cartilha do patrimonio mundial

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  • Patrimnio Mundial

    CrditosPRESIDENTE DA REPBLICALuiz Incio Lula da Silva

    MINISTRO DA CULTURAJoo Luiz Silva Ferreira

    PRESIDENTE DO IPHANLuiz Fernando de Almeida

    CHEFE DE GABINETEFernanda Pereira

    PROCURADORA-CHEFE FEDERALLcia Sampaio Alho

    DIRETORA DE PATRIMNIO IMATERIALMarcia SantAnna

    DIRETOR DE PATRIMNIO MATERIAL E FISCALIZAODalmo Vieira Filho

    DIRETOR DE MUSEUS E CENTROS CULTURAISJos do Nascimento Junior

    DIRETORA DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAOMaria Emlia Nascimento Santos

    COORDENADOR-GERAL DE PROMOO DOPATRIMNIO CULTURALLuiz Philippe Peres Torelly

    COORDENADORA-GERAL DE PESQUISA,DOCUMENTAO E REFERNCIALia Motta

    ASSESSORIA DE RELAES INTERNACIONAIS

    ASSESSOR DE RELAES INTERNACIONAISMarcelo Brito

    ASSESSORIA TCNICA MONUMENTARosngela Nuto

    PROJETO GRFICOAndr Brito

    INSTITUTO DO PATRIMNIO HISTRICO E ARTSTICO NACIONALSBN - Quadra 2, Edifcio Central Braslia, 2 andarCEP 70040-904 Braslia/[email protected]

    Braslia, setembro de 2008.

    P314 Patrimnio mundial : fundamentos para seu reconhecimento A conveno sobre proteo do patrimnio mundial, cultural e natural, de 1972 : para saber o essencial. __ Braslia, DF : Iphan, 2008. 80 p. : il. ; 15 x 20 cm.

    1. Patrimnio Mundial. 2. Patrimnio cultural. 3. Patrimnio Natural. I. Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional.

    CDD 363.69

  • Patrimnio Mundial

    Fundamentos para seu reconhecimentoPatrimnio Mundial :

  • Patrimnio Mundial

    Apresentao

    m 1972, a Organizao das Naes Uni-das para a Educao, a Cincia e a Cultura Unesco estabeleceu a Conveno do Pa-trimnio Mundial para incentivar a preser-vao de bens culturais e naturais considera-dos significativos para a humanidade. Essa Conveno enseja que estes bens tenham um valor universal e um interesse excepcio-nal que justifique que toda a humanidade se empenhe em sua preservao, enquan-to testemunhos nicos da diversidade da criao humana.

    Sua construo e implementao resul-tam de um esforo internacional na valo-rizao de bens, que por sua importncia para a referncia e identidade das naes, possam ser considerados patrimnio de todos os povos.

    A Lista do Patrimnio Mundial reside, por-tanto, na conformao de um patrimnio comum, partilhado entre todos. Sua cons-tituio o resultado de um processo onde os pases signatrios dessa Conveno indi-cam bens culturais e naturais a serem inscri-tos nessa Lista. As informaes sobre cada candidatura so avaliadas por organismos

    EE

  • Patrimnio Mundial

    tcnicos consultivos, segundo a natureza do bem em questo, e a aprovao final fei-ta anualmente pelo Comit do Patrimnio Mundial, integrado por representantes de 21 pases, dos quais o Brasil, por intermdio da Presidncia deste Instituto, o seu repre-sentante legal com direito a voz e voto.

    Diante desta nova responsabilidade e do papel que cumpre realizar, o Iphan, por in-termdio desta cartilha, busca divulgar os fundamentos bsicos que definem e conso-lidam a idia de patrimnio mundial e que regem os procedimentos necessrios para a apresentao de candidaturas, indicando, em texto sucinto e direto, as categorias de bens estabelecidas pela Conveno, os crit-rios de avaliao em vigor, os passos para o desenvolvimento dessas candidaturas, alm de ressaltar aspectos importantes no mo-mento da preparao dos dossis respecti-vos, como o da construo do argumento central que justifique o Valor Universal Ex-cepcional do bem, principal parmetro para a sua avaliao.

    Luiz Fernando de AlmeidaPresidente do Iphan

  • Patrimnio Mundial

  • Patrimnio Mundial

    8 14 18 30 34 44 50 58

    Sumrio

    1. As Categorias de Valorao do Patrimnio Mundial: o patrimnio natural e cultural, o patrimnio misto e a paisagem cultural

    2. Os Critrios de Valorao do Patrimnio Mundial: o Valor Universal Excepcional como parmetro 3. As categorias de bens culturais para fins operativos: compreendendo a diferena

    4. O universo do Patrimnio Mundial hoje: um repertrio em permanente construo

    5. O Patrimnio Mundial no Brasil: bens declarados e atual lista indicativa

    6. Passo prvio para a formulao de candidaturas: a Lista Indicativa

    7. O dossi de candidatura: aspectos funda-mentais para o seu desenvolvimento Anexo Conveno sobre a Proteo do Patrimnio Mundial, Cultural e Natural, Unesco, Paris, 1972

    8 14 18 30 34 44 50 58

  • Patrimnio Mundial

    1. As Categorias de Valorao do Patrimnio Mundial: o patrimnio natural e cultural,

    o patrimnio misto e a paisagem cultural.

    Parque das Emas, Gois

    1. As Categorias de Valorao do Patrimnio Mundial: o patrimnio natural e cultural,

    o patrimnio misto e a paisagem cultural.

  • Patrimnio Mundial

  • 0 Patrimnio Mundial

    O Patrimnio Natural

    - os monumentos naturais constitudos por formaes fsicas e biolgicas ou por grupos de tais formaes que tenham um Valor Universal Excepcional do ponto de vista esttico ou cientfico;

    - as formaes geolgicas e fisiogrficas e as zonas estritamente delimitadas que constituem o habitat de espcies animais e vegetais ameaadas, que tenham um Valor Universal Excepcional do ponto de vista esttico ou cientfico;

    - os lugares naturais ou as zonas naturais estritamente delimitadas, que tenham um Valor Universal Excepcional desde o ponto de vista cientfico, da conservao ou da beleza natural.

  • Patrimnio Mundial

    O Patrimnio Cultural

    - os monumentos: obras arquitetnicas, de escultura ou pinturas monumentais, elementos ou estruturas de carter arque-olgico, inscries, grutas e grupos de elementos, que tenham um Valor Univer-sal Excepcional desde o ponto de vista da histria, de arte ou de cincia;

    - os conjuntos: grupos de construes, iso-ladas ou reunidas, cuja arquitetura, unidade e integrao paisagem tenham um Valor Universal Excepcional desde o ponto de vista da histria, da arte ou da cincia; - os lugares: obras do homem ou obras conjuntas do homem e da natureza assim como as reas, includos os lugares arque-olgicos que tenham um Valor Universal Excepcional desde o ponto de vista histri-co, esttico, etnolgico ou antropolgico.

  • Patrimnio Mundial

    O Patrimnio Misto

    - os bens que respondam parcial ou total-mente s definies de patrimnio natural e cultural que figuram na Conveno.

  • Patrimnio Mundial

    A Paisagem Cultural

    - os bens culturais que representam obras conjuntas do homem e a natureza e ilustram a evoluo da sociedade humana e seus assentamentos ao longo do tempo, condicionados pelas limitaes e/ou pelas oportunidades fsicas que apresenta seu entorno natural e pelas sucessivas foras sociais, econmicas e culturais, tanto exter-nas como internas.

    Ateno:

    Os Bens Imveis que so suscetveis de converso em Bens Mveis no so considerados para a avaliao de propostas de inscrio de bens Lista do Patrimnio Mundial.

  • Patrimnio Mundial

    2. Os Critrios de Valorao do Patrimnio Mundial: o Valor Universal Excepcional como parmetro.

  • Patrimnio Mundial Ouro Preto, Minas Gerais

  • Patrimnio Mundial

    (i) representar uma obra-prima do gnio criador humano;

    (ii) testemunhar um intercmbio de valores humanos considervel, durante um perodo concreto ou em uma rea cultural do mundo determinada, nos mbitos da arquitetura ou tecnologia, das artes monumentais, do planejamento urbano ou da criao de paisagens;

    (iii) fornecer um testemunho nico ou excepcional, sobre uma tradio cultural ou uma civilizao viva ou desaparecida;

    (iv) ser um exemplo eminentemente representativo de um tipo de construo ou de conjunto arquitetnico ou tecnolgico, ou de paisagem que ilustre um ou v-rios perodos significativos da histria humana;

    (v) ser um exemplo relevante de formas tradicionais de assentamento humano ou de utilizao da terra ou do mar, representativas de uma cultura (ou de vrias culturas), ou de interao do homem com o seu meio, sobretudo quando este tornou-se vulnervel devido ao impacto causado por alteraes irreversveis;

    A anlise de qualquer bem para o seu reconhe-cimento como Patrimnio Mundial passa pela explicitao do seu Valor Universal Excepcional, definido pelos dez critrios em vigor pela Con-veno (ver anexo):

  • Patrimnio Mundial

    (vi) estar direta ou materialmente associada a aconte-cimentos ou tradies vivas, idias, crenas ou obras artsticas e literrias que tm um significado universal excepcional. (O Comit considera que este critrio deva ser utilizado preferentemente de modo conjunto com os outros critrios).

    (vii) representar fenmenos naturais ou reas de bele-za natural e de importncia esttica excepcionais;

    (viii) ser exemplos eminentemente representativos das grandes fases da histria da terra, includo o testemu-nho da vida, de processos geolgicos em curso na evo-luo das formas terrestres ou de elementos geomrfi-cos ou fisiogrficos significativos;

    (ix) ser exemplos eminentemente representativos dos processos ecolgicos e biolgicos em curso na evo-luo e no desenvolvimento de ecossistemas e de co-munidades de plantas e animais terrestres, aquticos, costeiros e marinhos;

    (x) Conter os habitats naturais mais representativos e mais importantes para a conservao in situ da di-versidade biolgica, compreendidos aqueles nos quais sobrevivem espcies ameaadas que tenham um Valor Universal Excepcional desde o ponto de vista da cin-cia ou da conservao.

  • Patrimnio Mundial

    3. As categorias de bens culturais para fins operativos: compreendendo as diferenas.

  • Patrimnio Mundial Paisagem Cultural de Aranjuez, Espanha

  • 0 Patrimnio Mundial

    Os bens culturais passveis de serem apresenta-dos para avaliao como Patrimnio Mundial, considerando o que estabelecem as diretrizes operativas da Conveno, podem ser tipificados nos seguintes:

    Paisagens Culturais- A paisagem claramente definida, concebida e intencionalmente criada pelo homem: abrange paisagens de jardins e parques criados por razes estticas que so muitas vezes (mas nem sempre) associadas a construes ou conjuntos religiosos.

    Ex.: Paisagem Cultural de Aranjuez, Espanha

  • Patrimnio Mundial

    - Paisagem organicamente em evoluo: resultante de uma exigncia de origem social, eco-nmica, administrativa e/ou religiosa e alcanou sua forma atual por associao e em resposta ao seu am-biente natural. Elas podem ser caracterizadas como:

    (i) paisagem relquia (ou fssil): paisagem que foi submetida a um processo evolutivo que foi inter-rompido, mas onde suas caractersticas essenciais foram mantidas;

    Ex. Paisagem Agavero e antigas instalaes industriais de Tequila, Vale do Tequila, Jalisco, Mxico

    (ii) paisagem viva (ou contnua): paisagem que conserva um papel social ativo na sociedade contem-pornea, estreitamente associado ao modo de vida tradicional e no qual o processo evolutivo continua.

  • Patrimnio Mundial

    - Paisagem cultural asociativa: paisagem que se justifica pela fora da associao a fenmenos religiosos, artsticos ou culturais do ele-mento natural, mas que por vestgios culturais mate-riais, que podem ser insignificantes ou inexistentes.

    Ex.: Paisagem Cultural e Botnica de Richtersveld, frica do Sul

  • Patrimnio Mundial

    Cidades e centros histricos:

    - Cidades mortas, testemunhos arqueolgicos inal-terados do passado que freqentemente satisfazem o critrio de autenticidade, e cujo estado de conserva-o de relativo e fcil controle;

    Ex.: Cidade Histrica de Ayutthaya, Tailndia

  • Patrimnio Mundial

    - Cidades histricas vivas que, por sua prpria natureza, tm sido e seguem evoluindo em funo de transformaes socioeconmicas e culturais, o que faz mais difcil qualquer avaliao em funo do crit-rio de autenticidade e mais incerta ou casual qualquer poltica de conservao;

    Distrito Histrico de Cidade de Panam

  • Patrimnio Mundial

    - Cidades novas do sculo XX, que paradoxalmente tem algo em comum com as duas categorias mencio-nadas anteriormente: sua organizao urbana original continua bem visvel e sua autenticidade evidente, onde para no comprometer o seu futuro esforos de maior controle necessitam ser estabelecidos em funo de sua evoluo iminente.

    Palcio do Itamaraty, Braslia, Brasil

  • Patrimnio Mundial

    U m canal uma via navegvel construda pelo homem. Pode ter um Va-lor Universal Excepcional desde o ponto de vista da histria ou da tecnologia, intrinsecamente ou como exemplo excepcional re-

    presentativo desta catego-ria de bens culturais.

    O canal pode ser uma

    obra monumental, caracterstica distintiva de uma paisagem monumen-

    tal linear, ou parte inte-grante de uma paisagem

    cultural complexa.

    Canais como patrimnio:

  • Patrimnio Mundial

    Ex.: Canal Rideau, Canad

  • Patrimnio Mundial

    Itinerrios Culturais:

    Um itinerrio cultu-ral composto por elementos materiais que possuem valor cultural, em funo dos intercmbios e do dilogo multidimensional entre pases ou regies, e que ilustram a interao do mo-vimento, ao longo de toda o trajeto no espao e no tempo.

  • Patrimnio Mundial O Caminho de Santiago, Espanha

  • 0 Patrimnio MundialCentro da cidade de Porto, Portugal

    4. O universo do Patrimnio Mundial hoje: um repertrio em permanente construo.

  • Patrimnio Mundial

  • Patrimnio Mundial

    A construo da Lista do Patrimnio Mundial um processo permanente que atualmente possui o seguinte quadro:

    Patrimnio Mundial

  • Patrimnio Mundial

    184 Pases 878 Bens Inscritos 679 Culturais 174 Naturais 25 Mistos (culturais e naturais)

    Total em 2008 :

  • Patrimnio Mundial

    5. O Patrimnio Mundial no Brasil: bens declarados e atual lista indicativa

  • Patrimnio Mundial

    17 bens

    10 culturais e 07 naturais

    Bens declarados - total em 2008:

    O universo de bens culturais brasileiros reconhecidos como Patrimnio Mundial o seguinte:O universo de bens culturais brasileiros reconhecidos como Patrimnio Mundial o seguinte:

  • Patrimnio MundialSo Lus

  • Patrimnio Mundial

    O Patrimnio Mundial no Brasil

    Lista de bens declarados (2008)

    CIDADE HISTRICA DE OURO PRETO 1980 BC CENTRO HISTRICO DE OLINDA 1982 BC MISSES JESUTICAS DOS GUARANIS, RUINAS DE SO MIGUEL DAS MISSES 1983 BC BTN (BRASIL/ARGENTINA) CENTRO HISTRICO DE SALVADOR 1985 BC SANTURIO DE BOM JESUS DE MATOSINHOS EM CONGONHAS DO CAMPO 1985 BC PARQUE NACIONAL DE IGUAU 1986 BN PLANO PILOTO DE BRASLIA 1987 BC PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA 1991 BC CENTRO HISTRICO DE SO LUS 1997 BC CENTRO HISTRICO DE DIAMANTINA 1999 BC MATA ATLNTICA RESERVAS SP/PR 1999 BN COSTA DO DESCOBRIMENTO RESERVAS MATA ATLNTICA BA/ES 1999 BN COMPLEXO DE REAS PROTEGIDAS AMAZNIA CENTRAL 2000 BN COMPLEXO DE REAS PROTEGIDAS PANTANAL, MT/MS 2000 BN CENTRO HISTRICO DE GOIS 2001 BC REAS PROTEGIDAS DEL CERRADO CHAPADA DOS VEADEIROS E PARQUE NACIONAL DAS EMAS 2001 BN ILHAS ATLNTICAS BRASILEIRAS RESERVAS DE FERNANDO DE NORONHA E ATOL DAS ROCAS 2001 BN

  • Patrimnio Mundial

    1 - Ouro Preto, MG2 - Salvador, BA3 - Misses, RS4 - So Luis, MA5 - Gois, GO6 - Olinda, PE

    2

    5

    4

    1

  • Patrimnio Mundial

    Bens Culturais

    6

    3

  • 0 Patrimnio Mundial

    ESTAO ECOLGICA DE TAIM (RIO GRANDE DO SUL) (1996) BN ESTAO ECOLGICA DE RASO DA CATARINA (BAHIA) (1996) BN PARQUE NACIONAL PICO DA NEBLINA (AMAZONAS) (1996) BN PARQUE NACIONAL DE SERRA DA BOCAINA ( SO PAULO RO DE JANEIRO) (1996) BN CONVENTOS FRANCISCANOS DO NORDESTE BRASILEIRO (1996) BC PALCIO DA CULTURA, ANTIGA SEDE DO MINISTRIO DE EDUCAO E SADE, RIO DE JANEIRO (1996) BC IGREJA E MOSTEIRO DE SO BENTO, RIO DE JANEIRO (1996) BC CONJUNTO ARQUITETNICO DA PAMPULHA, BELO HORIZONTE (1996) BC ESTAO ECOLGICA ANAVILHANAS (1998) BN PARQUE NACIONAL DE SERRA DO DIVISOR (1998) BN PARQUE NACIONAL SERRA DA CANASTRA (1998) BN CANYON DO RIO PERUAU (MINAS GERAIS) (1998) BN REA FEDERAL DE PROTEO AMBIENTAL CAVERNAS DO PERUAU/ PARQUE VEREDAS DO PERUAU (1998) BN PAISAGEM CULTURAL DO RIO DE JANEIRO (2001) BC CAMINHO DO OURO EM PARATI E SUA PAISAGEM (2004) BC PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CAPIVARA E REAS DE PRESERVAO PERMANENTE (EXTENSO) (1998) - BM

    E a atual Lista Indicativa Brasileira (2008) a seguinte:

  • Patrimnio Mundial

    Exemplos:

    Paraty

    Rio de Janeiro

    Pampulha, Belo Horizonte

  • Patrimnio Mundial

    Assim, considerando que apesar dos encaminhamen-tos avulsos de candidaturas de bens culturais reali-zados em 2001 e em 2004, com as incluses na lista indicativa brasileira ao Patrimnio Mundial, respec-tivamente, da Paisagem Cultural do Rio de Janeiro e do Caminho do Ouro em Paraty e sua Paisagem, transcorreram dez anos quanto ao encaminhamento por parte do Governo Brasileiro, da lista indicativa de bens culturais e naturais passveis de serem reconhe-cidas como Patrimnio Mundial, conforme estabele-ce a Conveno da Unesco de 1972. Igualmente vale dizer que, o Comit do Patrimnio Mundial reco-menda em suas diretrizes operacionais que se revise e atualize a cada dez anos a lista indicativa de cada Estado-Parte, de modo a avaliar a cada momento a sua atualidade e a responder s premissas que vo sendo revistas pelo Comit. Acrescente-se, ainda, s orientaes estabelecidas pela Estratgia Global para a Lista do Patrimnio Mundial, de 1994, a fim de torn-la mais representativa, equilibrada e de maior credibilidade diante da diversidade cultural e ambien-tal existente no planeta. Esse o desafio que cabe a todos e o Brasil no pode deixar de responder a esse desafio, seja enquanto Estado-Parte da Conveno, que a ratificou em 1977, seja como membro ativo do Comit do Patrimnio Mundial, que dele se incorporou, com mandato de quatro anos, a partir de 2007.

  • Patrimnio Mundial Braslia

  • Patrimnio Mundial

    6. Passo prvio para a formulao de candidaturas: a Lista Indicativa

  • Patrimnio Mundial Rio de Janeiro

  • Patrimnio Mundial

    Seguindo as indicaes da Conveno, necessria a realizao de um inventrio dos bens suscetveis de serem declarados Patrimnio Mundial oportunamente.

    Este inventrio se denomina Lista Indicativa e de suma importncia, j que, se um bem no figura na Lista ao menos com um ano de antecedncia, o pas no poder apresentar ao Comit do Patrimnio Mun-dial uma proposta de candidatura do respectivo bem.

    As Listas Indicativas dos Estados so uma ferramen-ta de planejamento que, seguindo os princpios da Estratgia Global (1994), ser mais representativa, equilibrada e de maior credibilidade (para cobrir as principais lacunas existentes)

    Um estudo sobre a Lista realizado pelo ICOMOS entre 1987 e 1993 revelou que a Europa, as cidades histricas, os monumentos religiosos do cristianismo e a arquitetura elitista (em contraposio arquite-tura vernacular) foram excessivamente representados na Lista do Patrimnio Mundial, enquanto as culturas vivas e sobretudo as chamadas culturas tradicionais esto pouco representadas.

    Os Estados Membros podero atualizar esta Lista a qualquer tempo, apesar das Diretrizes Opera-cionais recomendarem faz-la ao menos uma vez a cada dez anos.

  • Patrimnio Mundial

    Para efeito das informaes necessrias para o conhe-cimento e a valorao do bem a ser proposto para a Lista Indicativa, esforos vm sendo realizados para que tal iniciativa seja desenvolvida mediante procedi-mentos e rotinas que estimulem processos de formula-o de candidaturas nacionais ao Patrimnio Mundial, devidamente abalizados pelas instncias tcnicas e interinstitucionais correspondentes. Tais procedimen-tos devem se constituir em instrumento de planeja-mento estratgico para o setor do Patrimnio com vistas a atender aos objetivos estabelecidos na chamada Estratgia Global, especialmente no que concerne reduo dos desequilbrios existentes na lista, devido a determinadas categorias ou aspectos estarem j devida-mente representados.

    Neste sentido, so necessrias as seguintes informaes:

    - designao do bem a ser proposto para a Lista Indicati-va, contendo a denominao do bem, sua caracterizao segundo as categorias de valorao vigentes, sua iden-tificao clara e inequvoca, mediante a sua localizao geogrfica, a sua delimitao expressa, distinguindo-o de sua zona de entorno/amortizao, se considerar neces-sria e, por fim, a descrio do bem, mediante sucinta caracterizao, informao histrica e evoluo;

  • Patrimnio Mundial

    - justificativa do Valor Universal Excepcional do bem designado para a Lista Indicativa, contendo a indicao dos critrios atribudos ao bem, conforme estabelece a Conveno, com a explicao das ra-zes/motivos correspondentes, ressaltando em que medida os valores de autenticidade e de integridade esto presentes no bem designado, com as devidas comparaes com outros bens semelhantes j ins-critos na Lista do Patrimnio Mundial, assim como com as devidas justificativas da importncia do bem, ressaltando em que medida seu reconhecimento contribui para a diversificao da Lista do Patrimnio Mundial, proposta na Estratgia Global;

    - visualizao do bem designado, de modo a permitir a apreenso do mesmo para qualquer interessando, mediante material grfico e fotogrfico adequado.

    Ateno:

    OBem proposto deve ser reconhecido nacional-mente mediante o seu tombamento federal ou outras formas de acautelamento.

  • Patrimnio Mundial So Lus, MA

  • 0 Patrimnio Mundial

    7. O dossi de candidatura: aspectos fundamentais para o seu desenvolvimento.

  • Patrimnio Mundial Diamantina, MG

  • Patrimnio Mundial

    O Estado Membro deve elaborar o expediente (dos-si) sendo o mais exaustivo possvel e juntar toda a documentao necessria segundo o modelo definido nas Diretrizes Operacionais da Conveno.

    Isso envolve a seleo de bens, considerando os par-metros utilizados para a avaliao das candidaturas e a construo do argumento mais coerente e incontes-tvel possvel.

    Acrescentar, se possvel, as medidas operativas capa-zes de gerar no processo as melhorias das condies objetivas do bem, assim como de sua prpria gesto.

    O desenvolvimento desse dossi deve atender ao formulrio apropriado estabelecido pela Unesco apresentando:

    - um resumo, com informao sucinta e suficiente que permita a compreenso do bem, levando em conta: a descrio do mesmo, a justificativa de declarao do Valor Excepcional Universal, os cri-trios em virtude dos quais se prope a inscrio do bem, alem das referncias institucionais do propo-nente para contatos;

    - um dossi propriamente dito, contendo, de modo detalhado e exaustivo: informaes sobre a identi-ficao do bem, o pas proponente, outros dados de natureza poltico-administrativa se pertinente

  • Patrimnio Mundial

    (participao de estado e municpio, se pertinente), denominao do bem, coordenadas geogrficas do mesmo, mapas e grficos que expressem os limites do bem proposto e de seu entorno/zona de amortiza-o, se pertinente, definio da rea do bem proposto para inscrio e de seu entorno/zona de amortiza-o, idem, descrio detalhada do bem, sua histria e evoluo, justificativa da inscrio, critrios em que se baseiam a proposta de inscrio com sua respec-tiva defesa, declarao proposta de Valor Universal Excepcional, anlise comparativa incluindo o estado de conservao de bens similares, os valores de auten-ticidade e integridade presentes, o estado de con-servao e os fatores que afetam o bem, indicando especialmente, se pertinente, os impactos que incidem sobre o mesmo em funo de processos de desenvol-vimento, de processos de contaminao ambiental ou de outra ordem, de desastres naturais ou de preven-o contra riscos iminentes, de presses devidas a afluncia de visitantes ou de populao residente dentro dos limites do bem e em seu entorno imedia-to, explicitao das medidas de proteo e de gesto do bem, os direitos de propriedade relacionados ao bem em questo, sua situao jurdica, os meios para aplicao das medidas de proteo, os planos existen-tes, em nvel local e regional, ao menos, que afetam o bem, o plano de gesto do bem ou outro sistema de gesto correspondente, as fontes e os nveis de financiamento das aes em curso e propostas, a indicao do compromisso das autoridades pblicas

  • Patrimnio Mundial

    quanto ao provimento de meios para capacitao e especializao dos gestores do bem em seu proveito, os servios que podem ser ou j esto disponveis para os visitantes, as polticas e os programas relacio-nados com a reabilitao e a promoo do bem, os quadros profissionais dedicados sua gesto, as aes de superviso estabelecidas ou a serem implantadas, considerando os indicadores principais a serem tra-balhados, as formas e a sistemtica de verificao, os aspectos administrativos relacionados ao processo de superviso e monitoramento do bem, farto material grfico e fotogrfico do bem, inventrios desenvolvi-dos sobre o bem, com indicao quanto ao seu aces-so, bibliografia utilizada e de referncia sobre o bem, listado das instituies e organizaes relacionadas com o bem, indicao da responsabilidade tcnico-institucional quanto elaborao do dossi, pginas webs oficiais relacionadas com o bem proposto, se for o caso e, finalmente, assinatura de autoridade em representao do pas que encaminha o dossi, no caso, do Presidente do Iphan, em se tratando de bem cultural.

    No caso de bens naturais, esta responsabilidade est afeta ao Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade que sucedeu neste tema ao IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis.

  • Patrimnio Mundial

    Nem sempre se define claramente qual o argumen-to, raciocnio utilizado para explicar e convencer - que justifica o Valor Universal Excepcional do bem proposto.

    O limites do bem nem sempre correspondem aos re-quisitos necessrios para manter a sua integridade.

    As candidaturas devem contar com uma boa anlisecomparativa global O quo nico o bem proposto?

    Evitar as chamadas surpresas Melhor no escon-der nada debaixo do tapete.

    Muitos Estados Membros podem ter bens na Lista do Patrimnio Mundial de forma compartilhada por meio de bens transfronteirios e seriados. Mas isto requer vontade, concertao poltica e domnio tcnico. Os bens transfronteirios correspondem queles que se localizam em territrios de fronteira, abrangendo, portanto, mais de um pas, ao menos. J os bens seria-dos podem incluir partes constitutivas relacionadas a um mesmo grupo histrico-cultural, a um mesmo tipo de bem caracterstico de uma determinada zona geogrfica, a um mesmo tipo de ecossistema, por exemplo, valora-dos sempre em conjunto e no necessariamente por suas partes isoladamente, podendo estar situados no territ-rio de um nico pas (bem em srie nacional) ou dentro do territrio de distintos pases, no necessariamente

    Aspectos importantes: antes e depois

  • Patrimnio Mundial

    contguos (bem em srie transfronteirio), neste caso, com o consentimento de todos pases interessados.

    estratgico e oportuno promover um gerenciamen-to participativo, mecanismos de co-gesto e distribui-o de custos e benefcios no processo de candidatura, assim como aps o reconhecimento.

    Os bens do Patrimnio Mundial devero tornar-se exem-plos de boas prticas na gesto de reas protegidas.

    ste documento foi preparado pela Assessoria de Relaes Internacionais do Gabinete da Presidn-cia do Iphan, baseado nos textos da Conveno do Patrimnio Mundial de 1972, assim como das Dir-etrizes Operacionais para a aplicao da Conveno do Patrimnio Mundial, do Comit do Patrimnio Mundial, editada pelo Centro do Patrimnio Mundial da UNESCO, 2005/2008 e no documento Global Strategy for a Balanced, Representative and Credible World Heritage List, de 1994.

    As ilustraes (fotografias e desenhos) correspondem a: IPHAN; UNESCO; INAH; WIKIMEDIA; SCHNEIDER, A; MOTA, P; BRITO, M.; GALLOIS, D.; SANTOS, L.; BRITO, A.; PRATGINESTOS, J.; REFLEXO; GOUVEA B.

    EE

  • Patrimnio Mundial Diamantina

  • Patrimnio Mundial

    ANEXO CONVENO SOBRE A PROTEO DO PATRIMNIO MUNDIAL, CULTURAL E NATURAL, UNESCO, PARIS, 1972.

    CONFERNCIA GERAL da Organizao das Naes Unidas para Educao, a Cincia e a Cultura, reunida em Paris, de 17 de outubro a 21 de novembro de 1972.

    A CONFERNCIA GERAL da Organizao das Naes Unidas para Educao, a Cincia e a Cultura, reunida em Paris, de 17 de outubro a 21 de novembro de 1972, em sua dcima stima sesso,

    Constatando que o patrimnio cultural e o patrimnio natural se encontram cada vez mais ameaados de destruio no somente devido a causas naturais de degradao, mas tambm ao desenvolvimento social e econmico agravado por fenmenos de alterao oude destruio ainda mais preocupantes,

    Considerando que a degradao ou o desaparecimento de um bem cultural e natural acarreta o empobrecimento irreversvel do patrimnio de todos os povos do mundo,

    Considerando que a proteo desse patrimnio em mbito nacional muitas vezes insatisfatria devido magnitude dos meios necessrios e insuficincia dos recursos financeiros, cientficos e tcnicos do pas em cujo territrio se localiza o bem a ser salvaguardado,

    Lembrando que o Ato constitutivo da Organizao prev que a UNESCO apoiar a conservao, o avano e a promoo do saber voltadas para a conservao e a proteo do patrimnio universal e recomendar aos interessados as convenes internacionais estabelecidas com esta finalidade,

  • Patrimnio Mundial

    Considerando que as convenes, recomendaes e resolues internacionais dedicadas proteo dos bens culturais e naturais mostram a importncia que constitui, para os povos do mundo, a salvaguarda destes bens nicos e insubstituveis, independentemente do povo ao qual pertenam,

    Considerando que determinados bens do patrimnio cultural e natural so detentores de excepcional interesse, que exige sua preservao como elemento do patrimnio de toda humanidade,

    Considerando que, diante da amplitude e da gravidade dos novos perigos que os ameaam, cabe coletividade internacional participar da proteo do patrimnio cultural e natural de valor universal excepcional, prestando assistncia coletiva que, sem substituir a ao do Estado interessado, ir complet-la eficazmente,

    Considerando que, para isso, indispensvel adotar novas disposies convencionais que estabeleam um sistema eficaz de proteo coletiva do patrimnio cultural e natural de valor universal excepcional organizadas de modo permanente e segundo mtodoscientficos e modernos,

    Tendo decidido, em sua dcima sexta sesso, que a questo seria objeto de Conveno Internacional,

    Adota, em seis de novembro de 1972, apresente Conveno.

    I. DEFINIO DE PATRIMNIO CULTURAL E NATURAL

    ARTIGO 1

    Para os fins da presente Conveno, so considerados patrimnio cultural:

  • 0 Patrimnio Mundial

    - os monumentos: obras arquitetnicas, esculturas ou pinturas monumentais, objetos ou estruturas arqueolgicas, inscries, grutas e conjuntos de valor universal excepcional do ponto de vista da histria, da arte ou da cincia,

    - os conjuntos: grupos de construes isoladas ou reunidas, que, por sua arquitetura, unidade ou integrao paisagem, tm valor universal excepcional do ponto de vista da histria, da arte ou da cincia,

    - os stios: obras do homem ou obras conjugadas do homem e da natureza, bem como reas, que incluem os stios arqueolgicos, de valor universal excepcional do ponto de vista histrico, esttico, etnolgico ou antropolgico.

    ARTIGO 2

    Para os fins da presente Conveno, so considerados patrimnio natural:

    - os monumentos naturais constitudos por formaes fsicas e biolgicas ou por conjuntos de formaes de valor universal excepcional do ponto de vista esttico ou cientfico;

    - as formaes geolgicas e fisiogrficas, e as zonas estritamente delimitadas que constituam habitat de espcies animais e vegetais ameaadas de valor universal excepcional do ponto de vista esttico ou cientfico,

    - os stios naturais ou as reas naturais estritamente delimitadas detentoras de valor universal excepcional do ponto de vista da cincia, da conservao ou da beleza natural.

  • Patrimnio Mundial

    ARTIGO 3

    Cabe a cada Estado-parte da presente Conveno identificar e delimitar os diversos bens situados em seu territrio e mencionados nos artigos 1 e 2.

    II. PROTEO NACIONAL E PROTEO INTERNACIONAL DO PATRIMNIO CULTURAL E NATURAL

    ARTIGO 4

    Cada Estado-parte da presente Conveno reconhece que lhe compete identificar, proteger, conservar, valorizar e transmitir s geraes futuras o patrimnio cultural e natural situado em seu territrio. O Estado-parte envidar esforos nesse sentido, tanto com recursos prprios como, se necessrio, mediante assistncia e cooperao internacionais s quais poder recorrer, especialmente nos planos financeiro, artstico, cientfico e tcnico.

    ARTIGO 5

    A fim de assegurar proteo e conservao eficazes e valorizar de forma ativa o patrimnio cultural e natural situado em seu territrio e em condies adequadas aos pases, cada Estado-parte da presente Conveno empenhar-se- em:

    a) adotar uma poltica geral com vistas a atribuir funo ao patrimnio cultural e natural na vida coletiva e a integrar sua proteo aos programas de planejamento;

    b) instituir no seu territrio, caso no existam, um rgo (ou vrios rgos) de proteo, conservao ou valorizao do patrimnio cultural e natural, dotados de pessoal capacitado, que disponha de meios que lhe

  • Patrimnio Mundial

    permitam desempenhar suas atribuies;

    c) desenvolver estudos, pesquisas cientficas e tcnicas e aperfeioar os mtodos de interveno que permitam ao Estado enfrentar os perigos ao patrimnio cultural ou natural;

    d) tomar as medidas jurdicas, cientficas, tcnicas, administrativas e financeiras cabveis para identificar, proteger, conservar, valorizar e reabilitar o patrimnio; e

    e) fomentar a criao ou o desenvolvimento de centros nacionais ou regionais de formao em matria de proteo, conservao ou valorizao do patrimnio cultural e natural e estimular a pesquisa cientfica nesse campo.

    ARTIGO 6

    1. Com pleno respeito soberania dos Estados em cujo territrio se situa o patrimnio cultural e natural a que se referem os artigos 1 e 2 deste instrumento, e sem prejuzo dos direitos reais previstos pela legislao nacional sobre esse patrimnio, os Estados-partes da presente Conveno reconhecem que ele constitui patrimnio universal, com a proteo do qual a comunidade internacional tem o dever de cooperar.

    2. Os Estados-partes comprometem-se, por conseguinte, e em conformidade s disposies da presente Conveno, a dar apoio para identificar, proteger, conservar e valorizar o patrimnio cultural e natural de que tratam os pargrafos 2 e 4 do artigo 11, por solicitao do Estado, em cujo territrio o bem est localizado.

    3. Cada um dos Estados-partes da presente Conveno se compromete a no tomar deliberadamente qualquer medida suscetvel de prejudicar, direta ou indiretamente, o patrimnio cultural e natural a que se

  • Patrimnio Mundial

    referem os artigos 1 e 2 localizados no territrio dos demais Estados-partes a esta Conveno.

    ARTIGO 7

    Para os fins da presente Conveno, entende-se por proteo internacional do patrimnio mundial cultural e natural o estabelecimento de sistema de cooperao e de assistncia internacional destinado a auxiliar os Estados-partes da Conveno nos esforos empreendidos para preservar e identificar esse patrimnio.

    III. COMIT INTERGOVERNAMENTAL DE PROTEO DO PATRIMNIO MUNDIAL CULTURAL E NATURAL

    ARTIGO 8

    1. Fica institudo, junto Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura, o Comit Intergovernamental de Proteo do Patrimnio Mundial Cultural e Natural de Valor Universal Excepcional denominado Comit do Patrimnio Mundial. composto por 15 Estados-partes da Conveno, eleitos pelos Estados-partes da Conveno reunidos em assemblia geral por ocasio de sesses ordinrias da Conferncia Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura. O nmero dos Estados-membros do Comit ser aumentado at 21, a partir da sesso ordinria da Conferncia Geral seguinte entrada em vigor da presente Conveno, por 40 Estados ou mais.

    2. A eleio dos membros do Comit deve garantir a representao equitativa das diversas regies e culturas do mundo.

    3. Assistem s sesses do Comit, com voz consultiva, um representante do Comit Internacional de Estudos

  • Patrimnio Mundial

    para a Conservao e a Restaurao dos Bens Culturais (ICCROM), um representante do Conselho Internacional dos Monumentos e Stios (ICOMOS), e um representante da Unio Internacional para a Conservao da Natureza e de seus Recursos (UICN), aos quais se podem juntar, mediante solicitao dos Estados partes reunidos em assemblia geral durante as sesses ordinrias da Conferncia Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura, representantes de outras organizaes intergovernamentais ou no-governamentais com objetivos similares.

    ARTIGO 9

    1. Os Estados-membros do Comit do Patrimnio Mundial exercem seu mandado a partir do final da sesso ordinria da Conferncia Geral na qual foram eleitos at o encerramento da terceira sesso ordinria subsequente.

    2. O mandato de um tero dos membros designados na primeira eleio, entretanto, expirar no final da primeira sesso ordinria da Conferncia Geral seguinte quela em que foram eleitos; o mandado de um segundo tero dos membros designados na mesma oportunidade expirar no final da segunda sesso ordinria da Conferncia Geral seguinte quela em que foram eleitos. Os nomes destes membros sero sorteados pelo Presidente da Conferncia Geral, aps a primeira eleio.

    3. Os Estados-membros do Comit escolhem, para represent-los, pessoas qualificadas na rea do patrimnio cultural ou do patrimnio natural.

    ARTIGO 10

  • Patrimnio Mundial

    1. O Comit do Patrimnio Mundial adota seu regimento interno.

    2. O Comit pode convidar para participar de suas reunies, a qualquer momento, organismos pblicos ou privados, assim como pessoas fsicas, para consult-los sobre questes especficas.

    3. O Comit pode criar os organismos consultivos que julgue necessrios ao cumprimento de sua misso.

    ARTIGO 11

    1. Cada um dos Estados-partes da presente Conveno submete ao Comit do Patrimnio Mundial, na medida do possvel, uma lista dos bens do patrimnio cultural enatural situados em seu territrio e suscetveis de serem inscritos na lista prevista no pargrafo 2 do presente artigo. Essa lista, no exaustiva, deve documentar o local onde os bens em questo se situam e seu interesse.

    2. Com base nas listas apresentadas pelos Estados, de acordo com o disposto no pargrafo anterior, o Comit estabelece, atualiza e divulga, sob o nome Lista doPatrimnio Mundial, os bens do patrimnio cultural e do patrimnio natural, definidos nos artigos 1 e 2 da presente Conveno, que considere de valor universal excepcional com a aplicao dos critrios por ele estabelecidos, e divulga a lista atualizada pelo menos acada dois anos.

    3. A inscrio de um bem na Lista do Patrimnio Mundial s poder ser feita com o consentimento do Estado interessado. A inscrio de um bem situado em territrio objeto de reivindicao de soberania ou sob jurisdio de vrios Estados no prejulga em nada os direitos das partes em litgio.

  • Patrimnio Mundial

    4. O Comit estabelece, atualiza e divulga, cada vez que as circunstncias assim o exigirem, sob o nome de Lista do Patrimnio Mundial em Perigo, os bens que figuram na Lista do Patrimnio Mundial, cuja salvaguarda exige intervenes importantes e para os quais foi solicitada assistncia nos termos da presente Conveno. Esta lista contm estimativa dos custos das operaes. Nela figuraro apenas os bens do patrimniocultural e natural sob ameaa precisa e grave, com o rico de desaparecimento devido a degradao acelerada, empreendimentos de grande porte pblicos ou privados, desenvolvimento urbano e turstico acelerados, destruio devida a mudanas de uso,alteraes profundas por causas desconhecidas, abandono por qualquer motivo, conflito armado j iniciado ou latente, calamidades ou cataclismas, incndios, terremotos, deslizamentos de terra, erupes vulcnicas, modificao do nvel das guas, inundaes e maremotos. O Comit pode, a qualquer momento, em caso de emergncia, proceder a nova inscrio na Lista do Patrimnio Mundial em Perigo e dar-lhe imediata divulgao.

    5. O Comit define os critrios para que um bem do patrimnio cultural e natural seja inscrito em uma ou outra lista de que tratam os pargrafos 2 e 4 do presente artigo.

    6. Antes de recusar um pedido de inscrio em uma ou outra lista de que tratam os pargrafos 2 e 4 do presente artigo, o Comit consultar o Estado-parte em cujo territrio se encontra o bem do patrimnio cultural ou natural em questo.

    7. O Comit, com a concordncia dos Estados interessados, coordena e estimula estudos e pesquisas

  • Patrimnio Mundial

    necessrias elaborao das listas a que se referem os pargrafos 2 e 4 do presente artigo.

    ARTIGO 12

    A no-inscrio de um bem do patrimnio cultural e natural em uma das listas de que tratam os pargrafos 2 e 4 do artigo 11 no significa, de modo algum, ausncia de valor universal excepcional para fins outros que os de inscrio nas listas.

    ARTIGO 13

    1. O Comit do Patrimnio Mundial recebe e estuda os pedidos de assistncia internacional formulados pelos Estados-partes da presente Conveno no que se refere aos bens do patrimnio cultural e natural situados em seu territrio, que figuram ou que so suscetveis de figurar nas listas de que tratam os pargrafos 2 e 4 do artigo 11. Estes pedidos podem ter por objetivo a proteo, a conservao, a valorizao ou arevitalizao dos bens.

    2. Os pedidos de assistncia internacional, em aplicao do pargrafo 1 do presente artigo, podem tambm ter por objetivo a identificao de bens do patrimnio cultural e natural definidos nos artigos 1 e 2, quando estudos preliminares demonstrarem que merecem ter prosseguimento.

    3. O Comit decide o encaminhamento a ser dado aos pedidos determina, neste caso, a natureza e o montante de sua ajuda e autoriza a concluso, em seu nome, dos acordos necessrios com o governo interessado.

    4. O Comit estabelece a ordem de prioridade de suas intervenes. Leva em conta a importncia respectiva dos bens a serem salvaguardados para o patrimnio

  • Patrimnio Mundial

    mundial cultural e natural, a necessidade de garantir assistncia internacional para os mais representativos da natureza ou do gnio e da histria dos povos do mundo, a urgncia dos trabalhos a empreender, a importncia dos recursos dos Estados em cujo territrio os bens ameaados se encontram e, principalmente, em que medida a salvaguarda destes bens poderia ser assegurada pelos prprios meios.

    5. O Comit estabelece, atualiza e divulga a lista dos bens que receberam assistncia internacional.

    6. O Comit decide a utilizao dos recursos do Fundo criado nos termos do artigo 15 da presente Conveno. Busca os meios de fomento dos recursos e toma as medidas cabveis.

    7. O Comit coopera com as organizaes internacionais e nacionais, governamentais e no-governamentais com objetivos anlogos queles da presente Conveno. Para elaborar os programas e executar projetos, pode recorrer a estas organizaes, em particular, ao Centro Internacional de Estudos para a Conservao e a Restaurao dos Bens Culturais (ICCROM), ao Conselho Internacional dos Monumentos e Stios (ICOMOS) e Unio Internacional para a Conservao da Natureza e seus Recursos (UICN), bem como a outros organismos pblicos ou privados e pessoas fsicas.

    8. As decises do Comit so tomadas por maioria de dois teros dos membros presentes e votantes. O quorum constitudo pela maioria dos membros do Comit.

    ARTIGO 14

    1. O Comit do Patrimnio Mundial assessorado

  • Patrimnio Mundial

    por uma secretaria nomeada pelo Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

    2. O Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura, recorrendo sempre que possvel aos servios do Centro Internacional de Estudos para a Conservao e a Restaurao dos Bens Culturais (ICCROM), ao Conselho Internacional dos Monumentos e dos Stios (ICOMOS) e Unio Internacional para a Conservao da Natureza e seus Recursos (UICN), em suas reas de competncia e respectivas atribuies, prepara a documentao do Comit, a agenda das reunies e implementa suas decises.

    IV. FUNDO PARA A PROTEO DO PATRIMNIO MUNDIAL CULTURAL E NATURAL

    ARTIGO 15

    1. Fica institudo o Fundo para a Proteo do Patrimnio Mundial Cultural e Natural de Valor Universal Excepcional, denominado Fundo do Patrimnio Mundial.

    2. O Fundo constitudo por um fundo fiducirio, em conformidade s disposies permanentes do Regulamento financeiro da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

    3. Os recursos do Fundo so constitudos: a. pelas contribuies obrigatrias e contribuies voluntrias dos Estados-partes da presente Conveno;

    b. pelos depsitos, doaes ou legados que venham a ser feitos por:

  • 0 Patrimnio Mundial

    i. outros Estados,

    ii. pela Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultural, por outros organismos do sistema das Naes Unidas, especialmente o Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento e por organizaes intergovernamentais;

    iii. organizaes pblicas ou privadas ou pessoas fsicas;

    c. pelos juros resultantes dos recursos do Fundo;

    d. pelo produto de coletas e de receitas das campanhas organizadas em favor do Fundo, e

    e. quaisquer outros recursos autorizados pelo regulamento a ser elaborado pelo Comit do Patrimnio Mundial.

    4. As contribuies ao Fundo e a outras formas de assistncia prestadas ao Comit somente podero ser atribudas s finalidades por ele determinadas. O Comit pode aceitar contribuies destinadas a determinado programa ou a algum projeto especfico,desde que a implementao desse programa ou a execuo desse projeto tenham sido determinadas pelo Comit. As contribuies feitas ao Fundo no podem estar vinculadas a qualquer condio poltica.

    ARTIGO 16

    1. Sem qualquer prejuzo de outra contribuio voluntria complementar, os Estadospartes da presente Conveno comprometem-se a depositar regularmente, a cada dois anos, para o Fundo do Patrimnio Mundial, contribuies cujo montante ser calculado segundo

  • Patrimnio Mundial

    percentual uniforme aplicvel a todos os Estados, por deciso da assemblia geral dos Estados-partes da Conveno, reunida durante as sesses da ConfernciaGeral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura. Esta deciso da assemblia geral adotada pela maioria dos Estados-partes presentes e votantes que no tenham feito a declarao mencionada no pargrafo 2 do presente artigo. A contribuio obrigatria dos Estados-partes da Conveno no poder ultrapassar, em caso algum, 1% de sua contribuio ao oramento regular da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

    2. Qualquer Estado afetado pelo artigo 31 ou o artigo 32 da presente Conveno pode, no momento em que depositar seus instrumentos de ratificao, de aceitao ou de adeso, declarar que no se considera obrigado a cumprir os dispositivos do pargrafo 1 do presente artigo.

    3. Um Estado-parte da Conveno, tendo feito a declarao de que trata o pargrafo 2 do presente artigo, pode a qualquer momento retirar a referida declarao mediante notificao ao Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura. A retirada da declarao somente ter efeito sobre a contribuio obrigatria devida por esse Estado a partir da data da prxima assemblia geral dos Estados-partes da Conveno.

    4. Para permitir ao Comit planejar suas operaes de maneira eficaz, as contribuies dos Estados-partes da presente Conveno, tendo feito a declarao de que trata o pargrafo 2 do presente artigo, devem ser depositadas de maneira regular, a cada dois anos pelo menos, e no devendo ser inferiores s contribuies

  • Patrimnio Mundial

    que devero pagar se estiverem comprometidos pelas disposies do pargrafo 1 do presente artigo.

    5. Todo Estado-parte da Conveno em atraso com o pagamento de sua contribuio obrigatria ou voluntria no que se refere ao ano em curso e ao ano civil imediatamente anterior inelegvel para o Comit do Patrimnio Mundial, no se aplicando esta disposio na primeira eleio. O mandato de um Estado integrante do Comit extinguirse- no momento em que se efetuem as eleies previstas no artigo 8 do pargrafo 1 da presente Conveno.

    ARTIGO 17

    Os Estados-partes da presente Conveno consideram ou favorecem a criao de fundaes ou associaes nacionais pblicas ou privadas com a finalidade estimular donativos em prol da proteo do patrimnio cultural e natural definido nos artigos 1 e 2 da presente Conveno.

    ARTIGO 18

    Os Estados-partes da presente Conveno apoiaro as campanhas internacionais de coleta de fundos que forem organizadas em benefcio do Fundo do Patrimnio Mundial sob os auspcios da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura e facilitaro as coletas feitas, com esta finalidade, pelos organismos mencionados no artigo 15 do pargrafo 3.

    V. CONDIES E MODALIDADES DE ASSISTNCIA INTERNACIONAL

    ARTIGO 19

  • Patrimnio Mundial

    Todo Estado-Parte da presente Conveno pode solicitar assistncia internacional em favor dos bens do patrimnio cultural e natural de valor universal excepcional situados em seu territrio. Deve anexar ao pedido as informaes e a documentao disponveis previstas no artigo 21 de que o Comit necessita para decidir.

    ARTIGO 20

    Sem prejuzo das disposies do pargrafo 2 do artigo 13, alnea (c) do artigo 22, e do artigo 23, a assistncia internacional prevista pela presente Conveno poder ser concedida apenas aos bens do patrimnio cultural e natural que o Comit do Patrimnio Mundial tenha decidido ou decida fazer constar em uma as listas de que tratam os pargrafos 2 e 4 do artigo 11.

    ARTIGO 21

    1. O Comit do Patrimnio Mundial define o procedimento de exame dos pedidos de assistncia internacional que for chamado a fornecer e detalha as informaes que o pedido dever conter: descrio da operao prevista, trabalhos necessrios, estimativade custo, urgncia e motivos pelos quais os recursos do Estado solicitante no lhe permitem financiar a totalidade dos gastos. Os pedidos devem, sempre que possvel, fundamentar-se em pareceres tcnicos.

    2. O Comit dar prioridade ao exame dos pedidos justificados em situao de calamidades naturais ou catstrofes, devido a trabalhos que necessitam serempreendidos, sem demora. O Comit dever dispor de um fundo de reserva para estas eventualidades.

    3. Antes de tomar qualquer deciso, o Comit proceder aos estudos e s consultas que julgar necessrias.

  • Patrimnio Mundial

    ARTIGO 22

    A assistncia prestada pelo Comit do Patrimnio Mundial poder tomar as seguintes formas:

    a. estudo dos problemas artsticos, cientficos e tcnicos levantados quanto proteo, conservao, valorizao e reabilitao do patrimnio cultural e natural, conforme o definido nos pargrafos 2 e 4 do artigo 11 da presente Conveno;

    b. disponibilizao de peritos, tcnicos e mo-de-obra qualificada para garantir a correta execuo do projeto aprovado;

    c. formao de especialistas em todos os nveis na rea de identificao, proteo, conservao, valorizao e reabilitao do patrimnio cultural e natural;

    d. fornecimento de equipamento que o Estado interessado no possui ou no tem condies de adquirir;

    e. emprstimos com juros reduzidos, sem juros, ou reembolsveis em longo prazo;

    f. concesso, em casos excepcionais e especialmente motivados, de subvenes no reembolsveis.

    ARTIGO 23

    O Comit do Patrimnio Mundial pode tambm prestar assistncia internacional a centros nacionais ou regionais de formao de especialistas de qualquer nvel nas reas de identificao, proteo, conservao, valorizao e reabilitao do patrimnio cultural e natural.

    ARTIGO 24

  • Patrimnio Mundial

    A concesso de assistncia internacional de grande envergadura somente poder ser decidida aps estudo cientfico, econmico e tcnico detalhado. Este estudo deve utilizar as mais avanadas tcnicas de proteo, conservao, valorizao e de reabilitao do patri-mnio cultural e natural e corresponder aos objetivos da presente Conveno. O estudo deve tambm buscar meios de utilizar racionalmente os recursos disponveis no Estado interessado.

    ARTIGO 25

    Os trabalhos necessrios, em princpio, podero ser parcialmente financiados pela comunidade internacional. A participao do Estado beneficirio da assistnciainternacional deve constituir parte substancial dos recursos alocados para cada programa ou projeto, salvo quando sua situao econmica no o permita.

    ARTIGO 26

    O Comit do Patrimnio Mundial e o Estado beneficirio definiro, no acordo estabelecido, as condies de execuo do programa ou do projeto para o qual prestada a assistncia internacional a ttulo da presente Conveno. Caber ao Estado que receber assistncia internacional continuar a proteger, conservar e valorizar os bens assim salvaguardados, em cumprimento s condies definidas no acordo.

    IV. PROGRAMAS EDUCATIVOS

    ARTIGO 27

    1. Os Estados-partes da presente Conveno esforar-se-o por todos os meios apropriados, especialmente

  • Patrimnio Mundial

    por intermdio dos programas de educao e de informao, em intensificar o respeito e o apreo de seu povo pelo patrimnio cultural e natural definido nos artigos 1 e 2 da Conveno.

    2. Os Estados-partes comprometer-se-o a informar ao pblico, de modo amplo, as ameaas que pesam sobre o patrimnio e as atividades empreendidas em aplicao presente Conveno.

    ARTIGO 28

    Os Estados-partes da presente Conveno que forem beneficirios de assistncia internacional em aplicao da Conveno tomaro as medidas necessrias para divulgar a importncia dos bens objeto de assistncia e o papel que esta desempenha.

    VII. RELATRIOS

    ARTIGO 29

    1. Os Estados-partes da presente Conveno indicaro nos relatrios que apresentarem Conferncia Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura, nas datas e no formato solicitado, as disposies legislativas, regulamentares e as demais medidas adotadas para a aplicao da Conveno, assim como a experincia adquirida nesse campo.

    2. Estes relatrios sero levados ao conhecimento do Comit do Patrimnio Mundial.

    3. O Comit apresentar relatrio sobre suas atividades em cada uma das sesses ordinrias da Conferncia Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

  • Patrimnio Mundial

    VIII. CLUSULAS FINAIS

    ARTIGO 30

    A presente Conveno estabelecida em rabe, espanhol, francs, ingls e russo, sendo os cinco textos igualmente autnticos.

    ARTIGO 31

    1. A presente Conveno ser submetida ratificao ou aceitao dos Estados membros da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura, em conformidade com os respectivos procedimentos constitucionais.

    2. Os instrumentos de ratificao ou de aceitao sero entregues ao Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

    ARTIGO 32

    1. A presente Conveno estar aberta adeso de qualquer Estado no-membro da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura, convidado a ela aderir pela Conferncia Geral da Organizao.

    2. Os instrumentos de ratificao ou de aceitao sero depositados em poder do Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

    ARTIGO 33

    A presente Conveno entrar em vigor trs meses aps a data de entrega do vigsimo instrumento de ratificao, de aceitao ou de adeso, unicamente

  • Patrimnio Mundial

    em relao aos Estados que tenham depositado os respectivos instrumentos de ratificao, de aceitao ou de adeso naquela data ou anteriormente. Para os demais Estados, entrar em vigor trs meses aps o depsito de seu instrumento de ratificao, aceitao ou de adeso.

    ARTIGO 34

    As disposies a seguir aplicam-se aos Estados-partes da presente Conveno que possuem sistema constitucional federativo ou sistema no-unitrio:

    a. no que se refere s disposies desta Conveno cuja aplicao dependa da ao legislativa do poder legislativo federal ou central, as obrigaes do governo federal ou central sero as mesmas dos Estados-partes que no so Estados federativos;

    b. no que se refere s disposies desta Conveno cuja aplicao dependa da ao legislativa de cada um dos Estados, pases, provncias ou municpios constitudos que, em virtude do sistema constitucional da federao, no tenham a faculdade de tomar medidas legislativas, o governo federal comunicar estas disposies, com parecer favorvel, s autoridades competentes dos Estados, pases, provncias ou municpios.

    ARTIGO 35

    1. Cada um dos Estados-partes da presente Conveno poder denunciar a Conveno.

    2. A denncia ser notificada por meio de instrumento escrito encaminhado ao Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura.

  • Patrimnio Mundial

    3. A denncia surtir efeito doze meses aps a recepo do instrumento de denncia. A denncia no modificar em nada as obrigaes financeiras que o Estado denunciante assumiu at a data da efetivao da retirada.

    ARTIGO 36

    O Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura informar aos Estados-membros da Organizao, aos Estados no-membros a que se refere o artigo 32, assim como s Naes Unidas, o depsito de todos os instrumentos de ratificao, de aceitao ou de adeso mencionados nos artigos 31 e 32, bem como as denncias previstas no artigo 35.

    ARTIGO 37

    1. A Conferncia Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura poder revisar a presente Conveno. Entretanto, esta reviso apenas comprometer os Estados que se tornaram Partes da Conveno revista.

    2. Caso a Conferncia Geral adote nova Conveno que represente a reviso total ou parcial da presente Conveno e a menos que a nova Conveno disponha diferentemente, a presente Conveno deixar de estar aberta ratificao, aceitao ou adeso, a partir da data de entrada em vigor da nova Conveno revista.

    ARTIGO 38

    Em virtude do disposto no artigo 102 da Carta das Naes Unidas, a presente Conveno ser registrada na Secretaria das Naes Unidas por petio do Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura. Elaborada

  • 0 Patrimnio Mundial

    em Paris, no dia vinte e trs de novembro de 1972, em dois exemplares autnticos assinados pelo Presidente da Conferncia Geral, reunida em sua dcima stima sesso e pelo Diretor-Geral da Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura, que sero depositados nos arquivos da Organizao das NaesUnidas para a Educao, a Cincia e a Cultura e cujas cpias autenticadas sero entregues a todos os Estados a que se referem os artigos 31 e 32, assim como Organizao das Naes Unidas.

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