corpo, cultura e movimento

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SÍLVIA ARRELARO

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O corpo e suas imenções físicas, sociais, histórica p

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Page 1: Corpo, cultura e movimento

SÍLVIA ARRELARO

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A valorização da imagem corporal na sociedade contemporânea, idealizada por corpos excessivamente magros ou musculosos, tem causado diversos distúrbios relacionados à auto imagem.

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Aumento significativo do número de cirurgias plástica,

Uso indiscriminado de anabolizantes; Aumento de casos de bulimia e anorexia; Dietas malucas “ensinadas” em revistas.

Fatores que denotam uma insatisfação com o corpo, reflexo de uma imagem vendida pela mídia, de difícil conquista.

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Desde os primórdios da humanidade, o corpo era visto como um atributo necessário à sobrevivência.

O homem primitivo precisava de uma intensa participação corporal, essencialmente pelo predomínio da linguagem gestual como principal meio de expressão.

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O povo grego instituiu as competições esportivas como meio da celebração das qualidades corporais.

A presença corporal doutrinava o exercício do poder: o êxito nos torneios esportivos exercia um enorme fascínio social.

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Nessas sociedades eram valorizadas as qualidades corporais como força, destreza e agilidade.

Vencer uma competição significava não somente a compreensão de uma superioridade física, mas muito mais: o reconhecimento do vencedor como um elemento superior daquela sociedade. 

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Os homens eram submetidos a ordens rígidas e ao sistema de castas que impossibilitava qualquer tipo de ascensão social.

O homem medieval era extremamente contido, seus impulsos individuais eram proibidos.

A presença da instituição religiosa restringia qualquer manifestação mais criativa.

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A moral cristã tolhia qualquer tipo de prática corporal que visasse o culto do corpo.

A concepção dualística (corpo e alma) foi retomada e reacendeu a visão do corpo corrupto e pecaminoso, considerada empecilho ao desenvolvimento da alma.

Nas artes plásticas ficava evidente a projeção do “corpo coberto”, aparentemente exaurido de preocupações estéticas.

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No Renascimento as ações humanas passaram a ser guiadas pelo método científico.

O corpo, agora sob um olhar “cientificista”, serviu de objeto de estudos e experiências.

A disciplina e o controle corporais eram preceitos básicos.  

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As atividades físicas eram prescritas por um sistema de regras rígidas, visando à saúde corpórea.

A arte renascentista celebrou abertamente o corpo e a beleza física.

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O pensamento renascentista influenciou pintores, escultores e artistas em geral, que retomaram os padrões da Antigüidade clássica em suas obras.

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o nu passa a mostrar uma nova ideologia de mundo.

a mulher, antes ligada ao pecado, reapareceu, seminua e deslumbrante, em obras como O Nascimento de Vênus, tela de Sandro Boticelli pintada em 1485.

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Leonardo da Vinci, na gravura conhecida como O Homem Vitruviano (1492)

Michelangelo em A criação do homem (pintura)

David (escultura), imortalizaram o equilíbrio e as proporções da figura masculina.

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Na lógica de produção capitalista o corpo mostrou-se tanto oprimido, quanto manipulável.

Era percebido como uma “máquina” de acúmulo de capital.

Os movimentos corporais passaram a ser regidos por uma nova forma de poder: o poder disciplinar.

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Os homens e seus corpos eram vistos apenas na perspectiva do ganho econômico.

A expansão do capitalismo, no século XIX, propagou a forma de produção industrial em que a instrumentalização do corpo fazia-se necessária.

A padronização dos gestos e movimentos instaurou-se nas manifestações corporais.

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A imagem corporal não se trata de uma imagem no sentido próprio da palavra, inclui imagens e representações mentais, mas não se reduz a isso.

Não é também um espelho fiel de nosso corpo ou um simples resultado de nossa familiarização com ele tal qual é.

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Cada pessoa elabora a seu modo a imagem de seu próprio corpo, acentuando ou modificando as diferentes partes em função dos mecanismos de sua personalidade e de todas as suas vivências passadas e presentes.

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A imagem corporal não é apenas consciente, é construída também em grande parte tomando como referência o corpo de outras pessoas.

Constitui uma unidade adquirida gradualmente que pode ser alterada e destruída.

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A imagem corporal é como o indivíduo se vê e percebe seu corpo;

é a integração das partes constituintes;

como se relaciona com os outros através do próprio corpo;

como se sente em relação a ele; como espera que os outros o vejam e como lida com a imagem que os

outros tem a respeito dele.

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Esta percepção do próprio corpo sofre a influência de três fatores que  juntos compõem a imagem corporal:

o fisiológicoo psicológicoe o social

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A expressão corporal e a criação são próprias do homem e instintivas, seja qual for o seu nível cultural e condição física,

a necessidade de mover-se é inerente ao ser humano.

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Nosso corpo possui uma linguagem própria e facilmente identificável:

Através de nossa postura demonstramos muitas coisas de nossa personalidade ou estado de espírito.

Através de nossas expressões faciais demonstramos sentimentos.

Através do nosso corpo expressamos nossa cultura.

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Quando crianças temos a necessidade instintiva de mover-nos porque é através do corpo que vivenciamos e demonstramos nossos sentimentos.

À medida que crescemos e temos que assumir papéis sociais e nosso corpo tende a perder cada vez mais o instinto natural de expressão e a graça, devido aos tabus criados pela própria sociedade.

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É importante que reencontremos esta graciosidade e expressão reprimida para fazer com que o corpo volte a ser um instrumento de comunicação.

A expressão corporal tem como base fazer com que a pessoa descubra formas de mover-se e expressar-se através do próprio corpo.

Mais do que precisão é necessário expressão e sentimento em cada pequeno movimento corporal.

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No final do século XX e início do século XXI, a super-exposição de modelos corporais nos meios de comunicação contribuiu, fundamentalmente, para a divulgação de uma ótica corpórea estereotipada e determinada pelas relações de mercado.

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A mídia contemporânea vincula somente corpos que se encaixam em um padrão estético “aceitável”, mediado pelos interesses da indústria de consumo.

Modelos corporais são evidenciados como indicativo de beleza, em todos os formatos de mídia.

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Trata-se de vincular à representação da beleza estética ideais de saúde, magreza e “atitude”. Configurando-se como objeto de desejo um corpo bonito, jovem, “malhado”, com idéias de vencedor e rodeado pelo consumo.

Esse conjunto de fatores acabou por criar no imaginário social uma associação entre “corpo ideal” e sucesso.

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A criação de estereótipos publicitários é também precursora do ideário de corpo como objeto de desejo e de consumo.

Desta forma, a diversidade de produtos e seus respectivos padrões estéticos agregados, sempre seguem uma fórmula semelhante: a transformação ou a modificação da vida pela compra de alguma coisa, ou seja, a criação de uma nova identidade atrelada ao produto

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Essa lógica mercadológica atua com mecanismos semelhantes em “nossas” carências mais profundas, o horror à morte, o medo da velhice e da impotência aparentemente sempre podem ser combatidos ou amenizados com novos produtos ou técnicas estéticas que são infinitamente renováveis em sua aparência, mas que permanecem as mesmas em seu conteúdo.

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Esta mentalidade desencadeia vários distúrbios psicossociais.

A necessidade humana de encaixar-se nesse padrão ou identidade estética ocasiona um aumento crescente do número de cirurgias plásticas, do uso de substâncias químicas relacionadas a “boa” forma física e da quantidade de pessoas afligidas por comportamentos compulsivos, destacando-se a bulimia, a anorexia e o narcisismo.

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A insatisfação com o próprio corpo implicou a incorporação da prática do exercício físico com fins estéticos no cotidiano do indivíduo

Criou-se a “malhação”, expressão que assume dois sentidos: “a ação de dar pancada com malho ou martelo e o ato de zombar ou fazer escárnio, a ambos o ser humano se subjuga, malha para não ser malhado” 

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As academias contemporâneas, adaptadas às novas exigências do mercado, apresentam-se cada vez mais sofisticadas. 

Foram incorporados a sua estrutura física, além do espaço destinado à prática do exercício físico, lojas, bares e clínicas estéticas, formando verdadeiros centros de culto a estética.

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Esta reflexão evidencia a necessidade da criação de formas de reação e contestação aos novos modos de controle estabelecidos na contemporaneidade.

A concepção de novos espaços para as práticas corporais que procurem à emancipação do ser humano, intermediados, pela consciência crítica da realidade entende-se como ponto vital para a mudança efetiva dos atuais paradigmas que norteiam a educação do corpo.

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Você já se perguntou como realizamos os movimentos?

Em algumas brincadeiras, como a cobra-cega por exemplo, necessitamos dos sentidos da audição e do tato.

Através dos sentidos orientamos os músculos para realizar movimentos.

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Correr e pendurar-se,por sua vez , exigem principalmente os músculos das pernas e dos braços.

Através dos músculos executamos o movimento.

O cérebro recebe as informações através dos sentidos e envia ordens para os músculos realizarem os movimentos necessários.

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Executamos movimentos graças às propriedades dos músculos. Os músculos podem estender-se e contrair-se Essa propriedade Chama-se elasticidade.

A maior ou menor facilidade de tocar o chão deve-se à elasticidade muscular, que varia de pessoa para pessoa.

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Os músculos levam certo tempo para contrair-se e estender-se. A rapidez de contração e extensão dos músculos é chamada velocidade muscular. Todos nós corremos , saltamos, reagimos com diferentes velocidades. Também velocidade muscular é diferente de pessoa para pessoa.

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Os músculos podem ainda aplicar um esforço em determinada direção.

Essa propriedade é chamada força. A facilidade ou dificuldade de

executar exercícios na barra, levantar pesos, puxar ou empurrar objetos, por - exemplo deve-se à diferença de força entre as pessoas.

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O tempo durante o qual os músculos podem permanecer aplicando essa força determina sua resistência ao esforço.

A atividade físicaprocura proporcionar elasticidade, velocidade, força e resistência adequadas a idade de quem a pratica, isto é, um bom trabalho muscular

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http://br.monografias.com/trabalhos3/cancer-mama-imagem-corporal/cancer-mama-imagem-corporal2.shtml

http://www.urutagua.uem.br/008/08edu_pelegrini.htm

http://www.efdeportes.com/efd121/o-corpo-na-idade-media.htm