revista creci-rs #17

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O Centro de Porto Alegre e os impactos no mercado imobiliário ANO V • Nº 17 • ABRIL DE 2011 ANIVERSÁRIO DO PACIF 1º Ano de Atividades Página 13 FINANCIAMENTOS Minha Casa Minha Vida Páginas 8 e 9 IV CONSIM Oportunidade de conhecimento REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS 3º REGIÃO RIO GRANDE DO SUL • BRASIL Página 20 REVITALIZAÇÃO NA HISTÓRIA REVITALIZAÇÃO NA HISTÓRIA REVITALIZAÇÃO NA HISTÓRIA O Centro de Porto Alegre e os impactos no mercado imobiliário O Centro de Porto Alegre e os impactos no mercado imobiliário

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REVITALIZAÇÃO NA HISTÓRIA O Centro de Porto Alegre e os impactos no mercado imobiliário LEIA NESTA EDIÇÃO: FINANCIAMENTOS - Minha Casa Minha Vida - Páginas 8 e 9 ANIVERSÁRIO DO PACIF - 1º Ano de Atividades - Página 13 IV CONSIM - Oportunidade de conhecimento - Página 20 Palavra do Presidente Iniciamos o segundo trimestre deste I ano com muito otimismo em relação as nossas metas para 2011, visando dar continuidade nos projetos que o CRECI-RS traçou para esta gestão e, que têm como prioridade o desenvolvimento da classe. Reafirmamos o nosso compromisso de garantir o acesso à qualificação para todos os profissionais...

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Page 1: Revista CRECI-RS #17

O Centro de Porto Alegre

e os impactos

no mercado

imobiliário

AN

O V

• N

º 17

• A

BR

IL D

E 2

011

ANIVERSÁRIO DO PACIF1º Ano de Atividades

Página 13

FINANCIAMENTOSMinha Casa Minha Vida

Páginas 8 e 9

IV CONSIMOportunidade de conhecimento

REVISTA DO CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS 3º REGIÃO RIO GRANDE DO SUL • • • BRASIL

Página 20

REVITALIZAÇÃONA HISTÓRIA

REVITALIZAÇÃONA HISTÓRIAREVITALIZAÇÃONA HISTÓRIA

O Centro de Porto Alegre

e os impactos

no mercado

imobiliário

O Centro de Porto Alegre

e os impactos

no mercado

imobiliário

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P A L A V R A D O P R E S I D E N T E P E R S O N A L I D A D E

C R E C I - R S3 ª R E G I Ã O

C O N S E L H O R E G I O N A L D E

C O R R E T O R E S D E I M Ó V E I S

D O R I O G R A N D E D O S U L

G E S T Ã O 2 0 1 0 / 2 0 1 2

D I R E T O R - P R E S I D E N T E

F l á v i o K o c h

E N D E R E Ç O

A v . B o r g e s d e M e d e i r o s , 3 0 81 5 º A n d a r • C E P 9 0 0 2 0 - 0 2 0

P o r t o A l e g r eR i o G r a n d e d o S u l

A T E N D I M E N T O

S e g u n d a à S e x t a ,d a s 9 h à s 1 8 h

F O N E

5 1 3 2 2 0 . 1 5 8 8

S I T E

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n i c i a m o s o segundo tri-mestre deste I

ano com muito otimismo em relação as nos-sas metas para 2011, visando dar conti-nuidade nos projetos que o CRECI-RS tra-çou para esta gestão e, que têm como prio-ridade o desenvolvimento da classe. Reafirmamos o nosso compromisso de garantir o acesso à qualificação para todos os profissionais do mercado imobi-liário e para isso concebemos o Programa de Aperfeiçoamento para os Corretores de Imóveis e Funcionários - o PACIF, que neste mês de abril comemora seu primeiro ano de atividades.

O sucesso do PACIF somente foi possí-vel porque vocês, corretores e corretoras imóveis foram receptivos aos cursos, mos-trando que o aperfeiçoamento profissio-nal é uma importante ferramenta para se destacar num mercado tão competitivo como é o segmento imobiliário. Não pode-mos deixar de mencionar o empenho dos professores e da coordenação do PACIF, liderada pela corretora de imóveis, profes-sora e advogada, Maria de Lourdes de Moura, que abraçou a idealização desse projeto e, desde então, vem trabalhado com afinco para a evolução do programa no âmbito estadual.

Iremos além dos projetos voltados à melhoria contínua de nossa classe, pois buscaremos aproximar cada vez mais o PACIF dos corretores de imóveis, atin-gindo o maior número possível de municí-pios contemplados com os cursos de aper-feiçoamento. Ao realizarmos este impor-tante trabalho, percebemos que a aproxi-

mação do conselho com seus inscritos foi imprescindível para ouvirmos as reivindi-cações e anseios da categoria. Assim nos comprometemos a desenvolver, ainda mais, políticas que beneficiam e valori-zam o profissional corretor de imóveis.

Nesta 17ª edição, enaltecemos o exce-lente desempenho do Departamento de Fiscalização do conselho, que em 2010 não deu folga para os contraventores e os maus profissionais, que prejudicam os cli-entes do mercado imobiliário e os demais colegas de profissão. Na matéria de capa, destacamos a valorização dos imóveis no Centro de Porto Alegre por meio do pro-cesso de revitalização dos espaços públi-cos, que indiretamente contribuíram para a preservação do patrimônio privado, ampliando o número de transações imobi-liárias.

Essa publicação está repleta de assuntos interessantes, os quais tenho certeza que serão de bastante proveito para a categoria. Por fim, convido a todos os Corretores de Imóveis a participarem de importantes eventos neste ano, como III Enbraci e o IV Consim, que irão congregar todos os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis juntamente com seus profissionais.

Encerro esta mensagem desejando uma boa leitura para você e ótimas oportu-nidades de negócios!

E D I Ç Ã OD e p a r t a m e n t o d e

C o m u n i c a ç ã o d o C R E C I - R Sc o m u n i c a c a o @ c r e c i - r s . g o v . b r

J o r n a l i s t a R e s p o n s á v e lJ a n a í n a Te i x e i r a

R p 1 4 3 1 9 D R T / R S

D E S I G N G R Á F I C OD e p a r t a m e n t o d e

C o m u n i c a ç ã o d o C R E C I - R S

I M P R E S S Ã OC o n t g r a f

T I R A G E M1 7 . 0 0 0 E x e m p l a r e s

A R e v i s t a C R E C I - R Sn ã o s e r e s p o n s a b i l i z a

p e l o c o n t e ú d o o u o p i n i õ e se x p r e s s a s n o s a r t i g o s

e / o u e n t r e v i s t a s .

O U V I D O R I A

D I S Q U E - D E N Ú N C I A0 8 0 0 6 0 0 1 5 8 8

o u v i d o r i a @ c r e c i - r s . g o v . b r

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Compromisso com a classe

Foto

Paulo

Dia

s

Flávio Roberto StefaniCorretor de imóveis, advogado e um grande trovador

Quando o senhor iniciou sua traje-tória no mercado imobiliário?

Comecei em 1976 quando passei de advogado de imobiliária para a corre-tagem imobiliária. Logo que me for-mei trabalhei em duas imobiliárias, depois de algum tempo resolvi fazer um curso para corretor de imóveis e logo após montei minha empresa. Eu já tinha uma queda para trabalhar nessa área e havia alguns caminhos do direito que eu vi que não gostaria de atuar. Mesmo sendo empresário, sempre continuei advogando.

Entendo que a profissão de corretor de imóveis tem uma importância soci-al muito grande, porque é ele quem aproxima as pessoas do sonho de con-quistar o imóvel próprio. Como surgiu a vocação para a lite-ratura?

Dos 13 aos 18 anos fiquei num semi-nário no interior do estado, pois que-ria ser padre. Nas férias, voltei para onde morava, em Porto Alegre e encontrei um livro de poesias que meu primo havia escrito. O livro era sobre poesia romântica e, logo per-guntei para minha mãe se poderia levá-lo ao seminário. Esse livro foi a perdição da minha carreira como padre. Os padres eram muito rigoro-sos e palavras como abraços, amor e beijos eram consideradas pecado. Comecei a escrever sobre o tema e mandei os meus textos para o meu primo que me dava dicas sobre o assunto. Em 1970 sai do seminário aconselhado pelos padres. Então retornei para Porto Alegre, onde meu primo me apresentou para outros poe-tas da cidade e, em seguida veio a pos-sibilidade de fundar um clube de tro-vas. Depois de algum tempo fui elei-to presidente da União Brasileira de Trovadores, onde estou há 42 anos. Hoje, a entidade conta com mais de 200 trovadores associados.

Existem concursos para trova-dores no estado?

No Rio Grande do Sul, promove-mos encontros de trovadores e, o prin-

cipal evento de trovas do estado, que ocorre de dois em dois anos, chama-mos de Jogos Florais. Esse evento é considerado um dos mais impor-tantes do país e ocorre em diversos estados. A 21ª edição dos Jogos Florais acontece em outubro deste ano. Os concursos de trovas adotaram o seguinte sistema para o julgamento: O trovador escreve a trova na face externa do envelope e dentro do enve-lope fica a identificação do parti-cipante. Atualmente recebemos em torno de três mil trovas num concurso e analisamos cada uma e, somente depois, abrimos os envelopes. Qual-quer pessoa capaz de escrever uma trova pode participar do concurso.

Por que é importante o corretor de imóveis buscar outras atividades, além da sua profissão?

Acho importante que qualquer profissional, não somente corretores de imóveis exerçam uma outra atividade, por exemplo, música, pescar, viajar, entre outras. Acredito que a literatura ajuda as pessoas a

raciocinar e estudar mais, sendo que a pessoa que faz poesias é mais feliz e tem uma nova visão. É importante que o corretor de imóveis faça algo dife-rente de sua rotina, no meu caso, eu faço poesia.

"Na dureza dos escombros,quando as dores se equivalem,

amizade é mão no ombro,embora os ombros não falem."

Flávio Roberto Stefani

Um forte abraço

Flávio KochPresidente CRECI-RSTriênio 2010/2012

Vice-presidente financeiro do SECOVI-RS/AGADEMI

Serviço

XXI Jogos Floraisem Porto Alegre

As trovas poderão ser enviadasaté o dia 30/06/2011A premiação, composta de troféus e diplomas, será outorgada nos dias 28, 29 e 30 de outubro.

Mais informações sobre o regulamento:

www.ubtportoalegre.com.br

Qualificação Profissional e Fiscalização

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R E V I T A L I Z A Ç Ã O

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C A P A C I T A Ç Ã O

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PACIF comemora seu primeiro ano de atividadeso mês de abril, o Programa de Aperfeiçoamento para Corre-Ntores de Imóveis e Funcioná-

rios (PACIF), desenvolvido pelo CRECI-RS completa um ano de funci-onamento. O programa foi criado com o objetivo de disponibilizar cursos de capacitação e atualização profissional para a categoria.

Nesse período o PACIF realizou uma média de três a quatro cursos por mês, contabilizando mais de 1.700 alunos inscritos. Uma das preocupações da atual gestão do CRECI-RS é oferecer qualificação profissional de qualidade aos profissionais, através de valores mais acessíveis.

A assessora pedagógica do conselho e coordenadora do PACIF, Maria de Lourdes de Moura falou sobre a pri-meira impressão que os alunos tive-ram sobre o programa no início dos cursos: “Ministrarmos os cursos em diferentes cidades do estado e acaba-mos ouvindo muito sobre os anseios dos corretores de imóveis e sobre algu-mas coisas negativas do conselho, de que servia apenas para arrecadar as anuidades. Ao final de cada curso, tive-mos a satisfação de ouvir de cada cor-retor de imóveis, que aquela imagem conquistada no passado, havia muda-do e que o CRECI-RS nesta atual ges-tão, realmente estava preocupado

com a qualificação da categoria”, explica Maria de Lourdes.

Segundo ela, os professores escolhi-dos para ministrar os cursos estão sem-pre vinculados a uma universidade, o que facilita a oxigenação do conheci-mento sobre determinado assunto. A coordenadora do PACIF contou

Novo curso do PACIF: Kit Básico do Corretor de Imóveis On-line é ministrado pelo professor Deiverson Viegas

ainda sobre uma novidade que será implantada neste ano. “Estamos tra-balhando num projeto para criação de uma plataforma EAD para os cursos do PACIF. Temos nos reunido com os professores e o Departamento de Tecnologia da Informação do Conselho para aprimorarmos essa ideia. Por enquanto estamos discutin-do metodologias, trocando experiên-cias para que possamos ofertar alguns dos cursos por meio do ensino à distância, naquelas cidades que não conseguimos chegar e para os corre-tores de imóveis que precisam se qua-lificar, mas não têm como se deslo-car”.

Em relação ao perfil dos participan-tes, a coordenadora do PACIF, tem observado diferentes tipos de público: “Em sala de aula temos recebido os alunos recém formados em TTI, mas também boa parte dos inscritos são profissionais com algum tempo de mer-cado”, concluiu Maria de Lourdes.

Além de fornecer o certificado, ao final de cada curso do PACIF, uma ava-liação com os participantes é feita, com o propósito de verificar a qualida-de do atendimento, didática do profes-sor, conteúdo e materiais disponibili-zados, visando proporcionar cursos que realmente sejam de necessidade da classe.

Coordenadora do Departamento Pedagógico do CRECI-RS, é responsável pela Implantação do PACIF. Advogada, possui mestrado em Direito Constitucional e pós-graduação em Direito Comercial e Civil. Como corretora de imóveis e professora, atuou nos Cursos de Negócios Imobiliários e Tecnólogo em Gestão Comercial da Ulbra.

Maria de Lourdes de Moura

Um prédio antigo que não tiver uma manutenção preventiva, vai aos poucos se deteriorando em termos de instalações elétricas e hidráulicas, estrutura, fachada, telhado, entre outros. O próprio desgaste natural dos materiais, num prédio com 40 e 50 anos, tem que passar por uma revisão porque esses, eram diferentes naquela época. Não adianta fazer peque-nos reparos tem que investir no patrimô-nio. A tecnologia avançou muito e a fiação elétrica atualmente é uma das coisas mais perigosas nos prédios antigos, mas hoje, ela se modificou e os materiais estão mais seguros em termos de qualidade e tempo de garantia. Os elevadores passam pelo mesmo processo, sendo uma manuten-ção mais fácil, pois o espaço dele já está ali. Hoje, com a nova tecnologia,esses elevadores funcionam com motores ainda menores e sua manutenção ficou mais fácil. Todo aquele maquinário se reduz a um painel elétrico que comanda todo

“Para uma grande reforma é fundamental contratar uma empresaou escritório de engenharia especializado, que esteja devidamente registrado”.

Eng. Nelson Moussalleelevador. Hoje, os calculistas fazem uma estrutura mais esbelta para um prédio e que dá tanta segurança quanto aqueles antigos, mas realmente esses prédios antigos tinham paredes mais espessas, por que as olarias faziam tijolos mais robustos. O que segura um prédio na verdade é a estrutura, seja ela de concreto armado ou estrutura metálica e os tijolos se usa apenas como fechamento. Antiga-mente era diferente, os tijolos que susten-tavam os prédios. Um prédio moderno e estruturado é possível modificar as paredes. Têm construtoras fazendo pré-dios somente com estruturas externas e, internamente se fecha com paredes de gesso e o comprador faz a disposição do imóvel do jeito que quiser. As paredes não são mais tão importantes assim, como antigamente. Para uma grande reforma é fundamental contratar uma empresa ou escritório de engenharia especializado, que esteja devidamente registrado.

O Centro Histórico tem uma série de referências da tradição da cidade que são muito importantes, pois marcaram a história da capital. Esse interesse acabou desencadeando medidas que foram tomadas e corporificadas no programa Monumenta. Nos últimos tempos, tudo isso começou a se materializar, primeiramente com a retirada dos camelôs da Praça XV, que foi algo importante e deu um novo viés por parte do próprio empresariado, onde algumas iniciativas comerciais também foram recolocadas dentro do Centro da cidade. O Centro sempre teve uma alta rotatividade em termos de público porque as pessoas começavam suas vidas ali e acabavam posteriormente indo para os bairros. Esse é o motivo pelo qual a população do Centro da cidade é uma população relativamente nova, salvo os saudosistas e casais mais antigos que não

“O Centro da cidade ainda é o lugar onde temos mais ofertas para locaçõese venda de imóveis devido, a alta rotatividade de pessoas”.

trocam o Centro por nada, mas este perfil, gradativamente está se modificando. No entanto, com a revitalização do Centro e o mercado imobiliário como um todo, os imóveis no Centro também se valorizaram com a conservação desses imóveis antigos, pois o nível de pessoas exigentes que não aceitam mais aqueles prédios caindo aos pedaços, forçaram os próprios proprietários a reformar seu patrimônio. O Centro da cidade ainda é o lugar onde temos mais ofertas para locações e venda de imóveis devido, a alta rotatividade de pessoas. Temos estatísticas que nos últimos cinco anos, por exemplo, o preço dos imóveis para venda e locação, aumentou 50% a mais do que o IGPM. Se o profissional deseja vender ou alugar um imóvel, ele tem que levantar todas as vantagens que o Centro oferece ao seu cliente.

Moacyr Schukster

Presidentedo Secovi-RS/Agademi

Coordenador da Câmara Especializada em

Engenharia Civil do CREA-RS

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R E V I T A L I Z A Ç Ã O

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Primeiramente temos que entender a diferença entre Centro Urbano e Centro Histórico. É importante saber onde está localizado o centro geral de Porto Alegre, que é o ponto mais central da cidade. Através da ajuda de um software, podemos identificar onde está o Centro Urbano da capital, que atualmente fica entre a Avenida Ipiranga com a III Perimetral. Deixamos claro que este não é o bairro Centro e sim o ponto central de Porto Alegre. Hoje em dia se quiseres saber o que vai valorizar, tens que identificar o potencial de centralidade de uma cidade. O Centro Histórico é aquela parte da cidade que deu origem a Porto Alegre, onde a cidade cresceu a sua volta. O Centro Histórico, com o passar dos anos, acabou se tornando um terminal de transbordo. Com a política da prefeitura de criar os Portais da Cidade, todos estes ônibus não vão chegar mais ali no Centro. Atualmente existe mais

Todo prédio com exceção daqueles que são uni-familiares, ou seja, que resida apenas uma família precisa de um PPCI, o qual chamamos de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio. As exigências variam de prédio para prédio dependendo da altura, área e ocupação. Diante destas três situações, o PPCI vai determinar se precisa ter extintor de incêndio, manguei-ras, iluminação de emergência, sensores contra incêndios que liberam água e escadas específicas a prova de fumaça e fogo. As pessoas quando forem comprar ou alugar um imóvel independentemente se for no bairro Centro terão que perguntar se existe um PPCI e se está aprovado pelo Corpo de Bombeiros. No Centro, temos principalmente, prédios com redes elétricas muito antigas, até mesmo expostas. Aqueles fios que se usavam no passado e, que hoje não usamos mais, não eram

São 26 cidades históricas no Brasil que fazem parte do programa Monumenta que hoje, está em fase de finalização. Uma parte do recurso utilizado é do financia-mento do Banco Interamericano – o BID. O Monumenta começou no Brasil em 1995 quando o BID ofereceu financiamento ao o Ministério da Cultura. No estado, Porto Alegre e Pelotas foram as cidades beneficiadas pelo programa. Em Porto Alegre o tombamento federal foi feito em 1999, que vai desde o Cais do Porto até o Palácio Piratini, passando pela Praça da Alfândega, General Câmara, Praça da Matriz. O primeiro monumento a ser revita-lizado foi o pórtico do Cais do Porto em 2002, onde também foram feitas melhorias em relação a iluminação, guarda corpo, rampas de acesso e pavimentação. Na sequência foi restau-rado o Margs, a Biblioteca Pública, a fachada do Palácio Piratini, a Igreja das

engarrafamento de ônibus no Centro da capital do que de carro. O Centro está deixando de ser um lugar funcional, para tornar-se um Centro de uso mais elitizado. Com equipamentos como o Cais do Porto que terá um investimento grande, imagina se ali for construído um shopping, tu começas a dar outra dimensão para o Centro. O Centro Histórico pode gerar outros interesses que trarão um valor imobiliário bem maior do que ele tem hoje. O cliente que vai comprar um imóvel naquela área, provavelmente será das classes B-Plus e A, quer estar perto de shoppings, do estádio e do Parque Marinha do Brasil. Atualmente o Centro possui áreas enormes, que estão mal ocupadas. A área do Exército, por exemplo, lá na Rua dos Andradas, vai chegar um dia em que o próprio Exército fatalmente irá se convencer que vender todo aquele terreno será um bom negócio.

“O Centro está deixando de ser um lugar funcional,para tornar-se um Centro de uso mais elitizado”.

“A maioria dos prédios antigos foi construída seguindo uma cultura da época,eles não foram adequados para a realidade de hoje”.

“Depois que começamos as obras, algumas imobiliárias nos procurarampedindo que informássemos sobre prédios históricos à venda”

emborrachados. Um prédio construído na década de 50 e 60 fica difícil, hoje, cobrar os mesmos padrões de segurança em relação aos novos. A maioria das causas de incêndios estão associadas a questão de sobrecarga na rede. Outro problema é a questão do gás central, pois em prédios antigos geralmente é utilizado o botijão. A maioria dos prédios antigos foi construída seguindo uma cultura da época, eles não foram adequados para a realidade de hoje. Esses prédios não têm escadas à prova de fogo e fumaça, pois havendo um incêndio, o ideal é que as pessoas não desçam pelos elevadores. Nos prédios dessas décadas não se previa o ar-condicionado, as redes de computação e uma série de equipa-mentos elétricos. Hoje, temos muito mais carga dentro daquele prédio e, é neces-sário fazer uma manutenção preventiva, senão a rede poderá sofrer um curto.

Dores, o Museu de Comunicação Hipólito José da Costa e a Pinacoteca de Porto Alegre. A Praça da Âlfandega também foi beneficiada pelo programa. Outro ponto importante, é que o programa Monumenta também financiou a restauração de prédios privados que foram tombados como patrimônio. Depois que começamos as obras, algumas imobiliárias nos procu-raram pedindo que informássemos sobre prédios históricos à venda, pois eles tinham interessados em adquirir estes imóveis. Outro fato que nos chama a atenção é a procura de órgãos públicos e entidades de classes para que indique-mos prédios históricos, os quais possam restaurar, alegando ter somente recursos para restauração e não para a compra. Com esse processo de revitalização dos prédios públicos, a restauração de imó-veis privados acabou vindo em cadeia. É uma espécie de contaminação positiva.

Benamy Turkienicz Tenente-CoronelHumberto Teixeira

Briane Bicca

Professor do curso de Arquiteturada UFRGS e doutor em Urbanismo

unca se comercializou tantos imóveis no Centro de Porto Alegre, bom para os Ncorretores de imóveis e imobiliárias que

festejam junto com a capital mais um ano em que a cidade se desenvolve e se modifica positivamente. O chamado Centro Histórico, que é a parte mais importante de Porto Alegre no que se refere à cultura, por anos acabou sendo esquecido e sucumbido à ação do tempo. Hoje, o Centro pulsa e está novamente vivo graças a projetos de revitalização oriundos do governo federal em parceria com recursos dos poderes municipal, estadual e também da esfera privada.

A Copa de 2014 irá trazer inúmeros benefícios para a cidade em termos de infraestrutura, prometendo aquecer o mercado imobiliário, sendo que esse processo de reinvenção do Centro, faz parte deste ambicioso projeto esportivo. A Revista CRECI-RS ouviu cinco especialistas de diferentes segmentos, que analisaram este processo de revitalização do Centro Histórico sob o ponto de vista urbano, cultural, comercial, da infraestrutura e da segurança, que irão influenciar diretamente nas intermediações imobiliárias destes imóveis antigos, reformados ou novos, localizados no Centro da capital.

O Centro de Porto Alegre se renova e abre asportas para um novo processo de valorizaçãode imóveis comerciais e residenciais

O Centro de Porto Alegre se renova e abre asportas para um novo processo de valorizaçãode imóveis comerciais e residenciais

Coordenadorado Programa Monumenta

em Porto Alegre

Comandante do 1º ComandoRegional de Bombeiros - Porto Alegre

Page 5: Revista CRECI-RS #17

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Assessores de Comunicação do Sistema Cofeci-Creci

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ornalistas de 20 Estados e do Distrito Federal, respon-sáveis pela relação do Sistema com a opinião pública, Jse encontraram em Brasília, nos dias 24 e 25 de fevere-

iro, na sede do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), para uma série de workshops.

O tema central do encontro, neste ano, foi o Uso das Mídias Sociais na Comunicação do Sistema Cofeci-Creci, que teve um treinamento em novas tecnologias durante todo o dia 25. Outras palestras foram proferidas no dia 24, entre elas A Fiscalização no Mercado Imobiliário, Divulgação de Pesquisas - Um Serviço de Utilidade Públi-ca, O Brasil, o Cofeci e o mercado imobiliário internacio-nal. “Nosso principal objetivo com essa iniciativa é dispo-nibilizar aperfeiçoamento às nossas equipes de comunica-ção para que atendam a sociedade, o corretor de imóveis e o mercado imobiliário de forma ágil, prestando informa-ções relevantes e com qualidade”, informou o presidente do Sistema Cofeci-Creci, João Teodoro.

A organização do treinamento foi feita pela Engenho Criatividade e Comunicação, sob a supervisão da jornalista Kátia Cubel, diretora da agência.

participam de 3º Encontro Nacional em Brasília

ara desafogar o depósito da Delegacia de Polícia Civil de PTramandaí, no litoral gaúcho, o

delegado Paulo da Silva Perez juntamen-te com o inspetor de polícia Gérson Novisk, tiveram a iniciativa de fazer um cadastro para bens móveis. A ideia é ali-mentar um banco de dados, onde a popu-lação da cidade e municípios próximos possam cadastrar gratuitamente seus obje-tos por meio do número de série existente em cada produto. O cadastro é feito pelos proprietários através do número de iden-tidade e, uma senha é fornecida no ato do registro. Somente a Polícia Civil terá aces-so as informações para posteriormente entrar em contato com os proprietários para a recuperação dos bens apreendidos.

Os objetos recuperados acabam divi-dindo espaço com uma infinidade de pro-dutos contrabandeados, oriundos de ope-rações contra a pirataria no município. Segundo o delegado, esses objetos são resultantes de operações da Polícia Civil e da Brigada Militar no município, e o des-tino deles, acaba sendo o depósito super-lotado da delegacia. “Geralmente os bens móveis, por exemplo, televisões, geladei-ras, celulares, são recuperados quando fazemos “batidas” policiais em pontos de tráfico de drogas. São objetos que foram furtados ou roubados por terceiros e depo-is trocados por drogas”, explicou o dele-gado Perez.

De acordo com o delegado de Tramandaí, os números relacionados ao arrombamento de residências aumentam após o final da temporada de veraneio. “Temos cerca de 25 mil residências de veranistas e muitos vêm somente para pas-sar as férias. Hoje a maior parte das dele-gacias estão com os depósitos abarrota-dos de objetos que não conseguimos iden-tificar os proprietários. Os Corretores de Imóveis exercem um papel muito impor-tante na cidade para a divulgação desse serviço, pois trabalham com o patrimônio imobiliário”, conclui o delegado.

O serviço para o registro de bens móve-is conta com o apoio do Conselho de Pró Segurança Pública de Tramandaí e o cadastro pode ser feito diretamente no site www.conseprotramandai.com.br.

Polícia Civil de Tramandaíinstitui cadastro gratuito de bens móveis

S E G U R A N Ç A

Assessores de Comunicação durante o 3º Encontro Nacional, em Brasília

Presidente do Cofeci, João Teodoro deu as boas vindas aos jornalistas

P A R C E R I A

Os idealizadores do projeto: Delegado Paulo da Silva Perez e o Inspetor Gérson Novisk

Residências são alvos de arrombamentos após a temporada de verão

Número de série pode ser encontrado junto ao código de barras

Page 6: Revista CRECI-RS #17

Presidente Flávio Koch e delegação do CRECI-RS

ACESSE NOSSO SITE AGORA E VEJA A LISTA COMPLETADOS CURSOS, MAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES.

Cursos em destaque:

KIT BÁSICO DO CORRETOR DE IMÓVEIS ON-LINE

NEGOCIAÇÃO EM PROCESSOS DECISÓRIOS

CONTRATOS AGRÁRIOS

AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS E PERÍCIAS

ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS E LOCAÇÃO

Corretores de Imóveis e empresários do setor imobiliário.

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A P E R F E I Ç O A M E N T O

Atualize seus dados cadastraise aproveite os benefícios

R E V I S T A D O C O N S E L H O R E G I O N A L D E C O R R E T O R E S D E I M Ó V E I S • 3 ª R E G I Ã O • B R A S I L • A B R I L 2 0 1 1 w w w . c r e c i - r s . g o v . b r

er corretor de imóveis, dentro do cenário econômico atual de nosso país, é indício de muito sucesso, princi-Spalmente para os bons profissionais, que buscam sem-

pre estar atualizados junto a seu Conselho Profissional e são éticos no exercício de suas funções. O mercado consumidor está cada vez mais exigente, e não tem mais receio de buscar informações sobre o profissional que está intermediando um negócio imobiliário. Pensando nisso, o CRECI-RS lançou uma cartilha que irá auxiliar os seus inscritos sobre como pro-ceder para atualizar os dados cadastrais.

A Campanha Atualizar busca instruir os corretores de imóveis e os empresários do ramo imobiliário, sobre como manter sempre atualizado seu cadastro junto a este conselho profissional, bem como a importância e os benefícios deste ato.

Objetivo

c a m p a n h a

c r e c i - r s

I N F O R M A T I V O

Para facilitar o acesso as informações, o CRECI-RS lançou a cartilha da Campa-nha Atualizar, onde estão disponíveis todas as instruções sobre como fazer a atu-alização cadastral.

Como fazer?

Onde encontro acartilha da CampanhaAtualizar?

Os profissionais e as imobiliárias que mantêm sempre atualizados seus dados e sua situação profissional junto ao CRECI-RS têm uma comunicação mais próxima com o conselho. Através dos dados, como endereço, e-mail e telefone, atualizados, o corretor de imóveis rece-berá tranquilamente em sua casa a Revista do CRECI-RS, os boletos para pagamento da anuidade, os cartões come-morativos, as notícias via newsletter e os convites para participar de eventos de interesse da categoria profissional. Aqueles que não exercem mais a profis-são precisam comunicar ao conselho sobre sua nova situação profissional. Após esta ação e de realizar os trâmites legais, não correrão o risco de adquirirem dívidas futuras. Acima de tudo o cliente imobiliário tem maior confiança no pro-fissional que possui seu cadastro atuali-zado junto ao órgão fiscalizador.

Quais sãoos benefícios?

A cartilha está disponível na sede do Conselho, nas Delegacias Regionais e no site do CRECI-RS.

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aperfeiçoamento

profissional com

quem é especialista.

A equipe do

PACIF abriu

novos cursos

para 2011.

*Cursos e conteúdos sujeitos a alterações

São mais de 250 turmas

previstas para este ano,

com cursos que

abrangem todo o Estado

do Rio Grande do Sul.

A T E N Ç Ã O :

Page 7: Revista CRECI-RS #17

20 9w w w . c r e c i - r s . g o v . b rR E V I S T A D O C O N S E L H O R E G I O N A L D E C O R R E T O R E S D E I M Ó V E I S • 3 ª R E G I Ã O • B R A S I L • A B R I L 2 0 1 1

F O R T A L E C I M E N T O

IV Congresso Sul Imobi-liário, chamado de Consim, já Otem data marcada, será reali-

zado de 29 de setembro a 01 de outu-bro, em Foz do Iguaçu. O evento tem como tema principal a evolução do mercado imobiliário diante dos even-tos esportivos que serão realizados no Brasil. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná, CRECI-PR, é o responsável pela orga-nização do Congresso com a co-realização do Cofeci, CRECI-SC e CRECI-RS. Esta é a primeira vez que o evento é sediado no Paraná, a última edição foi no Rio Grande do Sul, em Gramado. Os organizadores esperam a participação de mais de 800 profis-sionais.

O presidente do CRECI-PR, Alfre-do Canezin e os presidentes Flávio Koch (CRECI-RS) e Carlos Josué Beims (CRECI-SC), promoveram uma reunião, em Porto Alegre, na últi-ma semana, em que decidiram o tema principal e o formato do Congresso. A grade de palestras, painéis e cursos serão divulgadas nos próximos meses.

Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016são os temas centrais do IV CONSIM

O Consim é realizado de dois em dois anos pelo Creci do PR, SC e RS. Em todas as edições o evento superou as expectativas de público e foi considera-do um sucesso pelos profissionais. O objetivo dos organizadores é fazer com que o Congresso apresente as tendênci-as do setor e aprimore os conhecimen-tos dos corretores de imóveis diante das novas perspectivas de mercado.

Presidente CRECI-PR Alfredo Canezin, presidente CRECI-RS Flávio Koch e Carlos Josué Beims presidente CRECI-SC

Foz do Iguaçu cidade é considerada um dos mais importan-tes destinos turísticos do país. Foz do Iguaçu Aestá localizada no extremo oeste do Paraná,

na divisa do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Os principais pontos turísticos da cidade são as cata-

ratas do Iguaçu, Itaipu Binacional, Parque das Aves e Espaço das Américas. Foz do Iguaçu possui fácil aces-so para o Paraguai e Argentina.

Canezin relata que o Congresso será muito importante para os profissiona-is, pois os eventos esportivos realiza-dos no Brasil irão movimentar o mer-cado imobiliário. “A Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016 influenciarão na evolução do setor imobiliário, os cor-retores de imóveis precisam estar tec-nicamente preparados para estes eventos”.

DADOS GERAIS

Mesorregião: Microrregião: Municípios limítrofes:

Área: População:

Densidade: Altitude: Clima:

IDH:PIB:

Oeste Paranaense Foz do Iguaçu

Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu, além de Ciudad del Este, no Paraguai e Puerto Iguazu, na Argentina.

617,701 km² 311.336 hab. est.

IBGE/2007 504,0 hab/km²

192 metros Subtropical Cfa

0,802 elevado PNUD/2007 R$ 4.853.331 mil IBGE/2005

PIB per capita: R$ 16.102,00 IBGE/2005

“puxou” o Correspondente Imo-biliário, pois costumamos traba-lhar esse Correspondente fazendo reuniões seguidas pra que ele en-tenda a proposta da Caixa. Quando falamos em Correspondente Imo-biliário, estamos imaginando cor-retores de imóveis atrás de Cor-respondentes Imobiliários, não ne-cessariamente uma empresa sem capacitação, mas alguém com o Creci para vender o produto para nós.

Muitos corretores de imóveis procuram o CRECI-RS para es-clarecer quais as exigências para se tornar um Correspondente Imobiliário. Por favor, fale sobre os requisitos básicos.Pedro Lacerda: Poderão ser Correspondentes Imobiliários em-presas devidamente habilitadas e que tenham o perfil adequado para trabalhar com construção civil ou materiais de construção, que tenham o CNPJ regular ou que no seu objeto social tenha a condição de negociar empreendimentos imobiliários. É somente para pes-soa jurídica.

E com relação aos corretores de imóveis autônomos? Pedro Lacerda: Não, o Corres-pondente Imobiliário é uma figura jurídica que necessita de um CNPJ.

Existe a possibilidade de se rever esta regra atual? Pedro Lacerda: No momento não, isso seria num outro fórum que teria que ser discutido a nível nacional, hoje nas regras atuais, até por conta de legislação, não é permitido. Teria que ter uma alteração maior neste sentido. So-mente imobiliárias e construtoras com CNPJ poderão ser Corres-pondentes Imobiliários, desde que sua atividade seja vinculada ao ramo imobiliário. Seja comercia-lização, construção ou incorpo-ração.

Recebemos no CRECI-RS mui-tos questionamentos com rela-ção ao Correspondente Imobi-liário, a CEF prevê a criação de um novo modelo que possibilite a inclusão dos corretores de imó-veis autônomos? Pedro Lacerda: Hoje estamos com o modelo do Correspondente Imobiliário 2 começando. É o cha-mado Correspondente Pleno, porém ainda não está funcionando individualmente. Aqueles corre-tores de imóveis que atuam via empresa ou empreendimento já estão trabalhando e logo teremos o modelo individual também. Neste processo o corretor de imóveis vai fazer tudo, ele é o responsável pela a aproximação com o cliente, mon-tagem do processo e a aprovação do cliente. Ele terá uma senha do sistema da Caixa e vai aprovar a capacidade de pagamento do cliente. Ele terá a gestão do proces-so na mão dele. O Correspondente Imobiliário 2 irá atuar como se fosse uma extensão da Caixa nesse novo modelo. Este é um sistema novo que está sendo aprimorado.

Existem imobiliárias no estado que já estão trabalhando com este novo modelo?Pedro Lacerda: Em Porto Alegre, temos umas oito ou 10 imobiliárias trabalhando neste novo processo e,

em Canoas também, porque o município pertence a nossa superintendência, mas ainda trata-se de um projeto experimental.

Atualmente qual é o percentual repassado aos Correspondentes Imobiliários que fecham os con-tratos do programa Minha Casa Minha Vida? Pedro Lacerda: A Caixa remune-ra o Correspondente por contrato e, é um percentual variável, no caso do FGTS ou Minha Casa Minha Vida que é de até 130 mil reais do valor de avaliação do imóvel, a Caixa paga 0,5 % sob esse valor, podendo chegar até 0,70%. Recursos do SPBS – recurso de poupança – ele é 0,70%, podendo chegar a 1%. O que é esse podendo chegar? A Caixa criou um pacote de produtos que visam motivar o comprador a ser cliente da Caixa. Não podemos e nem devemos forçar um cliente a abrir conta na Caixa, mas por obrigação todo gerente e todos os Correspon-dentes assinam um contrato com a Caixa de oferecer esse produto, uma vez o cliente aceitando, ele adquire um pacote que é simples-mente abrir uma conta corrente na caixa com cheque especial e cartão. Esses três produtos fazem o diferencial de percentual de remu-neração.

F I N A N C I A M E N T O

Minha Casa Minha Vida prevê 2 milhões de moradias em quatro anos

Page 8: Revista CRECI-RS #17

Lajeado

O P O R T U N I D A D E

1910 w w w . c r e c i - r s . g o v . b rR E V I S T A D O C O N S E L H O R E G I O N A L D E C O R R E T O R E S D E I M Ó V E I S • 3 ª R E G I Ã O • B R A S I L • A B R I L 2 0 1 1

C O N S E L H O S

A importância do advogado no mercado imobiliário

aquisição da casa própria é provavelmente a compra mais importante que um brasileiro Afaz na sua vida. Muitas vezes ele deposita ali

as economias de uma vida inteira. Por este motivo, cada vez mais, a boa atuação de dois profissionais é fundamental para que a realização da transação seja segura e tranquila.

Sobre o papel do advogado, é ele quem dá consulto-ria sobre o registro da propriedade, sobre os impostos pagos ou devidos, e ainda averigua a existência de ações judiciais que envolvam o imóvel.Faz parte do seu ofício, também, elaborar o contrato de compra e venda, aconselhar o cliente sobre suas consequências legais e explicar possíveis obrigações que o cliente irá assumir. Também é seu mister orientar o cliente quanto os efeitos de quaisquer hipotecas ou demais gravames existentes sobre os imóveis objeto da contratação.

Sua atuação junto às imobiliárias e corretores de imó-

Claudio Pacheco Prates Lamachia,Advogado

Presidente da OAB/RS

"No mercado de imóveis, como se vê,dois profissionais são fundamentais:o corretor de imóveis e o advogado."

veis é igualmente importante, especialmente após as mudanças ocorridas na Lei do Inquilinato (Lei 8.245) e do novo Código Civil.

Enfim, seja na atuação junto a corretores de imóveis ou no auxílio aos que estão vendendo ou adquirindo uma propriedade, cabe a ele garantir a segurança jurí-dica em todo o processo.

Presidente Flávio Koch e delegação do CRECI-RS

Page 9: Revista CRECI-RS #17

ssim como a maioria das empresas de diversos seg-Amentos, as do ramo imo-

biliário, também necessitam de um plano estratégico em marketing e ven-das para o sucesso de seus negócios e a consolidação de sua marca num mer-cado tão competitivo como é o nosso. O mercado imobiliário evoluiu muito nos últimos anos em relação às estra-tégias de financiamento imobiliário, crédito imobiliário, solidez das cons-trutoras e incorporadoras, mas antes de definir um Plano de Marketing é importante definirmos de maneira sim-ples e fácil o conceito de marketing: A tradução da língua inglesa para por-tuguesa de marketing é “doing the market”, ou seja, “fazendo o mercado, trabalhando o mercado, formatando o mercado e definindo o mercado”.

Segundo o professor do MBA em Gestão de Negócios Imobiliários e da Construção Civil da Fundação Getúlio Vargas - Porto Alegre, Paulo Pôrto, essas definições são essenciais antes de se iniciar a elaboração de um Plano de Marketing. “O mercado imo-biliário evoluiu, mas efetivamento o marketing imobiliário não se desen-volveu como poderia, considero inclusive que este marketing ainda está em criação, longe de atingir sua maturidade; assim sendo, o Plano de Marketing Imobiliário hoje se con-centra em ações táticas, não estratégi-cas, tanto assim que o Trade Marketing Imobiliário (Marketing do Ponto de Venda, Marketing junto aos Corretores) foi a variável que mais tem apresentado evoluções neste mer-cado. A exemplo, podemos citar as promoções de rua, os 'homens-seta', os panfletos, o 'stand de vendas', etc”. Esse tem sido o diferencial de comu-nicação no mercado imobiliário, mas isto é muito pouco ainda, o Plano de Marketing Imobiliário precisa apre-sentar seus benefícios e atributos estratégicos, de valorização da marca, do produto e da incorpo-radora/construtora ou da

imobiliária”, observou Paulo Pôrto.Conforme o professor da FGV, o

Plano de Marketing no Mercado Imobiliário deve ser aplicado imedia-tamente na valorização das marcas, na valorização dos produtos, e finalmen-te e muito importante, na valorização das equipes de vendas dos corretores de imóveis. Ele ainda afirma que,o Plano de Marketing Imobiliário deve extrapolar as táticas promocionais e focar as estratégias mercadológicas de médio e longo prazo. “O sucesso de um Plano de Marketing é a interação constante com as equipes de vendas, sejam estas as imobiliárias e/ou os cor-retores de imóveis. Quanto maior a aproximação com este grupo de interlocutores do mercado imobi-liário, maiores serão as chances de um sucesso de vendas. Infelizmente nem todas as incor-poradoras e construtoras tomam esta premissa como essencial para um sucesso de vendas, o que acaba acarretando em estoques e fracassos comerciais”, salienta.

Segundo ele, a valorização das relações profissionais especi-ficamente com os corretores de imóveis é o que vai definir um

bom Plano de Marketing Imobiliário. “Para um correto e adequado Plano de Marketing Imobiliário nunca deixaria de considerar e planejar as atividades de endomarketing com as imobiliárias e os corretores de imóveis, isto é, temos que estar sempre presentes nas cabeças de quem vai ofertar e vender nossos produtos. Para tal, não preci-samos ter peças de comunicação caras, precisamos ter verba para festa, comemoração, campanha de vendas, treinamento de corretores de imóveis, enfim, precisamos estar muito próxi-mos às equipes que vendem nossos produtos e serviços imobiliários”, con-cluiu Paulo Pôrto.

22 7

C O N H E C I M E N T O

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Marketing estratégicofocado no mercado imobiliário

P R O F I S S I O N A L I S M O

Colaboradores em DestaqueReconhecimento, palavra chave em nossa política de

valorização de profissionais e apoiadores, nesta edição, damos continuidade as devidas homenagens no intuito de agradecer aos nossos colaboradores.

A agente administrativa do Departamento de Cobrança, Jaqueline Ribeiro é estudante do 5º semestre de Geografia-Licenciatura na Ulbra. A funcionária ingressou no Conselho através do concurso público realizado em setembro de 2008, sendo convocada para integrar a equipe do Departamento de Cobrança em novembro de 2009. “Quando recebi a notícia da convocação para trabalhar no setor de Cobrança, fiquei um pouco apreensiva, pois não tinha nenhuma experiência neste setor. Mas como todo o desa-fio, encarei e a cada dia venci mais um obstáculo. Trabalhar no CRECI-RS tem sido importante para meu crescimento pro-fissional e pessoal”.

Lembrando que o CRECI-RS, homenageando tais funcionári-os, vem por meio destes agradecer ao profissionalismo apre-sentado, não só por estes em destaque, mas também por todas aquelas pessoas que dedicam seu trabalho a autarquia.

Em outubro de 2008, Luciano foi contratado como estagiário para tra-balhar no setor jurídico do CRECI-RS. Em agosto de 2010 formou-se em direito pela UNIRITTER, sendo que em setembro foi efetivado no Departamento Jurídico para exercer o cargo de agente administrativo.

"Trabalhar no Departamento Jurídico do CRECI-RS é um orgulho e uma satisfação, pois estou num aprendizado constante tanto nas rela-ções interpessoais como no lado profissional. Nosso Conselho, princi-palmente na gestão do presidente Sr. Flávio Koch, tem primado pela qua-lidade, integração e produtividade dos seus colaboradores em prol do crescimento e valorização dos corretores de imóveis. Como consequên-cia deste trabalho, o CRECI-RS tornou-se um modelo seguido por outros Conselhos Profissionais".

Iniciou em 2002 como agente de fiscalização do CRECI-RS em Passo Fundo, atuando nos demais municípios da região e litoral norte. Atualmente, exerce suas atividades em Porto Alegre.

“Trabalhar no Creci é sempre um motivo de orgulho, pois permite que conheçamos vários profissionais corretores de imóveis em todo estado, proporcionando uma visão diferente da nossa atuação. Faço parte de uma equipe de fiscalização dinâmica com excelentes colegas, que encontra-se numa posição privilegiada no ranking do Conselho Federal. Penso que nosso trabalho tem uma importância muito significativa em prol da categoria e da sociedade, tendo como ponto forte a atual gestão”.

Paulo Pôrto é Engenheiro Químico (Universidade Federal de São Carlos-SP), com MBA Executivo

em Serviços (COPPEAD) e MBA em Marketing (FGV-RJ). Professor da FGV e também

Consultor de Marketing e Vendas.

Jaqueline Ribeiro

Luciano Jara La'Porta

Joel Luciano S. de Oliveira

Page 10: Revista CRECI-RS #17

8 21R E V I S T A D O C O N S E L H O R E G I O N A L D E C O R R E T O R E S D E I M Ó V E I S • 3 ª R E G I Ã O • B R A S I L • A B R I L 2 0 1 1 w w w . c r e c i - r s . g o v . b r

ais uma vez milhares de cavaleiros e cavaleiras, Mdesfilaram pelos duzen-

tos quilômetros de areias do Oceano Atlântico, de Torres a Palmares do Sul. O idealizador desse evento foi o Advogado, Escritor, José Machado, carinhosamente chamado de Dr. Machadinho, maior incentivador do plantio de Pinos Ilhotes no litoral, também ex-cavaleiros da Paz, que fez o trajeto de Santiago de Compos-tela, rota Portugal, Espanha a cavalo.

A Cavalgada do Mar nasceu para homenagear os sesquicentenário da Revolução Farroupilha e protestar pela venda do Banco Sul Brasileiro, que virou Meridional e que no final foi comprado pelo Santander, nesse tiroteio morreram a SBOFA - Sociedade Beneficente dos Oficiais das Forças Armadas e o Montepio da Família Militar, e minha aposentado-ria privada que tinha iniciado pagar, do meu salário, aos 14 anos.

Cumprindo a finalidade de protes-tante e defensora da nossa cultura regional a cavalgada se manteve e se mantém, agora sob o comando de

Programa Minha Casa Minha Vida REGIONALISMO

PRA QUEM DORME NOS ARREIOS PRA QUEM DORME NOS ARREIOS PRA QUEM DORME NOS ARREIOS

completa dois anos em abrilPor Dorotéo Fagundes de Abreu

esde que o governo federal anunciou oficialmente o programa Minha Casa Minha Vida, em 13 de Dabril de 2009, o mercado imobiliário mostrou-se

entusiasmado com os planos de financiamento com juros mais baixos destinados à população de baixa renda. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, no estado do Rio Grande do Sul foram contratadas 71.998 unidades habitacionais e financiados 71.633 contratos em 2010, no valor de R$ 5,6 bilhões. As linhas de crédito com recursos do FGTS alcançaram mais de R$ 2,962 bilhões, com 41,753 contratações em 2010. Para as operações do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) o volume foi de R$ 1,9 bilhões, beneficiando 16.529 famílias. Somente no município de Canoas foram entre-

gues 420 unidades habitacionais de dois empreendimen-tos e assinados quatro contratos para a construção de 1.530 novas moradias. O total do investimento para estes seis empreendimentos é de R$ 126 milhões. As novas mudanças previstas para o Minha Casa Minha Vida 2 ainda causam muitas dúvidas, que aos poucos vão sendo absorvidas pelo mercado imobiliário e adaptadas ao novo cenário econômico nacional.

A Revista CRECI-RS entrevistou o Gerente Regional da Construção Civil da Caixa Econômica Federal, em Porto Alegre, Pedro Lacerda, o qual falou sobre as principais metas, desafios e a importância da parceria dos corretores de imóveis no desenvolvimento dos planos de financia-mentos habitacionais junto à CEF.

F I N A N C I A M E N T O

Gerente Regional da Construção Civil da Caixa Econômica Federal em Porto Alegre, Pedro Lacerda

Vilmar Romeira, transformando-se no maior evento do gênero do mundo, e certamente o único contingente nôma-de do planeta em marcha á cavalo em tempo de paz, porque para cada cava-leiro há três no apoio, fazendo o acam-pamento circular em convívio, por mais de seis mil pessoas.

Realmente é uma grande festa, além do festival gastronômico e etíli-co, muita tertúlia, palestras, shows e bailes, se desenvolvem por derredor das barracas, em comunhão no culto das tradições gaúchas, assim, natu-ralmente o evento, transformou-se num belo produto turístico de lazer e entretenimento para o Estado.

É muito comum no meio da multi-dão, encontrar personalidades de diversos setores de nossa sociedade, principalmente do meio empresarial, político, artístico e de imprensa, o que demonstra que o gosto pelo cava-lo e pela cavalgada não tem um ramo especifico, nem obriga que sejam o dos campeiros, muito pelo contrario, quem vive o ano inteiro na campa-nha, nesta época de férias quer sol, mar e distância dos arreios, embora

uns mais idealistas, não aguentam a tentação e acabam participando do evento como diversão de um modo “vi vendi” que lhe é oficio.

Há quem não goste de cavalgada, como há quem não goste de carna-val, de futebol e de festança, mas eu que gosto de tudo que for sadio, peço que me perdoem os que se incomo-dam com isso, porque estive na Cavalgada do Mar como vários cava-leiros do Instituto Cavaleiros Farrou-pilhas, relembramos edições que par-ticipamos como primeiro repórter a cavalo da história do rádio brasileiro, na 3ª. Cavalgada da Paz, de Canguçu a Colônia do Sacramento, pela Rádio Liberdade de Canguçu e depois nas cavalgadas do Mar, de 2002 e 2003, pela Rádio Gaúcha.

T R A D I Ç Ã O

Para pensarReculutando da sensibilidade de Telmo de Lima Freitas homenageio a cavalaria gaúcha, dizendo:“E nessa marcha batida, esqueço o último pealo, por isso devo ao cavalo por ter chegado até aqui!”

Existe alguma previsão para se elevar o número de financiamen-tos habitacionais com o Programa Minha Casa Minha Vida 2, em 2011?Pedro Lacerda: A previsão do programa, informalmente falando, inicialmente é que sejam 2 milhões de moradias em quatro anos, essa é a proposta. O programa Minha Casa Minha Vida original era de 1 milhão de unidades, em 20 meses. A Caixa Econômica Federal, a nível nacional atingiu a meta em todo país inclusive no Rio Grande do Sul. Fechamos o programa com mais de 70 mil unidades, sendo que a nossa meta para o estado era de 50 mil unidades. Fechamos além do número previsto, ficando acima de várias regiões. O estado alcançou o 5º lugar em número de financiamentos.

Em sua opinião, o programa Mi-nha Casa Minha Vida contribuiu para diminuir o déficit de mora-dias no país nesses últimos dois anos? Pedro Lacerda: Sim. O programa é altamente inovador neste aspecto e algumas inovações em relação aos programas anteriores fizeram com que muitas pessoas que não tinham acesso a moradia, pudes-

sem ter em razão dos subsídios e de algumas medidas técnicas que foram adotas como o alongamento do prazo, redução da taxa de juros e redução do seguro. Então tudo isso ajudou para que as pessoas inclu-sive as mais jovens pudessem ter acesso a habitação cada vez mais cedo. Existe um déficit que é quantitativo, que é natural no país e, existe também um déficit qualitativo, porque existem pes-soas que estão aproveitando o programa para trocar de moradia.

Para a Caixa Econômica Fede-ral, qual a importância dos cor-retores de imóveis para o bom andamento do programa Minha Casa Minha Vida?Pedro Lacerda: Ele vai além do programa Minha Casa Minha Vida, pois o corretor de imóveis é fundamental para qualquer operação. Eu diria que ele é o parâmetro do sonho da casa própria realizado ou o pesadelo ali na frente com um cliente. Para mim isso é muito claro e por isso agente

Page 11: Revista CRECI-RS #17

5

F I S C A L I Z A Ç Ã O

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a última reunião plenária realizada em feve-reiro deste ano, na qual o Departamento de NFiscalização do CRECI-RS apresentou o

balanço referente ao ano de 2010, o coordenador de Fiscalização, Cleber Santos entregou uma placa em homenagem ao presidente Flávio Koch.

Fiscalização presta homenagem ao presidente Flávio Koch

CRECI-RS é destaque na Revista do COFECI

Departamento de Fiscalização do CRECI-RS foi destaque na Oúltima edição da Revista do

Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI). Na matéria veicula-da na publicação de dezembro, o assunto em evidência foi a tradicional Operação Veraneio realizada pelo CRECI-RS em

defesa de um verão mais seguro tanto para os corretores de imóveis quanto para a população. Outro assunto abordado foi o Programa de Aperfeiçoamento para Corretores de Imóveis e Funcionários (PACIF), implantado pelo conselho em abril de 2010, que já capacitou mais de 1 mil profissionais da categoria.

Presidente Flávio Koch recebeu a homenagem

do coordenador de Fiscalização, Cleber Santos

A honraria foi concedida ao presidente do CRECI-RS por causa do constante incentivo e apoio ofereci-do ao Departamento de Fiscalização, que evoluiu gra-dativamente desde que Flávio Koch assumiu o con-selho no ano de 2007, em seu primeiro mandato como presidente da autarquia.

R E V I S T A D O C O N S E L H O R E G I O N A L D E C O R R E T O R E S D E I M Ó V E I S • 3 ª R E G I Ã O • B R A S I L • A B R I L 2 0 1 1

Rafael Nunes CRECI 31.132

24

P A R T I C I P A Ç Ã O

Sou corretor de imóveis a aproximada-mente cinco meses, venho aqui compar-tilhar com vocês como foi minha primeira experiência de venda, acredito que todos nós corretores nunca vamos nos esquecer de nossa primeira venda. Estava eu na imobiliária, em uma terça-

feira chuvosa e bastante desanimada, quando tocou o telefone, era uma cliente muito especial, buscando apartamento de dois dormitórios no centro de Gramado. Mostrei várias opções, ela muito exigente, não gostou de nenhuma. Como era minha primeira venda, resolvi convidar meu colega Marcos Rosa para que fizéssemos uma parceria. Depois de alguns dias de trabalho, os clientes adoraram um apartamento no bairro Planalto e a venda foi concluída. No dia 19/02/11, eu e meu colega Marcos,

fomos no apartamento mobiliado e decorado, para comer um churrasco a convite dos meus primeiros clientes que jamais esquecerei.Quando recebi o telefonema para o

convite, me enchi de orgulho, por saber que fiz um ótimo trabalho e que foi reco-nhecido de tal forma que nos convidaram para um almoço depois que o apartamento ficou pronto. Isso foi um prazer para mim! Tão bom quanto ver a satisfação do cliente é saber que a cada novo atendimento, se faz uma nova amizade.

Estes dias recebi a visita de um colega corretor de imóveis, interessado em vender uma área que possuo em meu cadastro. Este imóvel, em particular, precisa que seja feito um estudo planialtimétrico, para que se conheça todas as curvas de nível e as áreas inundáveis, sendo conhecido, assim, qual o percentual de utilização do solo, face existência de regiões alagáveis em grande parte de sua superfície.Disse a ele que já havia recomendado aos proprietários que fizessem tal estudo, para que possamos entender o real potencial do imóvel, mas que das duas herdeiras, uma queria fazer e a outra não. Daí que ele disse a seguinte frase: "Rafael, para vender imóvel, é preciso enfeitar a noiva!"Na sequência da conversa, percebi que não era na forma pejorativa que ele estava falando. Não é "enfeitar a noiva", no sentido de esconder os defeitos para que o pretendente se engane. O "enfeite" a que se referia dizia respeito a dar ao imóvel uma roupagem decente, completa, digna de o pretendente dizer "é este imóvel que eu quero".O "enfeitar a noiva" pode ser na documentação completa e acessível, em estudos aprofundados de viabilidade técnica e econômica da área, na pintura de um imóvel para dar-lhe uma aparência melhor, na correção de uma infiltração, etc.Certa vez, fui procurado para auxiliar na venda de seis imóveis no bairro Azenha, em Porto Alegre (quatro coberturas e dois apartamentos). Estava difícil alienar os imóveis, pois os interessados visitavam e não compravam. Quando fui conhecê-los, percebi que os livings, com as paredes sujas do tempo e de uso e os carpetes

puídos causavam mal estar na primeira impressão. Orientei o proprietário a colocar, no piso social, piso laminado em todos os apartamentos e pintar as paredes com uma tinta branca bem básica. Vendemos cinco dos seis imóveis em dois meses!Então, caso você tenha um imóvel para vender, "afaste-se" dele, dispa-se do olhar sentimental e viciado de todos os dias e faça de conta que é um interessado. Perceba, com isto, onde podes enfeitar o imóvel de modo que você mesmo o compraria. Caso não consiga fazer isto, chame alguém para ajudar neste olhar crítico. Vai valer a pena!Nos casos apresentados acima, três galões de tinta e 108m² de piso ajudaram a vender seis apartamentos; R$3.000,00 em um estudo planial-timétrico pode viabilizar a venda de uma área com valor estimado em R$5milhões.

Olá caros colegas,

Robert WelterCRECI 39.075

Enfeitando a noiva

Page 12: Revista CRECI-RS #17

C O N H E C I M E N T OD I R E I T O I M O B I L I Á R I O

236 R E V I S T A D O C O N S E L H O R E G I O N A L D E C O R R E T O R E S D E I M Ó V E I S • 3 ª R E G I Ã O • B R A S I L • A B R I L 2 0 1 1

Gestão de Equipes de VendasLiderança e Motivação de Vendedores

1 - Antes de autorizar um corretor de imóveis ou pessoa jurídica a ofertar e intermediar o negócio, exigir a apre-sentação da cédula ou da carteira de identidade profissio-nal expedida pelo CRECI-RS, ou do certificado de inscri-ção da pessoa jurídica, verificando ainda se o corretor de imóveis ou a pessoa jurídica se encontram ativos no Órgão de Classe (consulta disponível no site do CRECI-RS);

2 - Formalizar, por escrito, a autorização de venda ou o contrato de prestação de serviços de mediação imobiliá-ria (é obrigação ética do inscrito no CRECI-RS contratar previamente e por escrito a prestação de seus serviços pro-fissionais);

3 - Caso deseje que o corretor de imóveis ou pessoa jurídi-ca anuncie publicamente a proposta de transação (placa no imóvel ou anúncio em jornal), formalizar a autoriza-ção de venda com exclusividade (o inscrito no CRECI-RS não pode anunciar publicamente proposta de transa-ção de imóvel sem a autorização por escrito e com exclu-sividade);

4 - Caso a construção da casa ou do prédio erigido sobre o terreno não se encontrem averbados nos órgãos compe-tentes, tratando-se de sua obrigação realizar tal averba-ção, informar ao corretor de imóveis ou pessoa jurídica e ao interessado na compra; a remuneração do corretor de imóveis por tais serviços, caso o profissional se disponha a realizar a averbação da construção, deve ser ajustada em separado, não se incluindo nos honorários de corretagem.

5 - Verificar se o interessado na compra possui histórico de adimplência (consultar se não possui ações judiciais por inadimplemento de obrigações anteriores ou títulos protestados).

Cuidados na compra e venda de imóveis

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AUTO CONTROLEA atividade de venda acarreta situa-ções de muita tensão. Um gestor que se desespera, arranca os cabelos, grita e se agita se as coisas não dão certo, irá perder o respeito e o comando de sua Equipe.

EMPATIASaber se colocar no lugar dos outros é a maneira mais fácil para entender as diferenças individuais e poder motivar e comandar pessoas. Mais do que ser simpático, o líder necessi-ta entender as pessoas.

BUSCA DO CONSENSOQuando houver qualquer decisão que diga respeito ao Grupo e que se queira a participação dos mesmos, o gestor deve procurar um consenso entre todos e evitar “votações demo-cráticas”. Essas, dividem o grupo entre vencedores e derrotados. A busca do consenso traz a “cumplici-dade” de todos.

DAR O EXEMPLOO Líder não pode cobrar nada da equipe que ele não esteja disposto a fazer. Como o Líder é um educador, ele deve dar o exemplo para ensinar.

ENFRENTARTENSÕES E CONFLITOSÉ normal, quando temos sob coman-do uma Equipe de profissionais ambi-ciosos e altamente capacitados, o sur-gimento de conflitos. O Líder não pode “fugir” deles. Não pode se esconder e fazer de conta que não existem. Sua autoridade simples-mente se esvai quando ele age assim.

Por César Augusto Boeira da SilvaPresidente da Associação Gaúcha dos Advogados do Direito Imobiliário Empresarial (AGADIE)e Assessor Jurídico do CRECI-RS

ntes de realizar quaisquer intermediações imo-biliárias é importante estar atento aos deta-Alhes de cada operação, para que o resultado de

um negócio seja satisfatório para ambas as partes. As informações a seguir foram consultadas com um espe-cialista em direito imobiliário que forneceu dicas para quem for comprar ou vender um imóvel.

1 - Obter certidão conjunta de matrícula e de ações reais e pessoais reipersecutórias junto ao Registro de Imóveis da Zona em que se situa o imóvel a ser adquirido, a fim de comprovar a propriedade do imóvel pelo vendedor; no caso de incorporação ou loteamento, verificar na própria certidão de matrícula se consta o registro da incorporação ou do loteamento;

2 - Obter, no caso de imóvel rural, a certidão de cadastro de imóveis rurais no INCRA;

3 - Obter as certidões negativas de IPTU, de débitos de serviço de água e esgoto, débitos de condomínio (no caso de apartamento ou condomínio fechado de casas) e, no caso de imóvel rural, certidão negativa de débito do IBAMA;

4 - Obter as certidões negativas de débitos federais (inclu-sive ITR, se imóvel rural), estaduais e municipais, mais a certidão de regularidade no FGTS, se o vendedor for pes-soa jurídica ou empregador rural;

5 - Obter as certidões negativas de ações judiciais contra o vendedor (especialmente processos de execução de títu-los ou ações em fase de cumprimento de sentença) dos Poderes Judiciários Estadual, Federal e do Trabalho;

6 - Obter as certidões negativas de títulos protestados.

VENDEDOR COMPRADOR

RECONHECIMENTOPELO ESFORÇOSe o membro da Equipe atua de forma satisfatória, é dever de um Líder reconhecer isso. Esse reconhe-cimento pode ser de forma mais sim-ples: um elogio, até uma folga para tratar de assunto particular, devendo ser pontual! No momento que acon-tecer o fato.

Outro detalhe: Reconhecimento pelo esforço! Elogiar quando a venda é realizada ou uma meta atin-gida é fácil. O difícil é o Gestor saber identificar o real esforço do corretor de imóveis em conseguir resultados, e dar o devido reconhecimento.

COMPREENSÃONem todos nós temos somente “dias bons”. Se algum membro da Equipe esti-ver passando por um momento profissio-nal ou pessoal difícil, cabe ao Líder enten-der essa situação e, na medida do possível, auxiliá-lo a resolver esse problema. Mas atenção! Cuidado com “situações crôni-cas”, se esse corretor de imóveis estiver sempre com algum tipo de problema, a Equipe não pode ficar prejudicada.

TRATAMENTO CORTÊSA base de qualquer relacionamento está alicerçada no respeito mútuo. Um tratamento cortês nada mais é do que a demonstração desse respeito. Cumprimentar a Equipe, pedir licen-ça, agradecer por algo, desejar bom plantão, boas férias, bom final de semana... Além disso, como o Líder deve dar o exemplo para educar, pre-cisa dizer algo mais?

SENTIMENTO DESUA IMPORTÂNCIANuma Imobiliária, ou mesmo num plantão, não só corretores de imóveis trabalham ali. Auxiliares de escritó-rio, recepcionistas, estagiários e mais uma gama imensa de profissionais executam suas tarefas e são extrema-mente importantes para que os objeti-vos da organização sejam atingidos. Expresse isso a eles e demonstre para que a Equipe de Vendas possa execu-tar suas tarefas de forma eficaz, toda a retaguarda deve ser valorizada. Experimente elogiar o cafezinho. Faça um elogio à limpeza do stand. Veja o brilho nos olhos das pessoas!

ssa é a grande questão de gestores de pessoas: Como conquistar essa participação? Como motivar?ENão resta a menor dúvida que comandar uma

Equipe de Vendas implica em possuir qualidades de lide-rança muito acentuadas.

........ O corretor de imóveis é, pela característica da profissão, uma pessoa extremamente dinâmica, criativa, arrojada (de-veria ser, pelo menos).Assim o gestor de uma Equipe de corretores de imóveis, além dessas qualificações, deve possuir:

ProfessorSérgio Pureza

Administrador e Corretor de Imóveis atua como

Consultor de Empresas, ministrando Cursos e

Palestras nas áreas de Vendas, Negociação, Marketing Pessoal e

Gerência de Equipes. Atualmente é professor

dos cursos do PACIF.

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C O F E C I

Perspectivas para o mercado imobiliário no Brasil Presidente do Cofeci vê com otimismo o futuro do setor

A última década foi muito positiva para a economia brasileira. Essa estabilidade gerou reflexos para o mercado imobiliário do país?João Teodoro, presidente do Cofeci - Um dos maiores retratos desse pro-gresso está no crescimento do merca-do imobiliário que, nos últimos cinco anos, possibilitou a milhares de bra-sileiros a concretização de seu maior sonho: a aquisição da casa própria. Alavancados por uma moeda estável e pela redução do desemprego, o país viu surgir uma nova Classe Média que, atualmente, corresponde a mais de 50% de sua população, cerca de 95 milhões de pessoas. Com mais recur-sos, o brasileiro apostou na compra de imóveis e propiciou ao mercado imobiliário nacional um crescimento recorde. O Brasil é um país muito grande. O crescimento no número de vendas e nos preços foi setorizado ou foi observado em todas as regiões?JT – A expansão é observada em todo o país e, além da necessidade de cons-trução de novas unidades, o mercado registrou uma curva ascendente no valor das propriedades. É claro que na região Centro-Sul, área mais rica do país e onde há mais demanda, a oferta de imóveis foi maior, mas ainda há um déficit muito grande de habitações e espaço, tanto geográfico quanto econômico, para novas incor-porações. Para se ter ideia, um imó-vel de 80m² em área valorizada de Brasília, a capital brasileira, saltou, em média, de R$ 230 mil reais para R$ 450 mil reais em apenas cinco

anos. O mesmo aconteceu nas peque-nas cidades. A alta no valor dos imó-veis foi observada em todo o país. Além da estabilidade econômica, que outros fatores podem ter con-tribuído para este cenário?JT - As facilidades de financiamento, tanto em bancos públicos quanto pri-vados, e os incentivos do Governo, como o projeto Minha Casa Minha Vida – voltado a famílias com rendas mais baixas–, aceleraram o processo. A redução na burocracia, atrelada aos demais fatores econômicos, foi o empurrão que faltava para que milha-res de famílias adquirissem seu pri-meiro imóvel ou melhorassem às con-dições de moradia. O que procuram estes novos com-pradores?JT - Com mais dinheiro no bolso, o nível de exigência da população aumentou. Hoje, independente de morar em bairro nobre ou não, as famílias querem viver com qualida-de. O imóvel ideal deve reunir con-forto, praticidade, facilidade de loco-moção, além de boas condições de pagamento. Com isso, as periferias das grandes cidades começaram a ganhar um novo layout. Onde só havia casas, o cenário passou a abri-gar condomínios de apartamentos, com muitas opções de lazer. E para conseguir segurar a vizinhança, as cidades tiveram que se adequar e bus-car alternativas mais eficientes de acesso ao centro, como ampliação de linhas de metrô, rodovias e incre-mentos no sistema de transporte cole-

tivo e de infraestrutura. O valor dos imóveis no Brasil deve continuar a subir?JT - A supervalorização registrada pelo mercado imobiliário nacional nos últimos anos dá sinais de desace-leração. O preço dos imóveis deve continuar a crescer, mas de forma mais comedida. Segundo estudos publicados no mês de janeiro por especialistas na área e pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis, a partir de agora, os preços devem acompanhar a inflação. Quais os atrativos para o investi-dor estrangeiro que gostaria de apostar no mercado imobiliário brasileiro?JT - Com sinais que indicam a recu-peração da economia mundial, após a grande crise financeira internacio-nal, o Brasil continua a ser, não só um excelente roteiro turístico, como oportunidade de investimento para os estrangeiros. E, embora a valori-zação dos imóveis nos últimos anos, a diferença cambial entre as moedas – principalmente Real e Euro –, são um atrativo a mais para quem procura uma segunda moradia ou oportunida-de de negócio em solo brasileiro.

N O T Í C I A S

R E V I S T A D O C O N S E L H O R E G I O N A L D E C O R R E T O R E S D E I M Ó V E I S • 3 ª R E G I Ã O • B R A S I L • A B R I L 2 0 1 1 w w w . c r e c i - r s . g o v . b r

Fórum de Defesa do Consumidor comemora os 20 anos do CDC

Flávio Koch e o presidente do Fórum de Defesa do Consumidor, Alcebíades Santini

Abertura da Reunião Plenária, no auditório do Banco Central

*O Sistema Cofeci-Creci é uma autarquia federal, que é a entidade oficial do governo brasileiro res-ponsável por regulamentar a pro-fissão de corretor de imóveis, nor-matizar e fiscalizar o mercado imo-biliário nacional.

João Teodoro,Presidente do COFECI

o dia quinze de março, Dia Internacional do Consumi-Ndor, o presidente do CRECI-

RS representou o conselho na primei-ra reunião plenária de 2011 do Fórum de Defesa do Consumidor do Estado, do qual é conselheiro efetivo. O encontro foi realizado no auditório do Banco Central, em Porto Alegre, onde representantes do setor público e pri-vado, além de magistrados e demais entidades de classe debateram o tema central sobre os 20 anos de conquistas sociais e econômicas do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Dentre as conclusões, observou-se a

importância do CDC para as relações de consumo, aumento de crédito e inclusão daqueles que estão fora do mercado e não podem adquirir novos bens. Em paralelo a este tema, também foi abordada a questão do superendividamento pela

pesquisadora e Dra. Cláudia Lima Marques, professora da UFRGS e membro da Comis-são de Juristas nomeada pela presidência do Senado Fede-ral, para estudar a atualização do Código de Defesa do Con-sumidor.

Carteira do crédito imobiliário Caixa lança do banco do Brasil vai a R$ 4 bilhões

carteira de crédito imobiliário do Banco do Brasil atingiu o Avolume de R$ 4 bilhões. O

número considera negócios realizados com pessoas físicas (83%) e jurídicas (17%), e representa incremento de 107% no período de 12 meses. A estra-tégia do Banco para alcançar esse obje-tivo é ampliar a oferta do crédito para médias e grandes construto-ras e incorporadoras para obter ganho em escala, além de lan-çar novas linhas de financia-mento para pessoa física, como o financiamento à cons-trução de imóveis e o financi-amento de imóveis na planta.

Cartão Aluguel

Caixa Econômi-ca Federal lançou Aem São Paulo, o

Cartão Aluguel Caixa. O produto, tem como objeti-vo o pagamento de aluguel sem a necessidade de fia-dor ou garantia adicional.

O Cartão Aluguel Caixa será comercializado ex-clusivamente nas imobi-liárias credenciadas, além da rede de agências do banco em todo o país. O novo serviço será ofereci-do nas bandeiras Mas-terCard e Visa, na variante Internacional, para pesso-

as físicas e locatários de imóveis residenciais. O cliente terá dois limites: o “limite-aluguel”, que será utilizado exclusivamente para pagamento do alu-guel nas imobiliárias, e o “limite rotativo”, destina-do ao pagamento de com-pras em estabelecimentos comerciais, como um car-tão de crédito convencio-nal.

Segundo a CEF, a previ-são é que o Cartão Aluguel Caixa, esteja disponível para Porto Alegre, ainda neste semestre.

estabilidade financeira dos últimos 16 anos, conquistada após a Aimplantação do Plano Real, possi-

bilitou o ingresso do país ao bloco dos mais ricos e sua consolidação como nação emer-gente. Os avanços foram muitos e sem dei-xar de lado a parcela mais humilde da popu-lação. Esse cenário é descrito pelo presi-dente do Sistema Cofeci-Creci, o Cofeci,

João Teodoro da Silva. Na entrevista a seguir, ele faz uma análise otimista do cená-rio nacional e dos avanços no mercado imo-biliário. Segundo ele, o Brasil é um bom lugar para se investir em imóveis, especi-almente para os estrangeiros oriundos de países afetados pela crise econômica mun-dial deflagrada em 2008.Confira a entrevista:

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Conselho Regional de Cor-retores de Imóveis do Rio OGrande do Sul divulgou em

fevereiro, os dados referentes ao desempenho do Departamento de Fiscalização em 2010. Os números são contabilizados mensalmente a partir dos índices de produtividade dos agentes de fiscalização, sendo que o método de contagem é aplicado também nos 24 conselhos regionais de todo o país. Através destes núme-ros é possível estabelecer o ranking nacional, que é publicado por um departamento específico do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI).

Pela sexta vez em 2010, o CRECI-RS ocupou o primeiro lugar no rank-ing da fiscalização, despontando entre os outros conselhos e, garan-tindo assim, uma posição entre os primeiros na classificação nacional. Segundo o coordenador de Fisca-lização do CRECI-RS, Cleber Santos, a principal função do departamento é coibir o exercício ilegal da profissão, além de apurar denúncias e realizar autuações que envolvam corretores de imóveis que não estejam atuando conforme o código de ética da profissão. “Fazemos um trabalho focado na defesa do corretor de imóveis e da própria sociedade visan-do sempre instruir o profissional a determinadas situações. Todos os corretores de imóveis em situação irregular, exceto os reincidentes, são primeiramente notificados para se adequarem a determinadas exigên-cias, para somente depois serem autuados”, salientou o coordenador de Fiscalização do CRECI-RS.

Embora o CRECI não possa punir ninguém criminalmente, quando é constatado o exercício ilegal da profissão, o indivíduo que está agindo ilegalmente é denunciado ao Ministério Público, de acordo com o Artigo 47 da Lei das Contravenções Penais. Os consumidores do mercado

Fiscalização do CRECI-RS divulga balanço de 2010

imobiliário que negociam direta-mente com pessoas não inscritas no conselho correm o risco de ter proble-mas futuros com a documentação e prejuízos financeiros, devido à falta de capacitação profissional ou até mesmo por má fé, através da ação desses contraventores.

O presidente do CRECI-RS, Flávio Koch alerta sobre a importância de se contratar profissionais devidamente credenciados: “Ser registrado no con-selho é fundamental para o profissio-nal exercer plenamente sua função. Aquele indivíduo que estiver traba-lhando sem a inscrição no CRECI-RS é considerado um contraventor”.

Para coibir esse tipo de delito e demais infrações, que é muito comum no período das férias de verão, o CRECI-RS intensificou sua fisca-lização nos meses de dezembro a março, por meio da tradicional Operação Veraneio, que contou diretamente com o apoio da Polícia Civil e da Brigada Militar. A Opera-

ção Veraneio contribuiu significativa-mente para o aumento dos números do CRECI-RS no ranking nacional, pois os demais conselhos costumam fazer seus recessos exatamente no período em que antecedem as festas de fim de ano até as primeiras sema-nas de janeiro.

Para o coordenador de Fiscalização do CRECI-RS, Cleber Santos, o bom desempenho alcançado durante o ano de 2010, principalmente em relação ao mês de dezembro é resultado de um trabalho ostensivo realizado ao longo do ano, zelando sempre pelo profissi-onal. “Desde o mês de março instituímos plantões, onde pelo menos 50% da nossa equipe estava escalada para trabalhar nos finais de semana e feriados. Realizamos blitzes em Porto Alegre e também no interior do estado. O resultado obtido no mês de dezembro, no qual despontamos na classificação geral foi reflexo de um trabalho executado desde março de 2010”, concluiu Cleber Santos.

F I S C A L I Z A Ç Ã O

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JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

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DINAF DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO

RANKING ANUAL - 2010

enho observado na cidade onde trabalho que a profissão Tde corretor de imóveis está se

tornando uma profissão de teste voca-cional, vou explicar por que: Muitas pessoas ao deixarem suas atividades tradicionais por quaisquer motivos querem se tornar corretores de imó-veis a qualquer custo, sem o devido preparo e condições para enfrentar este mercado que considero um dos mais concorridos dos últimos tem-pos.

As empresas pagam uma comissão irrisória, causando assim um impacto negativo no que tange a profissão em todos os aspectos.

Um exemplo da concorrência são construtoras reféns de lojas de mate-riais de construção, onde quem dita as regras são os proprietários, transfor-mando um empreendimento e um negócio de uma só direção.

Na maioria dos casos a loja vende o material para a construtora, a mesma loja comercializa os imóveis por ela ser sócia ou proprietária do empreen-dimento como um todo, e ainda comercializa os imóveis.

Esse ciclo comercial é formado por completo, para quem fica esperando atrás de um balcão, talvez esse ciclo passe um pouco despercebido, mas para o profissional que vai todos os dias para o campo de batalha, essa luta é muito desigual.

Onde está o corretor de imóveis? Não participa de absolutamente nada do negócio. Venda direta? Ética pro-fissional?

Tirem suas próprias conclusões, vai chegar o momento em que o corretor

Corretor de imóveis, você está realmente preparado?

Marco AzevedoCRECI 37.599

Este espaço é dedicado a você!Sua participação é muitoimportante para o CRECI-RS.Agradecemos a todos os Corretoresde Imóveis que contribuiram commais esta edição enviando seustextos, opiniões e receitas.

Caro leitor,

Sua participação faz a diferença

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P A R T I C I P A Ç Ã O

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de imóveis que não se preparar de ver-dade, vai ter um salário de balcão (nada contra) e vender material de construção e imóveis ao mesmo tem-po, isso já acontece em quase todas as empresas que conheço aqui na cidade onde trabalho.

Precisaríamos de uma atuação fiscal mais eficaz e prática nesse sentido.

Considero hoje como amante da profissão uma das classes mais divi-didas do mercado, no papel é tudo muito bonito, mas na prática as coisas são bem diferentes.

Graças ao bom desempenho profis-sional de alguns "colegas" que ainda sobrevivem da profissão, mas na mai-oria dos casos que conheço, e olha que observo muito as pessoas, a maio-ria quer desistir, o que não é meu caso, me preparei para isso e sei que um dia quem sabe, isso poderá mudar, mas vale o registro e espero que ele seja publicado para o cresci-mento de todos .

Nunca me esqueço das palavras do nosso querido Presidente que foi nosso Paraninfo na Turma de 2009 da

ULBRA - Bento Gonçalves - "Deve-mos nos auto avaliar todos os dias, mesmo que ainda acertamos ou erra-mos, se algo der errado, como remé-dio, devemos ler nosso JURA-MENTO que será sempre nosso balu-arte profissional”.