colégio marista nossa senhora da glória - em familia 04

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Revista da Rede Marista de Colégios com conteúdo da Rede e do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - São Paulo

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Aulas para a vida. Valores para sempre.

Primeira Impressão

Recentemente encontrei em uma oração a seguinte prece: “Senhor, faça com que eu partilhe a vida com meus amigos. Que eu seja tudo para cada um deles. Que a todos dê minha amizade, minha compreensão, meu carinho, minha simpatia, minha alegria, minha solidariedade, minha atenção, minha lealdade. Que eu os aceite e os ame como são. Que eu seja um refúgio poderoso e um amigo fiel. Faça com que permaneçamos unidos, pela nossa eternidade. Que essa amizade floresça sempre como um belo jardim, para que nós possamos nos lembrar com gratidão. Que sejamos todos cúmplices de bons e maus momentos. Que eu possa estar presente sempre que precisarem, mesmo que seja só para dizer: “Oi, tudo bem com você?” Senhor! Eu peço que continue a nos guiar, amparar e proteger.”

Esta edição de nossa revista Em Família é dedicada a um dos sentimentos que mais marcam a vida das pessoas. Um sentimento que as tornam cúmplices, que as apoiam em seus mais variados desafios e que faz delas seres humanos na sua essência: a amizade. A este, podemos relacionar ainda outros valores: fraternidade, justiça, solidariedade, empatia, etc.

Percebe-se hoje em nossa sociedade, onde a mudança é uma constante, a retomada destes princípios que acompanham a humanidade de longa data e que, por vezes, são colocados em segundo plano. Grandes empresas passam a constituir departamentos voltados a questões éticas deixando claro para toda a organização que tais valores são essenciais até mesmo entre instituições que visam somente ao lucro. Deixam clara a importância que o ser humano tem para suas instituições. Valorizar o ser humano em todas as suas dimensões é o que se busca hoje.

Este foi o desejo do Padre Champagnat quando

iniciou seu projeto de construir uma instituição voltada à educação de crianças particularmente necessitadas. Iniciou assim a Instituição Marista. Para ele, ser marista é comprometer-se com virtudes e valores que transcendem a lógica utilitarista, ou seja, ultrapassam a concepção de que o ato de fazer as coisas é guiado pelas vantagens obtidas. Os valores maristas lembram que educar é estar presente, é amar tudo o que se faz, é realizar as ações com um espírito que nos lembra a nossa própria família, de forma simples e transparente.

A oração que a criança faz a Deus traz à nossa reflexão valores fundamentais e que, como Colégio Marista, se busca transmitir a todos os seus alunos. Isso é diferencial: valorizar as pessoas que tornam possíveis seus objetivos.

O professor que prepara bem suas atividades, o colega que anseia por acompanhá-lo na saída da sala de aula, o zelador que não mede esforços para deixar o ambiente adequado para a aprendizagem, o diretor que faz de tudo para estar presente nas atividades educacionais de sua escola, o pai e a mãe que não medem esforços para exigir de seus filhos e de toda a sociedade condições que possibilitem o melhor para seu aprendizado. Estas são as atitudes de educadores e educandos que dão e recebem uma educação de qualidade.

Ser amigo é isso, buscar, em tudo o que se faz, o bem daquele que está ao nosso lado. Algo que não se consegue compreender, apenas admirar, pois surge do coração humano que está verdadeiramente conectado a um Alguém maior que só quer o nosso bem.

Ir. Paulinho Vogel Diretor Executivo da

Rede Marista de Colégios

A oração doamigo

No alto, detalhe da ilustração da artista Nina Pandolfo/Muro do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória

Amigos de fé e de

açãoPJM é momento de se voltar para a espiritualidade e para o protagonismo juvenil

Giro4

Nos últimos anos, um movimento tem unido os jovens do Instituto Marista em torno da espiritualidade cristã e do desejo de viver a fé do “jeito de Maria”. É a Pastoral Juvenil Marista (PJM), que acolhe alunos a partir dos 9 anos em um processo de formação que prevê atua-ção fundamental no protagonismo juvenil e intervenção na sociedade.

Com seus encontros animados e seus debates mais que atuais a PJM é uma pro-posta educativo-evangelizadora que bus-ca, em parceria com os próprios jovens, dar respostas autênticas e consistentes aos anseios e necessidades fundamentais da evangelização das juventudes.

As etapas de formaçãoA PJM está organizada de forma que

dialogue com os processos pelos quais os próprios adolescentes e jovens pas-sam de acordo com as faixas etárias em que estão. Os cinco momentos (conhe-ça cada um deles no quadro ao lado) são um espaço de tempo considerado ideal para o desenvolvimento do processo de formação integral proposta especifica-mente para cada faixa etária. “É um tem-po propício para a descoberta da identi-dade pessoal e de grupo e para a vivência de experiência da fé, da personalidade, da afetividade, da solidariedade, destaca o documento Caminho da Educação e Amadurecimento na Fé – Mística da Pas-toral Juvenil marista.

Ainda que seja necessário dividir, di-daticamente, estes momentos, vale des-tacar que eles são dinâmicos e em todos há uma interrelação.

Experiências FormativasO convite para participar da PJM é fei-

to a todos os jovens. Durante o tempo de

participação nos grupos, os adolescentes e jovens engajados têm a oportunidade de participar de algumas experiências de formação. Na Província Marista do Brasil Centro-Sul, são organizados em âmbi-to regional ou microrregional eventos como Desafio juvenil Marista (DJM), que visa ao despertar para o protagonismo juvenil, à vivência dos valores de Amiza-de e Partilha e ao aprofundamento e ao conhecimento de si e do outro através dos desafios propostos.

O Curso de Lideranças Maristas (CLI-MA) é uma das atividades realizadas com os jovens para que possam aprofundar e assumir o ministério da liderança nos diferentes espaços dos quais participam. Há também a Missão Solidária Marista (MSM), uma semana dedicada à reali-zação de atividades educativas e gestos concretos de caráter educativo e espiri-tual, objetivando desenvolver em todos os participantes senso de solidariedade, por meio da imersão em uma determi-nada comunidade.

E para proporcionar momentos de reflexão e vivência, pessoal e comuni-tária, para o aprofundamento sobre as relações, potencialidades e limites, a PJM promove o Retiro de Projeto de Vida (RPV).

CongressoPara celebrar os os cinco anos de

caminhada nacional, a União Marista do Brasil realiza no Colégio Marista Santa Maria, em janeiro do próximo ano, o 1º Congresso Nacional da PJM. O evento possibilitará aos jovens participantes a convivência intercultural, a partilha das experiências formativas, a discussão de temas juvenis e a proposição de ações de protagonismo juvenil.

As fases na PJMPastoral tem cinco momentos especiais, divididos por faixa etária

1º Momento:

Descoberta do caminho comunitário

9 a12 anos (aproximadamente)

2º Momento:

Descoberta do grupo

13 a 14 anos (aproximadamente)

3º Momento:

Descoberta da Comunidade

Ensino Médio

4º Momento:

Descoberta da questão social

acima de 18 anos

5º Momento:

despertar da vocação e o

amadurecimento do projeto de vida.

(Acima de 18 anos, ex-alunos)

Uma nova juventudeAs Diretrizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista diz: “Ao contemplar os horizontes da Pastoral Juvenil Marista sonhamos com uma juventude solidária, protagonista, com valores evangélicos, comprometida com a cidadania e com o conhecimento científico, inserida na realidade, portadora de esperança e transformadora da sociedade”. (DNPJM, 368 – pag. 137)

• MARINGÁ Alunos do Marista de Maringá participam da discussão de políticas públicas para as crianças e os adolescentes de Maringá e Região.

• PARANAENSE Leandro e Juliana viram suas tarefas diárias quadriplicarem do dia para a noite quando descobriram que quadrigêmeos estariam por vir. Hoje Luísa, Otávio, Ricardo e Leonardo estudam no Infantil 3 do Marista Paranaense (Curitiba-PR).

• PIO XII Para os alunos do Infantil do Marista PIO XII (Ponta Grossa-PR), cozinha experimental é coisa séria.

• RIBEIRÃO Equipe da Biblioteca Marista de Ribeirão Preto orienta sobre a importância do hábito da leitura.

• SANTA MARIA Ampliado do Marista Santa Maria (Curitiba-PR) é espaço para proposta pedagógica de vanguarda.

• SÃO FRANCISCO Ex-alunos e professores falam sobre os 50 anos de educação e desenvolvimento do Colégio Marista São Francisco (Chapecó-SC).

• SÃO LUIS Colégio Marista São Luis (Jaraguá do Sul) incentiva pesquisa desde a Educação Infantil.

• ARQUI Colégio Marista Arquidiocesano (SP) realizou em setembro a 24ª edição da OLIARQUI, o maior evento esportivo realizado entre colégios de São Paulo. Alunos de mais de 49 colégios estiveram presentes.

• MARISTINHA Por toda admiração que sentiam pelo fundador do Instituto Marista, a família Boaventura colocou em um de seus filhos o nome de Marcelino Champagnat. Para conhecer a história desta família, conversamos com o próprio Marcelino Champagnat, que hoje é pai marista.

• MARISTÃO Com o Projeto de Estudos Cooperativos e Solidários (ECS), alunos do Maristão (Brasília-DF) compartilham o saber em grupos de estudos mais que especiais. Em resumo: alunos com melhores notas apoiam os quem tem mais dificuldades.

• CASCAVEL Está comprovado: definir metas e estratégias aumentam o rendimento escolar. Por isso, o Marista de Cascavel (PR) propôs o “Plano Estratégico do Aluno”, com o objetivo de desenvolver a autonomia e otimizar os estudos.

• CRICIUMA No Marista de Criciúma, projeto trabalha superação do racismo com as crianças do Infantil.

• FREI ROGÉRIO Marista Frei Rogério (Joaçaba-SC) aposta na educação ambiental como a principal forma de salvar o planeta.

• GLORIA Bons resultados escolares legitimam programa de bolsa de estudos entre o Colégio Marista Glória e escolas públicas.

• LONDRINA Alunos do Marista de Londrina arrecadaram mais de 45 toneladas de alimentos e roupas com a 27ª Gincana Champagnat.

DESTAQUES DAS EDIçõES LOCAIS DA REVISTA EM FAMíLIA NOS 15 COLÉGIOS DA PROVíNCIA MARISTA DO BRASIL CENTRO-SUL

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Sala de Visitas8

A arte urbana dos irmãos que cresceram nobairro Cambuci conquista espaço e admiradores

mOs Osêg eMara Cavalcante

Quem anda pelo Cambuci, em São Paulo, já deve estar acostumado com os grafites pelos os muros e vielas. O que muitos não sabem, é que o bairro já acolheu grandes pintores como Alfre-do Volpi. Outra importante revelação artística do bairro são os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, internacionalmente conhecidos como Os Gême-os.

Os trabalhos da dupla mais famosa do grafite nacional estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Gré-cia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política e são presença constante em galerias estrangeiras como na fachada da famosa Tate Modern, em Londres, e no Castelo de Kelburn, na Escócia.

Em 2007, O Colégio Marista Glória teve o muro da Rua Lavapés grafitado por eles. Foi um presente para o Colégio e para o bairro. O muro recebeu, ainda, as assinaturas de Nina Pandolfo, que recorre a temas infantis e femininos e de Nunca, outro artista que também está na Tate Modern.

Os Gêmeos, que são tios da aluna marista Mariana Alves, conversaram com a Revista Em Família e falaram um pouco sobre arte e reco-nhecimento.

O iníciO“Em 1986, no Bairro do Cambuci, a cultura

Hip Hop era muito forte. Éramos pequenos e ví-amos os caras mais velhos dançando “break” na frente da nossa casa e fazendo grafite. Já desenhá-vamos e foi fácil apaixonar por este movimento. A cultura Hip Hop era um movimento em alta nos anos 80 e muitos se tornaram adeptos, forman-do assim o “Fantastic break” do bairro. Na época, vivíamos brincando na rua, inventando, improvi-sando com pouco e isso fez com que despertás-semos também o lado criativo. Hoje já não se vê isso; os jovens estão nos computadores, Ipods,

MSN... coisas do tipo, ainda mais com a cidade cada vez mais violenta”.

inspiraçãO “Buscamos inspiração nos sonhos, na vida,

nas pessoas e acontecimentos, momentos, nos problemas sociais, nas dificuldades, no cotidia-no, no amor, na amizade, na família, em Deus e suas criações, na natureza, na música, na mente brilhante das pessoas que acreditam e fazem da arte seu instrumento musical colocando um pou-quinho de vida e sonho nos olhos daqueles que ainda estão ‘cegos’ ou que não querem ver”.

arte de rua nas galerias“Iniciamos nas ruas, pintando em lugares

abandonados deteriorados, sem vida, sujos, vias e avenidas onde as pessoas passam sem se perce-ber, sem pretensão de expor nosso trabalho em uma galeria. Tudo foi acontecendo naturalmente na nossa vida com a simples preparação de Deus (sempre acreditamos em Deus e em nosso tra-balho). Só queríamos pintar e mais nada; não tí-nhamos noção da grandeza, da força que a rua tem, que isso um dia fosse nos levar a conhecer o mundo todo através de nossa arte, que fôsse-mos expor e vender um trabalho no melhor mu-seu do mundo. Hoje somos realizados e felizes de poder viver da nossa arte, coisa que não era nada fácil naquela época , de ter uma família ma-ravilhosa que sempre nos deu força e acreditando em nosso trabalho.”

Quem se identifica cOm O grafite...“Pessoas que sentem vontade de transformar,

de dizer algo que jamais foi dito, de questionar, reivindicar. Há aquele também que, quando está dirigindo, ao invés de olhar para o trânsito olha para as paredes”.

Mara Cavalcante é Assistente de Marketing do Colégio Marista Nossa Senhora da Glória

10

Um novo olhar

Intervalo

O Novo ENEM é mais uma etapa no sentido de deixar para trás o vestibular tradicional. De acordo com o Ministro da Educação, Fernando Hadad, “o novo exame será uma prova que combina as virtudes do Enem com as virtudes do vestibular criando um novo conceito”. Para Isabel C. Michelan Azevedo, da Diretoria Executiva da Rede de Colé-gios Maristas, a mudança na avaliação é um bom começo, mas para que tenha-mos alunos e profissionais melhores “é preciso mudar a concepção de ensino-aprendizagem que sustenta as práticas pedagógicas tanto das escolas quanto das faculdades e universidades”.

Quais são as características da educação marista que permitem dizer que os colégios da rede esta-vam no caminho certo?

Marcelino Champagnat, fundador do Instituto Marista, há quase 200 anos, considerava que a educação cumpre o papel de transformar as pessoas, de possibilitar experiências pessoais que se-rão importantes por toda a vida, por isso afirmava ter o objetivo de “formar bons cristãos e virtuosos cidadãos”.

Durante todo esse tempo, Irmãos e Leigos vêm se esforçando por concretizar esse ideal, por meio de ações educativas de qualidade, marcadas pela responsabi-lidade de garantir a formação integral de crianças e jovens e voltadas para o de-senvolvimento de cada um como agente de transformação social (MEM – Missão Educativa Marista, documento oficial do Instituto, 2000, p. 39).

A proposta de um Enem menos preocupado com a memorização de conteúdos e mais direcionado à mobi-lização de conhecimentos para resolver situações-problema e/ou para entender a diversidade existente nas relações hu-

manas e sociais, visando ao desenvol-vimento de competências, é algo que combina perfeitamente com os objeti-vos educacionais maristas.

como tem sido a atuação da rede de colégios com relação às mudanças?

O esforço, desde a criação do ENEM, tem sido o de garantir bons resultados dos alunos como consequ-ência de um trabalho pedagógico de excelência, por isso os alunos não são selecionados para participar do exame, pelo contrário todos são incentivados a realizarem a prova objetiva e a redação, e os alunos não são “treinados” para o teste, como sabemos que acontece em vários outros colégios.

O novo modelo contribui para

tornar a passagem da educação bá-sica para a educação superior me-nos traumática e estressante para o aluno?

Se durante todo EM o trabalho for realizado no sentido de desenvolver competências e habilidades e os cursos de graduação tiverem como preocupa-ção, desde os módulos básicos, a for-mação dos alunos para enfrentarem os desafios da sociedade contemporânea, poderemos afirmar que o processo seletivo constituído pelo novo Enem diminuiria a transição da educação bási-ca para a educação superior. Com isso quero dizer que não basta mudar um único exame, é preciso mudar a con-cepção de ensino-aprendizagem que sustenta as práticas pedagógicas tanto das escolas quanto das faculdades e universidades, para que possamos en-tender os níveis de ensino dentro de uma progressão que favoreça o desen-volvimento das pessoas.

A proposta de um Enem menos preocupado com a memorização de conteúdos e mais

direcionado ao desenvolvimento

de competências é algo que combina

perfeitamente com os objetivos educacionais

maristas.

Mudanças no ENEM apontam para um novo tempo na educação. Mas é apenas o começo.

GLÓRIA

Corações novos para um mundo novoFilhos para o mundo No caminho certo Quem tem medo do Enem?

Registros da vida Parceiros em favor da vidaÓleo de cozinha usado Galeria

O valor da atividade Estímulo para as relações Top 5Friends forever Crescendo no Glória

12 Diário

Ir. Benê Oliveira, fms – Diretor Geral

Em setembro, reuniram-se em Roma os Irmãos Provinciais e delegados ao 21º Capítulo Geral como portadores da vida que flui nas comunidades maristas espa-lhadas pelo mundo. Um Capítulo Geral é um tempo propício de muita comunhão institucional, de muita reflexão e oração, de convencimento de que “se o Senhor não construir a casa em vão trabalharão os construtores” (Sl 126).

Na bagagem, o programa “Corações Novos para um Mundo Novo” (lema do 21º Cap. Geral) e o desejo de que a assembléia capitular fosse a tenda da vida, da fraternidade, da acolhida, da benquerença, da escuta atenta, da diversidade que palpita na pluralidade das línguas e culturas dos continentes e países da instituição marista.

No fundo, levaram consigo alegrias e dificuldades, anseios e inquietudes, de-safios e esperanças e o sonho de tecer um futuro promissor e fecundo para os próximos oito anos do Governo Geral do Instituto Marista.

Um Capítulo Geral não tem somente um caráter administrativo, mas requer, por um lado, atenção fiel ao projeto de Deus e à nossa tradição e, por outro, sensibilidade aos sinais dos tempos. Por isso, espera-se do 21º Capítulo Geral maior sensibilidade em relação aos temas e problemas ligados a ecologia, ao meio ambiente, a ética, a sustentabilidade; com a dimensão internacional do terrorismo e das guerras; com as conseqüências planetárias da crise econômica e das doen-ças contagiosas; com o vertiginoso desenvolvimento tecnológico e científico, que pode oferecer soluções a muitos dilemas e problemas que nos assaltam.

Vale dizer, atenção especial aos problemas locais que logo se tornam universais e exigem soluções globais. Num mundo que globaliza problemas e dificuldades, a instituição marista está instada a globalizar soluções evangélicas!

Juntos vivamos o programa: “Corações Novos para um Mundo Novo” em nossa vida a serviço da missão no Glória!

Corações novos para um

mundo novo

Tudo podemos n’Aquele que nos

dá a força.

(cf. Fl 4,13)

O m undo é um lugar p e r igoso de se v i v e r n ã o po r

causa daqueles que fa z em o ma l, mas sim po r causa

daqueles que obser vam e de i x am o ma l acontecer.Albert Einstein

14 Educação14

Partilha e presença da família são fundamentais na educação dos estudantes

filhos para omundo

Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima

de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear

(Lulu Santos)

Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima

de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear

(Lulu Santos)

Sérgio Luiz Martins

Às vezes perguntam: que mundo vamos deixar para nossos filhos? Eu questiono: que filhos vamos deixar para o mundo?

É uma pergunta pertinente à medida que as mudanças nas relações humanas são muitas. Novos papéis sociais, além de demandas, do conceito família e modos de en-caminhar o protagonismo juvenil se colocam. As certezas das décadas de 50, 60 e 70 foram substituídas pelo vazio que, incessantemente e às pressas, tenta-se preencher sem sequer saborear as experiências. Tudo é muito rápido e inconsistente.

A escola, inadvertidamente, tornou-se a principal responsável pela educação, papel de que alguns pais abdicaram por falta de tempo, por total desinteresse ou por ambos. É mais fácil superproteger, tornar a culpa a terceiros, no caso, a escola.

Outro aspecto a destacar é a responsabilidade da família. De que maneira deve agir para educar? E o estudante? Ele também tem incumbências e responsabilida-

des e, certamente, deve cumpri-las e sofrer sanções em caso contrário, mas a geração criada sob a égide do NÃO criou seus filhos com o “é proibido

proibir”. As crianças entenderam o recado: tornaram-se pequenos dita-dores.

Neste contexto, escola e família devem coatuar nesta forma-ção: os profissionais sinalizam, a família acompanha e cuida...

Para que esta parceria frutifique é necessário que valores humanos sejam cultivados e exigidos de todas as partes en-

volvidas que o bem comum prevaleça sobre o egoísmo, para que a cidadania seja baseada no direito e não no

privilégio, pois “se o país não for pra cada um; pode estar certo: será pra nenhum” (Pacato Cidadão, Sa-muel Rosa/Chico Amaral).

Sérgio Luiz Martins é Professor de História, Filosofia,

Sociologia e Ensino Religioso do Colégio Marista Glória

Núbia Oliveira

A parceria entre o Glória e algumas escolas públicas localizadas nas imedia-ções foi fundamental para confirmar o entendimento de que o empenho pessoal associado à oportunidade faz toda a diferença, especialmente para os jovens que carecem de recursos para investirem em seu capital intelectual e cultural.

O projeto visa à concessão de bol-sas integrais no Ensino Médio a alunos provenientes das escolas parceiras, desde que com bom potencial acadê-mico e famílias em situação de vulnera-bilidade social.

Para que uma ação desta natureza tenha pleno sucesso, o apoio e com-prometimento da família são essenciais. Por isso, todas as etapas percorridas contam com a participação dos pais ou responsáveis.

Com o resultado das avaliações

certocertoNo caminho

Bons resultados escolares legitimam programa de bolsa de estudos É extremamente

importante a oportunidade que o

colégio está concedendo para estes jovens. Cada um precisa valorizar esta

oportunidade.

Miyako Kohata

escolares do 1º trimestre, percebemos o quanto vale a pena incentivar estes jovens talentos. Isto porque, além dos excelentes resultados acadêmicos de todos os alunos bolsistas, tivemos a alegria de verificar que um dos bolsistas foi premiado com a medalha de bronze devido ao bom desempenho no pro-vão realizado pelo colégio.

Srª Miyako Kohata, mãe da aluna Eri-ka, medalhista, destaca que “é extrema-mente importante a oportunidade que o colégio está concedendo para estes jovens. Cada um precisa valorizar esta oportunidade”. E reforça que “o aluno bolsista não poderá ser mediano, preci-sará ser ótimo. Ou melhor, excelente!”.

A mãe da aluna destaca que “a força de vontade, a confiança e a capacidade no seu potencial, além do incentivo da família e da escola fizeram toda a dife-rença para a qualidade dos resultados obtidos pela Erika, tanto no provão quanto nas avaliações”.

Estes resultados impulsionam-nos, enquanto unidade educativa e social, a buscar atender, para os próximos anos, um número maior de jovens, incenti-vando-os na árdua, mas rica e bela, ca-minhada de preparação para o vestibu-lar e, por que não dizer, para a vida!

Núbia Oliveira é Assistente Social do Colégio Marista Glória

16 Educação

Enem?Quem tem medo do

16

O resultado verificado nas últimas três edições do

Enem, com a significativa “escalada” dos nossos

estudantes, gratifica-nos na certeza de que estamos no

caminho certo.

O que o Marista Glória tem feito para preparar os alunos

José Roberto Lopez

Vivemos em uma época de mudanças cada vez mais rápidas. Adaptar-se a elas é, entre tantas, uma habilidade necessária aos diferentes aspectos da nossa vida, incluindo o acadêmico e o profissional. Agora, vivencia-mos a chegada destas mudanças nos exames vestibulares, nas escolas e nos exames oficiais, destacando-se o ENEM. Recentemente, o INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pes-quisas Educacionais Anísio Teixeira – anun-ciou significativas mudanças para este exame. Uma leitura precipitada do “novo Enem” in-duz o estudante à crença de que as altera-ções são apenas quantitativas De fato, a pro-va exigirá mais conteúdo, tempo e passará das atuais 63 questões para 180 questões, divididas e aplicadas em dois dias, incluindo a elaboração da redação. As questões abran-gerão as quatro áreas do conhecimento já postuladas em documentos oficiais: Lingua-gens e Códigos, Ciências Humanas, Ciên-cias da Natureza e Matemática. Preserva-se a essência do Enem, enquanto instrumen-to avaliador diagnóstico de um conjunto de habilidades e competências construídas pelo estudante ao longo do Ensino Médio. Além do quantitativo, estas mudanças são qualitativas. Desta forma, cabe-nos refletir e implantar um conjunto de ações e estraté-gias voltadas à nova formatação do Exame Nacional do Ensino Médio. Em todos os componentes curriculares, destacamos o aprimoramento das competências leitora e escritora, valorizando a análise e interpreta-ção de textos em seus múltiplos gêneros; lo-calização de dados e coleta de informações; estudo e análise de mapas, tabelas e gráficos; inferir e refletir sobre os textos estudados que são ações há muito tempo presentes no processo formativo da aprendizagem.

Estudos do MeioInvestindo neste processo, os concei-

tos interdisciplinaridade e multidisciplinari-dade fazem parte das propostas dos nossos Estudos do Meio, quando, componentes curriculares, aparentemente tão “distantes” entre si como Matemática e História, “dia-

logam” constantemente como no caso da presença dos nossos alunos dos 9ºs anos ao centro histórico de São Paulo e à Bovespa. Questões interdisciplinares e do Enem estão cada vez mais presentes nas avaliações e nos provões trimestrais, além de serem também analisadas e discutidas nas salas de aula. A cultura dos simulados já está definitivamente consolidada no Ensino Médio e, já neste ano letivo, os simulados “on-line” Sistema de Ensi-no FTD, estão sendo aplicados aos alunos da 1ª série do EM.

Material atualQuanto a este fato, é importante informar

que o material didático utilizado no Ensino Médio, em parceria com a Editora FTD, dis-ponibiliza aos nossos estudantes e professores questões alinhadas e/ou adaptadas ao Exame Nacional do Ensino Médio, aos principais ves-tibulares do país e que o Núcleo Psicopeda-gógico multiplica continuamente as informa-ções sobre o novo Enem aos professores dos segmentos Fundamental 2 e Ensino Médio. A capacitação dá-se em nossos encontros pedagógicos e de formação quando nossos professores se mantêm sempre informados sobre os exames oficiais, possibilitando aos nossos estudantes constante atualização.

Ensino de qualidadeDe fato, um trabalho “de fôlego” resul-

tante da nossa preocupação maior: um en-sino de qualidade, solidificado pelos valores maristas e pela significativa parceria escola-família. O resultado verificado nas últimas três edições do Enem, com a significativa “escalada” dos nossos estudantes no ranking das escolas particulares, gratifica-nos na certeza de que estamos no caminho certo. Muitas outras ações estão sendo adotadas e, desde já, reforçamos aos nossos estudantes, familiares e colaboradores um convite: ca-minhemos juntos na busca pela excelência em educação como maristas e virtuosos ci-dadãos.

José Roberto Lopez é Assessor do Núcleo Psicopedagógico

do Colégio Marista Glória

18 Inspiração

Campanhas mantém viva a esperança de milhares de pessoas por um transplante

Registrosda vida

18

Em média, 70% dos pacientes

que precisam de transplante de

medula óssea não têm doador na

família e o registro se constitui na esperança de encontrar este

doador

Denise Aparecida Maknavicius

Há cinco anos trabalho como coordena-dora de campanhas da Associação da Medu-la Óssea do Estado de São Paulo (AMEO). Resolvi me envolver com este trabalho jus-tamente porque passei por esta dificuldade ao procurar um doador compatível dentro da minha família. O pai da Carla, meu ex-marido, teve uma leucemia muito grave e necessitou de um doador proveniente do registro nacional de doadores voluntários de medula óssea (REDOME), que hoje con-ta com 1.200.000 cadastrados.

A nossa missão é viabilizar o transplante de medula óssea àqueles pacientes que não possuem doadores compatíveis em suas fa-mílias e que dependem de um simples gesto de solidariedade da sociedade civil para que possam salvar a própria vida.

A grande importância do nosso trabalho fundamenta-se no fato de que, em média, 70% dos pacientes que precisam de trans-plante de medula óssea não têm doador na família e o registro se constitui na esperança de encontrar este doador.

Meu trabalho não é somente buscar do-adores, mas sim me doar de diversas formas para buscar melhor qualidade de vida para esses pacientes, oferecendo orientações, conforto e acenando com a esperança de vida.

Trabalho com uma equipe de voluntá-rios maravilhosa. O cadastramento é reali-zado diariamente no Hemocentro da Santa Casa de SP e em campanhas solicitadas por pacientes, familiares ou mesmo por respon-sabilidade social. Para se tornar um doador de medula óssea é muito simples: basta ter entre 18 e 55 anos, bom estado de saúde e vontade de ser um doador! Mais informa-ções www.ameo.org.br .

Denise Aparecida Maknavicius é mãe de aluna

A Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público composta por um grupo de pacientes, familiares de pacientes, voluntários, profissionais da área de saúde e possui o apoio técnico do Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Somos responsáveis pela captação de doadores voluntários de medula óssea em SP.

20 Aprendiz

Parceiros em

vida

20

Osmar A. Rezende e Prof.ª Regina A. I. Pinheiro

Vida... palavra que parece ter perdido significado e valor.Fortalecidos pela filosofia Marista, que busca desenvolver

o ser humano integralmente, preparando-o para a vida em comunidade, onde ele possa servir ao outro sempre voltan-do-se para a preservação da vida, o Colégio Marista Glória busca parceiros que realmente pensem a vida como o bem maior dado por Deus e que, como à luz do Evangelho, deve ser cuidado, preservado e partilhado.

Há sete anos nos integramos a um projeto desenvolvi-do pela Rádio Jovem Pan AM chamado “Campanha Jovem

Pan, pela vida, contra as drogas” quando tivemos a oportunidade de receber a jornalista Izilda Alves, que coordena o projeto dentro da emissora e, acompa-

nhando-a, fomos presenteados com a presen-ça de um jovem de classe média alta em recuperação, que descreveu abertamente todos os problemas e complicações que o mundo das drogas traz ao homem.

O projeto da rádio Jovem Pan conta com especialistas em psicologia, psiquiatria,

médicos interessados em colaborar com seus conhecimentos, a fim de que tal situação, extrema-mente chocante em nossa sociedade, possa ser tratada com amor e cuidado que exige.

Sabemos que estes jovens se perdem e só conseguem retomar suas vidas a partir do apoio de seus familiares e de pessoas que acreditam que estes jovens valem a pena para a sociedade.

A cada ano o projeto alcança marcas expres-sivas de abrangência nas comunidades voltadas à formação de jovens, como vivenciamos em nosso

colégio.Acreditamos, como parte do Instituto Marista

que somos, que nosso trabalho só terá valido a pena se conseguirmos modificar e melhorar a sociedade que

vivemos.

Osmar A. Resende é Assessor de Pastoral e Profª Regina A. I. Pinheiro é Titular de Língua Inglesa

do Colégio Marista Glória / Equipe de Solidariedade

favor da

Osmar A. Rezende e Prof.ª Regina A. I. Pinheiro

Você já se perguntou por que a pia de sua casa está sempre entupida? A água não desce pelo cano e é uma dificuldade na hora de lavar a louça?

Talvez a resposta esteja na maneira como você está usando seu óleo de cozinha, após utilizá-lo em frituras.

Certamente, você nem se dá conta de que está despejando toda aquela quantidade de óleo usado no ralo de sua pia e que é exatamente isto que está trazendo problemas em sua cozinha.

Nós ouvíamos muitas famílias comentarem que não sabiam o que fazer com os resíduos das frituras feitas em casa e, por esse motivo, envolvemos nossa comunidade em um projeto para reciclá-los.

Começamos com uma pesquisa da PJM (Pastoral Juvenil Marista) composta por alunos do 5º ano do Ensino Fundamental 1 que, duran-te a nossa Mostra Cultural 2008, fez a seguinte pergunta a quem passava: “O que você faz com

o óleo de cozinha que já foi usado?”A partir das respostas, constatamos que era

urgente elaborar um projeto para conscientizar-mos nossa comunidade. Fomos à luta.

Procuramos uma empresa que recicla este tipo de material, a Giglio, e eles nos orientaram como recolher o material e nos informaram so-bre produtos que surgem desta matéria prima.

Demos início ao projeto que envolveu alu-nos, famílias, funcionários e a Equipe de Solida-riedade do colégio. A partir de um calendário estipulado para cada sala, recolhemos o óleo usado e encaminhamos à empresa que o trans-formará em produtos de limpeza, que nos serão entregues para doação às instituições.

Pois é, sabe aquela pergunta que você fazia quando começou a ler este texto?

Temos a resposta certa para ela: engaje-se neste movimento e faça algo pela natureza.

Osmar A. Resende é Assessor de Pastoral e Profª Regina A. I. Pinheiro é Titular de Língua Inglesa do

Colégio Marista Glória / Equipe de Solidariedade

O vilão que polui mas que pode limpar a natureza

Óleo de cozinha usado

22 Galeria

Catequese: Uma dimensão de toda ação evangelizadora

Estudo do MeioJardim Zoológico

Os alunos dos 2º anos A e B estão aprendendo sobre os seres vivos e, por esta razão, fizeram no mês de junho uma visita ao Jardim Zoológico, com o objetivo de reconhecer as características desta espécie a partir do ciclo vital, diferenciando-a dos seres não-vivos, conhecendo e identificando ambientes em que vivem.

Lá, observaram diferentes espécies de animais, além de aprender sobre o habitat de cada um.

Foi um passeio muito produtivo e ao mesmo tempo muito divertido, pois além de aprenderem muito sobre os animais, puderam conviver com os amigos e com as professoras num ambiente diferente e agradável.

Ecossistema (Trilha Torre Bertioga)

A catequese promovida no Colégio Marista Glória consiste em propiciar momentos de conhecimento para amar, compreender e participar de todo o ritual da celebração Eucarística, além de preparar a inserção na ação comunitária ativa nos ministérios e pastorais da Igreja.

Diante da mudança dos valores - subjetivismo, individualismo, relativismo - o Documento de Aparecida, referência para nossa caminhada Pastoral, apresenta alguns dos grandes desafios para a evangelização como: levar as pessoas à adesão a Cristo, saber como vivem os desafios e como estão os destinatários deste anúncio.

Assim, em 2009, o colégio convidou pais e diversos membros das famílias a fazerem parte desse processo de formação.

Os alunos do 4º ano participaram de um estudo do meio em Bertioga. Com o objetivo de observar o ecossistema, caminharam pela Trilha da Torre 47 e visitaram o SESC Bertioga. Durante a caminhada, comentavam e constatavam os conteúdos estudados e, de maneira bastante interessante e animada, iam, aos poucos, confirmando a aprendizagem sobre a Mata Atlântica, fauna, flora, cadeia alimentar, Serra do Mar, planície costeira, associando à prática informações e conhecimentos adquiridos durante aulas e pesquisas encaminhadas em Ciências, Geografia e História. O retorno, bastante animado, tornou-se uma excelente oportunidade para troca de conhecimentos, impressões e observações.

PaisagismoQuem não se sente bem em ter e ao

ver um belo jardim, em cuidar das plantas e vê-las crescer? Numa selva de pedra como São Paulo, o paisagismo tem mesmo um valor sociabilizante incrível que é o de proporcionar conforto ambiental e convívio saudável às pessoas.

A paisagista Ana, com o seu talento e técnica de ajardinamento, parece que entendeu muito bem a inspiração dos nobres escritores e poetas pelo cuidado e entusiasmo com que cuida dos jardins do Glória. Toda a comunidade e passantes extasiam-se ante a criação e arranjos que ela confere aos canteiros e vasos, aos cantos e recantos do colégio, o que torna os nossos espaços cada vez mais harmoniosos e agradáveis. “Ela é realmente uma “arquiteta do paisagismo”, uma mestra prática das lições de botânica, da ecologia, da arte, da beleza, sempre preocupada com o bem-estar das pessoas que habitam o prédio do Colégio”, afirma o Ir. Benê.

Parque SabinaO 5º ano visitou o Parque Sabina, em

Santo André, cuja proposta é privilegiar a popularização da Ciência e das Artes de maneira interativa.

Lá, interatividade é a palavra-chave para transmitir conhecimento aos alunos que, entusiasmados, puderam caminhar pelo sistema digestório humano e experenciaram fenômenos climáticos como furacões, tempestades e terremotos por meio de um simulador.

A origem do Universo e a evolução das espécies também foram exploradas em uma interessante sessão do planetário. Além disso, puderam perceber os efeitos de várias formas de energia, observar seres ao microscópio e diferenciar as células que formam os seres vivos.

A visita foi uma ótima oportunidade para que os alunos pudessem sentir como os conhecimentos científicos se aplicam no cotidiano!

24 Esporte e Cultura

Maurício Segatto

Quando falamos de iniciação esportiva ressaltamos que altos e baixos fazem parte do aprendizado. Assim, é importante incentivar ao aluno sem vivência esportiva a participar desta atividade com empenho e prazer.

Nas atividades voltadas à iniciação esportiva, desta-ca-se o trabalho com fundamentos esportivos, quando aprendem os movimentos básicos do esporte, valorizan-do-os para os alunos e, a partir daí,o jogo é introduzido, inicialmente, com atividades lúdicas, recreativas e moti-vacionais.

No trabalho de iniciação esportiva podemos detec-tar novos talentos em diferentes modalidades esportivas. Motivados, esses alunos poderão, futuramente, repre-sentar a escola e o clube em eventos esportivos.

Maurício Segatto é Professor de Educação Física

atividadeOs benefícios da iniciação esportiva na educação física escolar

O valor da

24

Estímulo para as relaçõesThalita Correa

Engana-se quem pensa que o teatro se limita a decorar textos. Ele vai muito além disso e tem como base a essência da arte. É simples, grandioso e sensível. As técnicas de teatro têm forte papel no desenvolvimento das atividades com as crianças, adolescentes e adultos, pois com elas propiciamos que todos possam de-senvolver capacidades intelectuais como criatividade, espontaneidade, observação, percepção, relacionamentos sociais, que, inatas ao ser humano, são estimuladas ain-da mais com o teatro.

O contato com a linguagem teatral ajuda a vencer a timidez, aumentar o res-peito ao próximo, elevar a autoestima, a se sair bem de situações em que se exige o improviso; a se interessar mais por tex-tos e autores variados e a desenvolver e priorizar a noção do trabalho em grupo. É o trabalho em grupo o foco principal das aulas de teatro que acontecem no Glória.

A tecnologia avançada, o individualis-mo e a riqueza material tornaram-se mais importantes para o homem moderno do que valores como a família, a união, o amor, a cooperação, por isso a preo-cupação em focar neste ponto. Não é a intenção apenas facilitar o aprendizado das disciplinas, mas abrir discussão acer-ca das questões mais inquietantes do ser humano. Assim, o teatro contribui para a transformação do mundo.

Os trabalhos com jogos teatrais que realizamos ajudam a estabelecer na cons-ciência de grupo. Na relação autoritária, a regra é percebida como lei; na institui-ção lúdica, a regra do jogo pressupõe o processo de interação e essas regras do jogo incluem a estrutura dramática, o foco e mais o acordo de grupo. Os jogos são baseados em problemas a serem solu-cionados, muitas vezes relacionados com uma forma de aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora, embasada no mo-delo piagetiano para o desenvolvimento

Teatro é mais que uma forma de expressão

intelectual. À medida em que o valor do jogo e do próprio ato de jogar se tornam mais claros, a palavra “jogo” substitui a ex-pressão “solução de problemas”.

Juntamente com os jogos, trabalhamos a voz, o corpo, movimento, expressão corporal, desenvoltura, improvisações, construção de cenas. Os resultados têm sido bastante positivos, pois esta cons-trução levam ao exercício do improviso, da recriação do cotidiano vivenciado por eles mesmos, por meio da imaginação, criatividade e percepção. Tais aspectos, conforme se confirma a cada encontro, desenvolvem um olhar diferenciado so-bre si mesmos e sobre as situações. E é compartilhando descobertas, sentimen-tos, ideias e atitudes que estabelecem uma relação da própria individualidade com a coletividade, desenvolvendo me-lhor socialização.

As aulas propiciam o conhecimento de si e do outro, ampliam o sentimento de união e desenvolvem o espírito comu-nitário; aspectos que superam preconcei-tos, violência e outros conflitos.

O teatro é uma atividade prazerosa,

que não precisa ser alienada ou alienante. Por essa razão, estimulamos o gosto pelas manifestações culturais, para que desen-volvam uma consciência crítica, colocan-do-os em contato com objetivos mais elevados que um simples passatempo.

Thalita Correa é Instrutora de Teatro doColégio Marista Nossa Senhora da Glória

Procuro por toda parte formas novas e faço experiências com os

meus sentimentos, como os mais jovens. Mas

depois volto sempre à essência da arte, que é simplicidade, grandeza e

sensibilidade.

Bertolt Brecht

26 5top Cinco coisas que vocêdeve saber sobre o Marista

26

1

2

Cesomar completa 15 anos O nosso Centro Social Marista Irmão Lourenço está vivendo um presente cheio de gratas surpresas em comemoração aos 15 anos de existência. Toda esta euforia está sendo sentida pelos educandos, colaboradores e cada morador da Vila Progresso. Estas sensações também estiveram no cerne da história de nossa espiritualidade marcada pela paixão e misericórdia: paixão por Deus e misericórdia pelas pessoas. Assim, alegres, festejamos este momento presente, pois estamos “debutando”, e fazemos votos que possam vir também ainda mais sementes, flores e frutos, iluminados pelo caráter empreendedor de nosso fundador Marcelino Champagnat.

MonitoriaPara ampliar e reforçar o conhecimento

de História e Geografia, o colégio está oferecendo encontros para estudo destes

componentes curriculares sob a orientação de monitores das 1ª e 2ª séries do Ensino

Médio, com a supervisão dos professores de Geografia e de História.

Os alunos do 6º ano ao 9º ano deverão participar destes encontros para aprofundar

conhecimentos e desenvolver habilidades de interpretação de documentos e textos

históricos e geográficos.Nosso objetivo é proporcionar estudo

diário para que se habituem a conviver com reflexões diferenciadas e melhorem não só

o nível de conhecimento, mas também o consequente desempenho a cada trimestre.

3

4

5

Festival Champagnat

O Festival Champagnat é um instrumento para a formação solidária das crianças e jovens que se dedicam ao próximo num

esforço solidário em um mundo de desigualdades. Este ano o Festival teve como referencial a Campanha da

Fraternidade de 2009 chamando a atenção de todos para as grandes ameaças que a vida humana vem sofrendo nos últimos

tempos como o aborto, a violência, a pobreza e a eutanásia. Enriquecendo-se na convivência e agregando valores, o ensino médio desenvolveu ações nas instituições assistidas pela escola, proporcionando momentos de interação entre os internos e os

jovens. Outro momento marcante foi a arrecadação de mantimentos,

quando a comunidade, convidada a entregar gêneros de primeira necessidade, respondeu ao apelo da Pastoral e da Equipe de

Solidariedade do colégio doando 9 toneladas de alimentos.

Mostra Ambiental O Colégio Marista Glória, a convite do Núcleo de Referência Socioambiental, localizado no bairro do Cambuci, expôs trabalhos e alguns animais empalhados em extinção, despertando e chamando a atenção dos que ali circulavam. O encontro contou com a presença do Coral do Pólo Cultural da 3ª Idade do Cambuci, palestras, apresentação teatral, exposições e trabalhos artesanais de diversas ONG’s, enriquecendo, assim, o encontro e incentivando os jovens e a comunidade local à criação de negócios e atividades inovadoras de forma consciente e que favoreçam a integração social, desde que respeitando a natureza. Para o ano de 2010 a intenção é incluir o bairro em um roteiro gastronômico intermunicipal conhecido como Rota do Cambuci.

PesquisaA participação de pais e alunos na Pesquisa Institucional de Satisfação realizada no mês de junho de 2009 foi satisfatória sendo que observações e propostas de mudança serão consideradas de acordo com os princípios da Missão Educativa Marista. Os estudantes que participaram do preenchimento do questionário correspondem ao percentual de 99,43% do total de alunos do EF-II e EM. A porcentagem de questionários respondidos pelos pais e responsáveis de todos os segmentos é de 21,90%. Dos questionários respondidos pelos alunos, 87% do EF-II e 92% do EM apontam a satisfação com a qualidade de ensino e com a proposta pedagógica do colégio entre ótimo/bom. Agradecemos a valiosa contribuição!

28 Diz aí

forever

Olá! Diak ka lae? (tudo bem na minha língua tetum)Chamo -me Elisabeth Cardoso Moniz e em 2007 fiz intercâmbio no Colégio

Marista Glória . A primeira vez que entrei no Colégio estranhei muito; não

sabia o que fazer ao entrar na sala de aula e como estudar para conseguir

boas notas. Para falar a verdade estava completamente perdida, mas no

fundo do meu coração acreditava que ia ficar bem. Comecei a conviver com a

comunidade do Colégio e os meus colegas me ajudaram a estudar e também

a compreender a viver numa cultura nova para mim.

Achei a experiência totalmente divertida e aprendi a ter mais responsabilidade com as coisas e compromissos, além de aproveitar bastante a

convivência com os professores que são muito profissionais e dedicados (totally

friendly). Coisas que aprendi e nunca vou esquecer e, assim, vou atrás dos

meus sonhos.

Quero agradecer a oportunidade e o aprendizado à comunidade do Colégio

Marista Glória e aproveito para dividir mais uma realização: concorri e

ganhei uma bolsa de estudos e, no mês de julho, comecei a estudar Relações

Internacionais na Universidade La Trobe, em Melbourne – Austrália .

Grande Abraço para todos!

Elisabeth Cardoso Moniz - Ex-aluna do Colégio Marista Glória

Ex-aluna fala sobre intercâmbio no Marista Glória

Friends

30 Gente Nossa

Julio Cesar Vetrano da Silva

Estudar no Marista Glória sempre foi um desejo meu. Minha história no colé-gio começou em 1999 quando eu esta-va no 2ª ano do Ensino Fundamental.

O que mais chamava minha atenção era o tamanho do colégio e toda sua estrutura, pois até então havia estudado em uma escola pequena, desconhecida, bem diferente do Marista Glória.

No Glória não somos vistos apenas como mais um número de matrícula; somos bem recebidos e temos o auxilio de todos aqueles que trabalham lá, pes-soas com quem aprendemos valores importantes para o nosso crescimento como cidadão, como por exemplo: o companheirismo; a amizade; a hones-

Crescendo no

GlóriaEx-aluno fala sobre sua experiência no Marista

tidade; a união e, principalmente, a fra-ternidade.

A convivência com os colegas era tão boa que ao final do dia eu não que-ria voltar pra casa; sempre queria ficar mais um pouquinho para poder brincar, a sensação que eu tinha era a de convi-ver numa grande família. Conforme os alunos crescem, cresce também a res-ponsabilidade, aspecto muito cobrado por todos os professores e coordena-dores que valorizavam o empenho e dedicação de todos os alunos, visando não só o nosso crescimento pedagógi-co, mas como pessoas.

Sempre participei das atividades ofe-recidas pelo colégio: fiz parte da pasto-ral desde a época do GAMAR até a atual PJM, jogava pelo time de futebol da es-

cola, tive oportunidade de ser vitorioso em muitos campeonatos intercolegiais graças à dedicação do time e compro-misso dos professores e coordenador de esporte.

Atualmente o futebol passou a ser a minha profissão e sei que para ser um bom jogador não basta ser apenas bom de bola; é preciso ter princípios, ser in-teligente, saber lidar com as pessoas. Graças a Deus, aprimorei e desenvolvi estes princípios durante 10 anos como aluno do nosso colégio.

Hoje, contar que estudei no Colégio Marista Nossa Senhora da Glória é um orgulho para mim.

Julio Cesar Vetrano da Silva é ex-aluno do Colégio Marista Glória

30

Amizades do Marista

resistem ao tempo e

à distância

Capa

Fernanda Jacometti

Um bom amigo vai bem a qualquer hora.

E melhor ainda se é daqueles que nos

conhecem a tanto tempo que basta um

olhar para saber o que estamos sentindo.

Mas como cultivar uma amizade assim?

E onde encontrar pessoas tão especiais

que dispensam palavras? Geralmente

elas aparecem ainda na adolescência

e formam amizades que resistem ao

tempo e à distância. O Marista tem

muitas histórias para contar sobre

boas amizades e o melhor é saber

que hoje, neste exato instante, muitas

outras amizades estão surgindo e se

fortalecendo entre os jovens alunos.

Capa32

Yara Achoa, da turma dos formandos de 1984 do Colégio Marista Arquidiocesano, de São Paulo fazia parte de um inseparável grupo de quatro

amigas. Faziam trabalhos juntas, uma ia à casa da ou-tra e conversavam sobre todos os assuntos... Depois de formadas cada uma seguiu seu rumo. Uma estudou Educação Física, outra Pedagogia, Yara, Comunicação Social, e assim por diante. Casaram-se, tiveram filhos, montaram o próprio negócio, mudaram de cidade e, assim, os anos foram passando.

Apesar de todas as mudanças, os laços que as uniam mantiveram-se vivos e graças ao orkut se reencontra-ram. “Voltamos a nos falar com mais frequência”, conta Yara. Depois de algum tempo, surgiu a oportunidade de Yara visitar uma de suas amigas, a Leila, que mora no Rio de Janeiro. “A gente não podia imaginar o que seria uma da outra, mas percebemos que temos muito em comum, somos fortes e temos muita personalidade”.

Em uma amizade de mais de 25 anos, as conversas ultrapassam as questões do dia-a-dia e retomam histó-rias importantes que fizeram parte do desenvolvimento de cada uma. “Você resgata coisas da adolescência, dos paqueras, das bagunças. Vi que somos muito parecidas

com o que éramos na época do colé-gio”, diz.

Segundo Yara, os Maristas oferece-ram condições para a criação dos víncu-los de amizade. Ela cita o estímulo para fazer trabalhos em grupo, para a prática de esportes e o valor às relações huma-nas transmitidos no colégio. “Quando você se identifica com alguém, a amizade extrapola um dos setores da vida e passa a fazer parte do todo”, completa.

nos negóciosOs 12 anos no Marista São Luis, de Ja-

raguá do Sul, deram a Vinícius Salai Floria-no, de 24 anos, amigos que, mais tarde, tornaram-se parceiros de negócios.

Formado em Direito, Vinícius trabalha no escritório de contabilidade e auditoria de sua família e diz que muitos de seus atuais clientes já foram colegas de escola. “É uma oportunidade de crescimento para ambos”, diz. Além disso, a amizade traz segurança às duas partes. “Você conhece a índole da pes-soa e ela te conhece. Queremos o melhor tanto para o empresário como para o ami-go”, complementa.

O Orkut, assim como no caso de Yara, o ajudou a retomar contatos. “Temos uma co-munidade com mais de 700 pessoas dos ex-alunos do São Luis”, conta.

Quando você se identifica com alguém, a amizade extrapola um dos setores da vida e passa a

fazer parte do todo.

Quando Alessandra Rayes estava no 2° ano do ensino médio, em

1986, nem imaginava que um de seus colegas de turma seria seu

futuro marido. Ela havia entrado no Colégio um ano antes e logo

formou seu grupo de amigos. “Sou muito falante e acabo fazendo

amizade fácil”, explica.

Os trabalhos, as brincadeiras e os encontros fora da escola fizeram

com que no 3° ano a amizade entre ela e seu atual esposo virasse

namoro. De lá para cá, são 22 anos juntos: oito de namoro e 15 de

casamento.Dos amigos do colégio, quatro estão sempre presentes na vida do

casal. Encontram-se praticamente todo fim de semana, viajam juntos

e um deles foi, inclusive, padrinho de casamento de Alessandra.

“Nossas duas filhas acabaram ficando amigas dos filhos deles. É uma

relação muito próxima, é como se fossem da família e sabemos que

são pessoas em quem podemos confiar”, diz.

A escola é campo fértil para sementes de amigos, onde se reúnem e convivem gerações:

crianças, adolescentes, pais, avós, educadores. A escola é período

áureo para encontros belos e profundos para toda a vida.

Irmão Lauro Darós

nova geração“A escola é campo fértil para sementes de

amigos, onde se reúnem e convivem gerações: crianças, adolescentes, pais, avós, educadores. A escola é período áureo para encontros be-los e profundos para toda a vida”. O belo pen-samento é do Ir. Lauro Darós, Diretor Geral do Colégio Marista de Cascavel. De lá vieram os personagens da capa desta edição. Mayara Letícia Quadri, Gabriel Almeida Tavares, Caio Augusto Maistrovicz Gomes da Silva e Alana Gabriela Bandeira.. Para eles, que estão no Ensino Médio e já conhecem o Marista há um bom tempo, nada é mais forte no Colégio que o espírito de família. “É isso que faz com que a gente dê mais valor para as amizades. Sabemos que aqui somos valorizados por todos”, conta Caio, apoiado pelos colegas.

É bom saber que a história continua e seja qual for a próxima invenção do homem após o Orkut e as redes sociais, é muito bom saber que os amigos sempre estarão se reencon-trando e lembrando dos bons tempos em que estudavam juntos para as provas ou dividiam o lanche no recreio.

Mais que amigos

Você Repórter34

Os Hemmig encontraram no taekwondo uma forma de estarem sempre juntos

Esporte

em família

Marcela Francisca Ideta Cavalcante HemmigDepois do nascimento dos filhos, minha rotina era da típica

mulher do século XXI. Trabalhar, cuidar dos filhos e cuidar do ca-samento. Tudo em seu tempo, mas não seguia, necessariamente, uma ordem. E o pior: com o atropelo das horas, muitas vezes eu acabava deixando alguma das tarefas em segundo plano. E é quando estamos mais ausentes que os problemas começam a apa-recer.

Certa vez, orientados pela equipe da escola, eu e meu marido, Ismael, leva-mos Marcelo (nosso filho mais velho, hoje com 11 anos) para sua primeira aula de taekwondo. De personalidade forte, ele andava um pouco “rebelde” nos estudos, com algumas briguinhas com os colegas de turma e atitudes em casa que também não estavam de acordo com a educação que primamos.

Acho que muitos dos meninos, nesta fase, ficam assim. Então concordamos que um esporte que trabalhasse a mente e o corpo poderia ajudar. Na primeira semana pensamos que não daria certo, pois ele não queria fazer o que o instrutor pedia, brincava a todo o momento e não levava a sério o esporte. Mas para a nossa surpresa ele foi muito bem estimulado e nas semanas seguintes ele queria estar no tatame em todos os horários de treino.

Mesmo assim, continuei acompanhando. Senti que ele precisava da minha pre-sença para perseverar. Depois de um tempo de treino ele começou a se destacar nas competições. A família toda estava orgulhosa e isso também o estimulava.

Foi aí que o “feitiço virou contra o feiticeiro”. De tanto ver os treinos, passei a que-rer frequentar as aulas. Porém, como não tinha turma para minha idade, movimentei um grupo de mães e conseguimos abrir um horário. Parece fábula, mas hoje nós dois já ganhamos muitas medalhas, temos um espaço em casa onde elas ficam expostas e aumentam a cada campeonato.

Ismael, que nos levava para lá e para cá em treinos e competições, passou de torce-dor a juiz. Fez cursos na área de arbitragem do taekwondo e hoje faz parte da comissão técnica da Federação Paranaense. Para não contrariar o ditado (Filho de peixe, peixi-nho é...), nossa caçula Isabella, de 7 anos, passou este ano a praticar o esporte. Hoje treinamos juntos e viajamos juntos. A união da família se fortaleceu por intermédio do esporte. Agora, nossa rotina é estar juntos, unidos e incentivando uns aos outros.

Marcela Francisca Ideta Cavalcante Hemmig é artesã e mãe dos alunos Marcelo e Isabella, do Colégio Marista de Cascavel/PR

Itamar Vicente RibeiroVirou bordão dizer que as crianças não brin-

cam mais na rua devido à falta de segurança nas ci-dades e que a diversão está sendo substituída pe-los videogames. Afirmações que infelizmente são fatos e se transformaram em problema mundial.

Porém, não podemos nos esquecer de que o exercício físico é um ingrediente essencial para a vida, tanto dos pequenos quanto dos mais cresci-dos. Então, por que não unir o útil ao agradável e começar a mexer o corpo junto com seus filhos? Isso sim é que é dar exemplo. E, quem diria com-provado cientificamente.

Uma pesquisa feita na Universidade de San Diego, Califórnia, concluiu que filhos de mães ati-vas têm duas vezes mais chances de serem ativos do que os de mães sedentárias. Essa probabilida-

de salta para três vezes e meia quando se trata de o pai ser o cheio de energia e para quase seis quando ambos praticam atividades físicas.

Mais do que servir de referência, quando os pais também entram na brincadeira estão agar-rando a oportunidade de passar mais tempo com os filhos, de conversar, rir e superar dificuldades juntos. O que só faz o relacionamento ganhar em força e cumplicidade. É legal reservar um horário para praticar atividades juntos e dizer: “a partir de agora, todo sábado vamos jogar futebol, praticar ‘taekwondo’, ou todo domingo vamos andar no parque”. Com isso, você acaba criando uma tra-dição na família.

Itamar Vicente Ribeiro é professor de Educação Física, mestrando em Ciências Médicas e Consultor Comportamental

PAis Ativos. criAnçAs MAis AindA!

Qualidade de vida36

Lanche sem

estresseComo fazer as melhores opções na hora da alimentação dos filhos?

Antes de começar a ler essa ma-téria, é preciso lembrar que alimen-tação saudável, seja em casa ou na escola, não é um assunto apenas para as crianças. “Nada de impor regras só para alguns na casa, afinal de contas, o problema é sério e alimentação sau-dável e atividades físicas fazem bem a todos. Com frequência, só a mãe

está disposta a encarar o problema”, destaca o Dr. Fabiano Lago, médico endocrinologista e ex-aluno Marista. Ao mesmo tempo em que nossa cul-tura supervaloriza e até idolatra a ma-greza e a beleza, promove e estimula os meios para que engordemos cada vez mais. Portanto, é preciso fazer das calorias o inimigo número um da sua

família. Na hora de preparar o lanche para

o seu filho ou mesmo de pensar na re-feição da família, o ideal é adotar novas atitudes aos poucos, sem stress e sem cobranças excessivas. “Alimentação deve ser sempre um assunto agradá-vel e para isso um diálogo positivo é fundamental”, ensina o médico.

Faça uma limpeza no armário da cozinha, nada de ter em casa toneladas

de doces, chocolates ou bolachas recheadas. Reserve chocolates para

situações esporádicas, como ir ao cinema, etc.

1

Elas têm grandes fontes de vitaminas, como a vitamina C, beta caroteno, potássio, fibras, além de serem altamente nutritivas e de fácil digestão. Contém também bioflavonóides, que protegem contra o câncer e outras doenças e nos fornece energia rápida, pois a fonte de açúcar é natural. Também são muito saborosas. Podem ser servidas sozinhas ou com outros pratos, adicionando sabor e visual. São muito consumidas no verão, pois são leves e refrescantes.

No pontoA alimentação das

crianças e dos

adolescentes deve

ser reflexo da forma

como a família encara a

qualidade de vida

Nada é proibido, mas tem que ter a hora certa. Procure estimular o consumo de frutas e

saladas. Como? Oferecendo-

as sempre fresquinhas e a vista, respeitando as preferências individuais de

cada pessoa.

2

Determine um local da

casa para comer, não

em frente a TV. Quer

comer? Pare o que está

fazendo e vai até a mesa.

3Alimente a criança com

frutas ou lanchinhos pouco calóricos a intervalos

freqüentes, para “matar a fome” antes de “morrer de fome”. Sem tanto apetite, ela terá mais chance de fazer as escolhas corretas nas

refeições maiores.

4

Seja sensível, porém firme. Os novos hábitos adquiridos

devem ser duradouros. Mantenha certa vigilância. Cuidado com idas muito

freqüentes a lanchonetes de fast-food, elas devem ser exceção e não regra.

5

Converse sempre com o profissional que acompanha a família, sobre como a situação está indo,

procurando ser criativo na hora da alimentação.

6

Por qUe coMer frUtAs?

Rede

BRASÍLIAColégio Maristade Brasília - Educação Infantile Ensino FundamentalSGAS 609 CONJ ABairro Asa Sul - Brasília - DF70200-690Fone: (61) 3442-9400

Diretor: Ir. Valter Pedro ZancanaroDir. Educacional: Cláudia Regina P. T. PintoGerente Administrativo: Orivaldo PincinatoComunicação e Marketing: Fernanda Lages

Colégio Maristade Brasília - Ensino MédioSGAS 615 CONJ CBairro Asa Sul - Brasília - DF70200-750Fone: (61) 3445-6900

Diretor: Ir. Valter Pedro ZancanaroDir. Educacional: José Leão da Cunha FilhoGerente Administrativo: Orivaldo PincinatoComunicação e Marketing: Luana Mendonça Dias dos Santos

CASCAVELColégio Marista de CascavelRua Paraná, 2680Centro - Cascavel - PR - 85812-011Fone: (45) 3036-6000

Diretor: Ir. Lauro DarósDir. Educacional: Everton LozanoGerente Administrativo: ZeneideGrapegia Comunicação e Marketing: Juliana Dotto

CHAPECÓColégio Marista São FranciscoRua Marechal F. Peixoto, 550LChapecó - SC - 89801-500Fone: (49) 3322-3332

Diretor: Ir. Nilto SquersatoDir. Educacional: Liane P. DanieliGerente Administrativo: Leurete BonissoniComunicação e Marketing: Renato Angelino Darui

CRICIÚMAColégio Marista de CriciúmaRua Antonio de Lucca, 334 Criciúma - SC - 88811-503Fone: (48) 3437-9122

Diretor: Jairo RamboDir. Educacional: Tania BurigoGerente Administrativo: Giselle VieiraComunicação e Marketing: Samira Dutra

A Revista Em Família é uma publicação da Rede Marista de

Colégios, com distribuição dirigida a pais, funcionários e colaboradores.

Presidente da MantenedoraIr. Dario Bortolini

Vice Presidente da MantenedoraIr. Davide Pedri

Superintendente ABEC / UCE Aleksandro Mroczek

Comunicação e Marketing Patrícia Cobra Costa

Silvia S. TateivaPollyana Nabarro Kelen Y. Azuma

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Colégio Marista Santa MariaRua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98Curitiba - PR - 82200-210Fone: (41) 3074-2500

Diretor: Valentin FernandesDir. Educacional: Gerson CarassaiGerente Administrativo: José Valdeci MeloComunicação e Marketing: Bruna F. Gonçalves

JARAGUÁ DO SULColégio Marista São Luís Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 CentroJaraguá do Sul - SC - 89251-700Fone: (47) 3371-0313

Diretor: Ir. Evilázio TambosiDir. Educacional: Vivian Roberta S. LawinGerente Administrativo: José Luís Finguer Comunicação e Marketing: Dinara Fabiane Picinini

JOAÇABAColégio Marista Frei RogérioRua Frei Rogério, 596Joaçaba - SC - 89600-000Fone: (49) 3522-1144

Diretor: Ir. Roque BrugnaraDir. Educacional: Daví Antonio CeronGerente Administrativo: Suzana DaroldComunicação e Marketing: Luiz Domingos Guzi Neto

LONDRINAColégio Marista de LondrinaRua Maringá, 78Jardim dos Bancários - Londrina - PR 86060-000Fone: (43) 3374-3600

Diretor: Acádio João HeckDir. Educacional: Marize RufinoGerente Administrativo: Aguinaldo GuerreiroComunicação e Marketing: Tatiana Stoicov

MARINGÁColégio Marista de MaringáRua São Marcelino Champagnat, 130Centro - Maringá - PR87010-430Fone: (44) 3220-4224 Diretor: Ir. Pedro Danilo TrainottiDir. Educacional: Yandara de Sá GomesGerente Administrativo: José Roberto FaccoComunicação e Marketing: Mayara Muller

PONTA GROSSAColégio Marista Pio XIIRua Rodrigues Alves, 701Jardim Carvalho - Ponta Grossa - PR84015-440Fone: (42) 3224-0374

Diretor: Ir. Vanderlei Siqueira dos SantosDir. Educacional: Ude HasselmannGerente Administrativo: SergioGiacomozziComunicação e Marketing: Otávio Oliveira

RIBEIRÃO PRETOColégio Marista de Ribeirão PretoRua Bernardino de Campos, 550Higienopólis - Ribeirão Preto - SP14015-130Fone:(16) 3977-1400

Diretor: Ir. Paulo Antonio Forster RamosDir. Educacional: Pedro Armando FossaGerente Administrativo: Carlos Cesar VieiraComunicação e Marketing: Mayara do Amaral Haudicho

SÃO PAULOColégio Marista ArquidiocesanoRua Domingos de Moraes, 2565Vila MarianaSão Paulo - SP - 04035-000Fone: (11) 5081-8444

Diretor: Ir. Benê OliveiraDir. Educacional: Ascânio João (Chico) SedrezGerente Administrativo: Wilson Ermerick de SouzaComunicação e Marketing: Fabiana Mustafci

Colégio MaristaNossa Senhora da GlóriaRua Justo Azambuja, 267CambuciSão Paulo - SP - 01518-000Fone: (11) 3207-5866

Diretor: Ir. Benê OliveiraGerente Administrativo: Amélia OruiComunicação e Marketing: Mara Cavalcante

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