conjuntura regional - alagoas 2004

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Page 1: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004
Page 2: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

2

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PERNAMBUCO GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO – GEDES

SETOR DE APOIO A LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA – SEGEO SUPERINTENDENTE REGIONAL DE PERNAMBUCO

EUDE GUEDES DE ANDRADE

GERENTE DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO – GEDES

VALDOMIRO SAMPAIO MARTINS

GERENTE DE OPERAÇÕES – GEOPE

CLÓVIS AFONSO FERREIRA FILHO

GERENTE DE FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO – GEFAD

ROBERTO PEREIRA LINS

ENCARREGADO DO SETOR DE APOIO A LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA –

SEGEO

FREDIRICO NUNES DA SILVA

EQUIPE TÉCNICA

LOURIVAL BARBOSA DE MAGALHÃES

ANTÔNIO DE ARAÚJO LIMA FILHO

MARLI TEREZINHA DE CASTILHO REGO

VERA LÚCIA GUEDES SALES

KARINA ALEXANDER GUIMARÃES

Page 3: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

3

APRESENTAÇÃO

É com imensa satisfação que apresentamos a primeira edição da Conjuntura

Regional pertinente aos estados de Pernambuco e Alagoas.

Neste primeiro número, elaboramos um pequeno histórico sobre os produtos que se

destacam dentro da agricultura e do agronegócio nos estados de Pernambuco e

Alagoas, contendo informações esclarecedoras e mostrando suas peculiaridades,

assim como o comportamento e relevância desses produtos na economia regional e

nacional.

Na disposição da apresentação, enfatizamos, primeiramente, a cultura da Cana-de-

açúcar e a Avicultura, em Pernambuco, e a Cana-de-açúcar, em Alagoas, devido à

participação expressiva dessas duas atividades no PIB estadual, seguidas dos

produtos que fazem parte das pesquisas efetuadas no levantamento de safra e, por

último, dos produtos que são gerados em menor escala.

As próximas edições da Conjuntura terão um aspecto mais simplificado, uma vez que

a sua função será a de inserir e/ou atualizar dados relevantes a esse informativo.

Eude Guedes de Andrade

Superintendência Regional de Pernambuco

Superintendente

Page 4: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

4

ALAGOAS

Cana-de-Açúcar Segundo dados do SINDAÇÚCAR, o estado de Alagoas é classificado como o maior

produtor nordestino de cana-de-açúcar, contabilizando uma produção de 28.770.721 t

(cana moída), 2.442.512 t (açúcar) e 701.676 t (álcool), um produto considerado

imprescindível em função da geração de emprego e renda que a atividade com a

cana-de açúcar proporciona à economia do estado.

O setor de industrialização do açúcar destaca-se com 50% de sua produção destinada

ao mercado consumidor internacional, o que não ocorre com seus derivados que vêm

registrando um declínio em sua produção e exportações.

As regiões produtoras estão localizadas na Zona da Mata, Litoral Sul e Norte, Baixo

São Francisco e parte do Agreste.

Produto = Cana-de-açúcar

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação.

Brasil Nordeste Alagoas

Área Plantada (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área ((Em mil ha)

Produção ((Em mil t)

Área ((Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

5.506,8 5.797,0 389.849,4 411.010,0 1.200,4 1.249,1 62.897,4 64.402,6 435,3 497,3 25.252,0 25.833,6

FONTE – IBGE

Page 5: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

5

Algodão

Há alguns anos a cultura de Algodão tinha uma participação significativa dentro da

economia do estado de Alagoas em relação às demais culturas, mas diversos fatores

alteraram esse quadro fazendo com que essa atividade perdesse a sua importância,

entre eles, oscilações climáticas; indisponibilidade de sementes; falta de assistência

técnica, crédito nas instituições financeiras e apoio na comercialização; praga do

bicudo (não erradicada); inexistência de fábrica de tecidos; concorrência com produtos

sintéticos que passaram a substituir o algodão durante o processo de fabricação dos

tecidos.

Entretanto, no ano de 2004 a atividade foi retomada com o reinício do plantio da

cultura que contou com a parceria do estado mediante incentivos na forma de

distribuição de sementes destinadas ao plantio cuja colheita, infelizmente, foi irrizória

devido a fatores climáticos, entre eles, a ausência de chuvas durante a fase de

desenvolvimento vegetativo e a presença de pragas.

Produto = Algodão herbáceo

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Alagoas

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção ((Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção (Em mil t)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

735,1 1.068,5 2.212,3 3.310,2 167,0 292,2 347,5 754,6 14,6 9,5 7,2 4,1

FONTE -CONAB

Page 6: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

6

Observa-se que no resultado do último levantamento da safra 2003/2004 em relação a

safra anterior houve uma retração de 34,9% na área plantada, representando uma

redução de 5.100 hectares. Houve, ainda, uma diminuição de 12,2% e 43,1% na

produtividade e produção, respectivamente, contabilizando menos 3.100 toneladas.

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Algodão 14,6 9,5 (34,9) 490 430 (12,2) 7,2 4,1 (43,1)

FONTE – CONAB

A evolução da estimativa da safra 2003/2004 pertinente à essa cultura demonstra que

houve uma oscilação na área plantada, produtividade e produção.

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRA 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS

Produto Agrícola Algodão Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

14,6 9,0 10,6 11,4 9,5 9,5

Produtividade ( Kg / ha )

490 490 490 360 430 430

Produção ( em mil / t )

7,2 4,4 5,2 4,1 4,1 4,1

FONTE - CONAB

Page 7: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

7

Arroz Os municípios alagoanos Penedo e Igreja Nova produzem arroz de sequeiro e

irrigado; Jacuípe, Jundiá, Matriz de Camaragibe, Porto Calvo, São Luís de Quintude,

Japaratinga, Maragogi, Passo de Camaragibe, Porto de Pedras, São Miguel dos

Milagres e Piaçabuçu, arroz de várzea, esse último também produz arroz irrigado

juntamente com o município de Porto Real do Colégio.

Piaçabuçu é o município que se destaca com uma produção de arroz de várzea

correspondente a 64% enquanto que a maior parte do arroz irrigado está concentrada

nos municípios de Igreja Nova e Porto Real do Colégio, com 60% e 24%,

respectivamente.

Produto = Arroz

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Alagoas

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

3.186,1 3.618,7 10.367,1 12.808,4 720,3 772,1 1.124,8 1.228,9 2,5 3,1 12,0 12,4

FONTE - CONAB O resultado do último levantamento da safra 2003/2004 demonstra que houve um

aumento de 24% na área em relação à safra anterior, equivalendo a um aumento de

600 hectares. Não obstante a diminuição de 16,7% ocorrida na produtividade a

produção sofreu um incremento de 3,3%.

Page 8: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

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RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Arroz 2,5 3,1 24,0 4.800 4.000 (16,7) 12,0 12,4 3,3

FONTE – CONAB

Quando avaliamos os levantamentos anteriores, a partir do 2º levantamento notamos

um aumento gradual na área; no 3º levantamento, uma diminuição na produtividade e

uma oscilação na produção a partir do 2º levantamento da safra 2003/2004.

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRA 2002/2003 E 2003/2204 - ALAGOAS

Produto Agrícola

Arroz Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant.

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

2,5 2,5 3,0 3,1 3,1 3,1

Produtividade ( Kg / ha )

4.800 4.800 4.800 4.100 4.100 4.000

Produção ( em mil / t )

12,0 12,0 14,4 12,7 12,7 12,4

FONTE - CONAB

Page 9: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

9

Feijão

Existe uma intensificação do plantio e produção dessa cultura no estado de Alagoas,

especificamente, o feijão cores na região do Sertão, Microrregião de Santana do

Ipanema e nos municípios de São José da Tapera, Carneiros, Olho D’água das

Flores, Olivença, Poço das Trincheiras, Dois Riachos e Cacimbinhas que detêm,

aproximadamente, 60% da produção.

A produtividade média é, praticamente, igual em todas as regiões do estado, exceto

nas demais microrregiões onde existem pequenas plantações familiares destinadas à

subsistência familiar.

A intensificação do plantio e produção do feijão macaçar está concentrada nas

regiões do Agreste, Sertão, Baixo São Francisco e Zona da Mata (canavieira),

destacando-se a participação da microrregião de Arapiraca e municípios Craíbas,

Campo Grande, Coité do Nóia, Feira Grande, Lagoa da Canoa, Girau do Ponciano,

São Sebastião, Taquarana e Liomeiro de Anadia, que detêm 58% da produção.

A produção do feijão sofreu uma redução em função de alguns fatores como o atraso

das chuvas, a falta de crédito destinado ao custeio dessa cultura em razão das

adversidades climáticas e plantio fora do calendário agrícola.

No período crítico da lavoura, durante as fases de germinação e desenvolvimento

vegetativo, houve aparecimento de pragas e doenças provenientes da falta de

controle e a não utilização de herbicidas agrícolas.

Page 10: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

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Produto = Feijão

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Alagoas

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha)

Produção ((Em mil t))

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

4.378,7 4.289,9 3.205,0 3.000,3 2.420,3 2.467,8 928,1 817,5 92,1 85,0 26,0 24,7

FONTE - CONAB

O resultado final da safra 2003/2004 constatou uma retração de 7,7% da área

plantada e um aumento de 3,2% na produtividade, aumento esse considerado

insuficiente para proporcionar um aumento, também, na produção com relação à safra

anterior.

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Feijão 92,1 85,0 (7,70) 282 291 3,2 26,0 24,7 (5,0)

FONTE – CONAB

Fazendo um paralelo entre as avaliações anteriores e a mais recente constatamos um

aumento da área e significativas alterações na produtividade e produção que foram

motivadas, principalmente, em função de oscilações climáticas.

Page 11: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

11

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRA 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS

Produto Agrícola Feijão Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant.

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

92,1 92,1 85,0 85,0 85,0 85,0

Produtividade ( Kg / ha )

282 282 400 500 500 291

Produção ( em mil / t )

26,0 26,0 34,0 42,5 42,5 24,7

FONTE - CONAB

Milho Apesar dos inúmeros esforços movidos pelas entidades agrícolas, o país ainda não

conseguiu libertar-se da dependência da importação desse produto em função de

haver no mercado consumidor interno uma demanda superior à oferta. Esse

componente tem inviabilizado os pequenos negócios dentro da avicultura,

suinocultura, entre outras, dificultando a geração de emprego e renda nas regiões que

desenvolvem essas atividades.

Em Alagoas, o plantio dessa cultura é praticado na região do Agreste,

especificamente, nos municípios de Arapiraca, Campo Grande, Coité do Noia,

Craíbas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, São

Sebastião, Taquarana, Belém, Estrela de Alagoas, Igací, Mar Vermelho e Palmeira

Page 12: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

12

dos Índios, e na região do Sertão, onde a maior produção está concentrada nos

municípios de Santana do Ipanema, Batalha e Delmiro Gouveia.

Produto = Milho

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Alagoas

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha))

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha)

Produção ((Em mil t))

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

13.226,2 12.820,0 47.410,9 42.186,1 2.894,9 2.938,0 3.277,5 3.065,7 57,0 79,0 18,0 21,7

FONTE - CONAB

Com relação à safra 2002/2003, houve um aumento de 38,59% na área plantada

representando um incremento de 22.000 hectares, um aumento de 13% e 20,55% na

produtividade e produção, respectivamente, equivalendo a um acréscimo de 3.700

toneladas.

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - ALAGOAS

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Milho 57,0 79,0 38,59 316 275 13,0 18,0 21,7 20,55

FONTE – CONAB

Baseados nas avaliações anteriores dessa cultura, os resultados obtidos demonstram

expressivas alterações na área plantada, produtividade e produção.

Page 13: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

13

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRA 2002/2003 E 2003/2004 – ALAGOAS

Produto Agrícola

Milho Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant.

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

57,0 57,0 80,9 68,4 68,4 79,0

Produtividade ( Kg / ha )

316 600 600 599 599 275

Produção ( em mil / t )

18,0 34,2 48,5 41,0 41,0 21,7

FONTE - CONAB Como forma de viabilizar o acesso dos criadores e das agroindústrias de pequeno

porte aos estoques públicos, a Conab atua nas vendas diretas a preços de mercado e

compatíveis com os praticados em pregões públicos, conforme abaixo:

MILHO EM GRÃOS – VENDA EM BALCÃO Unidade Produto Entrada ( kg ) Saída ( Venda ) kg Saldo ( kg ) Nºde Clientes

Maceió /AL Milho 1.997.900 48.000 1.949.900 29

FONTE – CONAB/PE

Page 14: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

14

Mandioca Em Alagoas, historicamente, o comportamento da cultura da mandioca sofre

alterações quanto à área plantada devido à dependência existente quanto à área que

é destinada à cultura do fumo. Durante o período de safra, caso o preço desse

produto seja considerado bastante compensador pelos agricultores, haverá uma forte

tendência de priorizar o plantio do fumo em detrimento da mandioca, reduzindo a área

destinada ao plantio dessa cultura. Esse comportamento conduz ao aumento de preço

da raiz e, conseqüentemente, da farinha de mandioca. Obviamente, se ocorre a

situação inversa com o fumo, a cultura da mandioca será beneficiada com o aumento

da área destinada ao plantio e da produção, gerando a queda do preço desse produto.

Atualmente, como forma de incrementar a agregação de valores à cultura da

mandioca, um consórcio de, aproximadamente, 2.500 agricultores estão promovendo

a instalação de uma fecularia com capacidade de esmagamento para 50

toneladas/dia.

Todo o estado de Alagoas mantém plantação de mandioca, mas a maior

concentração encontra-se na região do Agreste e de Palmeira dos Índios, abrangendo

os municípios de Arapiraca, Lagoa da Canoa, Girau do Ponciano, Coité do Nóia,

Taquarema, Feira Grande, Campo Grande, Limoeiro de Anádia, Craíbas, São

Sebastião, Estrela de Alagoas, Igaci e Belém.

Na tabela a seguir, observamos que mesmo com o aumento da área plantada houve

uma diminuição na produção devido a um declínio na produtividade.

Page 15: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

15

Produto = Mandioca

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Alagoas s

Área Plantada (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha))

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha)

Produção ((Em mil t))

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

1.724,5 1.899,1 22.146,8 24.003,5 826,6 880,6 8.174,0 8.745,4 26,1 39,4 289,6 259,0

FONTE - IBGE

Fumo O Brasil é o maior exportador mundial de fumo.

Os três estados da região Sul do país produzem 600 mil toneladas do produto por

ano, e outras 40 mil toneladas são produzidas na Bahia e em Alagoas.

O estado de Alagoas é considerado o principal produtor nordestino de fumo,

destacando-se o município de Arapiraca como o maior produtor, juntamente com

alguns municípios da região do agreste.

Na safra 2002/2003 houve um aumento de 80% na área plantada gerando um

incremento de 8.400 hectares equivalendo a um acréscimo de 19.000 ha na safra

2003/2004. Esse aumento foi devido à valorização do preço do fumo que vinha

mantendo-se em baixa há muito tempo.

O rendimento médio é de 750 kg/ha (fumo de corda) e 600 kg/ha (fumo em folha).

Page 16: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

16

Produto = Fumo (em folha)

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Alagoas

Área Plantada (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha))

Produção (Em mil t)

Área (Em mil ha)

Produção ((Em mil t))

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

392,4 470,3 656,1 928,3 24,7 34,2 22,5 34,5 10,6 19,0 9,3 20,3

FONTE - IBGE

Fruticultura

O sertão alagoano tem como características a baixa umidade, luminosidade elevada e

calor constante, favorecendo ao cultivo de frutas quando associado à irrigação. Esse

método utilizado na região do semi-árido permite uma produção de,

aproximadamente, 2,5 safras/ano, possibilitando a inserção do produto nos mercados

europeu e norte-americano, durante os períodos de entressafra.

A fruticultura irrigada representa a geração, em média, de um emprego direto e dois

ou três indiretos por hectare cultivado. Essa atividade é praticada, principalmente, nos

tabuleiros costeiros e no Agreste e as frutas plantadas são acerola, graviola,

destacando-se o abacaxi, banana, caju, coco-da-baía, laranja, mamão, manga,

maracujá e pinha.

Page 17: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

17

Pecuária Leiteira

No passado, Alagoas possuía a maior bacia leiteira do Nordeste. Atualmente, produz

cerca de 600 mil litros de leite/dia, classificando em quarto lugar no “ranking” da

produção nordestina, competindo com os estados de Pernambuco, Bahia e Ceará, e

mantendo-se distante da média nacional.

No estado, existem 2 mil fornecedores de leite e um contingente de 300 mill

habitantes existentes na bacia leiteira, representando um total de 25 mil empregos

diretos e indiretos.

Inicialmente, a bacia leiteira alagoana era composta pelos municípios de Batalha,

Jacaré dos Homens, Major Isidoro e Palmeira dos Índios. Com o decorrer dos anos,

os municípios de União dos Palmares, Viçosa, e Chã Preta, passaram a se destacar e

grande parte da produção de leite em Alagoas é comercializada nos demais estados

nordestinos e em São Paulo.

Carcinicultura Em 2001, no cenário nacional, Alagoas ocupava o 14º lugar contabilizando uma

produção de 40 toneladas, cultivados em 10 ha de viveiros oriundos de um único

produtor. No anos seguintes, passou para o 12º lugar (2002) produzindo 100

toneladas em 16 ha de viveiros com dois criadores e caiu para o 13º lugar (2003),

mantendo o mesmo quantitativo de carcinicultores e a mesma área anterior destinada

à cultura, embora, tenha produzido 130 toneladas do crustáceo, registrando um

aumento de 30% na produção .

Page 18: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

18

Nos anos de 2001, 2002 e 2003, a atividade gerou 38, 60 e 75 empregos diretos e

indiretos, respectivamente. FONTE – ABCC

Piscicultura O país é um grande exportador de pescados - ocupa o 33º lugar no “ranking” mundial

de produção de peixe de água doce e a demanda no mercado internacional por peixes

como tilápias e camarões é bastante expressiva em função do comportamento do

consumidor cujo perfil é o de adquirir alimentos mais saudáveis.

A prática dessa cultura, tem no Baixo São Francisco um representante em potencial

podendo transformar-se num dos principais pólos de aqüicultura do país por

apresentar clima favorável, infra-estrutura de irrigação, tecnologia disponível,

produção de ração e forte demanda nos mercados externo e interno.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, estima-se que

já existam cerca de 800 hectares de tanques destinados à criação de peixe e,

gradativamente, a criação feita nos canais de irrigação existentes está conquistando

seu espaço.

A maior parte da produção piscícola em Alagoas concentra-se nos municípios

ribeirinhos: como Piaçabuçu, Penedo, Igreja Nova, Porto Real do Colégio, São Brás,

Traipu, Pão de Açúcar, Piranhas, Olho D’água do Casado e Delmiro Gouveia. A

produção, atualmente, de 6 mil toneladas é originária de pequenos e médios

produtores.

A Tilápia é o principal peixe da piscicultura alagoana. Sua produção apresenta custos

que giram entre R$ 2,50 /kg a 2,80 /kg.

Page 19: Conjuntura Regional - ALAGOAS 2004

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A Conab, através do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, Instrumento

Compra Especial da Agricultura Familiar - Doação Simultânea, adquiriu, em dezembro

de 2004, um total de 22.500 kg de Tilápia dos produtores familiares alagoanos como

incentivo à produção e equilíbrio do preço de mercado.

Avicultura

No cenário nacional, a avicultura alagoana está classificada em 17º lugar, com um

plantel de 1,9 mil frangos de corte e 1,1 mil aves de postura, contabilizando uma

produção de 37,2 mil quilos de carne de frango e 10,5 mil dúzias de ovos em 2003.

Esse setor gera, aproximadamente, 30 mil empregos e possui uma participação de

1.2% no PIB estadual.

Segundo projeção da AVISAL - Associação dos Avicultores e Suinocultores de

Alagoas, a expectativa do desempenho dessa atividade para o exercício de 2005 é de

crescimento na ordem de 18,5%.