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PPA 2016-2019
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ESTADO DE PERNAMBUCO
GOVERNADOR PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA
VICE-GOVERNADOR RAUL JEAN LOUIS HENRY JÚNIOR SECRETÁRIOS
SECRETARIA DA CASA CIVIL
Antônio Carlos dos Santos Figueira
SECRETARIA DA FAZENDA Márcio Stefanni Monteiro Morais
SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA Nilton da Mota Silveira Filho
SECRETARIA DE SAÚDE José Iran Costa Júnior
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO Frederico da Costa Amancio
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO Milton Coelho da Silva Neto
SECRETARIA DE TRANSPORTES Sebastião Ignácio de Oliveira Júnior
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO Danilo Jorge de Barros Cabral
SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Lúcia Carvalho Pinto de Melo
SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL Alessandro Carvalho Liberato de Mattos
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Thiago Arraes de Alencar Norões
SECRETARIA DE TURISMO, ESPORTES E LAZER Felipe Augusto Lyra Carreras
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, CRIANÇA E JUVENTUDE Isaltino José do Nascimento Filho
SECRETARIA DAS CIDADES André Carlos Alves de Paula Filho
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Antônio César Caúla Reis
SECRETARIA DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS Pedro Eurico de Barros e Silva
SECRETARIA DE CULTURA Marcelino Granja de Menezes
SECRETARIA DE IMPRENSA Ennio Lins Benning SECRETARIA DA MICRO E PEQUENA EMPRESA, TRABALHO E QUALIFICAÇÃO Evandro José Moreira de Avelar
SECRETARIA DA MULHER Sílvia Maria Cordeiro
SECRETARIA DA CONTROLADORIA GERAL DO ESTADO Rodrigo Gayger Amaro
SECRETARIA DE HABITAÇÃO Marcos Baptista Andrade
GABINETE DO GOVERNADOR Ruy Bezerra de Oliveira Filho
CASA MILITAR Eduardo José Pereira da Silva (Em Exercício)
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE Sérgio Luis de Carvalho Xavier
GABINETE DE PROJETOS ESTRATÉGICOS Renato Xavier Thièbaut
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SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Secretário de Planejamento e Gestão
Danilo Jorge de Barros Cabral
Secretário Executivo de Planejamento, Orçamento e Captação
Adriano Danzi de Andrade
Secretário Executivo de Desenvolvimento do Modelo de Gestão
Maurício Serra Moreira da Cruz
Secretária Executiva de Gestão Estratégica
Hélida Campos Pereira Lima
Secretário Executivo de Gestão por Resultados
Nelson Barreto Coutinho Bezerra de Menezes
Secretário Executivo de Apoio aos Municípios Flávio Guimarães Figueiredo Lima
Gerente Geral de Planejamento e Orçamento do Estado
Gabriela Ramos Souza Cruz
Gerente de Orçamento do Estado
Silvio José de Oliveira Lins
Gerente de Suporte ao Planejamento Plurianual
Nelsileine Borba de Queiroz
Gestor de Estudos Orçamentários, Acompanhamento e Avaliação
Severino Pereira de Andrade
Gestora de Elaboração Orçamentária, Articulação e Orientação
Cristiane Tarini Duarte e Nascimento
Gestora de Aperfeiçoamento do Processo de Planejamento e Orçamento do Estado
Katarina Pitombeira Bezerra dos Santos
Equipe de Servidores Ana Roberta Leandro d’Almeida, André Luiz Wanderley de Siqueira de
Moura Leite, Breno Galindo Cavalcanti, Bruno Braga Gomes dos Santos, Clarissa Leal Bittencourt Martins, Diogo Machado Lima, Emily Morgan Caldas Macêdo, Fabiano Oliveira da Mota, Fellipe Gustavo Silva Ferreira Lima, Flávia Curvo Diniz, Gilberto Trindade Henriques Nunes, Isabella Resende de Oliveira, Jorge Carlos Mattar, Marcelo Araújo Dantas, Mauro Ataíde da Silva Júnior, Natália Cezar Vieira Vita, Noel Teixeira Lopes Neto, Renata Pimentel de Queiroz, Rodrigo Valença de Barros Corrêa, Victor Hugo Vita Barbosa e Walter Vera Cruz de Magalhães Júnior
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Colaboração Especial Tania Bacelar de Araujo
Equipe da Gerência de Desenvolvimento do Modelo de Gestão da SEDMG Equipe Técnica da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - CONDEPE/FIDEM
Apoio Logístico-Administrativo
Andressa Ferraz Rollim, Deivd Cesar da Silva, Dijanara Freitas Silva, Luana Mirelle da Silva Vasconcelos e Sueli Barbosa da Silva
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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
LEI Nº 15.703 , DE 21 DE DEZEMBRO DE 2015.
Dispõe, em cumprimento ao que preceitua o
artigo 124, § 1º, inciso IV, da Constituição do
Estado de Pernambuco, com a redação dada pela
Emenda Constitucional nº 31 de 27 de junho de
2008, sobre o Plano Plurianual do Estado, para o
período 2016-2019, e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO:
Faço saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º A presente Lei dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2016-2019,
apresentando o elenco das perspectivas e objetivos estratégicos que norteiam a atuação da
Administração Pública Estadual, além dos programas, ações e subações, de forma
regionalizada.
§ 1º Para o cumprimento das disposições do Plano Plurianual 2016-2019 de que trata o
caput, consideram-se:
I- Perspectiva: opção estratégica que permite ao Governo e à sociedade visualizar o grau
de contribuição para realização da visão de futuro, com o desenvolvimento social equilibrado,
comprometido com a melhoria das condições de vida do povo e com a preparação do Estado
para o novo ciclo da economia de Pernambuco;
II- Objetivo Estratégico: resultado ou estado desejado que a administração pública
estadual deseja alcançar nas áreas setoriais de atuação, estando consubstanciados em número
de doze objetivos, agrupados segundo as perspectivas, relacionados nos anexos que
acompanham a presente Lei;
III- Programa: conjunto articulado de ações, órgãos executores e pessoas motivadas para
o alcance de um objetivo comum, podendo ser classificado em dois tipos:
a) Programa Finalístico: aquele que resulta em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade pela Administração Pública Estadual; e
b) Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental, composto por ações
não tratadas nos Programas Finalísticos, resultando em bens ou serviços ofertados ao próprio
Estado, podendo ser composto, inclusive por despesas de natureza tipicamente administrava.
IV- Ação: operação da qual resultam produtos representados por bens ou serviços
para atender aos objetivos de um programa; e
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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
V- Subação: subtítulo de detalhamento da ação, utilizado especialmente para especificar a localização física ou objetos contidos na ação.
§ 2º A localização espacial das subações é realizada respeitando-se a divisão do Estado em 12 (doze) Regiões de Desenvolvimento, quais sejam:
I- Região de Desenvolvimento Sertão de Itaparica – RD 01: Belém do São Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta, Itacuruba, Jatobá, Petrolândia, Tacaratu;
II- Região de Desenvolvimento Sertão do São Francisco – RD 02: Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Orocó, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande;
III- Região de Desenvolvimento Sertão do Araripe – RD 03: Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Moreilândia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena, Trindade;
IV- Região de Desenvolvimento Sertão Central – RD 04: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, São José do Belmonte, Serrita, Terra Nova, Verdejante;
V- Região de Desenvolvimento Sertão do Pajeú – RD 05: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixabá, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo, Tuparetama;
VI- Região de Desenvolvimento Sertão do Moxotó – RD 06: Arcoverde, Betânia, Custódia, Ibimirim, Inajá, Manari, Sertânia;
VII- Região de Desenvolvimento Agreste Meridional – RD 07: Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Buíque, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Itaíba, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Pedra, Saloá, São João, Terezinha, Tupanatinga, Venturosa;
VIII- Região de Desenvolvimento Agreste Central – RD 08: Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de São Félix, Caruaru, Cupira, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Sanharó, São Bento do Una, São Caetano, São Joaquim do Monte, Tacaimbó;
IX- Região de Desenvolvimento Agreste Setentrional – RD 09: Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, Frei Miguelinho, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho, São Vicente Férrer, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lério, Vertentes;
X- Região de Desenvolvimento Mata Sul – RD 10: Água Preta, Amaraji, Barreiros, Belém de Maria, Catende, Chã Grande, Cortês, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Pombos, Primavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, São
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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Benedito do Sul, São José da Coroa Grande, Sirinhaém, Tamandaré, Vitória de Santo Antão, Xexéu;
XI- Região de Desenvolvimento Mata Norte – RD 11: Aliança, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, Chã de Alegria, Condado, Ferreiros, Glória de Goitá, Goiana, Itaquitinga, Itambé, Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga, Macaparana, Nazaré da Mata, Paudalho, Timbaúba, Tracunhaém, Vicência; e
XII- Região de Desenvolvimento Metropolitana – RD 12: Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife, São Lourenço da Mata, Fernando de Noronha.
Art. 2º O presente Plano Plurianual 2016-2019 é composto pelos seguintes anexos:
I- Anexo I: trata da contextualização do Estado, da visão estratégica de desenvolvimento de longo prazo, do planejamento territorial, do Modelo de Gestão Todos por Pernambuco e dos objetivos estratégicos do Governo; e
II- Anexo II: composto por um conjunto de relatórios estratificados segundo os objetivos estratégicos, estrutura programática dos órgãos setoriais, discriminadas de acordo com os programas, ações e subações e seus respectivos produtos, unidades, metas físicas e regionalização, além dos custos globais dos programas para o quadriênio 2016-2019.
Art. 3º Os valores financeiros contidos na presente Lei estão calculados a preços correntes de Julho de 2015.
Art. 4º Serão realizadas revisões anuais do Plano Plurianual de que trata esta Lei, através de Leis específicas.
§ 1° Fica o Poder Executivo autorizado, através da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado, a compatibilizar os valores dos Programas, Ações e Subações do Plano Plurianual – PPA 2016-2019, aos ajustes que vierem a ser realizados na Lei Orçamentária Anual, para o exercício de 2015.
§ 2º As subações descritas no Anexo II, da presente Lei, constituem meras indicações informativas, podendo ser redistribuídas, alteradas, excluídas e acrescidas de novas, diretamente no sistema corporativo E-Fisco, através da Secretaria de Planejamento e Gestão, respeitadas as finalidades das ações.
Art. 5º O Poder Executivo apresentará à Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, por ocasião da abertura de cada sessão legislativa, Relatório Anual de Ação de Governo, do exercício anterior, apresentando os resultados obtidos e ações alcançadas, segundo a estratégia de Governo.
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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, contando-se os seus efeitos a partir de 1º de Janeiro de 2016.
Palácio do Campo das Princesas, Recife, 21 de dezembro do ano de 2015, 199º da Revolução Republicana Constitucionalista e 194º da Independência do Brasil.
PAULO HENRIQUE SARAIVA CÂMARA Governador do Estado
DANILO JORGE DE BARROS CABRAL MÁRCIO STEFANNI MONTEIRO MORAIS
ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOS FIGUEIRA ANTÔNIO CÉSAR CAÚLA REIS
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ANEXO I
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................................. 11
1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTADO - O DESENVOLVIMENTO RECENTE DE PERNAMBUCO ...... 13
1.1. O CONTEXTO MUNDIAL ........................................................................................................................... 13
1.2. O CONTEXTO NACIONAL ......................................................................................................................... 14
1.3. A TRAJETÓRIA DE PERNAMBUCO ......................................................................................................... 17
1.4. OS DESAFIOS A ENFRENTAR NO PERÍODO 2016-2019 ................................................................... 26
2. PERNAMBUCO 2035 - PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DE LONGO PRAZO ..... 30
3. PLANEJAMENTO TERRITORIAL - FOCO REGIONAL .............................................................................. 36
4. MODELO DE GESTÃO TODOS POR PERNAMBUCO - APERFEIÇOAMENTO E AVANÇOS ........... 61
4.1. REFERENCIAIS METODOLÓGICOS ......................................................................................................... 61
4.2. FASES DO MODELO ................................................................................................................................... 64
4.2.1. FASE DE IMPLANTAÇÃO ....................................................................................................................... 64
4.2.2. FASE DE MATURIDADE: INOVAÇÃO ................................................................................................. 65
4.2.3. FASE DE DISSEMINAÇÃO: APOIO AOS MUNICÍPIOS .................................................................... 66
4.3. INTEGRAÇAO DO MODELO COM A ESTRUTURA ORÇAMENTÁRIA ............................................. 66
5. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO GOVERNO DO ESTADO ..................................................................... 72
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APRESENTAÇÃO
A formulação do Plano Plurianual - PPA 2016-2019, principal instrumento de planejamento das ações de governo a médio prazo, é de importância especial, uma vez que norteará as políticas a serem executadas pelo Governo Estadual nos próximos quatro anos. Para atender aos desafios atuais e futuros, o presente documento possui a missão de permitir que a população do Estado se beneficie do conjunto de oportunidades que se vislumbrem, mesmo em um cenário econômico desafiador.
Para nortear sua elaboração, o Governo definiu diretrizes, objetivos e
estratégias, formando o conjunto de políticas estruturantes que fundamentam a indicação dos programas, ações e metas dos órgãos.
Essas políticas foram formuladas considerando que o papel estatal de fomentar
o desenvolvimento soma-se aos esforços empreendidos pelos vários atores sociais e demais entes federativos na busca do bem-estar da população. A cooperação e a solidariedade, combinadas com a ação coordenadora e articuladora do Governo Estadual, são fundamentais para estimular as oportunidades de desenvolvimento do Estado e garantir a entrega qualificada de serviços e produtos aos diversos segmentos da sociedade.
Na elaboração do Plano Plurianual, levou-se em consideração os subsídios do
Programa de Governo e dos Seminários Regionais, o legado programático dos órgãos estaduais, o Modelo de Gestão Todos por Pernambuco e, como referência de longo prazo, o Plano Estratégico de Desenvolvimento - Pernambuco 2035 .
O Plano Plurianual também representa uma oportunidade para o
aprimoramento do Modelo de Gestão Todos por Pernambuco, baseado nas premissas de diálogo com a sociedade, transparência, responsabilidade e controle social, foco em resultados e parceria com os municípios.
O PPA 2016-2019 possui dois Anexos. O Anexo I contém cinco capítulos que
relatam: a) a contextualização do Estado - o desenvolvimento recente de Pernambuco; b) uma síntese da visão estratégica de desenvolvimento de longo prazo - Pernambuco 2035; c) o planejamento territorial - foco regional; d) o Modelo de Gestão Todos por Pernambuco; e e) os Objetivos Estratégicos. Já o Anexo II apresenta os relatórios da estrutura programática dos órgãos setoriais, alinhados de acordo com os Objetivos Estratégicos, Programas, Órgãos Executores, Ações e
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Subações, detalhadas segundo os atributos de produto, unidade de medida e metas físicas regionalizadas, além do custo total dos Programas, para o período 2016 e 2017-2019.
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTADO - O DESENVOLVIMENTO RECENTE DE PERNAMBUCO
O PPA 2016-2019 vai contribuir para a sociedade pernambucana enfrentar as
dificuldades associadas ao momento de crise no qual vive o Brasil, com impactos em Pernambuco, ao mesmo tempo em que dá prosseguimento ao esforço de consolidação de um ciclo exitoso de desenvolvimento que se instalou no Estado nos anos recentes.
Apesar das ameaças advindas de um cenário mundial que se tornou
crescentemente adverso para os chamados países emergentes – entre eles o Brasil – com impactos negativos associados também às dificuldades enfrentadas pela China nos anos recentes, e dos problemas internos que afligem o Brasil, se espera que o país retome o crescimento de sua economia e construa uma estratégia capaz de valorizar suas potencialidades e aproveitar oportunidades que lhe sejam favoráveis. E que Pernambuco mantenha a trajetória exitosa que construiu nos anos recentes.
1.1. O CONTEXTO MUNDIAL
O momento em que se elabora o presente PPA é marcado pela deterioração do ambiente mundial no que se refere a maioria dos países ditos emergentes. É que a crise mundial que eclodiu nos Estados Unidos em 2008 e afetou fortemente, no início, as maiores economias do mundo, teve desdobramentos nos anos mais recentes que atingiram também os países em desenvolvimento, com destaque para a Rússia e Brasil, no âmbito dos BRICS. Em paralelo, a China além de enfrentar novos desafios, montou um plano decenal que prevê a redução do ritmo de crescimento de sua economia de 10% ao ano para 7% ao ano, ao mesmo tempo em que busca aumentar o peso estratégico do consumo interno na sua estratégia de desenvolvimento econômico, face a dificuldades que passa a encontrar para manter o espaço conquistado no comercio mundial. Impacto forte da desaceleração chinesa, num contexto mundial de crise generalizada, se verifica no mercado de commoditties, cujos preços despencam, o que afeta fortemente o Brasil, fechando uma das principais janelas de oportunidades que o favoreceu na década inicial do presente século.
Mas o ambiente mundial não está marcado apenas por uma crise financeira de
grandes proporções. A crise econômica teve desdobramentos sérios no campo social, com destaque para o aumento do desemprego, mesmo em países com populações bem qualificadas e com respaldo da herança do Estado do Bem-Estar,
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como é o caso de diversos países da Europa Ocidental. Isso sem falar em situações agudas como a dos gregos.
Por outro lado, a crise ambiental permanece igualmente grave, associada a
problemas como o aquecimento global. São cada vez mais frequentes tragédias associadas a fenômenos naturais, que são tratadas no rol dos chamados “eventos extremos”. Elas estão a requerer um novo padrão de relação das sociedades humanas com a natureza, o que passa, inclusive por uma alteração profunda no modelo consumista e de desperdício inaceitável que serviu de referência a muitas sociedades nos últimos séculos. Mas essa não é uma transição fácil.
Para além dessas crises, transformações profundas vêm se processando no
ambiente mundial, como a marcha na direção da chamada “sociedade do conhecimento”. Ela se associa a mudanças importantes de paradigmas tecnológicos, como a transição da era da eletromecânica para a era da eletrônica, ou a passagem do mundo analógico para o digital. Por sua vez, é crescente a importância da produção agrícola baseada na genética – abrindo espaço para os transgênicos - e na biologia (base da agricultura orgânica), ambas questionando a era da agricultura baseada na química. Tais mudanças caminham mais rápido num mundo que ficou mais próximo, por conta da revolução nos meios de comunicação, baseadas no uso de novas tecnologias da informação.
Neste contexto de crise ambiental, econômica e social, e de alterações
importantes nos padrões que foram hegemônicos nos séculos anteriores, uma “boa nova” é o debate sobre o próprio conceito de desenvolvimento. Cada vez mais se questiona que o desenvolvimento seja apenas um processo de ampliação da riqueza econômica e se avança na direção de cobrar o diálogo da dimensão econômica com a ambiental, a social, a cultural.
Portanto, o contexto mundial marcado por instabilidade, crises e grande
sofrimento para muitos, deixa um alerta de preocupação e obriga a todos a conviver com a incerteza, mas clama, sobretudo, por novas concepções e novos posicionamentos.
1.2. O CONTEXTO NACIONAL
O Brasil foi relativamente pouco afetado pela crise financeira mundial no seu momento inicial, resultado de mudanças que vinha realizando desde a redemocratização, mesmo tendo ela coincidido com o momento da crise da dívida externa que cobrou pesado preço à sociedade nacional, em especial aos brasileiros
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mais pobres. Entre erros e acertos, a sociedade brasileira foi buscando novos rumos e logrou não apenas domar a hiperinflação, mas experimentar um novo padrão de crescimento. Experimentou também fazer dialogar com a ampliação da produção e dos investimentos produtivos, com a redução da pobreza e com um início da diminuição da profunda desigualdade social e regional que sobrara como herança do século XX.
Assim, a primeira década do século XXI ficou marcada por uma melhoria
significativa do ambiente macroeconômico, como mostram os principais indicadores neste campo, mas igualmente pela retomada do crescimento econômico e pela melhoria do perverso quadro social nacional, ao mesmo tempo em que a democracia se firmava.
A partir de 2004 e até a crise de 2008/09, a economia brasileira apresentou
taxas de crescimento significativas (chegando a 6,1% em 2007) e o dinamismo do mercado interno estimulou o investimento produtivo, ao mesmo tempo em que a redução da relação Dívida/PIB (de 51,3% em 2002 e 55% em 2003 para 36% em 2008) abria espaço para um programa de investimento governamental – o PAC. Dinamismo do consumo rimava com retomada do investimento, sinalizando numa boa direção.
Paralelamente, o dinamismo do mercado mundial de commodities estimulara
as exportações brasileiras, gerando crescentes saldos comerciais e nas transações correntes do Balanço de Pagamentos. Neste contexto, a antiga vulnerabilidade externa se reduz e o país passa a acumular reservas internacionais em volume significativo.
Com bancos públicos recuperados e sólidos, o país enfrentou bem o pico da
crise de liquidez e manteve o sistema de crédito funcionando adequadamente, ao mesmo tempo em que políticas públicas anticíclicas estimulavam o consumo. A crise faz o PIB declinar em 2009 (- 0,6%), mas a recuperação vem rápida, tanto que em 2010 o país tem sua economia crescendo a 7,5% a.a.
No prolongamento do ambiente mundial desfavorável, no entanto, a economia
brasileira desacelera, principalmente no período recente (em especial pós 2013). Como mostram os dados da Tabela 1, a seguir, a produção industrial tende ao declínio e, do lado da demanda, o consumo das famílias apresenta, sucessiva e consistentemente, taxas declinantes revelando dificuldade crescente de se manter como um dos elementos – chave da dinâmica econômica nacional. Em paralelo, o investimento apresenta comportamento muito irregular ao mesmo tempo em que as exportações perdem força, impactadas pelo câmbio adverso e, sobretudo, pela
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queda dos preços das commodities antes referidos. Tabela 1 - Brasil: Taxa de crescimento do PIB trimestral com respeito ao mesmo período do ano anterior - (%) Jan-Dez/2010 – Jan-Dez/2014
O Governo Federal, por sua vez, insiste nas políticas anticíclicas que deram bom resultado no momento inicial da crise mundial, mas não respondiam mais no período recente. Com a economia já em desaceleração e a receita pública sofrendo impactos do novo quadro, amplia políticas de apoio ao consumo que terminam por influir nas contas públicas e gerar problemas no lado fiscal.
Em paralelo, a inflação mostra tendência de alta e a ação do Banco Central se
concentra na elevação da taxa de juros, o que dificulta retomar o crescimento. No período mais recente, já em 2015, um programa de ajuste fiscal com cortes
nas despesas primárias convive com medidas de corte inflacionário (como o ajuste dos preços da energia e da gasolina) em meio a um ambiente político adverso. A economia amplia a desaceleração e deve fechar o ano com queda importante, enquanto a taxa de inflação supera o topo da meta. Tal quadro afeta o mercado de trabalho, com queda na taxa de criação de empregos formais, aumento do desemprego e redução da massa salarial. O consumo retrai-se afetando o comércio e já atingindo os serviços.
O investimento não consegue decolar, influenciado pelas altas taxas de juros
que estimulam as aplicações financeiras e pelo ambiente político impregnado de incertezas. Impactadas pelos desdobramentos da “Operação Lava Jato”, as principais empresas de serviços de engenharia enfrentam dificuldades.
Tal contexto não permite prever retomada imediata do crescimento, que deve
aguardar novas iniciativas. O cenário prometido para 2016 é de melhora gradual,
Setor de atividade 2010 2011 2012 2013 2014Agropecuária 6,8 5,6 -2,5 7,9 0,4Indústria 10,4 4,1 0,1 1,8 -1,2Serviços 5,8 3,4 2,4 2,5 0,7PIB a preços de mercado 7,6 3,9 1,8 2,7 0,1Consumo das famílias 6,4 4,8 3,9 2,9 0,9Consumo da administração pública 3,9 2,2 3,2 2,2 1,3Formação bruta de capital fixo 17,8 6,6 -0,6 6,1 -4,4Exportação de bens e serviços 11,7 4,8 0,5 2,1 -1,1Importação de bens e serviços (-) 33,6 9,4 0,7 7,6 -1,0Fonte: Contas Nacionais Trimestrais - IBGE. Elaboração CEPLAN.
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mas o primeiro ano do próximo PPA ainda será de dificuldades. As apostas mais favoráveis são para os anos finais do período desse Plano.
1.3. A TRAJETÓRIA DE PERNAMBUCO O ambiente no qual se elabora o presente PPA é portador de muitas incertezas,
como se viu acima. Pernambuco sente impactos importantes advindos do ambiente mundial e nacional. De uma situação de grande dificuldade enfrentada nas décadas finais do século XX, o Estado se reposicionava e aparecia como um dos mais atraentes locais para se investir e para se viver, no Brasil, nos anos 2005-2013. Mais recentemente o Estado sente reflexos das adversidades que marcam o quadro nacional. Três momentos compõem sua trajetória nas décadas recentes. As dificuldades das décadas finais do Século XX
Pernambuco não engatara bem no período do II Plano Nacional de
Desenvolvimento, da era Geisel. Ao contrário de estados como a Bahia ou Maranhão, que sediaram investimentos de porte, Pernambuco teve que pensar uma alternativa própria e está aí a origem do Complexo Portuário Industrial de SUAPE.
O mergulho do Brasil na crise da dívida externa nos anos 80 do século XX, crise
esta que afetou principalmente o setor público brasileiro, fragilizando-o, coincidiu com a consolidação do processo de abertura política que consegue se firmar, mesmo num ambiente econômico adverso. Consegue, assim, a sociedade brasileira, reduzir o grau de adesão do país à cartilha neoliberal que se impunha mundo afora. Mesmo assim, não escapou de um processo de privatização amplo, de uma abertura comercial e financeira rápida e do desmonte do Estado, acossado por uma dívida pública que crescia rapidamente, impondo cortes nas políticas públicas.
Pernambuco continuou, nesse contexto, sem grandes oportunidades e sofreu,
especialmente na sua indústria, os impactos negativos do contexto nacional. A privatização do Sistema Siderbrás, por exemplo, atingiu seu parque metal mecânico pelo ônus dos custos de transportes advindos do fim dos subsídios cruzados antes existentes. Por sua vez, a abertura comercial rápida - e consequente acirramento da concorrência, em especial com a China -, levou de roldão outros segmentos, como o têxtil e confecção (esta, sobrevivendo após estratégia de informalização num Pólo do Agreste do Estado). Resultado: sua economia não acompanhou sequer o dinamismo apresentado pelo Nordeste (perdeu peso relativo na Região, enquanto o Ceará avançava) e experimentou uma taxa de crescimento de 1,97% a.a. do período 1985-2005, valor inferior ao da taxa média de 2,2% a.a. exibida pelo Brasil no seu
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conjunto, nesse mesmo período. Embora focos de resistência tenham surgido como a expansão do polo de
fruticultura em Petrolina, a germinação do complexo de Tecnologia da Informação (TIC) que se consolida no Porto Digital, a consolidação do polo de serviços modernos (saúde, serviços prestados às empresas, serviços ligados ao turismo, cultura e entretenimento, entre outros) e a recuperação da sua antiga função de polo de logística/distribuição, a situação estadual era reveladora de grandes dificuldades.
A crise experimentada por sua base industrial permite falar numa nítida
tendência a desindustrialização após todo o esforço feito pela SUDENE. Um indicador claro desta tendência é que o peso da indústria de transformação declina fortemente na economia estadual (de 25% em 1985 para 11% em 2005).
Esse ambiente não permitiu avanços significativos no quadro social, apesar de
conquistas importantes trazidas pela Constituição Federal de 1988, como a que estendeu a Previdência ao meio rural e trouxe a cobertura do Estado aos sertanejos pernambucanos e nordestinos que assistiam atônitos ao fim da cultura do algodão (única fonte de renda monetária da maioria dos produtores do semiárido).
Pernambuco chega ao final do século XX com vários indicadores sociais
inferiores aos de outros estados do Nordeste, como ocorre com a mortalidade infantil (61,8 mortes em mil crianças nascidas vivas), índice superior à média regional (59 mortes), com a esperança de vida ao nascer de 62,7 anos, portanto menor que a do Nordeste (64,8 anos) e que a de todos os outros estados nordestinos (exceto Alagoas).
O quadro da educação básica era inaceitável, ainda em meados da primeira
década do século XXI. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) do Ministério da Educação, a rede estadual de Educação Básica de Pernambuco apresentava baixíssimos indicadores de aproveitamento escolar, tendo alcançado, em 2005, o pior desempenho dentre os Estados do País no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nos anos finais do ensino fundamental (5ª a 8ª séries), com a nota 2,4. O desempenho dos estudantes do Ensino Médio, considerado a última etapa da educação básica, também apresentava resultados abaixo da média nacional, com IDEB de 2,7.
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A retomada do crescimento na primeira década do Século XXI e suas causas Mudanças importantes ocorrem na realidade pernambucana na primeira
década do século XXI, associadas, sobretudo, a retomada de políticas nacionais - muitas delas favoráveis às regiões mais pobres do país -, a alterações em duas políticas da Petrobrás (a de refino e a de compras), à redefinição do padrão de crescimento da economia nacional, entre outras.
O conjunto dos estados do Nordeste passa a apresentar forte dinamismo no consumo das famílias (lideram, junto com os do Norte, as vendas no comércio varejista, segundo dados do IBGE/PMC), a ter taxas de crescimento do emprego formal superiores à média nacional (6,3% contra 5,4%, entre 2003 e 2010), a ver o valor do rendimento médio real das pessoas de 10 anos ou mais de idade apresentar taxa anual de crescimento (6,2% entre 2004 e 2009 contra 4,5% da média nacional, segundo a PNAD 2009, produzida pelo IBGE), entre outros indicadores favoráveis.
Pernambuco também foi impactado positivamente pelo avanço das políticas de
transferência de renda, pela importante elevação real do salário mínimo, pela ampliação e democratização do crédito ao consumidor, que estimularam o consumo das famílias, em especial o consumo popular. A partir de 2004 passa a apresentar elevadas taxas de crescimento das vendas no varejo, medidas pela Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE (7,2% em 2004, 14% em 2005, 6,2% em 2006, 9,9% em 2007). O dinamismo do consumo atraiu investimentos, tanto de empresas locais como de grandes empresas nacionais e mundiais.
Em 2005, o PIB estadual cresce (4,2%), acima da média nacional (3,2%). E a
partir daí, mantém esta trajetória, como mostra o Gráfico 1 a seguir.
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Gráfico 1 - Brasil, Nordeste, Pernambuco: Taxas de Crescimento Anual do PIB (2000-2010)
Fonte: IBGE; Condepe/Fidem; BNB/Etene/Ciest ¹ Dados estimados, sujeitos a retificação
Um fato relevante da construção desta nova trajetória foi a decisão da
Petrobrás de instalar em SUAPE a Refinaria Abreu e Lima, como resultado da sua nova política de refino (pela qual deixava de ampliar suas velhas refinarias). Logo em seguida, sua nova política de compras começa a estimular a retomada da indústria naval do país e Pernambuco atraiu estaleiros de grande porte para SUAPE. Associada à presença da refinaria, unidades da cadeia da petroquímica destinaram-se ao Estado. Um antigo propósito de atrair projetos estruturadores começava a se mostrar realidade.
A existência de SUAPE se revelou como fator relevante na construção deste
novo momento da vida econômica estadual. O esforço de longos anos, em meio a um contexto adverso, começava a dar sinais de retorno. Um porto moderno e estrategicamente localizado no coração do mercado nordestino, com excelente acessibilidade a grandes mercados no exterior, e dotado de uma excelente retro - área industrial chama a atenção dos investidores.
Importante também o momento em que vivia o Governo Estadual, com
finanças equilibradas e uma administração que, adotando o planejamento
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estratégico e a gestão por resultados, se mostra segura dos rumos a imprimir a seu trabalho e cobra eficácia e eficiência dos gerentes, servidores e colaboradores. Negociando bem e realizando o prometido, gera um ambiente de credibilidade que impacta favoravelmente os empreendedores que buscam o Estado.
Em paralelo, o Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, lançado pelo
Governo Federal, trazia para Pernambuco grandes obras (Ferrovia Transnordestina, interligação de bacias partindo das margens pernambucanas do Rio São Francisco, duplicação da BR 101 no litoral oriental nordestino, amplo programa de infraestrutura hídrica proposto pelo Governo Estadual, entre outras). Pouco depois, os investimentos em habitação do programa “Minha Casa, Minha Vida” começam a ser realizados.
Com todos esses investimentos, a construção civil explodiu. Sua produção, que
cresceu 15,7% em 2009, se ampliou em 26,1% em 2010 e 30% no primeiro semestre de 2011, segundo dados do IBGE. Já o emprego formal no setor cresceu 23,7% entre 2005 e 2010 contra 7% da média estadual e entre junho de 2010 e junho de 2011 cresceu 37% contra 9,6% da média do Estado, segundo dados do Ministério do Trabalho (RAIS).
Por fim, a sinergia que se criara entre o Governo federal, o estadual, o
empresariado, as universidades, as entidades da sociedade civil, as agências de financiamento, entre outras instituições, geravam um clima positivo. Ele atinge o estado de ânimo da população e é claramente percebido pelos que chegavam a Pernambuco pensando em investir. O bloco de investimentos e suas características
O principal vetor das mudanças nesse período foi, sem dúvida, o bloco de
investimentos públicos e privados que o Estado foi capaz de atrair. São investimentos na base produtiva de Pernambuco, que se reorganizava, e na infraestrutura econômica, urbana e educacional, que se ampliou e requalificou.
A dinâmica foi tão forte que era difícil medir o tamanho do bloco de
investimentos produtivos em instalação e confirmados para os anos seguintes, pois a cada dia surgia um novo empreendedor confirmando sua presença no Estado ou anunciando a expansão de seus negócios. O Ministério do Desenvolvimento, através da Renai, estimou em US$ 33 bi o montante de investimentos anunciados para Pernambuco naqueles anos. A Empresa SUAPE anunciou, só na área do seu complexo, investimentos da ordem de US$ 22 bi. Tais números dão a dimensão do impacto esperado numa economia cujo PIB em 2008, medido pelo IBGE, era de R$ 70,4 bilhões.
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Por sua vez, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) contribuiu para fomentar, em Pernambuco, investimentos nas áreas de infraestrutura de logística, energética e urbana/social. São destaques, neste sentido, os investimentos realizados para implantação da Ferrovia Transnordestina, a estruturação de rodovias, a refinaria de petróleo, a ampliação da rede de gasodutos e de investimentos que asseguram a oferta de energia. Especificamente na área da infraestrutura social e urbana merecem referência os investimentos em habitação e na ampliação do acesso à água, saneamento, e energia elétrica (Luz para Todos).
Ainda, no que se refere aos investimentos públicos, cabe uma referência ao
esforço realizado pelo Governo Estadual. Num ambiente de receita em ascensão, impulsionada pelo bom desempenho da economia, Pernambuco amplia sua capacidade. Os investimentos e inversões financiados com convênios e operações de crédito atingem patamares que possibilitam a implementação de projetos de grande efetividade. Só em SUAPE, os investimentos executados pela Empresa (com recursos próprios e do Poder Executivo) passaram de uma média de R$ 173 milhões em 2003-2006 para R$ 1,023 bi, no período 2007-2010.
No que diz respeito aos investimentos produtivos, a característica mais
importante é que eles se concentraram na atividade industrial, justamente aquela que enfrentou maiores problemas nas décadas finais do século XX. Pode-se afirmar, assim, que o Estado viveu um novo ciclo de industrialização, que impulsionou mudanças importantes: i) introduziu no tecido econômico estadual segmentos novos, como a indústria de petróleo & gás, a naval, a petroquímica, a automobilística, a farmacoquímica; e ii) redefiniu segmentos tradicionais como o alimentar, o têxtil, a metal mecânica, a indústria de material elétrico.
A importância do Porto de SUAPE e a localização estratégica no Nordeste
Brasileiro, por sua vez, consolidam Pernambuco como o maior centro logístico do Nordeste e lócus estratégico da atividade de distribuição. A expansão da movimentação de cargas pelo Porto de SUAPE é um indicador desta potencialidade: de 4,3 milhões de toneladas em 2005 para 9 milhões de toneladas em 2010, mais que dobrando em cinco anos. No que se refere a contêineres, a movimentação passa de 179 mil em 2005 para 326 mil em 2010, um crescimento de 82% no período.
Um mercado de trabalho dinâmico
O impacto social mais importante da trajetória de Pernambuco na segunda
metade da primeira década do século XXI foi observado no comportamento do mercado de trabalho, em especial no que se refere à criação de empregos formais.
Como se destacou anteriormente, o Nordeste apresentou um excelente
desempenho na criação de empregos formais no país, segundo dados do Ministério
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do Trabalho (através da RAIS). Dos 10,8 milhões de novos postos formais criados entre dezembro de 2005 e dezembro de 2010 no Brasil, o Nordeste responde por 2,2 milhões, o que representa 20,3% (percentual bem superior ao peso do PIB regional no total nacional).
Pernambuco, por sua vez, criou 441,1 mil oportunidades de emprego formal
neste mesmo período, que coincide com o da retomada mais firme do crescimento de sua economia, o que representou um crescimento de 40% no estoque de empregados em apenas cinco anos, situando o estado entre os líderes do ritmo de crescimento do emprego no país.
Importante ressaltar que do ponto de vista da localização dos novos postos de
trabalho criados, os dados do Ministério do Trabalho aqui referidos indicam que as maiores taxas de crescimento do emprego formal entre 2005 e 2010 se deram em regiões de muito baixa densidade econômica. Este é o caso do Sertão Central que passa de um estoque de 8.608 empregos para 20.270, um acréscimo de 11.662 vagas, registrando, assim, um crescimento de 135,5% entre 2005 e 2010. Já no Sertão do Araripe, os 12.906 empregos formais existentes foram ampliados em mais 7.202, o que representa acréscimo de 55,8%. Já no Sertão do Moxotó foram adicionados 5.593 empregos formais no mesmo período, um acréscimo de 54% em relação ao estoque existente em 2005.
A presença de grandes obras nas proximidades foi um dos vetores mais
importantes de criação de novas oportunidades de emprego formal no interior do Estado.
Já no mercado formal da RMR houve um acréscimo de 41%. Em paralelo, a taxa
de desemprego média mensal declinou no espaço metropolitano, enquanto o rendimento médio real das pessoas ocupadas crescia de R$ 930,64 para R$ 1.094,29 no mesmo período, segundo o IBGE/Pesquisa mensal de emprego.
Como se vê, o mercado de trabalho se dinamizou, o que estimulava os
pernambucanos a se qualificarem para acessar as novas oportunidades. Os avanços na educação e no combate à violência
A educação se tornou uma preocupação importante, especialmente frente à
nova realidade econômica do estado. Segundo o IBGE na PNAD realizada em 2009, a força de trabalho pernambucana tinha 6,6 anos de estudo, em média, colocando o estado em patamar acima da média nordestina (6,3 anos), mas ainda abaixo da média nacional (7,5).
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Esta preocupação é menor quando se trata da força de trabalho com nível
superior de escolaridade, posto que na população com mais de 25 anos e com diploma de nível superior, Pernambuco (com 6,8%) situava-se bem no Nordeste, atrás apenas da Paraíba (7,5%), embora tenha índice ainda inferior à média nacional (9,5%). Investimentos importantes foram feitos na interiorização da oferta de ensino superior, desde a criação da UNIVASF (situada em Petrolina/Juazeiro da Bahia) até a implantação de campi novos pela UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco e a UPE - Universidade de Pernambuco, além da expansão e interiorização da rede de Institutos Federais de Ensino. Isso vem beneficiando jovens residentes nas proximidades de cidades como Caruaru, Vitória de Santo Antão, Garanhuns, Serra Talhada, entre outras. Dados dos Censos Demográficos mostram que entre 2000 e 2010 o número de pessoas frequentando a graduação na data do Censo cresceu 116% no Brasil e 136% em Pernambuco.
Por sua vez, investimento estratégico foi realizado pelo Governo estadual na
formação de nível médio, com a significativa ampliação da rede de escolas médias e profissionais. Com a implantação do Programa de Educação Integral (Lei Complementar 125/2008), se consolidou no estado uma rede de escolas de alta qualidade em horário integral (08 horas diárias) e semi-integral (média de 6 horas diárias). Em 2010 havia em Pernambuco 173 escolas (65 em horário integral e 108 em horário semi-integral) que atendem a 67.371 alunos em 116 municípios, incluindo o Distrito de Fernando Noronha.
Dentre os avanços sociais associados a esse novo ciclo de desenvolvimento de
Pernambuco, merece destaque os alcançados na luta contra a violência.
Os indicadores de violência colocavam Pernambuco entre os estados do Brasil em situação mais grave. As dificuldades econômicas que enfrentara e a elevação do desemprego nos anos finais do século XX explicam em parte o agravamento da situação. O “Pacto pela Vida” foi a resposta buscada para enfrentar este desafio, e os avanços alcançados estimulam a perseguir este caminho.
O ano de 2010 foi o quarto consecutivo de redução da taxa de Crimes Violentos
Letais Intencionais – CVLI no Estado, sendo a melhor da série histórica desde 1996. Dezembro de 2010 registrou 25 meses consecutivos de redução dessa taxa, quando o Estado apresentou a menor taxa absoluta mensal observada desde 1996. No acumulado de 2006 até dezembro de 2010, 1.916 vidas foram salvas.
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A trajetória estadual na segunda década do Século XXI e a conjuntura em 2015
Num ambiente mundial marcado pelos desdobramentos da crise mundial e pelo recuou do crescimento chinês, e pela retração gradual do crescimento da economia brasileira nos anos pós 2010, como se destacou anteriormente, Pernambuco não poderia deixar de sofrer impactos negativos na sua trajetória de desenvolvimento.
Com mostra o Gráfico 2, a seguir, a economia pernambucana seguiu tendência
nacional de desaceleração, pós 2010, embora apresente taxas superiores à média do país.
Gráfico 2 - Brasil e Pernambuco: Taxa de crescimento do PIB (%) – 2007-2014
No primeiro semestre de 2015 o PIB de Pernambuco teve retração de 1,1%
quando comparado a igual período de 2014, enquanto a economia brasileira declinou 2,1%, segundo o IBGE.
Embora tendendo a resistir melhor ao ambiente adverso, a economia
pernambucana foi fortemente atingida pelo impacto da coincidência no tempo da conclusão das obras da refinaria (que mobilizou cerca de 42 mil trabalhadores) e da crise nacional que se agudiza em 2015.
Seu mercado de trabalho, que vinha de uma fase muito positiva na década
anterior, é duramente afetado. O desemprego volta crescer e o estoque de empregos formais tem taxa de queda superior à média nacional e regional, com
5,4 5,3
2,8
7,7
5,7 4,9
3,2 2,0
6,2 5,0
-0,2
7,6
3,9
1,8 2,7
0,1
-1,0
1,0
3,0
5,0
7,0
9,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
PE BR
Fonte: Sistema de Contas Regionais, Agência CONDEPE/FIDEM e IBGE (*) Base: igual período do ano anterior
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Pernambuco liderando a redução de empregos formais entre os estados nordestinos.
Só na construção civil, forma queimados 38 mil empregos entre junho de 2014
e junho de 2015, segundo da RAIS/MTb. Pernambuco também lidera no Nordeste, em 2015, a queda do rendimento
médio real do trabalho principal das pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, medido pelo IBGE na PNAD Continua.
Associado a esse mal momento do seu mercado de trabalho, as vendas no
varejo de Pernambuco sofreram queda de 4,3% no acumulado do primeiro semestre de 2015 comparado a igual período do ano anterior, contra 2,2% da média nacional. Esse desempenho negativo afetou praticamente todos os segmentos do varejo pernambucano, exceto o de farmácia e perfumaria e o de outros artigos de uso pessoal e doméstico.
A situação fiscal do Governo estadual também vem sendo afetada, com a
Receita Total no primeiro semestre de 2015 apresentando queda nominal de 5,4% quando comparada à do mesmo período de 2014. Por sua vez, a receita de capital caiu 86% nesse mesmo período.
Como se vê, o PPA está sendo elaborado numa conjuntura bastante adversa.
1.4. OS DESAFIOS A ENFRENTAR NO PERÍODO 2016-2019 Para o período do próximo Plano Plurianual, aqui apresentado, o novo ciclo
inaugurado em Pernambuco, em meados da década passada, deixou uma herança importante que ajudará o Estado a ultrapassar o momento de dificuldade que caracteriza 2014/2015. Importantes realizações do Governo em todas as regiões e setores levaram Pernambuco a resgatar a liderança perdida no Nordeste e a firmar-se como referência de gestão pública inovadora.
Destaque especial merece o importante bloco de investimentos industriais aqui
realizado, que possibilita atuação na busca de complementar elos estratégicos de cadeias que aportaram no estado e ir além, buscando a dinamização de atividades terciárias modernas, uma das forças da economia estadual. Os avanços sociais conquistados criam também um novo lastro que fortalece sua população na busca de novas oportunidades de desenvolvimento e bem-estar.
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Um dos ativos importantes para atravessar esse momento de transição é a existência de um planejamento de longo prazo – o “PERNAMBUCO 2035” – que aponta para uma visão de futuro viável e bem fundamentada na sua exitosa trajetória recente. Com uma carteira de projetos estratégicos tanto públicos como privados, tal plano aponta oportunidades claras e define metas alcançáveis até 2020, tendo sido um dos referenciais importantes para a montagem do presente PPA 2016-2019.
Dentre os desafios a enfrentar, destacam-se:
A garantia de uma vida melhor para todos
Os esforços do Governo de Pernambuco estarão voltados para a elevação da
qualidade da educação pública e para o incentivo à cultura, pois é através da educação, do conhecimento e da valorização das suas raízes que o Estado se tornará mais competitivo e terá uma sociedade mais tolerante e menos desigual.
Será dada, da mesma forma, ênfase à prestação dos serviços de saúde, cuja
oferta vem sendo significativamente ampliada, interiorizada e requalificada desde o período anterior. Consolidar este esforço, concretizando o acesso aos serviços de saúde de qualidade para todos os pernambucanos, é um objetivo que vai mobilizar o Governo nos próximos anos.
A redução da violência será mantida através do controle permanente dos
índices de criminalidade, da promoção de ações de ressocialização e de políticas públicas de inclusão social.
A mobilidade urbana e intermunicipal será beneficiada por novas iniciativas de
melhoria da qualidade do transporte público, e a promoção do desenvolvimento urbano priorizará a expansão do acesso à moradia e a promoção do incentivo a práticas esportivas e de lazer.
Em paralelo, continuarão a ser valorizadas ações que atuam na expansão e na
melhoria da qualidade da oferta hídrica. O objetivo é universalizar o acesso dos pernambucanos à água e ao esgotamento sanitário para seus usos residencial e comercial.
O desenvolvimento social e a promoção dos Direitos Humanos
Nos últimos anos, o Governo de Pernambuco, assumindo um papel de
articulação com as esferas federal e municipal, trabalhou para o fortalecimento da
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rede de proteção social e ampliou as ações destinadas aos segmentos em vulnerabilidade. Os programas “Mãe Coruja Pernambucana”, “Chapéu de Palha” e “Governo Presente”, concebidos nesse período, foram implementados para permitir o atendimento integral a esse público específico.
Na agenda central das políticas públicas estaduais, para os próximos anos,
constarão ações e iniciativas para a contínua promoção do desenvolvimento social. Nesse sentido, será trabalhada a ampliação da eficácia da rede de proteção social e de assistência aos mais pobres, proporcionando, desse modo, o aumento do acesso desses pernambucanos aos serviços públicos essenciais. Estão previstas ainda a implementação de iniciativas que promovam a inclusão produtiva desses cidadãos. O ambiente criado pelo ciclo de desenvolvimento recente, muito favorável, ajudará nesta tarefa.
No que se refere aos Direitos Humanos, o Governo do Estado obteve muitos
avanços nas políticas de apoio a grupos historicamente discriminados. A Secretaria da Mulher, criada em 2007, é um grande exemplo que reafirma o compromisso com uma política de promoção da igualdade de gênero. Da mesma forma, a instituição do Comitê Estadual da Promoção da Igualdade Racial permitiu o fortalecimento de políticas de combate ao racismo. A partir de agora, as ações do Governo estarão direcionadas para o avanço na garantia dos direitos humanos, por meio da ampliação das políticas públicas que consolidem a perspectiva da plena cidadania, a inclusão de grupos em situação de risco e a promoção da igualdade de gênero.
A construção de novo momento de crescimento econômico
Com maior interiorização, crescente valorização da dimensão ambiental e a
significativa ampliação do grau de integração das empresas locais nas cadeias produtivas, novas e existentes há tempo no estado, Pernambuco tende a se inserir positivamente no cenário nacional dos próximos anos. O contexto adverso de crise à escala mundial e nacional torna este desafio ainda maior e certamente o comportamento do Brasil nesses próximos anos será fundamental para definir os avanços possíveis e redefinir seu rumo. Como se espera que o Brasil retome sua trajetória de crescimento já em 2016 ou no máximo em 2017, e use suas potencialidades para construir uma nova trajetória, Pernambuco deve manter seus esforços para consolidar as conquistas do recente ciclo positivo que experimentou na primeira década do presente século e para avançar em várias frentes para as quais apresenta oportunidades ou vantagens competitivas.
Ampliar significativamente investimentos em inovação e em pesquisa e
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desenvolvimento é desafio a ser valorizado, em especial face a um novo momento que já se vivencia, mesmo em tempos de crise, com o setor privado escolhendo Pernambuco para abrigar importantes Centros de Pesquisa, como o fez a FCA (colocando no Recife um de seus quatro centros mundiais de pesquisa da atividade automotiva) ou a Moura ( cujo Centro de Pesquisa Edson Moura Mororó, em Belo Jardim, se propõe estar na ponta do conhecimento em sua área de atuação).
Atrair investimentos em infraestrutura econômica e empreendimentos
estruturadores para o Estado, no contexto do novo modelo de financiamento previsto para o país, no qual o setor privado terá maior protagonismo é, sem dúvida, um outro desafio importante para os próximos anos. Investir em infraestrutura social continuará sendo uma das prioridades do Estado.
A inclusão dos pernambucanos em um mercado de trabalho em transformação
Em destaque, a importância do Estado de investir em formação técnica e
profissional. O investimento já realizado neste campo é estratégico e a mobilização de recursos federais e de outras fontes deve merecer prioridade para prosseguir nesse rumo. Uma vantagem a ser potencializada é a boa estrutura de oferta já instalada no Estado, representada pelas Universidades, Sistema S, rede estadual, entre outras. Pernambuco vai ampliar a estrutura pública para a educação tecnológica e fortalecer o ensino superior, pois tais iniciativas irão reforçar diferenciais competitivos que o Estado já apresenta.
O incentivo à produção científica e tecnológica e a interiorização do
conhecimento aliada à promoção do desenvolvimento econômico do interior do Estado, através da ampliação da estrutura de apoio ao pequeno agricultor familiar e ao agronegócio, são de fundamental importância na criação de novas oportunidades para os pernambucanos e configuram como itens centrais desta agenda nos anos do PPA ora apresentado. A valorização da dimensão ambiental do desenvolvimento
Nos últimos anos, a proteção e recuperação do meio ambiente se configuraram
como objetivo estratégico da gestão pública. A sustentabilidade ambiental é, portanto, uma meta constante e que vai ganhar dimensão. O grande desafio será o de conciliar crescimento econômico – com instalação ou crescimento de empresas e geração de empregos – com o respeito à dinâmica da natureza.
Para tanto, as medidas de base contemplarão o incentivo à utilização de fontes
de energia não poluentes e ao gerenciamento dos resíduos sólidos, bem como,
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serão promovidas iniciativas que estimulem a preservação ambiental e o uso adequado do patrimônio natural do Estado.
A disseminação do Modelo de Gestão
Um grande desafio de todo governo consiste em desenvolver as próprias
instituições, tornando-as cada vez mais eficazes na gestão dos recursos e na entrega de serviços públicos com qualidade. Nesse sentido, o PPA traz ações e iniciativas para melhoria contínua do Modelo de Gestão de Pernambuco, com o objetivo de manter o equilíbrio fiscal, ampliar o apoio aos municípios e valorizar os seus servidores.
2. PERNAMBUCO 2035 - PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO DE LONGO PRAZO
Para que o desenvolvimento seja contínuo e permanente, faz-se necessário
consolidar um bom desempenho econômico e social, e, principalmente, preparar o Estado para uma mudança de patamar de crescimento frente aos novos desafios.
Este é o propósito da Estratégia de Desenvolvimento – Pernambuco 2035:
definir as ações e iniciativas dos governos estadual e municipais, orientar os projetos e decisões da sociedade e dos agentes econômicos a serem implementados nos próximos 20 anos e projetar um novo ciclo de desenvolvimento sustentável, criando um círculo virtuoso nas próximas décadas.
A fim de consolidar essa projeção de longo prazo, o “Pernambuco 2035”
organiza e articula – com o cuidado em manter uma isenção programática e política – um conjunto convergente e sinérgico de ações públicas e privadas, tendo como base uma rigorosa análise técnica do cenário sócioeconômico e considerando a realidade atual do Estado no que tange a projetos e obras em andamento.
Conceitualmente, o “Pernambuco 2035” não é o plano de um governo, mas sim
um plano de Estado, que foi concebido através de um processo participativo envolvendo o Governo, Especialistas e a Sociedade com a finalidade de preparar e orientar Pernambuco e os pernambucanos nesta caminhada para o futuro. Neste ano de 2015, o “Pernambuco 2035” – juntamente com o Programa de Governo Paulo Câmara e com o Seminário Todos por Pernambuco 2015 – foi base para a construção do Mapa da Estratégia do Governo 2015-2018. Importantes conceitos como Inovação, Produtividade e Competitividade foram importados diretamente do “Pernambuco 2035” e incorporados aos objetivos estratégicos do governo.
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Na prática, a estratégia de longo prazo auxiliará a definição – no âmbito do governo do Estado – das bases para a elaboração das próximas quatro edições do PPA (Planos Plurianuais), de horizonte de quatro anos, bem como a programação orçamentária de cada um dos anos da gestão pública governamental. O diagrama a seguir ilustra a relação entre essa estratégia de longo prazo, o PPA e os orçamentos governamentais com a diferença de responsabilidades e de prazos.
Diagrama 1 – Estratégia e instrumentos de planejamento governamental
O PPA é detalhado no orçamento anual e expressa os programas e ações que devem ser implementadas em cada ano, refletindo diretamente a estratégia do governo. Na medida em que a estratégia de longo prazo expresse um sentimento convergente da sociedade, as prioridades estratégicas orientarão a formulação do PPA e dos orçamentos anuais em cada ciclo de planejamento governamental. É dessa forma que a estratégia de longo prazo aponta o caminho e as medidas necessárias – o que não pode deixar de ser feito – que projetam Pernambuco das condições atuais para o futuro desejado ao longo dos próximos anos.
Todavia, o futuro começa a ser construído desde agora com as ações, medidas
e projetos que amadurecem e geram resultados no médio e longo prazo. O planejamento estratégico de longo prazo assume uma postura antecipatória das tendências e, através da Visão de Futuro de Pernambuco, apresenta o futuro do Estado esperado e desejado pela sociedade. A partir da formulação qualitativa desse futuro desejado, essa Visão de Futuro se objetiva na definição de metas a serem perseguidas pela estratégia, utilizando indicadores para acompanhar a evolução de Pernambuco nos próximos anos.
A Visão de Futuro de Pernambuco – aonde queremos chegar? – foi construída
no escopo desse Projeto, a partir de um exercício de cenarização, ou seja,
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projetando os desdobramentos futuros do ambiente externo e a postura da sociedade e do governo. A postura proativa e inovadora da sociedade e do governo é a condição central para alcançar essa visão de futuro e deve estar alinhada à implementação – com eficiência e eficácia – de medidas e iniciativas estruturadoras do desenvolvimento, com inclusão e igualdade de oportunidades. Importante salientar, contudo, que o nível de aproximação de Pernambuco com essa visão de futuro depende ainda das circunstâncias externas: cenários mundial e nacional.
Nos próximos 20 anos, a expectativa é que Pernambuco continuará
experimentando um crescimento econômico alto – apesar do cenário nacional desafiador –, dado que, a partir de 2008, Pernambuco reverteu a tendência histórica de crescer abaixo do Brasil. Como consequência disso, é esperada para o futuro uma elevação da competitividade e multipolaridade do Estado, permitindo uma inserção na economia nacional e global, bem como, melhoria da qualidade dos serviços públicos, avanços em infraestrutura e inovação, integração equilibrada do território e desenvolvimento diferenciado do Semiárido com sustentabilidade, convergindo em melhorias dos indicadores sociais e da qualidade de vida. Com a implementação das ações propostas no Programa PE 2035, Pernambuco será, cada vez mais, um lugar próspero com qualidade de vida e baixa desigualdade social e territorial. Com economia competitiva e integrada nacional e internacionalmente, instituições sólidas e confiáveis, governos inovadores e gestão eficiente, sustentado por uma sociedade ativa, participativa e inovadora.
O documento da Estratégia de Desenvolvimento – Pernambuco 2035 traz
textualmente a Visão de Futuro: em 2035, Pernambuco estará entre os cinco melhores estados do Brasil para se viver, empreender e prosperar, o que se expressa em cinco pilares centrais do desenvolvimento – ou cinco eixos estratégicos – cuja articulação e interação de resultados constroem o futuro desejado para Pernambuco pelos pernambucanos: Educação e Conhecimento, Instituições de Qualidade, Qualidade de vida, Prosperidade e Coesão Social e Territorial.
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Diagrama 2 – Pilares da Visão de Futuro de Pernambuco – “Pernambuco 2035”
Educação e Conhecimento é o componente fundamental do “salto para o futuro”: aumenta a competitividade, fortalece a tolerância e a democracia e reduz as desigualdades sociais. A melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis e a intensificação da formação do capital humano com qualificação profissional em larga escala, estimula o empreendedorismo e contribui positivamente para a atratividade do Estado.
As Instituições de Qualidade são um pilar central da Visão de Futuro de
Pernambuco que contemplam o aumento da confiança pela sociedade em agentes econômicos e instituições. Segurança jurídica, simplicidade burocrática, eficiência e qualidade da gestão pública e privada facilitam a vida das pessoas e também estimulam o empreendedorismo e a competitividade.
A Qualidade de Vida se expressa nos objetivos combinados e complementares
de sustentabilidade ambiental, saúde, segurança pública e defesa social, habitabilidade, mobilidade e conectividade entre as pessoas, assegurando conforto e vida segura e saudável.
O pilar Prosperidade se expressa no dinamismo da economia e na
competitividade sistêmica, com inovação e aumento da produtividade que viabilizam a integração competitiva da economia pernambucana na economia global.
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Por fim, a Coesão Social e Territorial tem sua essência na igualdade de
oportunidades entre os pernambucanos (com redução da pobreza e das desigualdades sociais), nas relações políticas e sociais de tolerância e na civilidade e cooperação num ambiente democrático, que se expressa também na integração equilibrada do território em termos econômicos e de qualidade de vida.
Os cinco Eixos Estratégicos elencados, por sua vez, são desdobrados em catorze
Áreas de Resultado, detalhadas em grandes blocos temáticos para os quais são construídas metas específicas para o período 2015/2035 e a serem operacionalizadas em projetos. O diagrama a seguir apresenta a distribuição dessas Áreas de Resultado por Eixo Estratégico.
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Diagrama 3 – Eixos Estratégicos e Áreas de Resultado – “Pernambuco 2035”
A Visão de Futuro de Pernambuco para 2035 está apresentada nas Áreas de
Resultado contemplando, para cada uma delas, duas informações básicas: “Onde estamos?”, com um breve diagnóstico da área e “Aonde queremos chegar?”, com a explicitação qualitativa (com base em indicadores) da visão de futuro em cada área e sua evolução nas próximas décadas.
Para que isso pudesse ser transformado em ações e resultados, fez-se
necessário, além de desenhar uma rota detalhada de longo prazo (o Plano Estratégico de Longo Prazo, em sentido estrito), desdobrar essa rota em uma Carteira de Projetos Estruturadores com um plano de investimentos públicos, privados e em parcerias, todos com horizonte nos próximos 20 anos.
Os Projetos de Interesse Público, que são 50, estão distribuídos em dez áreas
de resultado: educação, saúde, segurança, mobilidade, habitação, sustentabilidade, recursos hídricos, inclusão social, participação social e instituições de qualidade. Já a Carteira de Projetos de Interesse Privado abrange outras cinco áreas de resultado: rede de cidades, inserção global, inovação, infraestrutura e competitividade. Cada uma dessas carteiras contém em seu escopo um grupo de ações, que foram desenhadas para serem executadas nos próximos 20 anos, contribuindo para as mudanças que levarão ao alcance da Visão de Futuro para o Estado.
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Para a elaboração do PPA 2016-2019, foram elencados da carteira de Interesse
Público alguns projetos, os quais foram transformados em ações e subações. Os demais projetos do Pernambuco 2035, que não foram inseridos neste PPA, permanecem, então, como um legado passível de ser transformado futuramente em novas ações e subações.
3. PLANEJAMENTO TERRITORIAL - FOCO REGIONAL
O Estado de Pernambuco, localizado no centro-leste da Nordeste do Brasil e um dos nove estados dessa Região, possui uma área de 98.311 km2, com uma população de 8,8 milhões de habitantes distribuída nos 184 municípios, agrupados segundo as doze Regiões de Desenvolvimento do Estado, com suas especificidades próprias, indo desde a Região Metropolitana, passando pela Zona da Mata, Agreste e Sertão.
A heterogeneidade existente nessas Regiões é bastante representativa,
devendo ser considerada no planejamento governamental, quando da formulação das políticas públicas de alcance regional. No desenvolvimento das suas políticas estaduais, o Governo de Pernambuco busca levar em conta as oportunidades e desafios associados a essas perspectivas regionais.
A seguir é apresentada uma breve caracterização de cada Região de
Desenvolvimento com os respectivos mapas, onde poderão ser visualizados seus municípios e algumas variáveis específicas desses espaços territoriais, além de um descritivo dos temas mais citados nos Seminários Regionais e uma correlação com as ações planejadas, por Objetivo Estratégico relacionado.
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO SERTÃO DE ITAPARICA - RD 01
Situada no Centro Oeste de Pernambuco, limita-se com os Estados da Bahia e de Alagoas e com as RDs do Sertão Central, Sertão do São Francisco, Sertão do Pajeú e Sertão do Moxotó. Tem área de 9.508,656 km² e densidade demográfica de 14,11 hab/km².
Formada por 07 municípios: Belém de São Francisco, Carnaubeira da Penha,
Floresta, Jatobá, Itacuruba, Tacaratu e Petrolândia, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, tinha uma população de 134.212 hab, que representava 1,53 % da população do Estado. A população urbana era 77.140 hab e a rural 57.072 hab.
Os municípios mais populosos são Petrolândia (32.492 hab), Floresta (29.285
hab) e Tacaratu (22.068 hab). Cinco dos sete municípios são banhados pelo rio São Francisco, o que possibilita o uso da irrigação. O clima é o semiárido, com temperatura média anual acima dos 25°C, chuvas escassas e mal distribuídas. A vegetação é caracterizada palas caducifólias, cactáceas, bromeliáceas e xerófilas. A economia da região tem como base a atividade da caprinovinocultura e agricultura irrigada. Além dessas, a piscicultura e o ecoturismo.
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Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 1.566.040 e o PIB per capita (R$) 11.441. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,486 e em 2010 atingiu 0,617, inferior ao do estado (0,673). Entre os maiores índices estão Jatobá (0,645), Belém de São Francisco (0,642) e Floresta (0,626).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO - RD 02
Situada no Extremo Sudoeste de Pernambuco, limita-se com os Estados da Bahia e Piauí e com as Regiões do Sertão Central, Sertão de Itaparica e Sertão do Araripe. Tem área de 14.652,680 km² e densidade demográfica de 29,67 hab/km².
Formada por 07 municípios: Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande,
Orocó, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista, sendo que os quatro fazem parte da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento - RIDE do Polo Petrolina/Juazeiro, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma população de 434.713 hab, que representa 4,94% da população do Estado. A população urbana era 280.787 hab e a rural 153.926 hab.
Os municípios mais populosos são Petrolina (293.962), Santa Maria da Boa
Vista (39.435) e Cabrobó (30.873). A Região é cortada pelas bacias hidrográficas dos rios Pontal, Garças, Brigida e Terra Nova. Seu clima é semiárido com altas temperaturas, e a precipitação pluviométrica anual varia de 350 e 550 mm. A vegetação predominante é de caatinga hiperxerófila com espécies que vão de arbustiva à arbórea de pequeno porte.
A economia da região tem como base a agricultura irrigada, destacando-se a
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uva, o melão, a manga, a cebola e o tomate, entre outros, além da vitivinicultura. Merece destaque, também, o comércio, os serviços (logística, gastronomia), cultura e artesanato. A região conta ainda com o Aeroporto Internacional de Cargas.
Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 4.933.196 e o PIB per capita (R$) 10.992. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,537 e em 2010 atingiu 0,671, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores índices estão: Petrolina (0,697), Cabrobó (0,623) e Orocó (0,610).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO SERTÃO DO ARARIPE - RD 03
Situada na Extremidade Noroeste de Pernambuco, limita-se com os Estados do
Ceará e Piauí e com as RDs do Sertão Central e Sertão do São Francisco. Tem área de 11.547,941 km² e densidade demográfica de 26,64 hab/km².
Formada por 10 municípios: Araripina, Bodocó, Exu, Granito, Ipubi, Morelândia,
Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade, onde de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma população 307.642 hab, que representava 3,50% da população do Estado. A população urbana era de 165.062 hab e a rural 142.580 hab.
Os municípios mais populosos são Araripina (77.302 hab), Ouricuri (64.358 hab)
e Exu (31.636 hab). A Região é cortada pelas bacias hidrográficas dos rios Brígida, Garças e Terra Nova. Seu clima é semiárido com temperaturas médias anuais de 25° C. e precipitação pluviométrica anual que varia de 450 e 600 mm. Há ocorrência de áreas de altitude, que variam de 850 a 1.000 m, a exemplo da Chapada do Araripe, onde predominam temperaturas amenas e precipitações pluviométricas mais elevadas. A vegetação da Região é a caatinga hipoxerófila de porte arbóreo arbustivo e, nas áreas de maiores altitudes, a floresta tropical.
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A economia da região tem como base a extração e beneficiamento da gipsita,
possuindo a maior reserva do Brasil. Destaca-se, ainda, indústria de calcinação e pré-moldados. Na agropecuária destacam-se o sorgo, mandioca, a caprinocultura e a bovinocultura de leite. Merece destaque, ainda, a apicultura, tendo Araripina como maior produtor do Brasil, além do turismo, nas encostas da Chapada do Araripe. A construção civil e a área de serviços e comércio são outros destaques.
Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 1.808.060 e o PIB per capita (R$) 5.793. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,421 e em 2010 atingiu 0,579, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores índices estão: Araripina (0,602), Moreilândia (0,600), Granito (0,595) e Trindade (0,595).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO SERTÃO CENTRAL - RD 04
Situada no Noroeste de Pernambuco, limita-se com os Estados do Ceará e da Paraíba e com as RDs do Sertão do Pajeú, Sertão de Itaparica, Sertão do São Francisco e Sertão do Araripe. Tem área de 9.121,14 km² e densidade demográfica de 18,9 hab/km².
Formada por 08 municípios: Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, São José
do Belmonte, Serrita, Terra Nova e Verdejante, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, tinha uma população de 171.307 hab, que representava 1,95% da população do Estado. A população urbana era 97.752 hab e a rural 73.555 hab.
Os municípios mais populosos são: Salgueiro (56.629 hab), São José do
Belmonte (32.617 hab) e Parnamirim (20.224 hab). A região é cortada pela bacia hidrográfica do rio Brígida, Terra Nova e Pajeú. O clima é o semiárido, com temperatura média anual de 26°C, chuvas escassas com precipitação pluviométrica variando entre 392 a 795 mm. Paisagem natural caracterizada pelo bioma caatinga, onde são marcantes os cactos e as bromélias.
A economia da região tem como base o turismo e a agropecuária - com
destaque para a atividade da caprinovinocultura -, comércio e serviços, além da
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apicultura e do turismo. Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 1.273.266 e o PIB per capita (R$) 7.350. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,474 e em 2010 atingiu 0,627, inferior ao do estado (0,673). Entre os maiores índices estão: Salgueiro (0,669), São José do Belmonte (0,610) e Verdejante (0,605).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO SERTÃO DO PAJEÚ - RD 05
Situada no Centro Norte de Pernambuco, limita-se com o Estado da Paraíba e
com as RDs do Sertão Central, Sertão de Itaparica e Sertão do Moxotó. Tem área de 8.769,896 km² e densidade demográfica de 35,87 hab/km².
Formada por 17 municípios: Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbí,
Carnaíba, Flores, Iguarací, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo e Tuparetama, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, tinha uma população de 314.603 hab, que representava 3,58% da população do Estado. A população urbana era 199.726 hab e a rural 114.877 hab.
Os municípios mais populosos são: Serra Talhada (79.232 hab), Afogados da
Ingazeira (35.088 hab) e São José do Egito (31.829 hab). A região é cortada pela bacia hidrográfica dos rios Pajeú, Moxotó e Ipanema. O clima é o semiárido, com temperatura média anual de 27°C e chuvas escassas com precipitação pluviométrica variando entre 350 e 600 mm. Na RD, destaca-se o Brejo de Altitude, localizado na Serra da Baixa Verde, onde se localiza o município de Triunfo, chegando à altitude de 1.100 m.
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A economia da região tem como base o turismo e a agropecuária, estando a atividade da caprinovinocultura presente em todos os municípios. Outras atividades que se destacam na região são a construção civil, administração pública e comércio.
Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 2.254.628 e o PIB per capita (R$) 7.108. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,481 e em 2010 atingiu 0,626, inferior ao do estado (0,673). Entre os maiores índices estão: Triunfo (0,670), Serra Talhada (0,661) e Afogados da Ingazeira (0,657).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO SERTÃO DO MOXOTÓ - RD 06
Situada no Centro de Pernambuco, limita-se com os Estados da Paraíba e de Alagoas e com as RDs Agreste Central, Agreste Meridional, Sertão do Pajeú e Sertão de Itaparica. Tem área de 9.045,45 km² e densidade demográfica de 23,91 hab/km².
Formada por 07 municípios: Arcoverde, Betânia, Custódia, Ibimirim, Inajá,
Manari e Sertânia, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, tinha uma população de 212.556 hab, que representava 2,42% da população do Estado. A população urbana era 133.324 hab e a rural 79.232 hab.
Os municípios mais populosos são Arcoverde (68.793 hab), Custódia (33.855
hab) e Sertânia (33.787 hab). A região é cortada pela bacia hidrográfica dos rios Moxotó, Ipanema, Ipojuca e
Pajeú. O clima é o semiárido, com temperaturas elevadas, chuvas escassas e mal distribuídas e vegetação xerófila.
A economia da região tem como base a caprinovinocultura, a agricultura e os
serviços. Outras atividades que se destacam na região são o artesanato e a apicultura.
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Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 1.474.563 e o PIB per capita (R$) 6.805. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,476 e em 2010 atingiu 0,603, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores índices estão: Arcoverde (0,667), Sertânia (0,613) e Custódia (0,594).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE MERIDIONAL - RD 7
Situada no Sudeste de Pernambuco, limita-se com o Estado de Alagoas e com as RDs Mata Sul, Agreste Central e Sertão do Moxotó. Tem área de 10.756,46 km² e densidade demográfica de 58,92 hab/km².
Formada por 26 municípios: Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão,
Buíque, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Itaíba, Jucatí, Jupí, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Pedra, Saloá, São João, Terezinha, Tupanatinga e Venturosa, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma população de 641.727 hab, que representava 7,30% da população do Estado. A população urbana era de 370.818 hab e a rural 270.909 hab.
Os municípios mais populosos são: Garanhuns (129.408 hab), Buíque (52.105
hab), Bom Conselho (45.503 hab) e Águas Belas (40.235 hab). A região é cortada pelas bacias hidrográficas dos rios Mundaú, Ipanema, Una e
Moxotó. Seu clima é semiárido, com precipitações pluviométricas anuais que variam de 500 a 1.000 mm. Nas áreas mais elevadas, ocorre o clima tropical de altitude, com precipitações pluviométricas variando 900 a 1.300 mm e
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temperaturas mais amenas, em média 20° C. A vegetação da região nas áreas de brejo é do tipo florestal e nas áreas semiáridas é do tipo caatinga hipoxerófila de porte arbóreo arbustivo.
A economia da região tem como base a pecuária bovina, especialmente leiteira, e no turismo. Destacam-se, ainda, a construção civil, administração pública, indústria de transformação, comércio e serviços.
Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 4.490.103 e o PIB per capita (R$) 6.916. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,426 e em 2010 atingiu 0,576, inferior ao do Estado (0,673). Entre os maiores indices estão: Garanhuns (0,664), Lajedo (0,661) e Venturosa (0,592).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE CENTRAL - RD 08
Situada ao Leste de Pernambuco, limita-se com o Estado da Paraíba e com as Regiões da Mata Sul, Agreste Setentrional, Agreste Meridional e Sertão Moxotó. Tem área de 10.103,53 km² e densidade demográfica de 103,85 hab/km².
Formada por 26 municípios: Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba,
Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de São Félix, Caruaru, Cupira, Gravatá, Ibirajuba, Jataúba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Sanharó, São Bento do Uma, São Caietano, São Joaquim do Monte e Tacaimbó, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma população de 1.048.968 hab, que representava 11,92% da população do Estado. A população urbana era de 807.285 hab e a rural 241.683 hab.
Os municípios mais populosos são: Caruaru (314.912 hab), Gravatá (76,458
hab), Belo Jardim (72.432 hab) e Pesqueira (62.931 hab). A região é cortada pelas bacias hidrográficas dos rios Ipojuca, Una e Capibaribe.
Seu clima é semiárido com precipitação pluviométrica anual que varia de 450 e 600 mm. Há ocorrência de áreas de brejos de altitude, onde predominam temperaturas
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amenas e precipitações pluviométricas mais elevadas, em torno de 700 mm a 1000 mm. A vegetação da região é a caatinga hipoxerófila de porte arbóreo arbustivo e, nas áreas de brejo, a floresta tropical.
A economia da região tem como base a indústria de
transformação/confecções, hortifruticultura, avicultura, comércio, pecuária de leite, turismo, artesanato, construção civil, rendas e bordados. Seus atrativos naturais e culturais são o Povoado de Cimbres (Pesqueira), Festas Juninas, Bacamarteiros, Bandas de Pífanos e Renascença.
Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 9.085.770 e o PIB per capita (R$) 8.524. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,479 e em 2010 atingiu 0,622, inferior ao do Estado (0,673) Entre os maiores índices estão: Caruaru (0,677), Gravatá (0,634) e Belo Jardim (0,629).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO DO AGRESTE SETENTRIONAL - RD 09
Situada ao Nordeste de Pernambuco, limita-se com o Estado da Paraíba e com as Regiões da Mata Norte, Mata Sul e Agreste Central. Tem área de 3.535,934 km² e densidade demográfica de 148,91 hab/km².
Formada por 19 municípios: Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, Frei
Miguelinho, João Alfredo, Limoeiro, Machados, Orobó, Passira, Salgadinho, Santa Cruz do Capibaribe, São Vicente Férrer, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lério e Vertentes, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma população de 526.905 hab, que representava 5,99% da população do Estado. A população urbana era 348.860 hab e a rural 178.045 hab.
Os municípios mais populosos são: Santa Cruz do Capibaribe (87.582 hab),
Surubim (58.515 hab) e Limoeiro (55.439 hab). A região é cortada pela bacia hidrográfica do Rio Capibaribe. Na região,
registra-se a presença de fontes térmicas e hidrominerais. O clima é o semiárido, com temperatura média de 25°C. A precipitação pluviométrica varia entre 450 mm a 600 mm. A vegetação é a caatinga de porte arbóreo-arbustiva.
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A economia da região tem como base a agropecuária, indústria de transformação/confecções, hortifruticultura, avicultura, comércio, serviços, turismo e artesanato. Seus atrativos naturais e culturais são os sítios históricos e arqueológicos, as belezas naturais, bordados e frivolité.
Em 2012 o PIB (1.000 R$) foi 3.624.032 e o PIB per capita (R$) 6.732. O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era 0,468 e em 2010 atingiu 0,615, inferior ao do estado (0,673). Entre os maiores índices estão: Limoeiro (0,663), Surubim (0,635) e Toritama (0,618).
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REGIÃO DE DESENVOLVIMENTO MATA SUL - RD10
Situada ao Sudeste de Pernambuco, limita-se com o Estado de Alagoas, com o Oceano Atlântico e com a Regiões Metropolitana, Mata Norte, Agreste Setentrional, Agreste Meridional e Agreste Central. Tem área de 5.182,934 km² e densidade demográfica de 141,55 hab/km².
Formada por 24 municípios: Água Preta, Amaragi, Barreiros, Belém de Maria,
Catende, Chã Grande, Cortez, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Pombos, Primavera, Quipapá, Ribeirão, Rio Formoso, São Benedito do Sul, Sirinhaém, São José da Coroa Grande, Tamandaré, Vitória de Santo Antão e Xexéu, onde, de acordo com o censo do IBGE-2010, vivia uma população 733.447 hab, que representa 8,34% da população do Estado. A população urbana era 538.347 hab e a rural 195.100 hab.
Os municípios mais populosos são: Vitória de Santo Antão (129.974 hab),
Escada (63.517 hab) e Palmares (59.526 hab). A região é cortada pelas bacias hidrográficas dos rios Ipojuca, Sirinhaém e Una.
Seu clima é tropical quente e úmido, com temperatura média anual de 24°C. Apresenta chuvas mais abundantes do que nas porções norte e vegetação mais
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exuberante. Ressalta-se o fato da cobertura vegetal da floresta atlântica ter sido fortemente suprimida no processo de ocupação histórica, contribuindo para degradação da biodiversidade dessa Região. Nos dias atuais, a mineração desordenada de argilas e areia vem provocando erosão e assoreamento de corpos d’água.
A economia da região tem como base a agroindústria sucroalcooleira e o
turismo na área l