conjuntura regional - pernambuco 2004

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Page 1: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004
Page 2: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

2

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PERNAMBUCO GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO – GEDES

SETOR DE APOIO A LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA – SEGEO SUPERINTENDENTE REGIONAL DE PERNAMBUCO

EUDE GUEDES DE ANDRADE

GERENTE DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO – GEDES

VALDOMIRO SAMPAIO MARTINS

GERENTE DE OPERAÇÕES – GEOPE

CLÓVIS AFONSO FERREIRA FILHO

GERENTE DE FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO – GEFAD

ROBERTO PEREIRA LINS

ENCARREGADO DO SETOR DE APOIO A LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA –

SEGEO

FREDIRICO NUNES DA SILVA

EQUIPE TÉCNICA

EDISON XAVIER DE BRITO

JOSE AURÊNIO ALMEIDA DE MORAES

GUSTAVO ADOLFO REVOREDO LIMA

MARLI TEREZINHA DE CASTILHO REGO

JOÃO FREIRE CORREA LIMA

VERA LÚCIA GUEDES SALES

KARINA ALEXANDER GUIMARÃES

Page 3: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

3

APRESENTAÇÃO É com imensa satisfação que apresentamos a primeira edição da Conjuntura

Regional pertinente aos estados de Pernambuco e Alagoas.

Neste primeiro número, elaboramos um pequeno histórico sobre os produtos que se

destacam dentro da agricultura e do agronegócio nos estados de Pernambuco e

Alagoas, contendo informações esclarecedoras e mostrando suas peculiaridades,

assim como o comportamento e relevância desses produtos na economia regional e

nacional.

Na disposição da apresentação, enfatizamos, primeiramente, a cultura da Cana-de-

açúcar e a Avicultura, em Pernambuco, e a Cana-de-açúcar, em Alagoas, devido à

participação expressiva dessas duas atividades no PIB estadual, seguidas dos

produtos que fazem parte das pesquisas efetuadas no levantamento de safra e, por

último, dos produtos que são gerados em menor escala.

As próximas edições da Conjuntura terão um aspecto mais simplificado, uma vez que

a sua função será a de inserir e/ou atualizar dados relevantes a esse informativo.

Eude Guedes de Andrade

Superintendência Regional de Pernambuco

Superintendente

Page 4: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

4

CONJUNTURA REGIONAL 2004

PERNAMBUCO

Cana-de-Açúcar Cientif icamente, a cana-de-açúcar é conhecida como Saccharum

Officinarium e a palavra açúcar é originada da palavra sarkara que

signif ica grão em sânscrito, idioma da Índia e é nesse país que estão

concentradas as primeiras referências sobre o cult ivo da cana-de-açúcar,

durante o séc.4.a.C.

No Brasil, o emprego dessa cultura ocorreu em 1502, inicialmente, na região

Nordeste, mas foi na Zona da Mata de Pernambuco, em 1534, graças à interferência

de Duarte Coelho, responsável pela capitania, que a lavoura de cana expandiu-se

com sucesso.

O primeiro engenho regular de açúcar levantado em Pernambuco foi o Engenho

Nossa Senhora da Ajuda, de Jerônimo de Albuquerque, nos arredores de Olinda. A

primeira usina foi inaugurada em 24 de janeiro de 1887, equipada com maquinismos

da Casa Mariolle Pinguet, da França, a usina modelo da Colônia Orfanológica Isabel,

com capacidade para produzir 5 toneladas de açúcar por dia.

Page 5: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

5

No “ranking” mundial, o Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar e álcool e há

uma previsão de que a atual safra 2004/05 alcance os 390 milhões de toneladas de

cana-de-açúcar.

Os dados mostram que até 1º de novembro de 2004 o país registrava uma produção

de 19,8 milhões de toneladas de açúcar e de 11 bilhões de litros de álcool. Nos meses

de janeiro a outubro, as exportações de açúcar e álcool contabilizaram U$ 2,09

bilhões e U$ 411,7 milhões, representando 12,7 milhões de toneladas e 1,95 bilhão de

litros, respectivamente.

No “ranking” nacional, São Paulo destaca-se como o maior produtor brasileiro de

cana-de-açúcar, registrando uma produção equivalente a 206.478.572 ton. Nas

demais colocações estão os estados de Alagoas, Paraná, Minas Gerais e

Pernambuco, com uma produção de 28.770.721 t, 28.137.711 t, 18.786.524 t e

17.521.956 t, respectivamente (Fonte: Unidades Produtivas de Álcool e Açúcar)

O clima de competitividade existente entre a região Nordeste e os demais estados

produtores, entre eles, São Paulo, tornou-se um elemento extremamente prejudicial

ao exercício dessa atividade nas empresas nordestinas.

No final dos anos 90, inúmeros estabelecimentos industriais encerraram suas

atividades e alguns deles se juntaram a outros grupos.

Se fizermos uma avaliação sobre a diminuição da quantidade de usinas existentes e

sobre aquelas que continuam em atividade, concluiremos que a variação ocorrida na

produção, produtividade, área plantada e área colhida da cana-de-açúcar em

Pernambuco não sofreu grandes perdas. Tal observação poderá ser constatada na

tabela 1 a seguir.

Page 6: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

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Tabela 1

Pernambuco

Cana-de-açúcar: Área Plantada – Área Colhida – Produção – Produtividade Ano Área Plantada

( ha) Área Colhida

(ha) Produção

(ton) Produtividade

(kg/ha) 1990 473.726 467.276 22.817.700 48.831

1991 468.855 467.145 23.505.475 50.317

1992 487.922 487.922 25.199.361 51.646

1993 420.081 363.335 14.346.898 39.489

1994 403.890 399.865 19.258.632 48.162

1995 471.272 417.812 20.664.614 49.459

1996 469.045 401.000 18.784.437 46.843

1997 474.382 420.580 20.764.870 49.371

1998 442.671 402.042 19.622.244 48.806

1999 357.177 322.549 12.252.857 37.987

2000 364.665 248.020 18.720.603 53.791

2001 395.835 339.350 15.976.847 47.080

2002 392.030 348.217 17.626.183 50.618

2003 428.873 359.364 18.521.792 51.540

2004 403.719 363.263 18.997.504 52.297

Média 437.078 395.017 19.545.713 48.324

FONTE – IBGE

Segundo informações da Fundação Getúlio Vargas, na Mata pernambucana, a área

plantada com cana de fornecedor é de 138 mil hectares, registrando uma

produtividade de 53,33 t/ha. Na safra 2002/03, 9.999 fornecedores pernambucanos

produziram um total de 6.608.589 t de cana.

A tabela seguinte mostra algumas alterações registradas entre as safras de

1992/1993 e 2002/2003, podendo-se observar que a produção da Mata Sul, região

onde existe maior ocorrência de chuvas, é comparativamente superior à produção da

Mata Norte.

Page 7: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

7

Tabela 2

Produção de Cana de Fornecedor e Precipitação da Zona da Mata

Safra Região Produção (ton.) Precipitação (mm)

Mata Norte 3.279.422 1.678 Mata Sul 3.673.904 2.124

92/93

Estado 6.953.326 1.911

Mata Norte 1.593.864 638 Mata Sul 3.228.868 1.036

93/94

Estado 4.822.732 837

Mata Norte 2.225.640 1.918 Mata Sul 3.786.647 2.438

94/95

Estado 6.012.287 2.178

Mata Norte 2.333.776 1.225 Mata Sul 4.506.602 1.806 Estado 6.840.378 1.515

Mata Norte 2.969.312 1.537 Mata Sul 5.006.676 2.111

95/96 96/97

Estado 7.975.988 1.824

Mata Norte 2.916.193 1.270 Mata Sul 4.081.316 2.024

97/98

Estado 6.997.509 1.647

Mata Norte 1.776.276 768 Mata Sul 4.896.617 1.239

98/99

Estado 6.672.893 1.004

Mata Norte 1.132.572 908 Mata Sul 4.291.668 1.395

99/00

Estado 5.424.240 1.152

Mata Norte 1.750.726 2.122 Mata Sul 4.039.126 3.301

00/01

Estado 5.789.852 2.711

Mata Norte 1.986.065 1.218 Mata Sul 4.344.136 1.713

01/02

Estado 6.330.201 1.466

Mata Norte 2.290.943 1.319 Mata Sul 4.317.646 2.042

02/03

Estado 6.608.589 1.680

FONTE - ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE PERNAMBUCO

Page 8: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

8

A determinação do preço da cana-de-açúcar é feita mensalmente, baseando-se no

preço do açúcar e do álcool no mercado consumidor interno e externo. O método

utilizado para proceder o cálculo do preço é feito mediante pesquisas realizadas entre

os meses de setembro a agosto do ano anterior em função do “mix” da produção. No

mercado internacional, por exemplo, a tonelada do açúcar varia de U$ 170.00 a U$

180.00.

Avicultura

O Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial de carne de frango, e em

receita cambial com exportações, é o maior do mundo.

A avicultura é um dos segmentos mais pujante do agronegócio brasileiro, com

expressiva atuação nos mercados interno e externo. Há quase três décadas o

segmento alcança, progressivamente, sucessivos recordes de produção e de

produtividade.

A base do sucesso da avicultura brasileira é o Sistema de Integração criado e

desenvolvido no Brasil. Trata-se de inovadora forma de parceria mantida entre a

agroindústria e os produtores de aves. O papel da agroindústria é o de assegurar total

apoio logístico ao produtor na implantação do projeto de granja, treinando os

trabalhadores, fornecendo pintos de um dia e rações balanceadas, prestando

assistência técnica e veterinária e, finalmente, fazendo o transporte das aves.

Segundo dados da UBA – União Brasileira de Avicultura, o ano de 2004 foi excelente

para a avicultura brasileira, com disponibilidade e preço de grãos extremamente

Page 9: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

9

satisfatórios e apresentando grau de excelência na qualidade sanitária das aves e

seus produtos derivados. Essa qualidade diferenciada serviu de alavanca para o

aumento das exportações fazendo com que o Brasil ampliasse seu foco de

comercialização para mais de 132 diferentes destinos no mercado externo. Esse novo

dado proporcionou ao país um crescimento de produção de carne de frango acima de

8% com 25% de incremento nos embarques internacionais, resultando em receitas

acima de 2,5 bilhões de dólares. A produção de carne de frango deverá atingir 8,5

milhões de toneladas, significando um crescimento de 8,3% acima da produção de

2003. Desse total, 6,1 milhões de toneladas serão destinados ao mercado interno -

3% maior que o ano anterior - e 2,4 milhões, à exportação – um aumento de 25%

sobre os números alcançados em 2003 (Fonte: União Brasileira de Avicultura – UBA).

Page 10: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

10

PRODUÇÃO DE PINTOS

Janeiro a Novembro

2002 2003 2004 Variação Evolução

Mês Unidades Unidades Unidades 2003/2004 mensal 2004

Janeiro 307.408.773 324.668.047 347.892.034 7,15

Fevereiro 288.256.119 299.279.841 319.854.248 6,87 -8,06

Março 319.140.712 305.875.778 347.448.738 13,59 8,63

Abril 317.506.881 316.219.726 346.847.501 9,69 -0,17

Maio 323.909.745 319.771.884 358.721.779 12,18 3,42

Junho 304.465.863 316.436.329 352.828.092 11,50 -1,64

Julho 334.359.212 333.808.639 360.496.555 7,99 2,17

Agosto 328.219.410 334.863.264 368.803.285 10,14 2,30

Setembro 319.450.132 335.794.248 362.310.971 7,90 -1,76

Outubro 335.514.765 350.608.041 375.239.204 7,03 3,57

Novembro 307.695.764 323.135.806 362.122.723 12,07 -3,50

Total do Ano 3.485.927.376 3.560.461.603 3.902.565.130 9,61 FONTE - UBA

Na região Nordeste, Pernambuco é classificado como o maior produtor de aves e

ovos, registrando em 2004 uma produção de 2,9 milhões de ovos/ dia e 206,4 mil

toneladas de aves/mês, uma movimentação de R$ 710 milhões/ano, superior aos R$

645 milhões contabilizados em 2003 e um acréscimo de 9,1%.

A avicultura pernambucana é responsável pela geração de 95,5 mil empregos diretos

e indiretos no estado, distribuidos em 19,1 mil e 76,4 mil, respectivamente.

No “ranking” nacional, o estado ocupa o 7º lugar na produção de ovos e o 8º na

produção de carne de frango.

Fazendo uma comparação do ano de 2004 com o anterior, observa-se um aumento

de 5,0% na produção de carne de frango, apesar do desabastecimento de milho

ocorrido no mercado interno e a conseqüente elevação do preço do produto.

Page 11: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

11

Em Pernambuco, o setor avícola tem uma participação de 2,53% no PIB estadual e

28,0% no PIB agropecuário.

PERFIL DO “AGRIBUSINESS” AVÍCOLA DE PERNAMBUCO - 2001/2004 Discriminação 2001 2002 2003 2004*

Alojamento de Matrizes Pesadas (Cab. 1000) 1.041 1.026 847 886

Produção de Pintos de Corte (Cab. 1000) 117..204 119.769 107.536 112.913

Alojamento de Pintos de Corte (Cab. 1000) 110.508 97.778 88.549 92.976

Produção de Carne de Frango (t) 243.117 217.067 196.579 206.408

Abate de Frango sob Inspeção Est. / Federal (t) 87.699 90.540 79.559 83.537

Alojamento de Pintas de Postura (Cab. 1000) 3.107 2.497 2.999 3.149

Produção de Ovos Comerciais (Cxs. 1000) 2.956 2.280 2.819 2.960

Consumo Estimado de Milho (t) 532.805 447.345 426.024 447.325

Consumo Estimado de Grão e de Farelo de Soja (t) 177.601 127.812 121.721 127.807

Consumo estimado de Ração (t) 807.281 639.065 608.605 639.035

Empregos diretos na cadeia (Pessoas 1000) 24.9 21.9 18.8 19.1

Empregos indiretos na cadeia (Pessoas 1000) 99.6 87.8 75.2 76.4

Total de empregos na cadeia produtiva (Pessoas 1000) 124.5 109.7 94.0 95.5

Faturamento (R$ milhões) 474.0 526.0 645.0 710.0

Participação no PIB agropecuário (%) 25.0 26.0 26.5 28.0

Participação no PIB estadual (%) 1.88 2.02 2.38 2.53

PIB do Estado de Pernambuco (R$ bilhões)* 25.2 26.0 27.0 28.0

População de Pernambuco (Pessoas 1000)* 8.003 8.096 8.191 8.286

Pernambuco - Consumo Per Capita de Carne de Frango (kg) 30,37 26,81 23,99 24,91

Pernambuco - Consumo Per Capita de Ovos (unid) 132,97 101,38 124 136,8

Brasil - Consumo Per Capita de Carne de Frango (kg) 30,8 33,4 32,2 33,8

Brasil - Consumo Per Capita de Ovos (unid) 94 96 133 139,6 FONTE - AVIPE

Fazendo uma análise do total do consumo no mercado interno de produtos como o

milho, farelo de soja e a ração balanceada, constatamos que a participação da

avicultura pernambucana dentro da região Nordeste é de 27% , mas quando nos

referimos ao total que é consumido no país, essa participação representa apenas 3%,

2% e 3%, respectivamente.

Page 12: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

12

Quando nos referimos à carne de frango e ovos, a produção oriunda da avicultura

pernambucana corresponde a 31% e 32%, respectivamente, dentro do total produzido

na região Nordeste e, apenas, 3% e 5% da produção nacional.

O estado de Pernambuco destaca-se como responsável por 31% dos 300.200

empregos diretos e indiretos existentes na região Nordeste. Proporcionalmente, esse

total representa 3% dos 3.150.000 de empregos existentes no Brasil.

O Produto Interno Bruto avícola de Pernambuco corresponde a 36% do PIB avícola

total da região Nordeste e 3% a nível nacional.

PERNAMBUCO/NORDESTE/BRASIL

Consumo/Produção/Empregos /PIB

Discriminação Brasil Nordeste PE PE sobre

NE % PE sobre

BR %

Consumo de Milho (1.000 t) 15.801,40 1.570,50 426 27.0 3.0

Consumo de Farelo de Soja (1.000 t) 5.560,90 448,7 121,7 27.0 2.0

Consumo de Ração Balanceada (1.000 t) 24.250,00 2.243,60 608,6 27.0 3.0

Produção de Carne de Frango (1.000 t) 7.843,00 644,2 196,7 31.0 3.0

Produção de Ovos (cxs. 360 x 1.000) 62.638,00 8.695,00 2.819,00 32.0 5.0 Empregos diretos e indiretos (1.000 pessoas)* 3.150,00 300,2 94 31.0 3.0

PIB Avícola (R$ bilhões)* 23 1,77 0,645 36.0 3.0 FONTE - AVIPE

Page 13: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

13

Algodão

O algodão é tido como a mais importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais e,

também, como a planta de aproveitamento mais completo haja vista a sua diversidade

quando empregada como matéria prima na fabricação de produtos de utilidade.

As primeiras referências históricas do algodão vêm de muitos séculos antes de Cristo.

Na América, vestígios encontrados no litoral norte do Peru evidenciam que povos

milenares daquela região já manipulavam o algodão.

No Brasil, são poucos os registros que fazem menção à utilização dessa malvácea

durante o período pré-histórico. Entretanto, comprovou-se que à época do

descobrimento do nosso país, os indígenas já cultivavam o algodão e transformava-o

em fios e tecidos.

Os maiores produtores nacionais são os estados do Mato Grosso, Bahia e Goiás com

uma produção de 1.504.300 t, 667.600 t e 438.900 t, respectivamente.

Produto = Algodão herbáceo

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Pernambuco

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção ((Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção (Em mil t)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

735,1 1.068,5 2.212,3 3.310,2 167,0 292,2 347,5 754,6 6,2 4,7 3,1 2,4

FONTE – CONAB

Page 14: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

14

Em Pernambuco, existe um projeto do Governo do Estado que tem o objetivo de

aumentar a produção dessa cultura ampliando de forma significativa o crédito de

custeio e comercialização.

O resultado do último levantamento da safra 2003/2004 demonstrou que em

Pernambuco houve uma retração na área plantada com algodão de 24,2%, o que

acarretou uma diminuição de 1.500 hectares em comparação com a safra 2002/2003,

ocasionando, também, uma redução de 22,6% na produção, o que significou uma

diminuição de 700 toneladas.

Gradualmente, a cultura do algodão vem sofrendo um desestimulo por parte dos

agricultores em função, entre outros fatores, da ocorrência da praga do bicudo e às

oscilações climáticas, causadores da perda de safras.

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - PERNAMBUCO

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Algodão 6,2 4,7 (24,2) 500 500 - 3,1 2,4 (22,6)

FONTE – CONAB

Fazendo uma comparação com as avaliações anteriores, constatamos uma

diminuição na área plantada e produção a partir do 2º levantamento da safra

2003/2004, quando a produtividade manteve-se constante.

Page 15: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

15

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRA 2003/2004 – PERNAMBUCO

Produto Agrícola Algodão Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

6,2 6,2 4,7 4,7 4,7 4,7

Produtividade ( kg / ha )

500 500 500 500 500 500

Produção ( em mil / t )

3,1 3,1 2,4 2,4 2,4 2,4

FONTE – CONAB

Arroz

O arroz é considerado um alimento de primeira necessidade por mais da metade da

população humana mundial. Segundo informações da FAO, 80% do arroz mundial é

cultivado por pequenos agricultores de países em desenvolvimento nos mais variados

lugares, seja em terrenos alagados ou secos, em regiões tropicais na África ou

desérticas no Oriente Médio, em planícies costeiras ou nas montanhas do Himalaia.

Em três dos quatro países mais povoados do planeta - China, Índia e Indonésia - o

arroz representa um alimento básico, e é no continente asiático onde se encontram

Page 16: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

16

mais de dois bilhões de consumidores, pessoas que obtêm de 60% a 70% de sua

energia diária com o consumo de arroz e seus derivados.

Anualmente, são plantados mais de 150 milhões de hectares por todo o planeta o que

representa uma produção de cerca de 400 milhões de toneladas desse produto.

O Brasil é o maior produtor americano de arroz. Na escala mundial, ele está entre os

10 primeiros, apesar de representar tão somente 2% do total da produção, tendo

como maiores concorrentes, os países do Extremo-Oriente que são classificados

como os grandes produtores mundiais.

No Nordeste, especificamente no estado de Pernambuco, a cultura do arroz está

consolidando um novo pólo de desenvolvimento agrícola no Sertão do estado onde a

produção vem crescendo substancialmente, abrangendo os municípios de Orocó,

Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista e Ibó – Distrito de Belém do São Francisco.

Atualmente, existe um projeto sob a coordenação do SEBRAE e em parceria com a

EMBRAPA e o SENAR que visa ampliar a capacidade competitiva dos produtores e

fortalecer empresários de micro e pequenas empresas ligados à cadeia produtiva da

rizicultura mediante articulação e desenvolvimento de ações voltadas à

comercialização, acesso ao crédito, gestão e tecnologia.

Produto = Arroz

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Pernambuco

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção ((Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção (Em mil t)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

3.186,1 3.618,7 10.367,1 12.808,4 720,3 772,1 1.124,8 1.228,9 3,2 5,9 17,4 32,5

FONTE – CONAB

Page 17: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

17

Analisando o resultado final do último levantamento da safra 2003/2004, observou-se

um crescimento na área plantada correspondente a 84,4%, representando um

incremento de 2.700 hectares se comparado com a safra 2002/2203, como também

um aumento de 86,8% na produção, passando de 17.400 toneladas para 32.500

toneladas.

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - PERNAMBUCO

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola

Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR

%

Safra

02/03

Safra

03/04

VAR

%

Arroz 3,2 5,9 84,4 5.450 5.500 0,9 17,4 32,5 86,8

FONTE – CONAB

Comparando com as avaliações anteriores, a partir do 2º levantamento da safra

2003/2004 houve um aumento na área plantada, produtividade e produção em relação

à safra 2002/2003 em conseqüência do apoio recebido pelos pequenos produtores de

instituições ligadas a agricultura familiar.

Page 18: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

18

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRA 2003/2004 - PERNAMBUCO

Produto Agrícola

Arroz Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant.

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

3,2 3,2 5,9 5,9 5,9 5,9

Produtividade ( kg / ha )

5.450 5.450 5.500 5.500 5.500 5.500

Produção ( em mil / t )

17,4 17,4 32,5 32,5 32,5 32,5

FONTE - CONAB

Feijão

Os primeiros registros da história da humanidade mostram que o feijão está entre os

alimentos mais antigos, tendo sido cultivado no antigo Egito e na Grécia, como

também cultuados como símbolo da vida.

As ruínas da antiga Tróia revelam evidências de que o feijão era o prato favorito dos

robustos guerreiros troianos.

Sua origem é um ponto ainda indefinido. Segundo alguns autores, o feijão é

proveniente da América do Sul e foram os indígenas que primeiramente o descobriu

passando a cultivá-lo ao lado do milho e da mandioca. Sementes foram encontradas

em catacumbas dos Incas, no Peru.

Page 19: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

19

O Brasil é considerado o maior produtor e consumidor mundial do gênero Phaseolus

Vulgaris. Entretanto, apesar de sua importância, a produção não tem acompanhado a

demanda existente no mercado consumidor nem a produtividade tem aumentado de

modo significativo, fazendo com que o feijão se mantenha distante da produção

alcançada pelos produtos chamados de exportação.

Os problemas decorrentes das baixas cotações do produto no mercado interno como

também o decréscimo da área plantada e, conseqüentemente, da produção, devem-

se, entre outros fatores, à susceptibilidade do feijão às oscilações climáticas em

relação às demais culturas e, sobretudo, à concorrência com a soja.

Entre os estados brasileiros, o Paraná detém a maior produção nacional, com um total

de 668.300 toneladas e na região Nordeste, destaca-se a Bahia, com uma produção

318.700 toneladas.

Produto - Feijão

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Pernambuco

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil ton)

Área ((Em mil ha)

Produção ((Em mil ton)

Área ((Em mil ha)

Produção (Em mil ton)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

4.378,7 4.289,9 3.205,0 3.003,3 2.420,3 2.467,8 928,1 817,5 310,5 304,0 67,0 94,3

FONTE - CONAB

Em Pernambuco, no que se refere ao resultado do último levantamento da safra

2003/2004, constatamos uma pequena retração de 2,1% na área plantada gerando

uma diminuição de 6.500 hectares, comparando com a safra 2002/2003. Já a

produção, em função do aumento de 43,5% da produtividade, cresceu em 40,8%, o

que significou um incremento de 27.300 toneladas.

Page 20: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

20

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 – PERNAMBUCO

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

(em mil t)

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Feijão 310,5 304,0 ( 2,1 ) 216 310 43,5 67,0 94,3 40,8

FONTE - CONAB

Analisando as avaliações anteriores, constatamos grandes alterações na área,

produtividade e produção dessa cultura. Observamos que essas oscilações ocorreram

em função, principalmente, dos riscos climáticos, da baixa remuneração do produto e

da competitividade com outras culturas que, ao contrário do feijão, tiveram melhores

perspectivas de preço no mercado consumidor.

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRA 2003/2004 - PERNAMBUCO

Produto Agrícola Feijão Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant.

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

310,5 310,5 294,0 292,6 292,6 300,6

Produtividade ( kg / ha )

216 308 354 316 242 310

Produção ( em mil / t )

67,0 95,0 104,1 92,6 70,8 94,3

FONTE – CONAB

Page 21: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

21

Mamona

A mamona é uma euforbiácea e sua origem não é claramente definida, sendo

classificada ora como asiática, ora como africana e, até mesmo, como planta nativa

da América.

A história da mamona no Brasil foi escrita desde a era colonial quando dela se extraía

o óleo para lubrificar as engrenagens e os mancais dos inúmeros engenhos de cana.

O Brasil encontra-se entre os dois principais produtores mundiais da mamona, sendo

a maior parte da nossa produção originada da Bahia. Mas o destaque vai para a Índia,

seu maior concorrente, considerada uma produtora milenar da oleaginosa, com um

mercado consumidor interno que absorve 50% da sua produção.

O cultivo da mamona é vista hoje como a grande oportunidade no mercado

internacional em função da preocupação mundial com a redução da poluição em

nosso planeta, dando margem à elaboração de propostas que promovam alternativas

energéticas a partir da biomassa.

Um exemplo importante de medidas alternativas é a utilização do Biodiesel, também

denominado de diesel vegetal, que é um combustível proveniente de fontes

renováveis como óleos vegetais e gorduras animais, mediante a introdução de

processos químicos e que, futuramente, poderá dar ao Brasil uma posição de

destaque mundial.

Atualmente, existe em Pernambuco um programa denominado Programa de

Reativação do Agronegócio da Mamoneira em Pernambuco, que conta com o apoio

do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Produção Rural e

Reforma Agrária – SPRRA.

Page 22: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

22

Inicialmente, o Programa será implantado na Microrregião de Araripina que abrange

os municípios de Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Santa

Cruz, Santa Filomena e Trindade, e a intenção de área a ser plantada é de 17.000

hectares, com uma produção estimada em 13.600 toneladas de bagas, uma utilização

de 51 toneladas de sementes e o envolvimento de 6.000 agricultores.

Posteriormente, em uma 2ª fase, será incluída a microrregião que absorve os

municípios de Salgueiro, Pajeu e Sertão do Moxotó, como também a microrregião de

Petrolina e Itaparica (mesorregião São Francisco pernambucano). Nessa etapa, serão

plantados 42.000 hectares de mamona, com uma produção estimada em 30.880

toneladas de bagas, uma utilização de 75 toneladas de sementes e o envolvimento de

14.500 agricultores.

Finalmente, na 3ª fase, o programa se expandirá beneficiando as demais

microrregiões do estado, que irão atender à demanda industrial de 75.000 toneladas

de bagas, necessitando de 90 t de sementes a serem utilizadas numa área de 55.000

ha, com uma produção estimada em 40.000 t de bagas e envolvendo 18.500

agricultores.

Atualmente, R$ 60,00 é o preço pago no mercado consumidor pela saca de baga de

60 kg e existe na esfera federal uma Lei que garantirá à Petrobrás proceder a

imediata substituição de 1/3 de sua importação de diesel mineral pelo diesel vegetal

(biodiesel).

Na verdade, o biodiesel representa um divisor de águas dentro do setor energético

brasileiro, dando início a uma nova fase que venha a permitir uma redução

significativa nas nossas importações de diesel mineral. Atualmente o Brasil importa

seis bilhões de litros de diesel mineral o que representa uma evasão de divisas da

ordem de 1,5 bilhão de dólares.

Page 23: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

23

Produto = Mamona

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Pernambuco

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção ((Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção (Em mil t)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

128,3 164,9 86,3 150,6 126,3 162,5 83,8 147,8 0,8 1,2 0,2 0,7

FONTE - CONAB

A seguir, quadros demonstrativos contendo as significativas alterações e a evolução

ocorrida no levantamento de safra 2003/2004 em comparação com a safra 2002/2003,

pertinentes à área, produtividade, e produção, principalmente, em decorrência da

implementação do Programa Pernambucano de Biodiesel.

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - PERNAMBUCO

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Mamona 0,8 1,2 50,0 300 590 96,7 0,2 0,7 250,0

FONTE - CONAB

Page 24: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

24

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRA 2003/2004 - PERNAMBUCO

Produto Agrícola Mamona Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant.

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

0,8 0,8 1,0 1,1 1,1 1,2

Produtividade ( Kg / ha )

300 300 356 570 590 590

Produção ( em mil / t )

0,2 0,2 0,4 0,6 0,6 0,7

FONTE – CONAB

Milho

Entre os cereais cultivados mundialmente, o milho coloca-se em terceiro lugar sendo

superado apenas pelo trigo e arroz.

A importância desse cereal não se restringe apenas ao fato de ser produzido em

grande escala e sobre imensa área cultivada, mas, também, pelo papel sócio-

econômico que ele representa dentro da sociedade.

Além de ser utilizado significativamente no consumo humano e como matéria-prima

na fabricação de produtos industrializados, o milho é introduzido na alimentação de

animais criados para fins comerciais e que geram produtos como: carne, ovos, leite,

Page 25: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

25

queijos, entre outros. Com um grau de importância tão expressivo, o emprego desse

cereal reflete na criação e movimentação de grandes complexos industriais,

permitindo a geração de milhares de empregos.

Os Estados Unidos da América do Norte são considerados o maior produtor mundial

de milho, mas o Brasil encontra-se incluso no grupo dos que se destacam, importando

esse cereal e os insumos empregados no seu plantio, eventualmente, quando ocorre

a valorização do dólar.

Considerados como os maiores produtores nacionais estão os estados do Paraná,

Minas Gerais e São Paulo, registrando uma produção de 11.192.100 t, 6.000.400 t e

4.499.600 t, respectivamente.

Na Região Nordeste, o estado da Bahia destaca-se com uma produção de 1.703.300

t, ficando a 7ª posição para o estado de Pernambuco com uma produção de 112.300

toneladas.

Produto = Milho

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Pernambuco

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção ((Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção (Em mil t)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

13.226,2 12.820,0 47.410,9 42.186,1 2.894,9 2.938,0 3.277,5 3.065,7 285,2 273,8 82,1 112,3

FONTE – CONAB O resultado do último levantamento da safra 2003/2004 constatou uma pequena

retração de 3,9% na área plantada gerando uma diminuição de 11.400 hectares

comparando-se com a safra 2002/2003. O mesmo não ocorreu com a produção que,

em função do aumento de 42,4% da produtividade, registrou um aumento de 36,8%,

representando um incremento de 30.200 t .

Page 26: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

26

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - PERNAMBUCO

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Milho 285,2 273,8 ( 3,9 ) 288 410 42,4 82,1 112,3 36,8

FONTE - CONAB

Comparando as avaliações anteriores, constatamos oscilações na área, produtividade

e produção dessa cultura, especificamente, nas microrregiões e mesorregiões do

Sertão e do Agreste pernambucano onde observa-se que tal fato justifica-se,

principalmente, em função da ocorrência de adversidades climáticas.

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO

SAFRA 2003/2004 - PERNAMBUCO

Produto Agrícola

Milho Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant.

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

285,2 285,2 265,2 273,8 273,8 273,8

Produtividade ( kg / ha )

288 490 490 410 410 410

Produção ( em mil / t )

82,1 139,7 129,9 112,3 112,3 112,3

FONTE - CONAB

Page 27: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

27

O trabalho da Conab, através dos Programas VEP – Valor para Escoamento de

Produto e PEP – Programa para Escoamento do Produto a Conab tem um papel

social de grande importância tendo em vista que a finalidade desses programas é a de

suprir a falta de mercadoria existente no mercado consumidor e estabelecer preços

compatíveis com o mercado, conforme demonstração abaixo:

VENDAS EM BOLSAS VEP / PEP

Modalidade

Quantidade

Adquirida

( kg )

Valor do

Prêmio

(R$)

Valor da

Operação (R$)

Nº de

Clientes

VEP 195.372.221 19.689.984,39 52.951.271,12

PEP 97.037.000 8.773.992,46 -

136

FONTE – CONAB/PE

Como forma de viabilizar o acesso aos estoques públicos dos criadores e das

agroindústrias de pequeno porte, a Conab atua nas vendas diretas a preços de

mercado e compatíveis com os praticados em pregões públicos, conforme abaixo:

MILHO EM GRÃOS – VENDA EM BALCÃO

Unidade Produto Entrada ( kg ) Saída ( venda ) kg Saldo ( kg ) Nºde Clientes

Recife / PE Milho 8.004.937 16.600 7.988.337 04

Arcoverde / PE Milho 2.000.968 57.060 1.943.908 36

FONTE – CONAB/PE

Page 28: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

28

Sorgo Granífero

O sorgo é uma planta de origem africana pertencente à família das gramíneas e

classificada como um tipo de porte baixo, apresentando uma altura de 170 cm. Produz

na sua extremidade superior uma panícula (cacho) compacta de grãos e, após a

colheita, como o resto da planta ainda se encontra na fase verde, é utilizada como

feno ou pastejo.

Atualmente, entre os cereais, o sorgo ocupa o quinto lugar em área plantada no

mundo, atrás, apenas, do trigo, arroz, milho e cevada.

É considerado um dos cereais mais resistentes a situações adversas como seca e

calor extremo. Durante esse período crítico, a planta entra numa fase de descanso e

retoma o seu desenvolvimento quando ocorrem as condições propícias .

Como forma de fomentar a produção do sorgo, o Governo de Pernambuco

estabeleceu um leque de incentivos. Inicialmente, elaborou uma estratégia para

reduzir a dependência do estado com as importações de milho, promovendo a

expansão da cultura do sorgo granífero e o fortalecimento do pólo avícola estadual.

Nos países onde a avicultura é mais desenvolvida e tem um aspecto mais lucrativo, as

rações à base de milho foram parcialmente substituídas pelo sorgo granífero. Em

Pernambuco, há uma tendência de se adotar esse comportamento, tendo em vista

que a avicultura encontra-se em plena fase de crescimento.

Foi lançado pelo Governo do Estado um programa denominado Programa do Sorgo

Granífero em Pernambuco, através do qual a Secretaria de Produção Rural e Reforma

Agrária – SPRRA e Secretaria de Planejamento – SEPLAN, juntamente com diversos

parceiros, entre eles, a CONAB, mediante o Programa de Aquisição de Alimentos-

PAA que contém os instrumentos Compra Direta da Agricultura Familiar-CDAF e

Compra Garantida da Agricultura Familiar-CGCAF, que regulamenta a aquisição da

Page 29: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

29

produção dos agricultores familiares, ampliando, com isso, o número de produtores

desse grão, passando de 400 para 5.000. Essa alteração representa um aumento na

produção que, de 12.000 toneladas, passará para 150.000 toneladas até o final de

2005, conforme dados divulgados pelo Governo Estadual.

Abaixo, segue um quadro demonstrativo onde contém dados conclusivos fornecidos

por técnicos da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária-IPA, baseados a

partir de experiências obtidas com o plantio do sorgo e do milho.

Competitividade no Estado de Pernambuco

Sorgo Granífero x Milho

Produto Necessidade

de chuva Produtividade em sequeiro

Expectativa colheita/ano

Custo p/ hectare

Ciclo da cultura

Utilização na ração

Garantia compra

SORGO 300 mm 3.000 kg/ha 9 em 10 R$ 550,00

90 a 110 dias

100% Sim

MILHO 600 mm 700 kg/ha 2 em 10 R$ 1.200,00

120 dias

100% Não

FONTE – IPA

Atualmente, 112 municípios estão sendo contemplados com o zoneamento Agrícola

promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA,

perfazendo um total de 4 milhões de hectares destinados ao plantio do sorgo.

No que diz respeito à Licença Ambiental, de acordo com o Banco do Brasil S/A e o

Banco do Nordeste do Brasil, doravante, como forma de beneficiar os produtores

familiares, a mesma não será exigida quando se tratar da cultura do Sorgo.

A taxa mínima estipulada para pagamento dessa Licença é de R$ 926,00. Entretanto,

existe, atualmente, tramitando na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco,

um projeto que visa isentar os produtos agrícolas desse tributo.

Page 30: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

30

Produto = Sorgo

Brasil, Região Geográfica e Unidade da Federação

Brasil Nordeste Pernambuco

Área (Em mil ha)

Produção (Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção ((Em mil t)

Área ((Em mil h)

Produção (Em mil t)

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

Safra 02/03

Safra 03/04

735,5 892,7 1.696,7 2.009,1 77,3 90,5 112,4 169,7 4,4 7,5 4,7 13,4

FONTE – CONAB

A análise feita entre o levantamento da safra 2002/2003 e 2003/2004 demonstra que

houve um aumento expressivo na área e na produtividade, resultando numa alteração

significativa de 8.700 toneladas na produção e uma variação de 185,1%.

RESULTADO DA ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRAS 2002/2003 E 2003/2004 - PERNAMBUCO

Área

(em mil ha)

Produtividade

(kg/ha)

Produção

( em mil t )

Produto

Agrícola Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR % Safra

02/03

Safra

03/04

VAR %

Sorgo 4,4 7,5 70,5 1.064 1.785 67,8 4,7 13,4 185,1

FONTE - CONAB

Fazendo um comparativo com as avaliações anteriores podemos observar, conforme

quadro demonstrativo seguinte, que a partir da 1ª estimativa de levantamento houve

um aumento expressivo na área, produtividade e produção desse produto.

Page 31: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

31

EVOLUÇÃO DA ESTIMATIVA DE ÁREA PLANTADA, PRODUTIVIDADE E PRODUÇÃO SAFRA 200/2003 E 2003/2004 - PERNAMBUCO

Produto Agrícola Sorgo Área ( em mil / ha )

02/03

1ºLevant.

Fev/04

2ºLevant.

Abr/04

3ºLevant.

Jun/04

4ºLevant.

Ago/04

5ºLevant.

Out/04

4,4 4,4 7,5 7,5 7,5 7,5

Produtividade ( kg / ha )

1.064 1.064 1.230 1.785 1.785 1.785

Produção ( em mil / t )

4,7 4,7 9,2 13,4 13,4 13,4

FONTE - CONAB

Mandioca

Originária da América do Sul, a mandioca constitui um dos principais alimentos

energéticos para cerca de 500 milhões de pessoas, sobretudo, nos países em

desenvolvimento, onde é cultivada em pequenas áreas com baixo nível tecnológico.

Entre os mais de 80 países produtores de mandioca, o Brasil gera mais de 15% da

produção mundial.

Historicamente, a mandioca teve papel importante no Brasil, desde o período colonial

até os tempos atuais, e essa cultura ainda poderá vir a ser um dos alicerces de um

desenvolvimento sustentável futuro.

Page 32: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

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A mandioca é classificada como um vegetal de fácil adaptação, sendo cultivada em

todos os estados brasileiros e incluída entre os nove primeiros produtos agrícolas do

País, em termos de área cultivada, e o sexto, em valor de produção.

O Brasil deverá colher no ano de 2005, aproximadamente, 25 milhões de toneladas de

raiz de mandioca e em 2004, segundo dados fornecidos pelo IBGE, a produção

nacional foi de 23,9 milhões de toneladas.

O Paraná, atualmente, é o estado que detém a maior distribuição de fécula de

mandioca com uma participação de 60%, juntamente com Mato Grosso, São Paulo e

os demais estados, que contabilizam uma distribuição de 20%, 10% e 10%,

respectivamente.

Os registros mostram que o Nordeste detém o percentual significativo de 34,7%. No

contexto regional, a Bahia é o estado com maior produção e no contexto nacional

essa participação representa 17,3%. Em seguida, ressaltamos a região Norte com

25,1% e tem o estado do Pará como o maior produtor regional e nacional com uma

participação de 18%,6.

O estado de Pernambuco detém uma área plantada de 41.767 hectares com

produtividade média de 10.264 kg/ha e produção de 473.909 t. No “ranking” nacional

está classificado em 4º lugar nos itens área plantada e produção, números inferiores

apenas aos dos estados do Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte. No item

produtividade, está em 3° lugar, competindo com o Piauí e o Rio Grande do Norte.

Evolução da Área, Produção e Produtividade

Área hectare Produção tonelada Produtividade kg/ha Produto

2003 2004 2003 2004 2003 2004 Brasil Mandioca 1.645.720 1.780.870 22.146.801 24.230.333 13.457 13.457 Nordeste Mandioca 780.134 817.007 8.174.013 8.936.846 10.478 10.478 Pernambuco Mandioca 41.767 46.172 440.447 473.909 10.545 10.545 FONTE - IBGE

Page 33: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

33

Na região Nordeste, a produção da mandioca é, tradicionalmente, destinada à

produção de farinha e as indústrias de processamento desse produto – Casas de

Farinha – são de propriedade privada, eventualmente, com fins empresariais, e as

comunitárias. No estado de Pernambuco, os municípios que se destacam nessa

atividade são: Araripina, localizado no Sertão, onde o preço da raiz é comercializado

por, aproximadamente, R$ 100,00/ t ; Lajedo e Feira Nova, localizados no Agreste,

comercializando ao preço de R$ 90,00/ t.

Fruticultura

A fruticultura é um dos setores que mais crescem no país, e esse desempenho está

intimamente ligado aos bons resultados que o setor vem obtendo com as exportações

de suco e frutas frescas.

Produzindo frutas de climas tropicais e temperados, o Brasil tem na fruticultura um dos

esteios do agronegócio. O setor emprega hoje mais de 5 milhões de pessoas e ocupa

uma área de 3,4 milhões de hectares. Estima-se que para cada US$ 10mil investido

em fruticultura, são criados três empregos diretos e dois indiretos.

Com uma fruticultura diversificada, o Brasil é atualmente um dos maiores pólos

mundiais de produção de sucos de frutas.

No setor de frutas frescas, o Brasil é o terceiro do mundo em produção, atrás apenas

da China e da Índia, com uma colheita anual de cerca de 38 milhões/t.

No Nordeste o Pólo Petrolina/Juazeiro é formado pelos seguintes municípios:

Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, em Pernambuco;

Juazeiro, Sobradinho, Casa Nova e Curaçá, na Bahia. Situado no semi-árido

nordestino, no submédio São Francisco, o Pólo Petrolina/Juazeiro tem apresentado

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acelerado crescimento da produção agrícola irrigada. É considerado o maior e mais

dinâmico pólo de fruticultura irrigada do Brasil.

A transformação da região iniciou-se nos anos 70 e acelerou-se nos anos 80, com

base na ação do Governo Federal, via Codevasf, com a intensificação da implantação

dos projetos de irrigação. Atualmente, há uma área de mais de 100.000 ha irrigados,

entre projetos públicos e privados, e um potencial de cerca de 220.000 hectares.

A iniciativa privada vem mostrando acentuado dinamismo na Região destacando-se

as culturas de manga e uva, em grande parte voltadas para a exportação. Além da

uva e da manga, os pomares irrigados da região são cobertos por outras 45 diferentes

culturas irrigadas, com destaque para banana, coco, goiaba e cítricas.

Com o avanço na produção de frutas a agroindustrialização está se expandindo,

especialmente na produção de concentrados e na produção de vinho. Imensas áreas

de vinhedos estão produzindo uvas de excelente qualidade para produção de vinhos

que já estão concorrendo com os vinhos produzidos no sul do país.

Uva

Pernambuco vem destacando-se como um modelo de desenvolvimento no Nordeste e

consolida-se, definitivamente, como um dos maiores produtores vitivinícolas do país

sendo responsável por 95% da uva de mesa cultivada no Brasil e pela produção de 5

milhões de litros de vinho/ano, detendo 15% do mercado nacional e empregando

diretamente um contingente de 30 mil pessoas no Vale do São Francisco, única região

no mundo que produz duas safras e meia/ano.

Com cerca de sete mil hectares de plantação de uva de mesa e mais de 500 hectares

de uvas viníferas, o estado é um verdadeiro atrativo a diversos empreendedores e

Page 35: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

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proprietários de fazendas que vivem no Brasil ou provenientes da Europa, já iniciando

as primeiras plantações.

Entre as dez empresas instaladas na região, três vinícolas são de origem

pernambucana e precursoras na atividade de produção de vinhos, gerando uma

produção anual de quatro milhões de litros destinados ao mercado interno e externo e

comercializado com as marcas Bottichelli, Bianchetti e Adega do Vale.

Uma das principais metas do Governo do Estado é estimular progressivamente a

produção de vinhos e investir no Vale do São Francisco, apostando na formação do

Pólo Internacional de Vinhos Finos e consolidar a sua intenção de aumentar a

produção para 50 milhões de litros/ano e ampliar para 50% a participação de

Pernambuco no mercado nacional de vinhos.

Cajucultura

O agronegócio do caju tem elevada expressão no Nordeste brasileiro apresentando

peculiaridades tanto do ponto de vista econômico como social, tendo em vista sua

relevância na pauta das exportações com a venda da castanha de caju, como também

pela absorção de mão-de-obra agrícola em período não coincidente com o de outras

culturas. A prática dessa atividade ocupa uma área de 700 mil hectares e é

responsável pela geração de 300 mil empregos diretos e indiretos na região.

A cajucultura está concentrada nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí,

onde abrange mais de 95% da produção.

No Nordeste, 17,65% de suas terras são consideradas plenamente aptas à

cajucultura, sendo 11,57%, 22,33% e 48,45%, com aptidão denominada regular,

marginal e inaptas, respectivamente.

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Em Pernambuco, as principais áreas destinadas à cultura de caju estão localizadas no

semi-árido, no Agreste de Garanhuns, Alto e Baixo Capibaribe, Vale do Ipojuca,

Brejo, Sertão do Pajeú e Araripe, contabilizando um total de, aproximadamente,

10.000 ha, representando, apenas, 1,3% de área cultivada na região Nordeste.

DEMONSTRATIVO DA PRODUÇÃO EM PERNAMBUCO

Produto

UF

Área 1.000 ha

Produção t

Preços Médios R$

Região Produtora

Castanha Caju

PE

10.000

6.913

1.100,00 (t)

Agreste e Sertão

FONTE - IBGE

A amêndoa da castanha do caju industrializada representa cerca de US$ 150 milhões

anuais na pauta das exportações e é classificado como o segundo maior item de

produtos originários do setor hortifrutícola, com uma participação de,

aproximadamente, 25% no “ranking” mundial. Esses dados mostram que o estado de

Pernambuco encontra-se excluído da parte considerada mais relevante da exploração

cajueira traduzindo prejuízos aos produtores e indústrias pernambucanas.

Carcinicultura

O cultivo de camarão marinho teve origem no Sudoeste da Ásia e era praticado,

inicialmente, para fins de subsistência.

Durante séculos até a década de 30, essa atividade se manteve com características

basicamente artesenais.

Page 37: Conjuntura Regional - PERNAMBUCO 2004

37

O avanço ocorreu, após uma experiência feita pelo Japão dentro de laboratório com o

objetivo de obter a desova de fêmeas capturadas no mar para produção comercial de

pós-larvas. A tecnologia introduzida nessa experiência deu origem ao que hoje é

denominado de carcinicultura, uma atividade econômica mundial que movimenta

algo em torno de US$ 10 bilhões/ano.

No Nordeste brasileiro a carcinicultura é praticada utilizando a variedade denominada

branco do pacífico ou cinza e cientificamente chamada Litopenaeus Vannamei.

Apesar de ser ainda incipiente no Brasil, nos últimos dez anos essa atividade vem

revelando sua real viabilidade técnica e econômica, surgindo como umas das

alternativas mais promissoras do setor primário da economia regional em termos de

geração de emprego e renda, refletindo no desenvolvimento nacional e criando

grandes perspectivas de fortalecimento da posição do Brasil no cenário internacional.

Desde 2001 o estado de Pernambuco vem ocupando a 4ª posição no “ranking”

nacional, contabilizando uma produção de 5.831 toneladas/ano de camarão,

cultivados por 79 produtores e distribuídos em 1.131 ha de viveiros.

Entre os 28 laboratórios de pós-larvas existentes no Brasil, três encontram-se

instalados em Pernambuco e reunidos comercializaram 1,9 bilhões de unidades no

ano de 2003.

Ainda sobre 2003, ressaltamos alguns dados relevantes sobre essa atividade em

Pernambuco: o estado exportou pouco mais de 30 milhões de dólares, um total

superior ao ano de 2002 que foi de 23,4 milhões de dólares, representando um

aumento de 29,9% e uma comercialização inferior, apenas, a dos estados do Ceará e

Rio Grande do Norte, e promoveu a geração de 4.240 empregos diretos e indiretos,

em função do cultivo do camarão cinza.

Em 2004, uma ação antidumping movida pela Aliança dos Pescadores do Sul dos

Estados Unidos contra os produtores brasileiros de camarão produziu efeitos

extremamente negativos nessa atividade econômica. Uma das conseqüências foi a

queda de 30% nas exportações pernambucanas nos primeiros 8 meses do ano,

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38

quando comparamos o comportamento das exportações no período correspondente

em 2003.

Floricultura

O ano de 1950 foi um marco na floricultura no Brasil, com a criação da Cooperativa

Agropecuária de Holambra, dando início ao desenvolvimento dessa atividade

econômica e, tempos depois, em 1988, introduzindo um arrojado programa de

reestruturação.

Tal iniciativa ocorreu exatamente quando a Holanda, considerado o maior produtor

mundial de flores, vinha enfrentando questionamentos de ambientalistas da

Alemanha. Essa lacuna permitiu uma maior abertura no exterior criando possibilidades

para que o Brasil desse maior visibilidade ao seu produto no mercado internacional e,

assim, pudesse comercializá-lo.

Em 1997, a cadeia produtiva brasileira de flores e plantas ornamentais movimentou

cerca de US$ 1 bilhão. Em 2002, suas exportações atingiram US$ 14,9 milhões,

menos 5% da produção brasileira no período, estimada em US$ 350 milhões.

De acordo com informações do IBRAFLOR – Instituto Brasileiro de Floricultura, as

exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais somaram US$ 11,749 milhões

no primeiro semestre de 2004, representando 30,7% a mais do total exportado no

mesmo período em 2003.

No Brasil, Pernambuco foi o estado pioneiro no cultivo de flores tropicais e, ainda,

mantém sua liderança em área cultivada. Essa peculiaridade está historicamente

vinculada à ação de Roberto Burle Marx, um paisagista que residiu em Recife entre os

anos 1934 e 1937 e implantou seu primeiro e grande projeto de paisagismo ao utilizar

plantas tropicais durante o período em que ocupou o cargo de chefe de obras e

jardins.

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39

A evolução da área cultivada em Pernambuco através da ampliação, que em 1994 era

de cinco hectares, passando para cerca de setenta em 2002, evidencia o entusiasmo

e o esforço dos produtores que contam com o apoio das entidades integrantes do

Comitê Pernambucano de Floricultura.

O espaço econômico de referência da floricultura tropical em Pernambuco está

concentrado na Zona da Mata, especificamente, nos municípios de Barra de

Guabiraba, Bonito, Cabo de Santo Agostinho, Camocim de São Félix, Chã Grande,

Garanhuns, Gravatá, Igarassu, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Petrolina, São

Lourenço da Mata e Camaragibe, esse classificado como o maior centro produtor

existente da região.

Apicultura Conforme dados estatísticos, a apicultura é uma atividade em franca expansão no

Brasil.

O país, que em 1994 estava classificado em 16º lugar no “ranking” mundial entre os

maiores exportadores de mel, saltou para o 4º lugar em 2004. Segundo o IBGE, a

produção de mel em 1990 era de 10.181.289 kg e passou para 23.995.350 kg em

2002.

Os números registram que a produção estimada de mel de abelha em Pernambuco é

de, aproximadamente, 300/t/ano, com destaque a produção oriunda do Araripe,

representando em torno de 80%, somados aos 9% gerados pela Região do Moxotó

(Ibimirim, Inajá e Floresta), 6% da Região de Itaparica e, finalmente, os 5% que se

encontram distribuídos no restante do território pernambucano.

No Nordeste, dentro da escala de produção, Pernambuco ocupa o 3º lugar com uma

participação de 13,5%.

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A média de produção de mel por colmeia é de 25 kg/ano e o preço atual do produto

comercializado na Região do Araripe é de R$ 3,50/kg, R$ 5,00 /litros e R$ 90,00/lata

de 25 kg (17,5 litros).

O estado de Pernambuco comemora suas primeiras exportações de mel de abelha no

mercado americano e europeu, contando com um plantel de dois mil produtores, entre

criadores formais e extrativistas.

No ano passado, 150 toneladas do produto foram enviadas ao mercado externo. As

perspectivas para esse ano são de crescimento na ordem de 35%, ultrapassando a

marca das 200 toneladas, representando um ganho estimado em US$ 300 mil (R$

990 mil, aproximadamente).

Pecuária Leiteira

Em Pernambuco, nos últimos dois anos, a produção de leite cresceu 23% e está

concentrada no Agreste a maior bacia leiteira do estado, com uma representatividade

de 73%.

O Programa Leite em Pernambuco, desenvolvido pelo Governo Estadual, impulsionou

a cadeia produtiva leiteira e potencializou a produção local, gerando emprego, como

também favoreceu as regiões do Agreste, Zona da Mata e Metropolitana do Recife.

Existem 14 mil pequenos e médios produtores nessa atividade gerando uma produção

diária de 980 mil litros.

Pernambuco contabiliza uma produção de 360 milhões de litros/ano e ocupa,

atualmente, a 2ª posição entre os estados nordestinos e está incluído entre os

maiores produtores nacionais.