conhecimento dos enfermeiros da atenÇÃo primÁria sobre suporte bÁsico ... · a maior parte...

37
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA EMESCAM BRUNA ASSAF ANDRADE CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV VITÓRIA, ES 2018

Upload: dangliem

Post on 16-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA

EMESCAM

BRUNA ASSAF ANDRADE

CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE

SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV

VITÓRIA, ES

2018

BRUNA ASSAF ANDRADE

CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE

SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

a Escola Superior de Ciências da Santa Casa

de Misericórdia de Vitória, EMESCAM.

Orientadora: Profa. Dra. Italla Maria Pinheiro

Bezerra

VITÓRIA/ES

2018

BRUNA ASSAF ANDRADE

CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA SOBRE

SUPORTE BÁSICO DE VIDA - SBV.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de

Misericórdia de Vitória, EMESCAM.

Aprovado em:

COMISSÃO EXAMINADORA

Orientadora: Prof.ª Drª. Italla Maria Pinheiro Bezerra

Escola Superior de Ciências da Santa Casa De Misericórdia De Vitoria- Emescam.

Prof. Ms. Leonardo França Vieira

Escola Superior de Ciências da Santa Casa De Misericórdia De Vitoria- Emescam

Prof.ª Ms. Jaçamar A. Santos

Doutoranda em Ciências da Saúde - Faculdade de Medicina do ABC.

“Não é sobre chegar no topo e saber que

venceu, é sobre escalar e saber que o

caminho te fortaleceu. ”

ANA VILELA, 2017

À Deus, minha fortaleza, a minha avó pelo

cuidado е dedicação, aos meus pais e a todos

os meus familiares.

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, pela dedicação, compreensão e apoio.

A minha avó pelo cuidado, carinho e amor incondicional.

Em especial aos meus amigos, Elisangela da Silva Alves de Almeida, Mariany Lemos

Silva, José Lucas Sousa Ramos, Priscila Schimidt, Renata Pereira Ferro, preceptora

Sarah Foletto com o apoio e paciência ao ouvir nossas dúvidas e aflições.

A minha orientadora Italla Maria Pinheiro Bezerra, pela dedicação e paciência nas

orientações.

A todas os meus familiares e amigos, que me deram todo o apoio e ajudaram no

desenvolvimento desta pesquisa.

RESUMO

Introdução: O suporte básico de vida - SBV compreende-se em várias ações dentro de um atendimento de emergências, sendo tanto em área intra-hospitalar quanto em uma área extra hospitalar. A principal função do SBV é manter os sinais vitais, ou seja, manter a circulação e a perfusão cerebral de uma forma artificial, para que não ocorram sequelas e até mesmo o óbito da vítima. Desta forma, os profissionais de saúde em todos os níveis de atenção devem estar aptos a prestarem cuidados em suporte básico de vida. Objetivo: Descrever o conhecimento dos enfermeiros da atenção Primária sobre Suporte Básico de Vida. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa, realizado no município de Vitória, ES, tendo como cenário as Unidades de Saúde inseridas na Estratégia Saúde da Família. A população do estudo foi constituída de 22 enfermeiros, que responderam a um questionário sobre SBV previamente validado. Respeitou-se os preceitos éticos das resoluções 466/12. Resultados: Observou-se no estudo uma predominância de mulheres com idade entre 30 e 49 anos, casado, onde a maioria concluiu a graduação há mais de dez anos. A maior parte relatou ter realizado aula ou curso sobre SBV, porém, o tempo da realização concentra-se entre dois ou mais de dez anos. A aplicação do questionário evidenciou que no geral, os enfermeiros possuem conhecimento mediano, com pontos fortes em relação a identificação básica do paciente no SBV e utilização do desfibrilador externo automático - DEA, e tendo como ponto fraco na parada cardiorrespiratória - PCR e reanimação cardiopulmonar. Conclusão: Os resultados mostram uma questão contraditória em relação ao conhecimento dos profissionais, pois estes identificam questões básicas sobre suporte básico de vida e uso do desfibrilador automático, mas possuem alto percentual de erro em relação ao reconhecimento de uma parada cardíaca e as ações de uma reanimação cardiopulmonar, sendo esta, a principal novidade do estudo.

Palavras-chave: Suporte Básico de Vida. Enfermagem. Atenção Primária em Saúde. Estratégia Saúde da Família.

ABSTRACT

Introduction: Basic life support (SBV) is comprised of several actions within emergency care, both in the in-hospital area and in an extra-hospital area. The main function of SBV is to maintain vital signs, that is, to maintain cerebral circulation and perfusion in an artificial way, so that sequelae do not occur and even death for the victim. In this way, health professionals at all levels of care should be able to provide care in basic life support. Objective: To describe the knowledge of primary care nurses about Basic Life Support - SBV. Method: This is a cross-sectional, descriptive study of a quantitative approach, carried out in the city of Vitória, Espírito Santo State, Brazil, with the Health Units included in the Family Health Strategy as a scenario. The study population consisted of 22 nurses, who answered a questionnaire about basic life support previously validated. The ethical precepts of resolutions 466/12 were respected. Results: A predominance of women aged between 30 and 49 years of marital status was observed in the study, where the majority graduated more than ten years ago. Most report having taken a class or course on SBV, but the time of completion is between two or more years. The application of the questionnaire showed that, in general, the nurses have median knowledge, with strengths in relation to the basic identification of the patient in the SBV and use of the AED, and having as a weak point cardiorespiratory arrest and cardiopulmonary resuscitation. Conclusion: The results show a contradictory question regarding the professionals' knowledge, since they identify basic questions about basic life support and use of the automatic defibrillator, but they have a high percentage of error in relation to the recognition of a cardiac arrest and the actions of one cardiopulmonary resuscitation, this being the main novelty of the study. Keywords: Basic Life Support. Nursing. Primary Health Care. Family Health Strategy.

LISTA DE SIGLAS

PCR - Parada Cardiorrespiratória

RCP - Reanimação Cardiopulmonar

SBV - Suporte Básico de Vida

DEA - Desfibrilador Externo Automático

UBS - Unidade Básica de Saúde

UTI - Unidade De Terapia Intensiva

ESF - Estratégia de Saúde da Família

SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

SAV - Suporte Avançada de Vida

AHA - American Heart Association

SUS - Sistema Único De Saúde

ETSUS - Escola Técnica e Formação Profissional de Saúde

BLS - Basic Life Support

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Caracterização dos participantes do estudo. Vitória, ES, Brasil, 2018 .... 19

Tabela 2: Conhecimento prévio dos profissionais acerca de suporte básico de vida.

Vitória, ES, 2018 ....................................................................................................... 20

Tabela 3: Descrição dos erros e acertos acerca de suporte básica de vida por tema

específico. Vitória, ES, 2018 ..................................................................................... 20

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 11

2. OBJETIVO ............................................................................................................ 15

2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 15

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 15

3. MÉTODO ............................................................................................................... 16

3.1 TIPO DE ESTUDO .............................................................................................. 16

3.2 LOCAL DO ESTUDO .......................................................................................... 16

3.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO .......................................................................... 17

3.4 COLETA DOS DADOS........................................................................................ 17

3.5 VARIÁVEIS DO ESTUDO E ANÁLISE DOS DADOS ......................................... 18

3.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DO ESTUDO ................................................... 18

4. RESULTADOS ...................................................................................................... 19

5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 21

6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 27

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28

ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .................. 34

ANEXO B – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES

HUMANOS ................................................................................................................ 36

11

1 INTRODUÇÃO

A luta pela manutenção da vida, que ocorre nas diversas situações de urgência e

emergência, representa o princípio básico e fundamental que norteia o

desenvolvimento técnico-científico na área da saúde. A parada cardiorrespiratória -

PCR é uma emergência extrema, cujo insucesso nas manobras acarreta lesão

cerebral irreversível e morte, caso o restabelecimento do fluxo sanguíneo e a

ventilação não forem apropriados (PIRES; STARLING; 2006).

No atendimento à PCR, segundo a American Heart Association (2017), o Suporte

Básico de Vida - SBV, refere-se pelo seguinte conjunto de ações denominado pôr a

cadeia de sobrevida da PCR caracterizadas por avaliar responsividade, chamar por

ajuda, verificar respiração e pulso. Se indicado iniciar RCP com 30 compressões e 2

ventilações. As técnicas sequenciais são compressões torácicas, abertura das vias

aéreas, ventilação e desfibrilação e Suporte Avançado de Vida - SAVque consiste na

manutenção do SBV, com a administração de medicamentos e o tratamento da causa

da PCR (AMERICAN HEART ASSOCIATION-AHA, 2017).

O SBV compreende-se em várias ações dentro de um atendimento de emergências,

sendo tanto em área intra hospitalar quanto em uma área extra hospitalar. O SBV se

divide em 4 etapas fundamentais para a sobrevivência da vítima: chamadas de CAB,

antes de tudo é pertinente verificar onde o paciente se encontra e se o local é seguro,

em seguida fazer o CAB que são C: compressões cárdicas, com uma profundidade

de 5 a 6 cm e no ciclo de 100 a 120 compressões e trocar de socorrista a cada 2

minutos pois assim não interfere na qualidade prestada ao paciente, A: verificar as

vias áreas, com inclinação da cabeça se não suspeita de lesão raquimedular, B:

verificar a respiração, observar a elevação do tórax total, D: realizar um desfibrilação

precoce (AMERICAN HEART ASSOCIATION-AHA, 2017).

A principal função do SBV é manter os sinais vitais, ou seja, manter a circulação e a

perfusão cerebral de uma forma artificial, para que não ocorram sequelas e até mesmo

o óbito para a vítima. É imprescindível o reconhecimento de uma PCR, pois quanto

mais rápido for reconhecida, as intervenções citadas no parágrafo anterior, maior

serão as chances da vítima não desenvolver sequelas e evoluir para o óbito

(CITOLINO FILHO et al., 2015.)

12

Dados pesquisados e fornecidos pelo DataSus indicam que 35% das mortes, em 300

mil casos anuais, são referentes as doenças cardiovasculares (MARTINS, 2010).

Segundo Citolino Filho et al. (2015), a sobrevivência das vítimas pós-parada cardíaca

depende de diversos fatores, como a realização dos suportes básicos de vida, além

dos cuidados com o paciente após a sua ressuscitação. O atendimento inicial do

paciente em PCR deve conter uma abordagem de forma sistemática nas quatro

etapas da vítima sobrevivência, que são: 1) detectar precocemente uma PCR, 2)

iniciar Ressuscitação Cardiopulmonar - RCP, 3) abrir via aérea e 4) ofertar oxigênio

(CITOLINO FILHO et al., 2015.)

A American Heart Association recomenda que os profissionais de saúde tenham

frequentes treinamentos que enfoquem no atendimento em uma PCR e preconize

uma padronização de procedimentos e técnicas. Essa preconização dá um foco nos

treinamentos e melhora a qualidade do atendimento da vítima em PCR, que deve ser

feita de uma forma organizada, calma e efetiva. A fundação também dá o enfoque na

importância de todos os materiais necessários ao atendimento, para que não ocorra

uma parada cardíaca que possa evoluir a óbito (AMERICAN HEART ASSOCIATION-

AHA, 2017).

Assim, esses procedimentos realizados em ambiente pré-hospitalar, como o Suporte

Básico de Vida, podem ser realizados nos diferentes serviços de saúde prestados pelo

Sistema Único de Saúde - SUS. De acordo com a portaria nº 2.048, o atendimento de

urgência e emergência deve ser prestado por todos os níveis de atenção no SUS.

Assim sendo, amplia-se o acesso ao sistema, em situações de urgência, para toda a

rede de estabelecimentos de saúde, mantendo-se a atenção básica como porta de

acesso preferencial. Nesse sentido, foram definidos, como componente de

atendimento pré-hospitalar fixo, Unidades Básicas de Saúde - UBS, ambulatórios

especializados e unidades não hospitalares de atendimento às urgências e

emergências (BRASIL, 2003).

Dessa maneira, com o projeto de descentralização, o SUS tem inserido algumas

estratégias assistenciais na Atenção Básica, como a Estratégia Saúde da Família -

ESF, objetivando reorganizar e atender às necessidades de saúde da população. Esta

13

estratégia tem se tornado um desafio, pois o seu crescimento mostra as fragilidades,

as falhas na prestação de serviços profissionais e a gestão do sistema (GIL, 2006).

Neste contexto, destaca-se a figura do enfermeiro, profissional muitas vezes

responsável por reconhecer a PCR. Este profissional deve manter o controle e

comandar a equipe, pois ele, dentro da UBS, é a pessoa mais cotada e capacitada

para realizar os primeiros procedimentos. Casos de PCR podem ocorrer fora da UBS,

e em cada bairro existe sua unidade responsável, e o enfermeiro deverá se deslocar

até o local juntamente com sua equipe, ou em outros casos, contar com a ajuda de

curiosos e/ou familiares para prestarem o socorro (BRASIL,2003).

Frente a essa situação, revela-se a importância deste profissional ter conhecimento

teórico-prático acerca dessa temática. Contudo, alguns estudos indicam que durante

a formação do enfermeiro, os conteúdos teóricos e práticos relacionados à PCR e às

manobras de RCP têm sido ministrados de forma superficial, limitados, e muitas vezes

não suprem as necessidades dos alunos. Essa carência no conhecimento ao prestar

um atendimento, torna-se um déficit nos cuidados que serão prestados ao socorrer a

vítima (AEHLERT, 2007; KUMAR, et al., 2008).

Sampaio et al. (2003) avaliaram o processo de ensino-aprendizagem de profissionais

de enfermagem nas manobras de RCP e verificaram falhas, tanto no conhecimento

teórico, quanto nas habilidades práticas. Em estudo realizado com enfermeiro da

atenção primária sobre conhecimento do SBV, em relação à identificação da PCR,

somente 20,83% dos enfermeiros responderam corretamente à pesquisa (AMADOR

et al., 2012).

Verplancke et al. (2008) pesquisaram as possíveis causas para a baixa qualidade do

SBV e constataram que a frequência de participação em atendimentos de PCR

influenciava o desempenho no atendimento (VERPLANCKE et al, 2008.)

Assim, para atendimento eficaz e seguro, os profissionais precisam estar preparados

e terem conhecimento sobre as manobras de reanimação, para evitar uma ação

inadequada, com prejuízos na assistência prestada e sobrevida. Atitudes e

comportamentos dos enfermeiros podem influenciar a rapidez e o nível de

14

envolvimento da equipe nas diversas situações de emergência que incluem os

episódios de PCR (SANTANA, L. S. et al; 2014).

Deste modo, considerando a temática em questão, o presente estudo tem como

pergunta norteadora: Os enfermeiros da atenção primária possuem conhecimento

acerca do Suporte Básico de Vida? Assim, espera-se contribuir de maneira positiva

para o enfermeiro, sinalizando estas potencialidades e fragilidades de seu

conhecimento e a necessidade do seu aprimoramento, o que acaba por gerar

repercussões positivas para a comunidade, uma vez que estará sendo prestado um

socorro de qualidade, com redução de agravos de lesões.

Compreendendo que situações de urgência e emergência como a PCR podem

acontecer subitamente, acredita-se na necessidade de os enfermeiros da atenção

primaria terem noções básicas para a assistência a esses eventos. Acredita-se, ainda,

que suas habilidades estejam sempre atualizadas, pois, por não atuarem nos serviços

onde comumente acontecem essas situações, estes devem estar capacitados para

prestarem uma assistência adequada.

15

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever o conhecimento dos enfermeiros da atenção Primária sobre Suporte Básico

de Vida.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar o perfil dos enfermeiros participantes do estudo.

Descrever o conhecimento dos enfermeiros sobre SBV.

16

3 METODO

3.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo transversal, descritivo de abordagem quantitativa. O estudo

descritivo expõe resultados exatos do problema e exemplifica as relações existentes

entre os elementos que o compõem (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).

A abordagem quantitativa é aplicada de maneira uniforme desde a coleta de

informações até o tratamento delas por aplicação em testes estatísticos que permitem

afirmar a precisão e fidedignidade dos resultados (COSTA et al., 2008).

Para Andrade (2010, p. 114) na pesquisa descritiva: “os fatos são observados,

registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira

neles”.

A abordagem quantitativa aliada à pesquisa descritiva é responsável pela

organização, classificação e descrição dos dados em tabelas, gráficos de forma exata

e fidedigna. Ao aplicar no método analítico, os dados vêm a formular hipóteses em

cima dos dados evidenciados, para apresentar conclusões científicas (ARANGO,

2009).

3.2 LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa foi realizada no município de Vitória capital do Espirito Santo, que segundo

o IBGE (2015): Tem uma população de 351.875 habitantes. Tendo como cenário as

Unidades de Saúde da Família do referido município.

O município possui um total de 29 unidades de saúde da família, sendo que desta 23

são inseridas na Estratégia Saúde da Família, perfazendo um total de 79 equipes.

Respeitando os critérios de inclusão do estudo, realizou-se a análise das unidades

quanto ao tempo de serviço dos enfermeiros, o critério usado foi que os respondentes

tivessem sido contratados há mais de seis meses.

17

3.3 PARTICIPANTES DO ESTUDO

A população do estudo foi constituída de enfermeiros atuantes nas unidades de saúde

da família no município de Vitória. Para tanto, participaram da amostra os enfermeiros

lotados nas unidades saúde da família, que tiveram pelo menos seis meses de

atuação.

Dos 79 profissionais, responderam ao questionário 22 enfermeiros. Contudo foram

entregues o questionário a todos os enfermeiros, porém dez recusaram responder por

questões de tempo, e os demais não retornaram os questionários durante

3.4 COLETA DE DADOS

A coleta de dados aconteceu entre os meses de janeiro e maio do ano de 2018. Para

tanto, utilizou-se como instrumento de coleta um questionário desenvolvido por um

pesquisador da Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, São Paulo (TAVARES

et al., 2015), este, já validado e publicado em revista cientifica, o qual foi construído

baseado nos guidelines do suporte básico de Vida da American Heart Association

(2017).

Este questionário divide-se em quatro temáticas diferentes, aplicado em momentos

separados de acordo com o tema em questão, sendo eles: Suporte Básico de vida;

Parada cardiorrespiratória; Reanimação cardiopulmonar e Desfribilador automático.

As temáticas foram distribuídas em 17 questões objetivas, cada questão contendo

quatro alternativas, sendo uma alternativa correta. Ainda, previamente as questões,

apresenta-se um formulário inicial buscando identificar o perfil de cada entrevistado

quanto ao sexo, tempo de formação, idade, capacitação sobre SBV e tempo de

experiência na profissão e estado civil.

Os participantes da pesquisa receberam uma senha contendo um número

identificando os questionários, folha de gabarito e termo de consentimento livre e

esclarecido. Esta opção foi considerada, com vistas a preservar o anonimato dos

participantes da pesquisa.

18

3.5 VARIÁVEIS DO ESTUDO E ANÁLISE DOS DADOS

As variáveis analisadas foram: sexo; idade; experiência na profissão; ano de

graduação e cursos ou capacitações sobre SBV.

Os dados foram armazenados no Microsoft Excel 2016 e analisados através de

cálculos estatísticos de porcentagem e número absoluto, a fim de compreender

melhor os resultados, permitindo uma discussão mais objetiva.

O questionário, como já citado anteriormente, dividiu-se em quatro temáticas,

portanto, cada uma, foi analisada de forma isolada. A correção dos erros e acertos

resultou em um número absoluto que fora transformado em porcentagem para melhor

compreensão. Sendo assim, para cada uma das temáticas o entrevistado apresentou

uma porcentagem de erro e acertos.

A análise do estudo foi baseada em médias por temática, buscando compreender uma

melhor averiguação dos resultados, bem como, divergências e convergências na

literatura científica.

3.6 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DO ESTUDO

O estudo respeitou os preceitos éticos da resolução 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde que rege sobre pesquisa com seres humanos. Cada enfermeiro assinou um

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido autorizando a coleta de dados (Anexo

B). Ainda, o estudo foi aprovado pela Escola Técnica do SUS - ETSUS-Vitória e

posteriormente pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos sob parecer

nº 2.304.904, tendo como pesquisadora principal Cintia de Lima Garcia, que faz parte

do grupo de pesquisa da pesquisadora orientadora da mesma Italla Maria Pinheiro

Bezerra.

19

4 RESULTADOS

Participaram do estudo 22 profissionais de enfermagem, sendo a maior parte do sexo

feminino (45,5%), com idade entre de 30 a 39 anos (36,3%) e 40 a 49 anos (18,2%)

casados (40,9%) com formação em enfermagem até o ano de 2008 (59,1%), conforme

tabela 1.

Tabela 1: Caracterização dos participantes do estudo. Vitória, ES, Brasil, 2018.

Características N %

Sexo

Masculino 04 18,2

Feminino 10 45,5

Não respondeu 08 36,3

Idade

30 a 39 anos 08 36,3

40 a 49 anos 04 18,2

Acima de 49 anos 01 4,6

Não respondeu 09 40,9

Estado civil

Solteiro 03 13,6

Casado 09 40,9

Divorciado 01 4,6

Não respondeu 09 40,9

Ano de graduação

Até 2008 13 59,1

Após 2008 01 4,6

Não respondeu 08 36,3

Total 22 100,0

Do total, 59,1% dos profissionais participaram de curso ou aula sobre SBV, entre dois

e mais de dez anos (40,9%) (tabela 2).

20

Tabela 2: Conhecimento prévio dos profissionais acerca de suporte básico de vida. Vitória, ES, 2018.

Variável N %

Participação em aula/curso sobre SBV

Sim 13 59,1

Não 03 13,6

Não respondeu 06 27,3

Tempo da última aula/curso

Em menos de 1 ano 02 9,1

Entre 2 e 10 anos 05 22,7

Mais de 10 anos 04 18,2

Não respondeu 11 50,0

Total 22 100,0

Ao analisar as respostas dos profissionais acerca dos conhecimentos específicos

sobre SBV, identificou-se que o conhecimento mais frágil está em relação a parada

cardiorrespiratória (54,5% de acertos) e mais potencial em relação aos conceitos

básicos de suporte básico de vida (62,8% de acertos), conforme tabela abaixo.

Tabela 3: Descrição dos erros e acertos acerca de suporte básica de vida por tema específico. Vitória, ES, 2018.

%

Temas ACERTOS ERROS

Identificar a Parada Cardiorrespiratória (PCR) 54,5 45,5 A Realizar Reanimação Cardiopulmonar (RCP) 56,4 43,6 Executar o Suporte Básico de Vida (SBV) 62,8 37,2

Utilizar o Desfibrilador automático (DEA) 60,5 39,5

Média 58,55 41,45

21

5 DISCUSSÃO

Observou-se no estudo uma predominância de mulheres com idade entre 30 e 49

anos, casado, onde a maioria concluiu a graduação há mais de dez anos. A maior

parte relata ter realizado aula ou curso sobre SBV, porém, o tempo da realização

concentra-se entre dois a dez anos.

A aplicação do questionário evidenciou que no geral, os enfermeiros possuem

conhecimento mediano, com pontos fortes em relação a identificação básica da PCR

e utilização do DEA, e tendo como ponto fraco parada cardiorrespiratória e

reanimação cardiopulmonar.

O estudo corrobora com as demais pesquisas realizadas com profissionais de

enfermagem que demonstra a prevalência do sexo feminino na profissão, bem como

em relação ao quantitativo de profissionais de enfermagem no Brasil, que em 2010

correspondiam a 1.449.583, e no estado do Espirito Santo, em especial, tinham-se

4.584 profissionais. Destes, a maior parte apresentou-se do sexo feminino, sendo

87,24% no Brasil, e 87,30% no Espírito Santo (FERREIRA; FERREIRA, CASSEB,

2012; CAVALCANTE; AMORIM; SANTOS, 2014)

Almeida et al., (2011) em concordância com os resultados, tiveram como objetivo

analisar o conhecimento teórico e prático de enfermeiros acerca de PCR e RCP,

obtendo um total de 80% de mulheres em seu resultado.

A prevalência de mulheres na enfermagem é explicada por Pilarte et al. (2014) que

associa o cuidado a figura feminina desde os primórdios da população, pois estas,

eram escaladas para prestarem estes serviços tanto em suas residências, e na

comunidade, devido a sensibilidade, que até então, era considerada uma

característica inerente as mesmas.

Destaca-se ainda que mulheres no Império Romano eram as protagonistas durante o

trabalho de parto e a assistência ao recém-nascido, assim como na idade média, que

eram reconhecidas como cuidadoras pelas suas particularidades relacionadas a

fecundidade e por serem responsáveis por cada membro familiar (PILARTE, 2014).

O suporte básico de vida possui uma ordem para sua realização. Os entrevistados

apresentaram uma maior porcentagem de acertos, sabendo então reconhecer a

ordem correta deste, além de assimilarem o uso do DEA corretamente. Porém,

22

apresentaram fragilidades em relação a parada cardiorrespiratória e a reanimação

cardiopulmonar.

Resultado este, considerado contraditório, tendo em vista que 59,1% já tiveram aula

ou formação sobre SBV e mesmo assim apresentam conhecimentos insatisfatórios

acerca da temática abordada em geral, corroborando com os resultados do estudo de

Tavares et al., (2015) realizado com estudantes de graduação em ciências da saúde.

Observou-se no estudo de Tavares et al., (2015) que a média de erros acerca dos

conhecimentos sobre parada cardiorrespiratória foi de 64%, portanto, a maioria dos

entrevistados não consegue identificar uma PCR em lactentes, crianças e adultos, não

reconhece as atividades iniciais e sua ordem e não correlacionam o trauma a parada,

nos casos de emergência em sua unidade.

Oliveira et al., (2013) em uma análise qualitativa, observa o conhecimento de

profissionais de enfermagem acerca de PCR e RCP e nota que o conhecimento dos

mesmos é frágil, principalmente nos pontos de identificação de uma parada,

reafirmando que estes profissionais em sua grande parte não conseguem identificar

clinicamente este estado de saúde.

A valência da RCP está associada ao reconhecimento da PCR, pois quando mais

imediata forem realizadas as manobras, maior será a chance de sobrevida da vítima

(LUÍS JÚNIOR et al., 2016).

Este resultado pode ser confirmado em outros estudos, e pode estar associado à baixa

capacitação e comodidade dos profissionais da atenção básica por terem a concepção

de que não se enquadram em um serviço de urgência e emergência (ALMEIDA et al.,

2011).

Os estudos ainda fortalecem e demonstram à importância das capacitações acerca

do tema, como na pesquisa de Ferreira, Ferreira e Casseb (2012) que mostra que os

profissionais obtiveram bons conhecimentos após capacitações e treinamentos

acerca de como identificar e evitar PCR.

A American Heart Association recomenda que os profissionais tenham treinamentos

periódicos sobre a temática, e relata que um dos maiores determinantes para a

sobrevivência do paciente depende das intervenções das ações inicias sobre o SBV

(LUIS JÚNIOR et al., 2016)

23

Para atendimento rápido, seguro e eficaz, dentro do que é preconizado pela American

Heart Association, recomenda-se aos serviços de saúde realizem treinamento

periódico em RCP e SBV com a finalidade de capacitar os profissionais visando

manter a homogeneidade das condutas entre as equipes (AMERICAN HEART

ASSOCIATION, 2017).

É importante ressaltar o papel da enfermagem diante de casos e situações que sejam

necessárias à aplicação do SBV e SAV. Em serviços de atenção hospitalar,

geralmente, o enfermeiro está à frente do processo de recepção deste paciente,

necessitando então, de um conhecimento teórico e prático para aplicação do suporte

avançado de vida (SILVA, 2016).

As intervenções de SBV são determinantes no aumento das taxas de sobrevivência.

E influenciam diretamente na realização ou não da reanimação, pois o sucesso desta

depende, principalmente, da efetividade das ações iniciais. Essas questões apontam

uma reflexão sobre a necessidade de valorização e da importância que os

profissionais da atenção primária devem ter para esse conhecimento, bem como o

aprendizado sobre SBV (LUIS JÚNIOR et al., 2016).

Na atenção primária, observa-se uma prática de “não preocupação” para eventuais

casos de PCR, porém, tendo em vista que geralmente a população que visita as

unidades todos os dias é de hipertensos, idosos, diabéticos, gestantes, apresentando

elevados riscos de complicações, é importante que os profissionais da unidade

estejam preparados para atuarem nestas eventualidades.

Considerando que o enfermeiro é o profissional responsável pela ESF, este deve ser

capacitado e buscar constantes atualizações para passar a sua equipe, bem como

agir diante dos casos (NÓBREGA; BEZERRA, SOUSA, 2015).

E outro estudo que confirma os resultados mencionados nesse trabalho é o de

Sampaio (2003) avaliou o processo de ensino-aprendizagem de profissionais de

enfermagem nas manobras de RCP e verificaram falhas, tanto no conhecimento

teórico quanto nas habilidades práticas.

Em estudo realizado com enfermeiros da atenção primária sobre conhecimento do

SBV avaliando conhecimentos relacionados à identificação de uma PCR, demonstrou

24

que somente 20,83% dos entrevistados responderam corretamente (AMADOR et al.,

2012).

Os resultados deste estudo mostram que os entrevistados apresentaram um

percentual médio de acertos (56,4%) acerca da reanimação cardiopulmonar,

possuindo dúvidas em como proceder nesta eventualidade, principalmente quanto à

ordem sequencial dos procedimentos a serem realizados, quantidade de

compressões nas diferentes faixas etárias, apresentando deficiência apenas em

ações com a presença de dois socorristas e em casos da falta de uma via área

avançada garantida.

Em estudo realizado por Delfino et al., (2015), observa-se que os enfermeiros

apresentam nível adequado de conhecimento acerca da reanimação cardiopulmonar,

associando este resultado a rigorosa e precisa política de educação continuada

acerca da temática oferecida pela instituição pesquisada, além de os cursos mais

atuais abordagem corriqueiramente sobre este tema, permitindo um aprendizado

maior por parte dos profissionais.

Já em estudo realizado por Alves, Barbosa e Faria (2013) os profissionais de

enfermagem apresentam grande déficit diante da técnica de reanimação

cardiorrespiratória, apresentando lacunas no conhecimento acerca dos ritmos de uma

PCR, sequência lógica do atendimento, ciclos de compressão e ventilação e demais

passos pré e pós RCP, portanto, convergindo com os resultados apresentados no

estudo.

De acordo com Abrantes et al, 2015 o alto percentual de erros acerca da PCR E RCP

ocorre devido à falta do olhar clinico para identificar uma parada. Os profissionais

devem, portanto, desenvolver um aguçado olhar clinico, aliado ao conhecimento

teórico e a convivência prática (ABRANTES et al., 2015).

Quando uma parada cardiorrespiratória acontece em um ambiente extra-hospitalar,

um determinante importante para sobrevivência é a presença de um profissional

capacitado para efetuar as manobras de reanimação cardiopulmonar, isso é de

grande importância, pois, aumenta a chance de sobre vida do paciente (MORAIS,

2014).

25

Esse estudo evidencia ainda que grande parte dos enfermeiros entrevistados

consegue manusear o desfibrilador automático em situações de manuseio geral de

um DEA, identificando os passos desde a ativação do aparelho até a liberação do

choque; o período de reiniciação das compressões com o DEA e a faixa etária em que

se pode utilizar.

Grande parte dos estudos da literatura discorda do presente resultado, demonstrando

grandes percentuais de erros, o que é preocupante para a aplicação do SBV, visando

uma RCP de sucesso (ALMEIDA et al., 2011; BERTOGLIO et al., 2008; ARAÚJO et

al., 2008).

O estudo de Delfino et al., (2015) converge com o presente estudo, pois em seus

resultados, 90% dos enfermeiros conseguem diferenciar em que faixas etárias o DEA

deve ser aplicado, sendo então, um resultado satisfatório.

Evidenciou-se que os profissionais entrevistados apresentam uma característica

peculiar voltada para a idade, podendo ser considerado um público mais experiente,

bem como uma formação em enfermagem em sua maior parte até o ano de 2008. Tal

fato chama atenção para a hipótese de que profissionais com mais de dez anos de

formação possuem mais déficits acerca das novas diretrizes sobre o tema que surgem

anualmente.

Ferreira et al., (2006) afirmam o fato de que profissionais mais experientes se sentem

menos informados que os menos experientes, atribuindo o achado a um reflexo da

ausência de programas de reciclagem, que distancia o profissional dos conhecimentos

adquiridos no curso de formação, com o passar dos anos, e deixa-os desatualizados.

Assim, os autores concluem que sexo, idade, escolaridade e tempo de experiência

são fatores determinantes para a participação em constantes capacitações.

O atual estudo apresentou limitações que se voltaram principalmente para a coleta de

dados, pois estimou-se um total de 79 enfermeiros entrevistados, mas apenas 22 se

disponibilizaram a responder o questionário de estudo, destes, alguns profissionais se

abstiveram de responder algumas questões, prejudicando os resultados do estudo. A

rotina de trabalho e a indisponibilidade dos profissionais influenciaram nestes

resultados.

26

Outra limitação do estudo presente é a falta de suficientes dados para que se compare

os resultados dos respondentes masculinos com os das mulheres. Futuras estudos

serão necessários para que se analise se o sexo dos participantes se correlacionarem

com seus conhecimentos com relação ao SBV.

Contudo, destaca-se que diante dos achados evidenciados, é imprescindível o

incentivo a atenção continuada e a capacitação dos enfermeiros sobre o suporte

básico de vida e principalmente em se tratando do atendimento à PCR e a RCP,

recomendando os serviços de saúde realizar treinamento ou curso sobre suporte

básico de vida com a finalidade de qualificar melhor assistência prestada para um

atendimento de emergência.

Um dos maiores desafios é ampliar o acesso ao ensino e a pesquisa cientifica no

município de Vitória, pois durante a coleta de dados, as limitações voltadas para os

vários obstáculos dificultaram uma análise precisa dos resultados, frente a não

aceitação dos profissionais em responderem questionário, bem como as suas rotinas

de trabalho.

Sugere-se ainda a realização de novas pesquisas e a capacitação não apenas dos

profissionais que estão no atendimento direto aos usuários, mas a gestão dos serviços

de atenção primária, tendo em vista que o conhecimento sobre suporte básico de vida

nesse serviço é imprescindível, frente as diversas patologias e comorbidades que são

atendidas na unidade ou no domicílio.

27

6 CONCLUSÃO

Os resultados mostram uma questão contraditória em relação ao conhecimento dos

profissionais, pois estes identificam questões básicas sobre suporte básico de vida e

uso do desfibrilador automático, mas possuem alto percentual de erro em relação ao

reconhecimento de uma parada cardíaca e as ações de uma reanimação

cardiopulmonar, sendo esta, a principal novidade do estudo.

28

REFERÊNCIAS

ABRANTES, A. W. B. et al. Knowledge, attitudes and nursing practices on cardiorespiratory arrest in neonatal intermediate care unit: a qualitative study in the northeast of Brazil. J Hum Growth Dev, v. 25, n. 1, p. 97-101, 2015.

AEHLERT, B. ACLS. Advanced cardiac cardiac life support: emergências em cardiologia. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007.

AHA. American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2017 para RCP e ACE. 2017. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2017/12/2017-Focused-Updates_Highlights_PTBR.pdf Acesso em 14 de junho de 2018.

ALMEIDA, A. O. A. et al. Conhecimento teórico dos enfermeiros sobre parada e ressuscitação cardiopulmonar, em unidades não hospitalares de atendimento à urgência e emergência. Rev latinoam enferm, v. 19, n. 2, p. 261-8, 2011.

ALVES, C. A.; BARBOSA, C. N. S.; FARIA, H. T. G. Parada Cardiorrespiratória e enfermagem: o conhecimento acerca do suporte básico de vida. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 18, n. 2, p. 296-301, 2013.

AMADOR, S. L. T. et al. O conhecimento sobre parada cardiorrespiratória dos enfermeiros que atuam na atenção básica. Recien-Revista Científica de Enfermagem, v. 2, n. 4, 2012.

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho cientifico: elaboração de trabalhos na graduação. Editora Atlas, 10ª ed, São Paulo, 2010.

ARANGO, H. G. Bioestatística: teórica e computacional: com banco de dados reais em disco. 3ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

ARAÚJO, K. A. de et al. Reconhecimento da parada cardiorrespiratória em adultos: nível de conhecimento dos enfermeiros de um pronto-socorro municipal da cidade de São Paulo. Rev Inst Cienc Saúde, v. 26, n. 2, p. 183-90, 2008.

BERTOGLIO, V. M. et al. Tempo decorrido do treinamento em parada cardiorrespiratória e o impacto no conhecimento teórico de enfermeiros. Revista gaúcha de enfermagem. Porto Alegre. Vol. 29, n. 3 (jun. 2008), p. 454-460, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Portaria Nº 2048, de 5 de novembro de 2002. Ministério da Saúde, Brasília, DF, 2003.

CAVALCANTE, A. K. C. B.; AMORIM, P. H. C.; SANTOS, L. N. Perfil da equipe de enfermagem no serviço de urgência e emergência em um hospital publico. Revista Interdisciplinar, v. 7, n. 2, p. 85-94, 2014.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. D. Metodologia científica. Editora Pearson Prentice Hall, 6ª ed, São Paulo, 2007.

CITOLINO FILHO, C,M. et al . Fatores que comprometem a qualidade da ressuscitação cardiopulmonar em unidades de internação: percepção do enfermeiro. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 49, n. 6, p. 907-

29

913, Dec. 2015 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342015000600907&lng=en&nrm=iso>. access on 14 June 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420150000600005.

COSTA, G. D.; COTTA, R. M. M.; FRANCESCHINI, S. C. C.; BATISTA, R. S.; GOMES, A. P.; MARTINS, P. C.; FERREIRA, M. L. S. M. Avaliação em saúde: reflexões inscritas no paradigma sanitário contemporâneo. Physis Revista de Saúde Coletiva, v 18, n 4, 705-26, 2008.

DELFINO, M. F. N. S.; DUARTE, A. M. L.; SANTOS, T. R.; LIMA, D. P. B.; BRASILEIRO, M. Nível de conhecimento técnico-científico do enfermeiro sobre as novas diretrizes de reanimação cardiopulmonar. Rev Cien Escol Estad Saud Publ Cândido Santiago-RESAP, v.1, n.1, p.1133-32, 2015.

FERREIRA, J. V. B.; FERREIRA, S. M. B.; CASSEB, G. B. Perfil e Conhecimento Teórico de Médicos e Enfermeiros em Parada Cardiorrespiratória, município de Rio Branco, AC. Rev Bras Cardiol, v. 25, n. 6, p. 464-470, 2012.

FERREIRA, O. et al. Avaliação do conhecimento sobre hemoterapia e segurança transfusional de profissionais de enfermagem. Revista Brasileira De Hematologia e Hemoterapia , ribeirão preto, v. 29, n. 2, p. 160-167, nov./dez. 2006.

GIL, C. R. R. Atenção primária, atenção básica e saúde da família: sinergias e singularidades do contexto brasileiro Primary health care, basic health care, and family health program: synergies and singularities.Cad. saúde pública, v. 22, n. 6, p. 1171-1181, 2006.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico, 2015. Brasília, DF, 2015.

LUIS JÚNIOR, L. E. M. et al. Avaliação de treinamento em suporte básico de vida para médicos e enfermeiros da atenção primária. Revista Brasileira De Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro , v. 11, n. 38, jan./dez. 2016.

KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N.; MITCHELL, R. N. Robins: patologia básica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2008.

MARTINS, H.S. Emergências clinicas. 6°ED. São Paulo, 2010.

MORAIS, Daniela Aparecida; CARVALHO, Daclé Vilma; CORREA, Allana Dos Reis. Parada cardíaca extra-hospitalar: fatores determinantes da sobrevida imediata após manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Revista Latino Americana de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 22, n. 4, p. 562-568, jun./ago. 2014.

NÓBREGA, D. M.; BEZERRA, A. L. D.; DE SOUSA, M. N. A. Conhecimentos, atitudes e práticas em urgência e emergência na atenção primária à saúde. Ciência & Desenvolvimento-Revista Eletrônica da FAINOR, v. 8, n. 2, 2015.

OLIVEIRA, A. D. S. et al. Atendimento do enfermeiro do serviço de urgência à vítima em parada cardiorrespiratória. Revista Interdisciplinar, v. 6, n. 2, p. 64-74, 2013.

PIRES, M. T. B.; STARLING, S. V. Manual de urgências em pronto socorro. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2006; 746.

30

PILARTE, J. R. et al. História da enfermagem – ciência do cuidar. Revista eletrônica gestão & saúde, v. 5, n. 2, p. 1181-96, abr. 2014.

SAMPAIO, L. A. B. N. Avaliação do processo ensino-aprendizagem da técnica de ressuscitação cardiopulmonar pela equipe de enfermagem. Tese de doutorado. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, 2003.

SILVA, A. B. Suporte avançado de vida e as novas diretrizes da american heart association 2010: um levantamento bibliográfico. Saúde.com, v. 9, n. 1, 2016.

SANTANA, L. S. et al. A equipe multidisciplinar na atenção a pessoa em parada cardiorrespiratória: uma revisão de literatura. Ciência et Praxis, Minas Gerais, v. 7, n. 13, jan. /dez. 2014.

TAVARES, L. F. B. et al. Knowledge of health sciences undergraduate students in objective tests on basic life support. J Hum Growth Dev, v. 25, n. 3, p. 297-306, 2015.

VERPLANCKE, T. et al. Determinants of the quality of basic life support by hospital nurses. Resuscitation, v. 77, n. 1, p. 75-80, 2008.

31

ANEXOS

34

ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

Av. Nossa Sra. da Penha, 2190 - Bela Vista, Vitória - ES, 29027-502

O Sr. (a) está sendo convidado (a) a participar da Pesquisa, sob a responsabilidade

dos pesquisadores, os quais pretendem coletar informações pertinentes a pesquisa

com um questionário. O objetivo do estudo é avaliar o conhecimento dos enfermeiros

da atenção básica sobre o suporte básico de vida.

A sua autorização é voluntária e a recusa em autorizar não acarretará qualquer

penalidade. Os pesquisadores irão tratar a identificação com padrões profissionais de

sigilo. O relato da pesquisa estará à sua disposição quando finalizado. O TCLE não

será liberado sem permissão.

Se a Sr (a) autorizar a realização da pesquisa, estará contribuindo para o aumento de

conhecimento sobre a temática da pesquisa em questão e ao enriquecimento de

informações na Literatura Científica da área de saúde.

A Sr (a) não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração.

Os resultados da pesquisa serão analisados e publicados, a sua identificação não será

divulgada, sendo guardada em sigilo. Para qualquer outra informação, a Sr (a) poderá

entrar em contato com a pesquisadora Bruna Assaf Andrade no endereço Rua José

Teixeira, Bairro Santa Lúcia nº 770, Vitória ES pelo celular (27) 999561015, ou poderá

entrar em contato com a Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia

de Vitória- EMESCAM, Av. Nossa Sra. da Penha, 2190 - Bela Vista, Vitória - ES,

29027-502, telefone: (27) 3334-3500.

CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o

Sr.(a)__________________________, portador(a) da cédula de

identidade__________________________, declara que, após leitura minuciosa do

TCLE, teve oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram

35

devidamente explicadas pelos pesquisadores, ciente dos serviços e procedimentos

aos quais será submetido e, não restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e

explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar

voluntariamente desta pesquisa.

E, por estar de acordo, assina o presente termo.

Vitória-ES, _______ de ________________ de _____

________________________________________________

Assinatura do participante

___________________________________________________

Ou Representante legal

Impressão dactiloscópica

______________________________________________________

Assinatura do Pesquisador

36

ANEXO B – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA COM SERES

HUMANOS

37

38