lotéricas a

caixas em farmácias e supermercados.

A definição de banco é simples, são instituições pertencentes ao Sistema Financeiro

Nacional e reguladas pelo BACEN (Banco Central do Brasil) com a função de receber recursos

dos agentes superavitários (Investidores) e empresta-los aos agentes deficitários (tomadores

de crédito) recebendo para realizar esta operação, juros e comissões que são chamados de

spread Bancário.

Veja abaixo uma breve descrição dos principais intermediários financeiros:

Banco Comercial: São aquelas instituições captadoras de depósito á vista (conta

corrente), prestam também serviços como cobrança bancária, conta corrente e

cheques. Destinam o crédito de curto e médio prazo tanto a pessoas físicas como

jurídicas. Os bancos comerciais são aqueles que possuem o efeito multiplicador de

moeda.

Banco de Investimento: os bancos de investimento não podem captar depósitos á

vista ou possuir contas com movimentação por cheques, captam recursos através de

depósitos á prazo (CDB) e concedem crédito de médio e longo prazo para empresas.

Caixa Econômica: Assim como os bancos comerciais podem ser constituídas sob a

forma de banco múltiplo com diversas carteiras, assim como os bancos comerciais

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29

captam controle de benefícios do governo federal como Bolsa Família e também é

administradora dos recursos do FGTS.

Cooperativas de Crédito: A Cooperativas Bancárias ou de Crédito, captam também

depósitos á vista e concedem o crédito a pessoas físicas e jurídicas de curto e médio

prazo, diferem dos Bancos Comerciais e da Caixa Econômica por serem destinados

apenas aos cooperados, geralmente produtores rurais ou outras entidades de classe.

Sociedades de Crédito Imobiliário: voltadas ao financiamento habitacional captam

recursos através da caderneta de poupança e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou

Créditos de Recebíveis Imobiliários (CRI), concedem crédito exclusivamente ao setor

habitacional.

Financeiras: Captam os recursos exclusivamente através de Letras de Câmbio, visam

conceder crédito para o financiamento de bens, serviços e capital de giro. Financiam

em geral, os item que não possuem linhas de financiamento específicas como veículos

e eletrodomésticos.

Corretoras de Valores: são as intermediárias do mercado de capitais, atuam na

intermediação da compra e venda de títulos e valores mobiliários entre os investidores

e a Bolsa de Valores (BVMF&Bovespa) uma vez que nenhum investidor pode negociar

diretamente com a bolsa sem a intermediação de uma Corretora ou Distribuidora de

Títulos e Valores Mobiliários.

Bancos Múltiplos

Como vimos anteriormente em nosso artigo sobre os Agentes Intermediários

do Sistema Financeiro Nacional (SFN), bancos são as instituições financeiras que tem o

objetivo de intermediar a circulação de recursos entre os agentes superavitários (Investidores)

e os agentes deficitários (tomadores de empréstimos). O nome múltiplo já nos deixa

subentendido que é uma instituição financeira que presta serviços bancários diversos, por isso

são chamados de Banco Múltiplo ou Banco Universal. Estes bancos podem ser tanto privados

como públicos e oferecem em geral uma completa gama de serviços financeiros de operações

ativas, passivas e acessórias operando nas carteiras de Banco Comercial, Banco de

Investimento, Banco de Desenvolvimento, Arrendamento Mercantil, Crédito Financiamento e

Investimento, Financiamentos Imobiliários e tantas outras. Todas estas operações geridas por

um mesmo grupo financeiro chamado Banco Múltiplo podem publicar um único balanço por

instituição, porém é necessária a segregação das carteiras sendo obrigatório um CNPJ

separado para cada uma das operações. Importante ressaltarmos que a carteira

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30

de Desenvolvimento somente pode ser operada por instituições públicas. No que concerne à

legislação e fiscalização, os bancos universais estão sujeitos a todas as obrigações das

carteiras que possui operações.

Para que o aglomerado financeiro seja considerado um banco múltiplo deve operar no

mínimo duas carteiras, sendo obrigatoriamente uma delas a Comercial (com depósitos á vista)

ou de Investimento (financiamento de médio e longo prazo), assim como deve ser constituído

sob a forma de sociedade anônima (sociedade por ações)

e também constar obrigatoriamente em seu nome a denominação BANCO. A organização

destes bancos múltiplos está regulada pela resolução 1.524.

Atualmente a grande maioria das instituições financeiras atuantes no Brasil está

organizada sob a forma de banco múltiplo atendendo as mais diversas necessidades de

intermediação financeira. Exemplos de bancos múltiplos privados atuando no Brasil são

o Bradesco, Itau Unibanco, Santander e HSBC e como exemplo de bancos múltiplos públicos

temos o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banrisul e outros bancos estaduais ou

regionais.

Bancos Comerciais

De acordo com o BACEN (Banco Central do Brasil) um banco comercial é uma

instituição pública ou privada que tem como principal objetivo proporcionar suprimento de

recursos necessários para financiar, a curto e médio prazo as necessidades do comércio,

indústria, prestadores de serviço e pessoas físicas em geral. Para conceder estes créditos, os

bancos captam recursos através de depósitos á vista (conta corrente) livremente

movimentáveis (principal atividade de banco comercial), podendo também realizar captação

através de depósitos á prazo (CDB). Estas instituições financeiras obrigatoriamente devem ser

constituídas sob a forma de sociedade anônima (sociedade por ações) e constar em sua

denominação social “Banco”.

No Brasil, a grande maioria dos bancos comerciais está estruturado em Banco

Múltiplo (veja o artigo completo), e são responsáveis pelos financiamentos de curto e médio

prazo dentro do sistema financeiro nacional. Via de regra, os Bancos são procurados pelas

pessoas para remunerar o excedente de sua renda e adquirir os principais serviços bancários

tais como cheques e cartões de crédito.

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De uma forma simples, os Bancos Comerciais captam os recursos dos agentes

superavitários (investidores) e repassam estes recursos aos agentes deficitários (tomadores de

crédito) cobrando para isso taxas e comissões que são denominadas spread bancário.

Diferente dos bancos específicos como Bancos de Investimento, Sociedades de Crédito

Imobiliário ou Financeiras os bancos comerciais costumam oferecer uma completa gama de

serviços, veja abaixo os principais:

Serviço de Cobrança Bancaria (Boletos Bancários);

Recebimento de títulos;

Desconto de Títulos (Operação de Crédito);

Abertura de Contas Corrente e Poupança;

Concessão de Crédito Pessoal para financiamentos não específicos CDC (Crédito Direto ao

Consumidor);

Financiamentos específicos (imobiliário, rural, repasses do BNDES);

Captação de Depósitos a Prazo (CDB);

Comercialização de Capitalização;

Oferecer cartões de crédito;

Disponibilização de Caixas Eletrônicos para a movimentação de contas;

Guarde de documentos e valores em cofres;

Vendas de produtos de investimento;

Venda de seguros;

Bancos de Investimento

De acordo com o Banco Central (BACEN), os bancos de investimento são aquelas

instituições financeiras de caráter privado que possuem especialização em participação

societária em carácter temporário em outras empresas, o financiamento de atividades

produtivas através de empréstimos de capital fixou ou de giro e ainda a administração de

recursos de terceiros. Devem também ser obrigatoriamente constituídos sob forma de

sociedade anônima (sociedade por ações) e adotar em seu nome a denominação “Banco de

Investimento”. Os Bancos de Investimento não possuem captação de depósitos á vista (contas

correntes) e nem movimentação por cheques, seus recursos são captados através de

depósitos á prazo (CDB), repasses de recursos do exterior, ou mesmo venda de cotas de

fundos de investimento administrados pela instituição. Suas principais operações são o

financiamento de médio (capital de giro) e longo prazo (capital fixo), subscrição ou aquisição de

títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. Os bancos de

investimento são criados pela Resolução n. 2.624 do CMN (Conselho Monetário Nacional).

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32

Resumidamente os Bacos de Investimento tem a função de financiar as necessidades

de longo prazo das empresas e prestar serviços especializados a empresas de capital aberto

como a Oferta Inicial de Ações, Administração de Fundos de Investimento, Administração de

Recursos, Debêntures, Leasing Financeiro, Assessoria Financeira, clubes de investimento,

operações internacionais e demais serviços especializados. O maior exemplo de banco de

Investimentos do Brasil é o BTG Pactual, extremamente conhecido pelos seus fundos de

investimento e administração de recursos. Uma importante observação é de que os Bancos de

Investimento não podem destinar seus recursos a empreendimentos imobiliários e possuem

limites para investimentos no setor público.

Com a popularização dos CRIs (Créditos de Recebíveis Imobiliários), os bancos de

investimento vem trabalhado com o objetivo de transformar estes títulos em negociáveis no

mercado de valores mobiliários.

Veja abaixo os principais serviços de Bancos de Investimento:

Empréstimos de médio e longo prazo;

Operação de Subscrição de Ações (Underwriting) também conhecido como IPO (em

português OPA, Oferta Pública de Ações);

Repasse de empréstimos originados do exterior;

Administração de Fundos de Investimento;

Administração de Fundos de Investimento Imobiliário;

Gestão de Recursos;

Assessoria Financeira;

Leasing Financeiro;

Emissão de Debêntures;

Transformação de CRIs em títulos negociáveis;

Outros Intermediários Financeiros

Dentro do Sistema Financeiro Nacional possuímos os Principais Intermediários

Financeiros que são os bancos e instituições financeiras monetárias, e os demais

intermediários financeiros ou Intermediários Financeiros Auxiliares, estes que são a Bolsa de

Valores (no Brasil apenas a BVMF&Bovespa) e as Corretoras e Distribuidoras de títulos e

valores mobiliários.

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Bolsa de Valores

Vídeo Aula: https://www.youtube.com/watch?v=LMt2E6_CdqM

As bolsas de valores são instituições administradoras dos mercados de capitais. No

Brasil, a BVMF&Bovespa é no momento a única bolsa em atuação no mercado brasileiro e

atua também na administração dos mercados de balcão. A diferença entre esses mercados

está nas regras de negociação estabelecidas para os ativos registrados em cada um deles. A

BVMF&Bovespa também é responsável por administrar o mercado de derivativos e contratos

futuros.

O centro de negociação de valores mobiliários são as bolsa de valores, que utilizam

sistemas eletrônicos de negociação para efetuar compras e vendas destes ativos. No Brasil, as

bolsas devem ser organizadas sob a forma de sociedade anônima, e são reguladas e

fiscalizadas pela CVM. As bolsas têm ampla autonomia para exercer seus poderes de auto-

regulamentação sobre as corretoras de valores que nela operam. Todas as corretoras são

registradas no BACEN e na CVM e também são consideradas instituições financeiras.

A principal função de uma bolsa de valores é proporcionar um ambiente transparente e

líquido, adequado à realização de negócios com valores mobiliários. A Bolsa de Valores no

Brasil funciona eletronicamente através de um sistema chamado MegaBolsa, sistema o qual

apenas as corretoras de valores tem acesso uma vez que os investidores necessitam

obrigatoriamente de uma corretora de valores para intermediar estas transações.

As empresas que possuem ações listadas nas bolsas de valores são chamadas

companhias "abertas". Para ter ações em bolsas, uma companhia deve ser aberta, o que

significa que público em geral tem acesso a se tornar sócio da empresa adquirindo suas ações.

A companhia deve, ainda, atender aos requisitos estabelecidos pela Lei das S.A. e pelas

instruções da CVM, além de obedecer a uma série de normas e regras estabelecidas pelas

próprias bolsas.

Ativos Negociados em Bolsa de Valores

No passado, o Brasil chegou a ter nove bolsas de valores, mas atualmente a

BVMF&Bovespa é a única. A empresa como é hoje organizada foi criada em maio de 2008

com a integração entre Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e a Bolsa de Valores de São

Paulo (BOVESPA), tornando-se a maior bolsa da América Latina. Veja nas figuras os principais

mercados:

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Serviços da Bolsa de Valores

Bolsa de valores é a instituição financeira que tem como objetivo negociar os ativos

financeiros (Confome visto nas imagens acima) de forma eficiente e transparente. Para um

melhor funcionamento do mercado a BVMF&Bovespa implantou alguns serviços essenciais

principalmente ao pequeno investidor:

Home Broker: ferramenta eletrônica pela qual as Corretoras de Valores oferecem

através de seu site ou de um aplicativo para a negociação dos ativos financeiros pela

internet sem a necessidade de um Agente Autônomo de Investimentos podendo atuar

diretamente pela internet sem a necessidade de envio de ordens para a corretora por

telefone ou e-mail.

After Market: Uma das grandes inovações da BVMF&Bovespa o after-market (termo

em inglês significa depois do mercado) permite a negociação dos ativos por um

período de tempo após o fechamento do mercado onde o pequeno investidor consegue

realizar suas compras e vendas após o horário comercial (existe um horário pré-

determinado e uma variação máxima permitida).

Novo Mercado: O novo mercado é um segmento da Bovespa onde estão listadas as

empresas com o maior grau de Governança Corporativa que seguem além da

legislação diversas práticas de transparência e proteção ao pequeno investidor como

Tag Along (mesma garantia a todos os investidores no caso de fusão ou aquisição da

empresa) e somente um tipo de ações.

Função da Bolsa de Valores

Veja abaixo, quais são os benefícios gerados pelas bolsas de valores para a

economia e a sociedade como um todo:

Os mercados de capitais são mais eficientes em países onde existem bolsas de

valores bem estruturadas, transparentes e líquidas. Para que elas desempenhem suas

funções, o ambiente de negócios do país tem que ser livre (sem restrições a nenhum tipo de

operações) e as regras devem ser claras. Nestes contextos, as bolsas podem beneficiar todos

os indivíduos da sociedade e não somente aqueles que detêm ações de companhias abertas.

Capitalização para Investimentos: A bolsa de valores fornece oportunidade

para as empresas levantarem capital para expansão de suas atividades

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através da venda de seu capital social (Ações), e outros valores mobiliários

para captação de recursos como debêntures e notas promissórias.

Auxiliando o desenvolvimento das Empresas: Para uma grande empresa,

as aquisições e ou fusões com outras empresas são vistas como

oportunidades de expansão de sua linha de produtos, aumento dos canais de

distribuição, aumento de sua participação no mercado etc... A bolsa de valores

serve como um canal que as companhias utilizam para aumentar seu capital

social e seu valor de mercado através da oferta de ações (uma ação é a menor

fração do capital social de uma empresa). Esta é a forma mais simples e

barata para uma empresa captar uma grande quantidade de recursos para

investimentos de longo prazo.

Mobilizando poupanças em investimentos: O investimento (não

especulativo) de longo prazo em capital social das empresas é uma forma mais

racional de alocação do recurso para a economia. Uma vez que a empresa

utilizará este recurso para aumento de produção e investimentos gerando

empregos diretos e indiretos além da alocação do recurso na economia

gerando renda e desenvolvimento a nação.

Redistribuição de renda: A redistribuição de renda ocorre quando uma

grande empresa torna possível um pequeno investidor tornar-se sócio de um

grande e lucrativo negócio, participando assim do crescimento da empresa e

de seus lucros. O mercado de capitais possibilita a redução e a desigualdade

da distribuição da renda de um país tanto ao investidor profissional como o

pequeno poupador (através da orientação correta), através do aumento de

preço das ações e da distribuição de dividendos todos têm a oportunidade de

compartilhar os lucros nos negócios bem sucedidos feitos pelos

administradores das companhias.

Aprimoramento da Governança Corporativa: Com uma demanda crescente

de novos recursos, as regras do mercado tornam-se cada vez mais rígidas.

Devida a grande fiscalização de órgãos governamentais como a CVM e dos

próprios acionistas por consequência as empresas negociadas em bolsa de

valores são mais transparentes e geralmente melhor administradas em

comparação as empresas que não são listadas em bolsas de valores. Os

princípios de governança corporativa estão, cada vez mais, sendo aceitos e

aprimorados o que levou ao segmento de Novo Mercado na BVMF&Bovespa.

Criação de Oportunidade a pequenos Investidores: Diferente da grande

maioria de negócios que dependem de uma grande soma de recursos, para o

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investimento em ações não é necessária uma grande soma de dinheiro, seja

um grande ou pequeno investidor. Um pequeno investidor pode adquirir a

quantidade de ações que está de acordo com sua capacidade financeira,

tornando-se sócio minoritário (mesmo tendo participação percentual ínfima no

capital da companhia), sem que tenha que ficar excluído do mercado de

capitais apenas por ser pequeno. Desta forma, a bolsa de valores abre a

possibilidade de uma fonte de renda adicional para pequenos poupadores.

Termômetro da Economia: Na bolsa de valores, as negociações são

dinâmicas e frequentes, diferente dos ativos reais as bolsas de valores tem

seus ativos negociados milhares de vezes por minuto, o que torna muito mais

rápida a reação. Uma recessão ou crise financeira eventualmente leva a uma

queda drástica no valor das ações quase que imediatamente quando pode

demorar até meses para ser repassado aos ativos reais.

Auxilio de Financeiro a Projetos Sociais: Os governos federal, estadual ou

municipal podem contar com as bolsas de valores ao emprestar dinheiro para a

iniciativa privada para financiar grandes projetos de infra-estrutura, tais como

estradas, portos, saneamento básico ou empreendimentos imobiliários para

camadas mais pobres da população. Geralmente, esses tipos de projetos

necessitam de grande volume de recursos financeiros, que as empresas ou

investidores não teriam condições de levantar sozinhas sem contar com a

participação governamental. Os governos, para levantarem recursos, utilizam-

se da emissão de títulos públicos. Esses títulos podem ser negociados nas

bolsas de valores. O levantamento de recursos privados, por meio da emissão

de títulos, elimina a necessidade (pelo menos no curto prazo) dos governos

sobretaxarem seus cidadãos e, desta maneira, as bolsas de valores estão

ajudando indiretamente no financiamento do desenvolvimento. Outro exemplo

é que a grande maioria das empresas de infraestrutura do país são negociadas

em bolsa de valores como as administradoras de usinas de geração de

energia, empresas de construção e reforma de rodovias, ferroviária (maior

empresa do ramo ferroviário América Latina Logística)...

Corretoras de Valores

Uma corretora de valores é uma espécie de intermediador de investimentos, sendo

constituída sob a forma de sociedade anônima e atuando entre as bolsas de valores e os

investidores. Para que possa prestar serviços ao mercado financeiro, uma Corretora de Valores

ou uma Distribuidora de Valores necessitam obrigatoriamente de prévia autorização tanto da

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CVM (leia mais sobre Comissão de Valores Mobiliários) e do BACEN (leia mais sobre Banco

Central do Brasil).

No Brasil as corretoras de valores são mais conhecidas pela sua intermediação no

mercado de ações, porém no exterior em países com o mercado de capitais mais

desenvolvidos as Corretoras de Valores são verdadeiros shoppings financeiros com a mais

variada carteira de investimentos a disposição que vão desde os Títulos do Governo (nos EUA

chamados de Bonds, no Brasil Tesouro Direto) até contratos meramente especulativos como

Contratos de Índice Futuro.

Para prestar o serviço de intermediação e de manutenção dos valores mobiliários

(Ações, Fundos, Debêntures) em carteira as corretoras de valores cobram taxas e comissões.

Via de regra é cobrada a Taxa de Corretagem (comissão) Fixa para investidores que atuam

através do Home Broker com corretagens que variam entre R$ 5,00 e R$ 20,00 independente

do valor transacionado e a Tabela Bovespa para investidores que atuam através da Mesa de

Operações. Veja a tabela Bovespa:

Conforme visto em nosso artigo e vídeo aula sobre a Bolsa de Valores, com a

modernização da Bolsa de Valores em 2008 deixou de existir o pregão Viva Voz passando a

existir somente o pregão online através do sistema Mega-Bolsa.

Organização de uma Corretora de Valores

Além da estrutura física da corretora de valores uma vez que a negociação dos ativos

somente ocorre de forma eletrônica através do sistema Mega-Bolsa é necessária um amplo

suporte de TI para o controle e registro das contas dos clientes eletronicamente e repasse de

informações a Bovespa, CVM, BACEN, e os órgãos de liquidação e custódia (também

conhecidas como Clearing House, veja o artigo completo).

Assim como os Bancos e acredito que em uma escala muito maior, os clientes

procuram as corretoras de valores não somente pela conta que as mesmas disponibilizam e a

prestação de serviços de intermediação de negociação dos valores mobiliários mas também

como uma fonte de informação sobre o mercado de capitais. Para atender tal demanda, as

corretoras tem os profissionais chamados de Analistas de Valores Mobiliários que são os

responsáveis pelas recomendações de investimentos das corretoras. Estes analistas para

exercerem a profissão precisam possuir uma certificação chamada CNPI (Certificado Nacional

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de Profissional de Investimento) onde é necessário possuir um curso superior e ser aprovado

em prova específica podendo ser ela Fundamentalista ou Técnica.

Feita a análise do investimento é necessário um profissional para a distribuição do

mesmo, este profissional é chamado de “Agente Autônomo de Investimento”. O AAI é o meio

de campo entre o cliente e a corretora fazendo a captação de clientes, repassando as

recomendações dos analistas e atuando nas mesas de negociação. O Agente de Investimentos

é uma espécie de “Gerente” da sua conta na corretora, é ele quem abre a conta, esclarece as

dúvidas, vende produtos... Para trabalhar como agente de investimentos é necessário ter

concluído o Ensino Médio e ser aprovado em prova de certificação da ANCORD.

Assim como um Banco, existem diversas considerações a serem feitas para a escolha

de uma corretora (veja uma lista de corretoras de valores) que será explicado em um artigo

específico. Porém antes de iniciar a tomada de decisão é importante verificarmos se a

corretora é devidamente autorizada e está em dia com suas obrigações.

Corretoras de valores são especialistas em investimentos oferecendo aos clientes

todos os tipos de investimentos financeiros, e como tal geralmente conseguem oferecer tanto

ao grande como o pequeno investidor produtos bem mais atrativos que os bancos comerciais,

esta verdade é muito clara em países com mercados de capitais mais desenvolvidos como o

caso dos Estados Unidos onde por exemplo os grandes bancos já não possuem mais carteira

(departamento) de administração de recursos devido a maior capacidade e competitividade

das corretoras de valores.

Sistemas e Câmaras de Liquidação

Os Sistemas de liquidação ou custódia são as instituições como a Câmara de Ações

(Antiga CBLC), SELIC ( Sistema Especial de Liquidação e Custódia), Cetip S.A e também os

Sistema Brasileiro de Pagamentos. Estes órgãos são os responsáveis pela liquidação das

operações ocorridas em Bolsa de Valores, Mercado de Balcão Organizado ou no Mercado

Financeiro. São estas instituições responsáveis desde o cálculo do valor das obrigações dos

ativos adquiridos até o repasse dos ativos aos novos adquirentes e o crédito dos valores aos

vendedores. As Câmaras de Compensação são conhecidas pelos nomes de Clearing House,

podendo estas serem uma parte da estrutura da bolsa ou instituição independente e são

responsáveis por todos os registros financeiros a liquidação dos contratos.

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40

No Brasil temos atualmente seis câmaras funcionando:

COMPE: Responde pela compensação de cheques e outros papéis;

Câmara de Ações: Registra as operações com ações e operações com Títulos de

Renda Fixa;

Câmara de Câmbio: Registra as operações de câmbio;

Clearing de Derivativos: Registra as operações de contratos da BVM&F Bovespa;

CIP – Câmara Interbancária de pagamentos;

SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia

O SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) foi implantado em 1979 através da

circular 466 do BACEN, é extremamente importante não confundir com a Taxa Selic, é uma

espécie de depositário dos títulos emitidos pelo Tesouro Direto. O SELIC é uma Clearing House.

É um sistema eletrônico que irá processar a custódia dos títulos assim como a compra

e venda destes assim como as emissões de novos títulos. Atualmente todos os títulos do

governo são escriturais, ou seja, apenas de forma eletrônica, não existem registros físicos. A

missão do SELIC é proporcionar a liquidação em tempo real dos títulos do tesouro direto com

segurança, agilidade e transparência.

O mercado de atuação do SELIC é baseado nos Títulos do Tesouro Direto emitidos pelo

Banco Central e o Tesouro Nacional que possuem risco de crédito próximo a zero uma vez que

o risco de o Governo Federal não efetuar o pagamento destes títulos é muito pequena sendo

geralmente utilizados para cálculos de custo de oportunidade uma vez que são um rendimento

certo com baixos riscos.

O SELIC é interligado ao STR ( Sistema de Transferência e Reservas) onde suas

liquidações ocorrem em tempo real onde a liquidação é condicionada a disponibilidade dos

títulos negociados na conta do vendedor. Caso a conta do vendedor não tiver os recursos

vendidos a operação é mantida suspensa pelo período de sessenta minutos ou até o horário

de fechamento do sistema. A sede do SELIC fica no Rio de Janeiro e funciona das 06:30 as

18:30 nos dias úteis.

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Participantes do Selic

De forma conjunta com o SELIC atuam os módulos complementares de OfPub,

OfDealers, Lastro e Negociação. Veja:

a) OfPub – Oferta Pública;

b) OfDealers – Oferta de Dealers;

c) Lastro – Lastro das negociações;

d) Negociação – Negociação eletrônica dos títulos;

Com um atuação conjunta ao SELIC temos os liquidantes, que são aqueles que

respondem diretamente pela liquidação financeira das operações onde participam além do

BACEN os titulares do STR de conta de Reservas Bancárias ou Liquidação desde que tenham

optado por esta condição. Através do intermédio do Banco Central são realizadas também as

operações de mercado aberto e o redesconto com títulos públicos como implementações de

política monetária.

Além do Banco Central são também participantes do SELIC os bancos comerciais, as

corretoras ou distribuidoras de valores mobiliários, bancos de investimento, bancos múltiplos,

caixas econômicas e demais instituições financeiras autorizadas.

O objetivo dos títulos públicos é da obtenção de recursos para o financiamento da

dívida pública e suprir as necessidades de déficits do orçamento público. É através da compra

e venda de títulos públicos que o BACEN regula o custo do dinheiro no sistema financeiro

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nacional influenciando a taxa de juros doméstica. Quando ocorre a venda os títulos públicos há

um aumento das taxas de juros do mercado, isso ocorre quando há excesso de dinheiro no

mercado. A compra ou recompra de títulos por parte do BACEN por sua vez ocorre quando há

falta de liquidez no mercado financeiro, essa recompra ocasiona uma queda nas taxas de juros

e um aumento de liquidez no sistema financeiro nacional.

Estatísticas do SELIC

O SELIC é responsável por uma enorme movimentação financeira com certa de 15.000

clientes individuais e mais de 500 participantes o SELIC é o depositário de 99% dos títulos

públicos federais. São negociados diariamente no SELIC mais de R$800 Bilhões, sendo destes

em média R$ 780 Bilhões com operações padrões de compra e venda de títulos e R$ 20 Bilhões

com operações compromissadas.

Títulos Custodiados pelo SELIC

Veja abaixo a relação de títulos custodiados pelo SELIC com seus nomes anteriores e

como ficaram após as mudanças:

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CETIP – Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos

Privados

A CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados) iniciou sua

operação em 1984 sendo um departamento operacional da ANBIMA (atual ANBIMA com a

fusão da ANDIMA e ANBID em 2009), sob a forma de instituição sem fins lucrativos visando

auxiliar na transparência e eficiência da liquidação dos títulos privados.

Para cumprir tal função, a CETIP disponibiliza através de sistemas eletrônicos a

liquidação e a custódia de títulos públicos e privados atuando como uma Clearing House. A

participação da ANBIMA através da CETIP no desenvolvimento no mercado financeiro nacional

foi crucial para a idealização e a operacionalização do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

As liquidações são realizadas através do Sistema de Transferência de Reservas (STR), e

as contas de liquidação são mantidas junto ao BACEN, com exceção as liquidações que

ocorrem de forma bilateral.

Títulos Operados pela CETIP

A central de títulos como é conhecida é um sistema eletrônico que processa as transações de

títulos sendo os principais títulos de renda fixa privados, títulos públicos estaduais e municipais

(títulos federais são operacionalizados pelo SELIC). O seu diferencial é por realizar as

liquidações em mercado de balcão possibilitado então uma maior flexibilidade para o registro

e a negociação de títulos diferente da Câmara de Ações que realiza as liquidações das

operações realizadas em ambiente de bolsa de valores. Apesar de a maioria dos títulos

transacionados serem escriturais (eletrônicos) ainda existem alguns títulos emitidos em papel

que são transferidos ao CETIP no ato da negociação e custodiados fisicamente pelo

registrador. Estas operações são realizadas em Mercado de Balcão.

Veja abaixo os principais títulos negociados:

CDI;

CDB;

RDB;

Letras Hipotecárias;

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Debêntures;

Swaps;

TED;

DOC;

De acordo com o tipo da transação realizada e o horário em que é efetuada, a sua

liquidação pode ser imediata, em D ( no mesmo dia) ou em D+1 (no próximo dia útil). A grande

maioria das operações são liquidadas através da compensação multilateral das obrigações,

tendo a CETIP como contraparte. Já as operações realizadas em mercado de balcão secundário

são realizadas com liquidação bruta em tempo real e através da compensação bilateral.

Participantes do Sistema

A CETIP é hoje a maior depositária de títulos privados da América Latina e também a maior

Clearing House operante no país. No início de 2015 a CETIP contava com mais de quinze mil

instituições que utilizam seus serviços. Entre eles:

Bancos Comerciais;

Bancos Múltiplos;

Bancos de Investimento;

Corretoras de Valores Mobiliários;

Distribuidoras de Valores Mobiliários;

Financeiras;

Operadoras de Consórcio;

Leasing;

Crédito Imobiliário;

Fundos de Investimento;

Além destas instituições financeiras milhões de pessoas físicas são beneficiadas

diariamente pela liquidação de DOCs, TEDs, registros de gravame, CDBs, RDBs, Fundos de

Investimento e muitos outros. No início de 2015 a CETIP contava também com uma custódia

de títulos de mais de 5 Trilhões de reais e movimentações diárias com valores acima de 43

Bilhões de reais.

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Câmara de Ações – Antiga CBLC

Após a fusão que ocorreu entre a Bovespa e a BVM&F em 2008, a nova bolsa agora

chamada de BVM&FBovespa é responsável pela administração de quatro câmaras de

liquidação (Clearing House).

Câmara de Ações: A câmara de ações é a antiga CBLC (Companhia Brasileira de

Liquidação e Custódia). A CBLC foi criada ainda em 1997, e antes de seu

funcionamento a liquidação dos negócios á vista realizados em Bolsa de Valores

era realizada pela própria Bovespa.

Câmara de Derivativos: A câmara de derivativos é a responsável pela liquidação

dos negócios realizados em mercados futuros e de commodities.

Câmara de Câmbio: Funciona como a contraparte das operações realizadas entre

bancos de Câmbio Pronto.

Câmara de Ativos: Responsável pela liquidação e custódia de operações realizadas

com compromissadas de títulos públicos federais.

Funcionamento da Câmara de Ações

As liquidações realizadas pela Câmara de Ações ocorrem através dos sistemas

eletrônicos denominados “Puma” e “Bovespa Fix” onde o Bovespa Fix executa as operações

realizadas com os Títulos de Renda Fixa no mercado á vista e o Puma é responsável pela

liquidação das demais operações. Além de realizar a liquidação dos títulos, a Câmara de Ações

também é a depositária destes títulos e viabiliza o funcionamento do BTC ( Banco de Títulos)

que é o sistema do qual através são realizados os aluguéis de títulos o que viabiliza a venda a

descoberto.

Para as operações de aluguel de títulos, ou operações em mercados de derivativos é

necessária a existência uma margem de garantia, tais cálculos são realizados por um algoritmo

computadorizado desenvolvido pela empresa OptionsClearing.

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Liquidação dos Títulos

Com exceção aos IPO (também conhecidos como OPA, Oferta Pública de Ações) a

compensação ocorre de forma bilateral e a liquidação financeira ocorre em D+3 e é processada

pelo intermédio do STR ( Sistema de Transferência de Reservas). A transferência da custódia

porém ocorre de forma imediata e é realizada diretamente pela BVM&F Bovespa. Veja abaixo

o quadro de ativos e o prazo de liquidação.

Participantes da Câmara de Ações

Os participantes da Câmara de Ações são divididos em três categorias, os agentes

Plenos, os Agentes Próprios e os Agentes Específicos. Veja:

Agentes Próprios: liquidam única e exclusivamente seus negócios. Incluem-se aqui

os negócios de seus clientes ou empresas do mesmo conglomerado financeiro e

ainda fundos de investimento por eles administrados.

Agentes Plenos: liquidam além de operações próprias as realizadas por outras

corretoras e ainda os investidores qualificados como fundos de pensão, fundos de

investimento, clubes de investimento e etc...

Agentes Específicos: estes atuam exclusivamente no mercado de renda fixa

privada (debêntures).

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Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB

A definição do Sistema de Pagamentos Brasileiro compreende no conjunto de regras,

procedimentos e operações financeiras e de valores mobiliários que, integradas

eletronicamente possibilitam a movimentação de recursos entre os mais variados agentes

econômicos em território nacional, sejam estes em moeda nacional ou moeda estrangeira.

Aqui estão inclusas as mais variadas operações financeiras como TED, DOC, compras com

cartões de crédito, saques, depósitos, pagamentos de títulos assim como as operações

realizadas em Bolsa de Valores e muitas outras.

O sistema de pagamentos Brasileiro apresenta altíssimo grau e automação, esta

eficiência decorre principalmente de quase a totalidade dos títulos negociados no Brasil serem

de forma escritural, ou seja, eletronicamente. Este sistema é viabilizado através da Conta de

Reservas Bancárias que representa a movimentação de recursos das instituições financeiras

monetárias ou não juto ao BACEN.

Objetivos do SPB

Toda a estrutura do Sistema de Pagamentos Brasileiro visa na redução do prazo entre

as transferências de recursos assim como a sua transparência e segurança. Para que tal

objetivo torne-se viável há o gerenciamento de riscos executado através das câmaras de

liquidação (clearing house) que atuam como uma contraparte central minimizando os riscos

através de operações multilaterais ou bilaterais.

O sistema de pagamentos brasileiro está baseado no Sistema de Transferências de

Reserva, o STR. A principal característica do STR é o funcionamento através do Sistema de

Liquidação Bruta em Tempo Real, o LBTR. Veja abaixo um pequeno esquema.

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Câmaras de Compensação (Clearing House)

De uma forma simples, a liquidação das operações financeiras em território nacional

executadas pelo sistema brasileiro de pagamentos pode ser dividido em quatro grandes

câmaras de compensação.

SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia: esta câmara é responsável pela

liquidação dos títulos do Tesouro Direto, estritamente escriturais.

CETIP – Central de Liquidação e Custódia de Títulos Privados: clearing house que

responde pelos títulos privados e títulos públicos de estados e municípios.

COMPE – Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papeis: esta é a câmara mais

utilizada pelo público em geral tendo a responsabilidade da liquidação de cheques,

TEDs, DOCs...

Câmara de Ações (Antiga CBLC): A câmara de ações responde pela liquidação dos

títulos negociados em bolsa de valores.

STR

Compe

SELIC

CETIP

Câmara de

Ações

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Com o atual design do sistema de pagamentos brasileiro temos pontos

positivos como a ampla automatização dos processos devido a grande maioria dos

títulos serem escriturais e sua liquidação em tempo recorde e o excelente

funcionamento das Clearing House (câmaras de compensação, em contrapartida o

BACEN assume grande parte dos riscos do sistema uma vez que as câmaras não

possuem um mecanismo que venha a assegurar a continuação sem grandes

solavancos em caso de falência de um dos participantes.

A base do sistema de pagamentos brasileiro é instituída pela Lei 10.214 de

2001 que reconhece a compensação multilateral e bilateral possibilitando a liquidação

das garantias no caso de insolvência de um dos participantes do sistema. Aqui fica

também ressaltada a importância de uma contraparte central para a diluição de risco

dos emissores dando maior garantia a liquidação de suas operações. As instituições

financeiras que atuam como contraparte central devem estar precavidas com

mecanismos de proteção dependendo do tipo de operações que realiza e ser

devidamente autorizada pelo BACEN.

Aqui o CMN estabelece as diretrizes que devem ser observadas pelo BACEN

para que efetue a regulamentação e a supervisão das normas estabelecidas na lei. Os

participantes dependem aqui de prévia autorização para funcionamento do BACEN

que atuará com o objetivo de garantir eficiência e solidez ao mercado.

Conta de Reservas Bancárias

COMPE

Câmara de

Ações

CETIP

SELIC

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50

Comunicado 25.164

De acordo com o comunicado 25.164, são sistema de compensação e liquidação:

Sistema de Transferência de Fundos

STR: Sistema de Transferência de Reservas;

COMPE: Central de compensação de cheques;

Liquidação Multibandeiras de cartão de crédito da CIELO;

Liquidação Multibandeiras de cartão de crédito da REDECARD;

SILOC: Sistema de Liquidação Diferida das Transferências Interbancárias de Ordens de

Crédito;

Sistema de Liquidação de Valores Mobiliários

SELIC: Sistema Especial de Liquidação e Custódia;

Câmara de Câmbio: Compensação de Operações de Câmbio;

Câmara de Ações: Antiga CBLC, liquidação de operações com ações mercado Bovespa;

Câmara de Registro: Registra as operações em ambiente BVMF;

CETIP: Câmara de Compensação de Títulos Privados;

CIP: Central Interbancária de Pagamentos;

Termos Importantes

Arranjo de Pagamento: normas que regulam a prestação de serviço de pagamentos

aceito por mais de um recebedor;

Instituição de Pagamento: empresa não financeira que preste serviço de pagamentos;

Riscos de Liquidação: risco de crédito e liquidez;

Contraparte Central: clearing house, intermediário central;

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51

Código de Ética e Responsabilidade Profissional IBCPF

O IBCPF é o instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros, é o braço

brasileiro da certificação global para profissionais desta área, a CFP (Certified Financial

Planner) que tem validade global. O IBCPF foi criado visando atender uma demanda crescente

de profissionais pessoas física atuando na orientação financeira no mercado nacional. O IBCPF

foi criado em 2000 sob a forma de uma entidade auto reguladora não governamental e sem

fins lucrativos pelos próprios profissionais da área.

Para adquirir tal certificação é necessário que o profissional seja extremamente idôneo

e qualificados a atender as demandas específicas de cada cliente fornecendo a orientação na

melhor maneira de investir ou gerir patrimônio ou mesmo o caminho mais sábio para

contornar as dívidas e tomar o caminho saudável das finanças pessoais.

Para os fins de nossos estudos a fim da conquista da certificação profissional CPA 10 é

exigido do candidato o conhecimento dos princípios éticos definidos pelo IBCPF a fim de que

os profissionais aqui certificados adotem a mais ética postura profissional em suas atividades

profissionais. Estes princípios devem ser as bases da conduta profissional de qualquer

profissional da área financeira. Os comentários que acompanham cada princípio ético visam

explicar de forma mais detalhada seus significados. Vejamos abaixo, detalhadamente cada um

deles:

Princípio 1: O Cliente em Primeiro Lugar

Colocar os interesses do cliente em primeiro lugar.

É marca característica de profissionalismo do profissional financeiro colocar os

interesses do cliente em primeiro lugar, agindo de forma honesta e não colocando ganhos ou

vantagens pessoais acima dos interesses do cliente.

Princípio 2: Integridade

Fornecer serviços profissionais com integridade.

Os profissionais financeiros ocupam uma posição de confiança dos clientes e a fonte

primordial dessa confiança é a honestidade, isenção e transparência do profissional de

planejamento financeiro pessoal. Mantendo a integridade acima de tudo, o profissional

financeiro deve considerar diferenças legítimas de opinião.

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Princípio 3: Objetividade

Fornecer serviços de forma objetiva.

O profissional financeiro deve buscar atender as necessidades e objetivos do cliente

dentro do escopo do serviço acordado, de forma pragmática, isenta, clara e transparente.

Princípio 4: Probidade

Ser justo e imparcial nos relacionamentos profissionais.

A probidade exige do profissional financeiro manter com os clientes uma relação

profissional íntegra, revelando e gerenciando possíveis conflitos de interesse. Envolve

compatibilizar os próprios sentimentos, preconceitos e desejos, de forma a alcançar um

equilíbrio entre os interesses conflitantes. A probidade é tratar os outros da mesma maneira

que gostaríamos de ser tratados.

Princípio 5: Conduta Profissional

Agir com postura profissional exemplar.

A conduta profissional exige comportar-se com dignidade, agindo com respeito para

com os clientes e outros profissionais, em conformidade com as regras, regulamentações e os

requisitos profissionais adequados. A conduta profissional requer também que o planejador

financeiro aprimore e mantenha a imagem pública da marcas que o profissional representa e o

compromisso destes em bem servir.

Princípio 6: Competência

Manter e desenvolver habilidades e os conhecimentos necessários para fornecer os

serviços profissionais de forma competente.

Competência exige atingir e manter um nível adequado de habilidades, capacidades e

conhecimentos para o fornecimento de serviços profissionais de planejamento financeiro

pessoal. Inclui, também, a sabedoria e maturidade para conhecer as suas limitações e as

situações em que a consulta a, ou o encaminhamento para outros profissionais for apropriada.

A competência exige que o profissional tenha um comprometimento com sua educação

continuada e aperfeiçoamento profissional.

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Princípio 7: Confidencialidade

Proteger a confidencialidade de todas as informações dos clientes;

Confidencialidade exige do profissional financeiro a guarda e a proteção das

informações dos clientes, de forma a permitir acesso prudente apenas às pessoas autorizadas.

Um relacionamento de confiança com o cliente só pode ser construído sob o entendimento de

que as informações serão tratadas de forma discreta e segura e não serão reveladas

inadequadamente.

Princípio 8: Diligência

Fornecer serviços profissionais de forma diligente.

A diligência exige do planejador financeiro atender aos compromissos profissionais om

zelo, dedicação e rigor, cuidando adequadamente do planejamento e execução de serviços

profissionais nas condições acordadas.

Código de Regulação e Melhores Práticas ANBIMA para Fundos de

Investimento

Propósito e Abrangência

O código de Melhores Praticas para Fundos de Investimento da ANBIMA visa

estabelecer os parâmetros pelos quais as atividades das instituições financeiras participantes

devem se orientar visando principalmente estabelecer:

Concorrência Leal;

Padronização de Procedimentos;

Maior qualidade e disponibilidade de informações sobre os fundos de

investimento através do envio de informações a ANBIMA;

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Elevação dos padrões fiduciários e a promoção de melhores práticas para o

mercado;

A observância das regras dispostas neste código é obrigatória as instituições

participantes da ANBIMA assim como as não associadas que venham a aderir expressamente

pela adoção do presente código. Este código abrange as instituições que prestem ao menos

uma das seguintes atividades:

Administração de Fundos de Investimento;

Gestão de Carteira de Fundos de Investimento;

Consultoria de Fundos de Investimento;

Distribuição de Contas de Fundos de Investimento;

Tesouraria de Fundos de Investimento;

Controle de Ativos de Fundos de Investimento;

Controle do Passivo de Fundos de Investimento;

Custódia de Ativos de Fundos de Investimento;

Para aderir a este código de melhores práticas, todas as instituições aprovadas devem

atender as seguintes exigências mínimas:

Envio da política formal de decisão de investimentos e alocação de ativos utilizada

pela instituição;

Envio da metodologia de gestão de riscos adotada;

Envio do plano de continuidade dos negócios;

Envio da política de segurança da informação;

Atestado por escrito que as áreas de compliance, gestão de risco e marcação a

mercado não estão subordinadas a área de gestão de recursos ou qualquer área

comercial;

As instituições participantes da ANBIMA estão submetidas a ação fiscalizadora do

Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN) concordam

expressamente que o adequado desempenho de suas atividades relacionadas a fundos de

investimento excede o limite de simples observância das normas legais e regulamentares que

lhes são aplicáveis, devendo, dessa forma, submeter-se também aos procedimentos

estabelecidos por este código.

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55

Entretanto, importante ressaltarmos que este código não se sobrepõe a legislação e

regulamentação vigente, ainda que venham a ser editadas normas, após o início de sua

vigência que sejam contrárias as disposições aqui trazidas. Caso haja contradição entre regras

estabelecidas neste código e as normas legais ou regulamentares, a respectiva disposição

deste código deverá ser desconsiderada, sem prejuízo das demais regras aqui contidas.

As instituições participantes devem ainda assegurar que o presente código seja

também observado por todos os integrantes de seu conglomerado ou grupo financeiro que

estejam autorizados no Brasil a desempenhar qualquer das atividades previstas

anteriormente. Tal obrigação não implica o reconhecimento, por parte das instituições

participantes, da existência de qualquer modalidade de assunção, solidariedades ou

transferência de responsabilidade entre estes integrantes. Entretanto, todas as referidas

entidades estarão sujeitas as regras e princípios estabelecidos pelo presente código.

Para os fins previstos neste artigo, considera-se pertencente ao mesmo conglomerado

financeiro ou grupo financeiro qualquer sociedade controlada, controlador ou sob controle

comum das instituições participantes.

Princípios Gerais

As instituições participantes devem observar na esfera de suas atribuições e

responsabilidades em relação aos fundos de investimento, as seguintes regras de regulação e

melhores práticas:

1. Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos descritos no

regulamento e prospecto do Fundo de Investimento, se for o caso, bem como a

promoção e divulgação de informações a eles relacionadas de forma transparente,

inclusive no que diz respeito a remunerações por seus serviços visando sempre ao

fácil e correto entendimento por parte dos investidores.

2. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua

atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar a

administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou

irregularidades que venham a ser cometidas durante o período em que prestarem

algum dos serviços previstos na abrangência.

3. Evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária mantida com os cotistas dos

fundos de investimento.

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4. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a indústria de fundos de investimento e

seus participantes, especialmente no que tange aos direitos e deveres ás

atribuições especificas de cada uma das instituições participantes, estabelecidas

em contratos, regulamentos e na legislação vigente.

Obs. Entente-de por relação fiduciária a relação de confiança e lealdade que se

estabelece entre os cotistas dos fundos de investimento e a instituição participantes, no

momento em que é confiada a mesma a prestação do serviço para qual foi contratada.

Prospecto

As instituições participantes devem tomar providências para que sejam

disponibilizados aos investidores, quando de seu ingresso nos Fundos de Investimento,

Prospectos atualizados e compatíveis com o regulamento do fundo de investimento.

O prospecto deve conter as principais características do fundo de investimento, dentre

as quais informações relevantes ao investidor sobre políticas de investimento e riscos

envolvidos, bem como os direitos e as responsabilidades dos cotistas, devendo conter no

mínimo os dizeres obrigatórios, bem como as exigências específicas para cada tipo de fundo

disciplinado.

Na capa dos prospectos dos fundos de investimento administrados pelas instituições

participantes que sejam elaborados em conformidade com todos os requisitos estabelecidos

neste código, devem ser impressas a logomarca da ANBIMA, acompanhada de texto

obrigatório abaixo disposta, utilizada para demonstração de compromisso das instituições

participantes com o cumprimento e observância das disposições do presente código com a

data do prospecto. Veja abaixo o texto:

“PROSPECTO DE ACORDO COM O CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES

PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO”

“ESTE PROSPECTO FOI PREPARADO COM AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO

ATENDIMENTO DAS DISPOSIÇÕES DO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES

PRÁTICAS PARA OS FUNDOS DE INVESTIMENTO, BEM COMO DAS NORMAS EMANADAS DA

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. A AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E/OU VENDA

DAS COTAS DESTE FUNDO NÃO IMPLICA, POR PARTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

OU DA ANBIMA, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES PRESTADAS, OU

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JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE DO FUNDO, DE SEU ADMINISTRADOR, OU DAS DEMAIS

INSTITUIÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS”.

Quando for o caso, de acordo com o nível de exposição a risco de cada fundos de

investimento, devem ainda ser impressos, obrigatoriamente, com destaque na capa,

contracapa ou primeira pagina do prospecto, o seguinte aviso ou que expressem o mesmo

teor:

“ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIAS QUE PODEM RESULTAR EM SIGNIFICATIVAS

PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTA, PODENDO INCLUSIVE ACARRETAR PERDAS

SUPERIORES AO CAPITAL APLICADO E A CONSEQUENTE OBRIGAÇÃO DO COSTISTA DE

APORTAR RECURSOS ADICIONAIS PARA COBRIR O PREJUÍZO DO FUNDO”.

Outro dizer obrigatório ou com mesmo teor, é o que segue:

“AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE PROSPECTO ESTÃO EM CONSONÂNCIA COM O

REGULAMENTO DO FUNDO, MAS NÃO O SUBSTITUEM, É RECOMENDADA A LEITURA

CUIDADOS TANTO DESTE PROSPECTO QUANTO DO REGULAMENT, COM ESPECIAL ATENÇÃO

PARA AS CLAUSULAS RELATIVAAS AO OBJETIVO E A POLÍTICA DE INVESTIMENTO DO FUNDO,

BEM COMO AS DISPOSIÇÕES DO PROSPECTO E DO REGULAMENTO QUE TRATAM DOS

FATORES DE RISCO A QUE O FUNDO ESTÁ EXPOSTO.”

Outros dizeres obrigatórios, podem vir a ser inseridos.

Publicidade e Divulgação de Material Técnico

A divulgação de publicidade ou material técnico pelas instituições participantes deve

obedecer as disposições trazidas pela legislação e regulamentação vigente aplicável bem como

as diretrizes específicas elaboradas pelo conselho de melhores práticas para cada tipo de

investimento.

Todo o material publicitário ou técnico, é de responsabilidade de quem o divulga,

inclusive no que se refere a conformidade de tal material com as normas deste código. Caso a

divulgação seja feita por um prestador de serviço, este deve obter andes da divulgação,

aprovação expressa do administrador do fundo de investimento.

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Considerando que o registro de um fundo de investimento na ANBIMA pressupõem a

adesão da instituição participante a totalidade das normas do código, os materiais publicitários

ou técnicos divulgados pelos fundos de investimento podem ser analisados pela ANBIMA a

partir de denúncias formuladas por instituições participantes, devendo tais denuncias atender

ao disposto no código ANBIMA dos processos de regulação e melhores práticas.

Marcação a Mercado (MAM)

As instituições participantes devem adotar a marcação a mercado (MAM) no registro

dos ativos financeiros, conforme definidos pela regulamentação da CVM em vigor,

componentes das carteiras de fundos de investimento que administrem.

A MAM consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e calculo de

cotas dos fundos de investimento, pelos respectivos preços negociados no mercado em casos

de ativos líquidos ou, quando este preço não é observável, por um estimativa adequada ao

preço que o ativo teria uma eventual negociação feita no mercado.

A MAM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas

além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as oscilações

de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estarão refletidas nas

cotas, melhorando assim a comparabilidade entre as duas performances.

Caberá ao conselho de regulação de melhores práticas expedir as diretrizes que

deverão ser observadas pelas instituições participantes no que se refere a MAM para cada tipo

de fundo disciplinado por este código.

E vedado:

Divulgação de rentabilidade com menos de 6 meses de registro na CVM;

Divulgação para análise um período menor de 12 meses;

Comparação entre fundos com classificações diferentes;

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Serviços

Administração de Fundos de Investimento

A administração do fundo de investimento compreende o conjunto de serviços

relacionados direta e indiretamente ao funcionamento e manutenção do fundo.

A instituição participante que exercer a administração do fundo de investimento, e

cumulativamente, todas as atividades previstas neste código, e respondendo integralmente

por tais atividades. Cabe ainda ao administrador:

Contratar somente prestadores de serviço aderentes a este código de regulação de

melhores práticas e o código de Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao

Mercado de Capitais;

Na contratação de prestador de serviço para as demais atividades previstas, incluir

no contrato entre as partes a obrigação de cumprir tais tarefas em conformidade

com as disposições deste código.

A instituição participante administradora de fundo de investimento que,

reapresentando-o, contratar prestador de serviço para a atividade de gestão deverá

especificar, no contrato entre as partes, os procedimentos que deverão ser aplicados nos casos

de desenquadra mento da carteira do Fundo de Investimentos em relação ao seu

regulamento, á legislação e as normas da CVM, da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da

ANBIMA, especialmente no que se refere:

A comunicação de tais eventos entre o administrador e gestor;

Aos mecanismos de registro e guarda, tanto pelo administrador, quando pelo

gestor, dos documentos e demais informações referentes ao fato;

As providências previstas visando ao reenquadramento do respectivo Fundo de

Investimento;

Gestão de Fundos de Investimento

A gestão compreende o conjunto de decisões que, executadas com observância dos

termos do regulamento e do prospecto, determinam a performance do fundo de

investimento.

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60

A gestão dos fundos de investimento deve ser exercida por gestor que esteja

devidamente autorizado pela CVM para o exercício da atividade de administração de carteira

de valores mobiliários.

Os profissionais da área de gestão que possuem alçada de decisão sobre as aplicações

dos recursos dos fundos de investimento deverão estar devidamente certificados, nos termos

do código ANBIMA de regulação e melhores práticas no programa de certificação continuada.

A instituição participante gestora do fundo de investimento é responsável:

Pelas decisões de investimento e desinvestimento, segundo a política de

investimentos estabelecida nos respectivos regulamento e prospectos;

Pelas respectivas ordens de compra e venda de ativos financeiros e demais

modalidades operacionais, incluindo direitos creditórios;

Envio de informações relativas a negócios realizados pelo fundo de investimento

ao administrador do fundo ou ao prestador de serviço autorizado para tal;

Pelo gerenciamento da liquidez das carteiras dos fundos de investimento, de

acordo com as diretrizes elaboradas pelo conselho de regulação de melhores

práticas para cada tipo de fundo regulado por este código;

Garantir que as operações realizadas pelo fundo de investimento tenham sempre

propósitos econômicos compatíveis com sua política de investimento, sobretudo

aquelas referentes a empréstimos de títulos e valores mobiliários;

O dispostos neste artigo, não se aplica a fundos de investimento constituídos sob a

forma de condomínio fechado.

Distribuição de Fundos de Investimento

Caracteriza-se como distribuição de fundos de investimento, para o efeitos deste

código, a oferta de cotas de fundo de investimento a investidor ou potencial investidor, de

forma individual ou coletiva, resultando ou não em captação de recursos para o fundo de

investimento.

É responsabilidade do distribuidor, em relação a seus clientes:

A apresentação adequada de informações sobre Fundo de Investimento,

esclarecendo duvidas e recebendo reclamações;

O fornecimento de prospectos, regulamentos, termo de adesão e ou demais

documentos obrigatórios;

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61

O controle e manutenção de registros internos referentes a compatibilidade entre

as movimentações dos recursos dos clientes e sua capacidade financeira e

atividades econômicas, nos termos das normas de proteção e combate a lavagem

de dinheiro ou ocultação de bens e direitos;

O atendimento aos requisitos da legislação e da regulação e melhores práticas em

relação a adequação dos investimentos recomendados (suitability);

As instituições participantes que exercem a atividade de distribuição de cotas de

fundos de investimento deverão solicitar adesão ao presente código na categoria de

Distribuidor, independentemente de adesão anterior como administrador ou gestor.

Os sítios na rede mundial de computadores disponibilizados pelas instituições

participantes devem ter seção exclusiva sobre os fundos de investimento por elas distribuídos,

com o seguinte conteúdo mínimo sobre cada fundo de investimento:

Descrição e objetivos de investimento;

Público Alvo;

Política de Investimento;

Escala de perfil de risco segundo metodologia própria;

Condições de aplicação, amortização e resgate;

Limites mínimos e máximos de investimento e valores mínimos para

movimentações e permanência no fundo de investimento;

Taxa de administração, performance e demais taxas;

Tributação Aplicável;

Rentabilidade observando o disposto nas Diretrizes de Publicidade e Divulgação de

Material Técnico;

Cumprir com todos os avisos determinados na Diretrizes de Publicidade e

Divulgação de Material Técnico;

Referência ao local de acesso ao prospecto, regulamento, lâminas descritivas e

com explicitação do telefone da central de investimento aos investidores;

Link para o portal de educação financeira da ANBIMA “Como Investir”;

Quando a distribuição ocorrer na rede de agências, deve manter-se a disposição:

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Dos interessados, material impresso, ou passível de impressão, atualizado, com o

mesmo conteúdo mínimo obrigatório descrito para a seção exclusiva de fundos de

investimento no site da instituição;

Dos gerentes, ambiente com seção exclusiva, seja na internet ou na rede interna,

ou ainda em outra forma de comunicação interna adotada pelas instituições

participantes, que permita o acesso a seção com o conteúdo descrito;

Adicionalmente, é obrigatório afixar nas agências em local de fácil acesso ao público,

tabela contendo:

Categoria ANBIMA dos fundos de investimento distribuídos na agência;

Telefone da Central de atendimento aos investidores;

Ao final da tabela, valendo para todas as categorias de fundos de investimento ali

contidas:

o Selo Anbima;

o Avisos obrigatórios;

o A inclusão facultativa de outros produtos distribuidors;

o Avisos com o seguinte teor:

TODAS AS INFORMAÇÕES SOBRE OS PRODUTOS, BEM COMO O

REGULAMENTO E O PROSPECTO AQUI LISTADOS, PODEM SER

OBTIDAS COM SEU GERENTE OU EM NOSSO SITE NA INTERNET.

Dever de Verificar a Adequação dos Investimentos

Recomendados

Suitability

Sem prejuízo das informações acima dispostas, as intuições participantes

administradoras de fundos de investimento deverão adotar procedimentos formais,

estabelecidos de acordo com os critérios próprios, que possibilitem verificar que as instituições

responsáveis pela distribuição de fundos de investimento tenham procedimentos que

verifiquem a adequação dos investimentos pretendidos pelo investidor com o seu perfil de

investimentos.

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Na distribuição de fundos de investimento, deverá ser adotado processo de coleta de

informações dos investidores que permita a aferição apropriada da situação financeira do

investidor, sua experiência em matéria de investimentos e seus objetivos de investimento.

A coleta de informações deverá fornecer informações suficientes para permitir a

definição de um perfil de investimento para cada cliente. O perfil deverá possibilitar a

verificação da adequação dos objetivos de investimento dos clientes a composição das

carteiras por eles pretendidas ou detidas em cada instituição participante.

Caso seja verificada divergência entre o perfil identificado e a efetiva composição da

carteira pretendida ou detida pelo cliente, deverão ser estabelecidos procedimentos, junto ao

cliente, para tratamento da divergência.

Conceito de Lavagem de Dinheiro – Legislação

De acordo com a lei 9.613 de Março de 1.968 o crime de lavagem de dinheiro consiste

em:

“ Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou

propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente de infração

penal.”

Incorre na mesma pena, quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens ou

valores provenientes de infração penal:

I. Os converte em ativos lícitos;

II. Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em

depósito, movimenta ou transfere;

III. Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.

Incorre ainda na mesma pena, quem:

I. Utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores

provenientes de infração penal;

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64

II. Participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua

atividade principal ou secundária é dirigida a prática de crimes previstos em

lei;

A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta lei forem

cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.

A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou

semi-aberto, facultando-se ao juiz deixar de aplica-la ou substitui-las, a qualquer tempo, por

pena restritiva de direitos, se o autor, coautor, ou participante colaborar espontaneamente

com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduza a apuração das infrações penais,

á identificação dos autores, coautores e participantes, ou á localização dos bens, direitos ou

valores objeto do crime.

De forma resumida, podemos explicar a lavagem de dinheiro no processo pelo qual os

criminosos transformam os ganhos provenientes de crimes (atividades ilegais) em uma

“origem” aparentemente legal (os criminosos costumam abrir empresas prestadoras de

serviços, construtoras e bens de alto valor agregado) normalmente este processo envolve

diversas etapas e transações a fim de ocultar a real origem desses valores financeiros

ocultando sua origem e permitindo que estes recursos sejam reutilizados dentro da legalidade.

Todo o processo consiste basicamente em “esquentar” o dinheiro proveniente de crimes

penais.

A lavagem de dinheiro ocorre conforme explicado na figura abaixo.

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65

Ações Preventivas a Lavagem de Dinheiro

No Brasil a principal regulação contra a lavagem de dinheiro provém da lei 9.613 de

1998 que dispõe sobre os crimes de lavagem de dinheiro e também pela resolução 2.025 do

Conselho Monetário Nacional (CMN) que aborda sobre as contas correntes ou de depósito á

vista. Estes dois normativos dão uma base regulatória sobre o as ações preventivas a lavagem

de dinheiro que devem ser adotadas por todas as instituições financeiras autorizadas a

funcionar pelo BACEN.

As ações preventivas adotadas pelas instituições financeiras estão divididas em

“Cadastro do Cliente” e no chamado de “Princípio Conheça seu Cliente”. Aqui fica

estabelecido um mínimo de informações que devem ser mantidas atualizadas, conjunto de

informações ao qual denominamos qualificação:

Nome;

Numeração de documentos;

Profissão;

Estado Civil;

Endereço;

Cadastro de Clientes

Dentro de uma instituição financeira o cadastro do cliente é importante não somente

para fins de controle interno da empresa, mas também com a finalidade de obter informações

do cliente a fim de coibir a lavagem de dinheiro. Dentro do cadastro do cliente ficam além das

informações de qualificação do cliente os produtos e serviços financeiros que o cliente utiliza.

Uma vez que a instituição e o gerente são responsáveis pela análise e avaliação da qualidade

dos documentos de identificação dos clientes é importante que seja gerado um cadastro de

qualidade.

Um cadastro completo e de qualidade do cliente junto a, conhecer o cliente é o

elemento mais efetivo para a prevenção contra a lavagem de dinheiro pois facilita a

identificação de atividades suspeitas e também de movimentações financeiras incompatíveis

com o patrimônio do cliente. Em virtude desta importância vital do cadastro de clientes, a

ANBIMA desenvolveu um Guia de Prevenção a Lavagem de Dinheiro.

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66

A área de cadastros da instituição deve ser orientada por uma política institucional

específica, visando manter um elevado padrão de qualidade nos processos e a segurança das

informações tanto para a empresa como junto aos clientes estando centralizada digitalmente,

mas podendo possuir setores de cadastro separados pelas diversas agências. Os principais

itens que devem constar na política de cadastro de clientes são:

Ficha Cadastral;

Segregação de Contas (Private, Corporate, Balcão...);

Responsabilidade por gerente;

Contas movimentadas por procuração;

Correspondências;

Revisão e atualização do cadastro;

Órgãos reguladores de crédito;

Qualidade da documentação;

Bloqueio interno de contas com pendências;

Qualificação do cliente;

Documentação mínima por tipo de cliente;

Princípio Conheça seu Cliente

Este foi um princípio elaborado no Comitê da Basiléia, visando aqui estabelecer um

conjunto de regras e normas pelas quais as instituições financeiras devem se basear a fim de

identificar a origem dos recursos e da constituição do patrimônio do cliente. Além da

finalidade de auxilio na prevenção da lavagem de dinheiro trata-se de uma ferramenta

essencial para administração dos riscos visando oferecer um produto de qualidade ao cliente.

O responsável pelo atendimento desta obrigação é do gerente do cliente junto ao

processo de abertura de conta ou no início do relacionamento ficando aqui obrigatória a

realização de visitas pessoais ao cliente em seu local de trabalho. Ficam listadas aqui também

algumas das principais informações que devem conter neste dossiê:

Dados de identificação do cliente;

Descrição sobre a situação financeira do cliente;

Relato das atividades profissionais no Brasil e no Exterior;

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Relato das atividades profissionais da família do cliente;

Relato da capacidade financeira presumível do cliente;

Descrição sobre o relacionamento do responsável da conta;

Como foi a prospecção do cliente;

Relato das demais instituições financeiras utilizadas pelo cliente;

Situação patrimonial presumida;

Quantificar o % da posição patrimonial do cliente;

Declaração do responsável da conta;

Declaração do responsável da conta afirmando ter visitado e conhecido o cliente e

que está confortável com sua reputação;

Uma vez que o cadastro do cliente representa a situação do mesmo naquele exato

momento e esta pode variar tanto para uma melhor situação financeira do cliente quando

uma piora, é importante tratar da atualização deste cadastro, cabendo aqui a cada instituição

estabelecer a periodicidade com que este deve ser atualizado.

Alguns produtos, devido a suas características tem uma probabilidade maior de serem

utilizados para a lavagem de dinheiro, e por tanto estes devem possuir uma atenção maior das

instituições e dos órgãos responsáveis. Alguns exemplos de produtos são as transferências

internacionais ou mesmo transferências internas de alto valor.

Controle e Monitoração das Operações de Lavagem de

Dinheiro

Ao tratarmos do crime de lavagem de dinheiro as regulações mais importantes

constam na lei 9.613 de 1998 que dispõe sobre Os Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de

Bens, Direitos e Valores e a resolução n. 2.554 do BACEN também datada no mesmo ano.

Esta resolução dispõe como as instituições financeiras devem implantar o sistema de

“controles internos” na prevenção a lavagem de dinheiro. Importante ressaltarmos que aqui

não se trata exclusivamente dos sistemas eletrônicos, mas também do conjunto de medidas

utilizadas pela empresa para o controle das atividades, além do monitoramento das atividades

do dia a dia.

Além do fluxo de operações cotidianas incluídas no monitoramento, importante verificar

as “Atividades Suspeitas” tratadas na circular 2.826 do Bacen.

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Operações Suspeitas de Lavagem de Dinheiro

Antes de iniciarmos a tratar sobre as operações suspeitas da lavagem de dinheiro, é

importante ressaltarmos que nem sempre, uma remessa de valores ao exterior mesmo que

em paraíso fiscal caracteriza-se como lavagem de dinheiro. Criminosos de lavagem de dinheiro

tem o fundamento de ocultar a origem do dinheiro e estão sempre se atualizando e

desenvolvendo novos métodos de colocação, integração e ocultação.

Basicamente, o crime de lavagem de dinheiro caracteriza-se por conjunto de atitudes

com ocorrência frequente e simultânea (chamadas de colocação, ocultação e integração) que

buscam esconder a origem dos recursos e coloca-los no sistema financeiro de forma

aparentemente legal através da abertura de empresas de fachada (geralmente prestadoras de

serviço) ou aquisição de bens como veículos de luxo ou mesmo imóveis.

A identificação das atividades suspeitas da lavagem de dinheiro é muito subjetiva o

que muitas vezes confunde operadores de atividades que por vezes conflitam com operações

suspeitas como é o caso da negociação de títulos (factoring),casas de câmbio, ouro e jóias. A

lei 9.613 original publicada em 1998 tipificava o crime de lavagem de dinheiro como qualquer

tentativa de ocultação ou ainda de tornar legais o capital proveniente de atividades como

sequestro, tráfico de drogas ou armamento e terrorismo, ou seja, para ser enquadrado como

lavagem de dinheiro era obrigatória a vinculação com um dos crimes acima citados.

Com a atualização da lei em 2012 (lei 12.683), os crimes antecedentes passaram a ter

uma descrição ainda mais ampla “ Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização,

disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou

indiretamente, de infração penal”.

As principais mudanças trazidas pela lei 12.683 são:

Extinção da tipificação dos crimes antecedentes da lavagem de dinheiro alterando

para qualquer infração penal;

Aumento do valor máximo da multa para R$ 20.000.000,00 (vinte milhões);

Inclusão de órgão como cartórios, casas de câmbio, joalherias, artistas, consultores

financeiros e outros a informarem atividades ao COAF;

Possibilidade da alienação antecipada e outras medidas a fim de evitar a

desvalorização dos bens adquiridos na lavagem de dinheiro;

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Um dos setores que acabou sofrendo bastante com a modificação da lei, foi o setor de

Factoring onde anteriormente o desconto de uma duplicata fria não podia ser enquadrado

como lavagem de dinheiro pois não estava diretamente ligado a um dos crimes antecedentes

da lavagem de dinheiro, e, com a modificação da legislação em 2012 pode-se incluir a

sonegação de impostos como crime antecedente sendo assim passível de enquadramento de

lavagem de dinheiro o desconto de uma duplicata que não esteja lastreada com o devido

documento fiscal.

Uma vez que a sonegação de impostos também passa a ser enquadrada como crime

antecedente da lavagem de dinheiro, torna-se uma obrigação ao operador de Factoring

realizar apenas o desconto de títulos lastrados com os documentos fiscais ou realizar o negócio

e a imediata comunicação ao COAF evitando assim transtornos posteriores. Vejamos abaixo as

principais operações suspeitas de acordo com a circula n. 2826 do BACEN.

Operações Suspeitas em Espécie ou Cheques Viagem

Operação ou conjunto de operações em espécie com valores iguais ou superiores a

R$10.000,00;

Saques a descoberto com a reposição no mesmo dia;

Movimentações em pessoa física ou jurídica cujas operações são constantemente

realizadas em cheque;

Aumentos substanciais no volume de transações posteriormente transferidas a destino

não relacionado com o cliente;

Troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de grande valor;

Troca de grandes quantidades de valores em moeda nacional por moeda estrangeira e

vice-versa;

Frequência de depósitos contendo notas falsas ou utilização de documentos falsos;

Operações Suspeitas em Conta Corrente

Movimentação de recursos incompatível com atividade econômica e condição

patrimonial do cliente;

Retirada de quantia significativa de conta até então pouco movimentada que recebeu

depósito injustificado;

Utilização conjunta em caixas separados;

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Mudanças repentinas e injustificadas na forma de movimentação de recursos;

Solicitação frequente da elevação dos limites de crédito;

Solicitação de facilidades nos financiamentos imobiliários sem a devida comprovação

de renda;

Abertura e movimentação de contas em agências de fronteiras ou de grande

movimentação de passageiros;

Operações Suspeitas com Atividades Internacionais

Solicitação de facilidades estranhas ou indevidas para negociação de moeda

estrangeira;

Pagamentos antecipados de importação ou exportação por empresa sem tradição;

Negociações frequentes de ouro de pessoas não tradicionais do ramo;

Utilização do cartão de crédito com valor não compatível a capacidade financeira;

Transferências frequentes de valores elevados principalmente a título de doação;

Operações Suspeitas com Empregados e

Representantes

Mudança repentina no comportamento e padrão de vida;

Modificação inusitada da situação patrimonial;

Responsabilidades Administrativas e Legais

Podemos dizer que a expressão “Lavagem de Dinheiro” ganhou força no início da

década de 90 quando o tráfico internacional de drogas começou a ganhar destaque. Com base

no problema crescente foi em 88 que ocorreu a Convenção de Viena onde surge então uma

tipificação da lavagem de dinheiro que ocorria com a ocultação de recursos proveniente destas

atividades ilegais e o reingresso do capital no sistema financeiro de forma aparentemente

legal. Seguindo o ensejo da convenção os países começaram a legislar com fins de combate a

este crime, e foi em 1998 que foi promulgada no Brasil a lei 9.613 que trata inicialmente sobre

a lavagem de dinheiro.

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Recentemente entrou também em vigor a instrução 301 da CVM que vem se adequar

as a lei 12.683/12 que traz mudanças significativas no crime de lavagem de dinheiro. Aqui são

ampliados os indivíduos obrigados a prestarem informações ao COAF tais como gestores e

administradores de fundos de investimento, corretoras de valores, joalherias, galerias de arte

e outros ativos financeiros.

Importante ressaltarmos aqui que existem tanto comunicações positivas quanto

negativas. As positivas referem-se a prevenção da lavagem de dinheiro quando ocorrem

operações com fortes suspeitas ou mesmo as operações que ultrapassam os limites pré-

determinados como tratado anteriormente e tem o prazo de 24 horas para serem

comunicadas após o ato que gerou suspeita.

Junto com a legislação e o crime de lavagem de dinheiro surge a dificuldade de

responsabilização penal no âmbito da constituição, uma vez que o enquadramento penal para

pessoa jurídica é muito complicada. Em 2012 é promulgada a lei 12.683 que traz algumas

atualizações importantes, onde deixam de haver os crimes pré-determinados da lavagem de

dinheiro (terrorismo, extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas e armas) passando a um

conceito mais amplo permitindo que qualquer benefício financeiro de crime penal sendo

passível como lavagem de dinheiro.

Em uma empresa (pessoa jurídica) podemos enquadrar o tipo de crime da ordem

tributária, que é a sonegação de impostos, é um crime onde posteriormente os recursos

sonegados também podem vir a ser reintegrados no Sistema Financeiro Nacional de forma

aparentemente legal, tipificando então a lavagem de dinheiro. Uma vez que uma pessoa

jurídica não pode responder criminalmente por este crime, a responsabilidade é então

transferida ao representante legal da companhia. Este responsável legal fica passível das

penalidades do crime de lavagem de dinheiro tal como alienação antecipada de bens e o

pagamento de multas, porém a empresa pode ser condenada e o gestor ou administrador

absolvido. Este é um tema muito polêmico entre os juristas tendo em vista que algumas

teorias são contra a responsabilização penal a pessoa jurídica.

Veja o que diz a legislação a respeito da responsabilidade criminal para pessoa jurídica

na lei 9.605/98:

“As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente

conforme disposto nesta lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu

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representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício de sua

entidade.

A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-

autoras ou participantes do mesmo fato.”

Podemos então verificar que é possível que uma pessoa jurídica seja condenada

criminalmente pela prática de lavagem de dinheiro ainda que o representante legal ou

administrador seja absolvido. Com a crescente preocupação com a lavagem de dinheiro em

escala global as empresas vem implementando o Compliance a fim de verificar qualquer

prática irregular dentro da organização.

Ética em Vendas

O setor de vendas com certeza é imprescindível a qualquer empresa e também para o

desenvolvimento da economia global, porém o conceito de ética em vendas tem se

desenvolvido a cada dia no mundo globalizado passando de apenas “empurrar produtos” para

se tornar mais um canal de informação e auxílio de decisão do cliente. A internet é responsável

por boa parte desta evolução pois traz enorme facilidade enorme para o encontro de

informações sobre produtos específicos, isso vem fortalecendo a cada dia a confiança no

vendedor ético. Uma venda ética e transparente gera um relacionamento de longo prazo entre

vendedor e cliente e não apenas o cumprimento de uma meta de curto prazo.

Uma venda ética segue diversas normas que preservam a integridade do vendedor

assim como do produto e das marcas representadas, oferecendo ao cliente produtos úteis e de

acordo com suas necessidades. Aqui cabe bem a função do gerente bancário que é

considerado por grande parte do público brasileiro além do gestor de contas como uma

espécie de especialista financeiro em oferecer produtos de investimento de acordo com o

perfil do cliente e de acordo com suas necessidades, prezando sempre pela ética e o

relacionamento de confiança do cliente no longo prazo. Aqui devemos lembrar que a

influência do gerente ultrapassa a finalidade apenas informativa, pois seus argumentos tem de

venda tem grande relevância no processo de decisão do cliente.

Como tratamos anteriormente no Código de Ética e Responsabilidade, os oito

princípios éticos devem ser aplicados principalmente:

O cliente em primeiro lugar;

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Integridade;

Objetividade;

Probidade;

Conduta Profissional;

Competência;

Confidencialidade;

Diligência;