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COMUNICADO Nº 09/2015
Ata da Realização do XXV Encontro paulistano de Pessoas com Deficiência para publicação.
Ata do XXV Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência, realizado nos dias 8 e 15 de
Agosto de 2015, no Centro de Referência do Idoso – CRECI, Rua Formosa numero 215, Vale do
Anhangabaú, São Paulo, capital.
Aos oito dias do mês de agosto do ano de dois mil e quinze, às 8 horas teve inicio XXV Encontro 1
Paulistano de Pessoas com Deficiência, tendo como tema “Mobilidade Urbana: essa luta 2
também é nossa” realizada no Centro de Referência do Idoso. As nove horas e quarenta e cinco 3
minutos a Senhora Neuza Angueira Jagosich, Mestre de Cerimônias, inicia os trabalhos dando 4
as boas vindas aos presentes e passando algumas informações para os participantes, tais como: 5
o evento conta com recurso de audiodescrição e que as pessoas para acessar este serviço 6
devem se dirigir até a mesa localizada à direita para a retirada dos fones; as pessoas com 7
deficiência auditiva, surdas e surdocegas contam com interpretes de Libras e guia interpretes. 8
Registra alguns agradecimentos como a presença de Anna Beatriz Leite, assessora de Advocacy 9
da APAE de São Paulo e dos interpretes de Libras e guia interpretes que estavam atuando no 10
evento: Edmilson, Rejane, Andrei, Ariane, Ana, Samuel, Eduardo, Silvia, Edgar, Edmilson, Karen, 11
Diane, Sheila, Alessandra e Barbara. A seguir convida para compor a Mesa de Abertura: o Sr. 12
TUCA MUNHOZ, Secretário Adjunto da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e 13
Mobilidade Reduzida, representando o Exmo. Sr. FERNANDO HADDAD, Prefeito de São Paulo e 14
a Ilma. Sra. MARIANNE PINOTTI, Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade 15
Reduzida; o Sr. FLAVIO HENRIQUE DE SOUZA, Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da 16
Pessoa com Deficiência; a Sra. MARIA GORETE CORTEZ DE ASSIS, Presidente Conselho Estadual 17
para Assuntos da Pessoa com Deficiência e o Sr. GILBERTO FRACHETTA, Presidente do 18
Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. O Sr. GILBERTO manifesta quanto a importância 19
do evento e dos avanços que tem sido alcançados em relação às pessoas com deficiência, em 20
especial na área do trabalho e, também, aponta a necessidade do Conselho em buscar 21
parcerias com as demais instituições com o objetivo de envolver e ampliar o nível de 22
conscientização da população em relação aos direitos das pessoas com deficiência. Considera 23
que a penalização nem sempre resolve a violação dos direitos da pessoa com deficiência e o 24
que, geralmente, acontece e que esta acaba tendo efeito contrário. Conclui que efeitos mais 25
positivos poderão ser alcançados se o conselho atuar com foco na educação e na 26
conscientização da população. A Sra. MARIA GORETE registra a importância deste evento para 27
a luta por melhorias para as pessoas com deficiência e sua aplicação nas politicas públicas para 28
o estado. Afirma que os conselhos são um pilar, como um caminho, onde a sociedade civil 29
possa fazer seus devidos apontamentos com vistas a buscar os seus direitos de acessibilidade, 30
em igualdade de condições com as demais pessoas. Os Conselhos tem esta responsabilidade de 31
acolher as demandas da sociedade civil e realizar os encaminhamentos devidos junto às demais 32
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secretarias. Expressa que é preciso estabelecer parceria com o poder público, bem como fazer 33
valer o compromisso: “Nada sobre nós sem nós”. Pois, considera que há muito a se fazer em 34
prol das melhorias necessárias ao convívio com as diferenças, segundo ela este deve ser o 35
nosso compromisso independentemente de sermos, ou não, conselheiros. Expressa que a 36
transformação é possível se todos tiverem compromisso com ela e sugere que é preciso que 37
venham novas pessoas para que possamos inovar. Conclui dizendo que os futuros conselheiros 38
devem ler e se embasar, pois mudança acontece para quem busca o conhecimento. Sr. FLAVIO 39
HENRIQUE DE SOUZA, parabeniza a realização do XXV Encontro Paulistano na maior capital do 40
Brasil, o qual irá discutir o destino e a politica pública voltada para as pessoas com deficiência. 41
Considera que este encontro é fundamental para que possamos fortalecer, ampliar, garantir e 42
buscar o direito das pessoas com deficiência. Considera a cidade de São Paulo como 43
fundamental para que ocorra esta construção a nível nacional. Nesse sentido, ressalta que cada 44
um de nós e dos presentes têm uma grande responsabilidade: escolher e eleger pessoas para 45
compor o Conselho Municipal, sendo que estas pessoas irão discutir a qualidade de vida e a 46
garantia dos direitos da pessoa com deficiência. As pessoas eleitas, no dia a dia do seu 47
mandato, devem construir uma relação de fortalecimento do Conselho de Direito, mas acima 48
de tudo precisam fazer com que as pessoas com deficiência estejam na pauta do dia dos 49
poderes públicos. Este conselho tem uma responsabilidade muito grande no sentido contribuir 50
para que a nível nacional e a nível estadual possamos fortalecer e fazer com que aquelas 51
conquistas de direito da pessoa com deficiência saiam do papel e passem para a prática. 52
Argumenta que não basta apenas eleger os conselheiros também é preciso acompanhar os 53
trabalhos do conselho, no dia a dia. Reafirma é preciso que se leve as demandas para o 54
conselho, sem esquecer que é preciso estabelecer a relação do conselho com o poder publico. 55
Reforça que o conselho deve ter representada a sociedade civil para trazer as suas demandas, 56
mas também o poder público, porque é o poder público quem executa as políticas. O nosso 57
papel deve ser o de cobrar, articular, fiscalizar a politica da pessoa com deficiência junto ao 58
poder público e à sociedade. Esta responsabilidade é do Conselho Nacional, é do Conselho 59
Estadual e é dos Conselhos Municipais. Além disso, não podemos pensar que somos uma ilha, 60
por isso precisamos dialogar com os outros conselhos, com os outros segmentos, enfim com a 61
sociedade como um todo. Afirma: a nossa questão é uma questão de Direito Humano e resgata 62
que no ultimo dia 6 de junho a Presidenta Dilma assinou, sancionou o Estatuto da Pessoa com 63
Deficiência ou LBI, mas alerta que é preciso lembrar que tanto este Estatuto quanto a 64
Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência não nos foi dado de graça. Foi 65
uma conquista do movimento, foi uma conquista da sociedade brasileira. Os candidatos e 66
candidatas tem um desafio muito grande que é fazer com que São Paulo, de fato, seja o 67
exemplo na construção, o exemplo na participação e o exemplo na política pública, porque se o 68
conselho conseguir fazer um trabalho de excelência para as pessoas com deficiência garantindo 69
os seus direitos, com certeza, será exemplo para outras cidades do país. Conclui dizendo que é 70
participando que se consegue construir uma sociedade melhor, mais justa e mais igual. Após a 71
explanação do Sr. Flavio, a Mestre de Cerimônias, registrou e agradeceu a presença do Sr. 72
Carlos Alexandre Campos, Coordenador da Pastoral da Pessoa com Deficiência da Arquidiocese 73
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de São Paulo. A seguir, passa a palavra para o Sr. ANTONIO CARLOS MUNHOZ que salda a 74
todos os presentes e cumprimenta os participantes da mesa. Resgata que na última eleição ele 75
havia participado do encontro como convidado representando a sociedade civil e que hoje é 76
uma experiência muito rica poder estar do lado da gestão publica, do lado do governo. 77
Esclarece que durante a maior parte da sua vida esteve do lado do movimento social das 78
pessoas com deficiência. Relata que esta luta começou há mais ou menos uns 37 anos atrás e 79
que o Gilberto, que hoje ocupa brilhantemente o cargo de Presidente do Conselho, foi um dos 80
pioneiros na luta do movimento de pessoas com deferência. Considera que embora se 81
encontrem em lados opostos, pode-se dizer que se encontram do mesmo lado, tendo em vista 82
defenderem os mesmos interesses, o mesmo segmento social, a mesma população, como é o 83
caso do Conselho e da SMPED. Reconhece que este encontro é bastante significativo, em 84
termos de quantidade de pessoas participando. Declara que nunca viu um encontro como este 85
com tantas pessoas e acredita que as discussões serão de grande qualidade. Esta afirmação tem 86
como base o reconhecimento de que estamos vivenciando uma situação bastante privilegiada 87
do movimento de pessoas com deficiência, em especial por contarmos com a Convenção da 88
ONU, da Lei Brasileira de Inclusão, bem como por estarmos vivenciando uma experiência muito 89
rica, muito significativa que é um governo, da maior cidade da América do Sul, que tem pela 90
primeira vez na história um Plano de Ações Articuladas para Pessoas com Deficiência inspirado 91
no Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Nessa perspectiva considera a 92
riqueza deste encontro por contar com a presença de pessoas que contribuíram com a 93
construção do Plano Nacional, representantes da Pastoral da Pessoa com Deficiência, do 94
Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e, sobretudo, pela politica pública voltada às 95
pessoas com deficiência aqui na cidade de São Paulo. Reforçando o que o Gilberto Frachetta já 96
havia colocado anteriormente, expressa que tanto a Secretaria como o Conselho, estão 97
construindo uma política pública, mas com grande dificuldade. Considera muito difícil construir 98
uma política pública num país em que as pessoas com deficiência foram secularmente 99
marginalizadas, esquecidas e, considerando que a causa da pessoa com deficiência sempre foi 100
varrida para debaixo do tapete social. É muito difícil destruir para construir. Na verdade é o que 101
estamos fazendo, ou seja, destruindo o antigo e, concomitantemente, construindo o novo. Essa 102
construção do novo só será possível com a participação dos presentes. Nós não conseguiremos 103
nada, nem o Gilberto Frachetta, como Presidente do Conselho, nem o Flavio, nem a Gorete sem 104
a participação de todos que estão aqui. Por isso, conclama as pessoas da sociedade civil, do 105
movimento social de pessoas com deficiência, de cada uma das entidades que estão aqui 106
presentes e a cada um dos militantes que estão aqui presentes que se dediquem mais a esta 107
luta. Nesse sentido, reforça aos conselheiros e ao publico presente que a nossa luta, luta de 108
mães e pais e a luta das pessoas com deficiência é a luta por direitos humanos, é a luta por 109
justiça, é a luta por distribuição da riqueza social. Riqueza social que fora construída por todos 110
os brasileiros. A nação brasileira só será forte, só será mais justa quando todas as pessoas com 111
deficiência tiverem acesso à riqueza construída por todos os brasileiros. A Sra. Neuza retoma a 112
palavra, agradece aos participantes da Mesa de Abertura e solicita que a mesa se desfaça para 113
dar prosseguimento a programação do encontro. A seguir deu inicio a temática “Mobilidade 114
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Urbana: essa luta também é nossa” com a palestra “Mobilidade a pé em São Paulo”, proferida 115
pelo Sr. TUCA MUNHOZ, Secretario Adjunto da SMPED, que incialmente esclarece que a 116
apresentação em questão se refere ao resultado do trabalho do Conselho Municipal de 117
Transporte e Trânsito, a qual ele e o Gilberto Frachetta fazem parte. Esta apresentação trata 118
sobre o direito da mobilidade a pé, sobre o andar na cidade de São Paulo com acessibilidade 119
com conforto e segurança. Considera que esta discussão tem se fortalecido muito na cidade de 120
São Paulo, graças à iniciativa do Prefeito Fernando Haddad que tem dado muita ênfase a 121
questão da mobilidade a pé. Esclarece que quando se fala de mobilidade a pé, deslocamento e 122
acessibilidade, está se falando, sobretudo, da apropriação da cidade, do direito à cidade que 123
todas as pessoas têm, com a melhor qualidade possível, inclusive as pessoas com deficiência. 124
Não estamos falando de uma abordagem técnica, mas de uma apropriação politica da cidade. 125
Apropriação enquanto um direito que as pessoas têm de circular, de vivenciar e de usufruir da 126
melhor maneira e com a melhor qualidade possível. Mobilidade a pé e acessibilidade às 127
edificações são condições indissociáveis para o exercício da cidadania e da apropriação da 128
cidade pelas pessoas com deficiência. Calçadas quebradas ou com degraus são uma agressão ao 129
direito de mobilidade das pessoas com deficiência e, também, das pessoas idosas. É uma 130
agressão ao direito de ir e vir. O que acontece quando há uma degradação do espaço social, 131
que não privilegia a mobilidade a pé e a acessibilidade, nós acabamos convivendo de maneira 132
constrangedora com a desumanização do espaço público, com a apropriação do espaço publico 133
pelo automóvel e nos percebemos, cada vez mais, a nossa cidade com uma fatia considerável 134
do orçamento público voltada para privilegiar o deslocamento do automóvel e da mobilidade 135
individual motorizada. Se gasta muito mais com recapeamento das vias públicas e uma quantia 136
muitíssimo menor com o investimento em calçadas. Ainda que tenhamos dado um pequeno 137
passo este ano com investimento em hum milhão de metros quadrados de calçadas, este foi 138
um passo significativo. Foi um grande avanço, mas ainda é muito pouco em comparação a 139
necessidade. Qual é o tamanho do problema? Segundo dados do IBGE (2010) São Paulo têm 140
11,5 milhões de habitantes e 35.000 km de calçadas, sendo que 98% destas são consideradas 141
fora dos padrões. A população e São Paulo realiza 8 milhões de viagens a pé/dia. São 2.700.000 142
pessoas com deficiência. Segundo o estudo do IPEA (2003) ocorrem 100.000 quedas/ano, 143
sendo que cada queda corresponde ao gasto de R$ 2.500 por queda (IPEA, 2003). O preço 144
estimado para a construção de passeios era R$ 200,00/m². Para tornar todas as calçadas 145
acessíveis precisaria ter um investimento de R$ 7 bilhões (estimado Phillip Gold, 2012). É um 146
desejo do governo Fernando Haddad em investir nisso, o que falta é dinheiro. Quando se fala 147
em trânsito se pensa apenas em veiculo, mas não é isso que especifica a legislação. Trânsito se 148
incorpora também ao pedestre é preciso melhorar e ampliar a circulação de pedestres na 149
cidade de São Paulo e, sobretudo, dividir orçamento. É importante que se conheça o que 150
estabelece os Artigos 2º, 3º e 5º da Lei da Politica Nacional de Mobilidade, bem como Artigos 151
5º, 232, 233, 234 e 236 do Plano Diretor Estratégico. Nós temos a CET que cuida da mobilidade 152
motorizada e nós precisamos, urgentemente, de uma instância de gestão pública que cuide da 153
mobilidade a pé. A NBR 9050 (2004) estabelece conceitos e parâmetros para construção da 154
Mobilidade Inclusiva, cujo objetivo é equiparar oportunidades, de maneira que qualquer pessoa 155
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possa usufruir dos espaços públicos e privados. A Lei municipal 14.675/2008 institui o Plano 156
Emergencial de Calçadas para promover obras de reforma e reconstrução de passeios em rotas 157
emergenciais e vias indicadas no Plano. O Decreto 45.904/2005 estabelece padrões e princípios 158
para a construção de passeios. A Lei municipal 15.422/2011 dispõe sobre a construção e 159
manutenção de passeios. Legislação tem a vontade é preciso que se faça cumprir. A gestão das 160
calçadas na cidade de São Paulo se dá pelas subprefeituras, mas isso na prática se subdivide de 161
maneira um tanto bagunçada (ILUMI, SPURBS, CONVIAS, SPOBRAS, CET, empresas privadas). A 162
sugestão é que haja uma centralização da mobilidade do pedestre. O prefeito tem trabalhado 163
bastante nisso com a priorização do transporte coletivo, ciclo faixas, com o investimento em 164
calçadas. Este ano e o ano que vem será o ano das calçadas. Um dos problemas a ser resolvido 165
é como conseguir recursos para isso. A seguir, a Mestre de Cerimônias dando continuidade às 166
atividades convida o Sr. CARLOS ABERTO MORAES DA SILVA, indicado pela Comissão 167
Organizadora do evento para atuar como Presidente da Mesa e a Sra. SILVANA LUCENA DOS 168
SANTOS DRAGO também indicada para atuar como primeira Secretária para compor a Mesa de 169
Coordenação que irá direcionar os trabalhos nesta data. O presidente Sr. Carlos Aberto saúda a 170
todos os participantes do XXV Encontro Paulistano das Pessoas com Deficiência, como já 171
disseram declara não ter na lembrança a realização de um encontro com essa quantidade de 172
participantes. Então as pessoas com deficiência estão de parabéns! Pede uma salva de palmas 173
para todos (organizações dos movimentos, das lideranças que mobilizaram as pessoas) Silvana 174
Drago saúda a todos e informa que estará auxiliando nos trabalhos será a 1ª secretária. O 175
Presidente da Mesa consulta a plenária se existe, dentre os presentes, pessoas interessadas 176
em colaborar com a coordenação da mesa exercendo a função de segundo e terceiro 177
secretários. O Sr. DANIEL DE MORAIS MONTEIRO (DV) se ofereceu por ter conhecimento em 178
braile, o Sr. Carlos Alexandre (DV) também se ofereceu, mas se sente contemplado e indica o 179
Daniel e a Senhora SANDRA RAMALHOSA (pós-pólio) também se oferece para atuar como 180
segundo e terceiro secretários, respectivamente, o que foi aprovado pela plenária. O Sr. Carlos 181
Alberto registra a presença do Sr. Roberto um militante do segmento das pessoas com 182
deficiência, da Bahia, que está em São Paulo para a troca de experiências. Composta a mesa 183
iniciam-se os trabalhos. Primeiramente, o Presidente elogia a fala do Sr. Tuca Munhoz, 184
considerando o assunto tratado muito importante. Reforça dizendo que foi um grande acerto a 185
opção do conselho ao escolher o tema mobilidade urbana para o XXV Encontro Paulistano. 186
Acrescenta que há 30 anos atrás quando se discutia o que deve ser prioridade para as pessoas 187
com deficiência muitos diziam saúde, alguns diziam educação e hoje sabemos que é tudo isso é 188
saúde, é educação, é trabalho, é direito a assistência social, mas, principalmente, o direito de ir 189
e vir, ou seja, a mobilidade na cidade é essencial. Uma fala muito recorrente no nosso 190
segmento é: se eu não consigo ir para o hospital como eu vou lutar para ter equipamentos de 191
saúde ou para que tenha médico. Mobilidade urbana é algo que o segmento abraçou há algum 192
tempo, mas há muito pouco tempo isso tem melhorado. Mesmo nós pessoas com deficiência, 193
muitas vezes, defendemos o automóvel, achamos que as ruas têm que ser dos carros e não das 194
cadeiras de rodas, dos pedestres e não das bicicletas. O Encontro Paulistano tem dois dias para 195
eleger pessoas com deficiência (mulheres e homens) para levar o trabalho nos próximos dois 196
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anos. Hoje é o dia que nós vamos avaliar o que de fato avançamos. O que conseguimos 197
conquistar com as políticas públicas. As pessoas que estão aqui vão levantar prioridades para a 198
gestão do CMPD e também para os conselheiros. A proposta da Mesa é que a avaliação das 199
ações desenvolvidas pelo CMPD se dê na seguinte dinâmica: no primeiro momento o Gilberto 200
Frachetta irá dar a devolutiva, enquanto CMPD e, a seguir os Conselheiros, inclusive o Gilberto, 201
irão expor o trabalho realizado nestes dois anos. Alerta é importante que cada conselheiro dê a 202
devolutiva. Com o objetivo de otimizar o tempo, a fim de garantir a apresentação de todos, a 203
mesa propôs reorganização da programação inicial indicando 30 minutos para a apresentação 204
das atividades do CMPD pelo Sr. Gilberto, enquanto Presidente do Conselho, e 10 minutos para 205
cada Conselheiro. O que foi acordado pelos presentes, sendo que a apresentação do conselho 206
no período da manhã e a apresentação dos conselheiros no período da tarde, após o horário de 207
intervalo para a refeição. Isto posto, o PRESIDENTE DO CMPD realiza a prestação de contas 208
Conselho do período Setembro/2013 a Agosto/2015. Informa que solicitou a todos os 209
conselheiros que enviassem as atividades que eles gostariam de apresentar na prestação de 210
contas, contudo apenas três conselheiros enviaram as atividades. O Conselheiro Daniel, o 211
Conselheiro Carlos Jorge e a Conselheira Camila. O Conselheiro Manoel solicita à mesa questão 212
de esclarecimento, informa que em discorrendo sobre os itens avaliados, iniciando pela 213
Secretaria do Conselho - Composto com três funcionárias: Marlene Moralejo da Costa – 214
Administrativo, a Juelina Nunes (Jô) – Atendimento e a Sheila Souza Silva – Atendimento. 215
Quanto ao Assessoramento Jurídico é oferecido pelo Departamento Jurídico da SMPED. Em 216
relação à Assessoria de Imprensa conta com a própria SMPED e Estagiárias de Jornalismo: 217
Giovana Bellini – 2015 e Tamiris de Souza Versannio – 2014. Setor de Atendimento – É 218
oferecido pela Jô, a Sheila e mais duas estagiárias (Uma de manhã, outra à tarde) Atende todas 219
as áreas: transporte, saúde, educação, violação de direitos, promoção social, acessibilidade, 220
habitação, cultura, informações em geral e encaminhamentos. Plantão de Conselheiros - Os 221
plantões são flexíveis. Antes eram plantões fixos, cada conselheiro fazia o seu plantão O 222
Conselheiro faz seu plantão conforme a necessidade e sua disponibilidade. É de 223
responsabilidade do Conselheiro se inteirar dos atendimentos (demandas) e dar o 224
encaminhamento para cada caso. Em relação aos atendimentos efetuados explicita que foram 225
2.457 atendimentos, sendo 1.256 no período de agosto de 2013 a julho de 2014 e 1.201 226
atendimentos no período de agosto de 2014 a julho de 2015. Considera como problema o 227
transporte para os Conselheiros e expõe que o mesmo não foi disponibilizado, ou seja, 228
transporte Casa-Conselho-Casa, para os conselheiros que não têm acesso com autonomia ao 229
transporte coletivo (Ônibus). Ressalta que estes Conselheiros necessitam de veículo oficial e 230
que este não foi disponibilizado. O transporte foi disponibilizado somente para as reuniões dos 231
Conselheiros, mas com a condição do conselheiro/a ser acompanhado por uma funcionária. 232
Segundo o Sr. Gilberto a SMPED considera os Conselheiros/as pessoas estranhas ao serviço 233
público. Refere, ainda, que a Secretaria se baseia no Decreto 29.431 quando se trata dessa 234
questão. No entanto, manifesta que o entendimento do Conselho é de que a Lei do Conselho 235
diz que a Secretaria deve oferecer infraestrutura e que a mesma está acima do Decreto. Cita 236
uma frase para reflexão “Aos amigos tudo. Aos inimigos a Lei”. Frase atribuída a Getúlio Vargas. 237
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No que se refere aos Materiais e Equipamentos ddoo CCoonnsseellhhoo mmeenncciioonnaa qquuee hhoouuvvee uumm rreeccuurrssoo 238
qquuee vveeiioo do SICONV, órgão do governo, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) e desses cem 239
mil reais foi acordado com a Secretaria que o mesmo seria destinado da seguinte forma: R$ 240
25.000,00 (vinte e cinco mil reais) com material permanente, R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil 241
reais) com material de consumo e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para a realização do Curso 242
de Conselheiros/as, que está programado para ser realizado em outubro. Nova Sede - Por 243
determinação do Prefeito em janeiro foi alugado espaço no andar térreo do edifício onde está a 244
SMPED, por R$ 42.000,00 mensais, para ser a sede do Conselho. Até o momento o sanitário não 245
foi adaptado e as instalações estão por fazer. A Secretaria entrou com processo junto aos 246
órgãos da prefeitura para providenciar as referidas adaptações. Eventos – foram realizados: 247
XXIV Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência – 02/08/2014; Comemoração dos 25º 248
anos do Conselho, em dezembro; XXV Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência – 08 e 249
15/08/2015; III Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência- São Paulo, 30 e 250
31 de maio de 2015 - Tema: Diversidade “Os desafios na implementação da política da pessoa 251
com deficiência: a transversalidade como radicalidade dos direitos humanos”; Feira Reatech – 252
2014 e 2015 - Presença efetiva na divulgação do Conselho e atendimento ao público. Neste 253
momento, o Sr. Gilberto faz interrupção para dar um aviso à plenária sobre o credenciamento, 254
alertando aos presentes que quem não estivesse credenciado não poderia se candidatar e nem 255
votar. O presidente da mesa retoma a palavra e alerta aos presentes que já passava das 12h e, 256
que o credenciamento era até às 12h, então, foi proposta a prorrogação por mais 5 minutos a 257
partir do horário registrado 12h e 9 minutos, sendo que após este horário o credenciamento 258
seria encerrado, o que houve concordância da plenária. Dando prosseguimento a sua 259
apresentação o Sr. Gilberto relatou que a participação, em reuniões mensais, na Associação 260
Brasileira de Normas Técnicas NBR15320, foi muito importante, tendo em vista que esta norma 261
foi revista sendo indicada a eliminação da cadeirinha de transbordo que era utilizada para 262
transportar a pessoa com deficiência. Plenárias Mensais foram realizadas todas as plenárias 263
previstas no Estatuto e 3 plenárias extraordinárias. Também foram realizadas Plenárias 264
Temáticas (Transporte (3), Saúde (2), Habitação (2), Emprego e Trabalho (1), Cultura, Esporte e 265
Lazer(1) Saúde da Mulher e do Homem. A seguir passa a explicitar cada área. Em relação a 266
Saúde foram realizadas 2 Plenárias Temáticas. Houve a participação no Grupo Condutor que 267
está implantando a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. Também participaram da 268
abertura Fórum de Reabilitação no Anhembi – SEDPCD/Lucy Montoro -13/08/14 e de reuniões 269
com Coordenadoria da Pessoa com Deficiência na Secretaria Municipal de Saúde. Mobilidade 270
Urbana – foram realizas de 3 Plenárias Temáticas sobre ônibus, operadores e Serviço Atende. 271
Participarm de reunião com Secretário Municipal de Transporte e presença da SMDHC, SMCS, 272
SMPED; Participação no Conselho Municipal de Transporte e Trânsito, participaram também 273
das pedaladas das pessoas com deficiência pelas ciclovias do centro da cidade, bem como das 274
reuniões da Comissão Permanente de Acessibilidade – CPA. Serviço Atende – Informa que 275
participaram da Comissão para a elaboração da Proposta de Regulamento, a qual organizou 18 276
reuniões. O referido Regulamento foi aprovado com ressalvas (pendências) nas plenárias 277
realizadas nos dias 5 e 19/07/2014. Pode-se considerar como avanços: Horário de 278
8
funcionamento passou de 7h às 17h para 7h às 20h; início Projeto Piloto de Táxi visando o 279
retorno de estudantes às 23h; introdução do serviço de táxi para viagens eventuais; inclusão de 280
vans específicas para autistas e surdocegos. Educação - Foram apresentadas propostas para o 281
Plano Municipal Educação e, também, realizada parceria com os CEFAIS com realização de 282
palestras de capacitação para os profissionais e familiares dos alunos com deficiência. Cultura e 283
Lazer – foram realizados diversos passeios: Museu da Língua Portuguesa Exposição Cazuza - 284
09/02/14; Passeio ao Parque do Carmo - Flor da cerejeira - 09/08/14; Dia das Crianças com 285
esportes e lazer. Inst. Fernando Fernandes. Guarapiranga; Exposição “Arte é Viver” 286
Diversidade. Dia Mundial do Autismo; Exposição sobre Direitos Humanos - Centro Cultural 287
Banco do Brasil; Participação no Circo Marco Frota; Visita ao Museu Brasileiro de 288
Escultura/MUBE; Plenária Temática Cultura, Meio Ambiente e Confraternização no Parque 289
Estadual do Jaraguá;“Da Invisibilidade à Cidadania” Projeção de documentários obre a história 290
de luta das pessoas com deficiência Organizado pela SEDPCD. Local. Teatro Franco Zampari. 291
Emprego e Trabalho – Participação do conselho: na Comissão Municipal de Emprego/SMTE - 292
Reuniões mensais; Lançamento “Meu Novo Mundo” FIESP-SRTE/SP-SESI-SENAI; Seminário 293
“Mercado e Inclusão” – Gestão e Capacitação de Pessoas com Deficiência; Instituto Sócio 294
Cultural Brasil-Alemanha; 23º e 24º Aniversario da Lei de Cotas que foi realizado, 295
respectivamente, na Biblioteca Mário de Andrade e na Praça das Artes; Rede de discussão 296
sobre a inclusão do jovem com deficiência no trabalho e qualificação profissional- ETEC Raposo 297
Tavares - Fórum Regional de Apoio a Inclusão no Trabalho de Pessoas com deficiência - ETEC 298
Raposo Tavares. GT de Entidades - Foram realizadas 21 reuniões. Foram tratados, dentre 299
outros assuntos o Regulamento do Serviço Atende como por exemplo a inclusão do autista e 300
surdocego neste serviço. Grupo de Mães - criado com a finalidade de promover o dialogo no 301
que se refere a situação da mãe que tem na família pessoa com deficiência e, também, a mãe 302
enquanto cuidadora. Esclarece que aconteceu uma reunião em agosto, sendo prevista uma 303
outra para o mês de setembro. Atividades com o Prefeito - Participação em: evento com o 304
Prefeito Fernando Haddad e representantes dos Deficientes Visuais (Laramara, Entidade de 305
Cegos do Brasil, Fundação Dorina Nowil); Audiência em 18/08/2014, onde foram tratados 306
vários assuntos, incluindo o Transporte para Conselheiros e a Nova Sede para o Conselho; 307
Assinatura do PL que altera a Lei 13.398 que trata do ingresso de pessoas com deficiência no 308
serviço público; Lançamento do aplicativo “ESSENTIAL Accessibility”. Secretaria Municipal da 309
Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED – Foram desenvolvidas atividades 310
como: reuniões regulares a partir de Outubro/2014; Curso de Capacitação de Conselheiros/as; 311
Disponibilização de infra-estrutura para os eventos do Conselho e ressalta que neste aspecto 312
reconhece que tem que elogiar a SMPED, pois nos eventos do Conselho sempre foi assegurado, 313
o guia-interprete, o interprete de Libras, os lanches - que foi uma reivindicação do Conselho nas 314
plenárias, e isso foi feito. Neste aspecto, considera que a SMPED correspondeu plenamente e 315
que, no geral, o Conselho foi muito bem atendido, mas alega que faltou empenho para 316
solucionar o transporte para os conselheiros/as. Esclarece que a secretaria se posiciona dizendo 317
que existem problemas legais, porém considera que a secretaria poderia se empenhar um 318
pouco mais para resolver esta questão, entretanto acredita que a SMPED vai resolver esse 319
9
problema. Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania – SMDHC – Foi formada 320
parceria para o atendimento de pessoas em vulnerabilidade social e violação de direitos. 321
Judiciário. Foram realizadas atividades: participação em reuniões na Defensoria Pública; 322
inauguração da unidade de Atendimento da Capital, Rua Boa Vista, 150; reunião na Defensoria 323
Pública com Dra. Renata Tibiryça sobre atendimento às pessoas com deficiência auditiva e 324
surdocegos; encaminhamento de demandas sobre saúde e educação; audiências no Ministério 325
Público com o Promotor Francisco Antonio Gnipper Cirillo, com o Dr. Julio Botelho sobre TAC da 326
Educação no CEAPcD. Outras participações: CONADE (Encontro Regional Sudeste). 327
Apresentação de propostas - Maio/2014. 1ª vídeo Conferência realizada através da internet 328
sobre a Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência, a qual o Daniel participou e 329
entrevistas na Rádio Capital e na TV Câmara – CMS. Atividades Programadas Programa Trajeto 330
Acessível - é uma política pública de mobilidade urbana que tem por finalidade propiciar 331
acessibilidade às pessoas com deficiência para o exercício de suas atividades da vida prática 332
voltado à promoção do exercício pleno dos direitos das pessoas com deficiência. A posição do 333
Conselho é que este Projeto entre como critério para definição dos programas do prefeito. 334
Projeto de Lei que reestrutura o Conselho - Foi elaborada minuta de Projeto de Lei propondo: 335
composição do Conselho: 10 pessoas com deficiência, 5 governo, e associações; plenárias 336
bimensais e criação de Núcleos nas Subprefeituras. Ressalta que o Projeto de Lei foi apreciado e 337
aprovado nas Plenárias do Conselho. Comissão de Apuração – Relembra que em outubro do 338
ano passado foi encaminhado ao Conselho 12 considerandos. Informa que em novembro 339
respondeu os doze considerandos, considera que não havia procedência, era mais fruto de 340
boatos e inverdades do que propriamente verdades. Informa que um dos considerandos 341
precisaria ser apurado, tendo em vista a afirmação de que o presidente do conselho estava 342
forçando as funcionárias a trabalharem nos finais de semana e que havia más condições de 343
trabalho. Por isso, foi encaminhado oficio à Secretária solicitando que fosse feita averiguação. 344
Em 7 de março, deste ano, foi constituída Comissão de Apuração que concluiu os trabalhos no 345
dia 6 de junho. Informa que no dia anterior encaminhou pedido à Secretária solicitando, se 346
possível, que apresentasse o resultado desta apuração, pois acredita que as pessoas que 347
participam deste encontro tem o direito de saber. Informa ainda, que entrou em contato com o 348
jurídico da SMPED, sendo informado que estão concluindo os trabalhos, mas que ainda 349
depende de algumas coisas. Realiza agradecimentos: às funcionárias do Conselho (Marlene, Jô, 350
Sheila) a estagiaria Aparecida; aos Conselheiros (Daniel, Valdecir, Fernando, Luciene, Camila); a 351
SMPED (Silvana, Neuza, Meire, Marcia, Moacyr, Alessandro, Geovana e, tantos outros) e, 352
também, a todos os presentes que participaram nas plenárias e que trouxeram críticas e 353
propostas para melhorar a atuação do Conselho. A mesa informa aos presentes que os 354
trabalhos do período da manhã estavam encerrados e que os mesmos serão retomados às 13h 355
e 35 minutos, o que houve concordância da plenária. A mesa de coordenação retoma os 356
trabalhos no período da tarde às 13h e 40 minutos. Neste momento, a Coordenação da Mesa 357
consulta a plenária quanto à possibilidade de reorganização da programação, tendo em vista o 358
adiantado da hora e a necessidade de assegurar a apresentação dos conselheiros titulares e 359
suplentes. Nesse sentido, o Presidente da Mesa sugeri que o tempo destinado a apresentação 360
10
dos conselheiros seja distribuído de modo a assegurar a apresentação de todos os conselheiros 361
(titulares e suplentes), ou seja, 5 minutos para cada conselheiro, o que houve concordância dos 362
presentes. A apresentação dos Conselheiros procede na seguinte ordem: Daniel Monteiro - 363
(Deficiência Visual) Destaca que foram realizadas as seguintes atividades: 50 atendimentos, 364
sendo a maioria deles voltados para a área jurídica, com destaque para assuntos de natureza 365
previdenciária e de acesso ao benefício LOAS; atendimento do idoso; acesso ao cão guia; 366
concurso público; atuação como coordenador no GT; organização de pauta ampliada no Pico do 367
Jaraguá com o intuito de serem trazidas para o encontro paulistano; atuação junto ao CONADE; 368
encontro regional da região sudeste; conferência municipal de São Paulo; ministrou palestra 369
para assistentes sociais sobre os aspectos previdenciários das pessoas com deficiência. 370
Fernando Batista Santana - (Deficiência Visual) – Na área de Cultura Esporte e Lazer pode-se 371
afirmar que ocorreram avanços importantes nesta gestão, o que em gestões anteriores não foi 372
considerado. Ressalta a importância das propostas elaboradas no encontro do Pico do Jaraguá. 373
Carlos Jorge Wildhagen Rodrigues - (Deficiência Auditiva) Relata que é surdocego e 374
conselheiro há 4 anos. Participou das seguintes atividades: reuniões do Conselho Municipal de 375
Pessoa com Deficiência na luta pelos direitos dos surdocegos; pré conferência da saúde no 376
Jabaquara e no Anhembi; curso para conselheiros; reuniões no Grajaú, Butantã, Círculo Militar 377
e participou de encontros de pessoas com deficiência. Camila Indalescio Pereira - (Deficiência 378
Auditiva)- Informa que participou: das reuniões (Coordenação e SMPED), do show do Marcos 379
Frota e das Conferências da Saúde. Manoel Bonfim Barros - (Deficiência Física) Esclarece que 380
atua no GT da Habitação e informa as propostas desenvolvidas: acompanhamento em relação à 381
demora de entrega de moradia (22 atendimentos); ações sobre novo cadastro (13 382
atendimentos); integração de posse (21 atendimentos); financiamento (14 atendimentos); 383
parceria social (2 atendimentos), no total 62 atendimentos. Relata que nunca antes neste 384
conselho foram discutidas políticas públicas sobre habitação. Gilberto Frachetta - (Deficiência 385
Física) Esclarece que gostaria de registrar que neste momento vai se apresentar enquanto 386
conselheiro representando a deficiência física e, também, informa que no dia anterior a Fátima 387
tentou encaixar no Atende muitos inscritos que pediram transporte e ela comunicou que não 388
seria possível. Então, houve a ideia, se por um acaso o Serviço Atende disponibilizasse peruas, 389
se estas pessoas poderiam ser contatadas para que elas viessem para o evento com os plenos 390
direitos delas. Informa que só está transmitindo o que foi pensado no Conselho. Isto posto, 391
prossegue com a sua apresentação. Como presidente é responsável pela coordenação dos 392
trabalhos e da secretaria do Conselho; Grupo de Apoio a Deficiência Intelectual; Projeto Trajeto 393
Acessível. Anderson dos Santos - (Deficiência Intelectual) Inicia a sua fala fazendo uma 394
colocação a mesa que ele teria 10 minutos para se pronunciar, tendo em vista ele não ter 395
suplente. O presidente da Mesa apresentou a questão à plenária para que a mesma se 396
pronunciasse e por 27 votos a favor de se pronunciar por 10 minutos e 33 votos para se 397
pronunciar em 5 minutos, a plenária decidiu que o Sr. Anderson falasse por 5 minutos, como os 398
demais. Enquanto os votos estavam sendo contabilizados, também foi informado pela Sra. 399
Silvana o número oficial de pessoas votantes, ou seja, 291 pessoas. O Sr. Anderson relata que 400
teve um trabalho bem assíduo, pois fiscalizaram diversas regiões de São Paulo na questão da 401
11
acessibilidade, onde não havia rampa. Fizeram ofícios e muitos atenderam. Conseguiram até 402
cardápio em braile nos restaurantes. Entrevistas para a faculdade (TCC). Foram registrados 55 403
atendimentos, dentre estes uma media de 30 foram contemplados e as pessoas foram 404
solidárias. Maria de Fátima Silva Lima - (Deficiência Múltipla) relata que suas ações eram 405
direcionadas à acessibilidade no transporte e, para isso, participou de várias comissões 406
relacionadas à questão da acessibilidade. Luciene Ferreira de Sousa - (Deficiência Física) 407
explana que atuou na área de Esporte, Cultura e Lazer, foram realizados muitos passeios 408
(museus). Neste momento foi dado um informe pela Sra. Neuza, a pedido do Sr. Gilberto, que 409
quanto àquela colocação feita, anteriormente, sobre a necessidade de vans para os inscritos 410
que não conseguiram o serviço atende, foi informado que não precisa mais porque a Fatima foi 411
informada que não existem vans disponíveis. Odete Jacinto Cavalcante - (Deficiência Física) 412
Declara que não fez nada e atribui isso a dificuldade de se locomover da sua casa para o 413
Conselho, tendo em vista não ter sido disponibilizado veículo da secretaria para transportá-la. 414
Todos os Conselheiros fizeram as suas considerações e apresentaram as atividades 415
desenvolvidas, com exceção da Sra. VALDECIR PASQUAL, que justificou sua ausência por não 416
estar se sentindo bem e a Sra. MARLY DOS SANTOS que se posiciona não querendo se 417
pronunciar. O Presidente da Mesa sugere, então, que sejam discutidas e levantadas propostas 418
indicativas para a próxima gestão do CMPD, a qual obteve a aprovação da plenária. Nesse 419
sentido, abre-se a inscrição para aqueles que desejassem fazer uso da palavra. ERICI SOARES, 420
deficiente visual com baixa visão, sugere que a questão da acessibilidade seja um ponto 421
importante para a próxima gestão e, considera, que os conselheiros devem discutir 422
antecipadamente e de forma ética as questões particulares do Conselho. GALDINO, ex-423
conselheiro/ex-presidente, discorda, parcialmente, da fala anterior e salienta que as pessoas 424
presentes no encontro precisam saber o que foi feito pelo Conselho e, também, conhecer o 425
trabalho do conselheiro, inclusive da “roupa suja” e considera que a critica é sempre 426
construtiva. Participante não informou o nome considera que os novos conselheiros melhorem 427
o que estão fazendo, que não é possível negociar propostas para ter acessibilidade, isso não 428
deve ser concebido, como recorrer à reportagem para conseguir a acessibilidade e solicita que 429
os novos conselheiros tenham pulso firme para que se faça cumprir a Lei. ROBERTO, 430
representante de Feira de Santana - Bahia informa que as pessoas com deficiência criaram um 431
Núcleo Especial junto ao Ministério Público Estadual, o qual auxilia a promotoria nas questões 432
relativas aos direitos da pessoa com deficiência. Sugere que o mesmo seja feito na cidade de 433
São Paulo. EDNILSON, (Laramara) quanto à mobilidade urbana considera que é preciso que se 434
questione e assegure o respeito ao próximo, pois a mobilidade ao transporte, a calçada, a falta 435
de sinalização também é um problema. O transporte em ônibus tende a piorar com apenas o 436
motorista que não tem condição de atender as pessoas com deficiência, outro aspecto se 437
refere ao ônibus com letreiro colorido e piscante também dificulta, é preciso resolver estas 438
questões. Cecilia Aoka (Laramara) em relação à mobilidade urbana foi construído documento 439
com sugestões entregues ao CMPD e a SMPED e indica que o mesmo deva ser considerado na 440
próxima gestão. CARLOS ALEXANDRE ressalta que as pessoas que desejam atuar no CMPD 441
tenham claro que representam todas as pessoas com deficiência e não o lado pessoal e que 442
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sempre lembrem “Nada sobre nós sem nós”. SILVIA participa das plenárias há um ano, sugere 443
que o CMPD abra um portal e que seja alimentado regularmente com o andamento dos 444
trabalhos. Quanto ao trabalho realizado pelos GTs, apresentado na plenária, acredita que fica 445
difícil avaliar o trabalho dos conselheiros com uma apresentação de 5 minutos. É difícil 446
conhecer as condições reais do conselho e dos conselheiros. Sugere que nas próximas 447
apresentações, os conselheiros ou candidatos a conselheiros, apresentem um documento que 448
explicite as diretrizes e as ações que pretendem realizar. MARCIA NÓRCIA participa do 449
conselho desde 2012, sugere que as questões relativas às calçadas, faixas de travessia poderão 450
ser melhoradas se estas questões forem tratadas a partir de organização de núcleo do conselho 451
nos bairros, assim o CMPD conseguirá fazer estudos das reais necessidades dos munícipes e, 452
assim, conseguir avançar. A descentralização do Conselho será uma ação assertiva. Resume que 453
sua sugestão se refere à outra organização do conselho e a mobilidade urbana. GEISA, 454
deficiente visual total, registra o seu protesto em relação às pessoas presentes no plenário que 455
não estão interessadas com a questão da eleição deveriam ser convidadas a se retirar, porque o 456
nível de conversa atrapalha as pessoas que querem participar e considera isso uma falta de 457
respeito com os presentes. RIVALDO, ex-conselheiro municipal, considera que o problema da 458
mobilidade urbana deve ter continuidade na próxima gestão, principalmente, no que se refere 459
aos problemas relativos ao transporte, insumos, cadeira de rodas, educação, acessibilidade nas 460
escolas. DANIEL relata que participou do GT Cultura, Esporte e Lazer e que este GT organizou 5 461
propostas, as quais sugere que sejam levadas ao conselho e anexadas a ata do Encontro 462
Paulistano como propostas para a nova gestão. FERNANDO informa que irá acontecer a 463
Conferência Municipal da Juventude e que os jovens com deficiência deveriam participar e 464
propõe à próxima gestão do conselho que pense na juventude como forma para avançar a 465
participação no CMPD. CARLOS ALBERTO apresenta duas propostas: residências inclusivas, 466
justiça que a qualidade de vida melhorou, por isso estamos vivendo mais e muitas pessoas com 467
deficiência não tem família. As residências inclusivas podem acolher essas pessoas para que 468
elas tenham vida autônoma (Sandra vai trazer a proposta) e, em segundo lugar, a questão da 469
distribuição de prótese e órtese que tem demorado muito. O CMPD precisa intervir para 470
diminuir o tempo de recebimento. Outro aspecto, que merece atenção se relaciona qualidade 471
das fraldas distribuídas, chega a ser indigno. ANGELICA, deficiência visual com baixa visão, 472
deseja êxito e sucesso para a próxima gestão. Expressa que é importante que se de 473
continuidade aos trabalhos realizados, bem como que se busque unidade maior de todos os 474
segmentos da pessoa com deficiência. É preciso fazer mapeamento para saber onde estão as 475
pessoas com deficiência e trazê-las para o CMPD. ARIANE é guia interprete parabeniza o 476
encontro e considera que em São Paulo é um dos únicos lugares que os surdocegos são mais 477
representados. É preciso maior comunicação com as entidades que atendem esse segmento. 478
Considera importante verificar o material de apoio (CD+braile) que deve ser oferecido às 479
pessoas surdocegas. SANDRO denuncia os buracos nas calçadas e nas ruas da cidade, isto é, a 480
falta de acessibilidade. MARCIA NORCIA sugere que o Conselho realize o planejamento das 481
ações e que tenha um olhar para a gestão construindo plano de metas com ações, objetivos e 482
tempos estabelecidos para que estas ações sejam avaliadas. Deve-se seguir o modelo de gestão 483
13
de administração pública. Rivaldo solicita que se acrescente às propostas da Silvia e da Marcia a 484
organização de Comissão para acompanhar as propostas aprovadas na III Conferencia 485
Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Finalizada a apresentação das propostas às 486
16h foi dirigida à mesa uma questão de esclarecimento referente à possibilidade de uma 487
pessoa inscrita para participar da eleição de conselheiro não estar presente no momento da 488
eleição. O Presidente comunica à plenária que a Comissão Organizadora do evento iria se reunir 489
para tirar uma posição. Após a reunião dos membros da Comissão a Presidente Sra. Marly 490
comunica a posição da comissão como favorável à inscrição e que a pessoa pode concorrer, 491
desde que entregue solicitação assinada ao CMPD até sexta-feira, dia 14 de agosto, às 18h. 492
Alerta que a justificativa será apreciada pela Comissão Organizadora e se considerada justa, a 493
mesma será apresentada e a pessoa poderá entrar no processo eletivo. As 16h15minutos foram 494
encerradas as inscrições e o Presidente da Mesa solicita a atenção de todos para a 495
apresentação dos candidatos e candidatas para ocupar a vaga de conselheiro no biênio 2015 a 496
2017. Esclarece que, naquele momento, as pessoas se fariam conhecer para os eleitores, tendo 497
em vista que no dia 15 todos os candidatos poderão se apresentar e, também, as suas 498
propostas. São 29 candidatos. O Sr. Gilberto solicita uma questão de encaminhamento: ao que 499
parece, diz ele, hoje é só apresentação dos candidatos e não os candidatos se apresentarem, 500
ou seja, as pessoas conhecem os candidatos e no próximo sábado de manhã, aí sim, os 501
candidatos apresentam suas propostas. O Presidente da Mesa responde dizendo que esta havia 502
sido a compreensão da mesa. Neste momento, o Sr. Orosco comunica a mesa que alguns 503
candidatos não estariam ali porque precisaram ir embora por conta de cuidar dos seus filhos. A 504
seguir a Sra. Silvana faz a leitura dos nomes dos candidatos e as respectivas vagas que irão 505
disputar no próximo dia 15 de agosto: Rivaldo Aparecido Pereira (vaga Livre), Camila Indalecio 506
Pereira (vaga Livre), Manoel Bonfim Barros (vaga Livre), Anderson dos Santos (vaga Livre), 507
Clarice Kammer Patrício (vaga Livre), Silvia Souza Santos (vaga Livre), Marcia Norcia (vaga Livre), 508
Sandra Ramalho (vaga Livre), Maria Cleidemar Queiroz da Cruz (vaga Livre), Carlos Alexandre 509
Campos (vaga Livre), Edgard Silva Netto (vaga Livre), Maria de Fátima representando Viviane 510
Aparecida de Lima (vaga Livre), Gersonita Pereira de Souza representando Larissa Pereira (vaga 511
deficiência múltipla), Marlene Pessoa representando João Batista H. de Abreu (vaga 512
deficiência múltipla), Iraci Nunes Moreira representando Sara Nunes Moreira ( vaga deficiência 513
múltipla), Ana Claudia Domingues (vaga deficiência visual); Eulália Alves Cordeiro (vaga 514
deficiência visual); Andréia Maia dos Santos (vaga deficiência física);Rosemeire C. de Oliveira 515
(vaga deficiência física); Gilberto Frachetta (vaga deficiência física); Sandra dos Santos Reis 516
(vaga deficiência física); Claudio Serra Meneses (vaga deficiência auditiva); Claudia Sophia I. 517
Pereira (vaga deficiência auditiva); Camilla Rocha do Vale (vaga deficiência intelectual); Leonilda 518
Pereira da Silva Freitas representando Murilo Pereira da Silva Freitas (vaga livre); Silvana Souza 519
do Nascimento representando Alan Souza do Nascimento (vaga deficiência intelectual); Tatiane 520
P. da Costa representando Lucas Daniel da Costa Chagas (vaga deficiência intelectual); Lucilene 521
Soares representando Suelen Soares de Camargo (vaga deficiência intelectual) e Antonio 522
Marcos Menezes Ramos (vaga deficiência intelectual). A ficha do Antonio Marcos Menezes 523
Ramos foi anulada, tendo em vista o mesmo não estar inscrito no evento. O presidente da 524
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Mesa Sr. Carlos Alberto e a Secretaria Silvana parabenizaram os candidatos e desejam boa sorte 525
a todos. O Presidente da Mesa solicita uma salva de palmas para esses homens e mulheres com 526
deficiência que tiveram a coragem de se candidatar, deseja boa sorte para todos os candidatos 527
e para todos nós e que o voto decida, na semana que vem, quem serão os conselheiros do 528
próximo biênio. Boa tarde para todos e até a semana que vem! Faz um alerta a todos que não 529
esqueçam de trazer o crachá vermelho, pois sem o crachá não receberá a cédula de voto. 530
Reforça: Tragam o crachá vermelho no dia 15. E finalizando, o Presidente agradece a presença 531
de todos e deu por encerrado os trabalhos do dia. 532
Aos 15 dias do mês de agosto do ano de dois mil e quinze, às 10 horas e 15 minutos teve início 533
a reabertura dos trabalhos do XXV Encontro Paulistano de Pessoas com Deficiência, tendo 534
como tema “Mobilidade Urbana: essa luta também é nossa” realizada no Centro de Referência 535
do Idoso. A Senhora Neuza Angueira Jagosich, Mestre de Cerimônias, inicia os trabalhos dando 536
as boas vindas aos presentes e passando algumas informações, tais como: o evento conta com 537
recurso de audiodescrição e orienta para acessar este serviço as pessoas devem se dirigir até a 538
mesa localizada à direita para a retirada dos fones com a Sra. Paula; as pessoas com deficiência 539
auditiva, surdas e surdocegas contam com intérpretes de Libras e guia intérpretes. Registra 540
alguns agradecimentos aos intérpretes de Libras e guia-intérpretes que estavam atuando no 541
evento: Rafael, Barbara, Silvia, Elza, Bene, Rejane, Ariane, Ana, Samuel, Eduardo, Edgar, Karen, 542
Diane, Sheila, Alessandra. A seguir anuncia a composição da Mesa de Coordenação com o Sr. 543
CARLOS ABERTO MORAES DA SILVA, Presidente da Mesa, a Sra. SILVANA LUCENA DOS 544
SANTOS DRAGO, primeira Secretária e o Sr. DANIEL MONTEIRO, segundo Secretário. O 545
Presidente da Mesa informa à plenária que a Sra. SANDRA RAMALHOSO não irá exercer a 546
função de terceira Secretária, tendo em vista a mesma ter se candidatado para a vaga de 547
conselheira. Sr. CARLOS ALBERTO alerta sobre a importância desse dia, pois é o dia da eleição 548
dos sete conselheiros titulares e seus suplentes que irão atuar junto com todos os cidadãos 549
com deficiência nos próximos dois anos, a partir do dia 1 de setembro. E como primeiro ato 550
para organização destas eleições se faz necessário eleger a Comissão Eleitoral que irá organizar 551
e acompanhar o processo eleitoral. O Presidente da Mesa prossegue consultando a plenária 552
quanto ao interesse dos presentes em fazer parte da Comissão Eleitoral, lembrando que uma 553
das pessoas que irá compor esta comissão deve ter conhecimento em braile e, acrescenta que, 554
se possível, tenha representação de cada uma das áreas da deficiência. Dentre os presentes se 555
indicaram ou foram indicados: Neuza Angueira Jagosich, Bernadete de Araujo Carney, Petrúcio 556
Ramos, Galdino de Oliveira Teixeira, Marco Antônio de Melo e Glauce Lusia Paula Teixeira. O Sr. 557
Carlos Perl fez a sua indicação, inicialmente, porém retirou o seu nome. A Sra. SILVANA DRAGO 558
informa a função desta Comissão, ou seja, acompanhar o processo eleitoral e garantir a lisura 559
de todo o processo, inclusive assegurando que naquele espaço não ocorram propaganda ou 560
divulgação de candidatos, enquanto estiver em processo de eleição. A Comissão Eleitoral, 561
prossegue, acompanhará todo o processo eleitoral e fará a apuração dos votos, bem como irá 562
apresentar o resultado final das eleições, divulgando os nomes dos 7 (sete) titulares e 7 (sete) 563
suplentes que irão atuar como conselheiros no biênio 2015/2017 e concluirá com a 564
apresentação de relatório contendo os respectivos votos (válidos, brancos e nulos) de cada um 565
dos candidatos . A Sra. SILAVANA DRAGO convida as pessoas indicadas que venham à frente 566
para que todos conheçam a Comissão Eleitoral, a qual deverá escolher um presidente e uma 567
secretaria. Neste momento passa à mão da Comissão Eleitoral as cédulas para a eleição (tipo 568
ampliado, tinta e braile) para que as mesmas sejam conferidas e rubricadas. A seguir passa 569
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outras informações, tais como: número oficial de votantes e orientações para as apresentações 570
de Moções, conforme segue. A lista oficial de votantes é de 273 (duzentos e setenta e três). 571
Orientação sobre as Moções condições de apresentação: 1) Somente os participantes com 572
direito a voto poderão apresentar moções; 2) O conteúdo das moções deverá se restringir, 573
única e exclusivamente, às questões relacionadas com os direitos e as reivindicações das 574
pessoas com deficiência e sobre as questões relacionadas à organização dos trabalhos; 3) As 575
moções deverão ser por escrito, no máximo de 15 linhas, e serem subscritas por, no mínimo, 576
10% do número de participantes credenciados; 4) A Comissão Organizadora agrupará em 577
separado as moções que não estão de acordo com os critérios estabelecidos neste artigo. Estas 578
moções não serão lidas, mas somente anunciadas com o motivo da rejeição; 5) A moção não 579
poderá citar nominalmente qualquer participante do XXV Encontro Paulistano, nem conter 580
ofensas pessoais. 6) A leitura, apreciação e votação das moções será no final do Encontro; 7) A 581
moção deverá ser feita em formulário fornecido pela Comissão Organizadora; 8) A moção 582
deverá ser entregue à Comissão Organizadora até às 15h. A mesa identifica problema no som, 583
pois da metade até o fundo do auditório as pessoas não estavam conseguindo ouvir. Foi 584
solicitado, neste momento, que o técnico responsável pelo som resolvesse o problema, tendo 585
em vista o prejuízo para o prosseguimento dos trabalhos. As 10h54 minutos a mesa retoma os 586
trabalhos e consulta a plenária quanto à alteração do regulamento do evento. A mesa consulta 587
a plenária quanto à possibilidade de acordo em relação à prorrogação do tempo para a 588
apresentação dos candidatos, considerando a impossibilidade de cumprir o previsto na 589
programação inicial, ou seja, da votação ter que começar às 13h, tendo em vista os problemas 590
técnicos ocorridos com o som o que atrasou o início dos trabalhos. A plenária foi consultada se 591
haveria acordo e se a mesma compreendia que a alteração não iria acarretar em algum 592
problema legal. Os presentes não se pronunciaram contrários à proposta o que foi entendido 593
pela mesa que houve concordância de todos. Isto posto, o Presidente da Mesa fez a leitura dos 594
nomes dos candidatos a Conselheiros e suas respectivas vagas para o biênio 2015/2017. 595
Deficiência Auditiva (2) - Cláudia Sophia I. Pereira e Cláudio Serra Meneses; Deficiência Física (4) 596
- Andréia Maia, Gilberto, Rosemeire C. de Oliveira e Sandra Reis; Deficiência Visual (2) - Ana 597
Cláudia Domingues e Eulália Alves Cordeiro; Deficiência Intelectual (4) - Alan Souza do 598
Nascimento representado p/ Silvana Souza do Nascimento, Camila Rocha Vale, Lucas Daniel da 599
Costa Chagas representado p/Tatiane P. da Costa e Suelen Soares de Camargo representado 600
p/Lucilene Soares; Deficiência Múltipla (3) - Larissa Pereira representada p/Gersonita Pereira de 601
Souza, João Batista H. de Abreu representado p/ Marilene P. H. de Abreu e Sara Nunes Moreira 602
representada p/ Iraci Nunes Moreira; Vagas Livres (12) Anderson da Acessibilidade, Camila 603
Indalecio Pereira, Carlos Alexandre Campos, Clarice Kammer Perl, Edgard Silva Netto, Manoel, 604
Márcia Nórcia, Maria Cleidemar Queiroz da Cruz, Murilo P. da Silva Freitas representado p/ 605
Leonilda P. Silva Freitas, Rivaldo Aparecido Pereira, Sandra Ramalhoso, Sílvia Souza Santos, 606
Viviane Aparecida de Lima representada p/ Maria de Fátima. Após a leitura dos nomes dos 607
candidatos e suas respectivas vagas a Mesa Coordenadora registra a presença do Vereador 608
Toninho Vespoli. Com o objetivo de assegurar que os presentes pudessem acompanhar o 609
tempo destinado a apresentação de cada um dos candidatos (5 minutos), foi colocado no telão 610
um cronômetro para que todos acompanhassem o controle do tempo. A primeira a se 611
pronunciar foi Maria de Fatima, tendo em vista a mesma ter apresentado a Comissão 612
Organizadora mensagem, encaminhada ao Conselho via e-mail, no dia 14 de agosto, declinando 613
da sua candidatura. A seguir foram apresentados os demais participantes, seguindo 614
rigorosamente, a relação nominal dos candidatos e respectivas vagas conforme organização da 615
cédula de eleição. Os candidatos apresentaram suas propostas, as quais foram abertas ao 616
16
debate. Segue a apresentação dos candidatos pela ordem: Sra. MARIA DE FÁTIMA se apresenta 617
como conselheira da atual gestão, atuando na área de transporte e acessibilidade. Tem 43 anos 618
é casada, portadora do ELA, diagnosticada há 12 anos com deficiência física e é mãe da Viviane 619
Aparecida de Lima que tem 22 anos. Viviane foi vítima de atropelamento aos sete anos, 620
apresenta deficiência múltipla, sendo totalmente dependente de sua mãe Maria de Fatima para 621
todas as atividades da vida diária. Esclarece que participa do CMPD há 11 anos e que exerce 622
militância no segmento das pessoas com deficiência, bem como atua como delegada no 623
orçamento participativo de São Paulo. Além disso, também atuou como: conselheira da 624
unidade UBS Parque Anhanguera e PSF Morro Doce; conselheira (suplente) no Conselho 625
Municipal de Saúde; eleita delegada na Conferência Municipal de Saúde; conselheira gestora na 626
supervisão do Céu Perus/ Pirituba em 2008 em parceria com um Grupo Paz (fundando o 627
Instituto IPDA - Instituto das Pessoas com Deficiência do Anhanguera), sendo atualmente sua 628
presidente. Atuou como conselheira do CMPD no período de 2007 a 2009 e reeleita para atuar 629
no período de 2009 a 2011. Sua atuação como Conselheira envolveu na discussão de diferentes 630
temáticas, tais como: acessibilidade, transporte e saúde. Sua participação esta focada na defesa 631
de todas as pessoas, independentemente do tipo de deficiência. Finaliza comunicando, com 632
pesar, a todos os presentes, que por motivo alheio sua vontade retira a sua candidatura a vaga 633
de conselheira referente ao biênio 2015/2017 como representante da Viviane Aparecida de 634
Lima. Encerra suas palavras agradecendo a todos e se disponibilizando para auxiliar no que for 635
necessário, bem como deseja a todos os candidatos boa sorte e que os mesmos venham somar. 636
Deus abençoe, a luta é sua, é minha, é nossa, e como diz os amigos, todos juntos e misturados. 637
(sic) CLAUDIA SOFIA se apresenta como candidata representando o segmento da surdocegueira 638
na vaga de deficiente auditivo. Esclarece que seu objetivo é trabalhar atuando em equipe em 639
beneficio de todas as pessoas com deficiência, ou seja, em favor da melhora da acessibilidade e 640
de outros aspectos que assegurem as necessidades das pessoas com deficiência. Quanto a sua 641
atuação informa: atua como conselheira estadual da saúde; participa da Rede Internacional da 642
Pessoa com Deficiência e suas famílias que tem atuação nos conselhos gestores, tanto no Brasil, 643
quanto em países da América Latina. Além destas atuações, também foi conselheira suplente 644
do CMPD. Conclui reforçando que pretende trabalhar no CMPD para que todos tenham uma 645
melhor qualidade de vida e um futuro melhor. CLAUDIO inicia sua explanação desejando um 646
bom dia a todos e apresentando o seu sinal. Expõe que deseja ser conselheiro porque deseja 647
contribuir para melhorar as condições das pessoas com deficiência auditiva, deficiência física, 648
enfim, de todas as pessoas que apresentem algum tipo de deficiência. Informa que está 649
cursando Direito, pois pretende obter através do estudo mais conhecimento e, assim, 650
contribuir com a causa da pessoa com deficiência. ANDREIA cumprimenta os presentes e 651
esclarece que é deficiente física (cadeirante), há oito anos. Seu objetivo em ser conselheira 652
poder contribuir e que fará o melhor de si para que isso aconteça. GILBERTO FRACHETTA relata 653
que ingressou no Movimento Pelos Direitos das Pessoas com Deficiência em 1979 do qual foi 654
várias vezes seu Coordenador Geral. Participou da criação do Conselho Estadual para Assuntos 655
das Pessoas com Deficiência em 1984. Participou da criação desse nosso Conselho Municipal da 656
Pessoa com Deficiência em 1989 e foi seu primeiro presidente sendo presidente por outras três 657
vezes. (1991/2, 2002/3, 2013/15) Participou da elaboração das normas: NBR9050 - 658
Acessibilidade; NBR13994 - Elevadores; NBR14970-1-Dirigibilidade; NBR15320 - Acessibilidade 659
em Ônibus Rodoviário. Foi conselheiro municipal de saúde por quatro vezes representando 660
nosso segmento. (2002/3, 2004/5, 2010/11 e 2012/2013). Atualmente representa segmento 661
das pessoas com deficiência no Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT), é 662
conselheiro Distrital de Saúde do Butantã e participa do Projeto Pedagógico Amorim Lima, da 663
17
EMEF do mesmo nome, do qual participou de sua elaboração e implantação em 2004, sendo 664
presidente do Conselho da Escola por duas vezes, 2003 e 2004, e atualmente é membro de seu 665
Conselho Pedagógico. Esclarece que sua participação foi sempre voluntaria e de forma 666
prazerosa, mas com dedicação e comprometimento com a luta dos direitos das pessoas com 667
deficiência. Os debates tinham como referência as ideias e as propostas. Afirma: Nosso 668
Conselho perdeu sua referência. As ideias foram substituídas por boatos e acusações 669
imotivadas. Dos corredores foram para as plenárias. Fui vítima desses boatos e acusações falsas 670
consubstanciadas num documento denominado “Questionamentos ao presidente do CMPD”. 671
Picuinhas e intrigas têm desviado o Conselho de sua finalidade principal que é acompanhar as 672
políticas públicas e lutar pela sua execução. Nesse processo eleitoral aflorou o ódio e a 673
prevalência de projeto pessoal em detrimento do coletivo. O que importa é ganhar a qualquer 674
custo. Pouco se importam com a dignidade das pessoas. Só saberemos o resultado dessa eleição 675
após sua apuração, mas é possível antever prováveis eleitos. Meu trabalho voluntário não será 676
prazeroso convivendo num ambiente com animosidade. Não querendo correr esse risco, senhor 677
presidente, retiro minha candidatura. Continuo na luta pela melhoria da qualidade de vida das 678
pessoas com deficiência e ao lado daqueles que querem desanuviar o ambiente, unir forças, 679
fazer intervenções propositivas, sempre respeitando as opiniões contrárias. Agradeço aqueles 680
que têm me apoiado e desejo um Encontro exitoso. (sic) A seguir a Sra. Rosemeire C. de Oliveira 681
foi chamada para fazer sua apresentação, mas a mesma não se apresentou, por isso foi 682
garantido os 5 minutos para que ela se apresentasse e após decorridos o tempo deu 683
prosseguimento as demais apresentações. SANDRA REIS cumprimenta a todos os presentes e 684
se apresenta dizendo que foi presidente do Conselho. Esclarece que, naquela eleição, não iria 685
concorrer à presidência do Conselho, mas sim a vaga de conselheira. Seu objetivo é 686
desenvolver trabalho na área da educação, tendo em vista a grande demanda existente nesta 687
área e o Plano Nacional de Educação. Expressa seu pesar pela saída da Fátima e do Gilberto. 688
Considera a Fatima uma pessoa forte no movimento e, além disso, considera que ela possui 689
conhecimento e envolvimento na área do transporte. Quanto à saída do Gilberto, esclarece que 690
embora existam divergências de opinião, ela o considera com respeito e reconhece a 691
importância da sua militância na luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Dirige-se à eles 692
afirmando que não foi apenas a gestão do Gilberto que foi apedrejada, todas as gestões 693
anteriores do Conselho também foram apedrejadas, assim como as pessoas que passam por ali, 694
como ela própria, o Gilberto e a Fátima. Acredita que isso se deve porque estas pessoas 695
acabam ficando visadas e acrescenta que não existem privilégios, como alguns acreditam. 696
Exemplifica comentando que ela e mais 40 pessoas foram suspensas do Serviço Atende porque 697
precisaram cancelar, em decorrência de motivos de saúde, que no caso dela foi por conta de 698
sua mãe estar internada. Ao relatar este fato numa rede social teve alguém que comentou que 699
este formato havia sido aprovado pelo CMPD. Ela também se inclui aos conselheiros que 700
participaram dessa discussão e, considera que ao aprovar aquela normatização ninguém se 701
ateve que poderia ser prejudicial para o segmento das pessoas com deficiência. Nesse sentido, 702
considera que não importa o que se faça todos são passiveis a críticas ou aplausos e que 703
ninguém pode se considerar melhor ou pior que o outro. Finaliza sua apresentação afirmando 704
pretende atuar como conselheira e trabalhar sem promover nenhum tipo de concorrência. A 705
mesa, neste momento, foi consultada pela Sra. Rosemeire C. de Oliveira quanto à possibilidade 706
de se apresentar, justifica o seu atraso em decorrência do Serviço Atende. Consultada a 707
plenária houve consenso de que a Sra. Rosemeire se pronunciasse. ROSEMEIRE C DE OLIVEIRA 708
inicia a sua explanação se desculpando pelo atraso e justifica o motivo (atraso do Serviço 709
ATENDE). Feito isso apresenta a sua proposta considerando a necessidade que se de 710
18
continuidade as ações que até então estão sendo desenvolvidas pelo CMPD. Além disso, 711
considera importante que se tenha como foco a luta por exames de mamografia, em especial 712
para as mulheres com deficiência. Considera que seria preciso estabelecer prioridade de 713
atendimento. Esclarece que atua no Conselho Gestor do posto de saúde da região onde mora e, 714
também, participa na subprefeitura de uma Comissão. Conclui se disponibilizando a contribuir, 715
pois seu objetivo é ajudar as pessoas a aprender e saber dos seus direitos. ANA CLAUDIA 716
cumprimenta a todos e relata que tem deficiência visual adquirida. Perdeu a visão a cerca de 717
sete anos, aproximadamente, é pedagoga com especialização em educação especial e a partir 718
do momento da perda da sua visão começou a perceber que as dificuldades que encontrava no 719
dia a dia (no âmbito do trabalho, da educação, do transporte) a impulsionaram a exercer sua 720
cidadania de forma mais ativa. Nesse sentido, foi buscar amparo e melhor compreender a 721
questão dos seus direitos, por isso participou de curso, cuja temática era formação cidadã. 722
Participa de grupo de estudo que trata sobre política e, também de grupo que atua junto ao 723
metrô, o qual trata sobre a questão da melhoria da acessibilidade neste transporte. Há um ano 724
iniciou sua participação no Encontro Paulistano e, também, tem participado das plenárias do 725
CMPD. Pretende se candidatar para a vaga de conselheira por considerar que pode contribuir 726
com o Conselho trazendo suas ideias em relação à acessibilidade, no que se refere ao 727
transporte público, especificamente o metrô. Analisa que vários aspectos precisam ser 728
melhorados, tais como: sinalização, comunicação, treinamento dos profissionais. Outros 729
aspectos, que também precisam ser pensados se referem à questão da ampliação da 730
acessibilidade nas vias públicas (calçadas e eliminação das barreiras). Considera, ainda, que a 731
prioridade seria fazer trabalho preventivo a partir da elaboração de campanhas para a 732
conscientização da população e, também, formação. Reforça a colocação feita pela Sandra, no 733
que se refere a necessidade de acompanhamento de como está acontecendo a inclusão das 734
crianças e que tipos de apoios que tem sido oferecidos no contexto educacional. Além disso, 735
considera a necessidade de se fazer parcerias com outras instâncias, a fim de ampliar as ações 736
em favor dos direitos da pessoa com deficiência. Conclui afirmando que é preciso estimular as 737
pessoas com deficiência a participar das plenárias, envolvendo outros segmentos, como por 738
exemplo, pessoas anãs e, também as cuidadoras. EULÁLIA após cumprimentar a todos discorre 739
sobre a sua deficiência. Informa que é surdocega e que nasceu com deficiência visual e perda 740
auditiva associada. Esclarece que é militante há mais ou menos nove anos. Foi conselheira do 741
CMPD e participou de várias conferências. Como conselheira seu objetivo é trabalhar em prol 742
da pessoa com deficiência, independente do tipo de deficiência. Pretende atuar na 743
subprefeitura para mobilizar a participação das pessoas com deficiência que não tem acesso e 744
que encontram dificuldade em participar no centro. SILVANA esclarece que é mãe do Alan que 745
tem a síndrome de Willians. Foi conselheira do CMPD por dois mandatos, passou por dois 746
presidentes, a Dora e a Sandra Reis. Durante este período, atuou realizando visitas para 747
verificar a acessibilidade nas UBS e nas escolas. Realizou diversos encaminhamentos para as 748
áreas: da educação, de transporte e da saúde. Além disso, atua como diretora da Associação 749
Brasileira da Síndrome de Willians que segundo ela foi criada por ela e por outras mães, como a 750
Jô Nunes, por exemplo. Acredita que é preciso envolver mais as mães no trabalho do Conselho. 751
É preciso que as pessoas se unam para conseguir influenciar nas politicas públicas. É preciso 752
buscar o melhor para os nossos filhos e, também, para todas as outras deficiências. CAMILA 753
ROCHA VALE tem deficiência intelectual, atualmente com 31 anos, pretende defender os 754
direitos da pessoa com deficiência intelectual, bem como combater a violência doméstica, os 755
preconceitos e assegurar o direito a escolaridade. Finaliza sua apresentação dizendo que as 756
pessoas devem ajudar seus filhos a crescer na escola e também devem brigar nas escolas pelos 757
19
seus direitos. THATIANE P. DA COSTA é mãe do Lucas Daniel que tem deficiência intelectual, 758
atualmente com 15 anos. Pretende atuar como conselheira para buscar melhorias para as 759
pessoas com deficiência intelectual e, também para as pessoas que possuem outras 760
deficiências. Considera que existem muitas dificuldades como aquelas relacionadas à educação 761
e o transporte. LUCILENE SOARES tem quatro filhos, sendo três deles com deficiência. Pretende 762
atuar com foco na saúde. Acredita que atuando juntamente com os colegas conselheiros será 763
possível: melhorar o atendimento oferecido nas UBS; as condições de vida dos cuidadores e 764
criar um centro de referencia para o atendimento a pessoa com deficiência intelectual na 765
cidade de São Paulo. JERSONITA comunica que é mãe da Larissa. Registra seu apoio e 766
admiração pela Fátima e pelo Gilberto relata que os conhece e que eles têm suas razões para 767
desistirem de ser conselheiros, mas não da luta pelos direitos das pessoas com deficiência. 768
Parabeniza os dois pelo trabalho realizado. Na sua apresentação informa que é conselheira do 769
Conselho municipal da saúde, e que tem acompanhado um grupo de pessoas com deficiência 770
no Conselho Estadual de Saúde tendo participado de várias conferências de saúde. Também 771
participou de conferências de outros conselhos, como por exemplo, a conferência da mulher, 772
tem se esforçado para incluir a pauta da mulher com deficiência na Secretaria Municipal de 773
Mulheres. MARILENE é voluntária para cuidar das crianças para que suas mães possam 774
participar das plenárias, acredita que a maioria das pessoas não a conhece porque está sempre 775
na sala das crianças. Sua proposta é lutar para que as mães de crianças com deficiência tenham 776
uma aposentadoria, pois vivem em função de atender as necessidades de seus filhos e, por isso, 777
não conseguem ter nenhum tipo de renda, pois não podem fazer outra coisa, a não ser cuidar 778
de seus filhos. IRACI NUNES representa a Sara que tem 20 anos. Esclarece que agradece a Deus 779
pela sua filha, e considera que todas devam se unir para fazer o melhor pelas pessoas com 780
deficiência. As 12h54 a mesa propõe que se faça um intervalo, considerando que havia mais 12 781
candidatos para apresentar suas propostas. A proposta inicial é de que o intervalo fosse de 40 782
minutos, também foram indicados intervalos de 45 minutos e 1 hora, sendo que a plenária 783
optou para que o intervalo fosse de 1hora. O Presidente da Mesa definiu que o retorno dos 784
trabalhos seria as 13h57, impreterivelmente, o que houve concordância da plenária. No 785
período da tarde os trabalhos são retomados com a apresentação dos candidatos da vaga livre 786
na seguinte ordem: Anderson da Acessibilidade, Camila Indalecio Pereira, Carlos Alexandre 787
Campos, Clarice Kammer Perl, Edgard Silva Netto, Manoel, Márcia Nórcia, Maria Cleidemar 788
Queiroz da Cruz, Murilo P. da Silva Freitas representado p/ Leonilda P. Silva Freitas, Rivaldo 789
Aparecido Pereira, Sandra Ramalhoso e Sílvia Souza Santos. O Sr. Edgard Silva Netto. 790
ANDERSON cumprimenta os presentes e inicia sua apresentação relatando sobre o período em 791
que atuou como conselheiro no CMPD. Considera que os momentos não foram fáceis porque 792
quando estamos ai do outro lado entendemos que ser conselheiro é uma coisa simples e 793
passamos a ser candidato. Agradece a todos que votaram nele como suplente. Analisa que 794
sempre foi atuante. Assumiu algumas pastas e teve como compromisso lutar pelo segmento da 795
pessoa com deficiência, conforme havia prometido no momento da sua candidatura. Esclarece 796
que no período que estava disputando para ser candidato a deputado, foi tirado do Conselho e 797
depois de muita luta retornou ao Conselho ocupando a vaga de conselheiro titular, isso tem 798
mais ou menos cinco meses. Atualmente é deputado federal suplente. Durante o período em 799
que atuou como conselheiro titular realizou o acompanhamento da fiscalização de todas as 800
demandas de acessibilidade que chegavam ao CMPD. O resultado desta ação envolveu a 801
adaptação de prédio, a utilização de cardápio em braile pelos restaurantes e intervenções junto 802
às subprefeituras. Além disso, várias empresas privadas foram fiscalizadas e orientadas quanto 803
às adequações necessárias. Foram encaminhados às empresas uma media de 20 ofícios, os 804
20
quais não foram respondidos. Esclarece ao conhecer o estatuto e o regimento passou a 805
entender que o conselheiro municipal é agente público de responsabilidade pública, então todo 806
conselheiro que venha a ser eleito (ele pega a identificação) é publicada em diário oficial que 807
ele é conselheiro. Ele tem uma responsabilidade diante do município o que eu quero dizer é 808
que todos os conselheiros que por ventura forem eleitos observem muito bem o estatuto do 809
Conselho e não permitir que seja manipulado, inclusive na indicação do voto (sic). Conclui que é 810
preciso analisar todos os fatos porque uma vez que a pessoa te inibe, te manipula eu acho que 811
ela não é digna de te representar, portanto leia minuciosamente o estatuto do Conselho e 812
entenda o que é política pública e aja como agente público e também o segmento tem que 813
lutar e se unir porque muitas das coisas que foram aprovada em plenária a maioria nem sabia o 814
que estava sendo falado como a questão do projeto do Serviço Atende, que apresenta 815
dificuldade para o segmento das pessoas com deficiência. (sic) CAMILA tem 29 anos, é 816
conselheira suplente. Foi sua primeira experiência dentro do Conselho. Reconhece a sua 817
deficiência com quando completou onze anos quando era surda, aos vinte e três anos perdeu a 818
visão. Nesta ocasião, aceita ser pessoa surdocega. Solicita uma segunda chance para atuar 819
como conselheira, pois atualmente reconhece as necessidades, as dificuldades e as barreiras 820
encontradas pelos conselheiros. Considera que é preciso identificar que o trabalho do 821
conselheiro não é só cobrar. É preciso atuar, participar e também reconhecer as dificuldades 822
existentes. É preciso trabalhar junto para melhorar a qualidade de vida das pessoas com 823
deficiência e envolver a participação dos jovens. Esclarece que prefere não fazer promessas e 824
declara que após a sua participação no curso de capacitação reconhece a importância de 825
entender a política, de conhecer as leis. Sr. CARLOS ALEXANDRE cumprimenta a todos e 826
expressa a sua alegria em participar do plenário e de colocar a sua candidatura a disposição do 827
Conselho. Informa que ficou cego aos sete anos em decorrência de uma atrofia e que, desde 828
então, teve início a sua luta e da sua família. Formou-se em direito e tem desenvolvido 829
atividades voltadas aos direitos das pessoas com deficiência, tais como: participou da comissão 830
de direitos da pessoa com deficiência na OAB (2000 a 2009); participa da pastoral da pessoa 831
com deficiência desde 2011, sendo que atualmente desenvolve a coordenação; no memorial da 832
América Latina atua na questão cultural. Esclarece que tem como objetivo atuar sempre em 833
prol da pessoa com deficiência em todas as questões, sejam estas relativas à acessibilidade 834
arquitetônica, comunicacional e, principalmente, atitudinal. Com base neste histórico submete 835
o seu nome como candidato à vaga de conselheiro. Esclarece que seu objetivo é contribuir com 836
o Conselho e com o segmento de pessoas com deficiência da cidade São Paulo. Acredita que só 837
com pessoas preparadas e com o envolvimento de todo o segmento, ou seja, todos 838
trabalhando juntos haverá a possibilidade de transformar essa sociedade. Muito se tem por 839
fazer, por isso propõe trabalhar para que as propostas indicativas para as políticas públicas 840
apresentadas nos encontros e nas plenárias ao longo dos mandatos sejam aplicadas e 841
implantadas no âmbito do município. Considera que o Conselho e o conselheiro devem dialogar 842
com todo o segmento, seja ele, na esfera federal, municipal ou estadual e, também, é preciso 843
dialogar com os movimentos sociais, pois sem eles não será possível estabelecer vínculo entre 844
sociedade e poder público. Para CARLOS ALEXANDRE o papel do Conselho é ouvir, apresentar 845
propostas, trabalhar para todas as pessoas com deficiência, sejam elas com deficiência 846
intelectual, visual, auditiva, múltipla ou sensorial como prevista na Lei Brasileira de 847
Acessibilidade e na Convenção. Reforça que é preciso abarcar todas as deficiências e que todas 848
as deficiências sejam contempladas nesse mandato do Conselho. Afirma que questões como: 849
falta de material; falta de acessibilidade urbana (mobilidade urbana); educação; saúde; 850
trabalho e esporte são questões prioritárias para todos os conselheiros, por isso mais uma vez 851
21
se coloca à disposição e se compromete em estabelecer diálogo entre o Conselho e as 852
secretarias, em todas as esferas e em todas as linhas de atuação no município. Conclui 853
enfatizando que segundo dados do IBGE/2010 24% da população apresenta algum tipo de 854
deficiência e questiona: onde estão estes 24% de pessoas com deficiência que residem em 855
nossa cidade porque não estão atuando e participando? Finaliza afirmando que sua proposta é 856
trabalhar com o Conselho atuando conjuntamente para propor ideias e fortalecer a luta porque 857
a causa da pessoa com deficiência não termina aqui, pois ela é um processo, ou seja, o que é 858
considerado bom hoje pode não ser amanhã. É preciso estar atentos para melhorar cada vez 859
mais a qualidade de vida das pessoas com deficiência. CLARICE inicia a sua apresentação 860
cumprimentando a todos e explanando um pouco sobre a sua deficiência. Relata que aos 23 861
anos quebrou o pescoço num acidente de trânsito, tem hemiparesia com movimentos 862
reduzidos do lado esquerdo. Desde que sofreu o acidente começou a participar do Conselho em 863
Criciúma. Informa que concorre na vaga livre para atuar como conselheira e pretende 864
representar as pessoas com deficiência. Na cidade de São Paulo organizou o Projeto 865
Guarapiranga que tem como foco o lazer para as pessoas com deficiência (crianças, jovens e 866
adultos). Finaliza a sua apresentação afirmando que pode contribuir com o Conselho não só no 867
aspecto do lazer, como também a assistência social, educação, esporte. Acredita que este 868
trabalho deve ser realizado em conjunto com a prefeitura, para isso conto com o apoio de 869
todos. EDGAR é farmacêutico tem curso superior. Durante 20 anos trabalhou no serviço público 870
e, atualmente está aposentado. Participa da FCD, sendo uma das lideranças que impulsiona o 871
movimento dos deficientes físicos para lutarem por si mesmos. Considera que para ter 872
visibilidade é preciso que as pessoas com deficiência coloquem a cara na rua, ou seja, quais são 873
os problemas encontrados pelas pessoas com deficiência para trabalhar, para estudar e para o 874
lazer. Nesse sentido, existe muita coisa para ser feita. É perceptível que nos últimos 20 anos 875
mudanças ocorreram no transporte público. Relata que quando começou a trabalhar havia um 876
único transporte público adaptado e dois ou três dias por mês o mesmo era levado para fazer 877
manutenção e ele ficava sem ônibus. Foram anos de um inferno terrível por causa desta política 878
da empresa. Depois os ônibus adaptados foram se multiplicando, foram aumentando e 879
atualmente, é possível encontrar deficientes físicos circulando pela cidade de São Paulo, mas 880
ainda há muita coisa para ser feita para que as pessoas com deficiência possam se tornar 881
independentes. Considera que o papel do conselheiro é ser o veículo da mudança. Retoma 882
informando que se candidatou a partir do convite do Gilberto Frachetta e como ele retirou sua 883
candidatura ele também estaria retirando a sua candidatura. MANOEL cumprimenta todos e 884
inicia a sua apresentação definindo como objetivos: Mapear as iniciativas da Secretaria 885
Municipal de habitação e propor ações de direito da pessoa com deficiência; Garantir moradias 886
populares construídas pela Secretaria Municipal de habitação – SMH e do Programa Minha 887
Casa Minha Vida - PMCMV a pessoas com deficiência; criar instrumento de acompanhamento e 888
monitoramento junto à SMPED; Ministério Público; Defensoria Pública que Contemplem as 889
questões habitacionais destinadas às Pessoas com Deficiência, a fim de que sejam cumpridas as 890
legislações; facilitar as regras para a obtenção de créditos nos programas de financiamentos 891
público/privado voltando a moradias populares, a reformas e à aquisição de adaptação; 892
garantir na formalização do contrato moradias populares em caso de morte dos pais que o 893
imóvel seja destinado aos filhos com Deficiência; Mobilidade e Transporte. MÁRCIA NORCIA 894
cumprimenta os presentes e a seguir passa algumas informações a seu respeito: tem 57 anos, 895
sofreu um aneurisma cerebral no lado direito do cérebro o que ocasionou comprometimento 896
motor no lado esquerdo, como consequência caminha com a ajuda de uma bengala. O 897
aneurisma aconteceu há onze anos, foi algo muito forte, muito intenso sendo que 898
22
tecnicamente foi considerada com morte cerebral. Relata que a partir de 2004, quando ocorreu 899
o aneurisma, percebeu que tinha uma missão. Em 2009 na estação especial da Lapa teve a 900
oportunidade de organizar e dirigir um grupo de pessoas com deficiência intelectual e com 901
autismo. Naquele trabalho compreendeu que não era uma pessoa com deficiência, era 902
psicóloga, já havia trabalhado em escola e em clinica. Neste momento, relata, teve a percepção 903
da sua missão em ajudar as pessoas com deficiência, por isso entrou no movimento e começou 904
a participar do Conselho atuando nas comissões. Em 2014 ao ser questionada por alguns 905
colegas compreendeu que o fato de não ser uma conselheira prejudicava de levar a frente os 906
seus projeto. Nesse sentido, traz a sua candidatura a fim de buscar essa legitimidade para 907
poder continuar a luta das pessoas com deficiência em relação aos seus direitos. Conclui 908
apresentando o seu projeto “educação em cidadania e em direitos humanos e cidadania’’ que 909
visa conhecer o direito a cidadania para a conquista dos nossos sonhos. MARIA CLEIDEMAR 910
descreve que é bancaria e dirigente sindical e formada em psicologia. Esclarece que conhece o 911
Conselho e que acredita que é preciso investir em diversas áreas como: saúde, transporte, 912
moradia, habitação, calçada e acessibilidade em geral. Em relação à saude, mais 913
especificamente, considera que as pessoas com deficiência deveriam ter atendimento 914
prioritário e que nas consultas sejam asseguradas a acessibilidade e adaptável a sua deficiência. 915
Quanto ao trabalho aponta que tanto os bancos, quanto as empresas não apresentam 916
estrutura necessária para atender as condições de acessibilidade e, para tanto essa questão 917
deveria ser investigada pelo Ministério do Trabalho. Considera que as pessoas com deficiência 918
precisam se organizar e participar de eventos, como, por exemplo, no dia 21 de setembro em 919
que se comemora o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência. Conclui com uma frase 920
de Gabriel Garcia “Não é verdade que as pessoas param de perseguir os sonhos porque são 921
velhas elas estão a ficar velhas porque pararam de perseguir seus sonhos e nunca devemos nos 922
calar” (sic.) LEONILDA inicia a sua apresentação cumprimentando a todos e informando que é 923
mãe do Murilo, 15 anos, que tem síndrome de Down. Relata que sua preocupação era que seu 924
filho se desenvolvesse, contudo reconhece que ela, também, desenvolveu habilidades e 925
aptidões como mãe. Expressa que são muitos os anseios das mães por educação e saúde. 926
Relata que seu filho está no nono ano e que vai sair do ensino fundamental semialfabetizado, 927
no entanto considera que a inclusão na escola comum fez com que Murilo enfrentasse 928
dificuldades, porém reconhece que existem condições bem melhores que antes e que haverá 929
ganhos para as próximas gerações. Atua na APAE em um projeto que apoia as mães quando 930
estas recebem a notícia de que seus filhos têm deficiência. São muitas as questões que afligem 931
estas mães, então elas perguntam: Como que é seu filho na escola? Como está sendo feita essa 932
inclusão? E confessa que embora muito devagar passos foram dados e que as coisas estão 933
evoluindo. Aponta que a maior dificuldade na sala de aula é a falta do professor auxiliar, que 934
segundo o CEFAI acaba sendo disponibilizado para as classes que contam com alunos que 935
apresentam dificuldade de mobilidade. No entanto, considera que os alunos com deficiência 936
intelectual acabam sendo muito prejudicados. Conclui afirmando que a inclusão só se solidifica 937
se a família também for parceira da escola e que para ela a educação seria o grande foco para a 938
sua atuação. A mesa esclarece a plenária que O Sr. Rivaldo Aparecido Pereira apresentou a 939
proposta na sexta feira, dia 14 de agosto, as 10h14, no CMPD, conforme protocolo datado e 940
assinado, bem como apresentou à mesa atestado médico o qual comprova que o mesmo se 941
encontra internado no Hospital Marcelino, em pós-operatório de ampliação visical. RIVALDO 942
encaminhou sua proposta que foi lida pelo Sr. Galdino conforme segue: Sou Rivaldo Aparecido 943
de Lima, tenho 46 anos, sou casado, paraplégico há 17 anos (deficiente físico). Minha militância 944
começou durante um curso de políticas públicas e liderança comunitária pelo instituto POLIS 945
23
em 2004 (junho a dezembro de 2004). Minha participação foi como: delegado do segmento do 946
transporte, orçamento participativo na gestão da Prefeita Marta (junho de 2004 a 2006); 947
conselheiro da UBS Jardim Santo André e Parque São Francisco (agosto de 2017 a agosto de 948
2009); conselheiro do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (setembro de 2011 a 949
agosto de 2013); conselheiro gestor de saúde (primeiro mandato) do conselho gestor de saúde 950
da supervisão de intérpretes de saúde em São Mateus (agosto de 2012 a agosto de 2014); 951
atualmente conselheiro gestor da saúde segundo mandato (início em janeiro de 2015); 952
participação em várias conferências municipais e estaduais (de PCD e saúde). Meus objetivos 953
são: defender a continuação dos trabalhos, com objetivos das outras gestões, defender a 954
democratização do CMPD trazendo assim uma maior participação popular nas discussões das 955
políticas públicas voltado ao segmento da pessoa com deficiência e ter uma maior gestão de 956
interatividade, uma linguagem mais fácil, acessível a todas as pessoas ouvindo demandas de 957
emergência e trabalhando em cima delas, fazer trabalho mais afetivo na formação de agentes 958
multiplicadores (é uma renovação de campo de atuação com novas palestras debates e 959
workshop), criar grupo de trabalho que vise levar a sociedade mais conscientização quebrando 960
velhas teorias sobre a visão de pessoas com deficiência. SANDRA RAMALHOSO inicia sua 961
apresentação cumprimentando a todos e relatando que nasceu em 1963 e que contraiu pólio 962
em 1964. Lutou até os 15 anos fazendo fisioterapia, utilizava duas muletas e duas órteses, subia 963
e descia escadas, dirigia carro, enfim fazia de tudo. A partir dos 35 anos começou a sentir uma 964
perda de mobilidade e, depois do nascimento do seu segundo filho (aos 36 anos) descobriu a 965
síndrome pós-pólio. A partir daí começou a fazer tratamento na UNIFESP e para não perder um 966
pouco da musculatura, que ainda tinha, optou por se poupar e usar cadeira de rodas. 967
Atualmente, é militante e atua na luta pelos direitos das pessoas com deficiência (pós-pólio). 968
Foi fundadora da ABRASP - Associação Brasileira dos Portadores da Síndrome de pós-pólio, 969
atualmente denominada G14. Participa do Conselho municipal de saúde, discutindo doenças 970
raras. Informa que existe a iniciativa de se fazer um protocolo com ministério da saúde (nível 971
federal) para que se estabeleça uma rede de tratamento para doenças raras. Esclarece que a 972
síndrome pós-pólio já é considerada uma doença rara. Embora a poliomielite tenha sido 973
erradicada, os poucos que sobreviveram a esta doença precisam se unir para assegurar todos 974
os direitos. A luta pelos direitos das pessoas com deficiência não pode ser segmentada pelo 975
tipo de deficiência e afirma que a união de todos irá possibilitar a conquista por melhorias para 976
as pessoas com deficiência. SILVIA SOUZA cumprimenta a todos e informa que frequenta o 977
Conselho por volta de dois anos e que se apresenta como candidata a conselheira desse espaço 978
por acreditar que é um espaço privilegiado para propor ideias, projetos e políticas para a 979
inclusão da pessoa com deficiência. Nascida em 1974, contraiu poliomielite aos oito meses e, 980
desde então, tanto ela quanto sua família tem caminhado na tentativa de incluí-la de forma 981
qualitativa na sociedade. Cursou a educação básica (educação a distância), no ensino regular. 982
Cursou uma universidade pública no curso de pedagogia. Iniciou sua carreira como professora 983
no ensino público, trabalhei de 2008 a 2011 na rede municipal de Embu Guaçu. Em 2012 atuou 984
na rede municipal de Embu das Artes. Em 2013 foi coordenadora da rede de Embu Guaçu. Em 985
2015 ingressou na prefeitura de São Paulo como professora de educação infantil e ensino 986
fundamental de nove anos. Nesse sentido, acredita que com a sua experiência pode contribuir 987
com o CMPD, no sentido de melhorar a qualidade da inclusão. Para tanto, apresenta suas 988
propostas e principais metas: zelar pela participação popular, pois não é possível se elaborar, 989
implementar ou fiscalizar uma política pública voltada para o segmento, sem que a pessoa com 990
deficiência tenha voz; o compromisso de ser uma conselheira colaborativa com todos os 991
trabalhos realizados pelos conselheiros, pois não é possível continuar com a disputa por grupos 992
24
é preciso que exista união para lutar pelas propostas para o segmento, é preciso ter mais 993
objetividade. Finaliza sua apresentação abordando a questão da educação inclusiva, considera 994
que a mesma tem avançado significativamente, todavia considera que se tem muito para 995
discutir em relação à educação inclusiva, principalmente, no que se refere à deficiência 996
intelectual e mental. Enfatiza que o segmento das pessoas com deficiência precisa elevar a sua 997
voz e apresentar ao poder público quais são as reais dificuldades e reivindicações para que a 998
criança com deficiência tenha assegurada a matricula e o sucesso educacional. Terminada a 999
etapa da apresentação dos candidatos o Presidente da Mesa convoca e dá inicio ao processo 1000
eleitoral. Neste momento, a Coordenação da Mesa consulta a Comissão Eleitoral quanto à 1001
possibilidade de priorizar a votação das voluntárias que estão atuando na sala das crianças. 1002
Também foi orientado que até às 16 horas poderiam ser entregues à Mesa as moções. Foi 1003
entregue uma moção que trata sobre o Projeto Atende de autoria do Sr. Reinildo Bispo dos 1004
Santos com 47 assinaturas. A mesma foi lida e aprovada pela plenária. A mesa foi informada 1005
pela Comissão Organizadora que às 18h e 15 minutos a última pessoa da fila havia votado e 1006
consulta a plenária se havia mais alguém que ainda não tivesse votado, pois a mesma deveria 1007
se dirigir a mesa de votação. Dando prosseguimento foi apresentado o novo símbolo de 1008
acessibilidade e a seguir feita homenagem às pessoas que contribuíram significativamente com 1009
a luta por direitos das pessoas com deficiência e que partiram dessa vida: Carmen Leite, 1010
Messias Tavares, Roseli Bianco e Marcos Teixeira. O Sr. Daniel Monteiro pede permissão à 1011
plenária para sair da Mesa de Coordenação para contribuir com a Mesa Diretora da Comissão 1012
Eleitoral, a fim de auxiliar com a leitura das cédulas braile, a pedido do Sr. Orosco, o que houve 1013
concordância da plenária. Segundo informes da Comissão Eleitoral foram 230 (duzentos e 1014
trinta) votantes e eleitos como conselheiros, nas vagas respectivas, para o biênio 2015/2017 os 1015
seguintes candidatos: Deficiência Auditiva - Cláudia Sophia I. Pereira (titular) e Cláudio Serra 1016
Meneses (suplente); Deficiência Física - Sandra Reis (titular) Rosemeire C. de Oliveira (suplente); 1017
Deficiência Visual - Ana Cláudia Domingues (titular) e Eulália Alves Cordeiro (suplente); 1018
Deficiência Intelectual - Alan Souza do Nascimento representado p/ Silvana Souza do 1019
Nascimento (titular) e Camila Rocha Vale (suplente); Deficiência Múltipla - Larissa Pereira 1020
representada p/Gersonita Pereira de Souza (titular) e Sara Nunes Moreira representada p/ Iraci 1021
Nunes Moreira (suplente); Vagas Livres – Manoel (titular) Rivaldo Aparecido Pereira (titular), 1022
Clarice Kammer Perl (1ª suplente) e Carlos Alexandre Campos (2º suplente). A Comissão 1023
Eleitoral é responsável pela elaboração da Ata constando o processo eleitoral e a discriminação 1024
dos votos de cada candidato que seguirá ao final desta Ata. E finalizando, o Presidente da Mesa 1025
parabeniza a participação de todos e deu por encerrado os trabalhos, do qual, para constar, eu, 1026
Silvana Lucena dos Santos Drago, 1ª Secretária lavrei a presente ata que vai por mim assinada, 1027
pelo Senhor Presidente e demais secretários, estando à gravação desse encontro à disposição 1028
em meio digital. São Paulo, 15 de agosto de 2015. 1029
Ata da Comissão Eleitoral para Conselheiro Biênio 2015-2017, no XXV Encontro Paulistano de
Pessoas com Deficiência, realizada no dia 15 de agosto de 2015, no Centro de Referência do
Idoso – CRECI, Rua Formosa, 215, Vale do Anhangabaú, São Paulo, Capital.
Aos quinze dias do mês de agosto do ano de dois mil e quinze, às 10h30 horas, no XXV Encontro 1030
Paulistano de Pessoas com Deficiência teve início a escolha - pela plenária - da Comissão 1031
Eleitoral para eleição de Conselheiros referente ao Biênio 2015-2017. Os representantes 1032
escolhidos em plenária foram: Galdino Oliveira Teixeira, Neuza Angueira Jagosich, Petrucio 1033
25
Ramos, Clauce Lusia Paula Teixeira, Marcos Antonio de Melo e Bernadete de Araújo Carney. Às 1034
10h55 a Comissão Eleitoral escolheu para Presidente da Comissão o Sr. Galdino Oliveira Teixeira 1035
e como Primeira Secretária a Sra. Neuza Angueira Jagosich. Reunidos os representantes da 1036
Comissão Eleitoral foram definidas as seguintes orientações: todo eleitor com deficiência, que 1037
tenha necessidade de um acompanhante para auxiliá-lo no momento da votação, deve solicitar 1038
à Comissão; não será permitida distribuição de material de propaganda dos candidatos no 1039
espaço de votação; a pessoa com deficiência que não consegue votar sozinha poderá entrar 1040
com seu acompanhante ou representante legal, desde que autorizada pela Comissão Eleitoral; 1041
a pessoa com deficiência visual que não lê em braile poderá solicitar um ledor com a supervisão 1042
de um membro da Comissão Eleitoral; a pessoa surdocega terá direito a um guia intérprete que 1043
poderá orientá-lo no momento da votação com a supervisão de uma pessoa da Comissão 1044
Eleitoral; as cédulas em tinta foram numeradas de 01 (um) a 273 (duzentos e setenta e três) 1045
conforme o número de eleitores cadastrados para votar; os eleitores receberão uma cédula em 1046
tinta para a votação, caso haja necessidade a mesma poderá ser substituída por outra cédula 1047
ampliada ou em braile; a listagem nominal de registro da votação foi numerada perfazendo o 1048
total de 15 (quinze) folhas; cada candidato poderá indicar 1 (uma) pessoa para fiscalizar a 1049
eleição e apuração dos votos, desde que credenciada junto à Comissão Eleitoral. Durante o 1050
processo de apuração dos votos a Comissão Eleitoral não recebeu nenhum pedido de 1051
credenciamento para o acompanhamento do processo, tendo em vista que a apuração foi 1052
realizada em uma sala com divisória de vidro onde todos puderam observar a contagem dos 1053
votos. O Eleitor ou Eleitora com deficiência visual que solicitou apoio foi acompanhado pelo Sr. 1054
Petrucio Ramos (integrante da Comissão Eleitoral conhecedor de braile). O nome da Candidata 1055
Sandra Ramalhoso (vaga livre) estava com o nome de Sandra Ramalho nas cédulas braile, este 1056
fato foi comunicado pela mesa de Coordenação antes do início da votação. Os candidatos 1057
GILBERTO FRACHETA (vaga deficiência física), EDGARD SILVA NETTO (vaga Livre) e MARIA DE 1058
FÁTIMA (representante da Viviane Aparecida de Lima) declinaram de suas candidaturas, sendo 1059
assim os votos destinados aos mesmos foram anulados. Todas as pessoas que auxiliaram no 1060
processo eleitoral foram devidamente autorizadas pelo presidente da Comissão Eleitoral o 1061
Senhor GALDINO OLIVEIRA TEIXEIRA. O Senhor Presidente também autorizou a colaboração do 1062
Senhor Isaias Dias para a contagem de votos. A votação teve início às 15h00 e às 17h30min, 1063
aproximadamente, a Comissão Eleitoral comunicou ao Presidente da Mesa Coordenadora que 1064
avisasse o Plenário que se alguém não tivesse votado que o mesmo se dirigisse às cabines 1065
eleitorais para fazê-lo. A Eleição foi encerrada às 18h15. Após o encerramento da votação e 1066
antes do início da abertura das urnas e contagem de votos duas pessoas da Comissão tiveram 1067
que sair o Sr. MARCOS ANTÔNIO DE MELO e Sr. PETRUCIO RAMOS, sendo que o último era o 1068
representante conhecedor de braile indicado pela plenária para compor a Comissão Eleitoral. 1069
Nesse sentido foi solicitado outro ledor para acompanhar a contagem dos votos em braile. 1070
Tendo iniciado a abertura das urnas e a contagem dos votos pela Comissão Eleitoral, Sra. 1071
MARIA DE FÁTIMA DE LIMA (mãe da Viviane Aparecida de Lima), solicitou à Comissão que 1072
fosse autorizada a votar naquele momento, porém o seu pedido não foi aceito pelo Presidente 1073
Senhor Galdino Oliveira Teixeira, tendo em vista as urnas estarem abertas e a contagem dos 1074
26
votos ter sido iniciada. O senhor DANIEL MONTEIRO, cego e conhecedor de braile, se colocou 1075
gentilmente à disposição para colaborar com a contagem das cédulas em braile e foi auxiliado 1076
pela Senhora Clauce Lusia Paula Teixeira. As listas de votação foram conferidas em relação ao 1077
número de cédulas e o número de assinaturas que corresponde ao total de 230 (duzentos e 1078
trinta) votantes. A apuração dos votos de cada candidato ficou na seguinte conformidade: 1079
Deficiência Auditiva - CLAUDIA SOPHIA I. PEREIRA 118 (cento e dezoito) votos, CLAUDIO SERRA 1080
MENESES – 61 (sessenta e um) votos, brancos 40 (quarenta) votos e nulos 11 (onze) votos. 1081
Deficiência Física – ANDRÉIA MAIA – 16 (dezesseis votos), GILBERTO FRACHETA – nulos (por 1082
desistência do candidato) ROSEMEIRE C. DE OLIVEIRA -30 (trinta votos), SANDRA REIS – 125 1083
(cento e vinte e cinco) votos, brancos 29 (vinte e nove) votos e nulos 30 (trinta) votos. 1084
Deficiência Visual – ANA CLAUDIA DOMINGUES – 104 (cento e quatro) votos; EULÁLIA ALVES 1085
CORDEIRO – 85 (oitenta e cinco) votos, brancos 30 (trinta) votos e nulos 11 (onze) votos. 1086
Deficiencia Intelectual – ALAN SOUZA DO NASCIMENTO representado por SILVANA SOUZA 1087
NASCIMENTO – 84 (oitenta e quatro) votos, CAMILA ROCHA VALE – 67 (sessenta e sete) votos 1088
– LUCAS DANIEL DA COSTA CHAGAS representado por TATIANE P. COSTA – 18 (dezoito) votos, 1089
SUELEN SOARES DE CAMARGO representada por LUCIENE SOARES – 19 (dezenove) votos, 1090
brancos 29 (vinte e nove) votos e nulos – 13 (treze) votos. Deficiência Múltipla – LARISSA 1091
PEREIRA representada por GERSONITA PEREIRA DE SOUZA – 93 (noventa e três) votos, JOÃO 1092
BATISTA H. ABREU representado por MARILENE P.H. DE ABREU – 28 (vinte e oito) votos, SARA 1093
NUNES MOREIRA representada por IRACI NUNES MOREIRA – 63 ( sessenta e três) votos, 1094
brancos – 37 (trinta e sete) votos e nulos 9 (nove) votos. Vagas Livres - ANDERSON DA 1095
ACESSIBILIDADE -19 (dezenove) votos, CAMILA INDALECIO PEREIRA – 09 (nove) votos, CARLOS 1096
ALEXANDRE CAMPOS -39 (trinta e nove) votos, CLARICE KAMMER PERL, 50 (cinquenta) votos , 1097
MANOEL - 89 (oitenta e nove) votos, MARCIA NORCIA -15 (quinze) votos, MARIA CLEIDEMAR 1098
QUEIRÓZ DA CRUZ – 25 (vinte e cinco) votos, MURILO P. DA SILVA FREITAS representado por 1099
LEONILDA P. SILVA FREITAS -03 (três) votos, RIVALDO APARECIDO PEREIRA – 61 (sessenta e 1100
um) votos, SANDRA RAMALHOSO -07 (sete) votos, SILVIA SOUZA SANTOS – 13 (treze) votos e 1101
Viviane Aparecida de Lima representada por MARIA DE FÁTIMA – Nulos (por desistência da 1102
candidata) - brancos 89 (oitenta e nove) votos e nulos 38 (trinta e oito). Sendo assim, os 1103
Conselheiros eleitos para o Biênio 2015/2017 foram: Deficiência Auditiva - CLAUDIA SOPHIA I. 1104
PEREIRA – Conselheira Titular - CLAUDIO SERRA MENESES – Suplente -Deficiência Física – 1105
SANDRA REIS - Conselheira Titular - ROSEMEIRE C. DE OLIVEIRA – Suplente -Deficiência Visual 1106
– ANA CLAUDIA DOMINGUES - Conselheira Titular - EULÁLIA ALVES CORDEIRO – Suplente- 1107
Deficiência Intelectual – ALAN SOUZA DO NASCIMENTO representado por SILVANA SOUZA 1108
NASCIMENTO – Conselheiro titular, CAMILA ROCHA VALE - Suplente – Deficiência Múltipla- 1109
LARISSA PEREIRA representada por GERSONITA PEREIRA DE SOUZA – Conselheira Titular e 1110
SARA NUNES MOREIRA representada por IRACI NUNES MOREIRA - Suplente. Vagas Livres – 1111
MANOEL – Conselheiro Titular, RIVALDO APARECIDO PEREIRA – Conselheiro Titular, CLARICE 1112
KAMMER PERL - 1º Suplente e CARLOS ALEXANDRE CAMPOS – 2º Suplente. E dando por 1113
encerrado os trabalhos, do qual, para constar, eu, NEUZA ANGUEIRA JAGOSICH, 1ª Secretária 1114
27
lavrei a presente ata que será assinada por mim, pelo Senhor Presidente e demais membros. 1115
São Paulo, 15 de agosto de 2015. 1116
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