corpo movimento e psicomotricidade

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    A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    Material Teórico

    Responsável pelo Conteúdo:

    Profa. Ms. Maria Stella Aoki Cerri

    Revisão Textual:

    Profa. Esp. Márcia Ota

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      Esta unidade tem por objetivo apresentar a noção de como se desenvolveme aprendem as crianças pequenas. E, como acontece o desenvolvimentodas capacidades táteis, auditivas e visuais.

      Enquanto tátil, é uma questão de “sensibilizar a pele” junto com as emoçõese sentimentos, podemos dizer que a capacidade auditiva é uma linguagemde forma sonora e que se traduz em transmitir e comunicar sensações,sentimentos e a maneira de pensar por meios das relações que há entre osom e o silêncio.

      Artes visuais constituem um modo expressivo de se comunicar, oraatribuindo valores a sensações, sentimentos, pensamentos, realidades,fantasias e também por meio de traços, pontos, formas, cores, etc. nãoatribuindo valores esperados.

      A arte expressa dimensão, mas também volume, espaço, cor, luz em todasmanifestações artísticas que vão do desenho a escultura, passando pelagravura e outras formas de manifestação artística que a criança demonstra.

      Movimento, equilíbrio, contraste, harmonia, proximidade,distanciamento, são atributos que a criação artística infantil demonstrapor meio das artes visuais.

      Você deve explorar o material disponível e interagir com o tutor dentro doambiente virtual para o esclarecimento de dúvidas e realização das tarefas.

    A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    • Introdução

    • As capacidades auditivas e visuais

    • A música na educação infantil

    • A criança e a música

    • A musicalidade nas diferentes faixas etárias

    • Os conteúdos musicais e sonoros

    • Avaliação Musical

    • Características de faixas etárias

    • Apreciação em artes visuais

    • Avaliação e reflexão

    • Artes Visuais

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    Contextualização

     Ao ler e aprofundar o estudo na unidade III você deve ter como foco a compreensão e a contextualizaçãodo que representa o conhecimento e compreensão sobre a interação entre a criança e suas capacidadestáteis, auditivas e visuais. O eixo central dessa unidade é a percepção do educador da necessidade dedominar e refletir sobre o tema e de que a criança aprende a desenvolver suas capacidades. Acesseno item Documentos da Disciplina o conteúdo teórico.

    Em seguida, leia com atenção as questões que compõem a Atividade de Sistematização procurandosempre interagir com a proposta apresentada.

    Você encontrará indicação de Materiais Complementares, que enriquecerão ainda mais seuestudo sobre o tema. A bibliografia, também, constitui um material complementar valioso para oaprofundamento do seu estudo.

    Na Atividade de Aprofundamento da unidade participe do Fórum que o levará a refletir acerca dateoria estudada.

    Para educar uma criança o que é mais importante: levar em conta a sua capacidade tátil,levar em conta tudo aquilo que ela é capaz de ouvir ou levar em conta tão somente aquiloque ela vê?

    Como educar é um grande conjunto de ensinos e aprendizagens, onde quem ensina deveaprender e onde quem aprende pode e deve ensinar, certamente será o conjunto dessas três

    dimensões (tato, audição e visão), com outras tantas que é possível juntar que teremos aquiloque é importante para educar.

    Veremos a seguir a contextualização desses vetores e depois certamente teremos algumacondição de dizer/afirmar o que é importante, ou o que são coisas importantes para se educar.

    Certamente acabaremos por descobrir que a junção de tudo é aquilo que fará com quetenhamos um princípio educacional que valha a pena.

    Explore

    O site que veremos a seguir-mapa do brincar- poderá lhe dar uma dimensão do quão grandesão as possibilidades de se educar através dos sentidos. Acesse-o e sinta algumas das muitasformas de brincar.

    O Mapa do Brincar é uma iniciativa da “ Folhinha”, suplemento infantil do jornal Folha de S.Paulo.O site reúne hoje 750 brincadeiras de todo o país.http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/elastico/

    E, ainda: assista ao vídeo: veja e sinta uma das músicas que poderá ser trabalhada e cantada com

    crianças.O Pato – Toquinho: http://www.youtube.com/watch?v=rVxMGUO5Tyw

    http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/elastico/http://www.youtube.com/watch%3Fv%3DrVxMGUO5Tywhttp://www.youtube.com/watch%3Fv%3DrVxMGUO5Tywhttp://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/elastico/

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    Introdução

    Certamente, você já ouviu falar de objetos transicionais! Não é mesmo? Acreditamos quesim, mas que tal retomarmos um pouco? Então, veja:

    Esses “objetos” são aqueles bichinhos de pelúcia/ cobertores/fraldas/panos, aos quais ascrianças se aferram de modo afetuoso ao necessitarem de segurança e conforto. Assim, quandoum desses objetos não são encontrados (ou o que é pior, são encontrados, mas totalmentelimpos, sem cheiro, que os identifiquem ou que permitam as lembranças que a memória afetivada criança busca de maneira intensa), o tátil e o visual se manifestam mais. Desse modo, semprehaverá uma história ora divertida, ora dolorosamente triste às crianças, envolvendo esses itenscitados anteriormente.

    Com isso, pessoas das mais diferentes classes sociais e culturais serão capazes de dar nome aesses objetos, inclusive, comovendo-se com lágrimas, quando falam de seu ursinho de pelúcia.

    Esse objeto, para a criança, tem um valor crítico e os pais o levam junto quando saem decasa junto com a criança. Dessa forma, lavá-lo e torná-lo absolutamente limpo é provocar umaruptura na continuidade e experiência de vida da criança.

    No artigo de Perri Klass(15/4/2013) apresenta estudos de alguns estudiosos sobre o tema:

    Winnicott – pediatra e psicanalista americano, já dizia em 1953 que esse objeto (quase sempre

    sujo e malcheiroso) ajuda a criança a superar problemas. Alicia Lierberman – especialista em saúde mental ifantil e professora da Universidade

    da Califórnia – São Francisco- afirma que o objeto transicional é a ponte entre a mãe emundo exterior.

     Além disso, esse tipo de objeto, ao qual as crianças podem se agarrar, apegar-se e que sejareconfortante, fornecendo a elas adaptabilidade ao mundo externo.

    “Uma das mais importantes descobertas de Winnicot foi a de objetose fenômenos transicionais. Partindo da observação corriqueirade que a criança, ao dormir, costuma chupar o dedo, acariciarlençóis e fronhas e agarrar-se ao seu brinquedo de estimação, ...Winnicott correlacionou-os todos com as ansiedades de separaçãoda figura materna por volta da fase do desmame.”(Julio de MelloFilho,2011.p.3)

    Você Sabia ?

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    Há muitas histórias de pais que foram obrigados a voltar para casa e pegar o “verdadeiro”objeto transicional e não aquele que tentavam dar à criança. Isso pode ser explicado aopercebermos que a escolha do ursinho – paninho é puramente da criança. Então, ele precisa serescolha da criança.

    Muitos pais se preocupam, pois os objetos transicionais têm importância muito grande paraa criança. Além disso, podem ser foco de micróbios, etc. ou coisa só de “bebê”.

    Quando as crianças vão crescendo e tornando-se jovens ou adultas, alguns desses objetosassumem o papel de amigo imaginário ou reconfortante.

    Mostra, também, Barbara Howard – pediatra comportamental da Universidade JohnsHopkins – afirmando que o objeto transicional é necessário e que aproximadamente 25%dos jovens universitários levam de casa um objeto de transição da infância. Isto indica que osdesafios de separação e apego são muito mais complexos e não se limitam ao início da vida.

     Aprender a negociar e desfrutar desse prazer entre as partes faz parte da vida de pais e filhos,e muito na vida do educador que pode navegar na vida de ambos e precisa também aprendera negociar as trocas afetivas que a criança traz à escola.

    Escolhas, como tudo indica, são individuais e os atores, que se envolvem nelas, têm queaprender a trocar experiências, respeitar escolhas, que, muitas vezes, têm um caráter intimista.

    Enquanto tátil, é uma questão de “sensibilizar a pele” junto com as emoções e sentimentos,podemos dizer que a capacidade auditiva é uma linguagem de forma sonora e que se traduz emtransmitir e comunicar sensações, sentimentos e a maneira de pensar por meios das relaçõesque há entre o som e o silêncio.

    Presente em todas as culturas, desde tempos imemoriais, a musicalidade e as formas sonorassão consideradas fundamentais para a formação dos cidadãos.

    Na Grécia antiga, as formas sonoras e a musicalidade eram disciplinas ensinadas ao lado damatemática e da filosofia.

     A musicalidade se insere em toda educação, mas, principalmente, na educação infantil, assimcomo a integração entre aspectos afetivos, estéticos, cognitivos e a sensibilidade humana emgeral, e das crianças em particular.

    As capacidades auditivas e visuais

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     A música, para as crianças em idade escolar, vem atendendo a diversas manipulações, muitasdelas que nada têm a ver com essa rica linguagem sonora e rítmica.

    Muitas vezes, servindo os mais variados dos objetivos, como a formação de hábitos, atitudes ecomportamentos (tantos sociais quanto sanitários, etc.), aprende-se uma música com finalidadesdiversas, tais como:

    • lavar as mãos antes de consumir alimentos;

    • escovar os dentes;

    • fundamentos ecológicos para comemorar o dia da árvore ou o meio ambiente;

    • necessidade de saudar as mães;

    • aprendizagem da tabuada;

    • memorização das letras do alfabeto, ao se criar várias músicas que não farão lembrar asequência fonética, silábica ou seja lá o que for.

     Assim, ao lado da aprendizagem por meio da música, confirma-se o ensinar, enfatizandogestos de maneira mecânica, estereotipada e cuja relação com sonorização e musicalidadeatende o desejo e a vontade do professor/educador.

    Outra prática bastante usada são as bandinhas rítmicas, onde se pretende educar e promovera educação rítmica, o desenvolvimento motor, a audição e gestualização. Constrói-se, comisso, também, a ideia de disciplina rígida, a obediência às ordens, ao “não pensar”. Então,educar utilizando a musicalidade das crianças dessa maneira, pode levá-las a serem soldadinhosde chumbo. Exemplo maior e descabido é a letra que acompanha essas bandinhas rítmicasque tentam utilizar crianças: “1. Marcha soldado, cabeça de papel, se não marchar direito vaipreso pro quartel.” Tal fato pode ser considerado um absurdo, mas existem lugares, onde isso écantado e praticado.

    Esse tipo de educação musical torna as crianças mecanicistas, onde a imitação passa a ser ogrande sentido de ser imitado. Esse tipo de educação não permite ou deixa pouco espaço paraa criação, surpresa e expressividade das crianças que vivem contidas.

     As bandinhas dessas escolas/creches, muitas vezes, utilizam instrumentos musicais depéssima qualidade, isso quando não apelam para a “criação” de instrumentos a partir delatas, tampas, etc.

     Apesar de repensadas, e, muitas vezes, condenadas pela inadequação da linguagemsonora e musical, muitas escolas insistem nesse tipo de ensino. É grande a defasagem entreo aspecto criativo, que deve ter a música/sonoridade e o aspecto mecanicista da reprodução,da coisa pronta.

    A música na educação infantil

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    Na área da musicalidade e sua criação, ainda temos muito a fazer, aprender a caminhar juntocom outras disciplinas e conhecimentos para que seja possível se construir música e sonoridade.

     A mera repetição de sons, que embora possam ser bonitos para apresentações, não significaaprender e desenvolver sons musicais, a música e a sonoridade não são produtos prontos, são

    linguagens que se aprende a construir e não só reproduzir. Afinal, educação é conhecimentoque se constrói.

    Na vida humana, musicalidade e sonoridade estão presentes de diversas maneiras, inclusiveem situações dentro de rituais que utilizam a música com os seguintes fins:

    • prática religiosa (para saudar/encenar a vida, tornando especiais momentos como acomunhão das pessoas e adoração divina, etc.);

    • envolvimento da população em festas coletivas (carnaval, festas juninas, festas

    esportivas, etc.) através de músicas ambientes.• comemorações cívicas, que envolvam a população com cidadania, urbanidade dentre

    outros objetivos.

    Nesse contexto de sonoridade e musicalidade, a criança aprende que a cultura musicalentremeia sua vida e conhece desde cedo rituais e tradições. Sem cultivar esse espírito, perde-sea noção de nacionalidade, cidadania, urbanidade, convívio de maneira pacífica e condizentecom o grau de civilização que se quer colocar a serviço da formação da personalidade da criança

    e sua inserção no mundo. Paulo Freire, o grande mestre da educação brasileira e mundial éprofundo, ao abordar essa questão, quando afirma: “O mundo não é, o mundo está sendo”.

    O contato com a música/sonoridade é um importante meio para se educar um bebê/criança,pois essa atividade desperta, estimula e desenvolve o gosto pela atividade musical, e aindaatende às necessidades de expressão, afetividade e noções de estética.

    Pesquisadores e educadores, principalmente os ingleses, dos quais se destacam KeithSwanwick, o francês Francois Delande, a estadunidense Marylin Zimmerman, que enfatizam os

     jogos e brincadeiras musicais em que o enfoque se faz em duplas, trios, quartetos, entre outros,utilizando-se os batimentos das mãos a fim de se obter ritmo e melodia. Esses exercícios integram

    por excelência as crianças, fazendo-as refletir sobre: o conjunto de pessoas, manifestação coletivae sensibilidades individuais. (RCNEI,v.3, 1998,p.48)

    Devemos, então, considerar os aspectos de integração com todas as áreas do conhecimentoe as linguagens expressivas em particular.

    O trabalho com sonoridades e musicalidade deve levar em conta as necessidades de todos osbebês/crianças, inclusive aqueles com deficiências. Autoestima, equilíbrio e autoconhecimento,

     juntamente com a integração e sociabilidade, são conquistas que a sonoridade e o meio musicalpropiciam, cabendo ao educador/professor exercitar essas potencialidades de modo que saibaaproveitá-las.

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    Quando o ambiente é sonoro e há a presença musical nas suas diferentes propostas cotidianas,os bebês e as crianças, intuitivamente, iniciam seu processo de sonorização e musicalidade.

     Adultos cantarolam melodias religiosas, de ninar e outras cantigas que compõem o seu repertóriocultural e percebem que esse contato desperta interesse nos bebês/crianças. Estes por sua veztentam responder imitando num primeiro momento e criando sons significativos após. Essetipo de interação cria repertórios que permitem novas formas de comunicação/sonoridades quedevem ser incentivadas.

    Esse ato de imitar, balbuciar dos bebês/crianças há muito tempo é objeto de pesquisas, pois

    mostra que existe uma linha melódica complexa que é cantarolada até 2 (dois) anos de idade.

    Na Inglaterra, o pesquisador/educador Hargreaves, mostra a alta complexidade das respostasmelódicas que os bebês emitem até completarem 2 (dois) anos.(RCNEI-v.3-Conhecimento deMundo,1998,p.51)

    Quando um bebê/criança ouve diferentes sons ou músicas que são produzidos no seu meioambiente através de objetos ou brinquedos musicais, há uma resposta na sua atitude: eles semantêm mais quietos/atentos, agitam-se e até adormecem.

     A idade de um a três anos é um período no qual as crianças ampliam os gestos corporais eexpressam sonorização mais intensa. Elas passam a produzir uma gama de sons muito grande,reproduzem com intensidade os sons e gestos que ouvem e veem. Após conquistar a capacidadede engatinhar, andar, correr e fazer os mais diversificados movimentos para essa faixa etária, elecomeça a aliar a isto uma linguagem musical/sonora que lhe é própria. O processo de criaçãocomeça a manifestar-se de forma intensa, embora, muitas vezes, o adulto não perceba ou dêimportância a isso.

     As crianças estão sempre atentas a novos sons (os sons musicais dos telefones/celulareschamam particularmente a atenção, pois elas identificam determinadas músicas/sons a pessoas,situações que podem ter sido agradáveis ou não, e reagem prontamente) e as possibilidades que

    eles podem produzir em suas vidas. O que vai caracterizar a criança, nesse estágio, é a exposiçãoe exploração da sonoridade e suas características: altura, timbre, duração, intensidade.

    Diante de um teclado, a criança vai se encantar com o respectivo som que cada tecla emite(não importa aqui a melodia, ritmo, etc, mas sim a intensidade do som, o timbre, o grave eagudo que advem dali). Crianças que são oriundas de comunidades musicais, nessa idade,

     já começam a se preocupar em desenvolver controle e rítmo musical (incipientes a princípio,porém diferentes daquelas crianças em que o conhecimento musical dos pais é pequeno/nulo).

     As crianças, nesta fase, “emprestam” dos jogos e brincadeiras as suas afetividades ou não.

     Ao brincar e cantar, as crianças permeiam suas relações com personagens, animais, máquinas,super-heróis, “emprestando-lhes” vida e atitudes, que devem ser objeto de atenção dos adultos,pois são, extremamente, reveladoras do espírito infantil.

    A criança e a música

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

     A partir dos três anos, os jogos são uma grande fonte de prazer para as crianças, afinalé grande a integração entre alegria, prazer, movimentos físicos, desenvolvimento motor emsintonia com sonoridade/musicalidade. Nesta faixa etária, sons, gestos, e movimentos se aliame se completam.

     Ainda que o controle melódico seja incompleto, começa a ser criado o processo de afinação.Grandes momentos da música (altura, timbre, etc) “sons onomatopaicos” (tam-tam, tô-tô-tô)são objetos de memorização e vão formando um “arquivo” musical, que vai suprindo as cançõesque são criadas. A criança improvisa e utiliza todos os elementos que aprendeu e guardou. Ascrianças, mesmo quando brincam sozinhas, colocam em prática e inventam novas canções,personagens que utilizam outras linguagens que não as suas.

     A precisão de movimentos começa a se tornar frequente e os ritmos corporais, movimentoscomo batidas de pé, palmas são realizados com mais cuidados e tornam-se mais melódicos ecomplexos, dependendo do desenvolvimento de cada criança.

     A criança gosta de cantar e de determinadas linhas melódicas. É válido destacar que elaaprende que existe uma construção melódica a qual necessita de uma ordem, sequência, mesmoque seja em dois tempos. Então, começa a perceber que entre a escrita e a música existemsemelhanças, interesses e lógica que se faz necessário respeitar. Desse modo, quando percebeisso, seu poder de criação aumenta e ela se torna mais receptiva a novos estilos, gêneros, etc.

    Enquanto sonoridade e musicalidade têm uma importância extraordinária no desenvolvimentoinfantil, vamos considerar, a partir desse segmento, as diferentes concepções que existempara a criança a música e os sons dentro de diferentes faixas etárias e as diversas etapas dodesenvolvimento infantil, a partir também do seu meio cultural e ambiental.

    Há objetivos muito claros para o educador/professor se situar, ao ensinar/propor a linguagemsonora/musical e também o silêncio, raramente considerado, mas é uma importante forma dese comunicar.

    Crianças de zero a três anos de idade

    Toda atividade com música/sonoridade deve estar organizada de modo que o bebê/ criançapossa desenvolver as seguintes atividades/capacidades:

    a) Ouvir – perceber e discriminar eventos/atividades sonoras oriundos de diversas fontes(isto inclui vozes humanas, de animais, sons de instrumentos musicais e outras fontessonoras e musicais).

    b) Brincar com músicas/sons, inventar, criar e tornar a sonoridade parte integrante do seumundo. Isto torna o bebê/criança suscetível de compartilhar sonoridade/musicalidade com oseu meio cultural e ambiental.

    A musicalidade nas diferentes faixas etárias

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    Crianças de quatro a seis anos de idade

    a) Nesta faixa etária, as crianças, já compartilhando o seu mundo com muitas outras, inclusive,com faixas etárias distintas, deverão ampliar todos os conhecimentos e potencialidades da

    faixa etária de zero a três anos, bem como explorar e identificar elementos musicais e sonorospara poder se expressarem nessa faixa, interagindo com outras pessoas ou seres imaginários, visando tornar seu mundo mais rico e original graças ao seu potencial sonoro/musical.

    b) Expressar sensações, pensamentos, vontades, percebendo sentimentos por meio damusicalidade/sonoridade.

    Os conteúdos musicais/sonoros devem ser organizados nas instituições de Educação Infantil,de modo que se possa respeitar a capacidade de percepção/desenvolvimento musical eintelectual das crianças nas suas diversas faixas etárias, respeitando e conhecendo as diferençassocioculturais entre as diferentes crianças.

    Os conteúdos devem ser orientados e dirigidos para possibilitar e desenvolver comunicaçãoe expressão por meio da linguagem sonora/musical. Devem ser trabalhados como conceitos em

    construção com vistas a desenvolver:a) os diversos materiais e instrumentos que produzem sons;

    b) audição de obras musicais para propiciar contato com experiências musicais já prontas;

    c) identificação das diferenças musicais entre povos e regiões.

    Os conteúdos sonoros e musicais serão organizados em dois segmentos: Fazer música e Apreciar música. Havendo, em ambos, questionamentos relativos à Reflexão musical.

    Fazer música

    O “fazer música”, nestas faixas etárias, acontece por meio da improvisação, composição einterpretação. Desse modo, é válido destacar que:

    • improvisar é criar de modo instantâneo;

    • compor é criar a partir de estruturas fixas/determinadas;

    • interpretar é contar com a participação e expressividade do intérprete.

    Os conteúdos musicais e sonoros

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    Crianças de zero a três anos

    No primeiro ano de vida, a musicalidade/sonoridade ocorre por meio de atividades lúdicas.

    O professor/educador irá desenvolver o sentido da percepção/atenção dos bebês/crianças ao

    cantar para eles, pois produz os mais diversos e variados sons, quando:

    • imita vozes de animais, ruídos da natureza;e

    • produz sons corporais com batidas de palmas, batidas de pé no solo, batidas naspernas, etc.

     As canções para dormir, os brinquedos onde se usam cantos, as cantigas de roda e ciranda, jogos e brincadeiras com gestos e sons corporais devem se constituir em conteúdos a serexplorados.

    O bebê/criança irá responder participando por meio da expressão/produção de sons e dosilêncio, onde sua atenção deve ser analisada e interpretada pelo educador/professor como algobom, proveitoso ou não.

    Eles responderão também por meio da exploração de materiais que podem emitir sons e quedevem ser colocados a sua disposição para que possam demonstrar suas intenções.

    É deveras importante dançar, brincar e cantar com as crianças, levando em conta suasnecessidades, valores e vínculos afetivos.

    O canto, musicalidade e sonorização desempenham papel de grande importância no

    desenvolvimento da “audição”. Quando assim estão fazendo, estão se preparando paradesenvolver condições necessárias para elaborar informações e, posteriormente, fazer reflexõesmais elaboradas.

    É importante que sejam apresentadas canções do cancioneiro popular brasileiro infantil e demúsica popular, tomando-se o cuidado para que os textos sejam entendidos. É válido ressaltarque letras complexas e situações complexas são desmotivadoras.

     

     Além disso, a sonoridade/musicalidade deve integrar a criança à ideia de brasilidade comoalgo bom e gostoso de se fazer.

    Cancioneiro

    1. Coleção ou compilação de canções (músicas ou poemas).

    2. Coleção de poesias ou canções populares, tradicionais ou que fazem partede repertório conhecido de muitos: A cantora apresentou algumas pérolas docancioneiro francês.

    Dicionário Aulete: http://aulete.uol.com.br/cancioneiro. Acesso em 7/5/2013 – 7h30

    http://aulete.uol.com.br/cancioneirohttp://aulete.uol.com.br/cancioneiro

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    Crianças de quatro a seis anos

    É uma fase onde se amplia tudo aquilo que se faz de zero a três anos. Por isso, cabe aoeducador/professor tomar cuidado para saber tudo o que a criança traz para esta fase.

    O fazer musical, nessa fase, implica em concentração e envolvimento com tudo o que sepropõe. Afinal, fazer música implica em reconhecer, organizar e relacionar de modo expressivosom e silêncio.

    Deve ser distinguido o barulho – que desorganiza, incomoda e não comunica nada, damúsica que organiza som e silêncio e comunica uma intenção. O silêncio valoriza o som, criaexpectativa e é considerado música.

    Em princípio, podem ser utilizados todos os instrumentos/objetos que provoquem sonorização/musicalidade, mas deve-se dar importância e utilizar aqueles que fazem parte da cultura da

    criança primeiramente.Podem-se trabalhar algumas noções técnicas como, por exemplo, tocar um tambor de

    diferentes maneiras, com diferentes baquetas, com as mãos, com os dedos, etc. Esse tipo deexperimento dará às crianças diferentes percepções, que as diferentes sonoridades podem serobtidas de diversas maneiras.

    Devem ser propostos jogos que estimulem a memória auditiva e musical, assim como adireção do som no espaço. Ex. vedar os olhos e provocar sons/músicas em diferentes posiçõese solicitar a criança que indique direções.

    Uma outra atividade interessante é a sonorização de histórias infantis que o educador/professor vai contando e as crianças sendo solicitadas a expressar sonoridade e musicalidade.

    O educador/professor e as crianças juntos poderão definir quais personagens terãosonorização e musicalidade. Isto torna mais fácil e prazeroso o exercício em si e desperta atençãoe discriminação auditiva.

    Há um reconhecimento e utilização expressiva do que devem ser contextos musicais.Sons e silêncios, agudos e graves, duração do som (curto ou longo), intensidade sonora(fraco ou forte) e o timbre que é a grande característica da sonorização, aquilo que distinguee personifica o som.

     Além disso, nessa fase, aprende-se a participar ativamente de jogos/brincadeiras e dosrepertórios musicais do seu meio.

    É preciso um cuidado especial e escolher um repertório, que chamado de infantil, tem muitopouco e com frequência é estereotipado pela mídia e por uma indústria voltada ao públicoinfantil que pouco os enriquece.

     Arranjos padronizados por instrumental eletrônico e danças/movimentos em ritmos poucocondizentes com a cultura infantil acabam sendo limitadores de um universo musical e sonoro.

    Músicas regionais, de outros países e diversos gêneros devem ser apresentadas e a

    linguagem musical deve ser tratada e entendida como algo presente que cada povo/épocafoi capaz de criar.

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

     Jogos e brincadeiras mantêm forte ligação com o brincar. Em inglês (to play), em francês(jouer) usa-se o mesmo verbo para as ações de brincar como para aquelas de tocar – fazermúsica. Nas mais diferentes culturas e épocas, cantar e brincar são sinônimos.

    Os jogos sonoros e musicais representam a vivência de questões ligadas ao som, ao silêncioe à música.

    Como toda avaliação que se preza, na área da sonoridade/música, é preciso se levar em

    conta todo o processo pelo qual a criança passa, que é resultado do trabalho conjunto de todauma formação.

     Assim, faz se necessária uma formação/observação cuidadosa do educador/professor, tendoem vista as peculiaridades de cada criança e o seu meio cultural, considerando-se:

    • capacidade para ouvir;

    • atenção;

    • respostas;

    • imitações;• expressividade sonora/musical por meio do corpo;

    • gestos com os mais diferentes materiais sonoros/musicais;e

    • outros tantos detalhes que o educador/professor puder levar em conta.

     A conquista de habilidades manuais, o uso da voz, do corpo e dos instrumentos deve serestimulada, não constituindo um fim em si mesma, mas integradas ao contexto representativodo mundo, no qual a criança faça parte.

     A autoavaliação, da qual podemos utilizar os recursos de gravação sonora é um importanteelemento para perceber-se como a criança se vê se reconhece.

    Como podemos ver, o universo da sonorização e musicalidade não se encerra nesse capítulo,e, sim, estimula- nos a pesquisar e colher informações múltiplas que, certamente, nos darãoorientações e todo um universo sonoro pela frente.

    No segmento que veremos a seguir estudaremos as Artes Visuais. Interessante não? Você vaigostar de ver!

    Avaliação Musical

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    Introdução:

     Artes visuais constituem um modo expressivo de se comunicar, atribuindo valores a sensações,sentimentos, pensamentos, realidades e fantasias, inclusive, por meio de traços, pontos, formas,cores, etc. não atribuindo valores esperados.

     A arte expressa dimensão, mas também volume, espaço, cor, luz em todas manifestaçõesartísticas que vão do desenho à escultura, passando pela gravura e outras formas de manifestaçãoartística que a criança demonstra.

    Movimento, equilíbrio, contraste, harmonia, proximidade e distanciamento são atributos que

    a criação artística infantil demonstra por meio das artes visuais.O cotidiano infantil tem nas Artes Visuais uma presença importante e expressa sensivelmente

    suas experiências. Tal como a música, a arte visual é uma forma de linguagem, e tem nacomunicação infantil forte presença e significado, o que de “per si” já significa seu estudo edesenvolvimento em toda educação, principalmente, a infantil.

    Ideias e práticas correntes

    Há um grande descompasso entre os teóricos e a prática pedagógica existente a respeito deartes visuais.

    Uma das vertentes aponta que Artes Visuais podem significar apenas um passatempo, ondedesenhar, pintar, colar, modelar, etc. têm significados, aparentemente, inócuos na educação e

     vida infantil.

    Uma outra prática existente, é quando se utilizam as crianças para fazer trabalhos comconotação infantil e que servem para enfeitar paredes, embrulhos, cartazes. Os adultos, demaneira danosa, completam o trabalho.

    Outra atribuição que se procura dar às artes visuais é a de simples auxiliar para aprendizagem

    de outros conteúdos e disciplinas. Usa-se o colorido para aprender ciências, o traço para aprendergeometria e assim por diante.

     Além disso, no início do século XX, houve a descoberta de importantes dados sobre a criaçãoinfantil. A antropologia conseguiu em sua confluência reunir psicologia, filosofia, estética,psicopedagogia onde se formularam princípios inovadores para o ensino da música, dança,teatro, enfim o ensino das artes. Esses princípios valorizavam a livre expressão da criança, aspropostas passaram a ser centradas no desenvolvimento infantil.

    Esse movimento pela criança se fundamentou nas ideias do filósofo inglês Herbert Read(RCNEI,1998) e pregava a livre expressão. Foi influenciado pelo trabalho do educador ViktorLowenfeld, que junto com outros educadores da época, acreditava nas potencialidades dacriança, desde que lhe fossem dadas condições adequadas para que pudesse se desenvolver.(RCN para Educação Infantil. 1998, p.87)

    Artes Visuais

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

     A princípio, se valorizou a produção criadora infantil, mas aos poucos isso se transformou em“laissez-faire” ou deixar fazer para ver o que acontece, o que, inegavelmente, não trouxe grandeprogresso para as crianças.

    Como consequência, houve o questionamento desses princípios e surge a constatação quetodo e qualquer desenvolvimento artístico são formas complexas de aprendizagem e, portanto,não ocorrem de maneira automática e livre à medida que a criança cresce.

     A arte da criança sofre influência do meio cultural, dos meios materiais colocados à suadisposição, da história dos seus pais, do seu povo,etc.

     A produção artística e o fazer artístico são construções elaboradas a partir de experiênciasao longo da vida. As crianças elaboram, sentem, agem, refletem, suas experiências e constroemsignificados a respeito da arte e de suas vidas.

    É preciso lembrar que Artes Visuais devem ser entendidas como linguagem, com estrutura ecaracterísticas próprias e que contém em seu bojo três aspectos:

    1. Fazer artístico.

    2. Apreciação.

    3. Reflexão.

    O “fazer artístico” consiste na produção dos trabalhos por meio de práticas artísticas. É a

    criação pessoal. A “apreciação” consiste em dar sentido, fazer com que o trabalho Artístico tenha relações e

    interdependência entre o trabalho e o meio.

     A “reflexão” consiste no fazer artístico, a apreciação e as manifestações que dela emanam,compartilhando críticas, perguntas e o próprio pensar a respeito da obra.

    A criança e as artes visuais

    Trabalhar com artes visuais requer grande atenção, pois há peculiaridades de cada criançaem sua faixa etária e o meio no qual vive.

     A sensibilidade, imaginação, instrução e cognição da criança devem ser trabalhadas visando à criação.

    Em artes visuais, o percurso e o processo de criação são sempre individuais e têm relaçõescom o meio e a natureza, cabendo ao educador/professor enriquecer este percurso.

     Ao final dos primeiros anos de vida, a criança começa a crias seus próprios grafismos. Éa fase das “garatujas”. O termo “garatuja” foi criado pelo educador Viktor Lawenfeld para

    nomear os riscos/rabiscos produzidos por crianças na fase incial dos seus grafismos. Merecemdestaques ainda os educadores: G.H.Luquet e Rhoda Kellog por seus estudos abrangendodesenho infantil/riscos/rabiscos/garatujas.

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    No princípio de suas atividades, a criança sente prazer em gravar simplesmente o traçosobre uma superfície. No decorrer, a criança percebe e reconhece seus traços e identificam umpropósito. “Olha – isto é meu elefante” “isto é meu cachorro”. Então, é por meio do desenhoque a criança cria e recria formas. Nesse momento, a imaginação, a reflexão e sensibilidade se

    integram e se apropriam do simbolismo.É válido destacar o “imitar”, que embora largamente criticado, é o primeiro passo do processo

    de aprendizagem, e somente após essa fase, a criança passa a se apropriar de formas e figurasque são representativas de sua criação.

    O fazer artístico

    Crianças de zero a três anos

     As crianças, nesta faixa etária, têm interesses mais exploratórios do que a construção deum objeto, do fazer arte. Sendo necessário, então, ressaltar que o interesse pelas coisas é de

    curta duração. Assim sendo, o educador/professor deve explorar não só a manipulação de materiais, pincéis,

    lápis, texturas, etc, como também gestos e movimentos que produzam grafismos.

    Uma unidade especial que deve ser desenvolvida pelo educador/professor são os cuidadoscom o próprio corpo e os dos colegas ao manusear materiais de artes, suportes etc, após ascrianças terem condições de fazer o manuseio de pincéis, lápis, tintas, cola,etc.; ao mesmotempo em que se desenvolve o cuidado e o respeito pelo próprio trabalho e o dos outros.

    Os materiais, a serem trabalhados, nesta fase, devem ser escolhidos pela segurança queoferecem. Não se trabalhando, então, com materiais tóxicos, cortantes ou que apresentemquaisquer possibilidades de machucar ou provocar danos às crianças.

    Crianças de quatro a seis anos

    Nesta fase/faixa etária, é necessário que o educador/professor ofereça às criançaso conhecimento e a familiarização com os diversos materiais e procedimentos parase produzir arte, bem como as primeiras noções de organização dos materiais e suaspossibilidades de exploração.

    Para que a criança possa executar suas intervenções ela precisa de estímulos, intervenções,exemplos. Pode-se propor às crianças que executem/façam suas obras a partir de observaçõesde situações vividas, cenas, fatos, etc.

    Características de faixas etárias

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    Nesta fase/faixa etária, o educador/professor deve explorar e aprofundar as possibilidadesque diferentes materiais, suportes e os instrumentos necessários oferecem à arte.

    Os procedimentos básicos iniciais e os cuidados de segurança devem ser cobrados como

    condição essencial para a produção artística. Além disso, é preciso que os “projetos artísticos” explorem a bidimensionalidade e a

    tridimensionalidade como nova maneira de ver o mundo.

    Desse modo, organizar, guardar e documentar são ações que ajudam cada criança noprocesso evolutivo e desenrolar do seu trabalho. As exposições que são realizadas permitemas crianças desenvolver o seu senso crítico, a autocrítica e a valorização do seu e dos outrostrabalhos apresentados.

    Crianças de zero a três anos

    Nesta faixa/fase, a criança dever ser levada a observar e identificar artes visuais, elegendomateriais que contemplem grande diversidade e significação para a criança.

    É importante que a criança estabeleça relações com seu universo, podendo nessas obrasartísticas conter pessoas, animais, objetos da sua cultura regional, cenas familiares, linhas,formas, cores etc.

    É possível e devem ser mostradas também imagens abstratas para que o conhecimento delase as explicações passem a fazer parte do seu mundo.

    Desse modo, o educador/professor deve atuar como agenciador e provocador de comentáriose apreciações. No entanto, em todos os casos, deve acolher sem restrições e socializar a falae atitudes das crianças. Portanto, o preconceito jamais deve fazer parte de suas atitudes, sejaatravés da fala, do gesto, da atitude ou do olhar.

    Criança de quatro a seis anos

    Apreciação em artes visuais

    Para Pensar

     Ao se trabalhar com a leitura de imagens, nesta faixa/etária, é importante que o questionamento façaparte do momento das crianças e o professor/educador ajude-as fazendo e ensinando-as a perguntar:

    Do que mais gostei? Como o artista conseguiu estas cores? Que instrumentos usou? O que foi mais

    difícil fazer?

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     Algumas crianças destacarão cores, figuras, personagens, o que dará ensejo ao educaro/professor que faça trabalhos e comentários interdisciplinares.

    É importante que dentre essas atividades, se faça uma leitura do trabalho das crianças eque elas façam críticas, perguntas, sugestões sobre os seus trabalhos e os outros trabalhosdos coleguinhas.

    É possível reconhecer a singularidade da criação de cada criança, e mostrar que em trabalhosde arte não existe a concepção de certo/errado, mas sim um jeito singular de se fazer arte.

    Nesta fase, as crianças devem apreciar suas produções e dos outros, compartilhando leituras ecríticas, sendo capazes de estabelecer correlação com as experiências pessoais e as apreciações.

     As crianças, então, necessitam perceber os elementos constituintes da linguagem visual: linha,forma, ponto, volume, contraste, textura, luz e cor, devendo ser capazes de observar, narrar,

    descrever, e, se possível, interpretar imagens, mas, para isso, devem contar com a colaboraçãodo professor.

    Refletir sobre artes visuais, nesta idade, ou em qualquer outra faixa etária é um processodifícil dada à sua especificiade.

     As sequências de atividades em artes, levam as crianças a apreciar e refletir, a buscarsignificados e suas relações com o mundo.

    O trabalho artístico envolve diferentes conteúdos históricos e culturais, o que nos obriga aconhecer a cultura e a história para poder comentar e produzir uma reflexão.

    Em cada criança, há um universo individualizado. Por isso, o educador/professor deve ajudá-lo a desvendar primeiro esse universo e “a posteriori” refletir o que isto significa para ela.

    Deve-se atentar que artes visuais são produções singulares/individuais enquanto sujeitoatuante; assim sendo, não são passíveis de julgamento, e, principalmente, condenação ouabsolvição de qualquer natureza.

    O professor/educador deve preparar a criança para o fazer, olhar, apreciar e refletir sobre oseu trabalho em particular, e o dos outros de modo geral.

    Dessa maneira, caminhamos cada vez mais para um mundo globalizado, onde agir - e refletir– agir é uma constante, desde a mais tenra idade.

    Avaliação e reflexão

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    Material Complementar

    Como material complementar sugerimos que você leia a matéria da Revista Nova Escola:Música para aprender e se divertir

    Esta matéria fala sobre a importância da linguagem musical na educação infantil, “o trabalhocom a música ajuda a melhorar a sensibilidade das crianças, a capacidade de concentração e amemória, trazendo benefícios ao processo de alfabetização e ao raciocínio matemático. “

    Obrigado e bons estudos.

     

    Explore

    No site – Acessado em 20/05/2013- às 22h10

    http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/musica-aprender-se-divertir-422851.shtml

    http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/musica-aprender-se-divertir-422851.shtmlhttp://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/musica-aprender-se-divertir-422851.shtml

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    Referências

    BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. (RCNEI) Brasíia:MEC/SEF,1998.3v.:Il.(v.1.Introdução; v.2.Formação Pessoal e Social;v.3.Conhecimento de Mundo).

    MELLO FILHO, Julio de. O ser e o viver: Uma visão da obra de Winnicot. 2ª.ed.São Paulo:Casa do Psicólogo, 2011.

    Perri Klass,M.D. Crianças utilizam objetos como pontes para o exterior . Acesso em 15/04/2013- Site: http://migre.me/eFCM8

    http://www1.folha.uol.com.br/sp/newyorktimes/103902-criancas-utilizam-objetos-como-pontes-para-o-exterior.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/sp/newyorktimes/103902-criancas-utilizam-objetos-como-pontes-para-o-exterior.shtml

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    Unidade: A Capacidade Tátil, Auditiva e Visual

    Anotações

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