controle químico de doenças

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Universidade Federal do Espírito Santo Departamento de Produção Vegetal Fitopatologia Aplicada (DPV 05381) Controle Químico de Doenças de Plantas Prof. Dr. Waldir Cintra de Jesus Junior Prof. Dr. Fábio Ramos Alves

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Fitopatologia Aplicada

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  • Universidade Federal do Esprito Santo

    Departamento de Produo Vegetal

    Fitopatologia Aplicada (DPV 05381)

    Controle Qumico de Doenas de Plantas

    Prof. Dr. Waldir Cintra de Jesus Junior Prof. Dr. Fbio Ramos Alves

  • Introduo

    O controle qumico de doenas de plantas , em muitos casos, a nica medida eficiente e economicamente vivel

    de garantir as altas produtividade e qualidade de

    produo.

    A explorao comercial de culturas como as de uvas finas, morango, ma, tomate e batata, por exemplo,

    seria impossvel sem o emprego de fungicidas em locais ou

    pocas sujeitas incidncia de doenas.

  • Introduo

    Entretanto, o controle qumico no deve ser considerado como alternativa nica para o controle das doenas, mas sim

    deve estar integrado junto a um sistema de manejo que visa a

    adoo das outras prticas.

  • Introduo

    PRINCPIOS DE WHETZEL

    1- Excluso: prevenir a entrada do patgeno em rea no infestada.

    2- Erradicao: eliminar o patgeno de uma rea infestada

    3- Proteo: impedir o contato direto da planta com o patgeno

    4- Imunizao: promover a resistncia da planta, por meios naturais ou

    artificiais, em rea infestada pelo patgeno

    5-Terapia: cura das infeces j estabelecidas ou recuperao da planta

    doente

    6- Evaso (Escape): envolve tticas de fuga dirigida contra o patgeno

    ou contra o ambiente, desfavorecendo o desenvolvimento da doena

  • Introduo

  • Introduo

  • Introduo

  • Histrico do desenvolvimento dos fungicidas

    1000 a.C Homero: menciona o enxofre em relao as suas propriedades no controle de doenas

    Sculos XVII e XVIII

    1637 Remant: cloreto de sdio no tratamento de sementes contra a crie do trigo.

    1705 Homberg: recomendou o cloreto de mercrio como preservante de madeiras.

    1761 Schulthess: sugeriu o uso de sulfato de cobre no tratamento de sementes de trigo contra a crie.

  • SCULO XIX

    1807 Prevost: demonstrou a eficincia do sulfato de cobre no controle da crie do trigo.

    1833 Kendrick (EUA): calda sulfoclcica no controle do mldio da videira.

    1882-1887 Millardet (Frana): calda bordalesa primeiro fungicida desenvolvido pelo homem.

    1888 Trillat: propriedade fungicida do formol.

    Histrico do desenvolvimento dos fungicidas

  • SCULO XX

    1913 Reihm (Alemanha): mercuriais 1934 Tisdale & Williams: ditiocarbamatos 1952 Kitleson: captam 1968 Du Pont (EUA): primeiro relato de atividade sistmica do benomil

    1973 Introduo dos fungicidas triazis no mercado, sendo o triadimefon o primeiro

    1981 Criao do FRAC (Comit de Ao Resistncia de Fungos a Fungicidas)

    1983 Fungicidas estrobilurinas

    Histrico do desenvolvimento dos fungicidas

  • Controle qumico de doenas de plantas

    Agrotxicos

  • Agrotxicos

    Produtos fitossanitrios: insumos para proteger a lavoura.

    Os produtos e os agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos,

    destinados ao uso nos setores de produo, no armazenamento e

    beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas,

    nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e tambm de ambientes

    urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da

    flora ou da fauna, a fim de preserv-las da ao danosa de seres vivos

    considerados nocivos.

    (Lei Federal dos Agrotxicos - 7.802/89, artigo 2, inciso I).

  • inseticidas e acaricidas, para controlar insetos e caros vetores de

    patgenos;

    fungicidas, bactericidas e nematicidas, para controle dos fungos,

    bactrias e nematides fitopatognicos;

    Herbicidas, para controlar plantas hospedeiras alternativas de patgenos

    que afetam culturas especficas.

    Agrotxicos no controle de doenas

  • Brasil utiliza 19% dos agrotxicos produzidos no mundo; Governo registra

    8 mil casos de intoxicao por agrotxicos em 2011 (ANVISA, 2012).

    O pas responsvel por 1/5 do consumo mundial de agrotxicos.

    Os Estados Unidos, 17%; e o restante dos pases, 64%.

    Agrotxicos no controle de doenas

  • Princpio ativo (p.a.): composio qumica (molcula) do componente do agrotxico com atividade txica.

    Tolerncia de resduo (TR): quantidade, em ppm, de resduo do produto permitida no produto vegetal comercializado.

    Poder residual (PR): espao de tempo, em dias, em que os resduos do agrotxico so txicos ao patgeno.

    Perodo de carncia (PC): espao de tempo, em dias, entre a ltima aplicao do agrotxico e a colheita, para que no ocorram nveis de resduos acima dos

    tolerados para comercializao do produto vegetal.

    DL50: quantidade de produto qumico, em mg/kg de peso vivo do animal, que causa 50% de mortalidade na populao. Quanto menor a DL50 , mais txico o

    produto.

    Termos usados no controle qumico

  • Fungicidas

  • Fungicidas

    Fungicida tudo aquilo capaz de matar fungos.

    Luz ultravioleta, temperatura, cidos, etc...

    Porm o termo tem sido empregado para o uso de substncias qumicas

    capazes de inibir o desenvolvimento de fungos (principalmente).

    Nas Cincias Agrrias seu uso destina-se ao manejo de patgenos que

    causam danos e perdas em cultivos.

  • Fungicidas

    Os fungicidas so frequentemente uma parte vital do manejo de doenas.

    Proporcionam o controle de muitas doenas de forma satisfatria,quando

    as prticas culturais, muitas vezes no proporcionam um controle adequado

    da doena.

    Cultivares resistentes no esto disponveis ou no so aceitas no

    mercado.

    Determinadas culturas de alto valor tm uma tolerncia muito baixa para

    os sintomas da doena.

  • Letalidade ao patgeno: o fungicida deve ser especfico e letal em baixas concentraes);

    Inocuidade: no deve ser txico ao homem, a animais, plantas, microrganismos benficos e ao meio ambiente;

    Aderncia: manter-se sobre o tecido vegetal;

    Tenacidade: ser resistente s intempries;

    Redistribuio: ser efetivo mesmo em regies onde ele no foi depositado;

    Compatibilidade: para permitir a aplicao do fungicida com outra substncia sem acarretar em qualquer problema;

    (Zambolim & Jesus Jr., 2008)

    Caractersticas desejveis de um fungicida

  • Estabilidade: permanecer ativo por longo tempo;

    Fitotoxidez: no ser txico cultura e, levar em considerao a dose recomendada;

    Equipamentos: no apresentar corroso dos equipamentos utilizados para preparo e aplicao;

    Microrganismos benficos: no afetar os microrganismos benficos ou antagonistas existentes no meio ambiente;

    Facilidade de preparo e aplicao: sem ocorrncia de precipitao e sedimentao, nem atividade corrosiva nos equipamentos de aplicao.

    Caractersticas desejveis de um fungicida

    (Zambolim & Jesus Jr., 2008)

  • Critrio para se estabelecer o controle qumico das doenas

    Valor da produo;

    Custo do controle da doena;

    Valor esperado das perdas;

    Previso sobre a intensidade da doena;

    Efeito do clima na intensidade da doena.

  • Como os fungicidas podem ser utilizados no controle de fitopatgenos:

    Proteo da folhagem;

    Tratamento de sementes;

    Proteo de ferimentos;

    Desinfestao do solo;

    Tratamento ps-colheita;

    Tratamento de madeiras;

    Quimioterapia.

  • Os fungicidas, em muitos casos, representam a principal ferramenta complementar no manejo de doenas de plantas.

    Existem produtos modernos e compatveis com os conceitos de uma agricultura sustentvel e ecologicamente correta.

    Na falta de mtodos preventivos os fungicidas impedem danos expressivos nos cultivos.

    Fungicidas - VANTAGENS

  • Patgenos que afetam subitamente uma cultura podem ser controlados com relativa eficincia em carter emergencial. Raramente, outra prtica

    de manejo apresenta efeito to imediato.

    Efeitos duradouro (sistmicos).

    Fornecer nutrientes.

    Manejo de outros organismos.

    Proteo das plantas em perodos chuvosos (aplicao de sistmicos)

    Fungicidas - VANTAGENS

  • Uso incorretos (dose, poca, local, equipamentos, horrio,

    formulaes, compatibilidade, especificidade, etc...).

    Problemas:

    Manejo inadequado (danos e perdas)

    Fitotoxidade

    Resistncia (produtos no tem mais eficincia)

    Intoxicaes (ser humano)

    Contaminao ambiental

    Morte de inimigos naturais (microorganismos antagnicos e arthrpodes)

    Custo de produo

    Fungicidas - DESVANTAGENS

  • Teste de germinao de esporos in vitro efeito na germinao dos esporos.

    Seleciona-se uma faixa de concentrao de fungicida para determinar limites mximo e mnimos de toxicidade curva de resposta.

    Dose efetiva (DE50) = dose efetiva para matar 50% dos esporos.

    Teste feito tambm em plantas vivas casa-de-vegetao e campo.

    Toxicidade de Fungicidas

  • Testes com animais em laboratrio - Toxicidade Aguda

    DL 50= dose requerida do produto (em mg/Kg de peso vivo) para matar uma

    porcentagem de 50% da populao teste.

    Ratos brancos machos usados como teste padro.

    Dose letal (DL50) oral e drmica

    Toxicidade de Fungicidas

  • Toxicidade Aguda

    Atravs da

    Alimentao

    Pelo olfato

    DL 50= dose requerida do produto (em mg/Kg de peso vivo) para matar uma porcentagem de 50% da populao teste, at 14 dias aps a administrao do fungicida.

    Ratos brancos machos usados como teste padro.

    Dose letal (DL50) oral e drmica

    AVALIAO TOXICOLGICA DOS FUNGICIDAS

    Atravs da

    Pele

  • Classificao Toxicolgica

    Extremamente

    txico

    Altamente

    txico

    Medianamente

    txico

    Pouco

    txico

    I

    II

    III

    IV

    I

    II

    III

    IV

  • I I

    DL50 Oral

    (mg/kg)

    Slido

    DL50 Drm.

    (mg/kg)

    CL50 Inal.

    (mg/l)

    1h Expos.

    Olhos

    Opacidade da Crnea

    Reversvel ou no

    em 7 dias. Irritao

    persistente

    Sem Opacidade da

    Crnea. Irritao

    Reversvel em 7 dias

    Sem Opacidade da

    Crnea. Irritao

    Reversvel em

    72 horas

    Sem Opacidade da

    Crnea. Irritao

    Reversvel em

    24 horas

    Pele

    Corrosivo < 0.2 <

    5

    <

    20

    0.2-2

    2-20

    >20

    Irritao

    Severa

    Irritao

    Moderada

    Irritao

    Leve

    II II

    III III

    IV IV

    Slido

    <

    10

    <

    40

    5-

    50

    50-

    500

    >

    500

    20-

    200

    200-

    2000

    >

    2000

    10-

    100

    100-

    1000

    >

    1000

    40-

    400

    400-

    4000

    >

    4000

    Classificao Toxicolgica

  • Avaliao da Segurana dos Fungicidas

    Segurana do meio ambiente

    Destino no meio ambiente

    Hidrlise

    Fotlise

    Degradao no solo

    Degradao na gua

    Mobilidade no solo

    Volatilidade

    Bioacumulao

    Avaliao

    do destino

    no ambiente

    Ecotoxicidade

    Pssaros

    Peixes

    Crustceos

    Algas

    Plantas aquticas

    Minhocas

    Organismos do solo

    Artrpodos benficos

    Abelhas

    Avaliao da ecotoxicidade

    Avaliao da segurana do meio ambiente

  • a forma pelo qual o ingrediente ativo do fungicida apresentado sob a

    forma fsica mais efetiva, em relao aplicao, ao controle de doena e

    ao armazenamento

    (ingrediente ativo + ingredientes inertes)

    1- Granulados (GR):

    Fungicida dissolvido + agente carreador(argila).

    2- P seco (PS):

    Partculas do ingrediente ativo + inertes (talco e bentonita).

    Formulaes de fungicidas

  • 3- P molhvel (PM):

    Partculas finamente modas (< 10m) que podem permanecer em suspenso sem serem dissolvidas.

    Alm do ingrediente ativo tem-se: agente molhante (inico ou no inico) + agente espessante (alginato ou carboximetil celulose) + agente hidrfilico

    (argila ou bentonita) + agente de suspenso (metil celulose, acetato de

    polivinil ou silicato de alumnio).

    4- Suspenso concentrada (SC) ou Flowble (F):

    Partculas finamente modas(10 a 15 vezes menor que PM) em suspenso.

    Formulaes de fungicidas

  • 5 - Concentrado Emulsionvel (CE) :

    Princpio ativo do fungicida dissolvido em um solvente orgnico (leo)

    que no se mistura em gua + Surfactante que dispersa em gua para

    formar uma emulso estvel.

    Surfactante =substncia capaz de reduzir a tenso superficial de

    um liquido e com isso h melhor espalhamento.

    Emulso= mistura de uma substancia hidrofbica em agua

    auxiliada por um agente dispersante

    Formulaes de fungicidas

  • 6 - Grnulos dispersveis em gua (GRDA):

    Neste tipo de formulao o ingrediente ativo slido mantido sob a forma de grnulos.

    Quando adicionado gua transforma-se em uma suspenso.

    Formulaes de fungicidas

  • -Solvente substncia que dissolve o ingrediente ativo.

    -Emulsificante compatibiliza mistura de fraes e apolares.

    -Molhantes permitem a umectao do produto polares em contato com a gua.

    -Adesivos ou aderentes melhora a aderncia do produto superfcie tratada.

    -Dispersantes impedem a aglomerao.

    -Espalhantes melhora a cobertura sobre as superfcies tratadas.

    -Espessantes aumentam a viscosidade.

    So ingredientes inertes adicionados a uma formulao de agrotxico

    visando melhorar a eficincia do ingrediente ativo

    Adjuvantes de fungicidas

    Ler rtulo e bula antes de recomendar

  • -Acidificantes substncias que abaixam o pH.

    -Tamponantes pH na faixa desejada.

    -Quelatizantes eliminam a reatividade das molculas e ons.

    -Antioxidantes impedem a degradao por oxidao.

    -Bactericidas- impedem a multiplicao de bactrias.

    -Odorizantes odor agradvel/desagradvel.

    Ler rtulo e bula antes de recomendar

    Adjuvantes de fungicidas

  • Classificao cronolgica dos fungicidas

    Essa classificao constitui uma tentativa de agrupar os fungicidas compatibilizando a ordem

    cronolgica do seu aparecimento com o grupo a

    que pertence.

  • Classificao cronolgica dos fungicidas

    Nesse sentido, os fungicidas podem ser classificados como de:

    1 Gerao

    2 Gerao

    3 Gerao

  • Classificao cronolgica dos fungicidas

    1 Gerao

    Constituda de fungicidas inorgnicos protetores e alguns com ao erradicante.

    Quanto natureza qumica, destacam-se os fungicidas base de enxofre e cobre , amplamente utilizados na

    agricultura.

    Os fungicidas base de mercrio, inorgnicos ou orgnicos, utilizados em larga escala nas primeiras dcadas

    do sculo XX, e hoje proibidos, fazem parte dessa gerao.

  • Classificao cronolgica dos fungicidas

    2 Gerao

    Constituda de fungicidas protetores orgnicos introduzidos no controle de doenas de plantas a partir da

    dcada de 1940.

    Constitui o conjunto de fungicidas atualmente mais utilizado no controle de doenas de plantas, possuindo

    largo espectro de ao.

  • Classificao cronolgica dos fungicidas

    2 Gerao

    Os principais grupos de fungicidas dessa gerao so:

    Ditiocarbamatos, nitrogenados heterocclicos, dinitrofenis, fenis halogenados, nitro-benzeno halogenados, compostos

    diazo, nitrilas , guanidinas , orgnicos a base de enxofre,

    derivados de antraquinona e acetamida.

  • Classificao cronolgica dos fungicidas

    3 Gerao

    Constituda de fungicidas sistmicos, sendo iniciada em 1964 com a publicao das propriedades sistmicas do

    thiabendazole e de alguns antibiticos.

    Entretanto, o grande impulso no uso de fungicidas sistmicos teve incio com a descoberta do carboxin e do

    benomyl, no fim da dcada de 1960.

  • Classificao cronolgica dos fungicidas

    3 Gerao

    Os fungicidas sistmicos pertencem a uma classe de produtos diferentes dos existentes nas geraes anteriores,

    pois so muito especficos no modo de ao e txicos a

    baixas concentraes.

    Os principais grupos de fungicidas dessa gerao so: carboxamidas, benzimidazis, dicarboximidas , inibidores da

    biossntese de esteris, inibidores de oomicetos, inibidores

    da biossntese de melanina, fosforados orgnicos e

    antibiticos.

  • Rota Ambiental dos Fungicidas

  • Toxicocintica de fungicidas no organismo humano

  • Classificao dos fungicidas

    Protetores

    Sistmicos

    Mesostmicos

  • Fungicidas Protetores

  • Fungicidas protetores

    Fungicidas protetores formam uma camada na superfcie do rgo tratado,

    geralmente folhas, e protegem a planta da infeco pelo patgeno.

    Quando o esporo (ou qualquer outro propgulo) fngico depositado na

    superfcie foliar e absorve gua para germinar, ocorre tambm a absoro do

    fungicida e a germinao impedida.

    Por serem inespecficos, essa classe de fungicidas no podem entrar nos tecidos

    da planta, pois seriam fitotxicos.

    Eficiente Baixa eficincia

  • Fungicidas protetores

    Em geral, os protetores inibem, inespecificamente, reaes bioqumicas e afetam

    um grande nmero de processos vitais.

    H evidncias que atuam tanto na membrana como no protoplasto.

    Vantagens: baixo custo, amplo espectro de ao e pequenas chances de induzir

    resistncia em fungos.

    Desvantagens: pode se citar pequeno efeito residual quando comparado com

    fungicidas sistmicos, o que requer um maior nmero de aplicaes, onerando os

    custos de produo, alm de requererem doses maiores de produtos.

  • Fungicidas protetores

    Para o bom desempenho da ao protetora, quando aplicado na parte area

    das plantas, o composto qumico, precisa ter uma srie de caractersticas,

    alm da fungitoxicidade inerente, tais como:

    Ser quimicamente reativo, mas no deve se decompor facilmente pela ao das

    intempries;

    Ser capaz de reagir num meio aquoso, mas sem hidrolisar sobre o hospedeiro,

    nem lixiviar pelo primeiro banho de chuva;

  • Fungicidas protetores

    Ser capaz de se espalhar por toda a superfcie a ser protegida, mas sem

    formar uma camada to fina que comprometa sua eficincia.

    Ser capaz de redistribuio durante as chuvas, cobrindo as reas no

    cobertas pelos depsitos iniciais, mas sem escorrer excessivamente com

    a gua de pulverizao.

    Ser suficientemente molhvel para formar suspenso na gua de

    pulverizao.

    (Zambolim, 2008).

  • Fungicidas - Efeito epidemiolgico

    Reduo de Y0:

    Tratamento de sementes

    Tratamento de solo

    Tratamento em ps colheita

    Pulverizao da parte area

    elimina o inculo do solo e/ou elimina as

    chances de que as sementes e/ou plntulas

    sejam infectadas por patgenos

    Atua reduzindo as chances de que os

    rgos sejam atacados

  • Fungicidas protetores- Efeito epidemiolgico

    Efeito epidemiolgico advindo da aplicao de fungicidas protetores pode variar

    com o modo de aplicao.

    O fungicida pode eliminar o inculo quando em contato direto dos propgulos com

    os depsitos de fungicida na superfcie da planta, mas pode proteger os tecidos e

    evitar a infeco e, consequentemente, o desenvolvimento de novas leses.

    Em tratamentos de sementes, solo, frutos por exemplo, o fungicida protetor

    elimina os propgulos fngicos, reduzindo assim o inculo inicial (y0).

    Em pulverizaes na parte area os protetores tambm atuam na taxa de

    progresso (r).

  • Fungicidas protetores- Efeito epidemiolgico

    Figura 1. Progresso da ferrugem (Puccinia psidii Winter) em frutas de goiabeira 'Paluma' em ensaio de

    campo. Setas indicam pulverizaes de Mancozeb (1600 mg L1) aos 2, 16, 30, 43 e 58 dias aps a

    primeira avaliao de incidncia da doena. Aos 9, 23 e 37 dias da aps a constatao da doena foram

    realizadas pulverizaes com oxicloreto de cobre. O controle foram rvores pulverizadas com gua.

    (Martins et al. 2010).

  • Fungicidas protetores

    Os fungicidas protetores devem ser aplicados preferencialmente antes do incio da epidemia para haver reduo mais eficiente da taxa de

    progresso das doenas.

    De acordo com Berger (1977), em alguns patossistemas os fungicidas podem ser ineficazes quando a severidade superior a 5%.

  • Fungicidas protetores Natureza qumica

    Enxofre

    Cpricos

    Ditiocarbamatos

    Nitrogenados heterocclicos

    Hidrocarbonetos Aromticos

    Fenilpirroles

    Dicarboximidas

    Piridinaminas

  • Fungicidas protetores - ENXOFRE

    O enxofre elementar foi um dos primeiros fungicidas utilizados pelo homem.

    As formulaes mais utilizadas so as de p molhvel, com tamanhos de partculas especficos para minimizar danos s folhas, facilitar a

    dosagem e a aplicao (Azevedo, 2003).

    O enxofre atua como fungicida de contato, sem stio de ao especfico (FRAC, 2010).

    Impede a germinao dos esporos fngicos, e por esta razo deve ser aplicado antes do desenvolvimento da doena para obter resultados mais

    eficazes.

  • Fungicidas protetores - ENXOFRE

    Principais fungicidas

    Enxofre elementar

    Calda sulfoclcica

  • Fungicidas protetores - ENXOFRE Uma vez absorvido pelo fungo, h reduo do enxofre em sulfeto de hidrognio (H2S), que interrompe a transferncia de eltrons e txico

    para a maioria das protenas celulares.

    O enxofre compatvel com inmeros defensivos. Mas deve-se ter o cuidado quando misturados aos leos agrcolas, pois essas combinaes

    so geralmente txicas.

    recomendado intervalo de aplicao de 15 a 21 dias entre estes produtos.

    Apresentam baixo custo em relao aos orgnicos sintticos.

    Possuem baixa toxicidade para homens e animais domsticos e no deixam resduos txicos em partes tratadas.

  • Fungicidas protetores - ENXOFRE

    Aplicao foliar nas culturas de abacate, abbora, abobrinha, algodo, alho, ameixa, amendoim, batata,

    berinjela, caf, caju, cebola, citros, coco, couve, couve-flor,

    ervilha, feijo, feijo-vagem, figo, goiaba, ma, mamo,

    mamona, manga, marmelo, melancia, melo, milho,

    morango, nabo, pepino, pra, pssego, pimenta, pimento,

    quiabo, repolho, rosa, soja, tomate, trigo e uva.

    Em todas estas culturas o enxofre aplicado principalmente para o controle de caros, odios e mldios

    pulverulentos. (AGROFIT, 2010)

  • Fungicidas protetores - CPRICOS

    Os fungicidas pertencentes ao grupo so divididos em compostos solveis de cobre e compostos fixos de cobre.

    Apresentam baixa solubilidade e no penetram e no so translocados no interior da planta.

    O i.a. dos fungicidas do grupo o cobre metlico que apresenta como principal mecanismo de ao a inativao de enzimas (sacarase,

    catalase, arginase e -glicosidase) e protenas contendo grupos SH, amino, COOH e OH.

    No caso dos compostos solveis de cobre, estes apresentam alta fitotoxicidade em rosceas frutferas, queima e desenvolvimento

    retardado em cucurbitceas e pode causar queda de flores na cultura

    do tomate.

  • Fungicidas protetores - CPRICOS

    Em relao induo de resistncia de fungos, devido a terem ao multi stio os fungicidas do grupo ainda no apresentam relatos na

    literatura.

    A utilizao de fungicidas cpricos atualmente se restringe pulverizao, sendo muito eficiente como protetor de folhagem

    (ZAMBOLIM, 2006).

  • Fungicidas protetores - DITIOCARBAMATOS

    O grupo de ditiocarbamatos (DTC) representa uma importante classe de fungicidas amplamente utilizada na agricultura.

    Os ditiocarbamatos so compostos orgnicos saturados derivados do acido ditiocarbmico e resultam da combinao de aminas com bissulfito de carbono,

    em soluo alcalina.

    Em sua maioria os DTC, mancozeb, tiram, manebe, ziram, e zinebe foram desenvolvidos na dcada de 1930 e 1940, e vem sendo utilizados amplamente

    tanto sozinhos quanto combinados com outros fungicidas nas formulaes

    (Ware, 1994).

  • Fungicidas protetores - DITIOCARBAMATOS

    Os etilenobisditiocarbamatos e propileno bistiocarbamatos de zinco reagem com enzimas sulfidrlicas e outros componentes sulfidrlicos (-SH) envolvidos na

    respirao em muitas estruturas do fungo.

    Pode tambm haver inibio de grande nmero de enzimas, interferindo em muitos processos metablicos. Contudo, estes compostos interferem na

    produo de energia, inibindo mltiplos stios.Tambm so potentes agentes

    quelantes.

    O bissulfito de tetrametiltiuram (tiram) considerado um forte agente quelante apresentando afinidade para fixar ons metlicos. Estes privam as clulas de

    metais pesados que so essenciais.. (Zambolim et al. 2008).

    Os ditiocarbamatos possuem baixo risco de resistncia devido multiplicidade de stios de atuao.

  • Fungicidas protetores NITROGENADOS HETEROCCLICOS

    Compostos nitrogenados heterocclicos so compostos cclicos contendo um anel estvel, no qual possui um ou mais tomos de

    carbono, e pelo menos um tomo de nitrognio em sua estrutura.

    Embora alguns compostos deste grupo possuam importante funo para os seres vivos, como por exemplo o hormnio auxina, outros

    exercem a funo de fungicida contra uma ampla gama de patgenos.

  • Fungicidas protetores NITROGENADOS HETEROCCLICOS

    Os compostos deste grupo que exercem funo fungicida, promovem efeito protetor sendo utilizado extensivamente em pulverizaes

    foliares, tratamento de razes e de sementes

    Esses produtos atuam, principalmente, inibindo as enzimas envolvidas na germinao de esporos e, ou na penetrao, bem como na produo

    de compostos contendo NH2 e grupos SH, os quais atuam como

    substratos para muitas enzimas envolvidas no metabolismo dos fungos

    (Haddad, 2003; Agrios, 2005).

  • Fungicidas protetores NITROGENADOS HETEROCCLICOS

    Devido multiplicidade de stios de atuao, os fungicidas deste grupo apresentam baixo risco de resistncia.

  • Fungicidas protetores HIDROCARBONETOS AROMTICOS

    Hidrocarbonetos aromticos so geralmente compostos caracterizados por apresentar como cadeia principal um ou vrios anis benznicos.

    O mecanismo de ao proposto para este grupo de fungicidas a peroxidao de lipdios.

    Estes fungicidas promovem o intumescimento de hifas e tubos germinativos, posteriormente resultando em lise, mas so ineficazes na

    germinao de esporos.

    Estes induzem grandes mudanas nas funes das membranas. As aberraes nas mitocndrias incluem o enlargamento da crista e a

    disfuno da membrana.

  • Fungicidas protetores HIDROCARBONETOS AROMTICOS

    O retculo endoplasmtico e o plasmalema so destrudos, acompanhados por outros efeitos, tais como vacuolizao e

    engrossamento da parede celular (Hewitt, 1998).

    Os dois produtos do grupo que apresentam registro de uso no Brasil, so Quitozeno e o Dicloran.

    Quitozeno um fungicida de contato indicado para o tratamento de sementes e do solo, controla fungos de solo em um grande nmero de

    culturas.

    Dicloran apresenta ao protetora, provocando deformaes nas hifas, mas apresentando pouco efeito sobre os esporos.

    Atuam reduzindo o inculo inicial e a taxa de progresso da doena.

  • Fungicidas protetores - FENILPIRROLES

    Os fenilpirroles so fungicidas protetores usados principalmente para o tratamento de sementes e o controle de patgenos do solo.

    O mecanismo bioqumico de ao na MAP/histidina protena quinase no sinal de transduo osmtico.

    Os princpios ativos desse grupo so Fenpiclonil e Fludioxonil.

    O manejo da resistncia requerido para esses fungicidas, pois o risco de baixo a mdio.

  • Fungicidas protetores - DICARBOXIMIDAS

    Os fungicidas desta classe tm sido empregados desde meados dos anos 1970 principalmente no controle de Botrytis, Sclerotinia e Monilinia.

    Os trs principais produtos comerciais so iprodione, vinclozolin e procimidone, que ainda so muito utilizados no Brasil.

    O seu espectro de atividade inclui espcies dos seguintes gneros: Botrytis, Sclerotinia, Sclerotium, Monilia, Alternaria, Phoma,

    Didymella e Rhizoctonia .

  • Fungicidas protetores - DICARBOXIMIDAS

    Fonte: (AGROFIT, 2014)

  • Fungicidas protetores - DICARBOXIMIDAS

    Existem vrios relatos de fungos resistentes aos fungicidas dicarboxamida, como os seguintes:

    Alternaria altenata, Alternaria brassicicola, Alternaria kikuchiana,

    Aspergillus nidulans,Botrytis cinerea, Botrytis squamosa, Botrytis

    elliptica, Cochliobolus heterostrophus, Magnaporthe grisea, Microdochium

    nivale, Monilinia fructicola, Monilinia laxa, Neurospora crassa,Penicillium

    expansum, Rhizoctonia solani, Rhizopus nigricans, Scleroticia

    homoeocarpa, Scleroticia minor, Sclerotinia sclerotiorum, Sclerotium

    cepivorum, Ustilago maydis (FRAC, 2010).

    A resistncia aos fungicidas tem sido atribudos para a ocorrncia de mutaes no gene quinase histidina (Yamaguchi, 2005).

  • Fungicidas protetores - PIRIDINAMINAS

    O grupo das Piridinaminas tem como fungicida representante o Fluazinam, o qual apresenta ao protetora, com pouca atividade curativa e sistmica,

    mas com um bom efeito residual e baixa propenso a ser lavado pela

    chuva.

    Interrupo da fosforilao oxidativa: No processo da fosforilao oxidativa, a energia gerada pela cadeia mitocondrial transportadora de

    eltrons conserva-se na forma de ATP.

    Este responsvel, em organismos aerbios, pela produo da maioria do ATP sintetizado.

  • Fungicidas protetores - PIRIDINAMINAS

    Fonte: (AGROFIT, 2014)

    O fluazinam apresenta baixo risco de resistncia .

  • Fungicidas Sistmicos

  • Fungicidas sistmicos

    Fungicidas sistmicos so compostos qumicos que, aps serem aplicados nas razes, nas folhas e nas sementes, possuem a

    capacidade de serem absorvidos e translocados na planta, erradicando

    os patgenos j estabelecidos, e por fim protegendo as plantas contra

    novas infeces (ZAMBOLIM, 2008).

    Geralmente, a translocao desses fngicas do modo acropetal de baixo para cima ou seja, das partes inferiores para as superiores da planta, seguindo o fluxo da transpirao.

    Em alguns casos, o fungicida pode se movimentar de forma basipetal, sendo translocado no floema, como o caso do fosetyl Al, fungicida

    sistmico pertencente ao grupo dos etilfosfonatos.

  • Fungicidas sistmicos

    Fungicidas sistmicos podem apresentar efeito erradicante (importante no tratamento de sementes e do solo, visando a eliminao

    de patgenos especficos), protetor, curativo e imunizante (pequena

    porcentagem que penetra pode translocar na seiva e apresentar

    concentrao fungitxica dentro dos tecidos sadios das plantas).

    Exigem menores dosagens e nmeros de pulverizaes, consequentemente apresentam menores problemas de fitotoxidez e

    contaminao ambiental, causando menor desequilbrio biolgico

    (KIMATI, 1995).

  • Fungicidas sistmicos

    Algumas vantagens podem ser citadas, como:

    Ao em locais inacessveis aos fungicidas protetores, Matam o patgeno no interior dos tecidos da planta, Maior efeito residual, Requer doses menores e atingem a parte area quando aplicados em sementes ou no solo.

    Como desvantagens, devem ser citados grandes chances de induzir resistncia de fungos e tambm o elevado preo desses produtos.

  • Fungicidas sistmicos Efeito epidemiolgico

    Os fungicidas sistmicos por apresentarem efeito curativo, controlam infeces iniciadas antes aplicao.

    Assim como no caso dos fungicidas protetores, fungicidas sistmicos podem atuar na reduo de y0 e r.

    Quando so empregados no tratamento de sementes atuam em y0 e quando aplicados para controle de doenas da parte area reduzem r .

    (ZAMBOLIM et al. 2004).

  • Fungicidas sistmicos Efeito epidemiolgico

    Figura 3. Eficcia de fungicidas das amidas do cido carboxlico (CAAs) no controle da requeima da batateira em cultivos sombreados em casa de vegetao. A e B referem-se a

    curvas de progresso de doena nos ensaios conduzidos em 2005 a 2006, e 2006 a 2007,

    respectivamente. IPRO = iprovalicarbe; DMM = dimetomorfe; MPD = mandipropamida; CK

    = controle. Doses: 75, 150 e 300 gramas do ingrediente ativo por hectare.

    (COHEN & GISIN, 2007)

  • Fungicidas sistmicos Natureza qumica

    Fenilamidas

    Inibidores de quinona externa (IQE ou QoI ou estrobilurinas)

    Carboxamidas

    Organofosforados

    Inibidores da biossntese de ergosterol

    Benzimidazois

    Amidas do cido Carboxlico

  • Fungicidas sistmicos - FENILAMIDAS

    Dentre os grupos qumicos, apenas as acilalaninas possuem princpios ativos registrados e em uso no Brasil (benalaxyl e metalaxyl-M).

    Agem como inibidores da RNA polimerase I, inibindo a biossntese de RNA ribossomal e, consequentemente, a biossntese de protenas.

    Os fungicidas desta classe so stio-especficos e, devido a isso e falta de manejo adequado, vrios casos de populaes de fungos resistentes

    s fenilamidas tm sido relatados.

    So fungicidas sistmicos com ao protetora e curativa e movem-se pelo apoplasto.

    Podem ser usados no tratamento de sementes, raiz e para pulverizaes foliares (Zambolim et al. 2008).

  • Fungicidas sistmicos INIBIDORES DE QUINONA EXTERNA (IQE OU QOI OU ESTROBILURINAS)

    As estrobilurinas constituem o principal grupo de fungicidas inibidores da

    ubiquinol oxidase no stio Qo (QoIs).

    Os fungicidas QoIs atuam como inibidores do complexo III da cadeia

    transportadora de eltrons da mitocndria pela ligao ao stio da quinona

    oxidase (QoI) do citocromo b.

    Atualmente, seis ingredientes ativos do grupo das estrobilurinas esto

    registrados no Brasil: azoxistrobina, cresoxim-metlico, dimoxistrobina,

    picoxistrobina, piraclostrobina e trifloxistrobina

  • Fungicidas sistmicos INIBIDORES DE QUINONA EXTERNA (IQE OU QOI OU ESTROBILURINAS)

    Fonte: (AGROFIT, 2012)

  • Fungicidas sistmicos INIBIDORES DE QUINONA EXTERNA (IQE OU QOI OU ESTROBILURINAS)

    Atualmente existe uma extensa lista de patgenos que apresentam resistncia

    aos QoIs, como Alternaria spp., Blumeria graminis f

    sp. tritici e hordei, Colletotrichum spp., Mycosphaerella spp., Plasmopara

    viticola, Pyrenophora spp., Pseudoperonospora cubensis, Pyricularia

    oryzae,Pythium aphanidermatum, Ramularia spp., Sphaerotheca

    fuliginea, Venturia inaequalis, entre outros (FRAC, 2010).

    A maioria dos isolados resistentes foi observada na Europa, Estados Unidos e

    Japo. No Brasil, somente Ramularia areola em algodoeiro foi descrito como

    sendo resistente a estrobilurinas at o momento.

  • Fungicidas sistmicos - CARBOXAMIDAS

    De modo geral, as carboxamidas so produtos sistmicos que apresentam maior eficincia no controle de fungos do Filo Basidiomycota (Mathre, 1970).

    Alguns produtos tm maior espectro de ao, devido a adio de outros produtos de grupos qumicos diferentes, e apresentam sucesso no controle de

    diversas doenas (Bittencourt et al., 2007).

    Atualmente, esto registrados no Brasil: o boscalida, carboxina (cujos produtos formulados possuem um maior espectro de ao), oxicarboxina e thifluzamida.

    Esses produtos inibem a succinato-desidrogenase, enzima que participa do processo de respirao da mitocndria. O boscalida uma exceo, pois reduz

    a atividade da quinina.

  • Fungicidas sistmicos - CARBOXAMIDAS

    Fonte: (AGROFIT, 2012)

    H um baixo risco de resistncia a carboxamidas em fungos do filo Basidiomycota controlados pelo fungicida. Entretanto, h um relato de

    populaes de Ustilago nuda resistentes a carboxina (Newcombe & Thomas,

    1991). Alguns isolados de Alternaria alternata obtidos de pistache da Califrnia

    (EUA) demonstraram insensibilidade ao boscalida (Avenot & Michailides, 2007).

  • Fungicidas sistmicos - -ORGANOFOSFORADOS

    O uso de derivados orgnicos de fsforo como fungicidas e herbicidas constituem um novo e promissor campo para sua aplicao.

    Esse grupo formado apenas por steres do cido fosfrico e outros cidos base de fsforo.

    Em comparao diversos outros fungicidas, este grupo apresenta uma toxicidade elevada, entretanto, degrada rapidamente e no se

    acumula em tecidos gordurosos.

    Muito utilizado como inseticida, representando 35,5% do mercado mundial para o controle de insetos e somente alguns possuem atividade

    sistmica em plantas (Guedes et al. 2008).

  • Fungicidas sistmicos - -ORGANOFOSFORADOS

    Entre os principais ingredientes ativos dos organofosforados, tem-se os iprobenfs e edifenfs.

    Estes atuam sobre a membrana celular, alterando levemente a sua permeabilidade e podendo causar extravasamento do suco intracelular, reao

    essa devido inibio da sntese dos fosfolipdios da membrana (Yoshida et al.

    1990).

    Existem poucos patgenos que desenvolveram resistncia aos organofosforados, principalmente a Pyricularia oryzea e Bipolaris oryzea devido

    ampla utilizao deste grupo qumico para estes patgenos e tambm pela

    enorme variabilidade dos patgenos foliares.

    Fonte: (AGROFIT, 2012)

  • Fungicidas sistmicos INIBIDORES DA BIOSSNTESE DE ERGOSTEROL

    TRIAZIS

    Os IBEs atuam principalmente nos stios da biossntese do ergosterol, que um importante constituinte da membrana de um largo espectro de

    fungos, cujo precursor o lanosterol, mas no ocorre em plantas (Vyas,

    1993; Raghava e Raghava, 1998).

    A sntese do ergosterol uma caracterstica da maioria dos fungos superiores (Ascomycetos, Basidiomycetos e Fungos Mitospricos),

    embora no seja o esterol predominante nas ferrugens e odios.

    Os fungicidas triazis apresentam mdio risco de resistncia, necessitando desta forma, aes de manejo

  • Fungicidas sistmicos INIBIDORES DA BIOSSNTESE DE ERGOSTEROL

    TRIAZIS

    Fonte: (AGROFIT, 2012)

  • Fungicidas sistmicos INIBIDORES DA BIOSSNTESE DE ERGOSTEROL

    TRIAZIS

    Fonte: (AGROFIT, 2012)

  • Fungicidas sistmicos - BENZIMIDAZIS

    A ampla utilizao dos benzimidazis na agricultura deve-se a sua alta atividade sistmica contra um grande nmero espcies fngicas.

    Constitui possivelmente, um dos mais importantes grupo de fungicidas sistmicos utilizados comercialmente, incluindo os fungicidas tiofanato

    metlico, carbendazim e tiabendazol.

    So absorvidos pelas folhas, tecidos verdes e razes com translocao acropetal.

    Atuam inibindo o desenvolvimento do tubo germinativo, a formao do apressrio e crescimento micelial.

    Risco de ocorrncia de resistncia. (REIS et al. 2001).

  • Fungicidas sistmicos - BENZIMIDAZIS

    (FRAC, 2010).

  • Fungicidas sistmicos AMIDAS DO CIDO CARBOXLICO

    O modo de ao bioqumico proposto para os fungicidas do grupo das amidas do cido carboxlico tem sido atravs da inibio da biossntese de fosfolipdeos e

    sntese de parede celular, atuando diretamente na germinao de zosporos,

    esporngios e o crescimento micelial (FRAC, 2010).

    Como caractersticas gerais, os fungicidas deste grupo apresentam pequena translocao local e rpida translocao via apoplasto, alm de apresentarem baixa

    toxidade (Rodrigues, 2006).

    Ao efetiva contra oomicetos sendo recomendados para o controle da requeima do tomate e da batata (Phytophthora infestans), do mldio inferior

    (Plasmopara viticola) e espcies de Peronospora.

    Atuam tanto de forma protetora quanto curativa, inibindo a colonizao das clulas epidrmicas e parenquimatosas, impedindo a penetrao do fungo (AGROFIT,

    2010).

  • Fungicidas sistmicos AMIDAS DO CIDO CARBOXLICO

    Fungicidas de risco moderado a resistncia.

    (FRAC, 2010).

  • Fungicidas Mesostmicos

  • Fungicidas Mesostmicos

    Um fungicida que possu alta afinidade com a superfcie foliar da planta e absorvido pelas camadas de cera da planta.

    redistribudo na superfcie da planta pelo movimento superficial da fase de vapor e redeposio.

    Penetra no tecido da planta e tem atividade translaminar.

    No se movimenta no sistema vascular.

    Forma barreira qumica devido forte penetrao e aderncia nas camadas de cera de cutcula;

    Possui caracterstica de um fungicida protetor, sistmico e erradicante.

  • Fungicidas Mesostmicos

    Depsito na superfcie da folha Penetra nas camadas de cera

    Pequenas quantidades penetram no tecido

  • Caracterstica Fungicida

    Protetor Sistmico

    Solubilidade Baixa Alta

    Translocao No Sim

    Dose recomendada Maior Menor

    Intervalo de aplicao Menor Maior

    Fitotoxidez Baixa Alta

    Mecanismo de ao bioqumico Mltiplo Especfico

    Especificidade Baixa Alta

    Resistncia na populao Raramente Comumente

    Ao curativa No Sim

    Ao anti-esporulante No Sim

    Resduo nos vegetais Menor Maior

    Seletividade Baixa Alta

    Espctro de ao Amplo Estreito

    Adjuvante Alguns casos Raramente

    Depsito externo Removido/degradado Raramente

    Penetrao no vegetal No Sim (15-30 min.)

    Nmero de aplicao Maior Menor

    Custo Menor Maior

    Persistncia no vegetal Menor Maior

    Compatibilidade Geralmente Raramente

  • Alvos de atuao de fungicidas dentro de uma clula

    (ZAMBOLIM, 2008)

  • Resistncia de fungicidas

  • Resistncia de fungicidas

    Presso de seleo?

  • Resistncia de fungicidas

    Para os fitopatologistas, o problema ocorreu pela primeira vez na dcada de 1960 aps o uso generalizado de benomyl.

    A resistncia transmitida geneticamente e resulta de uma ou mais mutaes no fungo alvo.

    Quando a resistncia se torna um problema prtico, as mutaes geralmente provocam uma alterao no stio alvo bioqumico, fazendo

    com que a ligao do fungicida seja menos efetiva, ou at que no

    ocorra.

    Os efeitos sobre a germinao dos esporos so uma forma rpida de monitorar a sensibilidade do fungicida, mas podem ser equivocados

    quando o fungicida no tem efeito sobre a germinao, mas atua em um

    estgio posterior do desenvolvimento.

  • Resistncia de fungicidas - ESTRATGIAS

    Qualquer agente de controle de doenas pode ficar menos efetivo ao longo do tempo devido ao desenvolvimento de resistncia.

    O Comit Brasileiro de Ao a Resistncia a Fungicidas (FRAC-BR) recomenda as seguintes estratgias de manejo de resistncia visando

    prolongar a vida til dos fungicidas:

    Utilizar a rotao de fungicidas com mecanismos de ao distintos.

    Utilizar o fungicida somente na poca, na dose e nos intervalos de aplicao recomendados no rtulo/bula.

  • Resistncia de fungicidas - ESTRATGIAS

    Incluir outros mtodos de controle de doenas (ex. Resistncia gentica, controle cultural, biolgico, etc.) dentro do programa de

    Manejo Integrado de Doenas (MID) quando disponveis e apropriados.

    Sempre consultar um Engenheiro Agrnomo para orientao sobre as recomendaes locais para o manejo de resistncia.

  • Resistncia de fungicidas

    (FRAC Brasil, 2012)

  • Resistncia de fungicidas

    (FRAC Brasil, 2012)

  • Resistncia de fungicidas

    (FRAC Brasil, 2012)

  • Antibiticos e bactericidas e sua

    utilizao no controle de

    fitobactrias

  • Antibiticos e bactericidas

    Constituem um grupo de fungicidas de emprego relativamente recente no controle de doenas de plantas.

    So compostos produzidos por microorganismos que inibem outros microorganismos.

    Uso muito limitado.

  • Antibiticos e bactericidas

    Aureomicina:

    Produzido por espcies de Streptomyces.

    Eficiente no tratamento de sementes de crucferas, tendo ao teraputica contra Xanthomonas campestris pv. Campestris, agente da

    podrido negra das crucferas.

    Outros bactericidas Blasticidina Cicloheximida Estreptomicina Kasugamicina

  • Os fungicidas mais comumente empregados, que apresentam razovel ao bactericida, so os cpricos (calda bordalesa,

    sulfato de cobre, oxicloreto de cobre, hidrxido de cobre, xido

    cuproso) e os carbamatos.

    Relativamente aos antibiticos, atualmente existem 4 produtos comerciais registrados para uso agrcola, base de oxitetraciclina,

    estreptomicina ou kasugamicina.

    Controle qumico de bactrias de plantios agrcolas

  • Nematicidas e sua utilizao

    no controle de fitonematides

  • Nematicidas e sua utilizao no controle de

    fitonematides

    Uso de nematicidas consiste em um mtodo de manejo de fitonematides bastante agressivos ao agroecossistemas.

    No seletivos.

    Os nematicidas podem ser sistmicos ou fumigantes (com formulaes lquidas ou slidas).

    Brometo de metila, Furadan, Ralzer, Furazin, Diafuran, etc...

  • Mtodos e tecnologias de

    aplicao para o controle de

    doenas

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Varia de acordo com a finalidade do tratamento, tipo de formulao e parte da planta a ser tratada.

    1-Pulverizao

    2-Polvilhamento

    3-Tratamento do solo

    a)Aplicao no sulco de plantio

    b)Fumigao

    4-Tratamento de sementes

    a)Via seca:

    b)Via mida:

    5- Pincelagem

    6- Injeo

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Volume de aplicao

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Volume de aplicao

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Tamanho das gotas

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Tipos de bicos

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas Aplicao via solo

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Tratamento de sementes

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Pulverizao

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Pulverizao

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Pincelamento

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Pincelamento

  • Mtodos e tecnologias de aplicao para o controle de

    doenas

    Injeo direta na planta

  • Pesticidas Alternativos

  • Pesticidas Alternativos

    Os defensivos alternativos podem ser de preparao caseira ou

    adquiridos no comrcio, a partir de substncias no prejudiciais

    sade humana e ao meio ambiente.

    Pertencem a esse grupo as formulaes que tm como caractersticas principais:

    baixa ou nenhuma toxicidade ao homem e natureza,

    eficincia no combate aos artrpodes e microrganismos nocivos,

    no favorecimento ocorrncia de formas de resistncia desses

    fitoparasitas,

    disponibilidade e custo reduzido.

  • Os produtos considerados como defensivos alternativos, com

    maiores possibilidades de emprego em cultivos comerciais so:

    calda bordalesa, calda viosa, calda sulfoclcica, p sulfoclcico, supermagro, biofertilizantes, extratos de plantas, sabo, cal virgem, cal hidratada, leos, alho, etc....

    Pesticidas Alternativos

  • Calda bordalesa Sulfato de cobre e cal virgem. Controla doenas como a requeima, pinta preta, antracnose, mancha-olho-de-r, mancha prpura,

    tombamento, mldio, septoriose, diversas manchas foliares,

    etc.

    Calda viosa. um fungicida muito eficiente no controle da ferrugem em caf e frutferas.

    Pesticidas Alternativos

  • Manuseio e descarte das

    embalagens

  • Manuseio e descarte das embalagens

    Utilizar defensivos devidamente registrados no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA), para uso na cultura

    desejada e para a doena ou patgeno que deseja controlar.

    Usar equipamento de proteo individual (EPI)

    No fazer mistura em tanque, de dois fungicidas, ou de fungicida (s)com outro (s) agrotxico (s), procedimento proibido por lei (Instruo

    Normativa do MAPA n 46, de julho de 2002).

  • Manuseio e descarte das embalagens

    Evitar aplicaes em dias ou em horrios com ventos fortes, visando reduzir a deriva dos jatos, tornando mais eficiente a aplicao e reduzindo

    possveis contaminaes de reas vizinhas.

    Observar o perodo de carncia do produto.

    Ler com ateno o rtulo e a bula do produto e seguir todas as orientaes .

    Devolver as embalagens vazias (aps a trplice lavagem das embalagens de produtos lquidos), no prazo de um ano aps a compra do

    produto, ao posto de recebimento indicado na nota fiscal de compra,

    conforme legislao do MAPA (Lei 9.974, de 06/06/2000 e Decreto 4.074,

    de 04/01/2002).

  • Manuseio e descarte das embalagens

  • Manuseio e descarte das embalagens

  • Manuseio e descarte das embalagens

  • Manuseio e descarte das embalagens

  • Uso de Equipamentos de Proteo Individual

    Proteo para a cabea A cabea deve ser protegida adequadamente por bons,

    capacetes apropriados ou capuz impermevel.

    recomendado devido grande possibilidade de contaminaes

    por respingos ou nvoas de produtos (aplicaes ambientais) nas

    regies do pescoo, face, orelhas e principalmente couro cabeludo,

    que podem absorver at 100% das substncias com as quais tm

    contato.

  • Uso de Equipamentos de Proteo Individual

    Proteo para o tronco

    Nas aplicaes de agrotxicos, para evitar o contato direto com o produto, devem sempre ser utilizados vesturios leves que protejam a maior parte possvel do corpo.

    Pode ser macaco, cala e camisa de mangas compridas.

  • Uso de Equipamentos de Proteo Individual

    Proteo para os membros superiores

    ideal a utilizao de luvas impermeveis, de material de boa

    qualidade, sem forro e suficientemente longas para alcanar as

    mangas, que devem cobrir o cano das luvas.

  • Uso de Equipamentos de Proteo Individual

  • Uso de Equipamentos de Proteo Individual

    Proteo para os membros inferiores

    As protees recomendadas, neste caso, so os calados facilmente calveis e descalveis, antiderrapantes,

    impermeveis e resistentes a agentes qumicos.

    Recomenda-se o uso de botinas de segurana, confeccionadas em material impermevel.

  • Uso de Equipamentos de Proteo Individual

    Proteo das vias respiratrias

    necessria a proteo constante das vias respiratrias devido o

    risco de inalao de vapores e partculas dos produtos durante o

    preparo e diluio de praguicidas, na carga e descarga de

    equipamentos, na manipulao de ps secos, no transporte,

    armazenamento, descarte de embalagens e, sobretudo, em

    trabalhos com pulverizao em ambientes pouco ventilados.

    Podem ser utilizadas as mscaras

    faciais parciais, que cobrem apenas

    o nariz e boca, ou as mscaras

    totais, que cobrem todo o rosto,

    assegurando tambm a proteo

    dos olhos.

  • Uso de Equipamentos de Proteo Individual

    Proteo para os olhos e face

    Deve ser usada na manipulao de praguicidas com alta toxicidade, principalmente durante a abertura de recipientes e

    preparo de cargas, bem como no caso de pulverizaes e

    nebulizaes.

    Para a proteo dos olhos, podem ser usados capacete com viseira ou culos de segurana.

  • Uso de Equipamentos de Proteo Individual

    Proteo auditiva

    O trabalhador exposto a nveis elevados de rudo, quando

    executa as atividades de termonebulizao e UBV (Ultra Baixo

    Volume), sofre efeitos prejudiciais.

    Devem ser utilizados os protetores auriculares. Estes podem ser

    abafadores tipo concha ou plugs (tampes) de insero, pr-moldados ou moldveis.

  • Legislao

  • Legislao

    A Lei nmero 7.802, de 11 de julho de 1989 dispe sobre vrios assuntos relacionados aos agrotxicos - pesquisa, produo, embalagem,

    transporte, armazenamento, comercializao, utilizao, entre outros.

    fundamental que os profissionais ligados ao campo tenham conhecimento

    do contedo dessa lei.

    Na Lei dos Agrotxicos, algumas exigncias so impostas, como a obrigatoriedade do registro de produtos no MAPA e no IBAMA.

    Alm disso, obrigatria a prescrio da receita agronmica para a venda de agrotxicos ao produtor/consumidor.

    O descumprimento dessa lei pode acarretar multas e recluso.

  • Legislao

    Os defensivos agrcolas so muito perigosos quando utilizados sem a devida orientao e sem receiturio prprio. Entretanto, deve-se tomar

    cuidado na escolha do profissional que emitir a receita.

    De forma objetiva, a Lei dispe que as responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados

    sade das pessoas e ao meio ambiente ser do profissional quando

    comprovada receita errada, displicente ou indevida.

  • Receiturio agronmico

    O objetivo da Receita Agronmica a utilizao correta do agrotxico, para minimizar o risco e evitar a aplicao desnecessria.

    Agricultores/usurios s podero adquirir e utilizar agrotxicos se orientados por profissional legalmente habilitado, com emisso do

    respectivo receiturio agronmico.

    A receita s se justifica se houver efetiva participao do profissional que a subscreve. O profissional emitente deve ser sabedor da situao

    real que envolve o uso do agrotxico, diagnosticar a necessidade da

    aplicao, o local e a estrutura do agricultor.

  • Receiturio agronmico

    O receiturio agronmico envolve a escolha da variedade, o espaamento adequado, a poca de plantio, o perfil do agricultor e

    as prticas corretas de nutrio, monitoramento dos agentes

    patognicos e dos fatores edafoclimticos.

    A escolha do produto passa por critrios que devem considerar ainda o custo/benefcio, sob o ponto de vista econmico, ecolgico

    e de praticidade de uso.

  • Concluso

    O mtodo qumico uma importante

    ferramenta dentro de um programa de

    Manejo Fitossanitrio de doenas de

    plantas, e seu uso deve obedecer vrios

    princpios.