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O ACESSO Á JUSTIÇA SOBRE A VISÃO DO CONVÊNIO DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACCESS TO JUSTICE, ON THE VISION OF THE PUBLIC DEFENSE AGENCY OF THE STATE OF SÃO PAULO Laís Vieira Alves Santos – [email protected] Graduanda em Direito – UniSalesiano Lins Prof. Dr. Osvaldo Moura Junior – UniSalesiano Lins [email protected] RESUMO O objetivo deste artigo é investigar o que pode ser o acesso à justiça, tão promovido pelo acordo de defesa, bem como seu funcionamento, possíveis das dificuldades e vantagens encontradas pelas pessoas privadas que são titulares deste direito. O presente estudo busca apresentar aspectos sobre a origem e o desenvolvimento da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, bem como o acordo com a Seccional do Estado de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil. Devido às mudanças realizadas, será feita uma série sobre os diferentes conceitos encontrados para definir o acesso à justiça e outros aspectos de outros acordos de parceria no Estado de São Paulo, apresentando a maneira pela qual a legislação brasileira já foi revogada e força estabeleceu um mecanismo, levando em conta que junto com o defensor público. Um marco importante nesse avanço foi a Lei 1060/50 da gratuidade da justiça. Palavras-chave: ACESSO A JUSTIÇA. DEFENSORIA PÚBLICA. CONVÊNIO – OAB/SP. ABSTRACT The purpose of this article is to investigate what may be the access to justice, so fostered by the defense agreement, as well as its functioning, possible of the difficulties and advantages encountered by the deprived persons who are holders of this right. The present study seeks to present aspects about the origin and development of the Public Defender's Office of the State of São Paulo, as well as the agreement with the Sectional of the State of São Paulo of the Brazilian 1

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O ACESSO Á JUSTIÇA SOBRE A VISÃO DO CONVÊNIO DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ACCESS TO JUSTICE, ON THE VISION OF THE PUBLIC DEFENSE AGENCY OF THE STATE OF SÃO PAULO

Laís Vieira Alves Santos – [email protected] em Direito – UniSalesiano Lins

Prof. Dr. Osvaldo Moura Junior – UniSalesiano Lins [email protected]

RESUMOO objetivo deste artigo é investigar o que pode ser o acesso à justiça, tão promovido pelo acordo de defesa, bem como seu funcionamento, possíveis das dificuldades e vantagens encontradas pelas pessoas privadas que são titulares deste direito. O presente estudo busca apresentar aspectos sobre a origem e o desenvolvimento da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, bem como o acordo com a Seccional do Estado de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil. Devido às mudanças realizadas, será feita uma série sobre os diferentes conceitos encontrados para definir o acesso à justiça e outros aspectos de outros acordos de parceria no Estado de São Paulo, apresentando a maneira pela qual a legislação brasileira já foi revogada e força estabeleceu um mecanismo, levando em conta que junto com o defensor público. Um marco importante nesse avanço foi a Lei 1060/50 da gratuidade da justiça.

Palavras-chave: ACESSO A JUSTIÇA. DEFENSORIA PÚBLICA. CONVÊNIO – OAB/SP.

ABSTRACT

The purpose of this article is to investigate what may be the access to justice, so fostered by the defense agreement, as well as its functioning, possible of the difficulties and advantages encountered by the deprived persons who are holders of this right. The present study seeks to present aspects about the origin and development of the Public Defender's Office of the State of São Paulo, as well as the agreement with the Sectional of the State of São Paulo of the Brazilian Bar Association. Due to the changes made, a series will be made on the different concepts found in order to define access to justice, and other aspects of other partnership agreements in the State of São Paulo, presenting the way in which the Brazilian legislation already repealed and in force established a mechanism, taking into account that together with the public defender. An important milestone in this advance was Law 1060/50 of the gratuitousness of justice.

Keywords: ACCESS TO JUSTICE. PUBLIC DEFENSE. CONVENTION - OAB / SP.

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INTRODUÇÃO

Historicamente a estrutura da defensoria no Brasil, parte de uma perspectiva

dada a necessidade de se ampliar o acesso à Justiça e fornecer assistência jurídica

gratuita a toda a população.

A democratização do acesso à justiça gratuita exige uma reorganização de

todo o sistema, para adaptá-lo um novo tipo e volume de demandas. A utilização de

modernas técnicas de gestão e tecnologia de informação é imprescindível para

garantir maior agilidade e menores custos.

Em 2006 com a criação da Lei complementar Nº 988, de 09 de janeiro de

2006 deve uma nova mudança em relação ao procedimento que instituiu e

organizou a Defensoria Pública do Estado como também o regime jurídico da

carreira de Defensor Público do Estado trazendo novos procedimentos

Defensoria Pública vem ocupar o espaço necessário para a consolidação dos

direitos de todos para a consolidação dos direitos de todos os brasileiros garantindo

justiça e de qualidade sem muitas burocracias numa aplicação prática e concreta do

princípio da igualdade.

1 O Acesso á Justiça

O acesso a justiça, cerca de muito tempo, vem obtendo diversos conceitos e

significados, gerando-se, consequentemente, a possibilidade de interpretações, de

diferentes maneiras.

Tomando-se, como base nas representações sociais produzidas na

experiência, com o acesso a justiça, foram destacados, algumas características

eleitas como necessárias para sua distinção.

De certo modo, pode se entender como acesso a justiça, não sendo tão

somente a possibilidade de acesso aos tribunais, mas, acesso, a uma ordem jurídica

justa.

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Todavia, esse e um dos possíveis conceitos, na qual podemos empregar, o

que venha ser o acesso a justiça.

Neste mesmo sentido, entende-se, que se deve garantir o acesso à justiça, e

garantir também sua efetividade, e não a diminuição seus valores nem a diminuição

no exercício dos direitos fundamentais inerentes ao ser humano. (César 2002, 49 p).

De acordo com a ideia do escritor, Antônio Carlos de Araújo Cintra, onde o

mesmo dispõe que:

Função jurisdicional na atualidade: hoje, prevalecendo as idéias do Estado social, em que ao Estado se reconhece a função fundamental de promover a plena realização dos valores humanos, isso deve servir, de um lado, para pôr em destaque a função jurisdicional pacificadora como fator de eliminação dos conflitos que afligem as pessoas e lhes trazem angústia; de outro, para advertir os encarregados do sistema, quanto á necessidade de fazer do processo um meio efetivo para a realização da justiça.

Pois bem, a princípio, Humberto Moraes, discorre no sentido de que:

A própria natureza com seus desígnios supranaturais, estabelece, entre os homens, inúmeras diferenças fundamentais, inclusive, de fortuna, impondo a todos a tão discutida, mas não menos verdadeira, desigualdade natural, fundamento de toda teoria moderna da Igualdade perante a Lei (MORAES, 1984, p.18).

É muito comum, que o entendimento do conceito de acesso a justiça, seja

diferentemente inspetado, pois existentes diferentes conceitos, como uma vez já

mencionado, no presente trabalho.

Por, se tratar de uma terminologia, que garante um amplo significado, existe

uma corriqueira confusão, confusão essa, que relaciona outros conceitos, sendo

esses conceitos, de assistência judiciária, Assistência Jurídica Integral, e, justiça

gratuita, tais conceitos são totalmente distintos, no plano teórico.

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Porém, por ser muito comum serem utilizados, são correlacionados como

complemento, tendo como partida o “acesso à justiça”, feito isso, pretende-se

relacioná-los, e identificar sua distinção do que venha, ser cada um deles,

separadamente.

Apesar, de que ocorra, dificuldades em se definir, uma conceito exato a ser

destinado a expressão “acesso à justiça”, é de certa forma, assumir que, diferentes

entendimentos, faz surgir outros novos objetivos, a princípio fundamentais, para

relação jurídica processual, no sistema jurídico, caracteriza-se a reivindicação de

direitos, onde o usuário vai se valer das atribuições e direito anteriormente já

garantidos em lei; a segundo objetivo e resolução de litígios, meio por onde irá

satisfazer sua pretensão. (CAPPELLETTI e GARTH 1988 p 8).

Entende se, por tanto, como assistência judiciária, os serviços prestados, por

entidade Estatal, que corresponde na garantia de defesa técnica, sendo essa defesa

técnica a de um advogado, prestada ao usuário, sendo detentor desse direito.

(Augusto Marcacin 31p).

Respectivo exercício, compreende nas suas atribuições, desempenhada pela

Defensoria Pública, ao passo que o serviço de assistência jurídica integral e gratuita,

é realizado, em sede de Juízo.

E por tal razão a “confusão” facilmente se explica: embora distintos e

autônomos, muitas vezes quando desempenhado por órgão estatal, atribui-se

automaticamente prestados através de advogado, atuantes, por meio do convenio

da defensoria ou pela Defensoria Pública propriamente dita.

Sendo assim, considerando o ensinamento doutrinário de Pontes de Miranda

o mesmo esclarece a diferença entre os dois conceitos:

Assistência Judiciária e benefício da justiça gratuita não são a mesma coisa. O benefício da justiça gratuita é direito à dispensa provisória de despesas, exercível em relação jurídica processual, perante juiz que promete a prestação jurisdicional. É instituto de direito pré-processual. A Assistência Judiciária é organização estatal, ou paraestatal, que tem por fim, ao lado da

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dispensa provisória de despesas, a indicação de advogado. É instituto de direito administrativo.

Como já abordado, no presente trabalho, existe a necessidade de

requerimento, por se tratar de assuntos de ordem pública, fazendo se assim, a

consumação do preceito constitucional de efetivação do disposto em seu artigo 5o

da Constituição Federal, concretização dos direitos fundamental inerentes ao ser

humanos de forma justa.

Sendo assim, por assistência jurídica integral, é compreendido como um

benefício, concedido pelo Estado democrático, direito, onde é garantido a defesa em

juízo, aos mais necessitados ou então hipossuficiente, pobre na acepção jurídica do

termo aqueles que não possuem condições de patrocinar um advogado sem que

tenha prejuízo nas suas condições básicas de subsistência

Em regra, esse serviço de orientação é prestado por meio de convênio que

atende toda a comunidade, é garantido pela constituição federal onde a mesma em

contra partida incumbe a Defensorias Pública a instituição Permanente, essencial à

função jurisdicional do Estado, a qual incumbe, de forma integral e gratuita, aos

necessitados: a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa

judicial, extrajudicial e em todos os graus de jurisdição dos direitos e deveres

individuais e coletivos. (Brasil, 1998)

É contemplada por meio da emenda constitucional 45/2004 que lhe garantiu a

autonomia funcional e administrativa para sua fixação e competência e iniciativa

orçamentária.

Ainda assim, distinguir conceito, (ALBUQUERQUE, 2000:18)

A se destacar que o conceito de assistência jurídica tem maior amplidão que o de assistência judiciária, vez que abrange não só o patrocínio de direitos junto ao Judiciário, mas também a informação e a orientação integrais sobre direitos e garantias. Desse modo, aparece constitucionalmente a instrumentalização do princípio da igualdade jurídica – enfrenta-se o obstáculo do acesso econômico garantindo se a assistência jurídica aos

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carentes de recursos. A isso se conjuga a garantia da acessibilidade técnica por meio da Defensoria Pública – art. 134, CF/88.

Sobre o mesmo prisma de pensamento podemos por analogia a identificação

das denominadas “ondas”, que integrariam a discussão sobre esse acesso. Existem

posicionamentos doutrinários que seu início se deu em 1965, onde foi um importante

momento, onde o acesso a justiça se tornou efetivo.

Motta (2005) afirma que:

[...] se as ‘três ondas cappelletianas’ não faziam parte da bandeira do acesso à Justiça na virada dos anos 70 para os 80, na segunda metade dos anos 80 começaram a se tornar alvo de discussão e de efetivação legal, particularmente na Constituição de 1988, que tornou o acesso à Justiça um princípio constitucional (p. 26).

A primeira ondas, também chamada de ondas revogatórias, a princípio estaria

relacionada com a assistência judiciária, que compreendia em conceder tal

assistências aos pobres. No enteando a segunda onda, que também era intitulada

como revogatória consistia no acesso à justiça, sendo que essa compreendia na

correta representação dos interesses coletivos e difusos. A terceira e última onda

revogatória, versava sobre o acesso à justiça com a representação jurídica, em juízo

em uma concepção mais ampla, na qual propunha a reforma da assistência

judiciaria e novos mecanismos para representação de interesses públicos.

Acredita-se, que foi a maneira mais adequada, para que se pudesse

compreender essa ideia de acesso a justiça existente, visto que em diferentes

acepções era tratada apenas como uma possível ideia, onde o estado, dava a

entender que estaria de forma efetiva concedendo o acesso a justiça, quando na

verdade dificultava ainda mais.

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1.1 Finalidade do Convênio

Na época, da assinatura do convênio de parceria entre a Ordem dos

advogados do Brasil - seção de São Paulo e a respectiva Defensoria Pública do

Estado de São Paulo foi realizado um termo do convênio.

Tal termo de convênio corresponde em cláusulas que tem como finalidade

nortear o andamento e prestação da assistência judiciária gratuita, em todo o Estado

de São Paulo, sendo essa disposta na primeira seção, titulado como do objeto do

convênio.

Dispõe-se da seguinte maneira em sua primeira cláusula:

Constitui objeto deste convênio a prestação de assistência judiciária gratuita suplementar às atribuições institucionais da DEFENSORIA, nos limites das regras aqui definidas, à população economicamente hipossuficiente do Estado de São Paulo, nos termos do disposto na Deliberação CSDP nº 89/08, incluídas suas modificações ulteriores. (Convênio DPESPE OAB 003/2016 pagina 02).

Com isso o convênio conduz o serviço de fornecimento de serviço de

atendimento advocatício público aos mais necessitados, o funcionamento dos

demais segmentos do sistema são todos guiado pelo mesmo termo que trata da

possibilidade e previsibilidade de qualquer circunstância, cria condições para os

cidadãos, que se submetem, os seus conflitos e reclamem seus direitos perante o

sistema de justiça.

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo e a Ordem dos Advogados do

Brasil incorpora seu desassossego, em tentar associar muitas vezes sua

preocupação com a participação social, educação em direitos humanos, intervenção

multidisciplinar, solução alternativa de conflitos, mediação e tutela coletiva como

pilares fundamentais de uma atuação voltada ao fortalecimento da cidadania.

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Notas-se, que outra pratica do convênio com relação aos seus usurários ou

beneficiários seja ela a melhor terminologia utilizada para detentores desse direito,

foi à implementação de uma ouvidoria geral, que disponibiliza aos usuários e

também aos profissionais uma forma de sugestão reclamação sobre o atendimento

e comportamento prestados por todos os colaboradores do convênio, gerando uma

forma de contribuição da população na fiscalização do órgão.

Neste sentido, dispõe Maria Tereza Sadek e William Fernandes:

Entre esses mecanismos de participação e controle sociais está a ouvidoria-geral concebida como órgão da administração superior, gerida por pessoa não integrante dos quadros da Defensoria Pública, escolhida pelo governador do Estado com base em indicações da sociedade. Trata-se da primeira ouvidoria externa da história das instituições jurídicas (SADEK e FERNANDES, 27 abr. 2009, p.3).

O órgão da ouvidoria- geral naquele tempo era responsável por toda e

qualquer necessidade tanto por parte do profissional, tanto por parte dos

usuários/beneficiários.

Posteriormente, conforme a devidas proporções que teve o convênio teve foi

necessário que a defensoria pública ser criados outros órgãos dentro da própria

Defensoria e também na OAB, esses novos órgão criados passavam cada um possa

ter sua finalidade definida, uns seria responsável somente pelo atendimento; já

outros seriam destinados outras incumbências.

Neste sentido Forst, dispõe:

É tarefa do Estado assegurar os direitos humanos e proteger os cidadãos de violações por atores privados, tais como grandes empresas, por exemplo. A omissão, seja porque o Estado decide não agir, ainda que tenha condições para isso, ou porque está muito debilitado, constitui proteção insuficiente dos direitos humanos, mesmo que tal violação não seja o trabalho do Estado, mas de outros agentes. Portanto, o Estado é o principal endereçado das reivindicações para proteger direitos, mesmo que não seja o único agente que possa violá-los (Forst, 2010, p.738).

Cabe à Defensoria Pública a fiscalização da prestação de assistência

judiciária desse Convênio, recebendo as críticas, sugestões e reclamações a

respeito em todas as suas unidades, e não a OAB. Que é quem atualmente vem

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realizando essa fiscalização, OAB é responsável pela prestação de serviços, que por

diversas vezes torna a responsabilidade a si, quando na verdade seria de integral

responsabilidade da defensoria.

3.2 Princípios Institucionais e do Convenio

Os princípios, de forma geral, são considerados, alicerces da norma, origem,

a base de sustentação, refúgio, de onde se é possível extrai ou racionalizar a sua

legitimação, são ideias mais abrangentes, detentor de concepções e intenções para

a criação de outras normas, ou onde se encontra sustentação, a ser seguido por um

ordenamento em caso de lacunas na sua aplicação.

Neste sentido Celso Antônio Bandeira Melo dispõe acerca dos princípios que:

Mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas opondo-lhes o espírito e sentido servido de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico. (2009, p. 882,883).

Como normas iniciais, que norteiam disposição da defensoria no seu dia, são

considerados, alicerce que enraíza a efetivação do serviço de assistência judiciária

gratuita.

É prevista no artigo da Lei Orgânica da Defensoria que correspondem no

princípio da unidade, principio da indivisibilidade e princípio a independência

funcional. (Holden Silva, 2007).

Referido princípio da unidade, indivisibilidade e independência funcional são

correlacionados, sendo que no caso de análise de um se faz necessário

interpretação dos demais para que seja a um satisfatório resultado, no caso de ser

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interpretado cada um separadamente deverá apontar suas principais características

e identidade didaticamente.

Pois então vamos aqui tratar separada um dele passamos então a análise do

primeiro princípio, ou seja, o Princípio da unidade, o principio dispõe que a

defensoria pública é uma unidade, e tem como propósito a proteção da integridade

da pessoa tendo como ponto de partida o princípio da dignidade da pessoa humana.

Já o princípio da unidade, é conferido a ele força institucional necessária para

que possa condições de acessibilidade em todas os juízos de poder realmente

garantir o acesso à Justiça das pessoas em condição de hipossuficiência é essa

unidade que protege e objetiva a comunicação e a integralização necessária em

todo o Brasil. Cabe ainda ressaltar, que o princípio da unidade não pode ser

confundido com o princípio do autoritarismo. (Silvio Moraes 1995).

O princípio da independência funcional esse e princípio o da protege não tão

somente os usuários, mas sim ao profissional prestador de serviços advocatícios,

das políticas de subordinação existentes, nenhuma possui aplicabilidade refere a

sua atuação, defende a autonomia perante os, demais órgão estatais, não possui

nenhuma relação com o princípio da autonomia funcional, sendo que sua autonomia

não a do que se contesta. (Gustavo Corgosinho 2009) destaca muito bem

diferenciado para que não haja nenhuma dúvida que o princípio inicialmente tratado

protege a defensoria por inteiro, como um único órgão enquanto que a

independência funcional está ligada a forma de garantia aos órgão de execução,

atuação e administração superior.

Já o princípio da indivisibilidade, esse sim possui correspondência com outro

princípio, o princípio da unidade (Gustavo Corgosinho 2009), dispõe da

discricionariedade aos membros da defensoria pública para que em alguns casos

um profissional possa substituírem-se uns aos outros desde que considerados as

regras estabelecidas no ordenamento interno da Defensoria e OAB sem qualquer

prejuízo aos usuários do convênio.

CONCLUSÃO

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Conforme se percebe, por expressa disposição legal, a Defensoria Pública é

considerada uma instituição permanente, de modo que não poder ser extinta nem

por intermédio de uma Emenda Constitucional, por se tratar de um direito individual

assegurado pelo inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição da República, logo, uma

Cláusula Pétrea.

Nesse sentido entende-se que o Estado proporcionará meios para a

realização da assistência jurídica, buscando efetivações e a plena realização da

Justiça, mas como a soma dos valores éticos que dignificam a convivência em

sociedade.

Acredita, que se o Estado tinha, ou tem a intenção de oferecer reais garantias

para o acesso a justiça, porque então ele, como entidade estatal não desenvolve

referida função, chega se ao entendimento de que os usuários buscam um

atendimento diferenciado de qualidade e especial, mesmo diante da prestação

assistência gratuita, quer ser tratado de maneira justiça, clara, como em qualquer

prestação particular. O que se percebe de acordo com os estudos realizados e que a

defensoria pública do estado de São Paulo, está preparada para atender o público,

porém não esta preparada para à demanda que se socorre a ela.

Observe-se, desde já, que ainda hoje todo o debate sobre acesso à justiça

deve combinar evolução do conceito de assistência, e outros institutos de certa

forma, foi possível através das investigações e pesquisa desse trabalho conhecer de

maneira mais próxima o convênio, como vem ser exercido atualmente pela Ordem

dos Advogados do Brasil em sede municipal, destaca-se que o município de Lins,

não possui sede de Defensoria Pública, sendo a mais próxima sede localizada na

cidade de Marília e Bauru, porém existe um convenio de assistência judiciária

gratuita, o qual esse serviço de assistência e prestado pelo pela OAB, objeto este do

trabalho.

REFERÊNCIAS

Assessoria de Convênios da Defensoria Pública do Estado de São Paulo Entendendo o Convênio Defensoria SP / OAB, Maio 2012;

Corgosinho Gustavo,Defensoria pública: princípios institucionais e regime jurídic

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o,2009disponível:https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas:livro:2009;000914903 acessado em: 12/03/2018;

CASTRO, André Luís Machado de Construindo uma nova Defensoria Pública,

COSTA Darlene Pereira da Direito De Acesso À Justiça Ao Hipossuficiente, Centro Universitário UNIRG, Gurupi – TO, 2012

CAPPELLETTI, Mauro, GARTH, Bryant. Acesso à Justiça, Porto Alegre, Fabris, 1988;

FERNANDES, Bernardo Gonçalves Curso de Direito Constitucional, Salvador, editora juspodivm,2015;

III Diagnostico da defensoria pública no Brasil, Disponível em http://www.ipea.gov.br/sites/mapadefensoria/defensoresnosestados> acessado em: 16/02/2018;

DEFENSORIA PÚBLICA, ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR E MOVIMENTOS SOCIAIS E POPULARES: novos caminhos traçados na concretização do direito de acesso à justiça, disponível em : < https://www.anadep.org.br/wtksite/LIVRO.pdf> acessado em: 16/11/2017;

MOTTA, Luiz Eduardo. O Acesso à justiça pela mão do Estado: a Defensoria Pública do Rio de Janeiro no Contexto da Judicialização. Tese de Doutorado. IUPERJ, Rio de Janeiro, 2005;

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SILVA, Holden Macedo da. Princípios institucionais da Defensoria Pública: breves comentários textuais ao regime constitucional da Defensoria Pública. Brasília: Editora Fortium, 2007.

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