chs 2014 - apostila de mobilização comunitária

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  GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO POLCIA MILITAR DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUO E PESQUISA CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO MOBILIZAO COMUNITRIA SARGENTOS (CHS / CAS)

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Apostila do Curso de Habilitação de Sargentos da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo - PMES. 2014.

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  • GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO

    POLCIA MILITAR DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUO E PESQUISA

    CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO

    MOBILIZAO COMUNITRIA

    SARGENTOS (CHS / CAS)

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    POLCIA MILITAR DO ESPRITO SANTO

    COMANDO GERAL 3 EMG DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUO E PESQUISA - DEIP

    MOBILIZAO COMUNITRIA

    2 Edio

    2012

    COORDENAO GERAL: JAILSON MIRANDA Ten Cel PM

    ELABORAO:

    SANDRO ROBERTO CAMPOS Cap PM EMERSON HENRIQUE DE JESUS MARQUES Cap PM LEANDRO SANTA CLARA DE MENEZES Cap PM MARCELO MARGON DE OLIVEIRA Cap PM BRUNO CARDOSO PORTELA 2 Ten PM

    Contedo destinado aos Cursos de Aperfeioamento e Habilitao de Sargentos da PMES (CAS e CHS).

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    SUMRIO

    INTRODUO....................................................................................................................... 5

    MDULO I A POLCIA E A MOBILIZAO COMUNITRIA...........................................

    6 1. Texto para reflexo: Nunca fomos to pacficos.......................................................................................... 6 2. Mobilizao social........................................................................................................................................ 7 3. Envolvimento dos cidados......................................................................................................................... 8 4. Organizao comunitria............................................................................................................................. 9 5. A autonomia das organizaes em relao polcia.................................................................................. 10 6. Fatores intervenientes................................................................................................................................. 10

    MDULO II MODELO INTERATIVO DE POLCIA............................................................

    12 1. Definio...................................................................................................................................................... 12 2. Objetivos...................................................................................................................................................... 12 3. Os Conselhos Interativos de Segurana Pblica......................................................................................... 12 4. Como montar um Conselho Interativo de Segurana Pblica..................................................................... 14 5. Projeto Local de Polcia interativa................................................................................................................ 15 6. As Clulas Interativas e os SAC.................................................................................................................. 17

    MDULO III GESTO POLICIAL......................................................................................

    20 1. Mudana gerencial e a preparao dos policiais para a aproximao com a sociedade e vice-versa....... 20 2. POP e noes sobre o mtodo I.A.R.A....................................................................................................... 21 3. Desdobramentos bsicos do Mtodo I.A.R.A.............................................................................................. 23 4. Sistema de Governana Operacional.......................................................................................................... 26 5. Preocupao ttica: Misses especficas dos Subtenentes........................................................................ 30 6. Coordenadoria de Polcia Interativa............................................................................................................. 31

    REFERNCIAS.....................................................................................................................

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    Anexo I Modelo de Estatuto Social...........................................................................................................

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    Introduo

    Em meio aos mais variados problemas apresentados em nossa sociedade contempornea, os conflitos sociais vem ganhando relevante destaque nos noticirios mundiais, nacionais e locais de todas as pessoas, sobretudo as mais graves conseqncias geradas. Diante desse quadro, urge a necessidade do poder pblico de adotar meios que possam interceptar os graves problemas de criminalidade que tanto afetam toda populao. Em particular, a Polcia Militar do Esprito Santo, por intermdio do processo de formao de seus integrantes, destaca fundamental importncia para a compreenso desse cenrio e a apresentao de possveis abordagens complexa e relevante temtica. Dessa abordagem, surge a disciplina de Sistema de Polcia Comunitrio-Interativa, temtica adotada tanto no cenrio internacional atravs de discusses e exemplos globais de implantaes, quanto nacionalmente por intermdio da matriz curricular imposta pela Secretaria Nacional de Segurana Pblica (SENASP). A formao de profissionais de segurana pblica que esteja voltada para a garantia dos direitos humanos, bem como a compreenso de que o fenmeno do crime advm da prpria sociedade e possui razes complexas e de fundamental importncia para lastrear a PMES aos mais profundos anseios da sociedade. A disciplina compreende um conjunto previamente elaborado pela equipe de oficiais da PMES e instrutores dentro de uma ordem planejada e voltada para a realidade prtica e cotidiana da Polcia Militar, bem como com a prtica da comunitarizao com um enfoque voltado para os profissionais que j labutam nos quadros da PMES e, em especial, aos graduados que possuem o comando das mais diversas fraes de tropa, neste caso em especial os Sargentos e Subtenentes dentro do CAS e CHS. O reconhecimento da polcia de seu distanciamento com a sociedade e de suas prticas policiais enfadonhas aos princpios estabelecidos pelos mais diversos cdigos internacionais de condutas e procedimentos voltados para a sociedade, e um importante ponto de partida para mudanas profundas das instituies policiais. Uma das formas de correo de rumo se v, principalmente, nos momentos em sala de aula quando se coloca esse importante tema em discusso e deliberao diretamente com os profissionais que atuam e que atuaro no seio da sociedade. Enfim, espera-se, portanto, que a compreenso necessria da profundidade do tema para os integrantes da Polcia Militar possa servir de balizamento necessrio para preceder todas as intervenes policiais em nossa sociedade. A diversidade das organizaes militares estaduais componentes da instituio, por mais diferentes funes que possuam, deve permear-se previamente a um postulado mximo que delineia o propsito maior da PMES: Servir a sociedade, preservando a ordem pblica, como preceito constitucional que nos norteia.

    Equipe de instrutores da disciplina.

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    Mdulo I A Polcia e a Mobilizao Comunitria

    1. Texto para reflexo: Nunca fomos to pacficos Populaes em guerra contra governos, jovens em guerra contra a polcia, traficantes em guerra contra soldados... Muita guerra? Nada disso. Estamos na era mais pacfica da histria.

    Por Jos Lopes Revista Superinteressante-jan-2012

    Sria, Wall Street, Rocinha ... O corpo de Muammar Gaddafi perfurado e empalado em imagens que correram o mundo. O ano de 2011, no d para negar, foi marcado por todo tipo de violncia. Um dia antes da morte do ditador lbio, porm, o psiclogo Steven Pinker, de Harvard, publicava um manifesto na revista cientfica Nature, com o objetivo de demonstrar que o planeta nunca esteve to pacfico quanto nas ltimas dcadas. Mais importante ainda: essa queda na violncia teria sido contnua desde o fim da Idade Mdia. Piada de mau gosto? No depois de uma boa olhada na massa de estatsticas recolhidas por Pinker. Terrorismo? Est despencando. Guerras civis? J foram piores. Limpeza tnica? Fora de moda. fato que o psiclogo de Harvard, talvez o maior pop star da cincia hoje, adora uma polmica. Em outro de seus livros, Tbula Rasa, ele se dedicou a demolir um dos mitos mais queridos do politicamente correto, o do bom selvagem. Pinker defende que somos sangrentos por natureza. Por outro lado, ele argumenta, transformaes na sociedade e na cultura so o bastante para fazer com que as pessoas vivam em relativa paz. Veja o caso dos humanos pr-histricos e de seus primos vivos hoje - as tribos de caadores-coletores, que no mudaram seus hbitos culturais nos ltimos milhares de anos - caso dos ianommis, da Amaznia, e dos sans, da Nambia, entre centenas de outros. Em mdia, a taxa de morte por homicdio entre esses povos centenas de vezes (isso mesmo, centenas) superior que se v no mundo desenvolvido hoje, e at no Brasil. Para cada gupo de 100 mil habitantes na Europa, por exemplo, acontece um assassinato. Nas sociedades de caadores-coletores, so 500. No Brasil, 19. Uma inveno foi a responsvel por melhorar a situao ao longo da histria: o Estado, que na essncia significa deixar o monoplio da violncia, o direito de matar, nas mos de uma entidade central. Sem uma autoridade central para resolver conflitos, todo mundo tinha incentivos para tirar vantagens dos outros ou, quando prejudicado, de se vingar da forma mais cruel possvel. Quando os Estados comearam a ficar mais fortes, era do interesse dos soberanos acabar com a pancadaria, no porque eles fossem bonzinhos, mas porque as brigas interminveis drenavam recursos preciosos que poderiam ser usados para enriquecer o coletivo. No por acaso, afirma o psiclogo, que a taxa de homicdios na Europa comea a despencar no fim da Idade Mdia, quando os Estados se firmam.

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    A segunda revoluo antiviolncia comeou no sculo 15, e tem a ver com a inveno da imprensa. Livros impressos, muito mais baratos do que os feitos mo, fizeram o conhecimento circular de forma ampla pela primeira vez na histria. Aos poucos, foi se formando um dilogo global de ideias, e surgiu uma elite intelectual que passou a privilegiar a razo, e no a tradio ou a autoridade religiosa, como guia. E foi s questo de tempo at que essa livre troca de ideias gerasse um consenso em favor do pacifismo, da democracia e do comrcio global. Esses 3 fatores, pelo raciocnio de Pinker, foram fundamentais para a diminuio paulatina das guerras, da tortura e da perseguio religiosa. Pases democrticos tm menos tendncia a fazer poltica base de bala e a entrar em guerra entre si. Naes que lucram com o comrcio mtuo tambm tm chance menor de sair no tapa - a relao relativamente tranquila entre China e EUA est a para provar. Com tudo isso, as guerras tm cado de frequncia.

    E, quando acontecem, tendem a ser menos intensas. Em 1461, por exemplo, 1% da populao da Inglaterra (que era de 3 milhes de pessoas) morreu em uma nica tarde, na Batalha de Towton. Foi um episdio isolado de uma guerra civil que durou 30 anos. E mesmo assim 1 em cada 10 homens adultos do pas estava naquele campo de batalha. Nem a Segunda Guerra veria algo assim. Outras formas de violncia tambm tm diminudo. Os genocdios dos anos 90 e 2000 mataram um dcimo dos que ocorreram no comeo do sculo 20. E o terrorismo era 5 vezes mais comum na Europa dos anos 70 do que hoje. Por fim, formas de violncia contra minoriais - ataques a negros e homossexuais, por exemplo - tambm esto em queda nos ltimos 50 anos. Ser que isso vai durar? Pinker aposta que sim. As decises baseadas na razo, que guiaram o surgimento das democracias, continuariam mostrando que solues pacficas valem mais a pena. No concorda? Ento vem pro pau. 2 - Mobilizao Social Em meio a uma comunidade verificam-se dois termos de importncia fundamental para que a sociedade venha atingir os seus objetivos em prol da ordem pblica e de uma convivncia pacfica entre os seres humanos: a comunidade geogrfica e a comunidade de interesse. Esses conceitos se confundiam no passado quando ambas as comunidades se misturavam para abranger a mesma populao. Este fato extremamente relevante para o uso de comunidade no policiamento comunitrio porque o crime, a desordem e o medo do

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    crime podem criar uma comunidade de interesse dentro da comunidade geogrfica. Incentivar e enfatizar esta comunidade de interesse dentro de uma rea geogrfica pode contribuir para que os residentes trabalhem juntamente com o policial comunitrio para criar um sentimento positivo na comunidade. (TROJANOWICZ e BOUCQUEROUX, 1994) Nesta tica a mobilizao social procura ento alertar as autoridades policiais da necessidade dessa aproximao. A mobilizao social muitas vezes confundida com manifestaes pblicas, com a presena das pessoas em uma praa, passeata, concentrao. Mas isso no caracteriza uma mobilizao. A mobilizao ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, quotidianamente, resultados decididos e desejados por todos. CONCEITO PROPOSTO:

    Mobilizar convocar vontades para atuar na busca de um propsito comum, sob uma interpretao e um sentido tambm

    compartilhados. Participar ou no de um processo de mobilizao social um ato de escolha. Por isso se diz convocar, porque a participao um ato de liberdade. As pessoas so chamadas, mas participar ou no uma deciso de cada um. Essa deciso depende essencialmente das pessoas se verem ou no como responsveis e como capazes de provocar e construir mudanas.

    Fonte: http://www.aracati.org.br/portal/pdfs/13_Biblioteca/Publicacoes/mobilizacao_social.pdf

    3 Envolvimento dos cidados Qualquer tentativa de trabalho ou programa de Polcia Comunitria deve incluir necessariamente a comunidade. Embora a primeira vista possa parecer simples, a participao da comunidade um fator importante na democratizao das questes de segurana pblica e da implementao de programas comunitrios que proporcionam a melhoria de qualidade de vida e a definio de responsabilidades. So poucas as comunidades que mostraram serem capazes de integrar os recursos sociais com os recursos do governo. Existem tantos problemas sociais, polticos, e econmicos envolvidos na mobilizao comunitria que muitas comunidades se conformam com solues parciais, isoladas ou momentneas (de carter paliativo), evitando mexer com aspectos mais amplos e promover um esforo mais unificado com resultados mais duradouros e melhores. A participao do cidado, muitas vezes, tem-se limitado s responsabilidades de ser informado das questes pblicas (aes da polcia), votar pelos representantes em conselhos ou entidades representativas, seguir as normas institucionais ou legais sem dar sugestes de melhoria do servio. Outro problema o desconhecimento das caractersticas da comunidade local, pois uma comunidade rica tem comportamento e anseios diferentes de uma comunidade pobre e comunidades de grandes centros urbanos so diferentes de comunidades de pequenas

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    cidades do interior, independente de serem ricas ou pobres agrcolas ou industriais. O que importa descobrir seus anseios, seu desejo de participao no processo, sua motivao para se integrar com a polcia.

    Fonte: (SENASP, 2007, P. 253 e 255)

    NOTA Um exemplo bem atual a REPAS (Rede de Promoo de Ambientes Seguros) Guarapari/ES, sendo uma poltica adotada pela unidade policial em conjunto com a Prefeitura do Municpio de Guarapari (ES) para implementao do Batalho Participativo com o objetivo de adotar mtodos de gesto participativa operacional tcnico/cientficos, a partir da elaborao de um diagnstico do ambiente interno e externo da cidade com a cooperao efetiva dos policiais. A criao da REPAS teve esse diagnstico como marco inicial do trabalho dos policiais militares para fazer frente s demandas tanto da prpria instituio quanto da comunidade, visto que o balnerio de Guarapari era a regio mais afetada pela criminalidade. Juntamente com as questes internas, foi diagnosticado que muitos dos problemas da criminalidade so situaes de complexidade relacionadas a gesto pblica municipal. Nessa perspectiva, o Comando do 10 Batalho fomentou a participao do pblico interno e externo na cooperao e soluo dos problemas identificados no balnerio e criaram ferramentas democrticas de gesto com apoio dos parceiros: Prefeitura Municipal de Guarapari e o site popular Guarapari Virtual. O Comando do Batalho Participativo realiza reunies com diversas representaes sociais e da administrao pblica para propor solues nas questes relacionadas segurana pblica e social do municpio. Essa rede auto-sustentvel, constituda por meio de parcerias com a iniciativa privada e o poder pblico municipal, alm da participao social de moradores, que gerou maior celeridade na realizao de aes conjuntas, promovendo o devido equilbrio para obteno de resultados mais satisfatrios sociedade. Dentre os resultados atingidos, verificou-se a diminuio dos principais crimes e elevao do sentimento de segurana da comunidade. 4 Organizao comunitria Espera-se que a intensificao do contato entre a polcia, a comunidade e os diversos segmentos favorea uma melhor integrao e participao da comunidade, o reconhecimento social da atividade policial, o desenvolvimento da cidadania aos cidados e a melhoria da qualidade de vida. A comunicao intensa e constante propicia a melhora das relaes, amplia a percepo policial e da comunidade no que tange as questes sociais e possibilita diminuir reas de conflito que exigem aes de carter repressivo das instituies policiais. H, contudo, uma srie de fatores a serem pesados quando se avalia o potencial democrtico das diversas experincias de organizao comunitria na rea de preveno do crime e da desordem social.

    Fonte: (SENASP, 2007, P. 255)

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    5 A autonomia das organizaes em relao polcia Um aspecto essencial a ser considerado na avaliao das experincias de organizao comunitria o nvel de autonomia dos grupos em relao aos interesses poltico-partidrios, de Governo (federal, estadual ou municipal) ou da polcia. Em regra, os grupos comunitrios, assumem uma postura passiva e acrtica em relao s aes de governo e da polcia, respaldando apenas as suas prticas, mesmo quando claramente imprprias ou ilegais. preciso respaldar as boas aes da polcia, de interesse coletivo, de respeito aos direitos humanos, dentro da legalidade e dos valores morais e ticos. Mas deve-se criticar e vilipendiar aes violentas, ilegtimas, que desrespeitam a dignidade humana e que fogem ao interesse coletivo, responsabilizando o mal profissional e no a instituio como um todo. Os representantes comunitrios freqentemente temem a polcia e se ressentem da forma como esta exerce sua autoridade. As aes comunitrias focam mais para o controle da polcia do que para o controle do crime, pois o medo predominante. Acredita-se que a polcia no sabe os problemas do bairro, pois s existe para caar bandidos. Uma organizao comunitria que depende do apoio policial para garantir a mobilizao de seus membros e viabilizar as suas aes acaba convertendo-se em uma mera extenso civil da instituio policial, e no um instrumento efetivo de participao comunitria. Organizaes que no dependem da polcia para a sua existncia podem trazer significativos desafios para a polcia. No pensamento institucional pode significar entraves administrativos, restringindo a sua discricionariedade; no pensamento social amplia o controle da polcia; na filosofia de polcia comunitria amplia e aprimora as aes conjuntas, tanto da polcia como da sociedade.

    Fonte: (SENASP, 2007, P. 219 e 220) 6 Fatores intervenientes Na aproximao da polcia com a comunidade, verificam-se perigos que necessitam ser debelados, conforme abaixo:

    O planejamento equivocado e sem orientao culminando no surgimento de alternativas econmicas: segurana privada, sistema de comunicaes entre cidados de posse (paralelo a polcia);

    Membros das comunidades expostos a marginalidade, colocando em risco suas vidas porque so interlocutores dos problemas locais;

    A polcia determina tarefas para dissuadir aes participativas sem nenhum resultado prtico;

    As campanhas tm um forte contedo poltico em detrimento da preveno porque apoiado por um poltico ou comerciante;

    Como o apoio governamental pouco, apenas pequenas aes fazem surgir lideranas com perfil poltico e eleitoral, deturpando o processo;

    A instrumentalizao de pequenas tarefas pode causar apatia da comunidade, favorecendo os marginais da rea e grupos de interesse que desejam o insucesso de aes coletivas no bairro;

    A polcia no consegue mais atuar na rea sem crticas da comunidade.

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    O certo procurar os caminhos que abaixo se apresentam:

    Promover uma ampla participao da comunidade, discutindo e sugerindo solues dos problemas;

    Demonstrar a participao da comunidade nas questes, determinando o que da polcia e o que da sociedade;

    Proteger os reais parceiros da polcia, no os utilizando para aes de risco de vida (no expondo) com aes que so da polcia ou demonstrando eventualmente que eles so informantes;

    As aes de auto-ajuda so acompanhadas por policiais. As iniciativas locais so apoiadas. Trabalhos preventivos, no apenas campanhas devem ser estimuladas.

    Fonte: (SENASP, 2007, P. 224 e 225)

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    Mdulo II Modelo Interativo de Polcia

    1. Definio O Modelo Interativo de Polcia (A Polcia Interativa) ostenta-se como um servio completo de policiamento (preventivo e repressivo), atravs da parceria com as comunidades; na identificao, priorizao e resoluo de problemas de segurana pblica e outros. O policiamento interativo baseia-se numa filosofia inovadora no campo da Segurana Pblica, onde as comunidades participam da elaborao das polticas voltadas para as aes policiais, atravs da viso preventiva, junto aos rgos oficiais da Polcia, de maneira permanente e organizada. (TROJANOWICZ, BUCQUEROUX; 1994) Deve ser implementado de forma descentralizada e personalizada, buscando a participao comunitria por meio de discusses, informaes, sugestes e crticas. Seu objetivo principal pauta-se na melhoria da qualidade de vida de todo o grupo social, atravs da diminuio dos ndices de criminalidade. Devem ser abolidos os sectarismos sociais e econmicos. 2. Objetivos Quanto aos objetivos do modelo, os mesmos podem ser vistos abaixo: Melhoria da qualidade de vida na sociedade; Bem-comum acima de todos os interesses particulares ou de classes, sem discriminao de qualquer ordem; Respeito e promoo de todos direitos do ser humano/cidado Incrementar a mentalidade de uma polcia cidad; Aproximao recproca entre a sociedade e a Polcia; Interao permanente e organizada com os vrios segmentos da sociedade; Inserir os princpios de qualidade e produtividade, de maneira coerente, na prestao do servio policial. O cidado como cliente da PM; Descentralizao do poder e das responsabilidades da Segurana Pblica entre os policiais e as comunidades; Aumentar a sensao de segurana na sociedade; Melhoria da imagem da Polcia Militar, baseada na credibilidade em seus profissionais e servios; Diminuio dos ndices de criminalidade nas regies atendidas pelo policiamento.

    3. Conselhos Interativos de Segurana Pblica (CISEGs)

    So a melhor forma de garantir uma representao da equilibrada comunidade junto ao Poder Pblico, em espao dedicado discusso e priorizao dos problemas a serem administrados por todos, inclusive e no somente a polcia. Identificadas as principais lideranas, moradores e profissionais ativos da regio, estes devem ser convidados a participarem do Conselho Interativo de Segurana, no intuito de se organizar uma ONG

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    voltada para solucionar as carncias de segurana do grupo social em parceria com a polcia local. Os integrantes dos CISEG, dependendo de seu estatuto social e regimento, podem ser mais bem representados conforme abaixo:

    Presidente

    Vice-Presidente 1 Secretrio 2 Secretrio 1 Tesoureiro 2 Tesoureiro

    Secretrio de Comunicao Social

    Presidente 1 Secretrio 2 Secretrio

    Suplentes respectivos

    So funes dos CISEG: Funcionar como canais de comunicao direta com a polcia para o debate de

    questes a respeito da segurana pblica local; Estudar, discutir e elaborar sugestes e encaminhamentos para as polticas

    pblicas de segurana Facilitar o conhecimento recproco entre as lideranas comunitrias e os policiais

    locais; Funcionar como frum para prestao de contas por parte da polcia quanto sua

    atuao local; Proporcionar um espao democrtico para todos os segmentos das comunidades

    escolherem as prioridades de atendimento local da polcia; Estudar, discutir e elaborar sugestes e encaminhamentos para aes prprias dos

    moradores para a sua segurana e a da comunidade a que pertencem; Promover e facilitar a integrao dos diversos rgos de segurana que atuam em

    sua regio; Facilitar estudos, por parte de pessoas interessadas das comunidades, a respeito

    da segurana local; Administrar e controlar eventuais recursos e materiais.

    (MIRANDA, RODRIGUES, TATAGIBA, 2008)

    So muitas as motivaes existentes para que haja reunies da polcia com as comunidades como podem ser vistas abaixo:

    DIRETORIA EXECUTIVA

    CONSELHO FISCAL

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    A maioria das informaes sobre crimes e outros problemas de interesse policial vem da comunidade, por meio de vtimas, testemunhas, informantes e colaboradores.

    A comunidade tem conhecimento das condies locais. A comunidade tem o potencial de cooperar no esforo complementar de

    preveno, principalmente atuando nas causas subjacentes aos crimes e desordens locais (Policiamento Comunitrio Experincias no Brasil 2000-2002, pg. 167).

    Sabendo que os cidados, individualmente, e as comunidades j adotam, por conta prpria, estratgias para lidar com os riscos e com a insegurana, por que no racionalizar esses esforos? Se houver disposio da sociedade (e no apenas das autoridades), a idia dos Conselhos pode prosperar tendo grande relevncia os Conselhos locais. A polcia no deve esperar que as comunidades se organizem para se aproximar delas e discutir as questes de segurana: deve tomar iniciativas nesse sentido, tornando-se receptiva e estimuladora dessa ao social por meio de reunies, palestras, visitas, debates etc. Aps a mobilizao, teremos os trmites burocrticos para a criao dos Conselhos, que culminar com a posse da diretoria eleita pela comunidade.

    Fonte: (SENASP, 2007, P. 81)

    4. Como montar um Conselho Interativo de Segurana Pblica? PRIMEIROS PASSOS Os conselhos sero constitudos pelos gestores pblicos que tenham ligao direta ou indireta com a Secretaria de Estado de Segurana Pblica e Defesa Social, com as Prefeituras Municipais, pela sociedade civil organizada ou no, e pessoas que sejam formadoras de opinio, pois o que deve existir o compromisso de aproximao das partes para concretizao dos seus objetivos comuns, que a busca pela segurana. QUEM PODE PARTICIPAR ? Representantes da comunidade organizada, professores, profissionais liberais, Lions, Rotary, associaes, cooperativas, sindicatos, Prefeitura, Cmara de Vereadores, Ministrio Pblico, Poder Judicirio, OAB e outros conselhos, segmentos religiosos das diversas denominaes, clubes e outros, sem espcie alguma de discriminao, sobretudo de natureza poltica, pois a fora do Conselho de Segurana Comunitrio reside justamente em seu carter suprapartidrio. Os gestores das Polcias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Municpio tero a obrigatoriedade de participar do Conselho. Eles tm que realizar reunies em um dia da primeira semana de cada ms a ser determinado e apresentar os resultados, por meio de relatrios das aes programadas e

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    executadas, Delegacia Seccional e ao Batalho, que sero discutidos e avaliados com a Secretaria de Estado da Segurana Pblica e Defesa Social. ONDE E QUANDO SE REUNIR ? As reunies do Conselho de Segurana Comunitrio devero ser realizadas em local de fcil acesso comunidade, preferencialmente em imveis de uso comunitrio e que no sediem rgos policiais. O Conselho dever se reunir impreterivelmente todas as primeiras semanas de cada ms em um dia a ser determinado, com a presena obrigatria dos gestores das Polcias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Bairro ou Municpio, podendo promover reunies extraordinrias sempre que for necessrio. SUGESTES DE ATUAO ?

    Cada Conselho de Segurana Comunitrio dever elaborar seu Estatuto Social prprio, de

    acordo com as necessidades do Municpio ou regio. Ouvir as reivindicaes, as sugestes

    e crticas da comunidade relativas segurana, levando-as para discusso com os

    representantes dos rgos operativos da sua atuao; trabalhar pela eficcia da ao

    policial, traando aes preventivas conjuntas, fundamentadas no mapeamento criminal

    da rea, buscar alternativas de solues para os problemas de segurana do cidado e

    sua famlia na rea onde residem, trabalham, estudam ou realizam suas atividades de

    lazer.

    Sua atuao pode variar desde a identificao de problemas, at o planejamento de

    aes no controle da insegurana em seu sentido mais amplo. A melhor soluo aquela

    que satisfaz a comunidade fortalecendo os laos com os rgos da segurana pblica e

    defesa social do Estado. a concreta materializao do artigo 144 da Constituio Federal

    que assim dispe: A segurana pblica dever do Estado, direito e responsabilidade de

    todos.

    Dica!

    Confira no ANEXO I desta apostila um MODELO DE ESTATUTO SOCIAL DO CISEG

    que pode ser aplicado na sua comunidade.

    5. Projeto local de polcia interativa

    Numa viso simplista, Polcia Comunitria se restringe a aproximao do policial junto comunidade envolvido num trabalho de policiamento comunitrio, demonstrando e conscientizando s pessoas que todos tm uma parcela de responsabilidade nas questes de Segurana Pblica. A sociedade como um todo deve atuar de forma participante em todos os momentos que impliquem ou no em uma situao geradora de conflitos que levem s conseqncias extremas de violncia. Cada vez mais o cidado se isola esquecendo que os problemas inerentes sua comunidade, tambm lhe pertencem para que tenha qualidade de vida.

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    A sociedade no pode continuar na inrcia, esperando por um milagre que solucione os seus problemas, preciso ento buscar a participao de cada cidado, gesto que se fundamenta na solidariedade, para juntos buscarmos solues criativas para os problemas que afligem comunidade, cobrando dos rgos competentes aes mais diretas como uma forma preventiva s causas da violncia. Somente assim tiraremos a imagem de que a polcia deve ser a destinatria de todos os problemas quando o assunto Segurana Pblica, como se ela fosse co-responsvel pelo alto ndice de criminalidade que vivenciamos. Objetivos Gerais - Integrar a comunidade s vrias instncias governamentais e no governamentais sensibilizando os moradores do bairro no sentido de resgatar valores morais e sociais para a convivncia harmoniosa buscando a melhoria da qualidade de vida local e melhora da sensao de segurana; - Sensibilizar a comunidade para que busque solues criativas para os problemas de seu bairro; - Motivar a participao comunitria almejando uma intensa integrao social para que todos participem na melhoria da qualidade de vida; - Identificar as lideranas naturais para que elas perenizem a proposta. 7.2 Objetivos Especficos - Buscar solues para os fatores crimingenos nas reas de: educao, sade, habitao, saneamento bsico, transporte, segurana pblicas, justia e cidadania; - Envolver os representantes dos servios pblicos, a iniciativa privada e o poder poltico local nas suas respectivas esferas de responsabilidade dentro do programa; - Mostrar ao cidado comum a importncia de sua participao, bem como propiciar para que ele identifique os problemas locais. Passo-a-passo da interao 1 Etapa: Identificar as lideranas locais Verificar a existncia de associao de moradores, entidades religiosas, conselhos comunitrios, outras entidades governamentais e no governamentais. Registrar endereos e telefones para contato e visitas. 2 Etapa: Contato com as lideranas Locais Seja atravs de visitas, reunies sempre de forma constante e focada nos objetivos do projeto local de polcia comunitria. 3 Etapa: Palestra sobre Polcia Comunitria Esclarecimento sobre o tema, divulgao de materiais e apresentao da proposta de trabalho junto comunidade. 4 Etapa: Identificao dos problemas do bairro Levantamentos nas reunies e contatos dirios, para priorizao e encaminhamento aos rgo competentes.

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    5 Etapa: Coleta de Informaes ( caractersticas scio-econmicas, geogrficas e ambientais) Levantamentos do perfil da rea (mapa, residncias, comrcio, igrejas, lazer, pontos sensveis, ets). Socializar as informaes comunidade. 6 Etapa: Indicativo dos problemas locais Analisar e apresentar comunidade as dificuldades para prestao dos servios pblicos bsicos e identificar os rgos envolvidos na questo, estabelecendo a competncia de rgo e da comunidade. 7 Etapa: Fixao de metas Aps as deliberaes, devem ser estipuladas as metas que de forma que sejam significativas e interessante comunidade. 8 Etapa: Estratgia de Implantao Identificao de responsveis capazes de auxiliar na resoluo dos probemas apontados, possibilitando que se atinjas as metas. 9 Etapa: Controle de qualidade, desenvolvimento contnuo e atualizao dos trabalhos A avaliao poder ser feita atravs de: Um indicador (fato que indique se o objetivo foi atingido ou no); Dados estatsticos; Pesquisa com levantamento e questionrio sobre o grau de satisfao da comunidade; Contato pessoal com a comunidade. Os desafios da vida so constantes e isso requer uma atualizao permanente para elaborao dos trabalhos, sendo que a eficincia e eficcia de um trabalho de Polcia Comunitria no podem ser mensuradas somente pela ausncia de crime e desordem, mas, principalmente pelo apoio da comunidade nas questes de Segurana.

    6. As Clulas Interativas e os SAC Sob os aspectos da responsabilidade territorial e fixao do efetivo policial, existem as estruturas fixas de policiamento conhecidas como os antigos DPMs, hoje denominados SACs (Servios de Atendimento aos Cidados) e, neste sentido, cada SAC sedia uma clula interativa, conforme citao abaixo:

    O corpo interativo (batalho/superintendncia de polcia judiciria) deve ser dividido em ncleos interativos (companhias/delegacias), e estes em clulas interativas (pelotes, destacamentos, entre outros). Salienta-se que o planejamento e a execuo do policiamento ostensivo devam orientar-se pelas estatsticas policiais e pelas necessidades e expectativas das comunidades, expressas nas reunies do Conselho Interativo ou atravs de outras formas de interao. Cabe ainda observar que o emprego ttico supe que as etapas anteriores estejam concludas ou encontrem-se bastante adiantadas. (ARAJO; COSTA; FERNANDES, 1998, p.96)

    A clula interativa, conforme citao anterior compreende um espao geogrfico de um ou mais bairros tendo como sede um SAC devidamente comandado por um graduado e, o conjunto de clulas interativas, por sua vez, compreende a rea de uma companhia PM. Em continuidade, cada Clula comandada por um sargento PM, graduado responsvel

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    pelo funcionamento administrativo e operacional do SAC, bem como das comunidades que se encontram na rea de atuao daquele SAC.

    Para melhor exemplificar a viso espacial da alocao e associao dos SACs dentro de cada Clula Interativa, pode-se visualizar a figura abaixo:

    SUB-REA DE COMPANHIA PM

    CLULA INTERATIVA 4

    CLULA INTERATIVA 5

    CLULA INTERATIVA 3

    CLULA INTERATIVA 2

    CLULA INTERATIVA 1

    SAC's

    Fonte: Montagem desenvolvida conforme (ARAJO; COSTA; FERNANDES, 1998, p. 96)

    Quanto aos SAC, os mesmos encontram-se sediados nas mais diversas localidades como sendo referncias para a populao e para a prpria PMES.

    Foto: http://googleimagem

    Foto:1

    O termo SAC o nome dado no Estado do Esprito Santo, as Bases Comunitrias de Segurana (BCS) em So Paulo e as UPP no Rio de janeiro, tendo como rea de atribuio

    1 Disponvel em:

    http://www.sejusp.ms.gov.br/polcomunitaria/index.php?templat=vis&site=152&id_comp=1530&id_reg=101648&voltar=home&site_reg=152&id_comp_orig=1530 e http:www.es.gov.br/site/noticias/show_popup.aspx?noticiaId=99684648. Acesso em 20 Jun 2011.

    Constituem-se na setorizao territorial das aes tticas da PM, atuando como pontos referenciais para atendimento as comunidades de forma descentralizada, visando estabelecer a efetiva prtica da comunitarizao da Polcia Militar, pois alm de se fazer mais acessvel, procura atuar de maneira enftica na resoluo preventiva dos problemas originados no dia-a-dia das comunidades, e que por vezes pelo pequeno impacto so desprezados, mas que so alimentadores do aumento da sensao de insegurana e de temor da sociedade.

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    uma ou mais comunidades componentes da clula interativa. Sua estruturao e filosofia seguem o modelo comunitrio Japons dos Kobans, adaptadas, claro, a nossa realidade social. O principal elo entre as comunidades e a PM o motivador, comandante do SAC, que deve ser funo de um Sargento ou excepcionalmente de Subtenente PM. Dentre as obrigaes de fiscalizao o Sgt motivador deve desenvolver aes de mobilizao comunitria buscando a participao das comunidades na discusso da Segurana Pblica.

    Neste sentido, h de se observar algumas atribuies especficas dos graduados frente de cada SAC, dentre outras:

    Fiscalizar o efetivo policial lotado no SAC sob vrios aspectos relacionados conduta, disciplina e o cumprimento de ordens;

    Controlar a utilizao das instalaes fsicas do SAC, bem como a utilizao de telefone;

    Atendimento do telefone com educao e devida identificao por parte do servidor;

    Assinar e acompanhar todas as alteraes lanadas no Livro de Partes dirias do SAC, levando ao conhecimento do Comandante da Cia PM aquelas que escapem de suas atribuies;

    Atender e fazer atender bem o pblico externo; Dar o encaminhamento de ocorrncias policiais acionando viatura policial se for o

    caso; Levantar as prioridades levantadas no dia a dia da sociedade local, propondo ao

    comandante de Cia PM aes que venham melhorar os servios locais; Realizar diagnsticos locais apresentando-os ao Comandante de Cia PM para os

    encaminhamentos diversos; Participar de reunies em nvel de bairros visando coletar e transmitir informaes

    dentro de sua esfera de atribuies; Manter-se em constante sintonia e dilogo junto aos presidentes de associaes

    comunitrias, bem como dos demais rgos pertencentes clula interativa; Acompanhar os dados estatsticos da rea a que est afeto e possuir criatividade

    para a alocao de mudanas; Dentre outras misses de incumbncia do Comandante de Cia PM e em

    conformidade com a legislao em vigor.

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    Mdulo III

    Gesto Policial

    O presente mdulo desce a um nvel de detalhamento voltado para aes especficas por parte dos graduados dentro da esfera de suas atribuies, preocupando-se com aspectos que iro fornecer subsdios para a implantao, na prtica, da polcia interativa.

    1. Mudana Gerencial e a preparao dos policiais para a aproximao com a sociedade e vice-versa

    Analisando as modalidades de Interao estratgica, complementar, social e logstica h de se enfatizar a necessidade de melhor preparar a polcia e a sociedade para essa aproximao visando corrigir distores e equvocos que possam existir.

    Neste sentido, a polcia em suas reunies deve apresentar comunidade as vantagens dessa aproximao, bem como todos os aspectos que a envolvero. Para tanto, conforme quadro abaixo se verifica algumas informaes teis para essa ocasio:

    COMUNIDADES POLCIA

    Qual o papel da comunidade? Qual o papel da Polcia ?

    A participao total? realizar aes democrticas que otimizem o envolvimento e comprometimento da comunidade?

    A comunidade participa apenas consertando viaturas ou reformando prdios?

    A exigncia para a participao da comunidade ser apenas para consertar viaturas ou reformar prdios?

    Apenas aqueles com recursos da comunidade participam privilegiando o servio na porta de estabelecimentos comerciais?

    Ou melhor, servir de informante ou escudo s aes equivocadas de policiais, ou fonte de receitas para comerciantes em servios privilegiados de segurana?

    A nossa participao ser apenas para endossar as aes da polcia no bairro ou para participar das discusses ou decises na melhoria do servio policial?

    A Polcia estar preparada para ouvir a comunidade (elogios aos seus integrantes, crticas ou sugestes)?

    Podemos envolver outros rgos pblicos na questo ?

    A Polcia admite a participao de outros rgos pblicos na questo?

    Podemos elogiar ou criticar a polcia local em seus erros e acertos?

    A Polcia apia as iniciativas da comunidade em melhorar a qualidade de vida ou um instrumento apenas de caa bandido?

    Teremos autonomia de ao para exigir aes dos poderes pblicos locais?

    A Polcia est preparada para conceder o seu poder a comunidade (entenda poder no o de polcia, mas o nome e as possibilidades que a fora policial tem no sentido do controle social informal,

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    sem ser repressivo ou fiscalizatrio)?

    Seremos apoiados pela polcia nessas iniciativas? A polcia estar apoiando e incentivando a comunidade?

    Enfim, A Polcia quer ser mesmo Comunitria ou uma fachada poltica?

    Enfim, A Polcia quer ser mesmo Comunitria ou uma fachada poltica?

    Fonte: (SENASP, 2007, P. 254)

    Ambos os lados verificaro a real necessidade de se verem do mesmo lado para a formao de uma sociedade real e que esteja verdadeiramente voltada para o bem estar social e a coletividade. 2. POP e Noes sobre o Mtodo I.A.R.A.

    Essa metodologia encontra-se inserida no POP (Policiamento orientado ao problema) sendo uma estratgia de policiamento remanescente dos Estados Unidos e, cuja prtica, veio a obter resultados bastante satisfatrios na esfera da segurana pblica.

    Fonte: (SENASP, 2007)

    Segundo Skolnick e Bayley (2006, p. 37):

    O enfoque orientado para a soluo de problemas de Goldstein j foi testado em vrias comunidades americanas. Em Madison, Wisconsin, por exemplo, a polcia era constantemente chamada ao ptio do shopping center no centro da cidade devido a pessoas que estavam se comportando de modo bizarro e desordeiro. Reportagens afirmavam ser em torno de mil o nmero de pessoas envolvidas nesses tumultos, descrevendo o shopping como um refgio para desempregados e vagabundos das ruas. No de surpreender que o pblico tenha comeado a evitar o shopping, e os negcios sofreram as conseqncias. Ao estudar o problema por um certo perodo, a polcia constatou que apenas treze indivduos eram responsveis pelo problema todo: tinham estado sob superviso psicolgica e seu comportamento estranho s se manifestava quando deixavam de tomar os remdios prescritos para eles. A polcia comeou a trabalhar com as autoridades de sade mental e criou um sistema mais rigoroso de superviso para essas pessoas. Em pouco tempo, o problema do shopping center tinha sido resolvido, os negcios comearam a aumentar, e a polcia ficou livre para tratar de outros assuntos.

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    Solucionar problemas no policiamento no uma coisa nova. A diferena que o policiamento orientado para o problema (POP) apresenta uma nova ferramenta para que se trabalhem as causas do problema, que geralmente utilizada no policiamento comunitrio. A soluo de problemas pode ser parte da rotina de trabalho policial e seu emprego regular pode contribuir para a reduo ou soluo dos crimes.

    O primeiro passo reconhecer que a ocorrncia freqentemente o sintoma de um problema. No policiamento tradicional (rdio-atendimento) a ao do policial como receitar um analgsico para quem est com dengue. Traz alvio temporrio, mas no resolve o problema, pois o mosquito (vetor) permanece picando as demais pessoas. A soluo provisria e limitada. Como a polcia no soluciona as causas ocultas que criou o problema, ele, muito provavelmente, voltar a ocorrer. Para uma resposta adequada, a polcia deve responder como demonstrado a seguir. Os policiais utilizam a informao obtida a partir do atendimento da ocorrncia, de outras fontes, de pesquisas, etc., para terem uma viso clara do problema pesquisando quais causas esto gerando as ocorrncias. Aps isso, podem lidar com as condies subjacentes ao problema. O servio policial, no contexto do policiamento orientado para o problema (POP), pode ser ilustrado com uma analogia do servio mdico: O mdico (policial) fala com o paciente (comunidade) para descrever sua doena (problema de trfico de drogas). Algumas vezes a soluo est unicamente com o paciente (a comunidade); por exemplo, retirar os objetos que possibilitam a concentrao de gua parada e limpa em sua casa (o proprietrio concorda em limpar um lote vago ou em retirar um automvel abandonado). Algumas vezes isso ser resolvido pelo mdico (policial) e pelo paciente (a comunidade) trabalhando juntos, isto , uma mudana de comportamento acompanhado por medicao (organizao da comunidade para ajudar na limpeza de um local sujo). Ou apenas o profissional, o mdico (a polcia), pode resolver o problema atravs de uma cirurgia (aplicao severa da lei). Ou ainda, temos que aceitar o fato de que alguns problemas simplesmente no podem ser resolvidos, como uma doena terminal, por exemplo, (problemas sociais graves), MOREIRA (2005) apud PEAK (1999:85).

    Como parte do POP, este mtodo foi desenvolvido por policiais e pesquisadores no projeto Newport News, na dcada de 1970 nos EUA, modelo de soluo de problemas que pode ser utilizado para lidar com o problema do crime e da desordem. Como resultado desse projeto surgiu o mtodo SARA, que traduzido para a lngua portuguesa denominado IARA. 1 FASE - IDENTIFICAO SCANNING 2 FASE - ANLISE ANALYSIS 3 FASE - RESPOSTA RESPONSE 4 FASE - AVALIAO ASSESSMENT

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    importante ressaltar que existem diversas variaes desta metodologia, detalhando ainda mais cada uma das fases. O mtodo IARA de simples compreenso para os lderes comunitrios e para os policiais que atuam na atividade fim, e no compromete a eficincia e eficcia do servio apresentada pelo POP, assim como no contradiz outros mtodos, por isso, neste texto resolvemos adot-la como referncia. 3. Desdobramentos bsicos do Mtodo I.A.R.A. Dentro da metodologia I.A.R.A. h de se destacar de maneira pormenorizada as etapas que se cercam para a perfeita execuo do planejamento: 1 Etapa IDENTIFICAO Nesta fase so cinco relevantes informaes que necessitam ser identificadas:

    Tipo de infrao: Este o indicador mais comum e demonstra a maneira como as pessoas atuam. Consomem lcool? Usam drogas ilcitas? Como praticam o delito? Localizao: Os problemas podem ocorrer sempre no mesmo local, como em Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC), como o centro da cidade, prximo de bares nos Estdios de Futebol, complexos residenciais infestados por assaltantes, etc. Pessoas: Quem so os atores sociais envolvidos? Podem ser criminosos reincidentes ou, at mesmo, vtimas que j sofreram mais de um tipo de dano. Tempo: Qual o perodo que ocorre? De forma sazonal, no mesmo dia da semana, na mesma hora da noite. Por exemplo: o problema ocorre durante um congestionamento de trnsito rush, durante o perodo de atividades de turismo, etc. Eventos: Os problemas podem aumentar durante alguns eventos especficos. Durante o perodo do carnaval, durante um longo feriado ou aps um show de rock. 2 Etapa ANLISE

    Tipo de infrao

    Localizao

    Pessoas

    Tempo

    Eventos

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    Como ferramenta til para a anlise do problema verifica-se uma importante ferramenta denominada TAP (Tringulo de Anlise do Problema). Voc sabe quais so os elementos essenciais para ocorrer um crime? Basicamente so necessrios trs elementos essenciais para que um problema policial possa ocorrer. Observe a figura abaixo:

    (SENASP, 2009)

    O TAP ajuda os policiais na anlise do problema, sugere onde so necessrias mais informaes e auxilia no controle e, principalmente, na preveno criminal. Como exemplo pode-se substituir cada item conforme se verifica abaixo:

    (SENASP, 2009)

    3 Etapa RESPOSTA Agora que j est identificado o problema, voc aprender como ocorre a 3 fase do mtodo IARA, a resposta para o problema.

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    Formas de lidar com o problema:

    4 Etapa AVALIAO

    Depois da implantao das respostas, se o problema continuar ou mudar sua forma, voc tem que recomear todo o ciclo, ir da avaliao para a resposta ou para a fase da anlise.

    Fonte geral do sub-ttulo: (SENASP, 2009)

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    4. Sistema de Governana Operacional

    Para os fins aos quais se destina esta Diretriz, as premissas operacionais da PMES nos Territrios de Paz, que hoje esto se baseando nas sub-reas das Companhias PM da RMGV, so:

    4.1 - Misso da PMES

    Promover, com a comunidade capixaba, a preservao da ordem pblica no Estado do Esprito Santo.

    4.2 - Misso da PMES nas Companhias PM

    Colaborar de maneira sistemtica e transparente para a reduo continuada da violncia e criminalidade, por intermdio da prestao de servios de segurana pblica que garantam s comunidades ostensividade policial, disponibilidade para o atendimento e resolutividade adequada s respectivas demandas.

    4.3 - Valores da PMES nas Companhias PM

    1. Legalidade 2. Respeito dignidade humana 3. Interao comunitria 4. Eficcia operacional 5. Responsabilizao territorial 6. Autonomia operacional 7. Transparncia 8. Racionalidade no emprego dos meios 9. Valorizao dos servidores 10. Modernizao tecnolgica 11. Adequada dotao de recursos operacionais 12. Pr-atividade 13. Interao institucional 4.4 - Objetivos do SGO Os objetivos da presente diretriz esto em conformidade com a viso da Instituio, congregam a participao da sociedade no modelo de gesto da Segurana Pblica atravs de sua filosofia de policiamento interativo. Alm disso, funcionam atravs de seu

    O sistema de governana operacional (SGO) foi regulamentado e institucionalizado por intermdio da Diretriz de Servio N 013 de 10/09/2010 nas esferas de atribuies da PMES no que concerne aos Territrios de Paz (TP). Teve como principal finalidade regular a atuao da PMES no projeto de Reestruturao da Polcia Interativa no Esprito Santo a partir dos Territrios de Paz do Programa Nacional de Segurana Pblica com Cidadania (Pronasci) do Ministrio da Justia.

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    desmembramento em metas como indicadores em seus diversos segmentos de atuao, cujo xito de importncia mpar na materializao da misso e dos valores almejados pela PMES e pela sociedade. Para tanto, tais objetivos so apresentados em formato de matriz de responsabilidades em que se identificam com maior clareza os atores responsveis em cada meta, no intuito de gerar maior eficincia e eficcia na prestao do servio de segurana publica com qualidade populao capixaba. As Reunies se processam mensalmente com Oficiais e Praas subordinados, at o 5 dia til de cada ms, para anlise do Sistema de Governana Operacional e so encaminhados os Relatrios aos respectivos comandantes de unidade no segundo dia subsequente a reunio. As matrizes, objetivos e metas que so respondidos por cada comando de Companhia com a efetiva participao de seus graduados podem ser mais bem vistos abaixo:

    Objetivo N 01

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    Objetivo N 02

    Objetivo N 03

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    Objetivos N 04 e 05

    Neste sentido, verificam-se uma relevante quantidade de preocupaes com o efetivo acompanhamento de indicadores que traro o funcionamento necessrio para a operacionalidade lastreada comunitarizao do policiamento.

    Fonte geral do sub-ttulo: (Diretriz de Servio N 013 de 10/09/2010, PMES)

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    5. A preocupao ttica: Misses especficas dos Sargentos/Subtenentes Em conformidade com uma viso voltada para a execuo do policiamento comunitrio/interativo propriamente dito, verifica-se a necessidade da abordagem de algumas misses especficas, em particular a dos Sargentos e Subtenentes PM.

    Sob o aspecto de polcia interativa e comunitria, pode-se listar abaixo, dentre outras, as atribuies gerais de cada graduado:

    Participar de reunies de conselhos interativos ou outras similares juntamente com o seu comandante de Companhia, auxiliando-o ou substituindo-o em eventuais impedimentos;

    Auxiliar no planejamento de aes em nvel de comando de SU visando atender s mais diversas demandas originrias das reunies que ocorrem junto ao comando;

    Primar para a disciplina geral de todos os componentes da rea de atuao, visando demonstrar a importncia do que a PMES prega para a sociedade com os servios efetivamente disponibilizados para a populao;

    Instruir o efetivo que estiver a ele subordinado, quanto dinmica criminal da regio, destacando a importncia da adoo de uma postura pr-ativa, buscando a preveno de crimes;

    Adotar postura de staff junto ao comando nos aspectos administrativos e operacionais na Subunidade, sempre possuindo como norte a resoluo dos mais diversos problemas internos;

    Controlar e Fiscalizar as visitas tranqilizadoras realizadas por intermdio dos graduados nas Subunidades, primando para a continuidade do processo;

    Acompanhar as estatsticas criminais na regio atendida, visando ter o domnio das localidades onde se encontram evolues criminais, tipos de incidncias, horrios, ruas, dentre outros detalhes;

    Realizar a fiscalizao do policiamento com o propsito tanto de manter a disciplina quanto de apoiar e levantar problemas ocorridos;

    Atuar como multiplicador de seus conhecimentos quanto filosofia de policiamento comunitrio, tanto para o pblico interno quanto para o externo;

    Controlar as denncias annimas recebidas mantendo-as sempre em dia e em ordem de consultas;

    Atuar nas causas que interfiram diretamente nas questes de Segurana Pblica, orientando e promovendo a integrao e atuao efetiva de outros rgos pblicos e da comunidade, propondo ao comando imediato sugestes para suas solues;

    Promover oportunidades para que todos os policiais componentes da OME possam garantir acesso aos cursos e treinamentos em polcia comunitria;

    Participar das reunies do sistema de governana operacional e ajudar na confeco de seus relatrios mensais.

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    6. Coordenadoria Estadual de Polcia Interativa

    Em 2009, o Comando Geral da PMES, por intermdio da Portaria N 477-R de 16/04/2009, implantou a Coordenadoria de Polcia Comunitria-Interativa, que passou a exercer a funo, dentre outras atividades, de representar a instituio perante o Ministrio da Justia (MJ) e a Secretaria Nacional de Segurana Pblica (SENASP). Essa especfica atribuio demonstra a importncia da Coordenadoria enquanto canal de comunicao do Estado do Esprito Santo junto ao Governo Federal, como forma de direcionamento de recursos necessrios para treinamentos e implantao de projetos teis para a instituio e a sociedade civil organizada. Mais recentemente a Portaria 528-R de 16.06.2011 contida no BCG n 024 da mesma data, infere uma reorganizao do Sistema de Polcia Interativa no mbito da PMES, atribuindo responsabilidades diversas s OMEs. O sistema de polcia interativa ser composto de: I - Coordenadoria Estadual de Polcia Interativa; II - Coordenadoria Metropolitana de Polcia Interativa; (abrangncia CPO-M) III - Coordenadoria Regional Sul de Polcia Interativa; (abrangncia CPO-S) IV - Coordenadoria Regional Norte de Polcia Interativa; (abrangncia CPO-M); e V - Comisso Permanente de Sistematizao do Modelo Interativo de Polcia. Dentre outros itens, a referida Portaria estabelece ainda as atribuies da Coordenadoria Estadual de Polcia Interativa, conforme abaixo discriminado: a) Consolidar o modelo e a metodologia de Polcia Interativa como filosofia e estratgia organizacional da PMES, conforme estabelecido no Plano Estratgico da Corporao e nos parmetros de sistematizao do Modelo Interativo de polcia; b) Garantir a interatividade do Sistema de Polcia Interativa com os demais sistemas da Polcia Militar ou demais rgos; c) Coordenar com as Unidades da PMES, por intermdio da Diretoria de Ensino, Instruo e Pesquisa (DEIP), com apoio das Coordenadorias Regionais de Polcia Interativa dos CPO's as atividades que tenham como objetivo treinar, requalificar ou promover qualquer forma de obteno de conhecimento terico ou prtico no sentido da comunitarizao policial; d) Convocar, sempre que necessrio, a Comisso de Sistematizao do Modelo Comunitrio-Interativo de Polcia, no todo ou em parte, para avaliao e consolidao das propostas da Coordenao; e) Propor programas de interao organizacional entre a Polcia Militar e os Conselhos Interativos de Segurana, em parceria com a Secretaria de Estado da Segurana Pblica e Defesa Social e demais Pastas da Administrao Estadual, bem como com quaisquer outros entes governamentais ou no, conforme julgado pertinente; f) Propor aes e operaes policiais de cunho preventivo e educacional, voltadas para a comunitarizao da prtica policial militar;

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    g) Manter cadastro atualizado dos Conselhos Interativos de Segurana, entidades de direitos humanos e associaes de carter no governamental, com lastro na questo da segurana pblica, violncia, criminalidade e direitos fundamentais da pessoa humana; h) Em consonncia com a Diretoria de Ensino e Instruo e Pesquisa, propor e coordenar os Cursos de Polcia Comunitria e Interativa; i) Selecionar e subsidiar decises do Comando Geral, bem como gerir, de parte da PMES, parcerias institucionais com organizaes governamentais ou no, em funo de programas e projetos voltados para as questes de preveno criminalidade e ao atendimento s populaes de risco; j) Incentivar a cooperao interinstitucional com os demais programas e projetos da PMES voltados para a preveno criminalidade e ao atendimento s populaes de risco, quer por aes conjuntas, quer pelo intercmbio de informaes; l) Divulgar por intermdio de canais prprios, ou de parcerias, informaes relativas ao processo de comunitarizao da PMES; m) Colaborar para o monitoramento das prticas policiais militares, por intermdio da coleta e sistematizao de informaes operacionais, e ainda, sugestes, crticas, e outras manifestaes comunitrias sobre a qualidade dos servios prestados pela Polcia Militar; n) Representar a Polcia Militar junto ao MJ/SENASP, bem como outras Corporaes Co-Irms, Unidades da Federao, entes pblicos e particulares diversos, nas questes relacionadas filosofia de Polcia Interativa. Atualmente encontra-se em estudo no Estado Maior Geral (EMG) da PMES a possibilidade da Coordenadoria de polcia interativa elevar-se em nvel de Diretoria, compondo importante destaque dentro do EMG. Pretende-se com a Diretoria abarcar alguns campos de atuaes relativos ao PROERD, Direitos Humanos e toda a estruturao necessria para a expanso da filosofia e doutrina de polcia interativa dentro do Esprito Santo. A Diretoria de Direitos Humanos e Polcia Interativa ter por finalidade planejar, desenvolver, difundir e coordenar a doutrina, filosofia e prtica da Polcia Interativa, direitos humanos e aes de responsabilidade social da Polcia Militar do Esprito Santo.

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    REFERNCIAS ARAJO, Adauton da Silva; FERNANDES, Joo Antnio da Costa; COSTA, Jlio Cezar. Polcia Interativa: a democratizao e universalizao da Segurana Pblica. Monografia (Especializao em Segurana Pblica) Curso de Aperfeioamento de Oficiais da Polcia Militar do Esprito Santo, Universidade Federal do Esprito Santo, Vitria, 1998.

    BRASIL. Constituio (1988). Constituio [da] Repblica Federativa do Brasil. Braslia, DF: Senado Federal, 1988.

    CARTILHA DA SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANA PBLICA E DEFESA SOCIAL, 2009, Vitria. Voc sabe o que um Conselho de Segurana Comunitrio? Vitria: Esprito Santo, 2009. 38 p.

    ______. Ministrio da Justia. Secretaria Nacional de Segurana Pblica. Curso Nacional de Promotor de Polcia Comunitria. SENASP, 2008.

    ______. Ministrio da Justia. Secretaria Nacional de Segurana Pblica. Curso Nacional de Multiplicador de Polcia Comunitria. SENASP, 2007.

    ______. Ministrio da Justia. Secretaria Nacional de Segurana Pblica. Curso Internacional de Multiplicador de Polcia Comunitria Sistema Koban. SENASP, 2008.

    ______. Ministrio da Justia. Secretaria Nacional de Segurana Pblica. Curso de Policiamento Orientado para o Problema. SENASP, 2009.

    ESPRITO SANTO. Cartilha de Polcia Interativa. Polcia Militar do Estado do Esprito Santo, Comando Geral. Vitria-ES. 2010.

    ESPRITO SANTO. Diretriz de Servio N 013 de 10/09/2012. Que institui o Sistema de Governana Operacional na PMES. Disponvel em: . Acesso em: 13 Mar. 2012.

    ESPRITO SANTO. Portaria n. 477-R N, de 16 de abril de 2009. Cria na estrutura da 3 Seo do Estado Maior Geral o Sistema de Polcia Comunitria-Interativa., Vitria/ES. Disponvel em: < http://www.pm.es.gov.br/intranet/publicacao/Comando/BCG/2009/BCG015.pdf>. Acesso em: 28 Mar. 2012

    ESPRITO SANTO. Portaria n. 528-R, de 16 de Junho de 2011. Reorganiza o sistema de polcia interativa no mbito da PMES. Disponvel em: < http://www.pm.es.gov.br/intranet/publicacao/Comando/BCG/2011/BCG024.pdf>. Acesso em: 28 Mar. 2012.

    FERNANDES, Joo Antonio da Costa; COSTA, Julio Cezar. A democratizao e universalizao da segurana pblica. 1998. Monografia (Curso de Aperfeioamento de Oficiais) Ps-Graduao, Universidade Federal do Esprito Santo, Vitria, 1998.

  • 34 34

    LOPES, Jos. Nunca fomos to pacficos. Disponvel em: . Acesso em: 27 mar. 2012.

    MIRANDA, Jailson; RODRIGUES, Andrey Carlos; TATAGIBA, Giuliano C. da Silva. Esprito Santo. Polcia Militar. Curso de Formao de Soldados (CFSd), 2008. Apostila do CFSD, 2008.

    ROLIM, Marcos. A sndrome da rainha vermelha: policiamento e segurana pblica no sculo XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar; Oxford, Inglaterra: University of Oxford, Centre for Brazilian Studies, 2006.

    SOUZA, Renato Vieira de. Do Exrcito Estadual Policia de Resultados: Crise e Mundanas de Paradigmas na Produo Doutrinria da Polcia Militar de Minas Gerais. 2003. 317 f. Dissertao (Mestrado) - Curso de Administrao Pblica, Departamento de Gesto de Polticas Sociais, Escola de Governo da Fundao Joo Pinheiro, Belo Horizonte, 2003.

    SILVA, Jorge da. Segurana pblica e polcia: criminologia crtica aplicada. Rio de Janeiro: Forense, 2003.

    SKOLNICK, Jerome H.; BAYLEY, David H. Policiamento comunitrio: questes e prticas atravs do mundo. Traduo de Ana Lusa Amndola Pinheiro. So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo, 2006.

    TROJANOWICZ, Robert; BUCQUEROUX, Bonnie. Policiamento comunitrio: como comear? Traduo de Mina Seinfeld de Carakushansk. Rio de Janeiro: PMERJ, 1994.

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    ANEXO I

    CONSELHO INTERATIVO DE SEGURANA PBLICA DA REGIO XXXXXXXXX

    E S T A T U T O S O C I A L

    CAPTULO I

    DA DENOMINAO, SEDE, DURAO E FINS.

    Art. 1. O Conselho Interativo de Segurana Pblica da Regio XXXXXXXXX, denominado CISEG-XXXXX, com sede no Terminal Rodovirio de Vitria, s/n, Bairro Ilha do Prncipe, nesta Capital e foro no Municpio de Vitria-ES, considerado rgo No Governamental, entidade sem fins lucrativos, sem carter poltico-partidrio e de tempo de durao indeterminado, para a atuao no campo da Segurana Pblica.

    Art. 2. O CISEG visa congregar e coordenar a participao de todos os seguimentos das Comunidades pertencentes Regio XXXXXXXX do Municpio de XXXXXXX, Estado do Esprito Santo, na rea que compreende os Bairros: XXXXX, XXXXXX, XXXXX (...).

    Art. 3. So objetivos do CISEG: Promover a interao entre todos os segmentos das Comunidades envolvidas e os Orgos imcubidos de Segurana Pblica na Regio II, coletar, produzir, processar e analisar informaes que possam contribuir para otimizar a atuao desses rgos, da forma como segue: I) Contribuir e zelar pela atuao harmnica dos rgos de Segurana Pblica na rea citada; II) Propor inovaes de medidas tcnicas e o aprimoramento de seus agentes, sempre que necessrio; III) Primar pelo relacionamento harmnico com entidades e rgos Pblicos em nveis Municipal, Estadual e Federal, em benefcio de questes afetas segurana pblica da 2 Regio; IV) Colaborar para o fortalecimento dos princpios que norteiam o controle criminalidade local, visando a convivncia pacfica e harmoniosa entre os cidados e o respeito ao ordenamento jurdico vigente; V) Intervir perante os rgos Pblicos em assuntos e projetos que vislumbrem o interesse de toda a 2 Regio Administrativa de Vitria (Grande Santo Antnio); VI) Propor parcerias visando a concretizao de projetos locais da Regio a curto, mdio e longo prazos e de carter permanente.

    CAPTULO II

    DOS MEMBROS

    Art. 4. O CISEG ser composto por representantes de entidades, de condomnios, de pessoas representativas da comunidade local, de rgos de Segurana Pblica, e outros rgos que possuam interesse ao Conselho, sendo considerados membros os componentes da Diretoria Executiva, Conselho Fiscal e formalmente indicados pelas lideranas comunitrias e outros rgos.

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    1. A universalidade entre os membros do CISEG dever ser alcanada de tal forma que os membros tenham atuao nos diversos poderes constitudos e demais seguimentos da Sociedade, dentro das possibilidades existentes, no sendo permitido, no entanto, a ocupao do cargo de Presidente e Tesoureiros a Autoridade pblica eleita ou autoridade responsvel pela segurana pblica da regio.

    2. O CISEG ser composto da estrutura que segue adiante, sendo formalmente indicados: Diretoria Executiva:

    I Presidente II - Vice-Presidente III 1 Secretrio IV 2 Secretrio V 1 Tesoureiro VI 2 Tesoureiro VII Secretrio de Comunicao Social Conselho Fiscal: VIII Presidente IX Membro X Membro XI Suplente do Presidente XII Suplente XIII - Suplente

    3. Os cargos de Presidente, Vice-Presidente, Secretrio e Diretor de Patrimnio sero submetidos a eleies conforme estabelece o Captulo V, sendo que os demais sero membros permanentes do CISEG, havendo mudana quando ocorrer as eleies em seu respectivo Bairro (caso o Presidente daquele rgo julgar necessrio) e a indicao de outra pessoa atravs do rgo a que representa, por solicitao do prprio CISEG ou do prprio rgo. 4. Os representantes constantes dos incisos XII e XIII sero respectivamente os responsveis pela representao dos rgos propriamente ditos.

    Art. 5. So direitos da Diretoria Executiva:

    I) Reunir-se extraordinariamente em conjunto com os representantes dos rgos de Segurana Pblica locais em casos que exigem a interveno imediata do CISEG sem, no entanto, haver a presena de todos os membros do Conselho, havendo registro em ata para este fim. II) Encaminhar documentos solicitando ou requerendo aos rgos Pblicos o atendimento de necessidades constatadas por comisses previamente estabelecidas ou em reunies ordinrias.

    Art 6. So deveres da Diretoria Executiva:

    I) Dar conhecimento a todos os membros das reunies extraordinrias estabelecidas e os assuntos tratados atravs das reunies ordinrias. II) Propor parcerias de outros rgos pblicos visando complementar as aes dos rgos de segurana locais. III) Zelar para o carter de permanncia das reunies no sentido de manter sempre em carter de continuidade as discusses acerca da segurana pblica local. IV) Propor solues visando a melhor forma de implementao da segurana na 2 Regio.

    Art. 7. So Direitos dos Membros:

    I ) Participar das Assemblias Gerais e reunies ordinrias e extraordinrias do CISEG com direito a voto;

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    II) Participar de todas as atividades do CISEG; III) Votar e concorrer nas eleies do CISEG; IV) Requerer Diretoria e/ou mediante justificativa e juntamente com, no mnimo dos membros, a convocao de Assemblia Geral; V) Integrar comisso tcnica ou administrativas criadas pelo CISEG para realizao de sua finalidade previamente estabelecida. VI) Formao de comisses representativas para fins de discusses junto aos poderes constitudos de assuntos de interesse do CISEG, a fim de solues de problemas que fogem da alada dos rgos de Segurana Pblica locais.

    Art. 8. So Deveres dos Membros:

    I ) Comparecer s reunies e Assemblias convocadas pelo CISEG, acatar e encaminhar suas decises; II) Prestigiar a ao do CISEG e trabalhar pela eficcia dos seus objetivos; III) No tomar deliberao em nome do CISEG, sem que autorizado pelo mesmo; IV) No intervir em ocorrncia ou fatos policiais em nome do CISEG, a fim de propor ou determinar rumos diversos aos estabelecidos em lei; V) Comunicar a Diretoria Executiva do CISEG, qualquer fato ou atividade interpretada como ilegal ou arbitrria, por parte dos executores das aes policiais na rea do CISEG; VI) Cumprir e exigir o cumprimento do presente Estatuto e do Regimento Interno, ou decises dos Fruns de deliberao do CISEG, sem prejuzo da participao da entidade representada.

    Art. 9. As presenas nas reunies, Assemblias e qualquer outra atividade desenvolvida e previamente marcada pelo CISEG ocorrero de acordo com a participao de cada rgo ou comunidade que representa, havendo, no entanto registro em livro especfico de presenas a freqncia dos membros.

    CAPTULO III

    AOS RGOS DE DELIBERAO E ADMINISTRAO

    Art. 10. So rgos de deliberao e administrao do CISEG:

    I ) Assemblia Geral II) Diretoria Executiva

    Art. 11. A Assemblia Geral rgo soberano do CISEG e se reunir ordinariamente ou extraordinariamente em discusses que exigem a descrio do Art. 11 do presente Estatuto Social. 1 - As reunies ordinrias contaro sempre com a presena da Diretoria Executiva e os membros em sua totalidade, ou com 1/3 de todos os presentes. 2 - Decorridos 30 (trinta) minutos poder haver a reunio do dia com a maioria absoluta presente.

    Art. 12. Compem a Assemblia Geral, todos os membros, devidamente indicados por suas entidades e comunidades locais, bem como a Diretoria Executiva do CISEG.

    Art. 13. Compete exclusivamente Assemblia Geral

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    I) Eleger, a poca apropriada, o Presidente, o Vice-Presidente, o Secretrio e o Diretor de Patrimnio (Diretoria Executiva); II) Destituir qualquer de seus membros; III) Criar ou reformar Estatuto e Regimento Interno; IV) Discusso de assuntos de interesse geral da regio; V) Extinguir a entidade e dar destinao ao seu patrimnio; VI) Reunir-se anualmente a fim de apresentao do balano geral das atividades desenvolvidas durante o ano em curso.

    nico - A Assemblia Geral reunir-se- extraordinariamente, em qualquer poca, quando convocada.

    Art. 14. A Assemblia Geral extraordinria ser convocada por Edital, atravs da Imprensa local ou pelos meios de acesso Pblico em Geral, com antecedncia mnima de 07 (sete) dias corridos e constar dia, hora, local e ordem do dia, podendo tambm a convocao ser feita atravs de Ofcios encaminhados diretamente aos membros ou atravs de telefonemas.

    Art. 15. A Assemblia Geral ser instalada em presena de no mnimo 1/3 (um tero) dos membros e as deliberaes sero tomadas por maioria simples dos presentes, salvo nos casos dos incisos III e V do Art. 11, quando prevalecer o voto favorvel da maioria absoluta dos membros do CISEG.

    nico - Aos casos de convocao dos membros para a Assemblia Geral, no havendo nmero suficiente para a abertura dos trabalhos, e decorridos 30 (trinta) minutos do horrio, previamente estabelecido, poder ser instalada a Assemblia Geral com o total dos membros presentes, e as deliberaes sero tomadas por maioria simples, exceto nos casos previstos no caput deste Artigo.

    Art. 16. Em Assemblia Geral Extraordinria se tratar somente das matrias constantes da pauta da respectiva convocao.

    Art. 17. A Administrao do CISEG se far atravs da Secretaria que adiante se encontram discriminadas suas respectivas atribuies.

    CAPTULO IV

    DAS ATRIBUIES E COMPETNCIAS

    Art. 18. Compete aos membros do CISEG:

    I) Fiscalizar o patrimnio adquirido pelo CISEG atravs de doaes; II) Reunir-se, periodicamente, na forma deste Estatuto Social; III) Convocar Assemblia Geral; IV) Responder em todos os mbitos pela entidade; V) Cumprir e fazer cumprir as determinaes deste Estatuto e das Assemblias Gerais.

    Art. 19. Compete ao Presidente:

    I) Dirigir as reunies do CISEG, presidindo-as inclusive as Assemblias Gerais e reunies Ordinrias e Extraordinrias;

    II) Representar o CISEG ativa e passivamente, em juzo ou fora dele;

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    III) Assinar documentos diversos relativos ao CISEG; IV) Convocar Assemblias e reunies ordinrias e extraordinrias; V) Designar comisses especiais, com a aprovao de todos os membros presentes, a fim de

    representar o CISEG, onde e quando couber, dando a tais comisses, delegao constada em ata especificando suas atribuies;

    VI) Contratao de prestao de servios, quando necessrio; VII) Executar outras atividades inerentes ao cargo.

    Art. 20. Compete ao Vice presidente:

    I) Auxiliar o Presidente em seus encargos e substitu-lo em suas ausncias e impedimentos, executando as atividades inerentes ao cargo.

    Art. 21. Compete ao Secretrio: I) Redigir as atas das reunies e Assemblias Gerais, ordinrias e extraordinrias; II) Organizar, cuidar e ter sob sua guarda os papis e documentos do CISEG; III) Elaborar e assinar de acordo com o Presidente, ou extrardionariamente os documentos oriundos do CISEG; IV) Dar publicidade, pelos meios adequados, das resolues da Diretoria ou da Assemblia; V) Fazer as correspondncias do CISEG; VI) Manter arquivo em ordem, fazer abertura e rubricar os livros do CISEG; VII) Executar outras atividades inerentes ao cargo.

    Art. 22. Compete ao Diretor de Patrimnio:

    I) Manter em arquivo prprio todos os equipamentos e materiais doados destinados aos rgos de segurana locais ou ao CISEG, bem como manter em ordem os contratos de comodatos deliberados. II) Exigir o registro em ata a doao de quaisquer material(is) destinado(s) ao CISEG ou aos

    rgos de segurana pblica locais; III) Exigir que todo material doado permanea na rea de atuao do CISEG, no permitindo

    que tal equipamento doado seja extraviado para qualquer outra localidade que no esteja na circunscrio do CISP;

    IV) Levantar as necessidades dos rgos de segurana pblica locais, no que se refere logstica para bem desempenharem seus papis de forma adequada e propor solues para a resoluo dos problemas;

    V) Executar outras atividades inerentes ao cargo.

    CAPTULO V

    DAS ELEIES

    Art. 23. As eleies se daro a cada 02 (dois) anos, em Assemblia Geral, convocada para este fim para os cargos de Presidente, Vice-Presidente, Secretrio e Diretor de Patrimnio.

    Art. 24. Ser permitida a reeleio, para o mesmo cargo, uma nica vez consecutiva.

    Art. 25. Ser informado com 01 (um) ms de antecedncia complementao do mandado a necessidade de apresentao de chapas visando concorrer aos cargos do CISEG. Art. 26. Em caso de vacncia, ser procedida eleio simplificada para ocupao do cargo. Em caso de renncia coletiva ou destituio do Presidente, sero realizadas novas eleies.

    Art. 27. A Chapa ser solicitada s comunidades em duas reunies anteriores eleio em reunio registrada em ata, para fins de antecipao e facilitao das eleies.

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    Art. 28. No caso da no apresentao de chapas no dia das eleies, ficar estabelecido que os cargos em vacncia podero ser preenchidos com pessoas retiradas das comunidades locais e votadas durante a prpria reunio. No caso ainda de persistir a vacncia poder ser votada a reeleio dos cargos, respeitado o que preceitua o Art. 22, exceto em caso de fora maior.

    Art. 29. As eleies sero procedidas com o nmero simples de pessoas presentes que se manifestaro em favor das chapas que se apresentarem sendo contados os votos pelo secretrio e dado no final os resultados de cada chapa e divulgadas a chapa vencedora.

    CAPTULO VI

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 30. Em caso de extino do CISEG, seu patrimnio ser destinado instituio com os mesmos fins ou entidades assistenciais, conforme Assemblia Geral convocada para este fim.

    Art. 31. Os Cargos expressos no CISEG no sero remunerados, bem como no podero os membros receber remunerao de nenhuma natureza, salvo como reembolso de despesas previamente autorizadas.

    Art. 32. Todos os membros do CISEG, respondem pelas obrigaes sociais do presente Estatuto.

    Art. 33. O presente Estatuto poder ser alterado a qualquer tempo em Assemblia Geral, convocada para este fim, observados os preceitos do Art. 11.

    Art. 34. O CISEG no ter funo poltico-partidria e nem adotar tal preceito como meio de administrao de suas atividades.

    Art. 35. De todos os componentes do CISEG, tanto a Diretoria Executiva como os demais membros, no ser permitido em hiptese alguma a oficializao aos cargos de Presidente e Diretor de Patrimnio aos representantes dos rgos de segurana pblica locais.

    Art. 36 Os casos omissos do Estatuto sero resolvidos pela Diretoria Executiva, nas prprias reunies ordinrias ou extraordinrias.

    Art. 37. Fica eleito o foro da Comarca de XXXXXXXXXX, Estado do Esprito Santo, para dirimir quaisquer dvidas ou divergncias pertinentes ao presente estatuto.

    Art. 38. Aps lido e aprovado em Assemblia, o presente Estatuto ser registrado na forma legal, para que produza os seus jurdicos e legais efeitos.

    Vitria, ____ de ________ de _______.

    ----------------------------------------------------------

    PRESIDENTE DO CISEG