cenários para 2016 a 2018 na atual conjuntura econômica e...
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|Consultoria
Relatório Mensal
Fevereiro/2016
Conjuntura Econômica
Introdução - Principais Projeções
Fonte: IBGE, FGV e Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017PIB real (%) 3,9 1,9 3,0 0,1 -3,8 -3,4 1,7
PIB nominal (US$ bilhões) 2.611 2.458 2.461 2.416 1.775 1.395 1.361PIB nominal (R$ bilhões) 4.374 4.806 5.316 5.687 5.913 6.223 6.745
Consumo das Famílias (%) 4,7 3,5 3,5 1,3 -3,8 -4,1 1,5FBCF (%) 6,7 0,8 5,8 -4,5 -14,1 -9,5 3,0
Produção Industrial (%) 0,4 -2,3 2,1 -3,1 -8,6 -6,0 0,9Vendas no Varejo (%) 6,6 8,0 3,6 -1,7 -9,3 -5,6 2,3
Taxa de Desemprego (Pnad) (%) - 7,4 7,1 6,8 8,6 12,3 12,1Rendimento Médio Real (%) - - 3,3 1,1 -0,4 -1,8 0,4
IPCA (%) 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 7,4 6,1IGP-M (%) 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 7,2 5,3
Taxa de Câmbio (R$/US$) (fim de período) 1,88 2,04 2,34 2,66 3,90 4,75 4,80Taxa de Câmbio (R$/US$) (média) 1,67 1,96 2,16 2,35 3,34 4,44 4,78Taxa Selic (% a.a.) (fim de período) 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,50 12,50
Taxa Selic (% a.a.) (média) 11,7 8,5 8,2 10,9 13,4 14,1 12,6Taxa de Juro Real (ex-post, % a.a.) 4,8 2,5 2,1 4,2 2,4 6,2 6,1
Resultado Primário do Setor Público (%PIB) 2,9 2,2 1,7 -0,6 -1,9 -0,6 -0,4Resultado Nominal do Setor Público (%PIB) -2,5 -2,3 -3,0 -6,0 -10,3 -9,3 -7,5
Dívida Bruta do Governo Geral (%PIB) 51,3 53,8 51,7 57,2 66,4 73,6 76,0
Balança Comercial (US$ bilhões) 27,6 17,3 0,3 -6,6 17,7 29,5 32,5Transações Correntes (%PIB) -2,9 -3,0 -3,0 -4,3 -3,3 -2,9 -3,2
Investimento Direto no País (US$ bilhões) 101,2 86,6 69,2 96,9 75,1 60,0 65,0
Introdução• Aumento de incertezas no cenário internacional, na medida em que o hard landing na China é uma
possibilidade real e vários países se aprofundam em medidas de estímulo monetário. Nos EUA, tendência é que Fed adote mais cautela no ciclo de alta dos Fed Funds
• No plano doméstico, a atividade econômica segue em maus lençóis. O consumo, assim como o PIB, deve ter nova retração em 2016, puxado pela queda da renda real e pelo aumento de desemprego. Medidas de estímulo ao crédito introduzidas pelo governo devem ter efeito muito limitado
• Na inflação, apesar da menor pressão proveniente de administrados - frente a 2015 -, superaremos novamente o teto da banda, com o IPCA em 7,4%. O repasse da depreciação cambial ainda não ocorreu de forma integral, e seus impactos devem afetar sensivelmente os preços neste ano
• A comunicação confusa do Banco Central antes da última decisão do Copom representa novo golpe à credibilidade da instituição. Não à toa, as expectativas de inflação para 2017 e 2018 dispararam após o ocorrido. A taxa de câmbio, movida pela alta dos prêmios de risco, teve nova depreciação e deve permanecer instável ao longo do ano
• Desdobramentos das Operações Lava-Jato e Zelotes mostram o vigor incomum (e necessário) da justiça, gerando instabilidades políticas. São reais as chances de as investigações punirem concretamente o ex-presidente Lula e o presidente do Senado, Renan Calheiros. A dupla tem forte peso na sustentação política (Calheiros) e social (Lula) do governo
Índice
Cenário Internacional
Cenário Político
Atividade Econômica
Inflação
Política Monetária
Política Fiscal
Setor Externo
Índice
Cenário Internacional
Cenário Político
Atividade Econômica
Inflação
Política Monetária
Política Fiscal
Setor Externo
Cenário Internacional
Fonte: FMI (Projeções: 4E Consultoria)
4,9
5,5 5,7
3,1
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5,4
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3,4 3,4
3,4
3,4 3,4 3
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17
PIB Mundial (%)
Cenário Internacional
Fonte: FMI, BEA, BLS (Projeções: 4E Consultoria)
• Os Estados Unidos continuam em recuperação, ainda que de forma lenta e rodeada pelos riscos do cenário internacional
• Os afrouxamentos monetários na Europa, no Japão e, provavelmente, na Inglaterra, além do aumento de risco de hard landing na China, tem provocado uma apreciação indesejada do dólar globalmente, o que atribui um viés de baixa às projeções de crescimento para os próximos anos
3,3
2,7
1,8
-0,3
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2005
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PIB - Estados Unidos (%)
65
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Dollar Index (USD vs cesta de moedas)
Cenário Internacional
Fonte: FMI, Fred de St. Louis (Projeções: 4E Consultoria)
• Apesar do bom desempenho do mercado de trabalho e da inflação em recuperação, o aperto monetário em curso deve ser mais lento e gradual que o esperado inicialmente
• Câmbio apreciado e juros futuros em forte queda são os argumentos que devem levar o Fed a adotar uma posição ainda mais cautelosa
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-16
Taxa efetiva dos Fed Funds (% a.a.)
1,35%
1,91%
-3,0%
-2,0%
-1,0%
0,0%
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3,0%
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Inflação em 12 meses
CPI
CPI - núcleo
4,0
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-900
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500
Mercado de trabalho
Criação de vagas (eixo direita)
Taxa de desemprego (%)
(%)
Mil vagas
Cenário Internacional
Fonte: FMI e Eurostat (Projeções: 4E Consultoria)
• Na Europa recuperação vem ocorrendo em ritmo lento e ainda de forma heterogênea• Banco Central Europeu deve dar novos estímulos monetários, na medida em que
inflação permanece em patamar desconfortavelmente baixo
24,1
21,2
12,1
10,05,5
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14 Q
1
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15 Q
1
Taxa de desemprego (%)
Alemanha
Grécia
Espanha
França
Portugal
Reino Unido
2,2
3,7
3,3
0,7
-4,3
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-0,4
0,1
1,4 2,
1
1,9
1,9
2005
2006
2007
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2012
2013
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2016
2017
PIB - União Europeia (%)
0,28
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
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CPI - Zona do Euro (% em 12m)
Cenário Internacional
Fonte: FMI (Projeções: 4E Consultoria)
• Apesar do crescimento anunciado de 6,9% em 2015 (acima da expectativa), sentimento é de que resultado real foi sensivelmente pior
• Importações e indicadores antecedentes da indústria, ambos em queda, devem ser acompanhados de perto
11
,3 12,7 14
,2
9,6
9,2 10
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9,3
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2017
PIB - China (%)
-1,4
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Exportações e Importações (%YoY)
Exportações
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15
Taxa de câmbio real (Yuan/USD)
Índice
Cenário Internacional
Cenário Político
Atividade Econômica
Inflação
Política Monetária
Política Fiscal
Setor Externo
• Volta dos trabalhos no Congresso Nacional:• Atenção especial a Eduardo Cunha:
• A partir da volta do recesso do Judiciário (01/02) tem prazo de 10 dias para apresentar defesa ao STF e deve sofrer com novas investidas da Procuradoria Geral da República. Em Brasília seu afastamento da presidência é dado como certo
• PMDB escolherá nova liderança na Câmara – eleição será entre Hugo Motta (PB) e Leonardo Picciani (RJ) –atual líder. O primeiro é o candidato de Cunha (de oposição ao Planalto) e o segundo, do bloco governista na Câmara. Posto é vital no processo de impeachment e na indicação de nomes para comissões permanentes
• Mesmo enfraquecido, processo de impeachmentcontinua. Processo volta sob a orientações do STF. A formação da comissão que acolherá ou não a abertura do processo será indicada por líderes partidários. Planalto deve investir fortemente neste bloco
Cenário Político
Imagens: Veja Online, Diário do Poder e O Globo
• Combate à corrupção:• Desdobramentos das Operações Lava-Jato e
Zelotes mostram o vigor incomum (e necessário) da justiça, gerando instabilidades políticas
• Chances reais de investigações punirem concretamente o ex-presidente Lula e o presidente do Senado, Renan Calheiros. A dupla tem forte peso na sustentação política (Calheiros) e social (Lula) do governo
Cenário Político
Imagem: gazetadopovo.com.br
• PT adensa sentimento de injustiça no caso de Lula, e governo adota discurso de defesa do ex-presidente com Dilma e Wagner. Alta probabilidade de comoção social e declarações mais ácidas e geradoras de conflito
• Escândalos em estados, sobretudo em São Paulo, contribuem para efervescência política. PSDB tem acusados ligados diretamente ao governador
• Na Justiça Eleitoral o governador do Amazonas, José Melo (PROS), foi cassado pelo TRE-AM. Cabem recursos federais e no estado. O procedimento ajuda a entender o que seria o processo contra Dilma e Temer. Em 2009, três governadores foram cassados com base em processos das eleições de 2006 – Maranhão, Tocantins e Paraíba. Morosidade e ampla defesa tornam procedimento pouco célere
• Eleições em 2016:
• Eleições internas do PMDB ocorrem em março. Temer está mais preocupado com a manutenção do posto que ocupa desde 2001 que com o governo. Negocia com grupo rebelde do Senado e terá que ceder muito espaço. Existe possibilidade de acordo
• Partido, e sobretudo Temer, apostam as fichas nas eleições municipais para alavancarem candidato forte à Presidência em 2018 – consenso no partido é sempre o maior desafio. No Rio de Janeiro, visto como cidade chave por conta de Paes, partido reafirma candidatura de Pedro Paulo, cuja imagem está desgastada por agressão à ex-mulher
• Eleições municipais testarão novas regras associadas às reformas políticas de 2015 e parte das de 2013. Tempo de campanha menor, mais restrições à propaganda, redução do Horário Eleitoral Gratuito e fim do financiamento empresarial devem “ofertar benefícios” aos detentores das máquinas públicas. Sociedade civil promete mobilização contra o Caixa 2
• Além da campanha, tempo de filiação aos partidos por parte dos candidatos caiu de um ano para seis meses. Final de abril deve reservar surpresas partidárias em cidades importantes do país
Cenário Político
Imagem: Veja
• Desafios sociais e econômicos:
• Insatisfação associada ao desemprego e à redução do consumo devem se tornar mais marcantes com o fim do Carnaval
• A despeito de declarações infelizes, ministro da Saúde ilustra o que a OMS tem como preocupação central: doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti fugiram ao controle das autoridades e assustam mundialmente
• Governo tem duplo desafio: conter processo de impeachment, convivendo com atuação geradora de incertezas da justiça em outras frentes, e buscar a aprovação de reformas estruturais complexas relacionadas a ajustes econômicos necessários
Cenário Político
• Principais pontos complexos na lógica política – que passa por Congresso, desgaste político e sustentação social:
• Reforma da previdência –desagrada sindicatos e é polêmica no Congresso
• Rearranjo tributário com CMPF e aumento da CIDE desagrada diferentes setores
• Lógica do ajuste fiscal e resultados da economia ainda desafiam governo
• Possibilidade de liberação de jogos de azar e drogas desagrada conservadores
Imagem: Amarildo.com.br
Índice
Cenário Internacional
Cenário Político
Atividade Econômica
Inflação
Política Monetária
Política Fiscal
Setor Externo
• Apesar da melhora na margem, a manutenção de baixos níveis de confiança, em resposta ao cenário de elevada incerteza, tanto em termos políticos quanto econômicos, deve impedir retomada dos investimentosneste ano
• A indústria segue em queda livre. Em novembro, a produção física total recuou -0,7% no dado dessazonalizado (-11,3% em 12 meses)
• Nesse quadro, esperamos nova contração significativa da indústria em 2016 (-6,0%)
Fonte: IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)
Atividade Econômica – Confiança e Indústria
67,9
78,0
102,4
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Índices de Confiança(ICC e ICI - com ajuste sazonal)
ICCICIMédia 2010-2014 (ICC)Média 2010-2014 (ICI)
2,7
5,9
3,1
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,2
0,4
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-8,6
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0,9
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4
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5
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7
PIM - Produção Física - Geral (%YoY)
Fonte: IBGE e MTE (Projeções: 4E Consultoria)
Atividade Econômica - Emprego
• Nos últimos 12 meses, o saldo líquido é de 1,6 milhão de empregos formais perdidos
• Continuidade do processo de destruição de vagas deve ocasionar forte expansão da taxa de desemprego em 2016, em especial no primeiro trimestre
• Perdas reais de renda e massa salarial são esperadas para 2016. Tal quadro deve garantir nova forte contração do consumo das famílias em 2016
3,3
1,1
-0,4
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0,4
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13
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14
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17
Renda Real - Crescimento anual (%)
8,0
7,4
6,9
6,2
7,26,8 6,8 6,5
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8,3
8,99,3
10,9
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12,813,1
1T 2T 3T 4T
Taxa de Desemprego (%) - PNADC
2013
2014
2015
2016
Fonte: IBGE e MTE (Projeções: 4E Consultoria)
• As vendas no varejo (ampliado) apontaram recuperação em novembro (alta de 0,52% na margem)
• O movimento foi influenciado pelas vendas na Black Friday que, por se tratar de um fenômeno recente, ainda não é bem filtrado pelos processos de ajuste sazonal. Como tais vendas constituíram antecipação das compras de final de ano, a expansão de novembro deve ter como contrapartida forte contração na margem no resultado de dezembro
• A ampliação do desemprego e reduçãoda renda real das famílias, somadas àspolíticas monetária e fiscal contracionistas, devem implicar nova redução significativado volume de vendas em 2016
Atividade Econômica - Varejo
-13,2
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
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1
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t-1
3
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t-1
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t-1
5
85
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120
%
PMC Ampliada - Vendas no Varejo
YoY (%, eixo direito)
Série com ajuste sazonal
6,4
13
,6
9,9
6,8
12,2
6,6
8,0
3,6
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7
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8
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7
PMC Ampliada - Vendas (%YoY)
Fonte: Banco Central e IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
Atividade Econômica - Crédito
• Movimento recente de queda dos saldos de crédito tem forte relação com o ciclo de baixa da atividade econômica
• Aumento da participação do crédito direcionado nos últimos anos – algo intrinsecamente ligado à política dos bancos públicos – também levou à piora das condições atuais
• Alta dos juros e incertezas quanto ao cenário prospectivo são os responsáveis pela menor demanda por crédito, mais recentemente
46,5
50,3
52,653,2
54,255,7 56,2
43
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/17
Saldo de Crédito / PIB(% do PIB)
Projeções
792,7881,5
899,7
878,1 831,8
679,0731,1
826,1
898,7 875,4
550
600
650
700
750
800
850
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13
abr/
13
jul/
13
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/13
jan/
14
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14
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14
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/14
jan/
15
abr/
15
jul/
15
out
/15
Saldo de Crédito - PJ(R$ bi a preços de dez/15)
Recursos Livres
Recursos Direcionados
824,6 863,4874,8 866,9
803,3
388,7
477,9
592,5
695,9706,4
300
400
500
600
700
800
900
1.000
jan/
11
abr/
11
jul/
11
out
/11
jan/
12
abr/
12
jul/
12
out
/12
jan/
13
abr/
13
jul/
13
out
/13
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14
abr/
14
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14
out
/14
jan/
15
abr/
15
jul/
15
out
/15
Saldo de Crédito - PF(R$ bi a preços de dez/15)
Recursos Livres
Recursos Direcionados
Fonte: Banco Central (Elaboração: 4E Consultoria)
Atividade Econômica - Crédito
• Governo trouxe novas medidas de estímulo ao crédito, via bancos públicos, mas efeito deve ser limitadíssimo. Turbinar oferta não deve corrigir uma deficiência que é, essencialmente, da demanda
• Inclusão do FGTS e multa como garantias ao crédito consignado é algo positivo, mas que deve ter pouco efeito no curto prazo, novamente, pela pouca disposição dos agentes em tomar empréstimos
• Taxa de inadimplência segue em elevação discreta nos últimos meses, de forma que não deve representar maior risco ao sistema bancário
2,02,2
1,8 1,9
2,6
5,2
5,14,1
3,7
4,2
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
5,5
6,0
jan/
11
abr/
11
jul/
11
out
/11
jan/
12
abr/
12
jul/
12
out
/12
jan/
13
abr/
13
jul/
13
out
/13
jan/
14
abr/
14
jul/
14
out
/14
jan/
15
abr/
15
jul/
15
out
/15
Taxa de Inadimplência(% do saldo)
Pessoa Jurídica
Pessoa Física
• Para o PIB, mantivemos a projeção de -3,8% para 2015
• Para 2016, revisamos a projeção de -3,0% para -3,4% após a nomeação de Nelson Barbosa para a posição de Ministro da Fazenda no lugar de Joaquim Levy• Em nossa visão, a mudança faz com que o ajuste fiscal ocorra de forma ainda mais lenta, com
impactos negativos sobre a recuperação econômica e variáveis financeiras, como a taxa de câmbio. De fato, deveremos observar novas contrações nos investimentos e no consumos das famílias e governo. Apenas a balança comercial deverá contribuir positivamente para o crescimento, em resposta ao câmbio mais depreciado
• A recuperação da economia deverá ocorrer somente a partir de 2017, com a redução de parte da incerteza política e um início da melhoria da confiança dos agentes
Atividade Econômica - PIB
Fonte: IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
PIB 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1 -3,8 -3,4 1,7
Agropecuária 6,7 5,6 -3,1 8,4 2,1 1,1 1,8 2,2
Indústria 10,3 4,3 -1,0 2,3 -0,9 -6,5 -6,6 1,7
Serviços 5,8 3,4 2,9 2,8 0,4 -2,7 -2,3 1,8
Consumo das Famílias 6,2 4,7 3,5 3,5 1,3 -3,8 -4,1 1,5
Consumo do Governo 3,9 2,2 2,3 1,5 1,2 -0,3 -1,1 1,5
FBCF 17,9 6,7 0,8 5,8 -4,5 -14,1 -9,5 3,0
Exportações 11,7 4,8 0,3 2,4 -1,1 3,6 3,1 3,9
Importações 33,6 9,4 0,7 7,2 -1,0 -14,8 -6,4 4,7
• O setor externo tem impedido uma contração ainda maior da atividade, com expansão das exportações e forte contração nas importações
• O movimento é resultado da depreciação cambial, bem como como pela os impactos da ampliação do desemprego e redução do consumo das famílias sobre a demanda por importações• De fato, não fosse a contribuição
externa para o crescimento, estaríamos observando um cenário ainda mais desastroso para a economia brasileira
• Nesse sentido, destaca-se a contração da absorção doméstica¹, de 6,2% em 2015 e de 5,0% em 2016, queda bem mais intensas que o PIB
1: A absorção doméstica é definida como a soma das contribuições
´do investimento e do consumo doméstico para o crescimento do PIB
Atividade Econômica - PIB
Fonte: IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
3,6%
3,1%
-14,8%
-10,6%
-20,0%
-10,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%1
99
6
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
Taxa de Crescimento Anuais
Exportações Importações
-6,2
-5,0
2,4
1,6
-8,0
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
199
6
199
7
199
8
199
9
200
0
200
1
200
2
200
3
200
4
200
5
200
6
200
7
200
8
200
9
201
0
201
1
201
2
201
3
201
4
201
5
201
6
%
Contriuição externa e Absorção doméstica
Absorção Doméstica Contribuição Externa para o Crescimento (p.p.)
Índice
Cenário Internacional
Cenário Político
Atividade Econômica
Inflação
Política Monetária
Política Fiscal
Setor Externo
• O IGP-M encerrou 2015 com inflação de 10,5%, respondendo às pressões do câmbio sobre os preços no atacado. Para 2016, esperamos menores pressões vindas do atacado
• O resultado deve gerar pressões sobre a inflação ao consumidor, tanto por repasse das altas de preços de atacado ao consumidor final como pela pressões sobre as tarifas públicas indexadas
Fonte: IBGE e FGV (Projeções: 4E Consultoria)
Inflação – Visão Geral
• Para 2016, o IPCA deverá ficar novamente acima do teto da meta, captando novas pressões em administrados e os impactos da desvalorização cambial sobre bens comercializáveis
• A ampliação do desemprego e a contração da real, por outro lado, devem implicar desinflação de serviços
3,1
4,5
5,9
4,3
5,9 6,5
5,8 5,9 6
,4
10
,7
7,4
6,1
200
6
200
7
200
8
200
9
201
0
201
1
201
2
201
3
201
4
201
5
201
6
201
7
IPCA (%YoY)
3,8
7,8
9,8
-1,7
11
,3
5,1
7,8
5,5
3,7
10
,5
7,2
5,3
200
6
200
7
200
8
200
9
201
0
201
1
201
2
201
3
201
4
201
5
201
6
201
7
IGP-M (%YoY)
Inflação - IGP-M
• Bens finais apontaram forte elevação em janeiro (1.84%), sob influência de bens duráveis. O movimento é reflexo dos impactos defasados da desvalorização cambial.
• A desvalorização cambial também gerou pressões de preço em produtos agropecuários, que iniciaram 2016 com nova elevação no acumulado em 12 meses
• De fato, a maior parte da recente elevação da inflação no atacado ainda não foi repassada aos preços ao consumidor, o que deve contribuir para a manutenção de taxas de inflação elevadas no IPCA no médio prazo
Fonte: FGV (Projeções: 4E Consultoria)
4,01,5
11,8
4,7
0,4
5,7
-10,0
-7,5
-5,0
-2,5
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
15,0
jan
-13
mar
-13
mai
-13
jul-
13
set-
13
no
v-1
3
jan
-14
mar
-14
mai
-14
jul-
14
set-
14
no
v-1
4
jan
-15
mar
-15
mai
-15
jul-
15
set-
15
no
v-1
5
jan
-16
IPA-M por Origem - Variação acumulada em 12 meses (%)
Produtos Agropecuários
Produtos Industriais
0,9
1,56,3
5,3
2,0
6,48,0
-1,8
9,9
-10,0
-7,5
-5,0
-2,5
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
jan
-13
mar
-13
mai
-13
jul-
13
set-
13
no
v-1
3
jan
-14
mar
-14
mai
-14
jul-
14
set-
14
no
v-1
4
jan
-15
mar
-15
mai
-15
jul-
15
set-
15
no
v-1
5
jan
-16
%
IPA-M por Estágios - Variação acumulada em 12 meses (%)
Bens Finais
Bens Intermediários
Matérias Primas Brutas
Inflação - IPCA de Dezembro
• O IPCA de dezembro apontou inflação de 0.96%. Com isso, o índice encerrou 2015registrando inflação de 10,67%
Fonte: IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
dezembro
(2014)novembro dezembro novembro dezembro 2014 2015
IPCA 0,78 1,01 0,96 10,48 10,67 2,57 4,24
Administrados 0,43 1,09 0,53 17,95 18,07 2,86 5,54
Livres 0,88 0,98 1,10 8,28 8,51 2,47 3,84
Bens Duráveis 0,08 -0,07 0,19 3,16 3,27 0,59 0,66
Bens Semiduráveis 0,68 0,58 0,97 4,90 5,20 1,91 2,99
Bens Não-duráveis 0,79 2,30 1,66 11,33 12,29 1,97 5,60
Serviços 1,20 0,46 0,97 8,34 8,09 3,44 3,63
Serviços Ex- Passagem Aérea 1,20 0,46 0,97 8,34 8,09 3,44 3,63
Média dos Núcleos 0,63 0,66 0,76 8,92 9,06 2,70 3,85
IPCA-EX 0,73 0,53 0,77 9,41 9,45 2,66 3,46
IPCA-DP 0,68 0,71 0,72 8,82 8,86 2,75 3,97
IPCA-MS 0,49 0,75 0,78 8,55 8,86 2,70 4,13
Índice de Difusão 68,36 78,02 74,80 78,02 74,80 68,36 74,80
Variações Mensais Acumulado em 12 meses Amulado 2º Semestre
Inflação - IPCA de Dezembro - Grupos
Colunas: Taxa de variação mensal
Rótulo dos dados: Contribuição para o índice
geral (em pontos percentuais): ሾ𝑉𝑎𝑟 𝑡 −
• A desaceleração da taxa mensal, bem como a manutenção do índice em patamar elevado, foi influenciada por alimentação (de 1,83% no IPCA de novembro para 1,50% em dezembro). O grupo captou menores pressões advindas de alimentação domiciliar (de 2,46% para 1,96%), com desaceleração de alimentos in natura e açúcares e derivados. Vale destacar que o excesso de chuvas deve garantir nova rodada de pressões de alimentos in natura ao longo do primeiro trimestre de 2016
• Em sentido oposto, tivemos aceleração em transportes (de 1.08% para 1.36%) e vestuário (de 0,79% para 1,15%), sob influência de passagens aéreas (de -5,18% para 37,07%) e roupas (de 1,00% para 1,35% - sazonalidade)
Fonte: IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
IPCA TransportesArt.
ResidênciaAlimentação Vestuário Educação Saúde
Desp.Pessoais
Comunicação
Habitação
IPCA Dezembro de 2014 1,24 1,48 2,42 0,15 0,31 1,68 -0,28 0,32 -0,69 1,83
IPCA Novembro de 2015 1,01 1,83 0,76 1,03 0,22 0,52 0,31 0,64 0,79 1,08
IPCA Dezembro de 2015 0,96 1,50 0,49 0,43 0,22 0,57 0,46 0,70 1,15 1,36
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
-0,05 0,01 0,05
0,01
0,00-0,02
-0,04-0,08
0,020,01
Inflação - IPCA de Dezembro - Núcleos e Serviços
• O IPCA encerrou 2015 registrando inflação de serviços, excluindo-se passagens aéreas, em 8,57%. O repasse do aumento de custos proveniente da correção em tarifas administradas e a piora do processo de indexação explicam o quadro, a princípio incompatível com a dinâmica de atividade e, em particular, com o mercado de trabalho
• Nossas estimativas apontam que serviços teriam encerrado 2015 em 7,2% não fosse o choque em preços administrados
• Os demais tipos de preços livres também apresentaram variação mais elevada em 2015. No caso de bens duráveis (de 3,01% em 2014 para 3,27% em 2015%) e semiduráveis (de 3,82% para 5,20%), as maiores pressões devem-se ao processo de depreciação cambial. Já bens não duráveis, além de pressões de repasse cambial, contaram com choque de oferta de produtos in natura (elevado volume de chuvas e redução das áreas plantadas)
• Na média dos resultados mensais, o índice de difusão ficou em 69,73% em 2015 (contra 64,57% em 2015), evidenciando o elevado grau de disseminação da alta de preços na economia. Vale destacar ainda que 42,9% dos itens do IPCA tiveram elevação superior à 10% em 2015
Inflação - IPCA – Projeções Anuais
• Para o IPCA de janeiro, projetamos variação de 1,05% (12 meses em 10,44%). A manutenção de fortes pressões em alimentação domiciliar e os reajustes em transporte público devem garantir um índice bastante pressionado em janeiro. Adicionalmente, as pressões de custo decorrentes da desvalorização cambial estão impedindo uma queda nos preços de aparelhos eletroeletrônicos, usualmente observadas nesta época do ano
• Para 2016, mantivemos a projeção de 7,4%. Como fator de risco, os sinais de interferência política sobre a condução de política monetária podem ter efeitos deletérios sobre a formação de expectativas, elevando a inflação deste ano
30Fonte: IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
2012 2013 2014 2015 2016
IPCA 5,8 5,9 6,4 10,7 7,4
Administrados 3,7 1,5 5,3 18,1 8,4
Livres 6,6 7,3 6,7 8,5 8,5
Bens duráveis -3,5 3,6 3,0 3,3 6,3
Bens semiduráveis 5,0 5,0 3,9 5,3 6,9
Bens não-duráveis 8,7 7,6 6,9 12,3 8,9
Serviços 8,7 8,7 8,3 8,1 6,8
Serviços EX- Passagem Aérea 8,5 8,8 8,3 8,6 7,4
Inflação – IPCA – Projeções Mensais
31Fonte: IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
10,7
7,4
6,1
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
jan
-15
mar
-15
mai
-15
jul-
15
set-
15
no
v-1
5
jan
-16
mar
-16
mai
-16
jul-
16
set-
16
no
v-1
6
jan
-17
mar
-17
mai
-17
jul-
17
set-
17
nov
-17
%%
IPCA
Variação Mensal Acumulado 12meses (%, eixo direito)
8,5 8,5
6,5
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
jan
-15
mar
-15
mai
-15
jul-
15
set-
15
no
v-1
5
jan
-16
mar
-16
mai
-16
jul-
16
set-
16
no
v-1
6
jan
-17
mar
-17
mai
-17
jul-
17
set-
17
no
v-1
7
%%
Preços Livres
Variação Mensal 12 meses (%, eixo direito)
18,1
8,4
5,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
-1,0
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
jan
-15
mar
-15
mai
-15
jul-
15
set-
15
no
v-1
5
jan
-16
mar
-16
mai
-16
jul-
16
set-
16
no
v-1
6
jan
-17
mar
-17
mai
-17
jul-
17
set-
17
nov
-17
%%
Preços Administrados
Variação Mensal Acumulado 12meses (%, eixo direito)
Índice
Cenário Internacional
Cenário Político
Atividade Econômica
Inflação
Política Monetária
Política Fiscal
Setor Externo
• Acomodação das expectativas de inflação entre janeiro e setembro de 2015 refletiam credibilidade do Banco Central e alguma confiança no ajuste fiscal
• Desde então, cenário apenas piorou: Depreciação adicional do câmbio, desconfiança quanto à realização do ajuste fiscal e, mais recentemente, perda de credibilidade do Banco Central explicam a piora aguda nas expectativas
• Mudança repentina de discurso do Banco Central sugere repetição do quadro de 2011, quando teria havido interferência do Planalto na definição da política monetária
Fonte: Banco Central
Política Monetária
5,2
5,7
6,2
6,7
7,2
7,7
jan
-14
mar
-14
mai
-14
jul-
14
set-
14
no
v-1
4
jan
-15
mar
-15
mai
-15
jul-
15
set-
15
no
v-1
5
jan
-16
Expectativas - IPCA 2016(%)
Média
Mediana
4,5
4,7
4,9
5,1
5,3
5,5
5,7
5,9
jan
-14
mar
-14
mai
-14
jul-
14
set-
14
no
v-1
4
jan
-15
mar
-15
mai
-15
jul-
15
set-
15
no
v-1
5
jan
-16
Expectativas - IPCA 2017(%)
Média
Mediana
• Ciclo de alta sinalizado repetidamente pelo Banco Central nas últimas comunicações foi suspenso de forma incomum
• Ainda que muitos agentes julgassem desnecessária a alta dos juros, forma com que Banco Central voltou atrás trouxe decepção a todos, minando sua credibilidade
• Argumentos utilizados, como revisão das projeções do FMI, não justificam a surpresa alegada pelo BC para mudança de posicionamento
Fonte: Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)
Política Monetária
11,00
7,25
10,00
11,75
14,2513,50
12,50
7
8
9
10
11
12
13
14
15ja
n-11
mai
-11
set-
11
jan-
12
mai
-12
set-
12
jan-
13
mai
-13
set-
13
jan-
14
mai
-14
set-
14
jan-
15
mai
-15
set-
15
jan-
16
mai
-16
set-
16
jan-
17
mai
-17
set-
17
Taxa Selic(% a.a.)
Projeções
• Com isso, esperamos que a Selic se mantenha estável em 14,25% até a reunião de outubro/16, quando deve ser iniciado ciclo de baixa
• Com o recuo da inflação, entretanto, juros reais estarão em patamar bem mais elevado ao longo de 2016, o que justificará o início do ciclo de baixa da Selic
• Ao fim de 2017, Selic deverá estar em 12,50%
Fonte: Banco Central, IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
Política Monetária
4,8
2,5
2,1
4,2
2,5
6,236,1
0
1
2
3
4
5
6
7
jan-
11
mai
-11
set-
11
jan-
12
mai
-12
set-
12
jan-
13
mai
-13
set-
13
jan-
14
mai
-14
set-
14
jan-
15
mai
-15
set-
15
jan-
16
mai
-16
set-
16
jan-
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mai
-17
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17
Juros Reais (ex-post)(% a.a.)
Projeções
Índice
Cenário Internacional
Cenário Político
Atividade Econômica
Inflação
Política Monetária
Política Fiscal
Setor Externo
• Arrecadação cresceu, nos últimos dez anos, em parte por conta do aumento da carga tributária
• A partir de 2013, grandes medidas de desoneração e estagnação, com posterior retração da atividade econômica, explicam queda das receitas
Fonte: Receita Federal e IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
Política Fiscal
• Queda recente da arrecadação pode ser explicada pela retração do PIB, e situação se agrava pela dificuldade em impor novo aumento de carga tributária
• CPMF não deve ser aprovada e, ainda que se majorem as alíquotas de Cide e Pis/Cofins, arrecadação não deve reagir de imediato
50
60
70
80
90
100
110
120
130
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R$
bilh
õe
s
Arrecadação tributária e previdenciária (série dessazonalizada, a preços de dez/15)
Projeções
2014/13 -1,8%
2015/14 -5,6%
2016/15 -1,7%
2017/16 1,2%
Variação real da Arrecadação
• Rigidez elevada nas despesas, principalmente pelo peso da Previdência, e pagamento das “despedaladas” são os fatores a explicar o profundo déficit de 2015
• Dificuldade em realizar novos cortes devem levar a déficits em 2016 e 17
Fonte: Tesouro Nacional e IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
Política Fiscal
• Mesmo livre das “despedaladas”, 2016 deve ter receitas primárias insuficientes para cobrir as despesas
• Metas atuais não representam amarras ao governo, mas sugestãode metas “flexíveis” pelo novo Ministro da Fazenda, se adotada, tende a tornar ambiente ainda pior
93,5
88,3 77,0
-17,2
-115,1
-35,0
-25,0
-120
-70
-20
30
80
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R$
bil
hõ
es
Resultado Primário do Gov. Central (Acumulado em 12m)
Projeções
2,92,2 1,7
-0,6
-1,9
-0,6-0,4
-11
-9
-7
-5
-3
-1
1
3
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Resultados Primário e Nominal do Setor Publico(% do PIB)
Primário
Projeções-2,5 -2,3 -3,0
-6,0
-10,3-9,3
-7,5
Nominal
• Atuais metas de primário não serão cumpridas em 2016 e 2017
• Déficit primário de 2015 foi de 1,9%, o pior resultado desde a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal
• Juros altos, despesa com swap cambial e déficits primários ajudam a explicar os elevados déficits nominais esperados para os próximos anos
Fonte: Banco Central (Projeções: 4E Consultoria)
Política Fiscal
• Dívida líquida tem mostrado comportamento mais ameno por conta da depreciação cambial, dados os ativos em reservas em dólares
• No médio prazo, na medida em que taxa de câmbio se depreciar mais lentamente, piora fiscal ficará evidentetambém neste indicador
Fonte: Tesouro Nacional e IBGE (Projeções: 4E Consultoria)
Política Fiscal
• Combinação de resultados primários insuficientes e juros elevados devem manter dívida pública em forte expansão
• Brasil deve passar ainda por novos downgrades das agências de risco, mesmo após perda de grau de investimento
34,5
32,3
30,6
33,1
36,0
40,0
45,4
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
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Dívida Líquida do Setor Publico(% do PIB)
Projeções
51,3
53,851,7
57,2
66,2
75,7 79,8
50
55
60
65
70
75
80
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Dívida Bruta do Governo Geral(% do PIB)
Projeções
Índice
Cenário Internacional
Cenário Político
Atividade Econômica
Inflação
Política Monetária
Política Fiscal
Setor Externo
Setor Externo
• Déficit em conta corrente teve forte expansão em 2014, ainda que economia jáestivesse estagnada
• Correção de curso em 2015 foi brusca, tendo em conta o enfraquecimento da atividade e a forte depreciação cambial
Fonte: Banco Central (Projeções: 4E consultoria)
• Processo tende a se estender por 2016, com novas quedas esperadas em importações, principalmente, ainda que com menor magnitude frente ao recuo de 2015
-2,9-3,0 -3,0
-4,3
-3,3
-2,9
-3,2
-5,0
-4,5
-4,0
-3,5
-3,0
-2,5
-2,0
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Transações correntes em 12m (%PIB)
Projeções
Setor Externo
• Queda de exportações se verifica por baixa nos preços de commodities, mas depreciação cambial tende a compensar, nos próximos meses, levando a um aumento do volume embarcado
Fonte: Banco Central (Projeções: 4E consultoria)
• Baixa das importações é reflexo direto da perda de poder de compra em dólares, que tende a persistir, e da queda dos preços de petróleo
• Após fechar 2014 no negativo, saldo de 2015 foi superavitário em US$ 17,7 bilhões.
• Crescimento do saldo deve ter sequência em 2016
160.000
170.000
180.000
190.000
200.000
210.000
220.000
230.000
240.000
250.000
260.000ja
n-11
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Exportações e Importações em 12m (US$ milhões)
Exportações
Importações
Projeções
-10.000
-5.000
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
jan-
11
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-12
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12
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13
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13
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14
mai
-14
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14
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15
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Saldo comercial em 12m (US$ milhões)
Projeções
Setor Externo
Fonte: Banco Central (Projeções: 4E consultoria)
• Volume atípico de investimentos estrangeiros em dezembro/15 impediu uma queda mais acentuada, mas enfraquecimentodeve persistir em 2016 e 17
• Tendência é que capitais de curto prazo, tenham maior participaçãono financiamento do déficit externo
101.158
86.607
69.181
96.895
75.075
60.000
65.000
55.000
65.000
75.000
85.000
95.000
105.000
115.000
jan-
11
mai
-11
set-
11
jan-
12
mai
-12
set-
12
jan-
13
mai
-13
set-
13
jan-
14
mai
-14
set-
14
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15
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set-
15
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Investimento Direto no País em 12m (US$ milhões)
Projeções
US$ milhões 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 (p) 2017 (p)
Transações correntes - 75 760 - 76 970 - 74 059 - 74 769 - 104 181 - 58 942 - 40 600 - 44 000 Balança comercial 18 427 27 563 17 260 319 - 6 629 17 670 29 500 32 500 Exportações 201 260 255 444 242 123 241 507 224 098 190 092 198 000 209 500 Importações 182 833 227 881 224 864 241 189 230 727 172 422 168 500 177 000 Serviços - 30 027 - 37 043 - 39 849 - 46 232 - 48 107 - 36 978 - 35 000 - 38 000 Renda primária - 67 055 - 70 475 - 54 308 - 32 538 - 52 170 - 42 357 - 37 900 - 41 400 Renda secundária 2 896 2 984 2 838 3 683 2 725 2 724 2 800 2 900
Conta capital 242 256 208 322 231 440 400 400
Conta financeira 125 000 137 614 92 827 66 410 111 431 58 261 74 000 73 000 Investimentos – ativos 71 953 35 266 36 477 63 695 79 526 57 545 45 000 45 000 Investimentos – passivos 197 065 172 878 129 279 129 995 192 525 119 255 121 000 120 000 Investimento direto no país 88 452 101 158 86 607 69 181 96 895 75 075 60 000 65 000
Ativos de reserva 49 101 58 637 18 900 - 5 926 10 833 1 569 33 800 29 400
Setor Externo
• Apesar da volatilidade, depreciação recente tem aspectos estruturais, e por isso não é esperado retorno da cotação aos níveis dos últimos anos
• Piora na gestão da política economia doméstica e novos downgrades pelas agencias de risco são fatores-chaves para continuidade da depreciação em 2016
• Ambiente político conturbado, alto estoque de swaps cambiais pelo BC e cenário internacional desfavorável impõe piso para o câmbio
Fonte: Banco Central (Projeções: 4E consultoria)
1,79
2,39
1,75
1,69 1,84
2,08
2,35
2,64
3,874,75
4,80
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
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Taxa de Câmbio (R$/US$)
Projeções
Setor Externo
• Queda dos preços relativos de exportações – expresso no índice de termos de troca – também explica a manutenção e expectativa para o câmbio depreciado
• Ainda, prêmio de risco em alta e perspectiva de menor crescimento na China são vetores que atuam na mesma direção
Fonte: Banco Central e Funcex (Projeções: 4E consultoria)
• Com isso, expectativa é que taxa de câmbio real –isto é, descontada a inflação doméstica e norte-americana –continue em depreciação ao longo de 2016, devendo se acomodar em patamar equivalente ao observado em meados de 2004, o que deve trazer ganho importante de competitividade à produção doméstica
80
100
120
140
160
180
200
220
240
260
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Taxa de Câmbio Real (R$/US$) (jan/95 =100)
Projeções
• Análise Macroeconômica
• Palestras, Reuniões e Conference Calls
• Cenários Customizados
• Simulações DSGE
• Estimação de Demanda
• Confecção e Análise de Indicadores Customizados
• Planejamento Estratégico
• Soluções Financeiras e Gestão de Caixa
• M&A, Valuation e Estruturação Financeira
• Antitruste, Regulação e Contencioso
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