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RELATÓRIO DE CONJUNTURA:

REESTRUTURAÇÃO DO SEB

Junho de 2008

Nivalde J. de Castro

Roberta Bruno

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS–FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO

Relatório de Conjuntura: Junho de 2008

Índice 1 – REGULAÇÃO ................................................................................................................ 3 2 – PROCESSOS DE PRIVATIZAÇÃO E CONCESSÕES............................................ 8 3 – NOVOS EMPREENDIMENTOS ............................................................................... 11

3.1 – GERAL.................................................................................................................... 11 3.2 – FINANCIAMENTO DE PROJETOS ..................................................................... 11

4 – MERCADO LIVRE E AUTOPRODUÇÃO .............................................................. 13 5 – PROJEÇÕES PARA A DISPONIBILIDADE DE ENERGIA ................................ 16 6 – FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA .................................................................. 17 7 – EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .................................................................................... 22 8 – GERAL.......................................................................................................................... 23

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Relatório de Conjuntura: Junho de 2008

Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntura de Reestruturação (*)1

Nivalde J. de Castro ** Roberta Bruno***

1 – REGULAÇÃO

Aneel libera PCHs para testes

A Aneel liberou para testes as primeiras unidades geradoras da PCH Terra Santa (27,4 MW) e da PCH Varginha Jelu (2 MW). A unidade da PCH Terra Santa, que pertence à empresa Várzea do Juba Energia, fica localizada entre os municípios de Barra do Bugres e Tangará da Serra - ambos no Mato Grosso - e tem potência instalada de de 9,1 MW. Já a unidade geradora da PCH Varginha Jelu tem potência de 1 MW. O empreendimento pertence à empresa Hidrelétrica Jelu e fica localizada na cidade de Anitápolis (SC). (02.06.2008)

Crescem as divergências entre o órgão regulador e consumidores

No mercado livre, consumidores e comercializadoras divergem do seu órgão regulador, a CCEE, sobre os caminhos a serem seguidos para solucionar a atual crise em que passa o setor. "O alto preço da energia e a taxa de inadimplência nos fez repensar a formação do cálculo do PLD. O País está em um momento positivo e acredito que temos um sinal de modelo firme, mas precisamos concertar a ponta, que é o preço", diz Antônio Carlos Fraga Machado, presidente do conselho de administração da CCEE. No entanto, Ricardo Lima, presidente da Abrace, que também estava presente no evento, diz que não acredita nesse momento positivo. (03.06.2008)

Audiência pública recolhe contribuições sobre cotas-parte de Itaipu

A Aneel realizará a partir da próxima quinta-feira, 5 de junho, até o dia 20 de junho, audiência pública documental sobre a minuta da resolução que estabelece as cotas-parte da hidrelétrica de Itaipu para o período de janeiro de 2012 a dezembro de 2015. Segundo a Aneel, a definição das cotas antes da leilão de compra de energia nova (A-5), previsto para o dia 28 de agosto, visa dar maior previsibilidade às distribuidoras para composição dos contratos, possibilitando a ocorrência de exposições involuntárias ao PLD. A antecipação em quase um ano do estabelecimeto das cotas, de acordo com a agência, foi motivada por um pleito da Abradee. A associação alega que muitas distribuidoras não tiveram oportunidades efetivas de recompor suas carteiras de

1 (*) Este Relatório faz parte do Projeto Provedor de Informações Econômica – Financeira do Setor Elétrico desenvolvido para a Diretoria Financeira da ELETROBRAS. Sua base metodológica está assentada em pesquisa diária, coleta e sistematização de informações disponíveis em periódicos e sites. As informações aqui apresentadas não expressando posição da ELETROBRAS. (**) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (***) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ.

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contratos de energia para os anos de 2008 e 2009, em virtude da redistribuição de cotas-parte de Itaipu em 2006. (03.06.2008)

Cotas da energia de Itaipu

A Aneel abriu nesta quinta-feira (5/6) o período de audiência pública sobre as cotas a que cada concessionária de distribuição de energia terá direito em relação à energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu. O objetivo é receber contribuições para possíveis mudanças na resolução normativa que estabelece as cotas-parte de Itaipu para o período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2015. A energia de Itaipu contratada pelo Brasil é vendida por meio de cotas às concessionárias de distribuição de energia elétrica do SIN nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, de acordo com o mercado dessas empresas. As contribuições para a consulta pública sobre a distribuição das cotas de energia de Itaipu deverão ser enviadas por escrito para a Aneel até o dia 20 de junho. (06.06.2008)

Aneel e ANA em parceria

A Aneel e a ANA assinarão, nos próximos dias, um acordo de cinco anos para cooperação técnico-científica em estudos hidrológicos. O objetivo da parceria é garantir maior agilidade e balisamento técnico na execução e fiscalização dos aproveitamentos hidrelétricos. A proposta dará continuidade ao trabalho iniciado em 2002, quando foram desenvolvidas as atividades relacionadas à operação da rede hidrometeorológica nacional, troca de informações hidrológicas e georreferenciadas. Também foram consolidados neste período, os procedimentos para obtenção da RDH. A parceria traz o benefício da troca de conhecimento técnico, na gestão e na fiscalização dos aproveitamentos de geração. O acordo não envolve a transferência de recursos entre as instituições. (06.06.2008)

Aneel autoriza novo módulo dos procedimentos de rede

A Aneel autorizou o ONS a utilizar, em caráter provisório, o módulo 26 dos procedimentos de rede, que trata da Modalidade de Operação das Usinas. Segundo a Aneel, o novo módulo é resultado da necessidade de aperfeiçoamento da definição das modalidades de operação, identificada após a revisão do Módulo 7. A criação do módulo 26 vai simplificar o relacionamento das usinas com o ONS nos processos associados à administração da Rede Básica, ao planejamento e programação da operação, à operação em tempo real, à pré-operação e à pós-operação. (06.06.2008)

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Aneel realiza audiência pública sobre cotas de distribuição de energia de Itaipu

A Aneel abriu ontem (5) o período de audiência pública sobre as cotas a que cada concessionária de distribuição de energia terá direito em relação à energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu. O objetivo é receber contribuições para possíveis mudanças na resolução normativa que estabelece as cotas-parte de Itaipu para o período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2015. Segundo a Aneel, a definição das cotas para este período estava prevista para ocorrer no ano que vem, mas foi antecipada para este ano a pedido da Abradee. As 30 distribuidoras que recebem energia de Itaipu querem saber quanta energia terão disponível antes de participar do leilão de energia nova, previsto para o dia 28 de agosto. (06.06.2008)

Processo de outorgas de PCHs terá audiência pública

Um dos pleitos dos empreendedores de pequenas centrais hidrelétricas começa a ser viabilizado. A Aneel colocará em audiência pública uma proposta que pretende estabelecer procedimentos em registros de processos para concessão de outorgas de pequenas centrais hidrelétricas. A idéia, segundo o processo analisado na reunião semanal da diretoria da Aneel, é tornar mais simples os pedidos de registro, seleção, elaboração e aceite de projetos básicos de PCHs. Um dos pontos que a Aneel pretende eliminar, com a regulamentação, é a existência de conflitos entre dois ou mais empreendedores interessados no mesmo aproveitamento. (11.06.2008)

ICGs: Aneel aprova minuta sobre critérios para classificação

A Aneel aprovou nesta terça-feira, 10 de junho, a minuta de resolução normativa que propõe os critérios para classificação de instalações de transmissão como de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada - as chamadas ICGs. A futura resolução estabelece que essas instalações incluam equipamentos com lado de alta tensão em nível de rede básica e lado de baixa tensão em nível abaixo de 230 kV. As ICGs são restritas a usinas eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e térmicas a biomassa. A previsão é que a nova resolução seja publicada na edição de amanhã, dia 11 de junho, do Diário Oficial da União. (11.06.2008)

Marco regulatório para eólicas gera divergências

Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace no Brasil, avalia como "limitada" a participação do governo federal no setor de energia eólica. "Há muita lição de casa a ser feita", prossegue. Segundo ele, falta um marco regulatório claro que dê segurança aos investidores - providência que o Greenpeace tem articulado e terá novo round amanhã, em reunião com representantes da Câmara e do Senado. A estratégia, no entender de Furtado, é convencer o governo federal a garantir às energias renováveis acesso prioritário à rede e assegurar sua compra por preços que remunerem o produtor sem onerar o consumidor. A leitura do governo federal, naturalmente, é outra. "Temos um

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Relatório de Conjuntura: Junho de 2008

marco regulatório", diverge Laura Porto, diretora do departamento de desenvolvimento energético do MME. Trata-se de uma iniciativa que procura estimular a produção de energia através de biomassa, de pequenas centrais elétricas e a partir dos ventos, mas que é tida como tímida pelos críticos. "O leilão de eólica é a sinalização que o mercado está amadurecido e que o programa terá continuidade. Este era o nosso grande desafio." (17.06.2008)

SPEs de usinas do Madeira debatem implantação de projetos com Aneel As sociedades de propósito específico Madeira Energia e Energia Sustentável do Brasil reuniram-se com a Aneel nesta terça-feira, 17 de junho, para tratar da implantação dos projetos de Santo Antônio (3.150 MW) e Jirau (3.300 MW), respectivamente. O Madeira Energia teve como pauta apresentar detalhes do projeto básico à Aneel, como forma de reduzir riscos de questionamentos ao projeto definitivo, que deve ser protocolado pela SPE no próximo dia 30 de junho. (17.06.2008)

Aneel luta contra paralisação das obras de Estreito

A Aneel entrou com um pedido de suspensão de execução de sentença no TRF da 1ª região, em Brasília, pedindo a anulação, até o julgamento do mérito, da decisão liminar expedida pelo juiz substituto da Vara Federal de Imperatriz do Maranhão que determinou a paralisação das obras da hidrelétrica de Estreito e também a anulação da licença de instalação da usina. A agência, que é ré na ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) junto com a União, o Ibama e o consórcio Ceste alega que o atraso na entrada em operação da usina pode provocar um custo adicional para o SIN da ordem de R$ 930 milhões a cada ano. (18.06.2008)

Para evitar racionamento, reservatórios terão metas a atingir em novembro

Os reservatórios de usinas hidrelétricas terão metas para atingir no fim de novembro, auge do período de estiagem, para minimizar os riscos de racionamento em caso de atraso nas chuvas. Essa nova política foi aprovada na quarta-feira pelo governo e depende apenas de regulamentação da Aneel para entrar em vigor. O nível-meta dos reservatórios, conforme a medida vem sendo chamada, deixará a ameaça de racionamento a curto prazo "próxima de zero", assegurou ontem o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. O CMSE, do qual Chipp faz parte, definiu que os reservatórios deverão chegar a 30 de novembro de 2008 com 53% de sua capacidade máxima, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e com 35%, na região Nordeste. Esse volume de armazenamento, explicou o diretor-geral do ONS, permitirá fazer uma travessia folgada de 2009, praticamente eliminando a possibilidade de uma crise de abastecimento. A nova política já estava em discussão, mas ganhou impulso após o susto vivido no último mês de janeiro, quando o atraso na chegada das chuvas fez ressurgir a possibilidade de racionamento. As regiões Norte e Sul ficarão fora das metas. (20.06.2008)

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Aneel recolhe contribuições sobre proposta de ressarcimento de reforços para geração

A Aneel realiza, até o próximo dia 13 de julho, audiência pública sobre a proposta que estabelece regras sobre o ressarcimento de custos para implantação de reforços em instalações de centrais geradoras. Segundo a Aneel, a minuta propõe o ressarcimento dos investimentos aplicados por meio dos Encargos de Serviços do Sistema, já que os reforços são considerados prestação de serviço adicional para melhoria do Sistema Interligado Nacional. A proposta prevê ainda que as obras poderão ser realizadas diretamente pela concessionária, sem autorização prévia da Aneel. (24.06.2008)

Artigo: O Substitutivo PLC 90/2007 e o pacto de confiança entre consumidores e agentes no mercado de gás

O histórico da relação entre consumidores e agentes no mercado de gás reflete razoável insegurança e inspira cuidados, em razão da ausência de um marco regulatório específico para o gás, associado a posiçao monopolista, invocada pela necessidade emergencial por causa do racionamento. Para solucionar em parte alguns desses problemas o substitutivo PLC 90/2007 traz importantes mudanças. O mais importante desse substitutivo é definir a concessão como regra básica, além de avançar em relaçao ao acesso a terceiros e incentivo às PPPs. Por fim, o substituvo do PLC melhora o horizonte para produzir a necessidade máxima de mais de 300 milhões de m3/dia prevista para 2025. (25.06.2008)

Instalados 35 MW em PCHs

A Aneel liberou para operação comercial, nesta quarta-feira (25/6), quatro unidades geradoras (UG) de PCHs, nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, totalizando 35 MW. Também foi liberada, mas para a fase de testes, a UG 2 da PCH Alto Sucuriú, sob a responsabilidade da Ônix Geração de Energia. Na PCH de Santa Rosa II, entre os municípios de Bom Jardim e Cordeiro (RJ), foram liberadas a UG1 e UG2, 10 MW cada. Para a PCH Carangola, localizada no município de mesmo nome, em Minas Gerais, foram as unidades 1 e 2, de 7,5 MW cada. A Ônix Geração de Energia que iniciará os testes na PCH Alto Sucuriú, entre os municípios de Água Clara e Chapadão do Sul (MS) , deverá apresentar à Aneel relatório ratificando ou retificando a potência da UG. Só após essa fase, poderá ser solicitado a entrada em operação comercial. (25.06.2008)

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2 – PROCESSOS DE PRIVATIZAÇÃO E CONCESSÕES

Outorga de Santo Antônio sairá em 2 semanas

O consórcio Madeira Energia, vencedor do leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, deverá assinar o contrato de concessão e receber a outorga da primeira usina do rio Madeira nas próximas duas semanas. Já a LI, necessária para tirar qualquer projeto do papel, deverá ser concedida pelo Ibama até o fim de julho. Nos corredores do MME em Brasília (DF), há um consenso de que o grupo liderado por Odebrecht e Furnas não deverá ir à Justiça contra a obra. Crença que foi reforçada pelas declarações do presidente da estatal Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, ontem. A estatal controla Furnas, além de Chesf e Eletrosul que fazem parte do Energia Sustentável. Segundo Muniz Lopes, a proposição da Eletrobrás é que Furnas não discuta judicialmente a vitória do consórcio Energia Sustentável. (03.06.2008)

Lula quer alternativas para concessões elétricas até dezembro

O governo decidiu acelerar os estudos sobre a prorrogação de concessões no setor elétrico que estão próximas de expirar. Nos próximos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará uma resolução "ad referendum" do CNPE que criará uma comissão para avaliar o assunto. A atribuição do grupo, a ser presidido por Márcio Zimmermann, secretário-executivo do MME, é apresentar - até o fim do ano - um leque de alternativas que possam resolver as incertezas em torno das concessões do setor que vencem a partir de 2015. As opções identificadas pela comissão serão levadas aos ministros do CNPE e haverá uma decisão sobre o tema ainda no governo Lula, a fim de dar maior segurança aos investimentos. (05.06.2008)

CNPE avaliará "várias alternativas"

Uma avaliação preliminar do governo sobre a questão das concessões no setor é que os investimentos amortizados na construção de usinas hidrelétricas precisam se reverter agora em tarifas mais baratas - o que está dentro do princípio basilar de modicidade tarifária, eixo do novo modelo do setor elétrico. A questão delicada é como fazer isso. Se não for feita nenhuma mudança na legislação, os ativos serão recuperados pela União e licitados novamente. Mas isso traria prejuízos inevitáveis à Eletrobrás e colidiria frontalmente com a decisão de fortalecer a empresa, tornando-a uma "superestatal". Não se cogita, por enquanto, validar resolução da Aneel de 2000 que reconhece o direito de "zerar" a concessão quando uma empresa pública é vendida ao setor privado. Na época, lembra uma autoridade do setor elétrico em Brasília, tratava-se de um "estímulo à política de privatizações", que não existe mais. De acordo com uma fonte, o grupo criado pelo CNPE avaliará "várias alternativas" para o assunto, com as soluções jurídicas necessárias para cada uma delas. Entre elas deverá estar a possibilidade de manter os empreendimentos com os atuais concessionários, mediante a negociação de tarifas mais baixas, em favor dos consumidores. (05.06.2008)

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Licença de instalação de Jirau pode não sair até 15 de dezembro, afirma Dilma

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje (4) que a concessão da licença de instalação para a Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), poderá não sair até 15 de dezembro, como está previsto no cronograma do PAC. Segundo Dilma, a Aneel e o Ibama terão que analisar as mudanças no projeto propostas pelo consórcio vencedor do leilão, que pretende deslocar em nove quilômetros o local de construção da usina. (05.06.2008)

SP avalia recorrer ao STF para tentar prorrogar concessões

O governo paulista avalia recorrer ao STF para tentar prorrogar por mais 30 anos as concessões das usinas de Ilha Solteira e Jupiá, com o objetivo de viabilizar um novo leilão de privatização da Cesp - a primeira tentativa, em março, fracassou por falta de interessados. A concessão das duas hidrelétricas, responsáveis por 67% da geração da companhia, expira em 2015. Na segunda-feira, o governador José Serra reuniu-se com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e insistiu em uma solução para o problema, mas ouviu em resposta que nada poderá ser feito "fora da lei". A procuradoria da Aneel entende que a resolução 425, que permitia a prorrogação, foi revogada em 2004 pelo novo marco regulatório do setor elétrico. (11.06.2008)

MME terá grupo de trabalho para analisar concessões de hidrelétricas

O MME recebeu a incumbência de criar um grupo de trabalho para elaborar estudos, propor condições e sugerir critérios relativos à situação das concessões com vencimento a partir de 2011. Segundo a resolução n° 4/2008 do Conselho Nacional de Política Energética, farão parte do grupo o secretário-executivo, os secretários de Planejamento e Desenvolvimento Energético e de Energia Elétrica, todos do MME; um representante do Ministério da Fazenda; um diretor da Aneel e um diretor EPE. De acordo com o MME, a idéia é desenvolver estudos que possam auxiliar na definição da situação futura dessas usinas, já que a maior parte das concessões expira entre 2011 e 2015, sem direito a nova prorrogação, e a legislação não prevê solução para o tema. Essas usinas, salienta o ministério, estarão depreciadas ao final da concessão. (11.06.2008)

Lula no contrato de Santo Antônio

O contrato de concessão da hidrelétrica de Santo Antônio (3.150 MW), a primeira usina do rio Madeira, em Rondônia, será assinado nesta quinta-feira (12/6), às 16 hs, em cerimônia no Palácio do Planalto que contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também participará do evento. (11.06.2008)

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Relatório de Conjuntura: Junho de 2008

Saída para concessões vem até o fim do ano

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que até o fim deste ano o governo federal deverá encontrar uma solução para a questão das usinas hidrelétricas cujas concessões vencem em 2015. Estão nessa situação, por exemplo, as usinas de Jupiá e Ilha Solteira, da Cesp, e 15 hidrelétricas do grupo Eletrobrás. O governo de São Paulo tenta renovar as concessões das usinas Jupiá e Ilha Solteira por mais 30 anos, para viabilizar a venda da empresa. Em março passado o leilão de venda da Cesp fracassou porque não havia uma definição sobre a renovação das concessões. (12.06.2008)

Alberto Goldman confirma disposição do governo de SP de prorrogar concessões

O vice-governador paulista, Alberto Goldman, confirmou a disposição do governo do Estado de São Paulo de buscar na Justiça o direito de prorrogar por mais 30 anos as concessões das principais usinas da Cesp, garantido em 2000 por uma resolução da Aneel. Ontem, o governo estadual recebeu um parecer em que a agência diz não reconhecer a validade da resolução. De acordo com a Aneel, a resolução não pode ser aplicada depois da Lei 10.848, de 2004, que mudou o marco regulatório do setor elétrico, devolvendo o poder de outorga da Aneel ao MME. "Nós defendemos a tese de que existe um decreto que nos deu autorização de pedir a prorrogação das concessões. Parece que a Aneel agora diz que não. Se for essa mesma a decisão da Aneel, vamos ao Supremo Tribunal Federal tentar obter esse direito", disse Goldman. (12.06.2008)

Concessões na mira da ABCE

A Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE) trabalha numa proposta de solução para a questão do vencimento do prazo das concessões de usinas hidrelétricas. O estudo é desenvolvido por um grupo sob coordenação da consultora Helena Landau e deve ser apresentado no próximo dia 11 de julho para avaliação do conselho diretivo, segundo informou nesta sexta-feira, dia 13/6, a diretora executiva da entidade, Sílvia Calou. (13.06.2008)

MME cria grupo de trabalho para analisar concessões

O MME criou grupo de trabalho para analisar soluções para a renovação das concessões do setor. Muitas das concessões de hidrelétricas, linhas de transmissão e distribuição vencem em 2015 e empréstimos de longo prazo começam a se tornar difíceis por conta da incerteza do modelo e pelo fim das garantias de fluxo de caixa. (30.06.2008)

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3 – NOVOS EMPREENDIMENTOS

3.1 – GERAL

EPE aprova projeto da Enersus

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou nesta segunda-feira (2/6) que o projeto apresentado pelo consórcio Energia Sustentável (Enersus), liderado pela Suez e vencedor do leilão da hidrelétrica de Jirau (3.300 MW), não apresenta nenhum problema. Tolmasquim participou da cerimônia de assinatura do acordo de cooperação técnica para estudos e pesquisas sobre o aproveitamento energético de fontes renováveis do estado do Rio de Janeiro. (02.06.2008)

Sistema Interligado Nacional terá mais 57 usinas

Um total de 57 usinas de geração elétrica, sendo 44 termelétricas movidas a bagaço de cana e 13 PCHs dos Estados de Goiás e do Mato Grosso do Sul cadastraram-se na EPE para se conectarem ao SIN por meio de 12 estações coletoras a serem construídas a partir de licitação a ser feita pela Aneel. No conjunto, elas representam uma potência de 2.968 megawatts, quase a capacidade individual das hidrelétricas do rio Madeira (Santo Antônio vai gerar 3.150 MW e Jirau, 3.300). Como são individualmente pequenas e situadas em áreas onde a rede do SIN é dispersa, é economicamente inviável para elas a conexão individual. Pelo cronograma, elas estarão todas interligadas de 2009 a 2011. Mas até segunda-feira todas terão de depositar garantias reais para ter direito ao acesso. (20.06.2008)

3.2 – FINANCIAMENTO DE PROJETOS

Proesco financia perdas em T&D

O Proesco passou a oferecer financiamento para projetos de redução de perdas elétricas em redes de distribuição e transmissão. Não há limitação de recursos para essa finalidade, informou nesta quarta-feira, 11/6, o chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, Eduardo Bandeira de Mello. De acordo com o executivo, presente à abertura do 5º Congresso Nacional de Eficiência Energética e Cogeração de Energia, em São Paulo, ainda foi possível avaliar com precisão a procura por essa modalidade em razão de sua recente inclusão no Proesco. (11.06.2008)

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BNDES destina até R$ 8,5 bi para Santo Antonio

O BNDES abrirá uma linha de crédito de R$ 7,5 bilhões a R$ 8,5 bilhões para financiar a construção da usina hidrelétrica de Santo Antonio, a ser instalada no rio Madeira (RO). Desse total, 50% virão de financiamento direto do banco estatal, segundo Álvaro Novis, diretor financeiro do grupo Odebrecht, um dos empreendedores do projeto da usina hidrelétrica. De acordo com Novis, o restante do financiamento será concedido por quatro bancos, que irão repassar ao consórcio vencedor do leilão os recursos do BNDES. São eles: Santander (coordenador da operação), Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil. Novis disse ainda que a usina consumirá investimentos totais de cerca de R$ 10 bilhões. (12.06.2008)

Sete agentes detêm 54% de todo o mercado energético

O investimento previsto para o setor energético brasileiro no período de 2007 a 2016 é de R$ 218 bilhões sendo R$ 144, 5 bilhões em geração, R$ 30,6 bilhões em transmissão e R$ 43 bilhões em distribuição. Os dados foram divulgados durante o primeiro dia do Simpósio de Suprimento e Logística das Empresas do Setor Elétrico, promovido pelo Comitê de Gestão Empresarial (Coge), que termina hoje em Campinas, interior de São Paulo. A composição do mercado energético no Brasil revela que os sete maiores agentes detêm 54% do mercado formado por 72% de empresas estatais e 28% de empresas privadas. Os cinco maiores controlam 74% do mercado, que é formado por 84% de estatais e 18% das privadas. (19.06.2008)

Fundação Coge: investimentos nos próximos dez anos chegam a R$ 218 bi

Segundo a Fundação Coge, que reúne empresas públicas e privadas do setor elétrico, os investimentos estimados pelas companhias em geração, transmissão e distribuição nos próximos dez anos chegam a R$ 218 bilhões. A previsão é a de que o consumo passe dos 330 TWh registrados em 2006 para 611 TWh em 2016. (26.06.2008)

Odebrecht batalha por condições de financiamento mais vantajosas do BNDES

A derrota no leilão de Jirau, em maio deste ano, não é a única fonte de insatisfação da Odebrecht no que diz respeito às usinas do rio Madeira. Desde que venceu o leilão de Santo Antônio, em dezembro, a empresa pressiona os mais altos escalões do governo com o objetivo de obter do BNDES condições de financiamento mais vantajosas -precisamente as condições que vieram a ser estabelecidas, em abril, para Jirau. As duas principais mudanças introduzidas no modelo de Jirau são a possibilidade de amortizar o débito pela tabela Price, em vez de SAC (Sistema de Amortização Constante), e a redução do índice de cobertura do serviço da dívida de 1,3 para 1,2. Somadas, as duas modificações representam um ganho da ordem de R$ 3 bi. Um ganho que os demais concorrentes ignoravam quando fizeram seus lances por Santo Antônio. (29.06.2008)

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Relatório de Conjuntura: Junho de 2008

4 – MERCADO LIVRE E AUTOPRODUÇÃO

Crescem as divergências entre o órgão regulador e consumidores

No mercado livre, consumidores e comercializadoras divergem do seu órgão regulador, a CCEE, sobre os caminhos a serem seguidos para solucionar a atual crise em que passa o setor. "O alto preço da energia e a taxa de inadimplência nos fez repensar a formação do cálculo do PLD. O País está em um momento positivo e acredito que temos um sinal de modelo firme, mas precisamos concertar a ponta, que é o preço", diz Antônio Carlos Fraga Machado, presidente do conselho de administração da CCEE. No entanto, Ricardo Lima, presidente da Abrace, que também estava presente no evento, diz que não acredita nesse momento positivo. (03.06.2008)

Compra agrupada de energia reduz custos de consumidores

Os incentivos fiscais ao uso de energia alternativa no mercado livre atraem o interesse de empresas que possuem consumo pulverizado de energia, beneficiadas por novas regras para o consumo livre. A CCEE prevê a união de duas ou mais empresas de mesma razão social para a contratação - para isso, é preciso que o consumo somado de energia das participantes chegue a, pelo menos, 0,5 MW mensais. Entre as empresas que se preparam para fazer a migração para o mercado livre está o Unibanco, que deve utilizar a operação para reduzir custos com energia das cerca de mil agências em operação no País. Individualmente, as unidades não possuem consumo suficiente. O banco já tem uma experiência na economia gerada pelo consumo de energia alternativa: seis prédios da empresa tiveram queda de 25% nos gastos com energia com o uso de eletricidade gerada pelo gás de aterros sanitários. (09.06.2008)

Energia da cana-de-açúcar ganha espaço no mercado livre

Mais uma comercializadoras de energia do mercado livre vai ingressar no ramo da biomassa para incrementar sua carteira de oferta de eletricidade. "Já tínhamos o plano de diversificar os nossos negócios e, com a falta de energia disponível no mercado para fecharmos contratos de longo prazo com os consumidores livres, optamos por aproveitar novos segmentos de geração para a comercialização", afirma Paulo Toledo, diretor da Ecom Energia. A empresa, por enquanto, tem 20 MW médios contratados oriundos de usinas de biomassa. A Ecom Energia prevê incrementar seus contratos de biomassa em 50% até o final deste ano, o que impulsionará seu faturamento. (11.06.2008)

CCEE: liquidação financeira de abril ficou em R$ 418,9 mi

A CCEE informou nesta quarta-feira, 11 de junho, que o montante total levado à liquidação financeira do mercado de curto prazo no mês de abril ficou em R$ 462.634.557,56, enquanto o total liquidado ficou em R$ 418.922.481,55. Segundo a CCEE, o valor de R$ 43.712.076,01 não pago corresponde à inadimplência acumulada

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Relatório de Conjuntura: Junho de 2008

até o mês de abril, e corresponde a um aumento de 5,1% em relação a março. O valor, será levado à crédito em julho, naa contabilização das operações referentes ao mês de maio de 2008. A liquidação financeira contou com a participação de 908 agentes de mercado, sendo 725 devedores e 183 credores. (11.06.2008)

Novas regras aos consumidores livres

A Aneel irá alterar a regulamentação da contratação de energia elétrica no SIN para os consumidores livres, ambiente onde não há vínculo com uma distribuidora. As novas regras estão em processo de audiência pública até o dia 2 de julho. Segundo a Aneel, os atuais consumidores cativos que optarem pela compra de energia no ambiente livre terão apenas que substituir o contrato de compra com a distribuidora pelo Contrato de Compra de Energia no Ambiente de Contratação Livre (CCEAL). (16.06.2008)

Apine considera níveis-meta positivos, mas diz que é necessário analisar aspectos comerciais

A implementação dos níveis-meta foi classificada pela Apine como positiva para a segurança no abastecimento de energia elétrica no país. No entanto, segundo o presidente do conselho de administração da Apine, Luiz Fernando Vianna, o setor precisa analisar, entre outros pontos, aspectos comerciais do assunto, como a inclusão da CAR no cálculo dos preços de curto prazo e a forma de pagamento pelo despacho adicional necessário para o atendimento das metas. Para o executivo, porém, a CAR não deve ser incluída na formação do preço de liquidação de diferenças, tema que está em debate pelo setor e que deve ser intensificado na opinião dele por conta dos novos procedimentos de operação. A geração extra, segundo ele, não deveria compor os preços de curto prazo. (19.04.2008)

Energia na Votorantim

A Light Esco, subsidiária da distribuidora Light que atua na comercialização de energia no mercado livre, fechou um contrato com a Votorantim. Pelo acordo estabelecido até 2027, o grupo vai adquirir 100 megawatts médios, o que vai gerar uma receita de R$ 2 bilhões. A Light Esco informa ainda que esse montante para Votorantim faz parte da negociação de 200 megawatts médios que a empresa fará no longo prazo. E essa venda deverá gerar uma receita de R$ 3,4 bilhões, segundo valores atuais. (25.06.2008)

MCSD com 100% de adimplência

A CCEE registrou 100% de adimplência para um montante total liquidado de R$ 35,2 milhões, nas operações do MCSD, do mês de maio de 2008. Participaram desta liquidação 49 agentes, sendo 32 devedores e 17 credores. Neste mercado as

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distribuidoras podem vender e comprar entre si sobras e faltas contratuais de energia. (25.06.2008)

Aneel muda regras dos contratos para dar transparência ao setor

Depois de dez anos de mercado livre, a Aneel decidiu aperfeiçoar a regulamentação para a contratação de eletricidade no SIN por consumidores livres, que não mantém vínculo com uma distribuidora, e potencialmente livres, aqueles que se enquadram nas regras desse ambiente de contratação, mas, por opção, mantêm-se como consumidores cativos. Parodi explica que, na prática, parte desta nova regulamentação já é aplicada para os consumidores livres, mas, a partir da aprovação, aqueles que são potencialmente livres terão que substituir os atuais contratos de fornecimento de energia, fechado com uma distribuidora, por três diferentes tipos de contrato: o de Uso dos Sistemas de Distribuição ou de Transmissão, o de conexão às instalações das distribuidoras ou das transmissoras, e o de compra de energia, travado com as concessionárias de distribuição. As regras estão em processo de audiência pública documental e receberá contribuições até o próximo dia 2 de julho. (26.06.2008)

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5 – PROJEÇÕES PARA A DISPONIBILIDADE DE ENERGIA

Estreito deve iniciar operações em 2010

O Ceste vai antecipar para 2010 o início das operações da maior hidroelétrica em construção no País, com potência de 1.087 MW. O empreendimento, de R$ 3,6 bilhões, está localizado no Rio Tocantins, entre os municípios de Estreito (MA), Palmeiras e Aguiarnópolis (TO). Segundo o presidente da companhia, José Renato Ponte, a primeira turbina da usina de Estreito começa a gerar energia em setembro de 2010, inicialmente previsto para 2012. (02.06.2008)

Abradee descarta novo apagão

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães, disse que não acredita mais em risco de apagão nos próximos anos. O leilão de reserva, destinado a contratação de energia gerada por usinas de biomassa e programado para julho, observou, vai possibilitar armazenar água nos reservatórios e minimizar o uso de térmicas a gás e outros combustíveis. Mesmo que venha a ocorrer períodos de maior escassez de chuvas, o executivo entende que o parque térmico atual deverá dar conta da demanda. Mas teme, por outro lado, que o uso intensivo dessa modalidade venha encarecer bastante o preço da energia. Em 2009 as tarifas já trarão impacto do uso recente das termelétricas. (03.06.2008)

Déficit de 1.000 MW em 2009

O boletim Energia Transparente, do Instituto Acende Brasil e elaborado pela PSR, apresentou diagnóstico concluindo que permanece déficit estrutural de 1.000 MW em 2009. O desequilíbrio continuará se for mantida a demanda de referência com oferta sem atrasos. A diferença entre oferta e demanda estrutural sobe para 1.900 MW médios em caso de crescimento da demanda de 5,1% a.a. e oferta com atrasos. O estudo condena as decisões "arbitrárias" do governo para a geração de energia térmica e o empréstimo de energia para a Argentina, neste primeiro semestre. O trabalho também questiona o poder concedido ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) para determinar o acionamento das térmicas. (25.06.2008)

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6 – FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA

Greenpeace defende ampliação de energias alternativas na matriz energética brasileira

O Brasil deve investir mais em energias renováveis alternativas, como eólica, solar e em pequenas centrais hidrelétricas. Além disso, é fundamental a continuidade do Proinfa. Essas são algumas conclusões do relatório A Caminho da Sustentabilidade Energética, da ONG Greenpeace. Segundo o relatório, é estratégico do ponto de vista político e econômico que o Brasil gere sua energia a partir de fontes limpas, renováveis e abundantes em território nacional. De acordo com o Greenpeace, em âmbito global, o mercado de energia eólica tem crescido a quase 30% ao ano nesta década e o de energia solar a quase 50% ao ano, desde 2002. Procurado pela Agência Brasil, o MME informou que só irá se pronunciar depois de analisar o relatório do Greenpeace. A Eletrobrás e a EPE também não quiseram se manifestar. (02.06.2008)

EPE estuda renováveis no RJ

A EPE e a Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA) assinaram nesta segunda-feira (2/6) o acordo de cooperação técnica para estudos e pesquisas sobre aproveitamento energético de fontes renováveis, sobretudo de resíduos sólidos urbanos no estado. O acordo pretende identificar as fontes renováveis disponíveis para que sejam realizadas pesquisas, além da análise de alternativas tecnológicas para o aproveitamento energético de diversas fonte. O objetivo é identificar maneiras de aumentar a participação das fontes renováveis na matriz do estado. (02.06.2008)

Cana 'limpa' a matriz energética

A matriz energética brasileira está mais "limpa". Os produtos derivados da cana-de-açúcar são hoje a segunda fonte de energia no país e respondem por 16% do consumo, atrás apenas do petróleo. A EPE aponta o etanol como o grande responsável pela escalada da cana entre as fontes primárias de energia. Enquanto os preços do petróleo disparam, com pressão nos custos e alto impacto na inflação dos alimentos, o etanol avança na competitividade, com ganhos nas lavouras e destilarias. Enquanto o preço do barril de petróleo já supera US$ 130, o de etanol equivalente custa US$ 30. (03.06.2008)

IBGE: matriz energética tem 45,1% de fontes renováveis

O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 4 de junho, os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2008. Nos pontos dedicados aos indicadores energéticos do país, o levantamento mostra que a participação das fontes renováveis na matriz energética era de 45,1% em 2006, contra 41% em 2002. Houve crescimento de participação de quatro tipos de fontes: hidráulica e eletricidade (14,0% para 14,8%), derivados da cana-de-

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açúcar (12,6% para 14,6%), lenha e carvão vegetal (11,9% para 12,6%) e outras fontes primárias renováveis (2,5% para 3,0%). Nesse período, a utilização de fontes não-renováveis decresceu de 59% para 54,9%, com quedas em todas estas fontes, exceto gás natural (7,5% para 9,6%). (04.06.2008)

Energias renováveis têm muito espaço para crescer

A disparada do preço do petróleo e as discussões sobre o aquecimento global têm colocado as energias limpas nas agendas de países e empresas do mundo inteiro. A geração de energia pela força do sol, do vento, da biomassa e as centrais hidrelétricas vêm ganhando espaço, enquanto indústrias vêm investindo em eficiência e redução do consumo, como forma de minimizar os impactos sobre o meio ambiente. O mercado de energia eólica e solar tem crescido mais de 20% ao ano nos últimos cinco anos. Divulgado no fim de maio, relatório do Greenpeace estima que o mercado de energias renováveis tenha movimentado US$ 75 bilhões em 2007 - um volume 70% superior aos US$ 45 bilhões apurados dois anos antes. Nesse cenário, o Brasil poderá desempenhar um papel relevante no mundo, fornecendo para diversos países os biocombustíveis e o etanol - as duas maiores apostas de especialistas para a redução da dependência de combustíveis fósseis. A matriz energética do Brasil, sustentada pelo consumo de álcool nos veículos e pela geração de energia por usinas hidrelétricas, tem cerca 50% de sua capacidade formada por fontes renováveis. (05.06.2008)

Energia da cana-de-açúcar ganha espaço no mercado livre

Mais uma comercializadoras de energia do mercado livre vai ingressar no ramo da biomassa para incrementar sua carteira de oferta de eletricidade. "Já tínhamos o plano de diversificar os nossos negócios e, com a falta de energia disponível no mercado para fecharmos contratos de longo prazo com os consumidores livres, optamos por aproveitar novos segmentos de geração para a comercialização", afirma Paulo Toledo, diretor da Ecom Energia. A empresa, por enquanto, tem 20 MW médios contratados oriundos de usinas de biomassa. A Ecom Energia prevê incrementar seus contratos de biomassa em 50% até o final deste ano, o que impulsionará seu faturamento. (11.06.2008)

Produção de energia elétrica possibilita venda de créditos de carbono

Há 20 anos a Sansuy, de Embu (SP), que fabrica plástico para cobertura de grandes superfícies, começou a notar o interesse de produtores rurais que queriam tratar seus efluentes. Nos últimos cinco anos, a demanda explodiu, segundo Luiz Hiroma, gerente de biodigestores da Sansuy. "A possibilidade de produzir energia elétrica a partir dos resíduos e de vender créditos de carbono fez a procura crescer muito", diz. Atualmente, a empresa tem 1.070 biodigestores instalados em todo o País - 300 deles só este ano. O alto preço do petróleo, matéria-prima dos fertilizantes, também tem contribuído para elevar a procura. "Além do biogás, o processo de fermentação da matéria orgânica no

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biodigestor resulta em um efluente que, quando seco, é um ótimo adubo. É um retorno à adubação às antigas", diz. (11.06.2008)

Abeer: política para renováveis em 2008

Há anos na estante, a Política Nacional para Energias Renováveis pode, enfim, sair do papel. Essa é a expectativa da Abeer (Associação Brasileira das Empresas de Energia Renovável). No último mês, representantes da entidade se reuniram com integrantes do governo para discutir o tema. Segundo o presidente da Abeer, Fernando Cunha, a política será voltada principalmente para o desenvolvimento das fontes eólica e solar. O plano envolve os ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele inclui uma estratégia de longo prazo para implantação de usinas solares e eólicas; a viabilização financeira dos empreendimentos; a conexão dos projetos com o sistema elétrico nacional; e mecanismos de incentivo para o uso de fontes renováveis. (11.06.2008)

ICG: Aneel abre chamada pública para eólicas, PCHs e usinas a biomassa

Empreendedores de usinas eólicas, à biomassa e PCHs localizadas no Mato Grosso do Sul e interessados em compartilhar instalações compartilhadas de transmissão poderão participar da chamada pública aberta nesta quarta-feira, 11 de junho. Para isso, os agentes deverão preencher, até a próxima quarta-feira, 18, um formulário de inscrição que foi disponibilizado na página da EPE na internet. (www.epe.gov.br). As Instalações de Transmissão de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada (ICG) serão estações de coleta, que conectarão as usinas à Rede Básica. O processo de chamada pública que habilita as usinas que compartilharão tais linhas, a serem licitadas, foi aprovado pela Aneel na última terça-feira, 10. (11.06.2008)

MME estima que modelo de leilão de eólicas será concluído em até dois meses

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta segunda-feira, 16 de junho, que o governo fechará em dois meses o estudo do modelo do leilão que pretende fazer para energia eólica. A idéia, segundo ele, é de fazer um certame específico para o segmento até o final do primeiro semestre de 2009. No final de julho, o governo realizará o primeiro leilão exclusivo para a biomassa, para viabilizar a fonte energética, cuja contratação será por meio da energia de reserva, dispositivo previsto em lei. (16.06.2008)

Governadores do NE se mobilizam pela energia eólica

No início de 2009 o Brasil irá realizar seu primeiro leilão de energia eólica. Ainda não há definição sobre quanta energia será negociada e com qual regularidade ocorrerão os

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leilões, mas o pontapé inicial foi anunciado ontem pelo ministro Edison Lobão, num encontro em Fortaleza que reuniu cinco governadores do Nordeste e dois vices, o presidente do Senado Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), vários deputados, empresários, ambientalistas e agentes financeiros. Os presentes queriam uma sinalização mais vigorosa do governo federal de investir na energia produzida pelo vento, mas consideraram positiva a notícia do leilão. "O Nordeste têm absorvido muita energia e esta tem sido uma tendência crescente. E cada vez mais, em função de requisitos ambientais, as hidrelétricas são construídas sem grandes reservatórios, que não agüentam tanto em regime de estiagem. Este é o X da questão, e é assim que o custo da energia eólica tem que ser pensado", disse. (17.06.2008)

Procel lança programa de etiquetagem para sistemas solar fotovoltaicos

A Eletrobrás, no âmbito do Procel, o Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de SP - IEE/USP e o Inmetro, lançam amanhã, na sede do IEE/USP, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para Sistemas Fotovoltaicos. Para o presidente da ABEER, Fernando Cunha, é um grande passo em direção ao desenvolvimento das energias renováveis no Brasil e garante aos consumidores ainda pouco familiarizados com as novas fontes de energia a aquisição de sistemas que atendam as normas de segurança e qualidade brasileiras. "Em breve teremos nossas casas e prédios gerando energia para nosso consumo e para a distribuição pela rede convencional de distribuição de energia elétrica. Por isso assegurar à qualidade e o atendimento as normas brasileiras sempre foi uma preocupação da ABEER, e de seus associados. Por este fato, contribuímos para que o IEE/USP e o INMETRO definissem os parâmetros para etiquetagem dos produtos produzidos e comercializados no Brasil" ressalta Fernando Cunha. (17.06.2008)

Senado debate energia eólica

A ampliação da energia eólica na matriz energética brasileira será tema da audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado nesta quinta-feira (19/6). Também será debatida na reunião as recentes decisões do governo federal relativas ao setor. A audiência, convocada pelo presidente da CMA, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), atende a requerimento do senador Renato Casagrande (PSB-ES), no qual ele afirma que a energia eólica é uma das alternativas de solução, ainda que parcial, para a formação de uma matriz energética menos impactante ambientalmente. (19.06.2008)

Aneel defende maior participação de energias alternativas na matriz energética

O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, defendeu nesta quinta-feira, 26 de junho, maior participação de hidrelétricas, do gás natural e dos biocombustíveis na matriz energética brasileira. Kelman, que participou do II Seminário de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Alto Tocantins, na Câmara dos Deputados, afirmou que essas

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fontes alternativas são menos danosas ao meio ambiente. Entretanto, o diretor ressaltou que são necessários projetos economicamente eficientes e com menor impacto ambiental e social. (26.06.2008)

RJ levanta matriz energética

A Secretaria de Ambiente do Rio de Janeiro iniciou um estudo para levantar a matriz energética do estado em 2025. O objetivo do trabalho, que tem o patrocínio da Petrobras, é traçar dois cenários, com ou sem a interferência do governo estadual através de políticas de incentivo a diversificação das fontes de energia. Segundo a professora da UFF e colaboradora no estudo, Márcia Real, o estudo deve apontar um crescimento importante da participação das energias renováveis. Para a pesquisadora, a recente decisão do governo do estado de obrigar proprietários de usinas termelétricas a investir em empreendimentos baseados em energias renováveis, proporcionalmente a potência instalada das usinas, deve favorecer essa tendência. (26.06.2008)

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7 – EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

WWF: 48% dos brasileiros consideram eficiência energética na compra de eletrodomésticos e lâmpadas

A ONG WWF divulgou na última quinta-feira, 5 de junho, pesquisa sobre "pegada ecológica" dos brasileiros conduzida pelo Ibope. O levantamento mostra que 48% dos brasileiros levam em consideração as informações de eficiência energética, comprando apenas lâmpadas frias e eletrodomésticos que consomem menos energia. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 13 e 18 de maio. A pesquisa também ouviu as pessoas sobre os seus hábitos em casa. Segundo o levantamento, 80% sempre desligam os aparelhos e lâmpadas quanto nao está utilizando, ou deixa o computador em estado de hibernação (stand by). Nas três faixas de renda mais baixa pesquisada cerca de 80% têm esse hábito. Nas duas faixas mais altas, acima de cinco salários mínimos, a aderência as medidas foi de 75%. Leia a Pesquisa de opinião pública clicando aqui. (06.06.2008)

MME: Programa Estratégico de Eficiência Energética

A diretora do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME, Laura Porto, informou nesta quarta-feira, 11/6, que foi encaminhado ao secretário Executivo, Márcio Zimmermann, uma solicitação de estudo para criação do Programa Estratégico de Eficiência Energética. A iniciativa terá como base principal a meta de redução de consumo prevista no Plano Nacional de Energia (PNE) 2030, da ordem de 106 TWh até esse horizonte. O estudo também vai definir as fontes dos recursos necessários para a execução do programa cujo foco poderá recair sobre os segmentos industrial e residencial, considerados como detentores de maior potencial de conservação. (11.06.2008)

BB dará crédito à baixa renda na troca de geladeiras antigas

O Banco Popular do Brasil, subsidiária do BB para o segmento de microfinanças, assinou convênio com a Neoenergia para financiar consumidores de baixa renda que querem trocar geladeiras antigas por novas, com consumo mais baixo de energia elétrica. Em um primeiro momento, será realizado um projeto-piloto com 19,6 mil clientes de concessionárias controladas pela Neoenergia na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O Banco Popular irá financiar 40% do preço da geladeira, que, no mercado, custaria no total R$ 600. Os outros 60% serão pagos pela Neoenergia, por meio do Programa de Eficiência Energética do MME, que obriga as concessionárias a dirigirem parte das receitas a programas de redução do consumo de energia. (17.06.2008)

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8 – GERAL

GESEL: problema ambiental é recorrente, mas a tendência é que as dificuldades diminuam

A retomada das grandes obras de infra-estrutura no Brasil traz a reboque um acirramento dos conflitos entre empreendedores e órgãos ambientais, movimentos sociais e indígenas. O ataque de lideranças caiovás ao engenheiro Paulo Fernando Rezende, da Eletrobrás, há cerca de 10 dias, é a ponta mais visível da falta de diálogo entre os diferentes setores envolvidos em cada projeto. Segundo especialistas, porém, a tendência é que o aprendizado obtido nas obras em andamento sirva para azeitar as relações no futuro. "O problema ambiental é recorrente no setor elétrico, mas a tendência é que as dificuldades diminuam", avalia o professor Nivalde de Castro, especialista em energia do Instituto de Economia da UFRJ. Ele diz que há hoje um "vazio jurídico" na legislação ambiental brasileira, com poucos exemplos de jurisprudência que possam ser usados para agilizar as discussões sobre os projetos. "Mas, à medida que as grandes obras venham sendo realizadas, a tendência é que o conhecimento seja repassado adiante, reduzindo o custo ambiental", afirma. (01.06.2008)

Editorial do DCI: "Enganos no setor elétrico"

Em artigo editorial ao DCI, afirma-se que o suprimento energético no longo prazo ainda é uma estratégia muito nova no Brasil. Os investimentos do setor elétrico, em sua maioria, têm longo prazo de maturação. Anos atrás, havia a idéia fixa de que não seria necessário o Estado planejar a área porque a racionalidade do setor privado faria essa alocação adequada de recursos. Mas os investimentos privados ficaram muito aquém das necessidades e as indústrias dão mostras de que não podem andar com as próprias pernas. Os grandes autoprodutores de energia argumentam ter mais de R$ 3 bilhões prontos para investir, mas não têm projetos de geração aprovados pela EPE. Esta semana, mais uma variável passou a engrossar o já preocupante cenário: os potenciais eólico e hidráulico do País serão duramente atingidos pelas alterações climáticas provocadas pelo aquecimento global. (05.06.2008)

ANA afirma que atuação dos estados é o maior desafio na gestão das águas

O maior desafio para a implantação da Política Nacional de Recursos Hídricos é o pacto federativo, de acordo com o diretor-presidente da ANA, José Machado. Segundo ele, compete aos estados gerir os recursos hídricos que estão dentro de seus territórios. Em entrevista à Agência Brasil, Machado afirmou que, embora a política nacional institua a descentralização da gestão hídrica, poucos estados possuem órgãos e gestores preparados para tratar do assunto. Segundo ele, enquanto São Paulo, Ceará, Minas Gerais e Bahia já estão em fases adiantadas de implantação da gestão hídrica, muitos estados avançaram pouco e outros apenas começaram o processo. (16.06.2008)

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Rio de Janeiro cria conselho estadual de política energética

O governo do Rio de Janeiro publicou no Diário Oficial desta quinta-feira, 19 de junho, a lei 5.267, que cria o Conselho Estadual de Política Energética. O grupo tem como objetivo promover e incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de energias alternativas e sustentáveis no estado, visando garantir o fornecimento de energia, petróleo e gás natural, além de proteger o meio ambiente. O conselho será formado por seis representantes de órgãos públicos e quatro de entidades da sociedade civil. De acordo com o texto, o Cepe ficará responsável pelas diretrizes das políticas estaduais do setor para atender as necessidades da população e o desenvolvimento econômico do estado. (19.06.2008)

Governo ES publica edital para contratar planejamento energético até 2025

Com novas fontes de energia e propostas de novos investimentos no Espírito Santo, a Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado (Aspe), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), publicou nesta quarta-feira (25) um edital para contratação de estudos técnicos especializados para a elaboração do Planejamento Energético do Espírito Santo (PE-ES) 2009-2025. O objetivo do estudo é realizar um levantamento completo da segurança do suprimento energético para o cumprimento das metas estabelecidas dentro do Plano de Desenvolvimento - Espírito Santo 2025. O PE-ES 2009-2025, que foi anunciado no início deste mês durante o Fórum Capixaba de Energia, vai fornecer elementos para garantir esse suprimento à população e aos meios de produção, com alta qualidade e menor custo, visando o desenvolvimento do Estado. O secretário de Estado de Desenvolvimento, Guilherme Dias, explicou que o Planejamento Energético será um trabalho pioneiro no âmbito estadual no Brasil e servirá para analisar e identificar as carências e as oportunidades do sistema energético capixaba. O projeto será concluído em meados de 2009. (25.06.2008)

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