conjuntura janeiro 2015

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COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE SÃO PAULO GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO - GEDES SETOR DE APOIO À LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA - SEGEO SUPERINTENDENTE REGIONAL ALFREDO BRIENZA COLI GERENTE DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO LUIZ ALBERTO MARTINS ENCARREGADO DO SETOR DE APOIO À LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA – SEGEO ANTONIO CARLOS COSTA FARIAS EQUIPE TÉCNICA Cláudio Lobo de Ávila Carlos Alberto Campos Marisete Bellolli Francisco Cajueiro Elaine Ferreira Elias Tadeu de Oliveira

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Page 1: Conjuntura Janeiro 2015

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE SÃO PAULO GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICO - GEDES

SETOR DE APOIO À LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA - SEGEO

SUPERINTENDENTE REGIONAL ALFREDO BRIENZA COLI

GERENTE DE DESENVOLVIMENTO E SUPORTE ESTRATÉGICOLUIZ ALBERTO MARTINS

ENCARREGADO DO SETOR DE APOIO À LOGÍSTICA E GESTÃO DA OFERTA – SEGEO

ANTONIO CARLOS COSTA FARIAS

EQUIPE TÉCNICA Cláudio Lobo de Ávila Carlos Alberto Campos

Marisete BellolliFrancisco Cajueiro

Elaine Ferreira Elias Tadeu de Oliveira

Page 2: Conjuntura Janeiro 2015

Superintendência Regional de São Paulo Gerência de Desenvolvimento e Suporte Estratégico – GEDES

Setor de Apoio à Logística e Gestão da Oferta – SEGEOResultado do 5º Levantamento de Intenção de Plantio da Safra 2014/2015

Estado de São Paulo – Janeiro/2015

Introdução

A Superintendência Regional da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB/SP,realizou no período de 20 a 25 de Janeiro de 2014, o 5º Levantamento da Safra 2014/15 noestado de São Paulo, onde foram aplicados os respectivos questionários para asculturas das safras de verão. Neste levantamento, os técnicos da CONAB percorreram diversas regiões produtoras doEstado ( 04 roteiros ), onde mantiveram contatos com cooperativas, associações deprodutores, sindicatos, agroindústrias, revendas de produtos agropecuários, agentesfinanceiros envolvidos com o agronegócio e regionais do Instituto de Economia Agrícola– IEA - do Estado de São Paulo.

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Segundo informações colhidas junto aos nossos informantes, o clima começa a dar sinais de melhora. As chuvas estão ocorrendo praticamente todas as regiões produtoras do estado de São Paulo. Devido a essa melhoras significativa no clima, os produtores já concluíram o plantio da safra 14/15.

Page 3: Conjuntura Janeiro 2015

Mapa acima mostra melhora significativa em praticamente todas as regiões produtoras do estado de São Paulo.

ESTÁGIOS DAS CULTURAS ( % )-média

GERMINA ÇÃO

DES.VEGETATIVO

FLORAÇÃO

FRUTIFICAÇÃO

MATURAÇÃO

COLHIDO

ARROZ 50 50

AMENDOIM 1ª

30 70

ALGODÃO 40 60FEIJÃO 1ª 100SOJA 30 70MILHO 1º 40 60

OBS.: Feijão ( representativo na regiões Sudoeste) plantado em jul/ago com parte irrigada

Page 4: Conjuntura Janeiro 2015

CULTURAS REPRESENTATIVAS

ALGODÃO : Esta cultura vem desaparecendo ao longo dos últimos anos no estado de SãoPaulo, face aos altos custos de produção (insumos ) e a necessidade de maquinários modernos ( de alto valor ) para o seu beneficiamento. O produtor está bastante desestimulado devido aos baixos preços que estão sendo pagos pelo algodão e, na presente safra o produtor migrou para a soja ( + rentável )

Área (ha) Produtividade (kg/ha)Anterior Atual % Anterior Atual % 7.132 3.770 - 47,1 3.425 3.259 - 4,8

Comentários

Sinaliza com forte redução na área a ser plantada, devido aos baixos preços pagos hoje a essa cultura.

AMENDOIM 1ª SAFRA: O amendoim, nesta safra, sofre com menor oferta de áreas para sua expansão, devido a menor renovação dos canaviais, com a qual faz rotação de cultura. Os preços estão sendo considerados satisfatórios pelo segmento produtor, entretanto apresenta RECUO na área da safra 14/15. Em torno de 80% desse amendoim é destinado aos mercados da Europa. O restante é vendido internamente para as Empresa do ramo de doces.

Área (ha) Produtividade (kg/ha)Anterior Atual % Anterior Atual % 77.150 75.084 - 2,7 2.994 3.190 6,6

Comentários

Sinaliza com queda de área devido a indisponibilidade de terras para seu avanço.

Page 5: Conjuntura Janeiro 2015

ARROZ – 1º SAFRA

Área (ha) Produtividade (kg/ha) Anterior Atual % Anterior Atual % 13.997 13.454 - 3,9 3.328 3.327 0,0

Comentários

Sinaliza com queda de área. Produtor pouco estimulado em razão dos preços baixos.O arroz tradicionalmente consumido nos grandes centros são oriundos do RS (arroz tipo agulhinha). Esse produzido no estado de São Paulo e consumido nas próprias regiões onde são produzidos.

FEIJÃO 1ª SAFRA : O Governo elevou em 28,1% o preço mínimo o feijão e o fixou em R$ 95,00, objetivando incentivar o plantio desta importante cultura na alimentação do brasileiro. No estado paulista, quase todo o feijão é produzido na região Sudoeste do Estado. Houve excesso de produção na safra passada (13/14) . Em razão disso os produtores migraram para a soja, que está tendo preços considerados satisfatórios pelo segmento.

Área (ha) Produtividade (kg/ha) Anterior Atual % Anterior Atual % 48.197 39.705 - 17,6 2.295 2.068 - 9,9

Comentários

Excesso de produção ( na safra passada) e preços baixos, trouxeram desestimulo ao segmento produtor.

MILHO 1ª SAFRA: Já na safra anterior , o produtor migrou para a soja, devido aos bons preços de mercado praticados por aquela cultura, tanto interna como externamente. Houve grande produção na safra passada do milho safrinha e, como consequência está havendo excedente desse grão. Os preços estão baixos, com poucas perspectivas de recuperação ao longo dos meses que se seguem, bem como notícias de grande produção em países como os Estados Unidos ( principal produtor e exportador desse grão no mundo). Apresenta forte queda na área da safra que ora se inicia ( 14/15).

Área (ha) Produtividade (kg/ha) Anterior Atual % Anterior Produtividade %427.301 390.132 - 8,7 5.264 5.666 7,6

Page 6: Conjuntura Janeiro 2015

Comentários

Preços baixos, aliado a poucas perspectivas de recuperação, a curto/ médio prazo, estão desestimulando o plantio desse grão, sinaliza forte quebra de área na safra que ora se inicia ( 14/15). Em razão de boas condições climáticas, espera-se boa produtividade.

SOJA: : O produtor procurou investir nessa cultura, devido aos excelentes preços que o mercado vem praticando desde a safra anterior (13/14) . Entretanto, em razão degrande produção em países produtores como os Estados Unidos, maior produtor eexportado do grão, os preços estão apresentado uma pequena redução, mas nada queesteja desestimulando o produtor a optar por essa cultura.

Área (ha) Produtividade (kg/ha) Anterior Atual % Anterior Produtividade % 753.662 798.078 5,9 2.246 2.672 19,0

Comentários

Esta safra ( 14/15 ) sinaliza com preços menores para a soja, entretanto está sendo considerado remunerador pelo segmento produtor. Em razão das boas condições climáticas, sinaliza com forte recuperação na produtividade.

AQUISIÇAO DE INSUMOS

Grande parte dos produtos anteciparam a compra dos insumos procurando desta forma, minimizar o custo desses importantes componentes no custo de produção da lavoura. Em razão da baixa taxa de juros (em torno de 3,5%) existe expectativa de pequeno aumento na aquisição de máquinas e implementos agrícolas para a presente safra.

CRÉDITO DE CUSTEIO

Os agentes financeiros colocaram à disposição do segmento produtor volume de recursos suficientes para o plantio da safra 2014/2015. Os produtores ( desde que comprovassem capacidade de pagamento ) tiveram acesso a esses recursos.

Page 7: Conjuntura Janeiro 2015

MODALIDADE DE FINANCIAMENTO

A maioria dos produtores do estado de São Paulo ( 80%), buscaram juntos aos agentes financeiros, exceção para a região Sudoeste do estado, onde esses recursos são bancados pelas cooperativas e revendas de insumos da região.

CONJUNTURAS

AMENDOIM

Plantio

Os melhores meses para plantio em São Paulo são setembro/outubro, na safra deprimavera/verão, e fevereiro/março, no plantio de segunda safra, que atualmente épraticamente inexistente, devido à baixa produtividade.

Os plantios de setembro/outubro são os que alcançam maior produtividade secomparados aos meses mais tardios, desde que haja temperatura e umidade no solo paraassegurar a plena germinação e desenvolvimento inicial das plantas.

Os plantios de fevereiro/março, em sequeiro, deixaram de ser representativos devido aosriscos de perdas de produtividade por causa da estiagem no final do ciclo. Por isso, nãose recomenda o plantio de cultivares de ciclo longo nessa época.

O espaçamento médio entre linhas recomendado para cultivares de porte ereto é 60centímetros (com variações como 50 x 50 x 70 centímetros) e a densidade de semeadura éde cerca de 20 sementes por metro. O plantio para trabalho de arrancador mecânicoamplamente difundido é de 90 centímetros, com plantio em linhas filipadas e roçagem daramada quando a opção for arranquio mecânico.

Para cultivares rasteiros, o espaçamento médio entre linhas deve ser de 90 centímetros,deixando-se cair de 18 a 20 sementes por metro. A profundidade de plantio varia, emgeral, entre 5 e 8 centímetros (para solos arenosos, recomendam-se plantios maisprofundos). O espaçamento entre linhas pode variar em função das operaçõesmecanizadas da colheita.

As melhores sementes para plantio são as certificadas, produzidas por empresascredenciadas. O uso frequente de sementes próprias ou sem certificação poderepresentar perdas de produtividade e de qualidade comercial do amendoim.

A escolha do cultivar a ser plantado deve se basear no conhecimento sobre odesempenho do cultivar na região e na demanda do produto pelo mercado.

Cultivares no Brasil

O Brasil possui cultivares de amendoim em todas as regiões, mas são escassos. Dezoitodeles são oficialmente registrados para cultivo comercial e reprodução de sementes

Page 8: Conjuntura Janeiro 2015

certificadas, visando preservar suas qualidades. Porém, alguns poucos são efetivamenteutilizados.

Segundo dados do pesquisador Ignácio Godoy, responsável pelo programa demelhoramento genético, em São Paulo, principal estado produtor, predominam doiscultivares: Runner IAC 886 e IAC Tatu ST – ambos difundidos pelo Instituto Agronômicode Campinas (IAC). Esses e outros cultivares em fase de lançamento no mercado sãoapresentados a seguir.

Runner IAC 886

É de hábito de crescimento rasteiro, apresentando, em São Paulo, um ciclo de 125 a 130dias, do plantio à colheita. Em condições favoráveis (temperatura, fertilidade do solo,controle de pragas e doenças, e ausência de estresse hídrico), sua produtividade máximaé de 6.500kg/hectare de amendoim em casca.

Esse cultivar é suscetível a pragas e doenças, por isso há necessidade deacompanhamento constante da lavoura, e indicação de pulverizações com inseticidas efungicidas para controle. Os grãos desse amendoim são de pele rosada e de tamanhomaior que os tradicionais, mais conhecidos no Brasil.

IAC Tatu ST

Cultivar do tipo valência (denominação vulgar de amendoins de vagens alongadas commais de duas sementes ou grãos), caracteriza-se pelo porte ereto, pelas vagens longas eretilíneas com três a quatro grãos de tamanho pequeno, de pele vermelha e saborligeiramente adocicado.

É o mais tradicional e ainda consumido principalmente torrado com pele. Porém, estáperdendo espaço no mercado brasileiro para os amendoins do tipo runner, cujos grãosoferecem opções para a elaboração de uma variedade maior de produtos, entre doces econfeitos, amendoins salgados sem pele, além de serem exportados em maiorquantidade.

IAC 213

Para os agricultores, os cultivares rasteiros têm uma série de vantagens sobre os tiposeretos. Por exemplo: maior potencial produtivo, melhor qualidade da colheita (arranquio eenleiramento mecanizados) e menor quantidade de amendoins “brotados”, que afetam aqualidade do produto.

O programa de melhoramento genético do IAC vem trabalhando no desenvolvimento decultivares rasteiros. Um deles, criado recentemente, é o IAC 213, que associa o porterasteiro com a produção de grãos com pele vermelha, semelhantes aos tradicionais.

Page 9: Conjuntura Janeiro 2015

O IAC 213 tem outra vantagem: o ciclo vegetativo de cerca de 120 dias, do plantio àcolheita, facilita sua adoção em regiões que vivem a fase de renovação da cana-de-açúcar.

As vagens de IAC 213 possuem moderada constrição, bico com pequena proeminência,casca fina e levemente reticulada. Cada vagem contém dois grãos arredondados, detamanho pequeno a médio, uniformes entre si, ideais para produtos confeitados.

Fonte: Abicab

PREÇOS AMENDOIM

PRODUTO UF CIDADE OBS. PREÇO DATAAmendoim com Casca Sc 25Kg

SP Assis A vista 31,04 12/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Barretos A vista 29,31 12/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Jaboticabal A vista 29,31 12/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Marília A vista 41,03 12/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Presidente Prudente

A vista 39,08 12/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Ribeirão Preto A vista 33,21 12/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Tupã A vista 39,08 12/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Assis A vista 31,04 09/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Barretos A vista 29,31 09/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Jaboticabal A vista 29,31 09/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Marília A vista 41,03 09/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Presidente Prudente

A vista 39,08 09/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Ribeirão Preto A vista 33,21 09/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Tupã A vista 39,08 09/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Assis A vista 31,04 08/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Barretos A vista 29,31 08/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Jaboticabal A vista 29,31 08/01/15

Amendoim com Casca Sc SP Marília A vista 41,03 08/01/15

Page 10: Conjuntura Janeiro 2015

25Kg

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Presidente Prudente

A vista 39,08 08/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Ribeirão Preto A vista 33,21 08/01/15

Amendoim com Casca Sc 25Kg

SP Tupã A vista 39,08 08/01/15

Fonte: Agrolink

CAFÉ

CONAB DIVULGA SAFRA 2015

A estimativa para a safra de café deste ano está entre 44,11 milhões e 46,61 milhões desacas de 60 quilos do produto beneficiado. Os dados foram apresentados hoje pelaCompanhia Nacional de Abastecimento (Conab) durante a divulgação do primeirolevantamento da safra.

Em 2014, a produção fechou com 45,34 milhões de sacas, número considerado abaixo doesperado, já que as questões climáticas, como estiagem e frio intenso em regiões deprodução, afetaram as plantações. O presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos,disse que, ainda assim, o país está mantendo a estabilidade. “Estamos com tendência deestabilidade da produção em 45 milhões de toneladas de café. Tanto é que no ano debienalidade positiva foi isso e neste ano também.”

A Conab tem acompanhado as temperaturas registradas no país a cada 15 dias. “Issoajuda o setor privado e o público a perceberem se o clima estará, ou não, afetando asnossas previsões de safra daqui para a frente”, ressaltou o diretor de Política Agrícola eInformações da Conab, João Marcelo Intini.

Para o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento, Rodolfo Osório de Oliveira, ainda é cedo para saber como o clima destemês vai afetar a produção do ano. Segundo ele, a expectativa para 2015 quanto àestabilidade das chuvas é uma boa notícia. “O fato de ter um volume de produção muitosimilar ou quase igual ao do último ano alenta um pouco. Mostra que pode ser que esteano tenhamos um volume de produção pelo menos igual ao do ano anterior.”

De acordo com as leituras feitas até agora, o prognóstico climático é de normalidade atémarço. O próximo levantamento sobre a safra será feito em abril e divulgado em maiodeste ano. “Sem dúvida, o próximo levantamento é mais próximo da realidade, a colheitajá foi iniciada. Teremos uma leitura de campo muito mais próxima da realidade”, disseIntini.

Com relação às variedades, o café arábica – que representa 75% da produção nacional -tem estimativa, para 2015, entre 32,50 milhões e 34,40 milhões de sacas, o que representaprevisão de crescimento de 0,6% a 6,5% em comparação com 2014. A produção doconilon, que representa 24,9% do total, está prevista entre 11,61 milhões e 12,21 milhõesde sacas, o que, na comparação com o ano passado, indica queda entre 8,8% e 6,3%.Outra expectativa divulgada pela Conab é de redução da área de plantio por volta de 0,6%em relação à safra passada. Entre as causas estão as condições climáticas e asubstituição por culturas mais rentáveis em alguns estados.

Page 11: Conjuntura Janeiro 2015

Apesar dos problemas enfrentados no ano passado, as exportações de café não sofreramredução. “O padrão de exportação não deve ser reduzido. Os contratos e compromissosestão mantidos e as exportações continuam observando naturalmente a cotação do dólare os preços praticados”, afirmou Intini.

FFonte: Agência Brasil

ESTOQUE SEGURA EXPORTAÇÃO RECORDE DE CAFÉ

São Paulo - Mesmo com quebras de até 50% nas lavouras e redução da produtividade porconta da estiagem, a exportação cafeeira bateu o recorde em volume e faturamento em2014. Isso porque os estoques ajudaram os produtores a honrarem seus contratos, fatoque não poderá se repetir neste ano.

Balanço divulgado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé) mostraque o País embarcou 36,3 milhões de sacas entre os meses de janeiro e dezembro, alta de14,7% em relação a 2013. A receita chegou a US$ 6,57 bilhões, um salto de 26% sobre osUS$ 5,21 bilhões obtidos no resultado anterior.

Cenário negativo

"A essas 36 milhões de sacas exportadas, acrescente a demanda de 20 milhões de sacaspara suprir o mercado interno. A produção do ano passado nem atingiu a marca de 50milhões de sacas, faltaram pelo menos 10 milhões que foram supridas com estoque. Sóque, neste ano, se vendermos a mesma quantidade e a produção for pequena, nãoteremos estoque para suprir", explica o presidente da Cooperativa Regional deCafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Carlos Alberto Paulino.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que o Brasil colheu45,3 milhões de sacas de 60 quilos de café em 2014, queda de 7,7% na comparação com atemporada passada.

Segundo o executivo da maior cooperativa do mundo no setor, ainda não houve problemade desabastecimento de matéria-prima na indústria, mas a oferta deve ficar mais ajustadaa partir do mês de março. Daí em diante, maiores impactos negativos vão depender doclima da colheita.

Para o sul de Minas Gerais, principal estado produtor, uma avaliação da Cooperativa dosCafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel) já se estima queda de 20% na produçãode 2015 em função da seca recente em cafezais já prejudicados pela estiagem do anopassado. Na região, a produtividade também deve passar de 17 sacas por hectare para 15sacas por hectare, neste período. "A situação do sul de Minas está ainda pior que a nossa,no Triângulo Mineiro", confirma o presidente da Cooxupé.

Clima

A previsão é que as chuvas voltem às regiões cafeeiras a partir do dia 25 de janeiro epermaneçam durante todo o mês de fevereiro. O agrometeorologista da SomarMeteorologia, Marco Antônio dos Santos, acredita que em março deva vir uma novaestiagem.

"Haverá quebra de safra sim, mas não tão acentuada como em 2014. Temos que tomarcuidado porque a chuva está muito regionalizada, algumas áreas estão se beneficiando eoutras não, o que não traz condições nem um pouco favoráveis para os cafezais", afirma.

Page 12: Conjuntura Janeiro 2015

Preços

As preocupações em relação aos efeitos do clima para a safra brasileira têm sustentadoos contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York, que chegaram a subir maisde 4% na última semana. Paulino conta que não é possível estimar quais patamares ospreços da commodity podem atingir na hipótese da necessidade, e falta, de estoqueprojetada pela cooperativa, a única certeza é que devem seguir em alta.

Nesta safra, entre os meses de julho e dezembro de 2014, as exportações cafeeiraschegaram a 18,7 milhões de sacas, avanço de 13,2% ante o igual período de 2013. Ovolume foi negociado a cerca de US$ 196,27 por saca, uma variação anual de US$ 47,85,ou seja, crescimento de 32,2% nos preços praticados pelo mercado.

Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)mostram que os valores continuam crescentes desde no ano passado, com o fechamentodo Indicador Café Arábica Cepea/Esalq, ontem, aos US$ 187,15 ou R$ 499,31 por saca de60 quilos, avanço de 9,95% na variação mensal e ganho de 1,1% na diária.

Fonte: Abic

RISCO DE ESTIAGEM PREOCUPA

Estressados depois de dez meses de seca em 2014, os cafezais do sudeste brasileiro começam o ano com muito calor e chuvas esparsas. Novembro e dezembro acabaram revelando uma estação chuvosa mais fraca em seu início e agora não há previsão de chuvas importantes para os próximos 15 dias nas principais regiões produtoras de café. Os reservatórios apresentam níveis de água bem abaixo do que tinham no início de 2014 eos meteorologistas não parecem enxergar um quadro otimista para os próximos meses.

Em Nova Iorque, as cotações do café na ICE Futures US fecharam todos os dias em alta e os contratos com vencimento em março próximo ganharam 1900 pontos na semana. A alta reflete a preocupação dos operadores com o clima e corrige as baixas dos últimos dias de dezembro, quando os interessados em baixa aproveitaram os pregões esvaziados para derrubar as cotações.

O mercado futuro em alta ajudou o mercado físico brasileiro a começar seus negócios em 2015. Lotes de café arábica de boa qualidade foram negociados a partir de quinhentos reais por saca.

Os cafeicultores negociam com prudência, preocupados com a estiagem e com o aumento dos custos de produção. Sabem que a produção brasileira de café em 2015 no máximo repetirá a de 2014 e que se tivermos um verão com chuvas abaixo da média para esta época do ano, teremos uma quebra ainda maior e também reflexos na safra2016.

Mesmo que as chuvas de verão voltem mais à frente, o Brasil, em 2015, não terá café suficiente para repetir os recordes do ano passado, quando exportou 36 milhões e consumiu 21 milhões de sacas de 60 kgs ( Cecafé deverá divulgar os números oficiais dasexportações em 2014). As exportações de café pelo porto de Santos, em volume, também serão recordes. Em receita cambial, o melhor ano continuará sendo 2011.

Até o dia 8, os embarques de janeiro estavam em 249.230 sacas de café arábica, mais 5.079 sacas de café solúvel, totalizando 254.309 sacas embarcadas, contra 235.934 sacas no mesmo dia de dezembro. Até o dia 8 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 621.748 sacas, contra 597.397 sacas no mesmo dia do mês anterior.

Page 13: Conjuntura Janeiro 2015

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 2, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 9, subiu nos contratos para entrega em março próximo, 1.900 pontos ou US$ 25,13 (R$ 66,32) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 2 a R$ 573,50 por saca e sexta-feira, dia 9, a R$ 628,53 por saca. Hoje nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 315 pontos.

Fonte: Escritório carvalhais

Café Arábica Tipo 6 Duro Sc 60 Kg

UF Cidade Obs Preço DataSP Espírito Santo do Pinhal A vista 460,00 12/01/15 SP Franca A vista 500,00 12/01/15 SP Marília A vista 470,00 12/01/15 SP Espírito Santo do Pinhal A vista 460,00 09/01/15 SP Franca A vista 500,00 09/01/15 SP Marília A vista 470,00 09/01/15 SP Espírito Santo do Pinhal A vista 450,00 08/01/15 SP Franca A vista 500,00 08/01/15 SP Marília A vista 470,00 08/01/15 SP Espírito Santo do Pinhal A vista 450,00 07/01/15 SP Franca A vista 500,00 07/01/15 SP Marília A vista 460,00 07/01/15 SP Espírito Santo do Pinhal A vista 450,00 06/01/15 SP Franca A vista 490,00 06/01/15 SP Marília A vista 440,00 06/01/15

Fonte: agrolink

Page 14: Conjuntura Janeiro 2015

CANA-DE-AÇUCAR

Safra praticamente encerrada no Centro-Sul

O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da região Centro-Suldo Brasil alcançou 531,35 milhões de toneladas no acumulado desde o início da safra 2012/2013 até 31 de dezembro de 2012.

Considerando que a safra atual está praticamente encerrada, é factível comparar os valores acumulados até 31 de dezembro com os dados finais da safra 2011/2012. Neste exercício, observa-se uma expansão da moagem de 7,74% (531,35 milhões de toneladas até dezembro de 2012 contra 493,16 milhões de toneladas na safra 2011/2012).

Em dezembro de 2012, a moagem totalizou 20,75 milhões de toneladas, sendo 17,57 milhões de toneladas processadas na primeira quinzena do mês e 3,18 milhões de toneladas na quinzena seguinte.

Segundo o diretor Técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Antônio de Pádua Rodrigues, “a moagem acumulada até o momento é praticamente o número final dasafra 2012/2013 do Centro-Sul, pois apenas pouco mais de 10 unidades produtoras permaneceram em operação após 1º de janeiro de 2013, com produção marginal relativamente ao volume total da região”.

Qualidade da matéria-prima

No acumulado até 31 de dezembro de 2012, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar somou 135,64 kg, 1,39% abaixo dos

Page 15: Conjuntura Janeiro 2015

137,54 kg verificados no resultado final da safra 2011/2012.

Produção de açúcar e etanol

A proporção de cana-de-açúcar destinada à produção de etanol alcançou 50,38% no acumulado até 31 de dezembro, contra 51,56% no consolidado da safra anterior. No últimomês, este percentual atingiu 55,68%.

Como resultado, a produção de etanol acumulada desde o início da safra até dezembro de2012 somou 21,28 bilhões de litros, aumento de 3,58% relativamente à safra 2011/2012. Deste volume, 8,84 bilhões de litros referem-se ao etanol anidro (expressiva alta de 18,44% quando comparado à safra passada) e 12,44 bilhões de litros ao etanol hidratado.

Em dezembro de 2012, os volumes fabricados de etanol anidro e de etanol hidratado totalizaram, respectivamente, 404,77 milhões de litros e 491,19 milhões de litros. Com isso, a produção total de etanol no mês somou 895,96 milhões de litros, dos quais 738,50 milhões de litros produzidos na primeira quinzena.

Em relação à fabricação de açúcar, esta alcançou 34,07 milhões de toneladas no acumulado desde o início da safra até 31 de dezembro de 2012, crescimento de 8,84% comparativamente ao dado final da safra 2011/2012. No último mês, a produção atingiu 1,16 milhão de toneladas, contra 178,58 mil toneladas apuradas no mesmo mês de 2011.

Vendas de etanol

O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras da região Centro-Sul de abril até 31 de dezembro somou 16,84 bilhões de litros (7,06 bilhões de litros de etanol anidro e 9,78 bilhões de litros de etanol hidratado), alta de 4,05% comparativamente a igual período do ano anterior. Deste total, 2,88 bilhões de litros destinaram-se à exportação e 13,95 bilhões de litros ao mercado interno.

As vendas domésticas de etanol hidratado alcançaram 1,03 bilhão de litros em dezembro, crescimento de 22,27% em relação ao mesmo mês de 2011. Mas apesar desta expansão já observada nos meses precedentes, no acumulado desde abril da atual safra o volume comercializado (8,75 bilhões litros) permanece abaixo daquele registrado no mesmo período de 2011 (9,01 bilhões de litros).

No que se refere às vendas de etanol anidro ao mercado interno, estas atingiram 605,78 milhões de litros em dezembro de 2012, ante 571,25 milhões de litros comercializados no mesmo mês de 2011. No acumulado de abril a dezembro de 2012, as vendas de anidro internamente totalizaram 5,20 bilhões de litros.

Vendas de etanol pelas unidades do Centro-Sul

As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul em dezembroatingiram 2,25 bilhões de litros. Esse volume foi recorde para o ano de 2014 e representoucrescimento de 12,81% no comparativo com o mesmo período do ano anterior.

Do total comercializado no último mês, 158,26 milhões de litros foram direcionados ao mercado externo e 2,09 bilhões comercializados domesticamente.

Especificamente em relação ao volume de etanol hidratado comercializado ao mercado doméstico, este, pela primeira vez na safra 2014/2015, alcançou 1,29 bilhão de litros em um único mês. Este valor de dezembro é 13,78% maior que a quantidade vendida no mesmo mês de 2013.

Page 16: Conjuntura Janeiro 2015

O diretor Técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antônio de Pádua Rodrigues, ressalta que “o volume recorde de etanol hidratado comercializado em dezembro confirmou a expectativa de vendas mais elevadas no final do ano”. Os proprietários de veículos e motocicletas flex, com ajuda da campanha realizada pela UNICA, começaram a perceber que, além das vantagens ambientais e sociais, o hidratado nesse momento também é economicamente vantajoso em relação à gasolina na maior parte do mercado consumidor, concluiu.

No acumulado desde o início da safra 2014/2015 até 1 de janeiro, as vendas de etanol alcançaram 18,48 bilhões de litros. Deste montante, 1,15 bilhão de litros foram exportados e 17,36 bilhões de litros vendidos domesticamente.

Produção e moagem

A moagem de cana-de-açúcar pelas unidades produtoras do Centro-Sul totalizou 3,62 milhões de toneladas na segunda quinzena de dezembro, com uma produção de 117,89 mil toneladas de açúcar e 209,35 milhões de litros de etanol (75,09 milhões de etanol anidro e 134,26 milhões de hidratado).

Com isso, a moagem acumulada desde o início da safra até 1 de janeiro alcançou 567,81 milhões de toneladas – queda de 4,57% em relação aos 595,00 milhões de toneladas processadas até a mesma data da safra 2013/2014.

A produção acumulada de açúcar alcançou 31,94 milhões de toneladas e, a de etanol, 25,89 bilhões de litros, sendo 10,87 bilhões de litros de etanol anidro e 15,01 bilhões de litros de hidratado.

Segundo o executivo da UNICA, “a safra 2014/2015 está praticamente encerrada no Centro-sul do país, pois apenas 16 unidades produtoras continuaram processando cana após o dia primeiro de janeiro”. Conforme havíamos estimado, trata-se de uma safra menor em termos de processamento de cana-de-açúcar e com produção mais alcooleira no comparativo com 2013/2014, acrescentou.

Quebra na safra de cana puxou retração na indústria paulista em novembro/14

A quebra na safra de cana-de-açúcar decorrente da estiagem na região Sudeste puxou a queda de 9,9% na produção industrial de São Paulo em novembro, em relação a igual período de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A atividade de produtos alimentícios em São Paulo recuou 22,5% em novembro de 2014 ante novembro de 2013. Se tirasse dessa conta os derivados do açúcar, o segmento recuaria 3,4% no Estado", apontou Rodrigo Lobo, pesquisador da Coordenação de Indústria do IBGE. Em São Paulo, a indústria produz quatro derivados do açúcar: açúcar cristal, refinado, VHP (matéria-prima para o açúcar final, produto mais voltado para a exportação) e melaço de cana.

"No Brasil, a atividade de produtos alimentícios recuou 8,7% em novembro de 2014 ante novembro de 2013. Se tirar o açúcar, o segmento recua 0,6%, só para ter uma ideia do efeito dessa quebra de safra afetando o total da indústria no Brasil e em São Paulo", comparou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Outros estados afetados pela queda na produção do açúcar foram Minas Gerais, onde os

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produtos alimentícios recuaram 10,1% em relação a novembro de 2013, mas cuja queda seria de apenas 3,5% sem o açúcar; e Paraná, com redução de 8% na fabricação de produtos alimentícios, mas que teria sido de 0,4% se fosse descontado o açúcar. "Então foi de fato bastante importante o efeito da seca.

A queda de 9,9% na produção industrial de São Paulo em novembro ante o mesmo mês de2013 foi a mais intensa desde julho de 2009, quando houve retração de 10,6%, segundo o IBGE. "É a nona queda consecutiva na indústria de São Paulo", contou Rodrigo Lobo, pesquisador da Coordenação de Indústria do Instituto.

São Paulo responde por aproximadamente um terço do total da produção industrial nacional, e teve o maior impacto sobre o recuo de 5,8% no total do Brasil. Em novembro, aredução na produção de açúcar foi o que puxou a queda da indústria paulista. Mas houve perdas importantes também nas atividades de veículos automotores (-15,5%), máquinas e equipamentos (-13,3%) e coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-8,1%).

O segundo maior impacto para a indústria brasileira em novembro foi de Minas Gerais, onde a queda na produção de 8,5% foi a mais intensa desde setembro de 2009. "Em Minas, a maior influência para o recuo na produção foi da indústria extrativa, seguida de produtos alimentícios, máquinas e equipamentos e veículos automotores", disse Lobo.

A terceira maior contribuição para o Brasil em novembro ante novembro de 2013 foi do Amazonas, que caiu 16,9% no período, o recuo mais intenso desde julho de 2012, quando a retração foi de 24,4%. Em novembro, as perdas foram decorrentes da menor produção de televisores, xaropes para preparação de bebidas e motocicletas.

Fonte: Agência Estado

PREÇOS AÇUCAR CRISTALCEPEA/ESALQ – SAO PAULO

Indicador Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ - São Paulo

DATA Valor R$ Var./dia Var./mês Valor US$14/01/2015 51,03 0,59% -2,07% 19,4813/01/2015 50,73 -0,57% -2,65% 19,2712/01/2015 51,02 -0,18% -2,09% 19,1209/01/2015 51,11 0,12% -1,92% 19,3708/01/2015 51,05 -0,45% -2,03% 19,13

Fonte: CEPEA

• por saca de 50 kg, com ICMS (7%) – até 12/03/2013, eram considerados também PIS/Cofins (9,25%), que deixaram de incidir sobre o açúcar cristal, segundo Medida Provisória nº 609, de 8/3/13. A inclusão do açúcar cristal (código 1701.99.00 da TIPI) nesta lista foi divulgada no Diário Oficial de 13/3/13.

PREÇOS AÇUCAR CRISTAL CEPEA/ESALQ– SANTOS

Indicador Açúcar Cristal ESALQ/BVMF - Santos

DATA Valor R$ Var./dia Var./mês Valor US$

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14/01/2015 51,58 0,16% -1,06% 19,6713/01/2015 51,50 0,39% -1,21% 19,4412/01/2015 51,30 -0,10% -1,59% 19,3009/01/2015 51,35 0,43% -1,50% 19,3208/01/2015 51,13 -0,16% -1,92% 19,00

Fonte: CEPEA

• por sc de 50 kg, sem impostos, com frete até o porto de Santos.

Indicador Semanal Etanol Hidratado CEPEA/ESALQCombustível - Estado de São Paulo

Hidratado R$/litro US$/litro09/01/2015 1,2825 0,477502/01/2015 1,2804 0,477126/12/2014 1,2793 0,477019/12/2014 1,2656 0,470912/12/2014 1,2655 0,4820 Fonte: CEPEA

• Sem frete, sem ICMSNota: Desde 8 de maio de 2013, este Indicador considera negócios com PIS/Cofins zerados. Até então, as informações que compunham este Indicador eram descontadas de R$ 0,048/litro referente a PIS/Cofins.

Indicador Semanal Etanol Anidro CEPEA/ESALQ Estado de São Paulo

Anidro R$/litro US$/litro09/01/2015 1,4246 0,530402/01/2015 1,4361 0,535126/12/2014 1,4374 0,536019/12/2014 1,3918 0,517812/12/2014 1,3902 0,5295

Page 19: Conjuntura Janeiro 2015

Fonte: CEPEA

• Sem frete Nota: Desde 8 de maio de 2013, este Indicador considera negócios com PIS/Cofins zerados. Até então, as informações que compunham este Indicador eram descontadas de R$ 0,048/litro referente a PIS/Cofins.

FEIJÃO

Retrospecto do mercado em 2014 e perspectivas para 2015

O diretor do Bolsinha Informativo, Auro Nagay, fez um retrospecto do mercado no ano de 2014. Conforme ele assegura, o ano começou com preços baixos, com o feijão carioca sendo vendido a R$ 100 a saca e o feijão preto por R$ 150. Em fevereiro, conforme demonstra o gráfico, houve um grande aumento, que se estendeu até abril.

“Essa alta nos valores ocorreu depois que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou que ia comprar o feijão que estava estocado, pelo preço mínimo, para enxugar o excedente do mercado. Só com o anúncio o preço já subiu, tanto é que nem precisaram comprar o feijão, de fato”, explica Auro.

Nessa época a saca do feijão carioca passou a custar R$ 140 e a de feijão preto mais de R$ 180. “Contudo, como a Conab não efetuou a compra, houve novamente uma oferta excessiva de feijão. Isso fez com que em maio o preço voltasse a cair, voltando a R$ 100 ofeijão carioca e baixando para R$ 130 o preto”, afirma. Porém, Auro ressalta que essa queda também aconteceu por causa da safra da Bahia, que foi boa e pela produção da terceira safra de feijão irrigado.

O preço se manteve estável, com poucas variações até o mês de novembro, onde o feijão carioca voltou a subir muito, passando de R$ 120 para R$ 190 a saca. “Esse aumento foi em razão do vazio sanitário que antecipou o plantio em várias regiões e das chuvas que atrasaram o plantio em outras localidades, o que acarretou em um tempo sem feijão carioca mais claro, de nota 8 para cima”.

Com relação a 2015, Auro acredita que um volume maior de feijão novo deve entrar no mercado a partir da segunda quinzena de janeiro. Isso porque o Paraná já terá atingido o pico da safra e Minas Gerais e Goiás começarão a colher a primeira safra 2014/2015. “A tendência para a segunda quinzena de janeiro é que o mercado fique calmo. Os preços podem recuar, porque subiram muito recentemente. Em fevereiro a oferta deve aumentar ainda mais, entretanto, como é época de verão é complicado fazer uma previsão, porque oclima pode interferir nas safras”, conclui.

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Fonte:Bolsinha

Mercado - Janeiro/2015

O mercado iniciou a semana com a entrada de 28 mil sacas de feijão que abasteceu a Bolsinha Cerealista de São Paulo durante segunda e terça-feira. O primeiro pregão do ano foi marcado pelo grande movimento de compradores. No entanto, a maioria compareceu apenas para acompanhar o mercado, e as vendas não foram tão significativas.

Os preços foram praticamente os mesmos do último pregão de 2014. Quase toda oferta era de São Paulo. O carioca extra nota 9,5 esteve ausente e o nota 9 teve pedida de até R$ 200 a saca, mas acabou saindo por no máximo R$ 190 a saca. As vendas, no início dessa semana, foram de mercadoria mais clara, nota 8 para cima, os lotes mais escuros seguem com preços nominais.

“A chuva que vem atingindo o Paraná nos últimos dias já começa a prejudicar a qualidadedos grãos (manchas e elevada umidade) e pode comprometer a oferta neste começo de ano. Por enquanto ainda não foi ofertado feijão novo do Paraná na Bolsinha, mas alguns corretores já devem começar a receber mercadoria ainda esta semana. Em São Paulo a safra praticamente se encerrou no mês passado e a maioria do feijão que ainda se encontra disponível para venda é de coloração nota 7,5 até 8,5”, informa Auro Nagay, diretor do Bolsinha Informativos.

Na quarta-feira o mercado voltou a receber novas entradas que abasteceu a Bolsinha até orestante da semana. As vendas se mantiveram fracas no restante da semana.

Além da oferta em cima de caminhões ainda tem disponível em torno de 10 a 15 mil sacas de feijão carioca comercial (nota 6 até 7,5) descarregados em armazéns. Conforme Auro, os corretores estão encontrando dificuldade para vender estes tipos.

A entrada de feijão carioca novo do Paraná, que era esperado para esta semana, ainda não ocorreu devido ao fraco movimento do mercado. Então os embarques para São Paulo não se concretizaram. A colheita de feijão também se iniciou na região de Rio Verde em Goiás e os melhores tipos estavam saindo por até R$ 180 a saca, os lotes mais fracos de padrão comercial estão saindo em torno de R$ 120 a R$ 130. Nas regiões produtoras de São Paulo as colheitas se encerraram, mas ainda é possível adquirir mercadoria que varia na coloração de nota 7 até 8,5.

Page 21: Conjuntura Janeiro 2015

O mercado de feijão preto segue firme para o tipo extra e estável para os demais. O preto extra esta saindo em torno de R$ 170 a R$ 175 a saca.

Não teve mercado nesta sexta-feira na bolsinha devido a problemas técnicos enfrentados no local de comercialização. É que desde ontem a tarde uma boa parte do Bairro do Brás ficou sem energia elétrica, fato este que persistiu até hoje e acabou impedindo que ocorresse o pregão, pois no horário que ele ocorre é imprescindível a iluminação para determinar a cor do feijão. Entretanto, havia pelo menos 18 mil sacas de oferta junto aos corretores que era sobra.

o mercado já havia ficado parado por falta de demanda dos compradores sendo assim esta situação atual não chegou a afetar o cenário, pois não se esperava vendas nesse período. “O mercado vai se definir mesmo na segunda-feira. Nas regiões produtoras os preços começam a ceder, principalmente para mercadoria comercial que é abundante. Somente o carioca extra que permanece bastante escasso.

Fonte: Bolsinha

Feijão Carioca Sc 60 KgUF Cidade Obs Preço Data

SP Andradina A vista 180,74 15/01/15 SP Avaré A vista 175,86 15/01/15 SP Dracena A vista 175,60 15/01/15 SP Itapetininga A vista 156,32 15/01/15 SP Ourinhos A vista 166,09 15/01/15 SP Presidente Venceslau A vista 130,80 15/01/15 SP São João da Boa Vista A vista 136,78 15/01/15 SP São Paulo A vista 187,50 15/01/15 SP Andradina A vista 180,74 14/01/15 SP Avaré A vista 175,86 14/01/15 SP Dracena A vista 175,60 14/01/15

Fonte: Agrolink

MILHO

A forte valorização do milho no começo de 2014 logo deu espaço a prolongado período dequeda, que persistiu de março até outubro em várias regiões pesquisadas. Essemovimento foi causado pelo excedente doméstico recorde e pelo forte recuo das cotaçõesinternacionais em função da produção norte-americana. No entanto, o atraso no plantio dasafra de verão nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e em parte do Paraná reverteu essequadro.

Nos últimos meses do ano, os valores voltaram a ter recuperações consistentes, mesmodiante das estimativas iniciais de que os estoques de passagem da próxima temporadasejam ainda maiores que os do ano anterior.

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Na média das praças acompanhadas pelo Cepea, houve alta de 13,1% no mercado debalcão (ao produtor) e de 8,5% no de lotes (negociação entre empresas) ao longo de 2014.

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP) – valores aprazos são descontados pela taxa CDI –, reagiu 8,3% em 2014, fechando a R$ 28,75/sacade 60 kg no dia 30. Quando os valores a prazo, da mesma amostra, são descontados pelataxa NPR, a média dessa terça-feira é de R$ 28,24, aumento de 8,0% no ano.

O primeiro movimento de alta do ano, entre janeiro e a primeira quinzena de março, foimotivado pela falta de chuva em muitas regiões do Brasil, o que implicou em atraso dacolheita de verão e também no cultivo da segunda safra, assim como temores quanto aquedas de área e produtividade.

Segundo estimativas da Conab, a oferta nacional da primeira safra somou 31,6 milhões detoneladas e da segunda safra, 48,2 milhões de toneladas. Portanto, pelo terceiro anoconsecutivo, a segunda safra superou a produção da primeira. No agregado, a ofertanacional foi de 79,9 milhões de toneladas, volume 2% inferior ao produzido na temporadaanterior.

Nesse contexto, a disponibilidade interna de milho representada pela produção do ano(primeira e segunda safras), pelos estoques iniciais e ainda pelas importações seria de88,7 milhões de toneladas, segundo dados da Conab. Mesmo com o consumo interno nacasa dos 54 milhões de toneladas, o excedente doméstico seria de 34,9 milhões detoneladas, quantidade recorde para o mercado nacional.

Com o grande excedente interno, acentuou-se a pressão sobre as cotaçõesprincipalmente nas regiões produtoras, como o Centro-Oeste, e o Governo interveio comleilões de Pepro (Prêmio Equalizador pago ao Produtor Rural) a partir de agosto.Produtores e/ou cooperativas arremataram prêmios para 5,8 milhões de toneladas, o querepresenta 90% do total ofertado. A maior parte se referia a milho de Mato Grosso queseria escoado para regiões deficitárias ou exportado. Assim, houve expectativa deredução do excedente interno, mas as exportações brasileiras não reagiram conformeesperado.

Segundo dados da Secex, até novembro/14 os embarques estavam 27% aquém dosregistrados na temporada anterior: 17,25 milhões de toneladas contra 23,54 milhões detoneladas.

No segundo semestre, o clima voltou à cena. A falta de chuva na maior parte do Brasilpreocupou os agentes quanto à oferta da safra 2014/15 e acabou favorecendo arecuperação dos preços do milho a partir de outubro. Com exceção do Sul do País, otempo desfavorável atrasou o plantio da temporada de verão, que foi o principal fator paraas valorizações do milho no período.

Fonte: Cepea

Estoques elevados não deixam espaço para altas mais intensas

A menor área plantada na safra de verão e a expectativa de redução também na segundasafra 2014/2015 deram sustentação aos preços do milho no mercado interno no final de2014 e começo de 2015. As exportações brasileiras em bom ritmo também colaboraram.

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Na região de Campinas, em São Paulo, a saca de 60 quilos está cotada em R$ 28,00, paraentrega imediata. A alta foi de 1,9% em relação à média de dezembro de 2014.

Em curto e médio prazos, a menor produção na safra de verão e a expectativa de quedatambém na segunda safra são fatores de sustentação dos preços, mas não existe espaçopara fortes altas, levando em conta os estoques elevados no mercado brasileiro. E oavanço da colheita da safra de verão no país, ganhando ritmo a partir de fevereiro, é umfator de baixa para as cotações.

Fonte: canal rural

Milho Seco Sc 60 KgUF Cidade Obs Preço Data

SP Araçatuba A vista 25,40 13/01/15

SP Assis A vista 23,22 13/01/15

SP Avaré A vista 23,44 13/01/15

SP Barretos A vista 22,47 13/01/15

SP Campinas A vista 28,20 13/01/15

SP Itapetininga A vista 26,37 13/01/15

SP Itapeva A vista 25,40 13/01/15

SP Jaboticabal A vista 21,49 13/01/15

SP Santos A vista 30,00 13/01/15

SP São João da Boa Vista A vista 27,35 13/01/15

SP São Paulo A vista 27,00 13/01/15

SP Sorocaba A vista 26,00 13/01/15

SP Araçatuba A vista 25,40 12/01/15

SP Assis A vista 23,22 12/01/15

SP Avaré A vista 27,35 12/01/15

SP Barretos A vista 22,47 12/01/15

SP Campinas A vista 28,50 12/01/15

SP Itapetininga A vista 26,37 12/01/15

SP Itapeva A vista 23,44 12/01/15 Fonte: Agrolink

Page 24: Conjuntura Janeiro 2015

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS

CONJUNTURA - LARANJA

PANORAMA GERAL – Safra 2013/2014 – Cerca de 52 milhões de toneladas, 5% maior quea safra anterior. Esses dados fazem parte da relatório do Departamento de Agricultura dosEstados Unidos (USDA). O crescimento das safras do Brasil, China e União Européia, em2013/2014, compensarão a queda da safra americana.O comércio deve alcançar níveis re-cordes com forte demada e aumento de oferta.

A safra americana deve diminuir 11%: de 7,57 milhões para 6,71 milhões de toneladas. NaFlórida, onde cerca de 95% das laranjas são utilizadas para processamento de suco, o cli-ma seco e a doença greening nos pomares provocaram queda da produção. Na Califórnia,onde a maioria das laranjas é consumida in natura, a produção deve cair 5%, como resul-tado do congelamento das frutas em dezembro. Dessa forma, parte da produção será pro-cessada e a exportação deve cair 6%, reduzindo a oferta.

Quanto à União Européia (UE) a produção tende a subir 10%: de 5,88 milhões para 6,60 mi-lhões de toneladas, motivada pelas condições climáticas favoráveis. A importação de la-ranja na região deve aumentar ligeiramente. A África do Sul e o Egito dever ser os princi-pais fornecedores. Ressalte-se que no final de 2013 foi proibida a importação do produtoda África do Sul por causa da incidência da doença mancha-preta nos citros.

A produção de laranja da China, ainda segundo o USDA, deve aumentar cerca de 10%, de7,00 milhões em 2012/13 para 7,60 milhões de toneladas em 2013/14, e com a manutenção

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de consumo in natura e processamento. Os chineses manterão sua posição de maioresconsumidores de laranja in natura, o que representa 20% do total mundial.

O Brasil, maior produtor mundial da cultura, deve ter aumento de 8% na safra 2013/2014:17,75 milhões de toneladas, comparando-se com as 16,36 milhões de toneladas do perío-do anterior. Estima-se que o aumento da oferta será usado no processamento. O volumeprocessado crescerá de 10,91 milhões para 12,24 milhões de toneladas. O consumo in na-tura deve se manter quase estável - de 5,45 milhões para 5,50 milhões de toneladas.

Sucos

A produção global de suco de laranja em 2013/14 está projetada em 2,02 milhões de tone-ladas com aumento de 6% em relação ao ano-safra anterior (1,91 milhão de t). O cresci-mento do processamento brasileiro deverá compensar a queda na produção dos EstadosUnidos e México. A exportação (1,52 milhão de t) e o consumo (1,95 milhão de t) globaisdevem se manter estáveis no período. Porém, os estoques (454 mil t) devem cair para osmenores níveis dos ultimos 4 anos.

A produção brasileira deve crescer 18%: de 981 mil para 1,16 milhão de toneladas em ra-zão da melhora no rendimento. Segundo o USDA, a exportação brasileira (1,22 milhão det) deve superar a produção, com vistas a atender a demanda da UE e dos Estados Unidos.Portanto, o estoque brasileiro será reduzido, acompanhando o aumento do ritmo dos em-barques.

Também conforme os dados do USDA, a produção de suco de laranja nos Estados Unidosdeve diminuir cerca de 12% - para 550 mil toneladas, motivada pelas perdas oriundas pra-ga do greening na Flórida. O consumo e a exportação do país estão em baixa e os esto-ques permanecem estáveis nos últimos três anos.

PRODUÇÃO DE LARANJA NO ESTADO DE SÃO PAULO – Safra 2013/2014

A safra atual de laranja do Estado de São Paulo já vem comprometida pelos rigores eanomalias climáticos. A área comercial de São Paulo e da parte ocidental de Minas Geraisproduzirão cerca de 310 milhões de caixas, 10 milhões de caixar a menor que a da safraanterior e leva em consideração as quatro principais variedades de citros utilizadas noprocessamento de suco (hamlin, pera Rio, natal e valência) acrescida de volume limitadode outras variedades tais como lima, bahia, murcorte.

Não convém que a safra 2013/14 seja analisada apenas pelas questões climáticas uma vezque a crise na citricultura brasileira já se arrasta há alguns ciclos.

A seca e as elevadas temperaturas apenas vieram agravar o quadro de existência depomares doentes, infestados pelo HLB (greening) e pelo cancro cítrico, muitas das vezesconduzidos indevidamente e com carências em tratos culturais, resultantes dadescapitalização dos citricultores, após anos consecutivos de baixa remuneração pelacaixa da laranja comercializada.

A falta de água influencia na produtividade das culturas e, no caso dos citros, resulta naqueda das taxas de fotossíntese, por conta da abscisão (fratura do pedúnculo quesustenta o fruto ao ramo) tanto foliar quanto dos frutos. A falta de chuva por ocasião daformação dos frutos (primeiro trimestre de 2014) influenciou seu desenvolvimento,acarretando frutos pequenos em pomares não irrigados. Por essa razão, a caixa usual deaferimento da produtividade (40,8 kg) absorveu maior número de frutos. Em algumasregiões sem irrigação, quando se 2,5 cx./pé, colheu-se 1,5 cx./pé.

Page 26: Conjuntura Janeiro 2015

Ressalte-se que as altas temperaturas afetaram positivamente o mercado da fruta innatura elevando a demanda pelo produto como também o preço pago. Diminuiu-se aoferta de fruta de qualidade em virtude do rigor do clima. Contudo, aquelas de melhorqualidade visual foram destinadas ao mercado de mesa e as demais para a indústriaextratora.

O balanço final é que a maioria das frutas se apresentou “murcha” durante a safra,perdendo valor de mercado, apesar de oferecerem teores de sólidos solúveis mais altos,atraindo, portanto, maior interesse industrial já que durante os períodos de deficiênciahídrica as frutas cítricas têm como característica o aumento de seus teores de açúcaressolúveis.

A safra de laranja prevista para este ano em São Paulo e que responde por quase todos osembarques de suco do Brasil - maior exportador mundial - aponta para um volume total de292,9 milhões de caixas de 40,8 kg, resultando em 2,3 por cento acima do obtido natemporada passada porque a florada (para 2014) foi abundante no final de 2013.

Estes números incluem tanto a safra comercial com processamento pela indústria e que jáestá na fase final de colheita, quanto os frutos provenientes de pomares não expressivoseconomicamente, além das perdas relativas ao processo produtivo e de colheita.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Citricultores (Associtrus) FlávioViegas, o excesso de sol impede que as frutas atinjam o tamanho adequado, além dequeimá-las. A previsão inicial para a produção na temporada 2014/2015 era de 20% decrescimento, mas ela não se concretizou. “Sem água nada cresce. O produtor vai precisarde mais laranjas para preencher uma caixa e terá a produtividade afetada. As grandes in-dústrias têm vantagens com isso, pois a fruta pequena é mais concentrada e o número defrutos por caixa aumentou para alcançar os 40,8 quilos que a compõe” afirmou o citricul-tor.

Segundo Ibiapaba Netto, diretor executivo da CitrusBR – associação que representa aindústria, “os frutos vieram com mais suco do que água este ano. Vai ser um dosmelhores rendimentos industriais. A laranja está pequena, cheia de suco, precisa demenos caixas de laranja para fazer uma tonelada de suco", O processamento da safradeverá ser encerrado em dezembro/2014.

ACOMPANHAMENTOS DA SAFRA PAULISTA – 2013/2014: o levantamento efetuado emjun/2014 apresentando área total plantada, incluindo as áreas com plantas ainda nãoprodutivas demonstra redução na área plantada comparativamente à safra 2012/13. Naatual safra, registra-se acréscimo de novas plantas. Porém o aumento não compensa adiminuição das plantas em produção, levando à ilação de maior erradicação por conta daeliminação de pomares comprometidos com a incidência do greening. A área total plantada apresenta-se 3,3% menor que a de 2012/13 atingindo a marca de487,1 mil hectares para a safra 2013/14 (Demostrativo 1).

As informações deste levantamento também estão disponibilizadas por município(Demonstrativo 2).

Page 27: Conjuntura Janeiro 2015

SAFRA DE LARANJA DO ESTADO DE SÃO PAULO – SAFRA 2013/2014 Fonte: IEA/CATI/CONAB – Elaboração: Conab/Gedes/Sureg/SP – Nov/2014:Demonstrativo 1

Especificação

Área = 1000ha Produção = 1000t Produtividade = kg/ha

PeríodoeVariação

Final2012/1

3

2013/14

Jun/14

% Final2012/13

2013/14Jun/14

% Final2012/1

3

2013/14

Jun/14

%

Produto:LARANJA

503,70 487,05 -3,3

11.682,67

12.040,38

3,1

25.178 26.654 5,9

SAFRA DE LARANJA POR REGIÃO ADMINISTRATIVA – SÃO PAULO – Safra 2013/2014 Fonte: IEA/CATI/CONAB – Elaboração: Conab/Gedes/Sureg/SP – Nov/2014:Demonstrativo 2

MUNICÍPIO Pés Novos Pés emProdução

Produção (cx. 40,8kg)

Andradina 597 315.685 593.205Araraquara 1.132.114 14.672.367 20.089.099Assis 123.000 342.600 371.186Avaré 1.025.500 11.400.884 19.235.508Barretos 3.521.642 20.168.934 30.823.999Bauru 1.247.916 7.721.212 13.749.047Botucatu 1.574.500 8.536.650 14.863.801Bragança Paulista 47.617 714.701 1.008.825Campinas 00 129.603 336.625Catanduva 636.860 4.647.189 7.668.231Dracena 200 3.250 8.996Fernandópolis 438.140 2.542.750 5.050.904Franca 410.834 2.859.978 5.487.124General Salgado 1.196.502 1.557.071 3.362.190Guaratingueta 00 2.230,00 3.735,00Itapetininga 642.500 8.807.339 18.529.797Itapeva 274.400 3.090.087 6.468.649Jaboticabal 1.097.900 6.415.205 9.174.647

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Jales 1.008.715 3.551.593 8.529.450Jaú 1.202.000 5.772.441 11.726.821Limeira 305.000 12.134.246 15.026.316Lins 1.645.776 6.604.737 11.955.825Marília 278.500 1.320.000 2.513.665Mogi das Cruzes 00 3.700 8.397Mogi Mirim 1.025.565 12.791.000 20.322.899Orlândia 00 400.000 420.000Ourinhos 1.105.472 5.599.533 9.407.820Pindamonhangaba 1.030 59.310 111.159Piracicaba 270.330 2.084.700 3.994.765Presidente Prudente 2.400 11.300 24.090Presidente Venceslau 400 4.731 7.233Ribeirão Preto 72.648 1.706.310 2.831.925São João da Boa Vista 1.500.546 14.695.322 26.342.313São José do Rio Preto 2.044.437 6.724.529 10.306.722São Paulo 00 3.000 3.500Sorocaba 34.400 1.110.150 13.935Tupã 600 6.110 13.935Votuporanga 353.500 1.917.083 3.281.234

PERSPECTIVAS - 2014/2015:

A produção de laranja no Brasil na safra 2014/2015 está projetada em 425 milhões de cai-xas de 40,8 kg, quase 6% acima do período anterior (401 milhões de caixas). O dados fa-zem parte de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cujasinformações foram coletadas a partir de uma viagem a campo pelo cinturão citrícola deSão Paulo, em maio de 2014. Também foram utilizadas informações do governo, das se-cretarias estaduais de agricultura, associações de produtores, indústria processadora desuco de laranja, consultores, comerciantes, instituições de pesquisa, dentre outros, se-gundo o USDA.

As primeiras ofertas da indústria processadora de suco de laranja para a compra da frutana safra 2014/2015 foram de R$ 6 a caixa de 40,8 quilos, segundo relatos de produtores eda Câmara Setorial da Citricultura. O preço ofertado pela Sucorrico, em Araras (SP) devebalizar os valores das outras empresas que ainda processam a fruta própria e é 47,6% me-nor que os R$ 11,45 determinados pelo governo como o valor mínimo para a safra.

SOJA

PANORAMA GERAL – Safra 2014/2015: O Complexo Soja tem um papel importante nodesenvolvimento da economia brasileira. Somente em 2011 foram movimentados cerca de24 bilhões de dólares apenas nas exportações de soja, farelo e óleo. A sojiculturabrasileira, nesse período, gerou 1,5 milhão de empregos em 17 Estados do País.

No que tange à estimativa para aprodução da oleaginosa, em 2014/2015, a Abiove (Asso-ciação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais manteve em 91 milhões de toneladas,apesar dos atrasos no plantio de soja observados em algumas regiões do país, especial-

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mente no Mato Grosso onde existe, inclusive, a possibilidade de replantio de áreas exten-sas.

De olho no mercado europeu e para mostrar os avanços na gestão econômica, social eambiental da soja brasileira, a Abiove promoveu, no dia 04 de novembro pp., a QuartaReunião Anual da Soja Plus, com a participação de 120 representantes e de 45 instituições– produtores rurais, processadoras, comercializadoras, executivos do agronegócio, aca-dêmicos e sociedade civil.

O programa Soja Plus, que desde 2011 já investiu R$ 20 milhões, objetiva melhoria daspropriedades e transformar o Soja Plus no passaporte para levar a soja brasileira à Euro-pa. O programa, de adesão voluntária, oferece capacitação gratuita ao produtor através decursos, oficinas de campo e supervisões individuais às fazendas, efetuadas por técnicospreparados para transmitir conhecimentos e práticas que venham atender às rigorosas le-gislações trabalhista e ambiental brasileiras.

O programa Soja Plus começou por Mato Grosso, seguindo-se por Mato Grosso do Sul,Minas Gerais e Bahia.

O quadro demonstrativo abaixo apresenta o balanço da oferta e da demanda do ComplexoSoja Brasil, no período compreendido entre 2010 e 2013, apresentando, ainda, as previ-sões e estimativas para 2014 e 2015.

COMPLEXO SOJA – BRASIL

BALANÇO DE OFERTA/DEMANDA (em 1.000)

Ano Civil (Jan/Dez) Atualização: 30/out/2014

Discriminação 2010 2011 2012 2013 2014(P)

2015(E)

1. SOJA

Estoque Inicial 2.011 3.670 5.852 1.790 1.682 3.832

Produção 68.919 75.248 67.920 81.593 86.300 91.000

Importação 119 40 268 283 600 200

Sementes/Outros 2.800 2.850 2.900 2.950 2.950 2.950

Exportação 29.073 32.986 32.916 42.796 45.500 48.000

Processamento 35.506 37.270 36.434 36.238 36.300 38.300

Estoque Final 3.670 5.852 1.790 1.682 3.832 5.782

Page 30: Conjuntura Janeiro 2015

2. FARELO

Estoque Inicial 871 1.116 1.254 1.089 988 988

Produção 26.998 28.322 27.767 27.621 27.600 29.100

Importação 39 25 5 4 0 0

Consumo Doméstico 12.944 13.758 14.051 14.350 14.500 14.800

Exportação 13.849 14.451 13.885 13.376 13.100 14.300

Estoque Final 1.116 1.254 1.089 988 988 988

3. ÓLEO

Estoque Inicial 311 361 391 314 288 288

Produção 6.928 7.340 7.013 7.075 7.100 7.400

Importação 16 0 1 5 0 0

Consumo Doméstico 5.404 5.528 5.328 5.723 6.050 6.500

Exportação 1.490 1.782 1.764 1.383 1.050 900

Estoque Final 361 391 314 288 288 288

Fonte: Abiove (E=Estimativa; P=Previsão)

Elaboração: Conab/Sureg/SP-Gedes

Produção de Soja em São Paulo – A anomalia climática que incidiu sobre as

lavouras no primeiro trimestre de 2014 refletiu nos negócios agropecuários paulista,

traduzindo a escassez de chuva, elevada temperatura média (dia e noite) e alta radiação

solar, o que trouxe grandes perdas econômicas para os cultivos, na sua fase de

desenvolvimento e frutificação.

As previsões evolutivas do clima ao longo da primavera no centro-sul,

especialmente para São Paulo, não indicam, segundo os institutos de meteorologia, qual

o padrão climático que deve prevalecer para os próximos meses, lançando mais

incertezas e insegurança para o setor. Desta forma, o risco climático para o plantio das

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lavouras permanece. A baixa umidade do solo, juntamente com a necessidade de grandes

volumes pluviométricos para recuperar a capacidade do campo, são barreiras imediatas

para o êxito de decisões de plantios precoces.

A produção paulista de soja em 2013/2014 foi de 1,49 milhão de toneladas. A

redução de 17% com relação à safra anterior foi decorrente da perda de 28,1% na

produtividade, motivada pelas adversidades climáticas que prejudicaram a lavoura. A área

plantadaa cresceu em 15,4% , alcançando 670,03 mil hectares, excluida a área irrigada.

Contudo, a perda não deverá repercutir na oferta do produto uma vez que São Paulo,

tradicionalmente, recebe o produto de outros estados para processamento.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê que a produção

mundial de soja em grãos, para a safra de 2014/2015, seja de 311,1 milhões de toneladas -

2% maior que a anterior. Isto contribuirá para o incremento de 5,3% nos estoques finais de

90,2 milhões de toneladas. As importações da China, principal comprador da soja

brasileira, deverão crescer 7%, alcançando 73,5 milhões de toneladas.

SOJA: Previsões e Estimativas de safra no estado de São Paulo. Ano agrícola2013/2014. Atualizado em Jun/2014 – Fonte: IEA/CATI-SP

PRODUTO

Área(Em 1000ha)

Var.%

Produção (em 1000t)

Var.%

Produtividade (kg/há)

Var.%

2012/13

2013/14

2012/13 2013/14 2012/13 2013/14

Soja 1ªsafra 580,48 670,03 15,4 1.798,78 1.492,64 -17,0 3.099 2.228 -28,1

Soja Irrig. 1ª safra

34,36 35,77 4,1 134,60 127,44 -5.3 3.917 3.563 -9,1

Soja Total 1ª safra

614,84 705,80 14,8 1.933,38 1.620,08 -16,2 3.145 2.295 -27,0

Soja safrinha2ª saf

3,58 3,01 -15,0 7,61 7,36 -3,3 2.126 2.449 15,2