cap 6 parte i

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Engenharia Ambiental GEN123 Termodinâmica Prof. Dr. Márcio Marques Martins http://digichem.org

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Engenharia Ambiental

GEN123 –Termodinâmica Prof. Dr. Márcio Marques Martins

http://digichem.org

Desigualdade de Clausius ►A desigualdade de Clausius fornece a base para o conceito de entropia (capítulo 6).

►A desigualdade de Clausius é aplicável a qualquer ciclo independente do(s) corpo(s), do qual o sistema que está sofrendo um ciclo sofrendo um ciclo from recebe energia por transferência de calor ou para o qual o sistema rejeita energia por transferência de calor. Tais corpor não necessitam ser reservatórios térmicos.

►A desigualdade de Clausius é um corolário da segunda lei.

Desigualdade de Clausius

►A Desigualdade de Clausius é desenvolvida a

partir do enunciado de Kelvin-Planck da 2a lei e pode

ser expresso por: cycle

b

T

Q(Eq. 5i)

Indica a integral a ser realizada sobre todas as partes da

fronteira e sobre todo o ciclo. onde

Indica que o integrando é avaliado sobre a fronteira do

sistema que executa o ciclo.

b

A natureza do ciclo executado é indicada pelo valor de ciclo:

ciclo = 0 irreversibilidades ausentes no sistema

ciclo > 0 irreversibilidades presentes no sistema

ciclo < 0 impossível

(Eq. 5j)

Exemplo: Uso da Desigualdade de Clausius

Um sistema sofre um ciclo enquanto recebe

1000 kJ por transferência de calor a uma

temperatura de 500 K e descarrega 600 kJ por

transferência de calor a (a) 200 K, (b) 300 K, (c)

400 K.

Qual é a natureza do ciclo em cada um desses

casos?

Para determinar a natureza do ciclo, resolva a integral

cíclica da Eq. 5i para cada caso e aplique a Eq. 5j a fim

de tirar uma conclusão sobre a natureza de cada ciclo.

SOLUÇÃO:

Exemplo: Uso da Desigualdade de Clausius

Aplicando a Eq. 5i a cada ciclo: cycleC

out

H

in T

Q

T

Q

b

T

Q

(b) kJ/K 0K 300

kJ 600

K 500

kJ 1000cycle cycle = 0 kJ/K = 0

(a) kJ/K 1K 200

kJ 600

K 500

kJ 1000cycle cycle = +1 kJ/K > 0

Irreversibilidades presentes no sistema

Irreversibilidades ausentes no sistema

(c) kJ/K 5.0K 400

kJ 600

K 500

kJ 1000cycle cycle = –0.5 kJ/K < 0

Impossível

5-5

Capítulo 6

ENTROPIA

Objetivos de Aprendizagem ►Demonstrar compreensão de conceitos-chave relacionados à entropia e à 2a lei. . . incluindo transferência de entropia, produção de entropia, e o aumento no princípio da entropia.

►Avaliar entropia, avaliar variação na entropia entre dois estados, e analisar processos isentrópicos, usando tabelas de propriedades apropriadas.

6-7

Objetivos de Aprendizagem

►Representar transferência de calor em um

processo internamente reversível como uma

área em um diagrama de temperatura-entropia.

►Aplicar balanços de entropia a sistemas

fechados e volumes de controle.

►Avaliar eficiências isentrópicas de turbinas,

bocais, compressores, e bombas.

Introduzindo Variação e Balanço de

Entropia ►Massa, energia e entropia são todas

propriedades extensivas dos sistemas,

►Assim como massa e energia são considerados

nos balanços de massa e energia, entropia é

considerada em um balanço de entropia.

►Assim como massa e energia, entropia pode ser

transferida através das fronteiras dos sistema.

►Análise de um sistema a partir da perspectiva da

2a lei pode ser efetivamente realizada usando

entropia.

►Significado físico não é fácil de acontecer

(conceito abstrato). 6-9

Introduzindo Variação e Balanço de

Entropia ►A variação de entropia e o balanço de

entropia são conceitos desenvolvidos usando a

desigualdade de Clausius expressa como:

cycleb

T

Q(Eq. 5.13)

onde

cycle = 0 não existem irreversibilidades no sistema

cycle > 0 irreversibilidades presentes no sistema

cycle < 0 impossível

Eq.

5.14

Definindo a Entropia

6-11

►Considere dois ciclos, cada um composto de dois

processos internamente reversíveis, processo A

+ processo C e processo B + processo C, veja a

figura

►A desigualdade de Clausius para esses ciclos é,

onde ciclo é zero porque os ciclos são compostos de processos internamente reversíveis.

►Subtraindo as eqs. acima

►CONCLUSÃO: Desde que A e B sejam processos

internamente reversíveis arbitrários ligando estados 1

e 2, segue-se que o valor da integral é independente

dos processos particulares internamente reversíveis e

depende apenas dos estado inicial e final.

Definindo a Entropia

Definindo a Variação de Entropia

►Lembre que uma quantidade é uma propriedade se, e

apenas se, mudanças de valores entre dois estados

forem independentes do processo que conecta os dois

estados, concluímos que a integral representa a variação

em alguma propriedade [(δQ/T)int rev ] do sistema.

►Chamamos a essa propriedade entropia (S). A integral é

a variação na entropia:

onde “int rev” sinaliza que a integral é válida para

qualquer processo internamente reversível que liga

os estados 1 e 2.

(Eq. 6.2a)

►A variação líquida de volume (ou

qualquer outra propriedade)

durante um ciclo é “0”:

►Uma quantidade cuja integral

cíclica é zero depende apenas do

estado e não do caminho do

processo e assim é uma

propriedade.

►Assim, a quantidade (δQ/T)int rev

deve ser uma propriedade,

chamada entropia por Clausius

em 1865.

A variação líquida no volume

(uma propriedade) durante um

ciclo é sempre zero.

Outra Forma de Definir Entropia

►Equação 6.2a ( ) permite determinar a

variação na entropia entre dois estados considerando que

há um processo internamente reversível entre eles. Mas

desde que entropia é uma propriedade, aquele valor de

variação na entropia aplica-se a qualquer processo entre

os estados – internamente reversível ou não.

►Para reações químicas é importante trabalhar com

valores absolutos de s obtidos da 3a lei da termodinâmica

(para um cristal puro S=0 quando T=0K).

►Variação de entropia é introduzida pela integral da Eq.

6.2a para a qual não há uma descrição física. Mostramos

que entropia não apenas tem significado físico mas

também é essencial para a análise termodinâmica.

Entropia

Entropia

►Entropia é uma propriedade extensiva.

►Como qualquer outra propriedade extensiva, a

variação na entropia pode ser positiva, negativa,

ou zero:

►Por inspeção da Eq. 6.2a, unidades para entropia

S são kJ/K e Btu/oR.

►Unidades para entropia específica s são kJ/kg∙K

e Btu/lb∙oR.

Relação de Boltzmann

O que é entropia?

O nível de desordem

molecular (entropia) de uma

substância cresce quando

ela funde ou evapora.

Uma substância cristalina pura na temperature

A de 0 K está em perfeita ordem, e sua

entropia é zero (3a lei da TD).

Energia desorganizada não cria um bom

efeito, não importa o quão grande seja.

Entropia é uma medida da desordem molecular

6-17

p = probabilidade

termodinâmica (no de

possíveis estados

microscópicos do sist.)

Avaliando Entropia: Tabelas ►Valores de Entropia podem ser obtidos em tabelas

tabelas, gráficos, equações ou usando um

software.

►Para resolver problemas, valores específicos de

entropia são fornecidos em tabelas no livro (A-2 a A-

18). (Eq. 6.4)

para misturas líquidas bifásicas líquido-vapor.

(Eq. 6.5)

Avaliando Entropia: Diagramas ►Para resolução de problemas, estados são exibidos

em diagramas de propriedades com a entropia

específica como coordenada: os diagramas

temperatura-entropia e entalpia-entropia (Mollier).

Fig. A7

Fig. A7E Fig. A8

Fig. A8E

Área

hachura

da

azul

=

Modelo

de Gás

Ideal

A entropia de uma substância pura é

determinada a partir de tabelas (como

outras propriedades). Diagrama T-s da água.

Entropia é uma propriedade, e assim o valor da entropia

de um sistema é fixado até que o estado do sistema

seja fixado.

Avaliando Entropia: Diagramas

Calculando Variação de Entropia: Eq TdS

►Os dados nas Tabelas A-2 a A-18, compilações

similares para outras substâncias, e numerosas

relações importantes entre tais propriedades

(Capítulo 11) são estabelecidas usando as

equações TdS (válidas para qq processo!).

►Em unidades mássicas, as equações TdS são

(Eq. 6.10a)

(Eq. 6.10b)

EB: }

}

; (Eq. 6.8)

(Eq. 6.9)

Calculando Variação de Entropia de uma

Substância Incompressível (Líquidos/Sólidos)

(usando as Eqs. TdS) ►O modelo de substância incompressível assume que volume

específico é constante e a energia interna específica depende

somente da temperatura, u = u(T), e assim também o calor

específico: cp=cv=c=c(T). Então du = c(T)dT.

►Com essas relações, a primeira equação TdS reduz-se e

produz

►Quando o calor específico, c, é constante (valores de c Table A-19):

►Após integração, a variação na entropia específica é

(Eq. 6.13)

► O modelo do gás ideal assume que pressão, volume específico e

temperatura estão relacionados pela equação de estado state: pv = RT.

► Também, energia interna específica e entalpia específica dependem

apenas da temperatura: u = u(T), h = h(T), originando

du = cvdT and dh = cpdT, respectivamente.

► Usando e integrando essas relações (R = cte mas cp e cv são funções

da temperatura), a equações TdS dão, respectivamente

(Eq. 6.17) (Eq. 6.18)

Calculando Variação de Entropia de um Gás Ideal (usando as Eqs. TdS)

►Para uma análise exata, desde que cv e cp são funções da

temperatura para gases ideais, expressões analíticas para

o calor específico (cp e cv) versus temperatura (i.e., Tabela

A-21) são requeridas para realizar a integração do primeiro

termo à direita das Eqs. 6.17 e 6.18.

./ MRR

►A constante R é determinada por

► Uma análise aproximada pode se

usada nos casos em que valores

médios de cv e cp são usados

Calculando Variação de Entropia de um Gás Ideal (usando as Eqs. TdS)

Approximate

Analysis

►Para diversos gases modelados como ideais, incluindo ar, CO2,

CO, O2, N2, e vapor d’água, a avaliação da variação de entropia

pode ser reduzida a uma tabela convenientemente construída

usando so definido por

(Eq. 6.19)

onde T ' é uma temperatura de referência arbitrária (i.e., “0”).

Calculando Variação de Entropia de um Gás Ideal (usando as Eqs. TdS)

►Análise exata(cont.): Em vez de realizar integrações

complexas do calor específico versus equações de

temperatura é conveniente resolver essas integrais uma vez e

tabular os resultados. Para esse propósito introduzimos a

variável so.

► Nota: so é uma função da temperatura apenas. Em outras palavras nós

apenas precisamos saber a temperatura para determinar seu valor.

►A Eq. 6.18 torna-se

►Usando so, a integral da Eq. 6.18 pode ser escrita como

(Eq. 6.20a)

ou em uma base molar como

(Eq. 6.20b)

►Para o ar, Tabelas A-22 e A-22E fornecem so em unidades de

kJ/kg∙K e Btu/lb∙oR, respectivamente. For the other gases

mentioned, Tables A-23 and A-23E provide in units of

kJ/kmol∙K and Btu/lbmol∙oR, respectively (A-23 shows absolute

values).

os

Calculando Variação de Entropia de um Gás Ideal (usando as Eqs. TdS e tabelas)

Ideal Gas Properties of Air

T(K), h and u(kJ/kg), so

(kJ/kg∙K)

when s = 0 when s = 0

T h u so pr vr T h u s

o pr vr

250 250.05 178.28 1.51917 0.7329 979. 1400 1515.42 1113.52 3.36200 450.5 8.919

260 260.09 185.45 1.55848 0.8405 887.8 1420 1539.44 1131.77 3.37901 478.0 8.526

270 270.11 192.60 1.59634 0.9590 808.0 1440 1563.51 1150.13 3.39586 506.9 8.153

280 280.13 199.75 1.63279 1.0889 738.0 1460 1587.63 1168.49 3.41247 537.1 7.801

285 285.14 203.33 1.65055 1.1584 706.1 1480 1611.79 1186.95 3.42892 568.8 7.468

290 290.16 206.91 1.66802 1.2311 676.1 1500 1635.97 1205.41 3.44516 601.9 7.152

295 295.17 210.49 1.68515 1.3068 647.9 1520 1660.23 1223.87 3.46120 636.5 6.854

300 300.19 214.07 1.70203 1.3860 621.2 1540 1684.51 1242.43 3.47712 672.8 6.569

305 305.22 217.67 1.71865 1.4686 596.0 1560 1708.82 1260.99 3.49276 710.5 6.301

310 310.24 221.25 1.73498 1.5546 572.3 1580 1733.17 1279.65 3.50829 750.0 6.046

►Da Tabela A-22, so1 = 1.70203 and so

2 = 3.37901 (kJ/kg∙K).

Substituindo na Eq. 6.20a

Exemplo: Determine a variação an entropia específica,

em kJ/kg∙K, de ar como gás ideal sofrendo um processo

de T1 = 300 K, p1 = 1 bar to T2 = 1420 K, p2 = 5 bar.

Kkg

kJ215.1

bar 1

bar 5ln

Kkg

kJ

97.28

314.8

Kkg

kJ)70203.137901.3(12

ss

Table A-22

Calculando Variação de Entropia de um Gás Ideal (usando as Eqs. TdS e tabelas)

Variação de Entropia de um Gás Ideal Assumindo Calores Específicos Contantes

►Quando os calores específicos cv e cp são constantes (usando

valores médios, estimados em uma temperatura média), Eqs.

6.17 e 6.18 reduzem-se, respectivamente, a

(Eq. 6.17) (Eq. 6.18)

(Eq. 6.21) (Eq. 6.22)

►Essas expressões têm muitas aplicações. Em

particulares, elas podem ser aplicadas ao desenvolvimento de relações entre T, p, e v em

dois estado com a mesma entropia específica

(processo isentrópico) como discutido a seguir.

[i.e, LHS(6.21 & 6.22)=0]