pesquisa anual conjuntura econômica do turismo - pacet 2015

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  • 2

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Presidenta da Repblica Federativa do Brasil / Dilma Vana Rousseff

    Ministro de Estado do Turismo / Henrique Eduardo Alves

    Secretrio Executivo / Alberto Alves

    Secretrio Nacional de Polticas de Turismo / Vincius Lummertz

    Diretoria de Estudos e Pesquisas / Jos Francisco de Salles Lopes

    Coordenadora-Geral de Estudos e Pesquisas / Neiva Duarte

    // FUNDAO GETULIO VARGAS

    Presidente

    Carlos Ivan Simonsen Leal

    Diretoria FGV Projetos

    Cesar Cunha Campos

    Ricardo Simonsen

    Coordenao

    Luiz Gustavo Medeiros Barbosa

    // FICHA TCNICA

    Coordenao da Pesquisa Anual

    Ique Lavatori

    Paulo Cesar Stilpen

    Equipe Econmica

    Ique Lavatori

    Leonardo Vasconcelos

    Paulo Cesar Stilpen

    Equipe Tcnica

    Agnes Dantas

    Andr Coelho

    Cristiane Rezende

    Erick Lacerda

    Fabola Barros

    Ique Lavatori*

    Laura Monteiro

    Leonardo Vasconcelos*

    Marcel Levi

    Paola Lohmann

    Paulo Cesar Stilpen

    Roberto Pascarella

    Thays Venturim

    Metodologia e Estatstica

    Leonardo Vasconcelos

    Paulo Cesar Stilpen

    (*) Atuaram tambm como pesquisadores

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Mario Henrique Simonsen/FGV

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo / FGV Projetos , Ministrio do Turismo.- 11.ed.

    Rio de Janeiro : Fundao Getulio Vargas, 2015. 98 p. ISSN: 2179-8362

    1. Turismo Aspectos econmicos. I. Fundao Getulio Vargas. II. FGV Projetos. III. Brasil. Ministrio do Turismo.

    CDD 338.4791

  • 3

    Sumrio

    APRESENTAO 05

    METODOLOGIA 07

    AMBIENTE ECONMICO 10Ambiente Macroeconmico MundialAmbiente Macroeconmico BrasileiroAnlise Econmica do Turismo

    111931

    RESULTADOS CONSOLIDADOS 40Resultados de 2014Perspectivas para 2015

    4149

    RELATRIOS SETORIAIS 54Agncias de ViagensLocadoras de AutomveisMeios de HospedagemOperadoras de TurismoOrganizadoras de EventosPromotores de FeirasTransporte AreoTransporte RodovirioTurismo Receptivo

    5561677379859197

    103

    ANEXOS 108Tabelas Sries HistricasRealizao de Investimentos 2014 - 2015Compromisso de ConfidencialidadeAgradecimento

    109117119119

  • 04

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Apresentao

  • 05

    Apresentao

    APRESENTAO

    O Ministrio do Turismo e a Fundao Getulio Vargas apresentam a

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo (PACET), em sua dcima

    edio, reunindo dados e informaes, sobre o desempenho em 2014 e os

    prognsticos para 2015, das 80 maiores empresas do setor de turismo do Brasil,

    as quais auferiram um faturamento total de R$ 67,4 bilhes no ano de 2014.

    A PACET uma sondagem complementar aos levantamentos realizados,

    de forma trimestral, pelo Boletim de Desempenho Econmico do Turismo

    (BDET), qualificando mais amplamente a evoluo de cada varivel, baseada em

    entrevistas pessoais levadas a efeito com dirigentes de cada um dos seguintes

    segmentos do setor turstico: agncias de viagens, locadoras de automveis,

    meios de hospedagem, operadoras de turismo, organizadoras de eventos,

    promotores de feiras, transporte areo, transporte rodovirio e turismo

    receptivo, sendo igualmente apresentado um resultado consolidado do setor em

    pauta.

    Portanto, trata-se de mais um instrumento capaz de elevar o nvel

    de compreenso sobre o desempenho recente das empresas inclusas nas

    atividades caractersticas do turismo, os fatores limitadores e os estimuladores

    da expanso dos negcios, os investimentos realizados e os programados, assim

    como a perspectiva de evoluo, em curto prazo, de cada um dos segmentos

    pesquisados.

    Cabe destacar a importncia das inmeras informaes (qualitativas

    e quantitativas) obtidas pela PACET junto s maiores empresas de todos os

    segmentos que compem o setor de turismo, disponibilizando, para os prprios

    entrevistados, subsdios para a tomada de deciso relativa conduo de seus

    negcios, bem como dados imprescindveis formulao de polticas pblicas

    necessrias ao desenvolvimento desse importante segmento socioeconmico

    brasileiro, servindo igualmente, de forma mais ampla, como valiosa fonte de

    consulta a todos aqueles que se interessam ou lidam com o setor (profissionais,

    estudantes e pblico em geral).

  • 06

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Metodologia

  • 07

    Apresentao

    A variao mdia percentual representa a variao de expanso ou

    de contrao da varivel, segundo percentuais ponderados das observaes e

    previses feitas pelos respondentes.

    significa aumento da varivel pesquisada

    METODOLOGIA

    A Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo (PACET) uma

    publicao que leva ao pblico o resultado de uma anlise de carter qualitativo.

    Questes referentes s principais variveis econmicas so abordadas, em

    associao com os resultados de um levantamento amostral realizado em nove

    segmentos, caractersticos da atividade turstica.

    Esta pesquisa, de mbito nacional, reflete a opinio dos empresrios e

    principais executivos das 80 maiores empresas do setor sobre o momento atual

    dos negcios, o ano imediatamente anterior e o posterior.

    Para analisar os resultados utilizado o saldo de respostas, que consiste

    na diferena percentual entre as assinalaes de aumento e as de queda de uma

    determinada varivel. Esse saldo reflete a percepo do segmento respondente,

    em relao ao tema da pergunta.

    Convencionou-se adotar o seguinte critrio para anlise dos saldos de

    respostas apurados na PACET:

    Metodologia Apresentao

    saldo >= +10% e -10% e < +10% significa estabilidade da varivel pesquisada

    saldo >= -100% e

  • 08

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    As respostas obtidas junto s empresas so ponderadas para

    refletir o peso de cada respondente no mercado do turismo em geral

    e no seu segmento em particular. Para tal, so utilizadas variveis de

    categorizao que permitem a ponderao de cada resposta individual e

    do segmento respondente.

    A fim de se atingir os objetivos da pesquisa, foram empregadas

    tcnicas de amostragem que permitem estimar o universo desejado

    atravs dos pesquisados. A amostra foi dividida em 9 estratos,

    representando cada setor da economia do turismo pr-selecionado.

    A presente Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo

    reflete as respostas coletadas no perodo de janeiro a maro de 2015. A

    fim de equalizar, os valores fornecidos pelos respondentes em dlar (US$)

    foram convertidos para o real (R$), segundo a taxa mdia de converso

    apontada pelo Banco Central do Brasil para o ano pesquisado.

  • 09

    OS NMEROS RELATIVOS AMOSTRA DESTE LEVANTAMENTO(EM TODOS OS SEGMENTOS) SO OS SEGUINTES:

    Metodologia

    Empresas respondentes 80

    Total do faturamento em 2014 R$ 67,4 bilhes

    Postos de trabalho em dez./2014 119 mil

    Unidades da Federao representadas 27

  • 10

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    AmbienteEconmicoAmbiente Macroeconmico Mundial 11Ambiente Macroeconmico Brasileiro 19Anlise Econmica do Turismo 31

  • 11

    AMBIENTE MACROECONMICOMUNDIAL

    No incio de 2014, as expectativas do Fundo Monetrio Internacional

    (FMI) eram as de que os pases desenvolvidos reencontrassem, ao longo do ano,

    o caminho do crescimento (principalmente os Estados Unidos), sendo este o

    principal fator motivador da estimativa (quela poca) de expanso da economia

    global. O FMI atribuiu, como razo da possvel retomada, o relaxamento das

    polticas fiscais norte-americana e europeia, com juros baixos e condies

    monetrias pr-expanso. De acordo com o rgo, entretanto, tal recuperao

    j era detectada como desigual, em intensidade e solidez, merecendo ateno

    o registro de inflao baixa, reformas incompletas do sistema financeiro

    (notadamente na Europa) e longo caminho para a implementao de polticas

    macroeconmicas (Japo).

    O Fundo destacava, como o maior risco para os pases desenvolvidos,

    a persistncia da inflao em patamares muito baixos, alimentada pela queda

    dos preos das commodities (principalmente as agrcolas) e a constatao de

    grande hiato entre a capacidade de produo e a expanso que vem sendo

    observada nesses pases. O FMI alertou, igualmente, que algumas economias

    emergentes reclamavam maior cooperao em termos de poltica monetria,

    atribuindo s medidas adotadas pelo Federal Reserve (Banco Central dos EUA)

    a desestabilizao dos fluxos de capital, recomendando que as economias

    avanadas evitassem retirar dinheiro desses pases com muita rapidez, uma

    vez que a recuperao global ainda frgil, advertindo que as economias dos

    mercados emergentes (que ainda contribuem com grande parte do crescimento)

    poderia vir a desacelerar ainda mais.

    Segundo tal Organizao, a queda acentuada dos preos do petrleo

    (constatada desde agosto/2014), devida, em grande parte, ao aumento da oferta,

    constitui um estmulo ao crescimento mundial. Entretanto, fatores contrrios

    inibem consideravelmente tal expanso, como a debilidade do investimento

    observado em diversas economias avanadas e de mercados emergentes, cujas

    expectativas, em curto prazo, no so alentadoras.

    Ambiente Macroeconmico Mundial

    As expectAtivAs do

    FMi erAM de que As

    econoMiAs dos pAses

    desenvolvidos voltAsseM

    A expAndir eM 2014

  • 12

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    As atuais estimativas do FMI para 2014 so de que o crescimento

    econmico mundial tenha atingido 3,3% (percentual inalterado em relao

    s previses feitas em outubro ltimo), sendo que as referentes a 2015

    e 2016 (3,5% e 3,7%, respectivamente) declinaram 0,3 ponto percentual

    comparativamente aos prognsticos feitos anteriormente. Tais revises

    refletem uma reavaliao das perspectivas de expanso das economias da

    China, Rssia, rea do Euro e Japo, bem como a retrao da atividade em

    alguns pases grandes exportadores de petrleo, em virtude do drstico

    declnio dos preos do produto.

    Por outro lado, a economia dos Estados Unidos tem-se mostrado

    em contnuo crescimento, merecendo destaque o fato de ser a nica,

    num conjunto de regies e pases, a ter seus dados revisados para cima

    em relao ao binio 2015/2016 a recuperao foi mais intensa do

    que a esperada, detectando-se diminuio do desemprego e atenuao

    da presso inflacionria, em decorrncia da apreciao do dlar e da

    pondervel queda dos preos do petrleo. O maior otimismo econmico

    fez com que o governo norte-americano encerrasse, ao final de 2014, o

    programa de afrouxamento monetrio (quantative easing) iniciado logo

    aps a crise financeira mundial, em 2008 na prtica, o QE consiste em

    aumentar a quantidade de dinheiro em circulao. O Federal Reserve

    divulgou que no mais comprar ativos no sentido de estimular a

    economia e que manter as taxas de juros prximas de zero pelo menos

    at abril/2015 (caso as mesmas venham a aumentar, investidores tendero

    a se desfazer de seus ativos nos pases emergentes, voltando a aplic-los

    nos Estados Unidos).

    Com a recesso tcnica da economia japonesa constatada no

    terceiro trimestre de 2014, a China estabeleceu-se como a segunda maior

    economia do mundo ao mesmo tempo, tal pas mudou seu modelo

    de crescimento (antes voltado, em grande parte para as exportaes),

    dando maior prioridade ao consumo interno. Cabe ressaltar a ao das

    autoridades a fim de reduzir as vulnerabilidades geradas pela rpida

    elevao do crdito e do investimento. A desacelerao do crescimento

    econmico chins acarretar efeitos regionais importantes, os quais

    explicam, em parte, as revises para baixo de economias de pases

    emergentes da sia.

  • 13

    Quanto Rssia, as projees do FMI refletem a forte reduo

    dos preos do petrleo e o recrudescimento das tenses geopolticas. A

    acentuada desacelerao da economia russa, a depreciao do rublo e a

    fuga de investidores tm repercutido negativamente nas expectativas

    de desempenho das demais economias da Comunidade dos Estados

    Independentes - CEI. No que concerne ndia, tal pas favorecido pelas

    reformas internas realizadas nos ltimos dois anos (vislumbrando-se

    crescimento de 6,3% em 2015, e de 6,5% em 2016), e no que diz respeito

    frica do Sul, a alta do PIB estimada, para 2015 e 2016, em 2,1% e

    2,5%, respectivamente.

    Assim sendo, no que tange s previses do Fundo para o grupo

    de pases do BRICS, o Brasil s no apresentar resultados mais fracos do

    que os da Rssia: prev-se expanso da economia brasileira de 0,3% em

    2015 e 1,5% em 2016, enquanto que as estimativas para a Rssia so de

    retrao (-3,0% e -1,0%, respectivamente).

    No que concerne rea do Euro, aps o declnio de meio ponto

    percentual apurado em 2013, registrou-se tnue crescimento em 2014

    (+0,8%), antevendo-se recuperao nos dois anos posteriores (1,2%

    e 1,4%, respectivamente). O Banco Central Europeu anunciou, em

    janeiro/2015, um plano de estmulo economia do bloco: o BCE dever

    comprar, a cada ms 50 bilhes em ttulos pblicos e privados (ou seja,

    se tal medida comear em maro prximo vindouro e durar por um ano,

    o volume total ser de 600 bilhes, e se durar at o final de 2016, o

    montante ser de mais de 1 trilho). Tal iniciativa dever injetar dinheiro

    novo no mercado, objetivando impulsionar a economia da rea do Euro,

    onde os preos ao consumidor declinaram, em dezembro ltimo, pela

    primeira vez desde 2009 (com a medida, o BCE busca aproximar a inflao

    da meta de 2%). A preocupao com a possibilidade de que um perodo

    prolongado de inflao muito baixa leve os consumidores a diminuir

    as compras, na esperana de que os preos venham a cair ainda mais,

    provocando deflao persistente e aumento do desemprego.

    Por fim, vale destacar o crescimento da economia do Reino Unido

    nos ltimos anos e a perspectiva de que tal fato persistir no binio

    2015/2016 (2,7% e 2,4%, respectivamente), com deteco de aumento

    do nvel de emprego e do consumo de bens e servios pelas famlias.

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 14

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    O grfico a seguir mostra a ainda indesejada evoluo econmica

    dos pases da rea do Euro antevista para o binio 2014/2015, bem como

    o fraco desempenho das economias desenvolvidas como um todo. No que

    diz respeito aos pases emergentes e em desenvolvimento, os resultados

    prognosticados pelo FMI para o Brasil (0,1% e 0,3%, respectivamente) so

    bastante inferiores ao previsto para a economia mundial (3,3% e 3,5%,

    respectivamente) e mesmo para a Amrica Latina e Caribe (1,2% e 1,3%,

    respectivamente), conforme discriminado na tabela 1.

    Fontes: FMI (World Economic Outlook Update - January 2015Notas: (1) Indonsia, Malsia, Filipinas, Tailndia e Vietnam (2) Inclui dados do Afeganisto e do Paquisto

    DiscriminaoObservao Previso

    2013 2014 2015 2016

    Mundo 3,3 3,3 3,5 3,7

    Economias Desenvolvidas 1,3 1,8 2,4 2,4

    Estados Unidos 2,2 2,4 3,6 3,3

    Canad 2,0 2,4 2,3 2,1

    rea do Euro -0,5 0,8 1,2 1,4

    Alemanha 0,2 1,5 1,3 1,5

    Espanha -1,2 1,4 2,0 1,8

    Frana 0,3 0,4 0,9 1,3

    Itlia -1,9 -0,4 0,4 0,8

    Reino Unido 1,7 2,6 2,7 2,4

    Japo 1,6 0,1 0,6 0,8

    Emergentes/Desenvolvimento 4,7 4,4 4,3 4,7

    China 7,8 7,4 6,8 6,3

    ndia 5,0 5,8 6,3 6,5

    Outros Pases Asiticos (1) 5,2 4,5 5,2 5,3

    Rssia 1,3 0,6 -3,0 -1,0

    Amrica Latina e Caribe 2,8 1,2 1,3 2,3

    Brasil 2,5 0,1 0,3 1,5

    Mxico 1,4 2,1 3,2 3,5

    Oriente Mdio/Norte frica (2) 2,2 2,8 3,3 3,9

    Arbia Saudita 2,7 3,6 2,8 2,7

    frica Subsaariana 5,2 4,8 4,9 5,2

    frica do Sul 2,2 1,4 2,1 2,5

    Nigria 5,4 6,1 4,8 5,2

    EVOLUO DA ECONOMIAREGIES E PASES SELECIONADOS PIB | Observao em 2013 e 2014 e previso para 2015 e 2016 - Variao Anual (%)

    TABELA 1

    A recuperAo dA

    econoMiA dos pAses

    Foi desiguAl eM 2014,

    Antevendo-se expAnso

    MAis AMplA dA AtividAde

    MundiAl eM 2015/2016

  • 15

    Fonte: FMI

    CRESCIMENTO DA ECONOMIA MUNDIALREGIES E PASES SELECIONADOS PIB | Previso para 2014 e 2015Variao Anual (%)

    GRFICO 1

    Durante a realizao, em janeiro/2015, do Frum Econmico

    Mundial de Davos, na Sua, num discurso considerado pelo mercado

    como crvel e realista, autoridade econmica governamental anunciou

    que 2015 no ser um ano fcil, mas que o Brasil est colocando a casa em

    ordem, afirmando que o crescimento da economia ser estvel (prximo

    de zero) no ano em curso. Na oportunidade, enfatizou o grande esforo

    na recuperao da confiana dos investidores, prometeu transparncia

    na poltica fiscal e admitiu que o Brasil poder ter um trimestre de

    PIB negativo (de contrao). Dentre as medidas anticclicas foram

    divulgados, quela poca, o aumento de impostos sobre os combustveis

    e nas operaes de crdito, tendo como objetivo arrumar a economia

    visando um crescimento slido.

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 16

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Segundo dados da Organizao dos Pases Exportadores de

    Petrleo OPEC (Monthly Oil Market Report January 2015), a procura

    mundial do produto em 2014 foi revisada para cima, comparativamente

    ao relatrio de outubro/2014, resultando numa demanda global de

    91,15 mb/d (milhes de barris por dia), em grande parte devido

    performance melhor do que a esperada em pases da OCDE Amrica e

    China, ao longo do derradeiro trimestre de 2014 cabe ressaltar que a

    demanda total em 2013 atingiu 90,20 mb/d, ou seja, o aumento no ano

    passado foi de 1,05%. As projees relativas procura mundial em 2015 e

    2020 so, respectivamente, de 92,30 mb/d e 96,90 mb/d.

    No que diz respeito oferta mundial, a mdia alcanou 90,0 mb/d

    em 2013 e 91,1 mb/d em 2014, sendo as estimativas para 2015/2019

    discriminadas a seguir: 2015 (92,3 mb/d), 2016 (93,2 mb/d), 2017

    (94,1 mb/d), 2018 (95,0 mb/d) e 2019 (96,0 mb/d).

    Quanto evoluo dos preos dos barris de petrleo do tipo WTI

    (West Texas Intermediate Crude Oil Cushing, Oklahoma Spot Price

    FOB), negociado na Bolsa de Nova York (e referncia para o mercado

    norte-americano), a mdia mensal das cotaes em 2014, aps atingirem

    US$ 105.79 em junho, despencaram no ltimo trimestre at o patamar

    de US$ 59.29 em dezembro quase igual cotao mdia registrada

    em idntico ms de 2005 (US$ 59.41), mas ainda acima da observada

    no ltimo ms de 2008 (US$ 41.12), cabendo igualmente lembrar que

    a mdia mensal mxima foi alcanada em junho/2008 (US$ 133.88). J

    ao final de janeiro/2015, o preo de petrleo fechou abaixo de US$ 45 o

    barril (precisamente US$ 44.08).

    PETRLEO

  • 17

    No que concerne ao petrleo do tipo Brent, comercializado na

    Bolsa de Londres (e referncia para os mercados europeu e asitico), as

    cotaes so mais elevadas, mas a evoluo em 2014 foi semelhante,

    detectando-se a mxima de US$ 111.80 o barril em junho e sucessivo

    decrscimo at dezembro (US$ 62.34). A cotao mnima desse tipo de

    petrleo tambm foi registrada no final de janeiro/2015: US$ 46.07 o

    barril.

    De acordo com o Banco Mundial (Global Economic Prospects

    January 2015), a tendncia a de que os preos das commodities (em

    geral) devero permanecer baixos (pelo menos at o final de 2016),

    como resultado principalmente do modesto crescimento econmico

    mundial (observado e previsto em curto prazo). importante destacar

    que a vertiginosa reduo das cotaes do petrleo tem favorecido

    enormemente os resultados das empresas areas, uma vez que as mesmas

    tm, entre os mais elevados custos operacionais, o QAV-1 (querosene

    para aviao), derivado do produto.

    Fonte: US Energy Information Administration (EIA)

    EVOLUO DOS PREOS DO PETRLEOEUA - TIPO WTI US$ POR BARRIL | Janeiro/2010 a Dezembro/2014Mdias Mensais

    GRFICO 2

    os preos dos bArris de

    petrleo despencArAM

    no derrAdeiro triMestre

    de 2014

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 18

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    AmbienteEconmicoAmbiente Macroeconmico Mundial 11Ambiente Macroeconmico Brasileiro 19Anlise Econmica do Turismo 31

  • 19

    AMBIENTE MACROECONMICOBRASILEIRO

    Ao se analisar a evoluo do Produto Interno Bruto brasileiro, num perodo

    desde a virada do sculo, constata-se que, em 13 anos, apenas uma vez (em 2009)

    verificou-se decrscimo percentual em relao ao ano imediatamente anterior -

    devido crise econmica mundial que afetou (em maior ou menor grau) todos

    os pases do mundo. Em 2010, o PIB brasileiro variou 7,5% comparativamente a

    2009, em virtude (principalmente) da baixa base de comparao do ano anterior,

    constituindo-se no mais elevado desde 1986 (tambm de 7,5%). Se por um lado,

    no quadrinio 2007-2010, a expanso do PIB do pas superou o da economia

    mundial, por outro, crescimento menor foi observado em 2011-2013, com

    tendncia (segundo o FMI) de que essa situao perdurar em 2014-2015.

    No que se refere aos componentes da demanda, um dos pilares do

    crescimento do PIB nos ltimos anos foi o consumo das famlias, at ento com

    disponibilizao de crdito farto, baixos nveis de inadimplncia e inflao sob

    controle. Entretanto, a desacelerao do crescimento da renda (corroda pela

    inflao) e as elevadas taxas de juros (cobradas nos emprstimos) levaram as

    famlias a colocarem o p no freio do consumo. Efetivamente, pela tica do

    gasto, os dados do IBGE mostram, na comparao com os mesmos trimestres

    de 2013, a seguinte evoluo declinante do consumo das famlias em 2014: 1

    trimestre (+2,2%), 2 trimestre (+1,2%) e 3 trimestre (+0,1%). No confronto entre

    o 3 trimestre com o 2 trimestre/2014 verifica-se queda de 0,3% (constituindo o

    pior resultado desde o 4 trimestre/2008, quando foi registrada retrao de 2%).

    PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 20

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Fonte: IBGE e Banco Central

    EVOLUO DO PIB BRASILEIROObservao 2003 a 2013 e Previso 2014Taxas Reais de Variao Anual (%)

    GRFICO 3

    O relatrio semanal Focus, do Banco Central, o qual rene

    levantamentos realizados junto a instituies financeiras, revelou

    sucessivas redues das expectativas do mercado (mediana) em relao

    expanso do PIB brasileiro em 2014, conforme informaes obtidas

    no incio de cada ms: 1,95% (janeiro), 1,63% (abril), 1,07% (julho),

    0,24% (outubro), 0,20% (novembro), 0,18% (dezembro) e 0,15% (janeiro

    do corrente ano). Para 2015, as previses tambm apresentaram

    consecutivas diminuies do crescimento do PIB: 2,48% (janeiro/2014),

    2,00% (abril), 1,50% (julho), 1,00% (outubro), 0,80% (novembro), 0,73%

    (dezembro), 0,50% (janeiro/2015) e -0,50% (fevereiro).

  • 21

    Segundo o IBGE, a taxa de investimento (FBCF), no terceiro

    trimestre de 2014, correspondeu a 17,4% do PIB, menor do que a

    verificada em igual perodo de 2013 (19,0%) tal reduo foi influenciada,

    principalmente, pela diminuio, em volume, da Formao Bruta de

    Capital Fixo. A taxa de poupana bruta alcanou, em jul.-set./2014, 14,0%

    (ante 15,1% no mesmo trimestre de 2013).

    O grfico a seguir revela que a taxa de investimento (como

    percentagem do PIB) se manteve, nos 3s trimestres do perodo

    2002/2008, abaixo da taxa de poupana bruta e acima dela em idnticos

    trimestres dos anos posteriores, cabendo destacar que a taxa de poupana

    vem declinando acentuadamente desde o jul.-set./2010, atingindo

    atualmente o percentual mnimo (como porcentagem do PIB) nos quinze

    ltimos anos da srie do IBGE (ou seja, desde o 3 trimestre de 2000).

    TAXAS DE INVESTIMENTO E DE POUPANA BRUTA (% do PIB)

    TAXA DE INVESTIMENTO E DE POUPANA BRUTA 3s Trimestres de 2007 a 2014(% do PIB)

    GRFICO 4

    Fonte: IBGE

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 22

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Fonte: Banco Central

    BRASIL - TAXA DE CMBIODLAR PTAX VENDA | 2011 a 2014(US$)

    GRFICO 5

    O dlar estadunidense (PTAX - taxa mdia praticada no mercado

    interbancrio, coletada e divulgada pelo Banco Central) oscilou, em 2014,

    entre a cotao (de venda) mnima de R$ 2,197/US$ (em 8 de abril)

    mxima de R$ 2,7403/US$ (em 16 de dezembro), sendo a mdia anual de

    R$ 2,3535/US$. Comparativamente a 2013, apenas na maior parte dos

    dias do 3 trimestre as cotaes referentes a 2014 foram inferiores. O

    grfico seguinte mostra claramente a contnua tendncia de elevao das

    taxas desde 2011.

    TAXA DE CMBIO

    A tabela a seguir especifica as variaes anuais das cotaes

    do dlar norte-americano em relao ao real, podendo-se constatar os

    seguintes crescimentos percentuais das mdias anuais: 2012 (+16,63%),

    2013 (+10,44%) e 2014 (+8,96%). Ao se comparar a cotao mnima

    de 2011 e a mxima de 2014, apura-se uma elevao de quase 80%

    (precisamente 78,58%).

  • 23

    Em janeiro do corrente ano, o Copom divulgou que, ao avaliar o

    cenrio macroeconmico e as perspectivas para a inflao, decidiu, por

    unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 12,25% a.a., sem vis.

    Com o estabelecimento de taxas mais elevadas, o Banco Central objetiva

    controlar o crdito e o consumo e, assim, frear a majorao da inflao.

    Como se pode constatar no grfico a seguir, aps ter alcanado

    13,75% a.a. no perodo mais turbulento da crise financeira mundial, a taxa

    bsica de juros comeou a declinar consideravelmente at permanecer, a

    partir de julho/2009 e durante 8 meses, no nvel de 8,75% a.a. A partir de

    ento, a mesma voltou a crescer at atingir o mximo de 12,50% em jul.-

    ago./2011, voltando a diminuir e se estabilizar a partir de outubro, durante

    meio ano, no patamar de 7,25%. Depois, tornou a elevar-se rapidamente,

    alcanando novamente dois dgitos: 10,00% a.a. (novembro/2013),

    11,00% (abril/2014), 11,25% (outubro/2014), 11,75% (dezembro/2014) e

    12,25% (janeiro/2015).

    TAXA DE JUROS

    Fonte: Banco Central

    AnosRisco-Pas (pontos)

    Mximo Mnimo Mdia Anual

    2014 2,1970 2,7403 2,3535

    2013 1,9528 2,4457 2,1599

    2012 1,7024 2,1121 1,9557

    2011 1,5345 1,9016 1,6768

    TAXA DE CMBIO - DLAR (US$) PTAX VENDATABELA 2

    Ao final de janeiro/2015, a moeda estadunidense era cotada em

    R$ 2,682/US$, na venda quela poca, o Comit de Poltica Monetria

    Copom, do Banco Central, destacou que o cenrio de referncia leva em

    conta as hipteses de manuteno da taxa de cmbio em R$ 2,65/US$ e

    da taxa Selic em 11,75% a.a. em todo o horizonte relevante.

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 24

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Tal fato leva o Brasil a ocupar o segundo lugar no ranking mundial

    de juros reais (atrs apenas da Rssia) e ocorre num momento de fraca

    atividade econmica (em que o prprio governo espera um PIB flat, ou

    seja, prximo de zero em 2015), com elevao de impostos e tarifas, e

    com a inflao ainda em patamares muito elevados.

    Fonte: Banco Central

    BRASIL - TAXA BSICA DE JUROSSELIC | Jan./2007 a Dez./2014Taxa (%)

    GRFICO 6

    Levantamento realizado pelo IBGE apurou que o ndice Nacional

    de Preos ao Consumidor Amplo IPCA, do ms de dezembro/2014,

    apresentou variao de 0,78%, ficando acima da taxa de 0,51% de

    novembro em 0,27 p.p. e se constituindo na segunda mais elevada do

    ano (superada apenas pela de maro ltimo, a qual atingiu 0,92%). Assim

    sendo, a inflao (medida pelo IPCA) do ano de 2014 foi de 6,41%, pouco

    abaixo do limite superior da meta fixada pelo governo federal e inferior

    (desde 2007) somente registrada em 2011 (6,50%), conforme mostrado

    no grfico a seguir.

    INFLAO

  • 25

    Fontes: IBGE e Banco Central

    BRASIL - NDICE DE PREOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA)

    GRFICO 7

    De acordo com o relatrio semanal Focus, do BC, a evoluo

    (mediana), nos princpios de cada ms, das expectativas do mercado

    quanto ao IPCA, para 2014, foi a seguinte: 5,97% (janeiro), 5,89%

    (fevereiro), 6,01% (maro), 6,35% (abril), 6,50% (maio), 6,47% (junho),

    6,46% (julho), 6,39% (agosto), 6,29% (setembro), 6,32% (outubro), 6,39%

    (novembro) e 6,38% (dezembro). No que diz respeito a 2015, as previses

    feitas em meados de fevereiro do ano em curso so de que o IPCA atingir

    7,33%, ou seja, as de que dever situar-se, mais uma vez, em patamar

    elevado e 0,83 p.p. superior ao teto da referida meta.

    As medidas anunciadas pelo governo federal (o chamado

    realismo tarifrio) tero, como efeito imediato, uma forte presso na

    inflao, contrastando totalmente com o cenrio europeu, onde o BCE

    adotou polticas no sentido de afastar o risco de deflao.

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 26

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Fonte: JP Morgan

    BRASIL - RISCO PASMDIAS DAS COTAES DIRIAS MENSAISJan./2010 a Dez./2014

    GRFICO 8

    A tabela a seguir resume, num quadro comparativo, a evoluo

    (em grande parte) crescente das mdias dirias do risco-pas, referentes

    aos anos de 2013 e 2014, bem como as cotaes mnimas e mximas, e

    respectivas amplitudes trimestrais:

    Cabe destacar que, aps ter apresentado pondervel declnio

    a partir de junho/2012, o risco pas mostrou tendncia crescente no

    decorrer de 2013 at alcanar um nvel mximo ao final de janeiro/2014.

    Nova queda foi verificada a partir de ento e, mais uma vez, as cotaes

    voltaram a subir. A amplitude entre os valores mximo (325 pontos) e

    mnimo (134 pontos) das cotaes dirias chegou a 191 pontos em toda

    essa oscilao das cotaes observada nos ltimos cinco anos.

    Tal varivel um termmetro da confiana do investidor

    estrangeiro na capacidade de um pas honrar seus pagamentos e

    calculado, desde 1994, com base na cotao de uma cesta de ttulos (no

    caso, brasileiros) negociados no exterior.

    RISCO PAS

  • 27

    Fonte: JP Morgan EBMI+ (Emerging Markets Bonds Index Plus)

    DiscriminaoRisco-Pas (pontos)

    Mnimo Mximo Amplitude Mdia Diria

    Out.-Dez./2014 238 325 87 247

    Jul.-Set./2014 198 239 41 213

    Abr.-Jun./2014 195 223 28 210

    Jan.-Mar./2014 226 271 45 245

    Out.-Dez./2013 206 257 51 229

    Jul.-Set./2013 199 249 50 229

    Abr.-Jun./2013 158 264 106 191

    Jan.-Mar./2013 134 193 59 161

    BRASIL - RISCO PASTABELA 3

    De acordo com a Conferncia das Naes Unidas sobre Comrcio

    e Desenvolvimento (UNCTAD), estimativas preliminares revelam que o

    Investimento Estrangeiro Direto IED diminuiu 7,5% no mundo, em 2014,

    em virtude da fragilidade econmica, da incerteza poltica e dos riscos

    geopolticos, alm do grande desinvestimento ocorrido nos EUA o valor

    total teria alcanado US$ 1260 bilhes, contra US$ 1363 bilhes em

    2013 (o resultado o menor desde 2009, ano em que os investimentos

    somaram US$ 1171 bilhes, impactados pela crise financeira global

    iniciada em 2008). Quanto Amrica Latina, os investimentos reduziram

    de US$ 190 bilhes, em 2013, para US$ 153 bilhes, em 2014, aps quatro

    anos consecutivos de majorao.

    No caso brasileiro, aps ter alcanado o mximo em 2011

    (US$ 66660 milhes), o IED lquido (crdito menos dbito) apresentou

    sucessivos declnios nos trs anos posteriores: US$ 65572 milhes (em

    2012), US$ 63996 milhes (em 2013) e US$ 62495 milhes (em 2014),

    conforme mostrado no grfico a seguir.

    INESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 28

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    O saldo acumulado de vagas no mercado formal de trabalho,

    divulgado pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), foi de 396.993 em

    2014 (64,46% a menos do que em 2013: 1.117.171 empregos). Segundo

    setores de atividade da economia, os saldos lquidos foram os seguintes

    em 2014: servios (476.108), comrcio (180.814), administrao pblica

    (8.257), servios industriais de utilidade pblica (4.825), agropecuria

    (-370), extrativa mineral (-2.348), construo civil (-106.476) e indstria de

    transformao (-163.817)

    MERCADO DE TRABALHO

    Fonte: Banco Central

    INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO (IED) LQUIDO2007 A 2014US$ Milhes

    GRFICO 9

  • 29

    A evoluo do emprego, de acordo com o nvel geogrfico, em

    2014, registrou os seguintes saldos lquidos: Regio Norte (17.652),

    Nordeste (99.522), Sudeste (121.689), Sul (118.795) e Centro-Oeste

    (39.335), perfazendo o total de 396.993. Por regies metropolitanas

    pesquisadas, os saldos computados em 2014 foram os seguintes: Belm

    (4.120), Fortaleza (30.470), Recife (-20.062), Salvador (4.576), Belo

    Horizonte (-12.423), Rio de Janeiro (38.155), So Paulo (53.225), Curitiba

    (4.151) e Porto Alegre (6.536).

    O grfico a seguir mostra o significativo declnio dos saldos entre

    admisses e desligamentos computados nos ltimos 4 anos do perodo

    2007/2014, valendo mencionar que o saldo lquido de 2014 correspondeu

    a bem menos da metade do que o detectado em 2009 (exatamente

    -60,11%).

    Fonte: MTE (Caged)

    GRFICO 10BRASIL - EMPREGOSALDO ENTRE ADMISSES E DESLIGAMENTOS2007 a 2014

    Ambiente Macroeconmico Mundial

  • 30

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    AmbienteEconmicoAmbiente Macroeconmico Mundial 11Ambiente Macroeconmico Brasileiro 19Anlise Econmica do Turismo 31

  • 31

    ANLISE ECONMICADO TURISMO

    A Organizao Mundial do Turismo (UNWTO) divulgou, em janeiro/2015,

    a atualizao dos dados referentes evoluo das chegadas internacionais

    de turistas, bem como as previses para 2014 e 2015, conforme mostrado no

    seguinte grfico:

    TURISMO INTERNACIONALEVOLUO RECENTE E EXPECTATIVAS PARA O SETOR

    A evoluo percentual das chegadas internacionais de turistas, de 2013

    para 2014 mostrada no mapa-mndi a seguir:

    Fonte: UNWTO

    GRFICO 11MUNDO - CHEGADAS INTERNACIONAIS DE TURISTASEM MILHES

    Anlise Econmica do Turismo

  • 32

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Fonte: UNWTO

    MUNDO - CHEGADAS INTERNACIONAIS DE TURISTAS POR GRANDES REGIESVARIAO PERCENTUAL SOBRE O ANO IMEDIATAMENTE ANTERIORPreviso para 2014

    FIGURA 1

    importante salientar que os dados referentes a 2014 confirmaram as

    expectativas otimistas da Organizao, estimando-se que tenham sido alcanadas

    1,138 bilho de chegadas, ou seja, cerca de 51 milhes a mais do que em 2013

    o aumento de 4,7% bem mais elevado do que o projetado pela UNWTO para o

    perodo 2010/2020 (+3,8%), valendo destacar que 2014 bateu um novo recorde em

    termos de chegadas internacionais de turistas, superando a marca de 1,1 bilho.

    Das 1,138 bilho de chegadas internacionais de turistas computadas em

    2014, 588,4 milhes corresponderam Europa, 263,0 milhes sia e Pacfico,

    180,6 milhes s Amricas, 56,0 milhes frica, e 50,3 milhes ao Oriente Mdio.

    Em termos de crescimento percentual, o mais elevado, em 2014, foi detectado

    nas Amricas (7,4%), seguido pelos da regio da sia e Pacfico (5,3%), da Europa

    (3,9%), do Oriente Mdio (4,4%) e da frica (2,3%), conforme grfico divulgado pela

    UNWTO, a seguir:

  • 33

    Fonte: UNWTO

    GRFICO 12MUNDO - CHEGADAS INTERNACIONAIS DE TURISTASPOR REGIO (EM MILHES)Previso para 2014 (TOTAL: 1,138 bilhes de chegadas internacionais)

    A evoluo das chegadas, por regio, no perodo 2009/2014 e as projees para 2015, so

    discriminadas na seguinte tabela:

    Fonte: UNWTO (World Tourism Barometer - January 2015)

    Discriminao 2009 2010 2011 2012 2013

    2014

    (dados

    preliminares)

    Mdia Anual

    Crescimento

    2005/2014

    Previso

    para 2015

    (entre)

    Mundo -3,9 6,5 5,1 4,1 4,7 4,7 3,9 +3,0 e +4,0

    Europa -5,0 3,1 6,6 3,7 5,0 3,9 3,0 +3,0 e +4,0

    sia e Pacfico -1,6 13,1 6,5 6,9 6,8 5,3 6,1 +4,0 e +5,0

    Amricas -4,7 6,5 3,5 4,4 3,5 7,4 3,4 +4,0 e +5,0

    frica 3,4 8,9 -0,1 5,2 4,8 2,3 5,4 +3,0 e +5,0

    Oriente Mdio -5,4 13,1 -3,5 -5,6 -3,4 4,4 4,6 +2,0 e +5,0

    TABELA 4CHEGADAS INTERNACIONAIS DE TURISTASVARIAO PERCENTUAL ANUALMundo e Grandes Regies

    Anlise Econmica do Turismo

  • 34

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Como se pode constatar, 2014 se constituiu, desde a crise de

    2009, no quinto ano sucessivo a registrar crescimento acima da mdia

    computada no perodo 2005/2014 (3,9%). As mais recentes estatsticas

    a respeito da evoluo percentual das chegadas internacionais de turistas

    nos ltimos trs anos, por grandes regies, so especificadas no grfico

    a seguir:

    importante destacar, no que se refere s chegadas internacionais

    de turistas na frica em 2014 (cerca de 1 milho a mais do que em 2013)

    enquanto que no Norte do continente o incremento foi de apenas 1%,

    na regio Subsaariana o aumento foi de cerca de 3%, apesar do surto do

    vrus ebola em alguns pases da frica Ocidental. Entretanto, a UNWTO

    ressalta que tanto os dados da frica quanto os do Oriente Mdio devem

    ser vistos com cautela, pelo fato de serem limitados e volteis.

    A Organizao Mundial do Turismo vislumbra que o setor continue

    crescendo em 2015, apesar dos desafios econmicos a serem enfrentados.

    Pelo lado positivo, os preos do petrleo declinaram para um nvel que

    no era registrado desde 2009, o que possibilitar a reduo dos custos

    Fonte: UNWTO

    GRFICO 13

    BRASIL - MUNDO - CHEGADAS INTERNACIONAIS DE TURISTAS POR GRANDES REGIES VARIAO PERCENTUAL SOBRE O ANO IMEDIATAMENTE ANTERIORObs. 2012/2011 e 2013/2012 e Prev. 2014/2013

  • 35

    dos transportes e impulsionar o crescimento econmico, ao aumentar

    o poder aquisitivo e a demanda privada em economias importadoras do

    produto. Devem ser considerados, entretanto, os impactos negativos

    sofridos por alguns pases exportadores de petrleo, os quais se tm

    convertido em importantes mercados emissores de turismo.

    O cenrio positivo para 2015 confirmado pelo ndice de

    Confiana, da UNWTO: de acordo com cerca de 300 especialistas do

    mundo inteiro, o turismo dever continuar se expandindo no corrente ano,

    embora as expectativas sejam menos otimistas do que as manifestadas

    para 2014.

    Dados divulgados pelo Banco Central revelam que os gastos

    efetuados por turistas estrangeiros em visita ao Brasil, medidos pela

    receita da conta viagens, do balano de pagamentos, totalizaram em

    2014, US$ 6914 milhes (3,13% a mais do que os US$ 6704 milhes

    auferidos em 2013), constituindo-se no recorde da srie histrica.

    TURISMO NO BRASIL

    Fonte: Banco Central

    GRFICO 14RECEITA CAMBIAL2007 a 2014US$ MILHES

    Anlise Econmica do Turismo

  • 36

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Por outro lado, a despesa cambial turstica, em 2014, alcanou

    US$ 25608 milhes (2,49% a mais do que os US$ 24987 milhes referentes

    a 2013), gerando majorao do dficit de US$ 18283 milhes, em 2013,

    para US$ 18694 milhes em 2014 (+2,25%). Assim sendo, a corrente

    cambial turstica (receita mais despesa) aumentou de US$ 31691 milhes,

    em 2013, para US$ 32522 milhes em 2014 (+2,62%).

    Comparativamente a 2013, o ndice ABCR de Atividade (composto

    pelo fluxo de veculos leves e pesados), o trfego nas rodovias concedidas

    iniciativa privada cresceu 2,4% em 2014, com aumento de 4,2% no

    movimento de veculos leves e queda de 2,6% no fluxo de veculos

    pesados.

    Segundo a ABCR, o comportamento diferente entre veculos

    leves e pesados foi detectado em praticamente todos os meses do

    ndice, uma vez que, enquanto a produo industrial manteve tendncia

    de queda ao longo de todo o ano, impactada (em grande medida) pelo

    desempenho do setor automotivo, a massa salarial, puxada pela expanso

    RODOVIAS PEDAGIADAS

    Fonte: Banco Central

    GRFICO 15CORRENTE CAMBIAL TURSTICA2007 a 2014US$ MILHES

  • 37

    do rendimento mdio real, sustentou crescimento relevante no ano. Tal

    resultado deveu-se ao estmulo ao trfego de veculos de passeio e a

    uma queda no movimento de caminhes, a qual acompanha a atividade

    industrial.

    A ABCR esclarece, ainda, que o enfraquecimento do movimento

    de veculos pesados ntido j desde meados de 2013, como reflexo do

    momento vivido pela indstria e, em 2014, essa tendncia se acentuou,

    resultando numa queda de 2,6% no acumulado do ano. Alm disso, h

    que se considerar, igualmente, alguns movimentos atpicos, como o fato

    de a Copa do Mundo ter gerado (em junho e julho) reflexos na atividade

    econmica, com influncia negativa sobre o movimento de veculos

    pesados.

    O ndice, que mede o fluxo de veculos nas estradas concedidas,

    produzido pela Associao Brasileira de Concessionrias de Rodovias

    (ABCR), em conjunto com a Tendncias Consultoria Integrada. A srie,

    com ajuste sazonal, mostrada no grfico a seguir, o qual discrimina a

    evoluo mensal do fluxo total de veculos leves em rodovias pedagiadas,

    de janeiro/2007 a dezembro/2014.

    Fonte: ABCR

    GRFICO 16

    BRASIL - FLUXO TOTAL DE VECULOS EM RODOVIAS PEDAGIADAS NMEROS NDICES - SRIE DESSAZONALIZADA - EVOLUO MENSALJAN.2007/DEZ.2014

    Anlise Econmica do Turismo

  • 38

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Detectou-se, em out.-dez./2014, que os percentuais de informao

    positiva de disposio de viajar nos prximos 6 meses variaram do mnimo

    de 31,6% ao mximo de 34,9%, enquanto que no mesmo perodo de 2013

    a variao foi de 32,1% a 37,3%.

    Cabe ressaltar que, de janeiro a agosto de 2014, as intenes

    positivas de viagem situaram-se abaixo da mdia de toda a srie histrica

    correspondente (29,4%), a qual rene estatsticas desde setembro/2005,

    ao passo que no quadrimestre set.-dez./2014 foram detectados

    percentuais mais elevados do que a referida mdia o declnio registrado

    logo a seguir (jan./2015) atribudo sazonalidade.

    INTENO DE VIAGEM

    A inteno de viagem retrata a expectativa das famlias brasileiras

    de consumir os servios relacionados ao turismo nos prximos 6 meses,

    sendo realizada com base numa amostra de mais de 2000 domiclios nas

    cidades de Belo Horizonte, Braslia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,

    Salvador e So Paulo.

    Fonte: FGV e MTur

    GRFICO 17SONDAGEM DE EXPECTATIVAS DO CONSUMIDORINTENO DE VIAGEMSet.2007 / Jan.2015

  • 39

    Anlise Econmica do Turismo

  • 40

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    ResultadosConsolidadosResultados de 2014 41Perspectivas para 2015 49

  • 41

    RESULTADOSDE 2014

    No que concerne ao faturamento auferido em 2014 (comparado ao de

    2013), o setor de turismo como um todo apresentou a seguinte evoluo: 69%

    do mercado consultado indicaram ocorrncia de majorao; 6%, inalterabilidade;

    e 24%, diminuio o saldo de respostas (representado pela diferena entre as

    assinalaes de aumento e as de queda) foi de 45%, com variao mdia anual

    de 7,5%.

    Os principais motivos que proporcionaram aquecimento dos negcios

    em 2014 so discriminados a seguir:

    Agncias de Viagens

    Maior esforo objetivando a concretizao de vendas (como, por exemplo, a

    intensificao de campanhas de marketing) e investimentos em tecnologia da

    informao.

    Locadoras de Automveis

    Segundo os empresrios desse ramo, apesar da desacelerao da economia,

    o setor de turismo foi menos afetado que muitos outros, sendo verificado

    incremento da opo de lazer, a qual proporciona diria mdia mais alta ao

    segmento em pauta; outro motivo destacado foi a deteco, em agosto-outubro,

    de substancial aumento do aluguel de veculos ao longo da campanha eleitoral

    de 2014.

    Resultados Consolidados

  • 42

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Meios de Hospedagem

    Elevao dos preos da diria mdia ocorrida durante a realizao da Copa

    do Mundo de Futebol.

    Operadoras de Turismo

    Facilitao da concesso de crdito aos clientes por parte das empresas

    de maior porte, e a prpria confiana dos clientes em relao s marcas

    das empresas e aos servios por elas prestados.

    Organizadoras de Eventos

    Maior nmero de eventos contratados (inclusive os negcios fechados

    anteriormente).

    Promotores de Feiras

    Se por um lado a Copa do Mundo de Futebol inviabilizou a realizao

    de feiras que normalmente ocorrem em meados do ano, por outro

    possibilitou a promoo de demais acontecimentos a ela relacionados.

    Transporte Areo

    Aumento da oferta de assentos, ampliao das operaes no interior do

    Pas, reduo do preo do combustvel de aviao, e condies favorveis

    do crdito (parcelamento em at 10 vezes, por exemplo).

  • 43

    Transporte Rodovirio

    A realizao da Copa do Mundo de Futebol contribuiu decisivamente

    para o aquecimento dos negcios do segmento.

    Turismo Receptivo

    Demanda gerada durante a Copa do Mundo de Futebol, bem como

    os eventos a ela relacionados.

    Por outro lado, as mais relevantes razes que inibiram a

    realizao dos negcios em 2014 so especificadas a seguir:

    Agncias de Viagens

    Realizao da Copa do Mundo de Futebol e das eleies, as quais reduziram

    significativamente o nmero de viagens corporativas.

    Locadoras de Automveis

    Queda da venda de veculos seminovos, diminuio dos descontos

    oferecidos pelas montadoras de automveis e reduo da demanda por

    parte do segmento corporativo.

    Meios de Hospedagem

    Diminuio da demanda do mercado corporativo verificada no perodo

    imediatamente posterior realizao da Copa do Mundo de Futebol.

    Resultados Consolidados

  • 44

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Operadoras de Turismo

    A parcela do mercado que destacou estabilidade do faturamento, ou

    mesmo a sua reduo, justificou que tal fato deveu-se s incertezas

    reinantes quanto evoluo da economia brasileira.

    Organizadoras de Eventos

    Desempenho desfavorvel da economia nacional e excesso de feriados

    ocorridos em 2014 (como durante a realizao da Copa do Mundo de

    Futebol, por exemplo).

    Promotores de Feiras

    A faturamento auferido pelo segmento em 2014 poderia ser at mais

    amplo, caso o desempenho da economia do Pas fosse favorvel.

    Transporte Areo

    Menor taxa de ocupao das aeronaves (informada por parcela menor do

    mercado).

    Transporte Rodovirio

    Decrscimo do faturamento observado logo aps a realizao da

    Copa do Mundo de Futebol.

    Turismo Receptivo

    Baixo movimento (demanda) registrado antes e aps o megaevento

    Copa do Mundo de Futebol, e os elevados preos em geral.

  • 45

    Conforme se pode constatar na tabela a seguir, os ramos que

    apresentaram saldos de respostas mais elevados de faturamento em 2014

    (em confronto com 2013) foram: meios de hospedagem (+92%), locadoras

    de automveis (+86%), transporte rodovirio (+77%) e operadoras de

    turismo (+58%), ao passo que os menores saldos foram apurados nos

    segmentos agncias de viagens (-15%) e turismo receptivo (-14%).

    Portanto, trata-se de resultado favorvel para o setor de turismo, com 4

    segmentos (entre 9) registrando saldos de respostas iguais ou superiores

    a 58%, 2 ramos com saldos iguais a 16%, 1 em que o faturamento se

    manteve estvel em relao a 2013, e apenas 2 segmentos apresentaram

    saldos negativos.

    Segmento de Turismo Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Consolidado 69 6 25 44

    Agncias de Viagens 37 11 52 -15

    Locadoras de Automveis 93 0 7 86

    Meios de Hospedagem 92 8 0 92

    Operadoras de Turismo 75 8 17 58

    Organizadoras de Eventos 51 0 49 2

    Promotores de Feiras 54 8 38 16

    Transporte Areo 58 0 42 16

    Transporte Rodovirio 77 23 0 77

    Turismo Receptivo 21 44 35 -14

    EVOLUO DO FATURAMENTO 2014/2013 (%)SEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO DO TURISMO

    TABELA 5CONSOLIDADO

    Na prxima tabela, destacam-se como mais elevadas variaes

    mdias do faturamento auferido (+7,4% no resultado consolidado

    de 2014, em contraste com 2013), as registradas nos ramos meios de

    hospedagem (+14,7%), promotores de feiras (+13,1%) e locadoras de

    automveis (+8,4%), sendo os menores percentuais de variao mdia

    apurados em agncias de viagens (-1,1%) e turismo receptivo (+1,2%).

    Fontes: FGV e MTur

    Resultados Consolidados

  • 46

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Em 2014, as mais elevadas variaes mdias de preos em relao

    a 2013 (+2,3% no consolidado do setor de turismo) foram constatadas

    nos segmentos turismo receptivo (+13,3%), meios de hospedagem

    (+9,2%), transporte rodovirio (+6,9%) e operadoras de turismo (+4,5%).

    Menores percentuais de variao mdia de preos foram detectados nos

    segmentos transporte areo (-4,1%) e agncias de viagens (+1,5%).

    Entre as variaes mdias de custos (+6,9% no resultado

    consolidado do setor de turismo), verificaram-se maiores aumentos,

    em 2014, nos segmentos turismo receptivo (+14,3%), locadoras de

    automveis (+13,5%), meios de hospedagem (+9,6%), organizadoras de

    eventos (+9,0%) e operadoras de turismo (+8,0%), sendo constatadas

    menores variaes de custos em promotores de feiras (+3,4%) e

    transporte areo (+4,4%).

    No que tange s variaes mdias de postos de trabalho

    (+2,5% no resultado consolidado em 2014), destacam-se as registradas

    positivamente nos ramos organizadoras de eventos (+10,2%) e turismo

    receptivo (+5,6%), e negativamente em agncias de viagens (-2,0%).

    Fontes: FGV e MTur

    Segmento de Turismo Faturamento Preos Custos Quadro de Pessoal

    Consolidado 7,4 2,3 6,9 2,5

    Agncias de Viagens -1,1 1,5 4,7 -2,0

    Locadoras de Automveis 8,4 2,6 13,5 1,9

    Meios de Hospedagem 14,7 9,2 9,6 3,2

    Operadoras de Turismo 4,9 4,5 8,0 3,4

    Organizadoras de Eventos 3,5 1,9 9,0 10,2

    Promotores de Feiras 13,1 1,9 3,4 3,8

    Transporte Areo 5,5 -4,1 4,4 3,0

    Transporte Rodovirio 5,4 6,9 6,8 1,5

    Turismo Receptivo 1,2 13,3 14,3 5,6

    VARIAO MDIA ANUAL DOS PRINCIPAIS INDICADORESPOR SEGMENTO DE TURISMO (%) - 2014/2013

    TABELA 6CONSOLIDADO

  • 47

    Fontes: FGV e MTur

    Indicadores

    Faturamento 2014 Preos 2014

    Variao Mdia Anual

    Prevista

    Variao Mdia Anual Observada

    Diferena (p.p.)

    Variao Mdia Anual

    Prevista

    Variao Mdia Anual Observada

    Diferena (p.p.)

    Consolidado 6,6 7,5 0,9 3,3 2,3 -1,0

    Agncias de Viagens 8,1 -1,1 -9,2 8,5 1,5 -7,0

    Locadoras de Automveis 7,7 8,4 0,7 -0,4 2,6 3,0

    Meios de Hospedagem 11,2 14,7 3,5 4,9 9,2 4,3

    Operadoras de Turismo 10,8 4,9 -5,9 6,4 4,5 -1,9

    Organizadoras de Eventos 12,9 3,5 -9,4 10,8 1,9 -9,0

    Promotores de Feiras 6,7 13,1 6,4 3,9 1,9 -2,0

    Transporte Areo ... 5,5 ... ... -4,1 ...

    Transporte Rodovirio 5,5 5,4 -0,1 3,2 6,9 3,7

    Turismo Receptivo 75,1 1,2 -73,9 17,8 13,3 -4,5

    CONTRASTE ENTRE AS VARIAES MDIAS DO FATURAMENTO E DOS PREOS - 2014/2013SEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO (%)

    TABELA 7CONSOLIDADO

    Fontes: FGV e MTur

    Indicadores

    Custos em 2014 Quadro de Pessoal em 2014

    Variao Mdia Anual

    Prevista

    Variao Mdia Anual Observada

    Diferena (p.p.)

    Variao Mdia Anual

    Prevista

    Variao Mdia Anual Observada

    Diferena (p.p.)

    Consolidado 4,8 6,9 2,1 1,3 2,6 1,3

    Agncias de Viagens 5,7 4,7 -1,0 1,3 -2,0 -3,3

    Locadoras de Automveis 6,9 13,5 6,6 0,0 1,9 1,9

    Meios de Hospedagem 8,7 9,6 0,9 5,0 3,2 -1,8

    Operadoras de Turismo 6,7 8,0 1,3 -2,1 3,4 5,5

    Organizadoras de Eventos 24,0 9,0 -15,0 13,5 10,2 -3,3

    Promotores de Feiras 5,2 3,4 -1,8 0,4 3,8 3,4

    Transporte Areo ... 4,4 ... ... 3,0 ...

    Transporte Rodovirio 7,5 6,8 -0,7 1,0 1,5 0,5

    Turismo Receptivo 8,9 14,3 5,4 7,9 5,6 -2,3

    CONTRASTE ENTRE AS VARIAES MDIAS DOS CUSTOS E DO QUADRO DE PESSOAL - 2014/2013SEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO (%)

    TABELA 8CONSOLIDADO

    Resultados Consolidados

  • 48

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    ResultadosConsolidados

    Resultados de 2014 41Perspectivas para 2015 49

  • 49

    PERSPECTIVASPARA 2015

    Os empresrios da maioria dos segmentos vislumbram significativa

    ampliao dos negcios em 2015 (saldo de 43% em comparao a 2014, com

    variao mdia anual de 4,1%).

    A seguir so listadas expectativas otimistas dos empresrios do

    setor de turismo em relao evoluo da economia em geral e a seus prprios

    negcios, em particular:

    Agncias de Viagens

    Estimativa de aumento da carteira de clientes; e investimentos j realizados em

    tecnologia, servios e na rea comercial (visando conquista de novos negcios,

    alm do incremento dos atuais).

    Locadoras de Automveis

    Majorao dos juros (a qual restringe a compra de veculos e favorece a

    terceirizao da frota) e atuao mais intensa no mercado de pessoas fsicas.

    Meios de Hospedagem

    Reajuste de preos a serem praticados pelos hotis (diria mdia).

    Operadoras de Turismo

    Oferta de pacotes mais econmicos e possibilidade de concesso de crdito aos

    clientes por parte das empresas de maior porte.

    Resultados Consolidados

  • 50

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Organizadoras de Eventos

    Perspectiva de aumento da demanda por eventos e expectativa de

    majorao de preos praticados pelo segmento.

    Transporte Rodovirio

    Ocorrncia de maior nmero de feriados prolongados em 2015.

    Turismo Receptivo

    Maior visibilidade do Pas no exterior e consequente aumento da

    demanda de turistas para o destino Brasil, alm da pondervel alta

    do dlar estadunidense em relao ao real.

    Por outro lado, so listados, a seguir, apenas os segmentos que

    mencionaram relevantes razes que podero inibir a realizao dos

    negcios em 2015:

    Operadoras de Turismo

    Evoluo insatisfatria da economia do Pas e o cmbio desfavorvel.

    Organizadoras de Eventos

    Fraco desempenho da economia do Pas e os cortes de investimentos

    promovidos pelo Governo.

    Promotores de Feiras

    Desempenho desfavorvel da economia nacional esperado para o ano em

    curso.

  • 51

    A tabela seguinte revela que os ramos que registram perspectivas

    de mais elevados saldos de ampliaes do faturamento so os seguintes:

    locadoras de automveis (+86%), agncias de viagens (+63%), operadoras

    de turismo (+61%), transporte rodovirio (+56%) e meios de hospedagem

    (+52%). Por outro lado, os menores saldos de estimativas de evoluo do

    faturamento so os apurados nos ramos: promotores de feiras (-41%) e

    organizadoras de eventos (+2%).

    Segmento de Turismo Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Consolidado 64 15 21 43

    Agncias de Viagens 63 37 0 63

    Locadoras de Automveis 93 0 7 86

    Meios de Hospedagem 62 28 10 52

    Operadoras de Turismo 79 3 18 61

    Organizadoras de Eventos 51 0 49 2

    Promotores de Feiras 20 19 61 -41

    Transporte Areo 61 0 39 22

    Transporte Rodovirio 56 44 0 56

    Turismo Receptivo 64 21 15 49

    EVOLUO DO FATURAMENTO 2015/2014SEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO DO TURISMO

    TABELA 9CONSOLIDADO

    Fontes: FGV e MTur

    Resultados Consolidados

  • 52

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    A tabela a seguir destaca como mais elevadas previses de

    variaes mdias do faturamento a ser auferido em 2015 (+4,1% no

    resultado consolidado do setor de turismo, comparativamente a 2014), as

    estimadas pelos segmentos agncias de viagens (+8,8%), operadoras de

    turismo (+8,7%) e meios de hospedagem (+7,9%); por outro lado, menores

    saldos so detectados nas previses referentes aos ramos promotores de

    feiras (-7,6%) e turismo receptivo (+1,6%).

    Os mais elevados prognsticos de variaes mdias de preos

    (+2,1% no resultado consolidado) foram constatados nos segmentos

    turismo receptivo (+6,6%), meios de hospedagem (+5,9%) e transporte

    rodovirio (+4,7%). O menor percentual de estimativas de reajuste de

    preos foi identificado nos ramos agncias de viagens e locadoras de

    automveis (em ambos, saldo nulo).

    Entre as estimativas de variaes mdias de custos (+2,9% no

    resultado consolidado), verificaram-se perspectivas de maiores aumentos

    nos ramos organizadoras de eventos (+12,9%), turismo receptivo (+10,6%),

    meios de hospedagem (+7,5%) e promotores de feiras (+7,2%), sendo o

    menor percentual de incremento previsto pelo segmento agncias de

    viagens (-2,2%).

    Finalmente, no que concerne aos prognsticos de variaes

    mdias de postos de trabalho (+1,0% no resultado consolidado),

    destacam-se as computadas nos ramos organizadoras de eventos (+7,5%)

    e meios de hospedagem (+4,3%), sendo os mais baixos percentuais

    referentes s previses, para 2015, de variao mdia registrados nos

    segmentos promotores de feiras (-1,4%), locadoras de automveis (-1,0%)

    e agncias de viagens (-0,9%).

  • 53

    Fontes: FGV e MTurNota: Dado numrico no disponvel

    Segmento de Turismo Faturamento Preos Custos Quadro de Pessoal

    Consolidado 4,1 2,1 2,9 1,0

    Agncias de Viagens 8,8 0,0 -2,2 -0,9

    Locadoras de Automveis 6,0 0,0 2,2 -1,0

    Meios de Hospedagem 7,9 5,9 7,5 4,3

    Operadoras de Turismo 8,7 1,2 3,4 0,1

    Organizadoras de Eventos 5,9 3,0 12,9 7,5

    Promotores de Feiras -7,6 2,8 7,2 -1,4

    Transporte Areo ... ... ... ...

    Transporte Rodovirio 3,4 4,7 5,7 0,7

    Turismo Receptivo 1,6 6,6 10,6 -0,5

    VARIAO MDIA ANUAL DOS PRINCIPAIS INDICADORESPOR SEGMENTO DE TURISMO (%) - 2015/2014

    TABELA 10CONSOLIDADO

    Resultados Consolidados

  • 54

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    RelatriosSetoriaisAgncias de Viagens 55Locadoras de Automveis 61Meios de Hospedagem 67Operadoras de Turismo 73Organizadoras de Eventos 79Promotores de Feiras 85Transporte Areo 91Transporte Rodovirio 97Turismo Receptivo 103

  • 55

    AGNCIAS DEVIAGENS

    Quanto segmentao do mercado em 2014, a procura por destinos

    nacionais representou 58% das vendas realizadas pelas agncias pesquisadas,

    enquanto 42% corresponderam demanda por destinos internacionais - ressalte-

    se que mesmo com a taxa de cmbio (dlar estadunidense) se mantendo bem

    acima da registrada ao longo de (praticamente) todo o ano de 2013, tal fato no

    foi suficiente para desestimular as viagens para o exterior.

    PERFIL DAS EMPRESAS ENTREVISTADAS

    Atingiu 37% a parcela do mercado de agncias de viagens, que

    considerou o desempenho da economia brasileira, em 2014, superior ao de

    2013, enquanto que 11% julgaram-no equivalente e 52%, inferior o saldo de

    respostas (correspondente diferena entre as assinalaes de aumento e as de

    queda) foi de -15%, indicando percepo de evoluo menos satisfatria. No que

    concerne ao seu prprio mercado de atuao, as empresas desse segmento

    informaram ter ocorrido expanso em 2014 (comparativamente a 2013) em

    37% do mercado e retrao em 63% (saldo de -26%), indicando, igualmente,

    desempenho menos favorvel.

    Maior faturamento em 2014 (em relao a 2013) foi detectado em 37%

    do mercado de agncias de viagens, enquanto que 11% acusaram estabilidade

    e 52%, decrscimo, resultando num saldo de -15%, com variao mdia de

    2,6%. Dentre as razes que justificam a reduo do faturamento, foram ser

    mencionadas a realizao da Copa do Mundo de Futebol e das eleies, as quais

    reduziram significativamente o nmero de viagens corporativas. Por outro

    lado, atenuaram essa queda o maior esforo objetivando a concretizao de

    vendas (como, por exemplo, a intensificao de campanhas de marketing) e os

    investimentos em tecnologia da informao.

    RESULTADOS DE 2014

    Relatrios Setoriais

  • 56

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Constatou-se, em 2014, majorao de preos para 37% do

    mercado, inalterabilidade para 52% e queda para 11% (saldo de 26%),

    com variao mdia de 1,5%. No que diz respeito aos custos, a elevao

    mdia, apontada por 63% do mercado pesquisado, atingiu 4,7%, sendo

    atribuda, em grande parte, aos gastos com mo de obra (aumento salarial

    e dissdio).

    A inesperada evoluo insatisfatria dos negcios, em 2014,

    induziu empresrios a reduzirem o quadro de pessoal: 26% de

    assinalaes de aumento, 37% de inalterabilidade e 37% de diminuio

    (saldo de -11%, com variao mdia total de -2,0%).

    Todo o mercado de agncias de viagens realizou investimentos

    ao longo de 2014, em percentual equivalente a 6,2% do faturamento

    global. A rea / atividade que foi beneficiada prioritariamente pelos

    investimentos realizados pelas empresas desse segmento em 2014 foi a

    de novas tecnologias.

    Fontes: FGV e MTur

    IndicadoresComportamento Variao

    Obtida(%)Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Faturamento 37 11 52 -15 2,6

    Preos 37 52 11 26 1,5

    Custos 63 11 26 37 4,7

    Quadro de Pessoal 26 37 37 -11 -2,0

    TABELA 11AGNCIA DE VIAGENS - VARIAO MDIA OBTIDA DOS PRINCIPAIS INDICADORESSEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO - 2014/2013

  • 57

    Os investimentos realizados em tecnologia da informao, bem

    como a atual intensificao de campanhas de marketing e promoo de

    vendas (visando a atrao de novos clientes) e realizao de treinamento

    dos funcionrios so aspectos propcios expanso dos negcios.

    MOMENTO ATUAL (JANEIRO DE 2015)

    Fatores favorveis ao desenvolvimento dos negcios

    Como ponto desfavorvel expanso do faturamento pode

    ser ressaltado o desempenho insatisfatrio da economia brasileira. De

    forma ambivalente, a tecnologia tambm pode ser um fator limitador

    dos negcios, na medida em que as agncias on-line vm acirrando a

    concorrncia do segmento.

    Principais entraves expanso dos negcios

    Fontes: FGV e MTur

    AGNCIAS DE VIAGENSPARCELA DO MERCADO qUE REALIZOU INVESTIMENTOS EM 2014, segundo principais reas/atividades:

    TABELA 12

    reas de Investimento Distribuio (%)

    Novas Tecnologias 89

    Quanto ao grau de instruo dos funcionrios das empresas

    consultadas, detectou-se que 58% possuem nvel superior completo, 39%

    o mdio completo e 3%, o fundamental completo.

    Relatrios Setoriais

  • 58

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Pouco mais da metade do mercado de agncias de viagens

    (precisamente 52%) estima que o desempenho da economia brasileira,

    em 2015, ser igual ao de 2014, enquanto que para 48% ser inferior

    (logo, saldo de -48%). J em relao ao seu prprio mercado de atuao,

    a perspectiva de predomnio de estabilidade: 11% de assinalaes de

    prognsticos de ampliao, 78% de inalterabilidade e 11% de retrao

    (saldo nulo).

    Os empresrios consultados mostram-se otimistas em relao

    a 2015, esperando a continuidade de elevao do faturamento (saldo

    das previses de 63%), com uma variao mdia de 8,8%, em funo

    principalmente da expectativa de aumento da carteira de clientes e dos

    investimentos j realizados em tecnologia, servios e na rea comercial

    (visando conquista de novos negcios, alm do incremento dos atuais).

    PERSPECTIVAS PARA 2015

    Fontes: FGV e MTur

    IndicadoresComportamento Variao

    Obtida(%)Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Faturamento 63 37 0 63 8,8

    Preos 0 100 0 0 0,0

    Custos 11 48 41 -30 -2,2

    Quadro de Pessoal 22 41 37 -15 -0,9

    TABELA 13AGNCIA DE VIAGENS - VARIAO MDIA PREVISTA DOS PRINCIPAIS INDICADORESSEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO - 2015/2014

  • 59

    Ainda assim, as perspectivas referentes ao nvel de emprego, em

    2015, so de tnue reduo: enquanto que 22% do mercado respondente

    prognosticam elevao, 41% acreditam na ocorrncia de inalterabilidade,

    e 37% em reduo, gerando saldo de -15%, com variao mdia de -0,9%.

    Por outro lado, a expectativa a de que os custos diminuiro (saldo de

    -30%), e de que os preos praticados pelas empresas manter-se-o no

    mesmo nvel de 2014 (saldo nulo).

    Com relao especificamente aos investimentos, as empresas

    pesquisadas manifestaram inteno de investir 6,1% do seu faturamento

    global em 2015, percentual ligeiramente inferior ao investido em

    2014 (6,2%). As reas / atividades que devero ser beneficiadas

    prioritariamente pelos investimentos a serem realizados pelas

    empresas desse segmento em 2015 so as seguintes: novas tecnologias e

    treinamento de pessoal.

    Fontes: FGV e MTur

    AGNCIAS DE VIAGENSPARCELA DO MERCADO qUE PRETENDE INVESTIR EM 2015, segundo principais reas/atividades

    TABELA 14

    reas de Investimento Distribuio (%)

    Novas Tecnologias 100

    Treinamento de pessoal 48

    Relatrios Setoriais

  • 60

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    RelatriosSetoriaisAgncias de Viagens 55Locadoras de Automveis 61Meios de Hospedagem 67Operadoras de Turismo 73Organizadoras de Eventos 79Promotores de Feiras 85Transporte Areo 91Transporte Rodovirio 97Turismo Receptivo 103

  • 61

    LOCADORAS DE AUTOMVEIS

    Grandes empresas esto presentes em quase todas as Unidades da

    Federao, sendo de aproximadamente 78 mil veculos a frota total estimada

    para 2015 (manuteno em relao ao nmero de 2014). O nmero de agncias

    ou lojas no Brasil das locadoras de automveis participantes da pesquisa somou

    507 em 2014, com previso de poucas agncias a mais para 2015. O total de

    dirias vendidas em 2014 foi de, aproximadamente, 15,6 milhes, estimando-se

    que atingir cerca de 16 milhes em 2015.

    PERFIL DAS EMPRESAS ENTREVISTADAS

    Todas as empresas do mercado de locadoras de automveis consultado

    consideram o desempenho da economia brasileira, em 2014, inferior ao de

    2013; entretanto, em relao ao seu prprio mercado de atuao, os negcios

    foram melhores para 93% do mercado (em 2014), enquanto que apenas 7%

    julgaram-nos piores do que os registrados em 2013.

    Confirmando expectativas empresariais, a maior parcela das locadoras

    de automveis consultadas acusou elevao do faturamento em 2014,

    comparativamente a 2013: 93% de assinalaes de majorao e 7% de queda

    - o saldo de respostas (correspondente diferena entre as assinalaes

    de aumento e as de diminuio) foi de 86%, com variao mdia de 8,4%.

    Os principais fatores que impactaram na majorao do faturamento do

    mercado foram os seguintes: apesar da desacelerao da economia, o setor de

    turismo foi menos afetado, sendo verificado incremento da opo de lazer, a

    qual proporciona diria mdia mais alta ao segmento em pauta; outro motivo

    destacado pelos empresrios foi a deteco, em agosto-outubro, do substancial

    aumento do aluguel de veculos ao longo da campanha para a eleio de 2014.

    Como fatores inibidores da expanso ainda mais ampla do faturamento

    foram citados a queda da venda de veculos seminovos, a diminuio dos

    descontos oferecidos pelas montadoras de automveis e a reduo da demanda

    pelo segmento corporativo.

    RESULTADOS DE 2014

    Relatrios Setoriais

  • 62

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    O aumento de custos, informado pela totalidade do mercado,

    com incremento mdio de 13,5% em 2014, foi, em menor escala, repassada

    aos preos praticados pelo segmento em pauta, com variao mdia de

    somente 2,6%. A elevao dos custos das locadoras de automveis

    ocorreu principalmente em virtude das despesas gerais (como as de

    aluguel de escritrios, entre outras) e do custo de pessoal, os quais foram

    pressionados pela inflao, em 2014.

    O aquecimento dos negcios ocorrido em 2014 induziu a

    majorao do quadro de pessoal em contraste com 2013, com variao

    mdia de 1,9%.

    Praticamente todo o mercado de locadoras de automveis

    pesquisado (exatamente 95%) realizou investimentos em 2014, sendo

    de 64,3% o percentual de recursos destinados em relao ao faturamento

    global. As reas / atividades que foram beneficiadas prioritariamente

    pelos investimentos realizados pelas empresas desse segmento em

    2014 so as seguintes: ampliao e/ou renovao da frota, tecnologia da

    informao e treinamento de pessoal.

    Fontes: FGV e MTur

    IndicadoresComportamento Variao

    Obtida(%)Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Faturamento 93 0 7 86 8,4

    Preos 93 2 5 88 2,6

    Custos 100 0 0 100 13,5

    Quadro de Pessoal 93 7 0 93 1,9

    TABELA 15LOCADORAS DE AUTOMVEIS - VARIAO MDIA OBTIDA DOS PRINCIPAIS INDICADORESSEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO - 2014/2013

  • 63

    A significativa elevao dos juros na economia brasileira tem

    desestimulado a aquisio de veculos e, consequentemente, induzido

    as locadoras a terceirizarem suas frotas, proporcionando maior

    faturamento desse ramo. Alm disso, a maior penetrao no mercado de

    pessoas fsicas tambm tem resultado no aquecimento dos negcios das

    locadoras de automveis.

    MOMENTO ATUAL (JANEIRO DE 2015)

    Fatores favorveis ao desenvolvimento dos negcios

    Como razes inibidoras da expanso do faturamento so

    ressaltados o ambiente econmico atual, com registros de inflao

    elevada, diminuio do nvel de emprego e reduo dos investimentos

    como um todo.

    Principais entraves expanso dos negcios

    Fontes: FGV e MTur

    LOCADORAS DE AUTOMVEISPARCELA DO MERCADO qUE REALIZOU INVESTIMENTOS EM 2014, segundo principais reas/atividades

    TABELA 16

    reas de Investimento Distribuio (%)

    Ampliao e/ou renovao da frota 100

    Novas tecnologias 97

    Treinamento 97

    No que diz respeito ao grau de instruo dos funcionrios das

    empresas pesquisadas, detectou-se que 44% possuem nvel superior

    completo, 48% mdio completo e 8%, o fundamental completo.

    Relatrios Setoriais

  • 64

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    A maioria dos empresrios entrevistados (93%) acredita que o

    desempenho da economia brasileira, em 2015, ser inferior ao de 2014,

    enquanto somente 7% preveem inalterabilidade. J no que tange ao seu

    prprio mercado de atuao, a situao de estimativa de predomnio

    de estabilidade: 93% de prognsticos de que se mantenha (em 2015) no

    mesmo nvel de 2014, contra apenas 7% de ocorrncia de retrao (saldo

    de -7%).

    A parcela correspondente a 93% do mercado de locadoras

    consultado espera que o faturamento permanea em expanso em

    2015, enquanto que 7%, reduo comparativamente a 2014, gerando,

    portanto, um saldo de 86%, com expectativa de variao mdia de 6,0%.

    Como fatores propcios elevao do faturamento so citados a

    majorao dos juros (a qual restringe a compra de veculos e favorece a

    terceirizao da frota) e a atuao mais intensa no mercado de pessoas

    fsicas. Ainda que as previses de que o mercado permanecer aquecido

    no corrente ano venham a se tornar realidade, o segmento em pauta

    manifestou a inteno de no efetuar contrataes adicionais de pessoal

    (efetivamente, 95% do mercado de locadoras de automveis consultado

    planeja manter estvel o quadro de funcionrios, comparativamente a

    2014).

    PERSPECTIVAS PARA 2015

    Fontes: FGV e MTur

    IndicadoresComportamento Variao

    Obtida(%)Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Faturamento 93 0 7 86 6,0

    Preos 0 100 0 0 0,0

    Custos 95 0 5 90 2,2

    Quadro de Pessoal 0 95 5 -5 -1,0

    TABELA 17LOCADORAS DE AUTOMVEIS - VARIAO MDIA PREVISTA DOS PRINCIPAIS INDICADORESSEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO - 2015/2014

  • 65

    Cabe salientar que 95% do mercado entrevistado anteveem

    majorao de custos em 2015, enquanto que 5% vislumbram ocorrncia

    de diminuio, gerando variao mdia de 2,2%. Mesmo assim, as

    empresas do setor acreditam na dificuldade de repasse do aumento

    dos custos aos preos finais dos servios (os quais devero manter-se

    inalterados em relao a 2014).

    A maior fatia do mercado de locadoras de automveis pesquisado

    (precisamente 95%) manifestou inteno de investir em 2015, sendo de

    64,1% do faturamento global o montante de recursos previstos para esse

    fim. A programao de investimentos segundo as reas / atividades

    beneficiadas a seguinte: ampliao e/ou renovao da frota, construo

    de novos estabelecimentos, tecnologia da informao e treinamento de

    pessoal.

    Fontes: FGV e MTur

    LOCADORAS DE AUTOMVEISPARCELA DO MERCADO qUE PRETENDE INVESTIR EM 2015, segundo principais reas/atividades

    TABELA 18

    reas de Investimento Distribuio (%)

    Ampliao e/ou renovao da frota 100

    Novas tecnologias 97

    Treinamento 97

    Abertura de novas lojas 97

    Relatrios Setoriais

  • 66

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    RelatriosSetoriaisAgncias de Viagens 55Locadoras de Automveis 61Meios de Hospedagem 67Operadoras de Turismo 73Organizadoras de Eventos 79Promotores de Feiras 85Transporte Areo 91Transporte Rodovirio 97Turismo Receptivo 103

  • 67

    MEIOS DE HOSPEDAGEM

    Grande parte do mercado de meios de hospedagem consultado

    (precisamente 84%) administrada por redes nacionais, enquanto que os

    restantes 16%, por redes internacionais. Os tipos de empreendimentos

    administrados so constitudos majoritariamente por hotis, seguidos de resorts

    e flats, ascendendo a 510 o total de estabelecimentos e a 99.010 o nmero de

    unidades habitacionais previstos para 2015 (contra 480 empreendimentos e

    95.273 unidades habitacionais em 2014).

    PERFIL DAS EMPRESAS ENTREVISTADAS

    No que concerne ao desempenho da economia brasileira em 2014,

    predominaram opinies de que foi pior do que o de 2013: cerca de 1/3 do

    mercado (precisamente 35%) consideraram-no equivalente, enquanto que

    aproximadamente 2/3 (65%) julgaram-no inferior o saldo de respostas

    (representado pela diferena entre as assinalaes de que foi melhor ou de

    ocorreu o contrrio) foi, portanto, de -65%. Quanto ao seu prprio mercado de

    atuao em 2014 (comparativamente a 2013), as opinies foram divididas em

    percentuais bastante prximos: 32% de que a performance foi melhor, 33% de

    que foi igual, e 35% de que foi pior (saldo de -3%).

    A majorao do faturamento em 2014 foi registrada em 92% do

    mercado de meios de hospedagem consultado, e estabilidade em 8%, resultando

    num saldo de 92%, com variao mdia de 14,7%, comparativamente a 2013.

    A expanso do faturamento ocorreu principalmente em razo da elevao da

    diria mdia ocorrida durante a Copa do Mundo de Futebol cabe ressaltar,

    entretanto, que o mercado de meios de hospedagem, que atende ao mercado

    coorporativo, registrou desaquecimento no perodo de realizao desse

    megaevento, recuperando-se logo aps.

    RESULTADOS DE 2014

    Relatrios Setoriais

  • 68

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Observou-se, em 2014, majorao de preos em 96% do mercado

    pesquisado e inalterabilidade em 4%, com variao mdia de 9,2%.

    Em relao aos custos, registrou-se incremento em 92% do

    mercado de meios de hospedagem entrevistado, e estabilidade em 8%

    (logo, saldo de 92%), com uma variao mdia de 9,6%. A elevao dos

    custos ocorreu, em grande parte, devido ao dissdio salarial, acrescido do

    reajuste dos preos cobrados por fornecedores (como os de alimentos

    e bebidas, por exemplo) e do aumento dos custos operacionais e de

    manuteno.

    O aquecimento dos negcios em 2014 estimulou 42% do

    mercado em pauta a promoverem contrataes adicionais de mo de

    obra, mant-la estvel em 50% e a realizar dispensas em 8% (saldo de

    34%, com variao mdia de 3,2%).

    Significativa parcela do mercado de meios de hospedagem (74%)

    realizou investimentos em 2014, correspondendo a 27,5% o percentual

    de destinao de recursos em relao ao faturamento total desse ramo.

    As principais reas/atividades que receberam investimentos em 2014

    foram as seguintes: ampliao e/ou reforma das instalaes, tecnologia

    da informao e treinamento de pessoal.

    Fontes: FGV e MTur

    IndicadoresComportamento Variao

    Obtida(%)Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Faturamento 92 8 0 92 14,7

    Preos 96 4 0 96 9,2

    Custos 92 8 0 92 9,6

    Quadro de Pessoal 42 50 8 34 3,2

    TABELA 19MEIOS DE HOSPEDAGEM - VARIAO MDIA OBTIDA DOS PRINCIPAIS INDICADORESSEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO - 2014/2013

  • 69

    Empresrios desse segmento vislumbram o surgimento de novas

    oportunidades ante a perspectiva de abertura de novos mercados, bem

    como a possibilidade de ocorrncia de eventos que no puderam ser

    realizados em 2014. Outra razo favorvel a significativa desvalorizao

    do real ante o dlar, a qual favorece a vinda de turistas estrangeiros,

    contribuindo para a elevao da taxa de ocupao dos meios de

    hospedagem.

    MOMENTO ATUAL (JANEIRO DE 2015)

    Fatores favorveis ao desenvolvimento dos negcios

    Os fatores mencionados como principais entraves

    concernentes abertura de novos empreendimentos, os quais

    proporcionariam um crescimento ainda mais amplo dos negcios, so

    (nessa ordem): excesso de burocracia, elevado custo de capital, carncia

    de investidores, dificuldades inerentes concesso de licenas, pouca

    disponibilidade e alto custo de terrenos e escassez de mo de obra

    qualificada. Alm disso, vale destacar como importantes limitadores

    majorao do faturamento desse ramo o elevado nvel de inflao e o

    insatisfatrio desempenho da economia brasileira.

    Principais entraves expanso dos negcios

    Fontes: FGV e MTur

    MEIOS DE HOSPEDAGEMPARCELA DO MERCADO qUE REALIZOU INVESTIMENTOS EM 2014, segundo principais reas/atividades

    TABELA 20

    reas de Investimento Distribuio (%)

    Ampliao e/ou reforma das instalaes 91

    TI 53

    Treinamento de pessoal 46

    Quanto ao grau de instruo dos funcionrios das empresas

    pesquisadas, verificou-se que 29% deles possuem nvel superior completo,

    47% o mdio completo e 24%, o fundamental completo.

    Relatrios Setoriais

  • 70

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    Quanto ao desempenho da economia brasileira em 2015,

    13% do mercado de meios de hospedagem consultado anteveem que

    ser equivalente ao de 2014, enquanto que para 87%, que ser inferior

    (saldo de -87%). Com relao ao seu prprio mercado de atuao, as

    estimativas tambm so de contrao, embora menos ampla (saldo de

    -40%).

    Quase 2/3 do mercado de meios de hospedagem em pauta

    (precisamente 62%) preveem maior faturamento a ser auferido em 2015,

    enquanto que 28% prognosticam inalterabilidade e 10%, diminuio

    (saldo de 52%, com variao mdia prevista de 7,9%). Tais expectativas

    baseiam-se (principalmente) no reajuste de preos a serem praticados

    pelos hotis (diria mdia).

    A esse respeito, 77% do mercado pesquisado vislumbram

    elevao de preos em 2015, 15% estabilidade, e 8%, queda (saldo de

    69%, com variao mdia de 5,9%, percentual inferior ao aumento

    de custos, cujo incremento mdio estimado de 7,5%. Neste cenrio,

    imperam prognsticos de ampliao do quadro de pessoal em 44% do

    mercado de hospedagem, estabilidade em 31% e contrao em 25%,

    acarretando saldo de 19%, com variao mdia de 4,3%.

    PERSPECTIVAS PARA 2015

    Fontes: FGV e MTur

    IndicadoresComportamento Variao

    Obtida(%)Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Faturamento 62 28 10 52 7,9

    Preos 77 15 8 69 5,9

    Custos 85 11 4 81 7,5

    Quadro de Pessoal 44 31 25 19 4,3

    TABELA 21MEIOS DE HOSPEDAGEM - VARIAO MDIA PREVISTA DOS PRINCIPAIS INDICADORESSEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO - 2015/2014

  • 71

    No que tange aos investimentos, a maior fatia do mercado

    de meios de hospedagem (exatamente 87%) manifestou o propsito

    de continuar investindo em 2015, sendo de 32,6% do faturamento

    global o montante de recursos a serem alocados para essa finalidade.

    As reas/atividades a serem beneficiadas prioritariamente pelos

    investimentos so as seguintes: ampliao e/ou reforma das instalaes,

    construo de novos estabelecimentos, e novas tecnologias. No que diz

    respeito especificamente abertura de novos empreendimentos em

    2015, totalizou 62% o percentual do mercado que indicou tal iniciativa,

    somando 56% as assinalaes correspondentes categoria econmica,

    82% superior, e 40% de luxo.

    Fontes: FGV e MTur

    MEIOS DE HOSPEDAGEMPARCELA DO MERCADO qUE PRETENDE INVESTIR EM 2015, segundo principais reas/atividades

    TABELA 22

    reas de Investimento Distribuio (%)

    Ampliao e/ou reforma das instalaes 81

    Construo de novos estabelecimentos 43

    Novas tecnologias 34

    Relatrios Setoriais

  • 72

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    RelatriosSetoriaisAgncias de Viagens 55Locadoras de Automveis 61Meios de Hospedagem 67Operadoras de Turismo 73Organizadoras de Eventos 79Promotores de Feiras 85Transporte Areo 91Transporte Rodovirio 97Turismo Receptivo 103

  • 73

    OPERADORASDE TURISMO

    Todas as empresas operadoras de turismo pesquisadas indicaram

    possuir poltica de incentivo qualificao profissional por meio de bolsas de

    estudos e de acordos com instituies de qualificao / ensino. Quanto ao

    nmero aproximado de passageiros embarcados, dados de 2014 totalizam 4,1

    milhes, sendo 4,5 milhes a previso para 2015 (ou seja, cerca de 10% a mais).

    PERFIL DAS EMPRESAS ENTREVISTADAS

    NA maior fatia do mercado de operadoras de turismo considerou

    o desempenho da economia brasileira, em 2014, inferior ao de 2013: 12%

    opinaram que foi superior, 40% equivalente, e 48% julgaram-no inferior o saldo

    das respostas (correspondente diferena entre as assinalaes de crescimento

    e as de arrefecimento) foi de -36%. No que concerne ao seu prprio mercado

    de atuao em 2014, as opinies foram divididas, sendo constatadas 52% de

    assinalaes de expanso comparativamente a 2013, e 48% de decrscimo.

    Em 2014, detectou-se majorao do faturamento em quase 75 do

    mercado, em relao a 2013, inalterabilidade em 8% e declnio em 17% (saldo de

    58%, com variao mdia de 4,9%). Como principais fatores que estimularam

    o incremento dos negcios em 2014 foram citados a facilitao da concesso

    de crdito aos clientes por parte das empresas de maior porte, e a prpria

    confiana dos clientes em relao s marcas das empresas e os servios por elas

    prestados. Quanto aos fatores inibidores, a parcela do mercado que destacou

    estabilidade do faturamento, ou mesmo sua reduo, justificou que tal fato

    deveu-se s incertezas reinantes na economia brasileira.

    RESULTADOS DE 2014

    Relatrios Setoriais

  • 74

    Pesquisa Anual de Conjuntura Econmica do Turismo | 11 Edio - 2015

    A majorao de custos informada pela quase totalidade do

    mercado (precisamente 94%), com variao mdia de 8,0% em 2014, foi

    repassada, em grande parte, aos preos praticados pelo segmento em

    pauta (que apresentaram variao mdia de 4,5%, em contraste com

    2013). O aumento dos custos de mo de obra (em razo de aumentos

    salariais concedidos e de dissdio coletivo) e demais custos operacionais

    (aluguel de escritrios, gastos com a necessidade de quase permanente

    comunicao etc.) foram discriminados como as mais importantes razes

    que influenciaram a elevao dessa varivel.

    A evoluo favorvel dos negcios induziu a elevao do nvel

    de emprego em 2014: 46% do mercado informaram ampliao, 34%

    inalterabilidade e 20%, diminuio em comparao com 2013, resultando

    num saldo de 26%, com variao mdia obtida de 3,4%.

    A maior parte das operadoras de turismo consultadas (exatamente

    92% do mercado) realizou investimentos em 2014, sendo de 2,7% o

    percentual do faturamento investido em relao ao faturamento global.

    As reas / atividades que foram beneficiadas prioritariamente pelos

    investimentos realizados pelas empresas desse segmento, em 2014,

    foram as seguintes: novas tecnologias, marketing e promoo de vendas,

    e treinamento de pessoal.

    Fontes: FGV e MTur

    IndicadoresComportamento Variao

    Obtida(%)Aumento Estabilidade Diminuio Saldo

    Faturamento 75 8 17 58 4,9

    Preos 76 18 6 70 4,5

    Custos 94 6 0 94 8,0

    Quadro de Pessoal 46 34 20 26 3,4

    TABELA 23OPERADORAS DE TURISMO - VARIAO MDIA OBTIDA DOS PRINCIPAIS INDICADORESSEGUNDO OS EMPRESRIOS DO SEGMENTO - 2014/2013