chs 2014 - apostila de portugues instrumental

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO POLÍCIA MILITAR DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO E PESQUISA CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO Divisão Técnico Pedagógica (DTP) MATERIAL DIDÁTICO DA DISCIPLINA DE PORTUGUÊS INSTRUMENTAL E REDAÇÃO Professores: Prof.ª Keila Mara de Souza Araújo Maciel Profª. Raquel Camargo Trentin

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Apostila do Curso de Habilitação de Sargentos da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo - PMES. 2014.

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  • GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO POLCIA MILITAR

    DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUO E PESQUISA CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO

    Diviso Tcnico Pedaggica (DTP)

    MATERIAL

    DIDTICO

    DA DISCIPLINA DE

    PORTUGUS

    INSTRUMENTAL E REDAO

    Professores: Prof. Keila Mara de Souza Arajo Maciel

    Prof. Raquel Camargo Trentin

  • SUMRIO

    1 TEXTO: O QUE ? COMO SE ESTRUTURA?...........................................................................1

    2 INTERPRETAO DE TEXTO: O QUE ? COMO SE FAZ?................................................3

    2.1 O que interpretar um texto.............................................................................................................3

    2.2 Erros de interpretao.......................................................................................................................4

    3 VOCABULRIO..............................................................................................................................8

    4 FRASE E PARGRAFO...............................................................................................................11

    5 COESO DO TEXTO ...................................................................................................................18

    6 VCIOS DE LINGUAGEM ...........................................................................................................21

    7 PRONOMES DE TRATAMENTO...............................................................................................25

    7.1 Dicas para o uso dos Pronomes de Tratamento..............................................................................26

    8 TIPOS TEXTUAIS .........................................................................................................................27

    9 CARACTERSTICAS DOS TEXTOS OFICIAIS ......................................................................33

    9.1 Exemplos de textos oficiais ...........................................................................................................36

    10 Referncias....................................................................................................................................38

  • 1

    APRESENTAO DO CURSO

    Prezados alunos, inicia-se mais uma importante etapa na busca pelo conhecimento e

    pela ascenso profissional. Nesse mbito, faz-se imprescindvel um aprofundamento nas

    questes que envolvem a Lngua Portuguesa, visto que todo e qualquer processo de

    interao depende de uma comunicao clara, no uso eficiente dos recursos lingusticos.

    Logo, comearemos pela noo de texto, que est na base da socializao humana, e pelos

    critrios de textualidade. Sejam bem vindos.

    PORTUGUS INSTRUMENTAL

    1 Texto: o que ? Como se estrutura?

    Denomina-se texto toda a formao de linguagem (oral e escrita) que, situada em

    um contexto sociocomunicativo, cumpre uma funcionalidade, uma inteno. Pode-se

    afirmar que a interao entre os indivduos somente ocorre mediante a presena dos textos:

    o emissor (quem redige o texto) se dirige a um receptor (quem recebe o texto) em um

    determinado contexto (situao interacional) com o propsito de se alcanar alguma

    finalidade (inteno).

    Um texto eficiente aquele que cumpre plenamente o propsito pelo qual foi elaborado.

    Para que isso acontea necessrio atender aos critrios de textualidade, a saber:

    1. Coeso: diz respeito ao encadeamento ou ligao entre palavras, oraes, perodos e

    pargrafos, de modo a promover sua unidade. Os elementos que promovem a coeso no

    texto so chamados de elementos coesivos, sendo compostos principalmente pelos

    conectivos.

    2. Coerncia: diz respeito ao encadeamento de sentido. Um texto coerente aquele cujos

    dados no so contraditrios.

    3. Informatividade: diz respeito ao grau de novidade, de informaes relevantes trazidas

    pelo texto, em uma determinada situao de interao.

    4. Intertextualidade: que o processo no qual um texto retoma outros textos j

    armazenados na memria coletiva (social). Os textos retomados so chamados de

    intertexto.

    Observemos a anlise textual a seguir, que exemplifica os critrios de textualidade.

  • 2

    a) Coeso: Ns temos a presena do termo se, que une duas proposies: I (eu no

    estivesse armado) e II (meu filho no teria perdido a vida naquela briga);

    b) Coerncia: O texto apresenta clareza nas idias, podendo o leitor perceber sua

    inteno: combate ao uso de armas pelos civis;

    c) Informatividade: Traz como informao principal a necessidade do

    desarmamento, como meio de segurana;

    d) Intertextualidade: A campanha dialoga com outros textos que esto na memria

    coletiva, como: I A legislao, que probe o uso indiscriminado de armas; II os

    noticirios que trazem casos de morte por arma de fogo; entre outros.

    J estudados o conceito de texto e os critrios de textualidade, l-se a seguir um texto

    de apoio, que traz uma reflexo sobre a construo do texto. Procedamos leitura.

    Exerccios

    1. Julgue as afirmaes abaixo, marcando a alternativa correspondente.

    I O texto toda e qualquer formao de linguagem que possui um propsito

    comunicativo;

    II Nem sempre a comunicao humana se processa por intermdio de textos;

    III O contexto sociointeracional o ambiente no qual o texto elaborado;

    IV O emissor responsvel pela elaborao do texto;

    V Um texto bem redigido aquele que atende adequadamente aos propsitos de

    comunicao.

    a) I, II e III esto corretas

    b) II, III e IV esto corretas

    c) I, III, IV e V esto corretas

    d) As alternativas II e V esto incorretas

    e) Apenas V est correta

  • 3

    2. Assinale a opo INCORRETA:

    a) A intertextualidade o processo no qual um texto retoma outros textos, que esto

    armazenados na memria coletiva;

    b) A informatividade o nvel de informao relevante contido no texto, fazendo com que

    este seja interessante ao leitor;

    c) Denomina-se coeso a articulao das idias de um texto, que o faz ter clareza e

    unidade;

    d) Um texto s cumprir adequadamente sua funo comunicativa se estiver bem

    articulado tanto nos seus elementos lingsticos (coeso) quanto na sua significao

    (coerncia);

    e) Intertexto o texto que retomado no processo de intertextualidade.

    3. Tendo em vista os critrios de textualidade, faa uma breve anlise do texto abaixo,

    dizendo qual a sua finalidade e quais possveis textos ele retoma.

    ______________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    ______________________________________________________________

    2. INTERPRETAO DE TEXTO: O QUE ? COMO SE FAZ? Interpretar o texto implica signific-lo, associ-lo s vivncias dirias, ser capaz de

    perceber os contedos no explcitos, mas que esto sugeridos no trmite textual.

    Uma interpretao satisfatria precedida pela decodificao (anlise textual) e pela

    compreenso (anlise do tema), o que ir possibilitar uma interpretao capaz de se

    posicionar criticamente sobre o texto.

  • 4

    A decodificao o processo de reconhecimento panormico do texto, com vista a situ-lo

    historicamente e entender o modo como se organiza. Nessa etapa verificamos o contexto

    do objeto de leitura: Quem o autor?; Em qual situao foi elaborado?; Qual o seu

    ambiente de circulao?

    Por sua vez, a compreenso o processo no qual se busca chegar ideia central do texto.

    Ou seja, de entender a ideia proposta. Nessa etapa, procura-se responder a perguntas,

    como: De que fala o texto? Qual a finalidade (inteno) de elaborao do texto? Qual

    problema est sendo solucionado? Qual proposta est sugerida? Qual questionamento

    levantado?

    Finalmente, o leitor deve ser capaz de: a) associar as ideias do autor a outras ideias

    relacionadas ao mesmo tema; b) exercer uma atitude crtica em relao validade dos

    argumentos empregados pelo autor (leitura crtica); c) identificar e discutir questes

    explcitas ou implcitas a partir do texto.

    A seguir, tem-se um quadro que resume as trs etapas apresentadas.

    Decodificao Compreenso Anlise crtica

    Foco Reconhecer a organizao do texto

    Apreender a temtica (o

    assunto abordado no

    texto)

    Atribuir juzos de valor

    ao texto

    (posicionamento crtico)

    Perguntas

    principais

    Quem o autor?

    Em que contexto foi

    escrito?

    Como se estrutura?

    Quais termos so mais

    recorrentes?

    Sobre o que discorre o

    texto?

    Qual a finalidade do

    texto?

    De que modo o texto

    relevante para a

    sociedade?

    O autor foi pertinente no

    desenvolvimento de suas

    ideias?

    2.1 Erros de interpretao

    muito comum, mais do que se imagina, a ocorrncia de erros de interpretao. Os

    mais frequentes so:

    - Extrapolao (ou, linguagem popular, viagem): ocorre quando se sai do

    contexto, no acrscimo de ideias que no so abarcadas pelo texto. Pode-se considerar uma

    fuga do tema, um distanciamento do foco de anlise. Logo, uma boa interpretao requer

    certa fidelidade ao tema proposto e aos limites de sentido possibilitados pelo texto.

    - Reduo: o oposto da extrapolao. Ocorre quando o leitor se atm a apenas um

    aspecto do texto (que muitas das vezes nem o mais relevante), fazendo com que a leitura

    se torne insuficiente, tendo em vista que o texto um encadeamento progressivo de ideias.

    Portanto, preciso se atentar, na interpretao, para todos os aspectos do texto.

  • 5

    - Contradio: quando o leitor, por descuido ou por desconhecer o assunto

    tratado no texto, manifesta ideias contrrias as que so veiculadas neste. Portanto, a fim de

    se evitar equvocos, importante que o leitor apenas discorra sobre aquilo que ele tem

    certeza.

    Exerccios

    1. (UFES adaptado) Observe a charge a seguir.

    Todas as intenes crticas podem ser atribudas charge apresentada acima, EXCETO:

    a) Os jovens, em funo da impunidade, sentem-se incentivados prtica do crime.

    b) A reduo da maioridade penal resolveria os nossos graves problemas de segurana

    pblica.

    c) Os que defendem a reduo da maioridade penal acreditam que os adolescentes

    infratores no recebem a punio devida.

    d) O Estatuto da Criana e do Adolescente muito tolerante com os infratores e no

    intimida os que pretendem transgredir a lei.

    e) A fala do adolescente, na charge, dialoga com a ideia dos defensores da maioridade

    penal de que a legislao protege o menor infrator com as medidas socioeducativas.

    2. Sobre o texto abaixo, so corretas as opes, EXCETO:

    a) A expresso que refere-se a servidores.

    b) Apenas uma parte dos servidores voltou ao trabalho.

  • 6

    c) A greve no terminou completamente porque nem todos os servidores aceitaram o

    possvel acordo.

    d) A orao que aceitaram o aumento salarial particulariza o sentido de substantivo ao

    qual se refere.

    e) Todos os servidores voltaram ao trabalho hoje.

    3. (CESCEM) O homem-momento desempenha, na Histria, papel semelhante ao do

    pequeno holands que tapou com o dedo um buraco no dique, e assim salvou a cidade.

    Sem querer reduzir o encanto da lenda, podemos salientar que, praticamente, qualquer

    pessoa naquela situao poderia ter feito o mesmo () Aqui, por assim dizer, tropea-se

    na grandeza, exatamente como se poderia tropear num tesouro que salvasse uma cidade.

    A grandeza, entretanto, algo que deve exigir algum talento extraordinrio, e no apenas a

    sorte de existir e, num momento feliz, estar no lugar certo.

    Assinale a alternativa que melhor resume a ideia principal do texto:

    a) Se tiver sorte, qualquer pessoa pode salvar uma cidade, mas isso no sinal de

    grandeza;

    b) encantadora a lenda do menino holands que salvou sua cidade, mas no podemos

    transpor seu caso para outras situaes;

    c) O homem-momento pode ser comparado ao menino holands que salvou sua cidade, isto

    , ambos tm a sorte de estar no lugar certo no momento exato;

    d) Na histria, somos enganados por lendas que atribuem a uma pessoa o que poderia ser

    realizado por qualquer outra;

    e)Algumas pessoas tornam-se grandes por acaso, mas a grandeza real exige qualidades

    individuais.

    Leia o texto a seguir para responder s questes 4 a 7.

    Uma diferena de 3.000 quilmetros e 32 anos de vida separa as margens do

    abismo entre o Brasil que vive muito, e bem, e o Brasil que vive pouco, e mal. Esses

    nmeros, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, IBGE, e pela

    Fundao Joaquim Nabuco, de Pernambuco, referem-se a duas cidades situadas em plos

    opostos do quadro social brasileiro. Num dos extremos est a cidade de Veranpolis,

    encravada na Serra Gacha. As pessoas que nascem ali tm grandes possibilidades de viver

    at os 70 anos de idade. Na outra ponta fica Juripiranga, uma pequena cidade do serto da

    Paraba. L, chegar velhice privilgio de poucos. Segundo o IBGE, quem nasce em

    Juripiranga tem a menor esperana de vida do pas: apenas 38 anos.

    A estatstica revela o tamanho do abismo entre a cidade serrana e a sertaneja. Na

    cidade gacha, 95% das pessoas so alfabetizadas, todas usam gua tratada e comem, em

    mdia, 2.800 calorias por dia. Os moradores de Juripiranga no tm a mesma sorte. S a

    metade deles recebe gua tratada, os analfabetos so 40% da populao e, no item

    alimentao, o consumo mdio de calorias por dia no passa de 650.

  • 7

    O Brasil est no meio do trajeto que liga a dramtica situao de Juripiranga vida

    tranqila dos veranenses. A mdia que aparece nas estatsticas internacionais d conta de

    que o brasileiro tem uma expectativa de vida de 66 anos.

    Veranpolis, como comum na Serra Gacha, formada por pequenas

    propriedades rurais em que se planta uva para a fabricao de vinhos. Tem um cenrio

    verdejante. Seus moradores na maioria descendentes de imigrantes europeus plantam e

    criam animais para o consumo da famlia. Na cidade paraibana, bvio, a realidade bem

    diferente. Os sertanejos vivem em cenrio rido. Juripiranga no tem calamento e o

    esgoto corre entre as casas, a cu aberto. No h hospitais. A economia gira em torno da

    cana-de-acar. Em poca de entressafra, a maioria das pessoas fica sem trabalho.

    No censo de 1980, os entrevistadores do IBGE perguntaram s mulheres de

    Juripiranga quantos de seus filhos nascidos vivos ainda sobreviviam. O ndice geral de

    sobreviventes foi de 55%. Na cidade gacha, o resultado foi bem diferente: a sobrevivncia

    de 93%.

    Contrastes como esses so comuns no pas. A estrada entre o pas rico e o miservel

    est sedimentada por sculos de tradies e culturas econmicas diferentes. Cobrir esse

    fosso custar muito tempo e trabalho.

    (Revista Veja 11/05/94 pp. 86-7 com adaptaes)

    4. Os 32 anos referidos no texto como um dos indicadores do abismo existente entre as

    cidades de Veranpolis e Juripiranga corresponde diferena entre:

    a) suas respectivas idades, considerando a poca da fundao;

    b) as idades do morador mais velho e do mais jovem de cada cidade;

    c) as mdias de idade de seus habitantes;

    d) a expectativa de vida das duas populaes;

    e) os ndices de sobrevivncia dos bebs nascidos vivos.

    5. Segundo o texto, Veranpolis e Juripiranga encontram-se em plos opostos. Assinale a

    nica opo cujos elementos no caracterizam uma oposio entre essas duas cidades:

    a) Norte x Sul

    b) Serra x Serto

    c) Dramtica x Tranquila

    d) Verdejante x rido

    e) Plantao x Consumo

    6. Analise as afirmaes abaixo e assinale V para as que, de acordo com o texto, considerar

    verdadeiras e F para as falsas:

    ( ) A cidade paraibana no tem sequer a metade dos privilgios de que goza a cidade

    gacha;

    ( ) O Brasil, como um todo, encontra-se numa posio intermediria entre as duas cidades;

  • 8

    ( ) Apesar de afastadas pelas estatsticas, Veranpolis e Juripiranga se unem pelas tradies

    culturais;

    ( ) Embora com resultados diferentes, a base da economia das duas cidades a agricultura;

    ( ) De seus ancestrais europeus os sertanejos adquiriram as tcnicas rurais.

    7. Cobrir esse fosso custar muito tempo e trabalho. O fosso mencionado no texto diz

    respeito ao ():

    a) abismo entre as duas realidades;

    b) esgoto que corre a cu aberto;

    c) calamento deficiente das estradas brasileiras;

    d) falta de trabalho durante a entressafra;

    e) distncia geogrfica entre os dois polos.

    3. VOCABULRIO

    Denomina-se vocabulrio (ou lxico) o conjunto de palavras de uma lngua. Pode

    ser classificado em informal (utilizado em situaes cotidianas) e formal (relativo norma

    culta, sendo utilizado em situaes de maior nvel cultural). preciso, no momento da

    elaborao textual, atentar-se para o uso das palavras, pois algumas tm pronncia / escrita

    parecidas, mas significam de maneira diferente, dependendo do contexto de uso. Veremos

    alguns desses casos.

    CASO 1

    PORQUE (junto, sem acento): equivale a uma resposta, a uma explicao. Aceitei

    o convite porque ele meu amigo.

    PORQU (junto, com acento): precedido pelo artigo definido o, exerce funo

    de substantivo. Quero saber o porqu de sua deciso.

    POR QUE (separado, sem acento): inicia uma pergunta. Por que voc no foi

    festa da Juliana?

    POR QU (separado, com acento): termina uma pergunta. Voc no foi festa

    por qu?

    CASO 2

    MAU (antnimo de bom) O rapaz um mau (BOM) companheiro para os colegas.

    MAL (antnimo de bem) Logo se percebeu que o vendedor estava mal (BEM)

    intencionado.

    CASO 3

    ACERCA DE: a respeito de. Falamos acerca do novo lanamento da editora.

  • 9

    CERCA DE: durante. Na palestra, falamos cerca de dez minutos.

    A CERCA DE: ideia de distncia. A escola fica a cerca de 15 minutos da minha

    casa.

    H CERCA DE: aproximadamente; tempo passado. H cerca de 100 pessoas no

    estdio. / H cerca de dez anos iniciei meu projeto.

    CASO 4

    AO ENCONTRO DE: indica concordncia, convergncia. Minhas ideias foram ao

    encontro dos planos dele. / Fui ao encontro do meu namorado.

    DE ENCONTRO A: indica discordncia, divergncia. Meu carro foi de encontro

    a um poste. / Meus ideais vo de encontro as do meu irmo.

    CASO 5

    EM VEZ DE: em lugar de (ideia de opo). Em vez de fazer Letras, fez

    Pedagogia.

    AO INVS DE: ao contrrio de (ideia de oposio). Ao invs de descansar,

    colocou-se a trabalhar a manh inteira.

    CASO 6

    NENHUM: ningum Nenhum aluno apareceu para a aula de sbado.

    NEM UM: numeral. No consegui comprar nem um pacote de biscoito.

    CASO 7

    MAS: conjuno adversativa. Correu, mas no pegou o nibus.

    MAIS: advrbio de intensidade. Ela ficou mais calma com a notcia.

    CASO 8

    SEO: setor ou diviso (A seo de obras emprega o maior de nmero de

    funcionrios)

    SESSO: espao temporal de uma reunio deliberativa, de espetculo de teatro etc.

    (A sesso de filmes durou trs horas)

    CESSO: ato de ceder (Nem todos concordaram com cesso do auditrio)

    Exerccios

    1. (UF-PR) Complete as lacunas usando adequadamente mas/ mais/ mau/ mal.

    Pedro e Joo _________ entraram em casa, perceberam que as coisas no estavam bem,

    pois sua irm caula escolhera um ________ momento para comunicar aos pais que iria

  • 10

    viajar nas frias; _________ seus dois irmos deixaram os pais ________ sossegados

    quando disseram que a jovem iria com as primas e a tia.

    a) mau mal mais mas

    b) mal mal mais mais

    c) mal mau mas mais

    d) mal mau mas mas

    e) mau mau mas mais

    2. Tendo em vista a tirinha a seguir, qual sequncia de porqus preenche,

    respectivamente, os espaos? Marque a opo adequada.

    a) porque / porqu / por que / por qu

    b) por que / porque / por qu / porqu

    c) por qu / porque / porqu / por que

    d) porqu / por que / por qu / porque

    e) Nenhuma das alternativas.

    3. Indique qual das opes a seguir preenche, de modo adequado, s lacunas das frases.

    Lcio foi um _______ aluno; por isso reprovou na disciplina.

    ___________ de chorar, sorriu quando soube da notcia.

    Nunca seremos amigos, pois minha ideia vai _____________ sua.

    Falvamos _____________ assunto discutido na aula.

    a) mal / em vez de / ao encontro de / h cerca do

    b) mau / em vez de / ao encontro de / a cerca do

    c) mau / ao invs / de encontro a / acerca do

    d) mal / em vez de / de encontro a / cerca do

    e) Nenhumas das alternativas.

    4. Preencha os espaos com os termos adequados:

  • 11

    Aps assistir a uma tima______________ de cinema, comecei meu expediente na

    ____________ de informtica, em que pude agilizar a _____________ de aparelhos

    multimdia para a realizao de um evento local.

    a) seo / sesso / seo

    b) sesso / seo / cesso

    c) cesso / sesso / seo

    d) sesso / sesso / cesso

    e) Nenhuma das alternativas.

    4 FRASE E PARGRADO

    4.1 Frase

    Denomina-se frase todo enunciado lingustico capaz de transmitir uma ideia: o que

    pensamos, o que sentimos ou o que queremos. Ou seja, estabelece a comunicao com o

    leitor. Logo, expressa juzo, indica ao, transmite um apelo, ordem ou exterioriza

    emoes. Um conjunto de frases bem articuladas entre si constituem um texto. A frase

    comea com letra maiscula e termina em um ponto.

    Quanto aos tipos de frases, elas podem ser classificadas em:

    1.Frase verbal: Quando h presena do verbo.

    Ex.: A Polcia Militar do Esprito Santo muito Respeitada.

    2.Frase nominal: Quando a frase no vem acompanhada por um verbo.

    Ex.: Cuidado!

    3.Frase de situao ou de contexto: O sentido da frase s pode ser reconhecido por meio

    do contexto.

    Exemplo:

    Que educao! (quando, na verdade, quem pratica a ao est sendo mal educado).

    4. Frases interrogativa: Quando o emissor da mensagem formula uma pergunta.

    Exemplo: Voc quer estudar comigo?

    5. Frases imperativas: Quando o emissor da mensagem d uma ordem ou faz um pedido.

    Exemplo: Faa-o entrar na viatura!

    6. Frases exclamativa: Quando o emissor exterioriza um estado afetivo.

  • 12

    Exemplo: Que dia bonito!

    7. Frases declarativa: Quando o emissor constata um fato.

    Exemplo: Ele j chegou.

    DICAS PARA ELABORAO DE FRASES

    1. A princpio escreva frases curtas. Os perodos longos dificultam a compreenso do texto. Depois, com a

    prtica, voc pode variar o tamanho das frases.

    2. Verifique se a frase no tem duplo sentido (mais de uma apresentao). Exemplo:

    Renato beijou a namorada e Felipe tambm.

    REESCRITA: Renato beijou a namorada e Felipe beijou a dele tambm.

    [...]

    4. Nunca repita palavras [em uma mesma frase] ou em frases prximas. Troque-as por sinnimos ou d nova

    redao frase. Exemplo:

    Meu vizinho ser levado ao Hospital das Clnicas, onde ser submetido a uma cirurgia.

    REESCRITA: Meu vizinho ser levado ao Hospital das Clnicas, onde se submeter a uma cirurgia.

    5. Elimine os pronomes desnecessrios frase (eu, ns, ele, ela, eles, elas). Exemplo:

    Anteontem ela ficou com febre, foi ao mdico e ela descobriu que estava com rubola.

    REESCRITA: Anteontem ela ficou com febre, foi ao mdico e descobriu que estava com rubola.

    6. Evite abreviaes (c/ - p/ - tb/ - q/ - qd). Procure escrever as palavras por extenso. As abreviaes so

    consideradas incorretas.

    7. O uso das palavras da, ento, a mais comum na lngua falada. Voc pode elimin-las da frase ou

    substitu-las por outras palavras de mesmo significado (logo depois, nesse momento, nesse caso, mais tarde

    etc.).

    [...]

    9. Evite repetir a palavra que em uma frase. A repetio demasiada deixa [ a frase fragmentada]. Exemplo:

    Quero o dinheiro que est no cofre que fica atrs do quadro.

    REESCRITA: Quero o dinheiro do cofre que fica atrs do quadro.

    [...]

    13. Utilize seu dicionrio, no para escolher palavras difceis ou bonitas, mas para confirmar o

    significado e a grafia das palavras e para incorporar outras ao vocabulrio.

    Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1089363 (adaptado)

    Exerccios

    1. Identifique as frases abaixo em: interrogativa, declarativa, imperativa e exclamativa.

  • 13

    a) Isso no se faz!.

    b) Traga-me um copo com gua.

    c) Devolva meu livro!

    d) Quando voc ter juzo?

    e) No vou brincar com a boneca.

    f) Gosto de estudar.

    g) Nossa! Que susto!

    2. Informe se as frases abaixo so nominais ou verbais.

    a) O menino e o Lobo.

    b) Ele uma pessoa inteligente.

    c) Consertei seu brinquedo.

    d) Coitada daquela garota.

    e) A menina arrancou a cabea da boneca.

    f) Que linda manh!.

    g) No fomos ao parque.

    h) Por favor! Empreste-me sua apostila.

    3. Redija uma frase para cada tipo apontado:

    a) Nominal exclamativa: ____________________________________________________

    b) Verbal declarativa: _______________________________________________________

    c) Verbal imperativa: _______________________________________________________

    d) Verbal interrogativa: ___________________________________________________________

    e) Verbal / exclamativa: _____________________________________________________

    4.2 Pargrafo

    Caractersticas gerais

    Denomina-se pargrafo o conjunto de dois ou mais perodos relacionados entre si,

    a apresentar unidade de pensamento (coerncia) e de composio (coeso). Na escrita, os

    pargrafos so identificados pelo recuo (espao) junto margem esquerda do texto. Quanto

    extenso, deve-se evitar a elaborao de pargrafos curtos, pois o texto torna-se

    fragmentado, e, tambm, de pargrafos longos, pois estes prejudicam a dinamicidade do

    texto, tornando a leitura cansativa (alm de favorecer a ocorrncia de erros sintticos).

    Todo pargrafo dividido em:

  • 14

    Tpico frasal (introduo): frase principal que introduz a ideia-ncleo (tpico a ser

    desenvolvido ao longo do pargrafo);

    Desenvolvimento: frases intermedirias que fundamentam, justificam ou explicam

    a ideia-ncleo;

    Concluso: frase final que confirma, com outras palavras e de modo sucinto, a

    ideia-ncleo. Constitui uma retomada do tpico principal.

    Veja o exemplo a seguir:

    Exemplo 1

    Observe, agora, mais dois exemplos:

    Exemplo 2

    Entre as diversas formas de linguagem, encontra-se a lngua, que o sistema

    composto por palavras, organizado segundo regras gramaticais. A lngua caracterstica

    de um determinado grupo social, sendo por este utilizada. No esttica, mas est em

    constante evoluo e mudana (processos que lhe so naturais), uma vez que se adequa s

    necessidades daqueles que as falam. A esse fenmeno d-se o nome de variao

    lingustica.

    Tpico frasal

    Entre as diversas formas de linguagem, encontra-se a lngua, que o sistema composto

    por palavras, organizado segundo regras gramaticais.

    Desenvolvimento

    A lngua caracterstica de um determinado grupo social, sendo por este utilizada. No

    esttica, mas est em constante evoluo e mudana (processos que lhe so naturais), uma

    vez que se adequa s necessidades daqueles que as falam.

    Concluso

    A esse fenmeno d-se o nome de variao lingustica.

    Exemplo 3

  • 15

    Como todo ato administrativo, a abordagem e a busca pessoal possuem os

    atributos da imperatividade, coercibilidade e autoexecutoriedade, isto , impe-se de

    forma coercitiva, independentemente de concordncia do cidado, e so realizadas de

    ofcio, a partir de circunstncias determinantes, sem necessidade de interveno do Poder

    Judicirio. Assim sendo, no momento da abordagem, cabe ao cidado to somente

    obedecer s ordens emanadas pelo policial, sob pena de incorrer no crime de

    desobedincia, previsto no artigo 330 do Cdigo Penal (CP). Se o cidado se opor,

    mediante violncia ou ameaa, a ser submetido a busca pessoal, ele pratica o crime de

    resistncia, previsto no artigo 329 do CP. Nesse caso, o policial pode fazer uso da fora

    para vencer a resistncia ou defender-se, consoante artigo 292 do Cdigo de Processo

    Penal (CPP).

    Tpico frasal

    Como todo ato administrativo, a abordagem e a busca pessoal possuem os atributos da

    imperatividade, coercibilidade e autoexecutoriedade, isto , impe-se de forma coercitiva,

    independentemente de concordncia do cidado, e so realizadas de ofcio, a partir de

    circunstncias determinantes, sem necessidade de interveno do Poder Judicirio.

    Desenvolvimento

    Assim sendo, no momento da abordagem, cabe ao cidado to somente obedecer s ordens

    emanadas pelo policial, sob pena de incorrer no crime de desobedincia, previsto no

    artigo 330 do Cdigo Penal (CP). Se o cidado se opor, mediante violncia ou ameaa, a

    ser submetido a busca pessoal, ele pratica o crime de resistncia, previsto no artigo 329

    do CP.

    Concluso

    Nesse caso, o policial pode fazer uso da fora para vencer a resistncia ou defender-se,

    consoante artigo 292 do Cdigo de Processo Penal (CPP).

    (Fonte: http://www.universopolicial.com/2009/09/busca-pessoal-e-abordagem-policial.html

    Tipos de desenvolvimento do pargrafo

    Um pargrafo pode ser desenvolvido, principalmente, das seguintes maneiras:

    Por DEFINIO quando define o assunto (ideia-ncleo) discutido. Ex:

    A biosfera a parte do planeta que contm vida e que representa o conjunto de todos

    os ecossistemas da Terra. uma camada de pequena espessura, em relao ao tamanho

    do globo terrestre. constituda pelos mares, rios, lagos, pelo solo at poucos metros de

    profundidade e pela atmosfera a uma altitude de poucos quilmetros. A vida na Terra

    necessita de algumas condies bsicas, como luz, gua e temperatura acima do ponto de

    congelao. Como a distribuio desses fatores no planeta no homognea, as diferentes

    regies da Terra apresentam aspectos biolgicos diferentes. [...]

    No caso, tem-se uma definio sobre o que a biosfera e seus componentes.

  • 16

    Por EXEMPLIFICAO quando traz um exemplo para confirmar o assunto

    (ideia-ncleo) discutido. Ex

    A memria do amor faz viver e morrer, desperta mesmo uma paixo inexistente.

    Stendhal conta o caso de um estrangeiro que vai se estabelecer numa cidade nova e,

    encontrando as pessoas afetadas pela morte de uma senhora dali, com elas se identifica.

    As lamentaes despertam sua simpatia e curiosidade a ponto de declarar que nunca

    havia se interessado tanto por nada; depois j no conseguiu se ocupar de outro assunto,

    sucumbiu na mais negra melancolia, atravessou montanhas e plancies atrs das pegadas

    da senhora, passou dias inteiros chorando e, ao cabo de alguns meses, morreu de

    prostrao. [...]

    No caso, o pargrafo, ao discutir a influncia dos sentimentos sobre as pessoas, o autor traz

    o exemplo de um estrangeiro que morreu de tristeza, ao se envolver demasiadamente com

    os problemas de uma comunidade.

    Por COMPARAO quando realiza uma comparao entre dois ou mais

    elementos, a fim de esclarecer o assunto (ideia-ncleo).

    A pele da pessoa que se expe muito ao sol, sem proteo adequada, sofre danos

    maiores do que aquela que recebe proteo. Imagine uma folhagem exposta

    constantemente aos raios solares. A ao desses raios far com que seus pigmentos verdes

    sofram um processo precoce de desidratao e amarelamento. O mesmo acontece com a

    pele humana. O excesso de sol far com que se torne ressecada e sem elasticidade,

    envelhecendo precocemente.

    No caso, a pele comparada a uma folha, com a finalidade de discutir os efeitos malficos

    da exposio exagerada ao sol.

    Por ENUMERAO quando h a apresentao de uma sequncia (tpicos), na

    abordagem do assunto (ideia-ncleo).

    Para aprender a respirar fundo, melhor deitar-se na cama ou no sof, mantendo

    todos os msculos apoiados. Coloque os braos estendidos a seu lado, palmas para cima,

    pernas esticadas e relaxadas. Primeiro, esvazie os pulmes, expirando todo o ar possvel.

    Depois, comece a inspirar pelo nariz ou pela boca, contraindo os msculos. [...]

    No caso, tem-se a apresentao do passo a passo para melhorar a respirao, o que fica

    claro pelo uso de expresses como primeiro e depois.

    Por CAUSA apresenta-se o fator motivador de determinada situao.

    A cada dia, a violncia no trnsito cresce de maneira assustadora. A razo principal

    desse fato a irresponsabilidade dos motoristas que, ao dirigir com velocidade excessiva,

  • 17

    ultrapassam os limites das leis de trnsito. Muitas vezes, isso est aliado ao consumo de

    bebida alcolica. Portanto, faz-se necessria uma cobrana mais rgida do Cdigo nas

    estradas brasileiras. [...]

    No caso, a irresponsabilidade dos motoristas apresentada como a causa da violncia no

    trnsito.

    Exerccios

    1. Desenvolva o pargrafo a seguir, a partir do tpico frasal (frase inicial) j dado.

    ABORDAGEM POLICIAL

    Tpico frasal

    Abordagem a maneira de aproximao a uma pessoa com um objetivo definido.

    Desenvolvimento

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    Concluso

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    2. Enumere os pargrafos do texto a seguir, na ordem correta, de modo a torn-lo coerente.

    ( ) Apesar de todas as causas citadas acima, a mais importante delas a m

    distribuio de renda que resulta na privao da educao e melhores condies de

    moradia. Todo esse crculo vicioso se origina a partir da falta de condies de uma vida

    digna que faz com que as pessoas percorram caminhos ilegais e criminosos.

    ( ) Em sntese, a violncia urbana engloba uma srie de violncias como a domstica,

    escolar, dentro das empresas, contra os idosos e crianas e tantos outros que existem e que

    geram esse emaranhado que se tem conhecimento. Inmeras so as idias e os projetos

    feitos para erradicar a violncia urbana, porm cabe a cada cidado a tarefa de se auto-

    analisar para que a minscula violncia que se tem feito seja eliminada a fim de que

    grandes violncias sejam suprimidas pela raiz.

    ( ) Sobre esse assunto, existem autoridades que acreditam na soluo da violncia por

    meio de reforo policial, equipamentos de segurana e na invaso de regies onde o trfico

    se localiza, porm tais situaes somente geram maiores problemas, pois nessas situaes

  • 18

    pessoas inocentes que so vtimas dessa situao acabam sendo confundidas e

    condenadas a pagar por algo que no cometeu.

    ( ) A violncia urbana o mal que assola as comunidades que vivem em centros

    urbanos. Abrange toda e qualquer ao que atinge as leis, a ordem pblica e as pessoas.

    Muitas so as causas da violncia, como: adolescentes des-regrados e ilimitados pelos pais,

    crise familiar, reprovao escolar, desemprego, trfico em geral, confronto entre gangs

    rivais, falta de influncia poltica, machismo, discriminao em geral e tantos outros.

    3. Classifique os pargrafos abaixo de acordo com o modo como so desenvolvidos,

    JUSTIFICANDO sua resposta.

    a) Para uma leitura mais eficaz, primeiramente destaque os pontos mais relevantes do

    texto. Em seguida, organize tais trechos sob a forma de fichamentos.

    b) O rio Tiet, um dos mais poludos do mundo, pode ser recuperado, se houver empenho

    estatal. Como exemplo, tem-se o rio Tamisa, na Inglaterra, que trocou suas guas turvas

    por outras lmpidas, aps longo processo de limpeza e de conscientizao ambiental.

    c) Ser livre saber os limites entre o dever e o direito. no ausentar-se de si mesmo.

    d) que o amor como rvore. Rebenta por si prprio, penetra profundamente em todo o

    nosso ser e continua muitas vezes, a verdejar sobre um corao em runas. Victor Hugo

    5 COESO DO TEXTO

    Um texto distingue-se de um amontoado de frases pela interligao entre seus

    componentes. A essa amarrao entre os elementos do texto damos o nome de coeso.

    Portanto, pode-se afirmar que a coeso a articulao entre os elementos constituintes do

    texto, de maneira a permitir que este tenha unidade.

    Porque, porm e uma vez que so os conectivos que promovem a articulao entre

    os perodos estabelecendo relao de explicao, de adversidade e de concluso,

    respectivamente.

    Os principais conectivos so:

    Oposio: mas, porm, todavia, entretanto, seno, contudo etc.

    A aluna estudou, mas no passou.

    O nibus freou bruscamente, porm no machucou ningum.

  • 19

    Concluso: logo, pois, portanto, ento, por isso etc.

    Penso, logo existo.

    O produto estava em liquidao; portanto, compramos muitas unidades.

    Alternncia: ou / ou, ora / ora, quer / quer, seja / seja etc.

    Vou ao cinema ou igreja.

    Ora trabalho ora estudo.

    Causa: uma vez que, visto que, dado que, visto como, por isso que, com isso, porque,

    pois que etc. O jovem ingressou na faculdade, uma vez que passou no vestibular.

    O dia est quente, visto que estamos no Vero.

    Condio / exceo: se, exceto se, salvo se, contanto que, a no ser que, a menos que,

    desde que etc.

    Se voc for ao curso, ser aprovado.

    Use o medicamento regularmente, exceto se for constatado caso de alergia.

    Finalidade: para que, a fim de que etc.

    Estudo para que eu seja promovido.

    necessrio ser um apaziguador a fim de que se mantenham boas relaes sociais.

    Conformidade: como, conforme, consoante, segundo etc.

    Instalar o equipamento conforme o manual de instruo.

    Vamos agir segundo os ensinamentos de Jesus.

    Temporalidade: enquanto, logo que, sempre que, antes que, quando, agora que etc.

    Enquanto varro a casa voc as louas.

    Logo que cheguei casa do prefeito, vi o secretrio a minha espera.

    Proporo: quanto mais, quanto menos, medida que, proporo que, ao passo que

    etc.

    Quanto mais o soldado se arrisca, mais honrado fica.

    medida que o tempo passa novas tecnologias surgem.

    Explicao: porque, pois etc.

    Demorei porque o trnsito estava congestionado.

    Serei rpido em minha fala, pois tenho que sair.

    Adio: e, assim como etc.

    O dia escureceu e o cu encheu-se de estrelas.

    Devem vir reunio os professores assim como os pedagogos.

  • 20

    Exerccios

    1. Observe a frase A aluna estudou, mas no passou no vestibular. Porm, ela no

    desistiu e resolveu fazer novamente o cursinho. Os conectivos em destaque expressam,

    respectivamente, ideia de:

    a) adio, concluso e oposio;

    b) oposio, oposio e adio;

    c) alternncia, oposio e concluso;

    d) causa, condio e finalidade;

    e) concesso, conformidade e temporalidade.

    2. Os conectivos exceto, uma vez que e quanto mais expressam, respectivamente,

    ideia de:

    a) contradio, adio e explicao;

    b) concluso, conformidade e alternncia;

    c) exceo, causa e proporo;

    d) proporo, finalidade e concesso;

    e) adio, exceo e adio.

    3. Voc s precisa comprar a pipoca. O DVD grtis. Assinale a alternativa que

    apresenta a forma correta para juntar os dois perodos da propaganda acima num s.

    a) Voc s precisa comprar a pipoca, entretanto o DVD grtis.

    b) Voc s precisa comprar a pipoca, pois o DVD grtis.

    c) Voc s precisa comprar a pipoca, contudo o DVD grtis.

    d) Voc s precisa comprar a pipoca e o DVD grtis.

    e) Voc s precisa comprar a pipoca, cujo DVD grtis.

    4. (Senado Federal / 2008 / FGV - adaptada) ...a inflao funcionou como uma crueldade

    superveniente, pois os ttulos no tinham correo monetria. A palavra grifada no trecho

    acima pode ser substituda sem provocar perda de sentido por:

    a) no entanto

    b) portanto

    c) uma vez que

    d) embora

    e) enquanto

    5. (TJ/SP 2010 VUNESP) Considerando o trecho ... depois que o jogador

    trapaceou, tocando e controlando a bola com a mo, assinale a alternativa cuja orao

    mantm o mesmo sentido da orao depois que o jogador trapaceou:

    a) embora o jogador tenha trapaceado,

  • 21

    b) mas o jogador trapaceou,

    c) logo o jogador trapaceou,

    d) aps o jogador ter trapaceado,

    e) para que o jogador tivesse trapaceado,

    6. Complete os espaos no texto com o conectivo adequado:

    Em 2 meses, metade dos DPs da capital j estourou meta

    trimestral de roubos

    Situao deixa cidade perto de ultrapassar limite imposto pelo governo: s entre janeiro e

    fevereiro, foram 25.697 ocorrncias, e o teto at maro de 27.017 casos. Trava foi criada para

    pagar bnus polcia ______ tentar reduzir a criminalidade

    SO PAULO - Quase metade dos distritos policiais paulistanos j estourou a meta de

    reduo de criminalidade do governo do Estado. Dos 93 DPs da capital, 41 j superaram,

    em dois meses, o limite mximo trimestral de roubos imposto pela Secretaria da

    Segurana Pblica. ____________, toda a cidade est ameaada de ultrapassar o

    nmero. _________ atingir a meta, So Paulo deve ter, em maro, 1.320 ocorrncias,

    um dcimo do que foi registrado em fevereiro. Os nmeros do ms sero divulgados hoje.

    Os critrios determinam o pagamento de bnus para policiais civis e militares, de acordo

    com o plano enviado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) Assembleia Legislativa

    em 20 de dezembro do ano passado. O projeto ainda est em tramitao de urgncia,

    _________, ao ser aprovado, ser retroativo para janeiro. O plano uma das apostas do

    governo para estancar a criminalidade.

    6 VCIOS DE LINGUAGEM

    Vcios de linguagem so incorrees e defeitos no uso da lngua falada ou escrita.

    Originam-se do descaso ou do despreparo lingustico de quem se expressa. So os

    principais vcios de linguagem:

    Ambiguidade: Defeito da frase que apresenta duplo sentido. Exemplos:

    Vencem os romanos os cartagineses (quem vence?)

    Convence, enfim, o pai o filho amado (quem convence?) [...]

    Barbarismo: emprego de palavras erradas relativamente pronncia, forma ou

    significao. Exemplos:

    ncia, ao invs de nsia / cidades por cidados [...]

    Cacofonia ou cacfato: som desagradvel ou palavra de sentido ridculo ou torpe,

    resultantes da contigidade de certos vocbulos na frase. Exemplos:

  • 22

    A boca dela / por cada mil habitantes / nunca Brito vinha aqui / no vi nunca Juca

    aqui [...]

    Estrangeirismo: uso de palavras, expresses ou construes prprias de lnguas

    estrangeiras. Conforme a provenincia, o estrangeirismo se denomina: galicismo ou

    francesismo (do francs); germanismo (do alemo); castelhanismo (do espanhol);

    italianismo (do italiano). O emprego de estrangeirismos deve limitar-se aos que so

    necessrios, por no haver, no Portugus, termos equivalentes. Por que usar, por

    exemplo, [...] o anglicismo performance, se possumos desempenho, atuao? O

    uso de estrangeirismos torna o texto pedante e obscuro. [...]

    Coliso: sucesso desagradvel de consoantes iguais ou idnticas: o rato roeu a

    roupa / o que se sabe sobre o sabre

    Eco: concorrncia de palavras que tm a mesma terminao (rima ou prosa): A flor

    tem odor e frescor / Com medo, Alfredo ocultou-se no arvoredo [...]

    Pleonasmo: Redundncia, presena de palavras suprfluas na frase: Entrar para

    dentro / sair para fora / a brisa matinal da manh

    Solecismo: erro de sintaxe (concordncia, regncia, colocao): Falta cinco alunos

    / eu lhe estimo / revoltaro-se [...]

    Plebesmo: Uso de palavras e expresses vulgares. Exemplos:

    Cara (indivduo), troo (objeto), cuca (cabea), coroa (pessoa idosa), abacaxi

    (coisa difcil ou desagradvel), grana (dinheiro) [...]

    (Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novssima Gramtica da Lngua Portuguesa. 45. ed. So Paulo,

    Companhia Editora Nacional, 2002, p. 634-637)

    Exerccios

    1. Assinale a alternativa correta no que se refere aos vcios de linguagem:

    a) Na frase O torcedor pagou vinte reais por cada ingresso, temos um barbarismo.

    b) Na frase Os fregueses da padaria preferem po com mortandela, temos um

    pleonasmo.

    c) Na frase A grande maioria da populao brasileira apaixonada por futebol, temos

    uma cacofonia.

    d) Na frase Ele no conhece o pai dele, temos um estrangeirismo.

    e) Na frase O pai proibiu o filho de sair em sua motocicleta, temos uma ambiguidade.

  • 23

    2. (UFOP-MG) Qual o vcio de linguagem que se observa na frase: Eu no vi ele faz

    muito tempo.

    a) solecismo

    b) cacfato

    c) arcasmo

    d) barbarismo

    e) coliso

    3. (URCA 2010) Sobre os vcios de linguagem, relacione a segunda coluna com a primeira:

    (A) barbarismo

    (B) solecismo

    (C) cacfato

    (D) redundncia

    (E) ambiguidade

    ( ) admirvel a f de meu tio.

    ( ) No teve d: decapitou a cabea do condenado.

    ( ) Faziam anos que no morriam pessoas.

    ( ) Coitado do burro do meu irmo! Morreu.

    ( ) Intervi na briga por que sou passfico.

    4. Identifique os vcios de linguagem constituem os trechos em negrito, no texto abaixo,

    marcando a opo correta.

    Ontem noite, assisti o filme Velozes e Furiosos, juntamente com o Mauro.

    Sinceramente, fico perplexo com aqueles carres, que destoam tanto dessas sucatas velhas

    que costumamos encontrar nas ruas: pintura reluzente, roda rebaixada, vidros brindados.

    [...]

    a) solecismo / pleonasmo / barbarismo

    b) cacofonia / barbarismo / contradio

    c) ambiguidade / cacofonia / solecismo

    d) contradio / ambiguidade / barbarismo

    e) Nenhuma das alternativas.

    5. Identifique a ocorrncia de vcios de linguagem nos textos que se seguem, explicando o

    porqu de sua utilizao:

    a)

  • 24

    b)

    c)

    d)

    ___________________________________

    ___________________________________

    ___________________________________

    ___________________________________

    ___________________________________

    _______________________________

    _______________________________

    _______________________________

    _______________________________

    _______________________________

    _______________________________________

    _______________________________________

    _______________________________________

    _______________________________________

    _______________________________________

    ___________________________________

    ___________________________________

    ___________________________________

    ___________________________________

    ___________________________________

    ___________________________________

  • 25

    7 PRONOMES DE TRATAMENTO

    Os pronomes de tratamento so formas de distino e respeito, auxiliando-nos na

    referncia s autoridades civis, militares e eclesisticas. Trata-se de demarcadores sociais,

    que evidenciam no plano lingustico as hierarquias da sociedade. A seguir, tem-se um

    quadro com os principais pronomes utilizados nas relaes interpessoais.

    Destinatrio Vocativo Tratamento

    Oficiais at Coronel; Funcionrios

    graduados (diretores, chefes de

    seo)

    Prezado Senhor (a) Vossa Senhoria

    Monsenhores, Cnegos, Padres e

    Religiosos

    Reverendssimo

    Senhor (a)

    Vossa Senhoria Reverendssima ou Vossa

    Reverendssima

    Bispos e Arcebispos Reverendssimo

    Senhor

    Vossa Excelncia Reverendssima

    Cardeais Eminentssimo Senhor Vossa Eminncia ou Vossa Eminncia

    Reverendssima

    Papa Santssimo Padre Vossa Santidade

    Reitores das Universidades Magnfico Reitor Vossa Magnificncia

    Procurador Geral da Repblica /

    Procurador Geral do Estado /

    Procuradores Gerais dos Tribunais /

    Embaixadores / Governador do

    Estado e Distrito Federal /

    Presidente e Membros das

    Assembleias Legislativa /

    Secretrios de Estado / Membros do

    Congresso Nacional / Presidente e

    Membros do Supremo Tribunal

    Federal, Tribunal de Contas da

    Unio, Tribunais de Justia,

    Eleitorais e Regionais do Trabalho,

    Tribunal Federal de Recursos,

    Superior Eleitoral e Superior do

    Trabalho / Vice-presidente da

    Repblica / Chefes dos Gabinetes

    Civil e Militar da Presidncia /

    Ministros do Estado / Oficiais

    Generais / Consultor Geral da

    Repblica / Chefias do Estado Maior

    do Exrcito, da Marinha, da

    Aeronutica e das Foras Armadas

    Excelentssimo Senhor Vossa Excelncia

    Juzes em geral e Auditores da

    Justia Militar

    Meritssimo Senhor

    Juiz

    Vossa Excelncia

    Presidente da Repblica Excelentssimo Senhor

    Presidente da

    Repblica Federativa

    do Brasil

    Vossa Excelncia

  • 26

    (Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novssima Gramtica da Lngua Portuguesa. 45. ed. So Paulo,

    Companhia Editora Nacional, 2002, p. 181-182 [adaptado])

    7.1 Dicas para o uso dos Pronomes de Tratamento

    a) Nas correspondncias oficiais, quando quem a subscreve representa o rgo em

    que exerce suas funes, prefervel o emprego da primeira pessoa do plural. Ex.:

    Comunicamos a Vossa Senhoria.../ Convidamos Vossa Excelncia para.../

    Encaminhamos a Vossa Senhoria...

    Quando o ato contiver assunto de responsabilidade exclusiva e pessoal de quem o

    assina, ento caber o emprego da primeira pessoa do singular: Ex.:

    Atesto, para fins de.../ Em cumprimento ao despacho.../ Certifico que...

    b) Na correspondncia, reservar palavras como honra, satisfao, prazer e outras

    semelhantes para a transmisso de mensagens que sejam, realmente, motivo de honra,

    satisfao, prazer, etc. Ex.:

    Temos a honra de convidar Vossa Excelncia para comparecer solenidade.../

    Temos a satisfao de comunicar a Vossa Senhoria que, a partir desta data, est sua

    disposio.../ Temos o prazer de enviar-lhe um exemplar do primeiro nmero da

    publicao.../ Ficamos muito honrados com o convite para...

    Exerccios

    1. (CESPE) Ao redigir um documento a ser enviado a uma autoridade, necessrio

    empregar o pronome de tratamento adequado. Assinale a opo em que a relao

    estabelecida entre as colunas no est de acordo com a normatizao do emprego dos

    pronomes de tratamento.

    a) Vossa Excelncia / presidente da Repblica.

    b) Vossa Magnificncia / reitor de universidade.

    c) Vossa Senhoria / senhor Jos da Silva.

    d) Vossa Excelncia / desembargador

    e) Vossa Senhoria / presidente do Supremo Tribunal Federal.

    2. Observe o trecho retirado de um ofcio expedido pela UFF Universidade Federal

    Fluminense.

  • 27

    No espao reservado ao destinatrio, h um erro no que se refere utilizao dos

    pronomes de tratamento. Identifique o problema e comente a respeito.

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    3. Complete o aviso que se segue com o pronome de tratamento correto.

    8 TIPOS TEXTUAIS

    Tipos textuais so sequncias lingusticas que constituem os textos em geral,

    classificando-os de acordo com as suas caractersticas internas (estilsticas) e de com sua

    POLCIA MILITAR DO ESPRITO SANTO

    Aviso n 88/ CFA ES

    Cariacica, 15 de outubro de 2010

    Ao _______________ Hlio Martinelli Tristo de Oliveira

    Capito / Setor Informtica

    Assunto: Seminrio sobre o uso de recursos tecnolgicos no Curso de Habilitao em Sargentos (CHS)

    ___________ Capito,

    No dia 25 de novembro de 2010, o Centro de Formao e Aperfeioamento (CFA) ir sediar o I

    Seminrio Recursos tecnolgicos na formao militar. Para a realizao do evento, solicitamos que a

    sala de informtica seja reservada para a apresentao do novo sistema de Intranet.

    Atenciosamente,

    Marcio Aurlio Ferrari TEM CEL PM

    Comandante do DFA

    Marcio Celante Weolffel TEM CEL PM

    Comandante do DFA

  • 28

    finalidade. Os trs principais tipos textuais so a narrao, a descrio e a dissertao.

    Vejamos melhor cada um deles:

    Narrao

    O texto narrativo se caracteriza por relatar situaes, fatos e acontecimentos, reais

    ou imaginrios. Toda histria mobiliza personagens, situados em um determinado tempo e

    lugar. Uma narrativa responde, basicamente, a quatro perguntas essenciais:

    O que aconteceu? No existe narrao sem a ocorrncia de um fato ou uma

    sequncia deles.

    Com quem aconteceu? Se algum fato aconteceu, algum estava envolvido com o

    acontecimento.

    Onde aconteceu? Se algum fato aconteceu, envolvendo algum, ele aconteceu em

    um determinado lugar.

    Quando aconteceu? Se algum fato aconteceu, envolvendo algum, em um dado

    lugar, aconteceu em algum momento.

    Logo, podemos afirmar que a narrao constri-se a partir dos seguintes elementos: um

    narrador (quem conta histria), um enredo (sequncia de aes que constitui a histria

    contada pelo narrador), as personagens (os seres que praticam as aes expressas na

    histria), um cenrio (local onde se passa a histria) e um tempo (recorte cronolgico

    pode ser passado, presente ou futuro).

    Observe, a seguir, o exemplo de texto narrativo:

    Fbula dos dois lees

    Stanislaw Ponte Preta

    Diz que eram dois lees que fugiram do Jardim Zoolgico. Na hora da fuga

    cada um tomou um rumo, para despistar os perseguidores. Um dos lees foi para as matas

    da Tijuca e outro foi para o centro da cidade. Procuraram os lees de todo jeito mas

    ningum encontrou. Tinham sumido, que nem o leite.

    Vai da, depois de uma semana, para surpresa geral, o leo que voltou foi

    justamente o que fugira para as matas da Tijuca. Voltou magro, faminto e alquebrado. Foi

    preciso pedir a um deputado do PTB que arranjasse vaga para ele no Jardim Zoolgico

    outra vez, porque ningum via vantagem em reintegrar um leo to carcomido assim. E,

    como deputado do PTB arranja sempre colocao para quem no interessa colocar, o leo

    foi reconduzido sua jaula.

    Passaram-se oito meses e ningum mais se lembrava do leo que fugira para o

    centro da cidade quando, l um dia, o bruto foi recapturado. Voltou para o Jardim

    Zoolgico gordo, sadio, vendendo sade. Apresentava aquele ar prspero do Augusto

    Frederico Schmidt que, para certas coisas, tambm leo.

    Mal ficaram juntos de novo, o leo que fugira para as florestas da Tijuca disse

    pro coleguinha: Puxa, rapaz, como que voc conseguiu ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com essa sade? Eu, que fugi para as matas da Tijuca, tive que pedir

    arreglo, porque quase no encontrava o que comer, como ento que voc... v, diz como

    foi.

    O outro leo ento explicou: Eu meti os peitos e fui me esconder numa

  • 29

    repartio pblica. Cada dia eu comia um funcionrio e ningum dava por falta dele.

    E por que voltou pra c? Tinham acabado os funcionrios? Nada disso. O que no acaba no Brasil funcionrio pblico. que eu cometi um erro gravssimo. Comi o diretor, idem um chefe de seo, funcionrios diversos, ningum dava

    por falta. No dia em que eu comi o cara que servia o cafezinho... me apanharam.

    Descrio

    A descrio consiste na exposio das propriedades, qualidades e caractersticas de

    objetos, ambientes, aes ou estados (VILELA; KOCH, 2001). Ela possibilita ao leitor a

    visualizao do objeto apresentado, que passa a ser concebido mentalmente, a partir de um

    processo linear de observao. Nesse tipo textual, h a predominncia de adjetivos

    (palavras que qualificam os seres). Pode ser fsica (quando descreve as caractersticas

    visveis, concretas) ou pscolgica (quando levanta as caractersticas subjetivas). Observe:

    DESCRIO FSICA

    Minha av mora no alto da montanha, em uma casa pequena, de cor branca e

    telhados azuis, rodeada por flores e arbustos, nos quais os pssaros gorjeiam. Atrs da

    moradia passa um crrego de guas cristalinas, que fascam luz do sol

    DESCRIO PSICOLGICA

    Mrio determinado e confiante; o mais admirvel sua capacidade de

    autocontrole diante de situaes difceis.

    O texto descritivo desempenha uma funo de suporte em relao s demais tipologias:

    nos textos dissertativos, compe as exemplificaes; nos textos narrativos, compe a

    ambientao do local e a apresentao de uma personagem. A seguir, tem-se um exemplo

    de descrio no texto literrio.

    Retrato

    "Eu no tinha este rosto de hoje,

    assim calmo, assim triste, assim magro,

    nem estes olhos to vazios, nem o lbio amargo.

    Eu no tinha estas mos sem fora,

    to paradas e frias e mortas;

    eu no tinha este corao que nem se mostra.

    Eu no dei por esta mudana,

    to simples, to certa, to fcil:

    Em que espelho ficou perdida a minha face?"

    Ceclia Meireles

  • 30

    Fonte: portaldeescrita.blogspot.com.br/2008/06/poema-descritivo-retrato-ceclia.htm

    Dissertao

    A tipologia dissertativa tem o objetivo de construir uma opinio de modo progressivo.

    Para isso, o enunciador vale-se de uma argumentao coerente e consistente: expe os

    fatos, reflete a respeito de uma questo, tece explicaes, apresenta justificativas, avalia,

    conceitua e exemplifica. Essa tipologia utiliza o poder de convencimento para que o leitor

    tome uma determinada posio em relao ao tema (KOCHE; BOFF; MARINELLO,

    2012). O texto dissertativo divide-se nas seguintes partes:

    Logo, ao produzir um texto dissertativo preciso que se pense sobre tais elementos:

    tema, objetivo, argumentos e dados.

    TEMA: o assunto da minha redao (Sei alguma coisa sobre ele? J li ou vi algo a

    respeito? J conversei sobre esse assunto?)

    OBJETIVO: a meta da minha redao (onde quero chegar com o meu texto?

    Quero concordar? Discordar? Denunciar? Questionar? Comparar? Opor?

    Enumerar? Interessante observar que a unio entre dois ou mais objetivos se

    encaminha para uma meta maior: denunciar e questionar; concordar e enumerar;

    discordar e opor etc.).

    ARGUMENTOS: o conjunto de idias que justificam o objetivo do meu texto

    (Com base em que eu me posiciono de um modo ou de outro na redao)?)

    DADOS: a exemplificao dos meus argumentos (Os dados ilustram e sustentam

    mais ainda o objetivo da redao).

    Tem-se, a seguir, um exemplo de dissertao.

    Livros Desprezados

    Grave problema presente no Brasil o baixo nvel cultural da populao

    devido falta de leitura de boa qualidade. Segundo o Pisa (Programa internacional de

    avaliao de alunos), que verifica a capacidade de leitura do jovem, dentre os 32 pases

    envolvidos na pesquisa de 2001, o nosso ficou com a ltima colocao.

    Um dos fatores que provocam a falta de domnio da leitura na avaliao

  • 31

    brasileira a escassez de livrarias: apenas uma para cada 84,4 mil habitantes. Porm, essa

    no a nica razo: o brasileiro prefere ler futilidades que pouco ou nada acrescentam ao

    seu intelecto a se dedicar aos grandes nomes da literatura.

    Os polticos tentam suavizar a situao do semi-analfabetismo gerada pela

    falta de leitura com o discurso de que perfeitamente normal que algumas pessoas

    alcancem o final do ensino mdio sem saber expressar suas idias por meio da escrita.

    Obviamente, perfeitamente normal, visto que o sistema de repetncia foi indevidamente abolido nas escolas pblicas.

    imprescindvel que a leitura no Brasil seja estimulada desde a infncia e

    que o sistema de ensino sofra uma reviso. Nossa nao no pode aspirar ao

    desenvolvimento tendo to deficiente capital humano.

    Fonte: www.colegioweb.com.br/portugues/exemplos-de-textos-dissertativos-de-alunos-

    .htm

    Exerccios

    Leia os textos I, II e III, respondendo s questes solicitadas.

    TEXTO I

    O campons e a cobra

    Certo dia, na casa de um campons, uma serpente venenosa insinuou-se e disse-lhe

    bem maneirosa:

    - Vizinho, salve! Hoje eu te trouxe uma boa notcia. Vamos ser amigos! No ser mais

    preciso temeres a mim, porque regenerei-me, estou mudada. V, minha pele j est

    trocada, sou oura, diferente de antes!

    Porm, o campons, muito sbio, no se enganou com a lbia do animal e disse,

    com um pau na mo:

    - Tua pele nova, mas seu corao o mesmo.

    E, com uma porretada, liquidou a cobra venenosa.

    (KRYLOV. Fbulas russas. SP: Melhoramentos, 1990, p. 15)

    a) O texto narra, descreve ou comenta a respeito de um assunto? Explique.

    b) H um fato concreto (verossmil) no texto?

    c) H personagens? Quais?

    d) H um espao? Qual?

    e) O texto est situado em um tempo? Qual?

    TEXTO II

  • 32

    Rosa respirou fundo o cheiro das paredes, de tbuas ainda verdes. Era a casa, a sua

    casa. Tinha trs por quatro metros, uma janela na frente e outra nos fundos, mas parecia

    enorme. O piso era de terra batida e a mesa, de tbua spera, mais parecia mesa de

    carpinteiro. No importava, era dela a casa. Da janela via os troncos chamuscados e, ao

    fundo, a mata fechada. Ali, pensou, nesse pedao de terra limpa. Podia plantar temperos e

    algumas flores. Aurlio desatava o galo e as trs galinhas e os prendia na gaiola de taquara.

    Teriam um galo para cantar de manh cedo e galinha para o caldo, quando nascesse a

    criana. Se algum bicho no os comesse antes.

    (POZENATO, Jos Clemente. A Cocanha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2000, p. 152).

    a) Qual o objetivo do texto acima?

    b) A descrio pode ser classificada como fsica ou psicolgica? Por qu?

    TEXTO III

    Educao

    Ningum discute que a educao o alicerce da sociedade. O grande problema do

    Brasil valorizar demais a quantidade e esquecer a qualidade. Para que se apresentem

    estatsticas com baixos ndices de repetncia, criam-se programas como a progresso

    continuada, que faz com que os alunos no repitam o mesmo ano, mesmo sem ter

    aprendido. Sendo os fundamentos educacionais baseados em nmeros, e no em qualidade,

    ser improvvel uma sociedade bem estruturada, justa e democrtica.

    (SOUZA, L. M. Educao. Veja, So Paulo, 03.set.2003. Cartas, p.24).

    a) O texto narra um fato, descreve algo ou constri uma opinio?

    b) A respeito de que fala o texto?

    c) Qual o argumento apresentado no texto?

    Proposta de Escrita

    Levando em considerao a coletnea abaixo e seus conhecimentos de mundo,

    redija um texto dissertativo de oito a dez linhas, a partir do seguinte tema: Mudanas no

    so apenas possveis; so necessrias.

    Trecho 1

    Uma mudana ou transformao pressupe uma alterao de um estado, modelo ou

    situao anterior, para um estado, modelo ou situao futuros, por razes inesperadas e

    incontrolveis, ou por razes planejadas e premeditadas. Mudar envolve, necessariamente,

  • 33

    capacidade de compreenso e adoo de prticas que concretizem o desejo de

    transformao. Isto , para que a mudana acontea, as pessoas precisam estar

    sensibilizadas por ela.

    Perceber a dinmica das mudanas uma necessidade. Viver atualizado uma

    questo de sobrevivncia e uma maneira de visualizar melhor o futuro, j que os novos

    tempos exigem uma nova postura de pensamento. Existe um mundo que est acabando e

    outro que est comeando e as pessoas, naturalmente, costumam lidar com isso de maneira

    defensiva, com temor ou rejeio, na maioria das vezes. Mesmo pessoas mais esclarecidas

    e atualizadas revelam-se surpresas com as mudanas sociais, polticas, econmicas,

    tecnolgicas, culturais, ecolgicas, etc., que acontecem ao longo da vida. Essas

    transformaes fazem com que a vida no seja um caminho linear em que as pessoas

    percorram livres e desimpedidas.

    (retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Mudan%C3%A7a)

    Trecho 2

    Ns no somos o que gostaramos de ser. Ns no somos o que ainda iremos ser. Mas,

    graas a Deus, No somos mais quem ns ramos. (Martin Luther King)

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    9 CARACTERSTICAS DOS TEXTOS OFICIAIS

    Redao Escrita Oficial a forma pela qual se redigem as correspondncias e os atos

    administrativos no servio pblico. O texto oficial constitui a imagem da organizao.

    Portanto, o domnio da lngua padro confere unidade e uniformidade comunicao. Para

    que se atinjam essas caractersticas, as comunicaes oficiais devem permitir uma nica

    interpretao e ser estritamente impessoal, o que exige certo nvel de linguagem, no se

  • 34

    aceitando o uso de grias, expresses regionais, jarges ou palavras estrangeiras, que

    comprometem o entendimento da mensagem.

    A Instruo Normativa n 4, da Secretaria da Administrao Federal, de 6 de maro de

    1992, torna obrigatrias as regras constantes no Manual de Redao da Presidncia da

    Repblica, para elaborao de alguns textos das comunicaes oficiais. O Decreto n 468,

    da Presidncia da Repblica, de 6 de maro de 1992, estabelece regras, constantes no

    mesmo manual, para a redao de atos normativos do Poder Executivo.

    A Portaria n 317-R, de 18-07-2002, do Cmt Geral da PMES, de conformidade com o

    Decreto n 4.593-N, de 28-01-2000, do Governador do Estado do Esprito Santo,

    estabelece normas e diretrizes para a confeco dos atos administrativos e

    correspondncias utilizados na PMES.

    1 CARACTERSTICAS DOS TEXTOS OFICIAIS

    a) Impessoalidade

    O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicaes

    oficiais decorre da ausncia de impresses individuais de quem comunica: embora se trate,

    por exemplo, de um expediente assinado pela chefia de determinada rea, sempre em

    nome do Servio Pblico que elaborado o texto. Obtm-se assim uma padronizao que

    permite uniformidade s comunicaes elaboradas em diferentes unidades da

    Administrao.

    b) Objetividade

    A objetividade consiste no uso de palavras adequadas para que o pensamento seja expresso

    e entendido imediatamente pelo leitor. Termos suprfluos, excesso de adjetivos, ideias e

    vocbulos repetidos devem ser eliminados, pois comprometem a eficcia do documento.

    Use linguagem objetiva e clara;

    Seja preciso;

    Evite palavras desnecessrias.

    c) Conciso

    O texto conciso aquele que transmite o mximo de informaes com o mnimo de

    palavras. Resulta de um trabalho de reflexo (o que escrever?) e de elaborao (como

    escrever?), concentrando-se na essncia da mensagem.

    Empregue frases curtas;

    Evite acmulo de ideias em um s pargrafo;

    Refaa o texto at encontrar um resultado agradvel.

  • 35

    d) Clareza

    O texto claro possibilita a imediata compreenso pelo leitor. O autor far uso de lngua

    padro, de entendimento geral, com formalidade e padronizao para a uniformidade dos

    textos.

    Ordene as ideias e as palavras;

    Escolha vocabulrio de entendimento geral;

    Evite, no texto, o acmulo de fatos e opinies.

    e) Preciso

    o emprego da palavra exata para expressar uma idia, com conotaes prprias, que

    melhor se ajuste quilo que desejamos e precisamos exprimir.

    Escreva pargrafos curtos e sem muitos pormenores;

    Escreva somente sobre aquilo que conhece bem;

    Ajuste as mensagens ao leitor;

    Consulte o dicionrio sempre que necessrio.

    f) Polidez

    o uso de expresses respeitosas e tratamento apropriado queles com os quais nos

    relacionamos no trato administrativo. As expresses vulgares provocam mal-estar, assim

    como os tratamentos irreverentes, a intimidade, a gria, a banalidade, a ironia e as

    leviandades.

    g) Padronizao

    Os documentos oficiais obedecem a normas de padronizao, regras de forma, tanto na sua

    elaborao textual quanto visual, pois facilitam a consulta, a leitura e o acesso

    informao por qualquer pessoa, alm de refletir unidade e integrao entre rgos e

    entidades que compem a Administrao Pblica.

  • 36

    Exemplos de textos oficiais:

    Ofcio - utilizado com as mais diversas finalidades, como troca de informaes

    administrativas, solicitaes, informaes, convites, agradecimento, felicitaes,

    estabelecimento de uma ordem, entre outras tantas possibilidades.

    GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO

    POLCIA MILITAR

    DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUO E PESQUISA

    CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO

    Ofcio n 001 /2013 PMES/DEIP/CFA

    Cariacica, 03 de abril de 2013

    Senhor Diretor,

    A Polcia Militar do Esprito Santo, atravs do Centro de Formao e Aperfeioamento comunicar que no dia

    01 de Outubro de 2013, s 20h, estar formando a turma de alunos do Curso de habilitao para Sargento.

    Para tanto, solicito a Vossa Senhoria a possibilidade da liberao do ginsio de esporte para a alusiva

    comemorao no dia e hora marcados.

    Atenciosamente,

    Maria Silva Lima - TEN CEL PM

    Comandante do CFA

    Ao Senhor

    Benedito Ferreira

    Diretor do Clube Manchester 31

  • 37

    Comunicao Interna um documento, com objetivos bem definidos, para

    viabilizar toda a interao possvel entre a organizao e seus empregados. Portanto, a

    comunicao interna est no mbito administrativo interno.

    GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO

    POLCIA MILITAR

    QUARTO BATALHO

    CI n 023/P-3/4 BPM/PMES

    06 de junho de 2013.

    Para: Cap PM Ribeiro

    Assunto: Solicitao de indicao de Militares

    Solicito, por gentileza, indicao dos nomes de 5 (cinco) militares, de cada companhia deste batalho, para

    inscrio no curso de informtica bsica oferecido pelo Centro de Treinamento Tecnolgico, de 24 a 28 de

    junho de 2013.

    Atenciosamente,

    Vila Velha, 06 de junho de 2013.

    Armando Portela Cap PM

    Assessor de chefia

    Requerimento um documento por meio do qual se faz um determinado pleito. Ele

    dever conter a identificao de quem faz a solicitao, a quem dirigido, e objetivamente

    qual o pleito realizado.

    GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO

    POLCIA MILITAR

    PRIMEIRO BATALHO

    Senhor Comandante,

    Eu,_________________________________________, portador da Carteira de Identidade n.

    _____________________, CPF n ___________, residente e domiciliado

    _________________________________________________, nascido em __/__/__, soldado do 1 Batalho

    da Polcia Militar do Esprito Santo, venho por meio deste documento REQUERER dispensa da

    obrigatoriedade de cursar o Treinamento em Recursos da Informtica, a ser oferecido no perodo de 15 a 20

    de maro de 2013, pautado na impossibilidade de comparecimento devido coincidncia entre a data do

    curso e o perodo de minhas frias.

    Respeitosamente,

    Vitria, 25 de fevereiro de 2013.

    Camilo Pereira Sd PM

  • 38

    10 Referncias

    ANTUNES, Irand. Anlise de textos: fundamentos e prticas. So Paulo: Parbola

    Editorial, 2010

    CEGALA, Domingos Paschoal. Novssima Gramtica da Lngua Portuguesa. 48. ed.

    So Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

    Apostila SEDU-ES Secretaria da Educao do Estado do Esprito Santo. Nova

    Concursos, 2012.

    BARROS, Mnica Garcia; TAMANINI, Juliano. Interpretaes da leitura em livros

    didticos. In: CELLI COLQUIO DE ESTUDOS LINGUSTICOS E LITERRIOS. 3,

    2007, Maring. Anais. Maring, 2009, p. 1858-1870.

    KOCH, Ingedore Villaa; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto.

    2. ed. So Paulo: Contexto, 2008.

    MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lbia Scliar. Portugus Instrumental. 25.

    ed. So Paulo: Editora Atlas, 2004

    MELO, Luciana Reis de (Org.). Manual de Redao Oficial. MG: Governo do Estado de

    Minas Gerais, 2012.

    ROSENTHAL, Marcelo. Gramtica para Concursos: Teoria e mais de 1000 questes. 4.

    ed. So Paulo, Elsevier, 2009.