a revista da virada

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CHAPÉU A Revista da Virada Edição n°1 - 16 de Novembro de 2009 Anhangabaú Radical Entrevista com Mauricio Cruz sobre o Parkour Vale do Anhangabaú vira palco para os esportes radicais na Virada Esportiva.

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Virada esportiva 2009

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Page 1: A Revista da Virada

CHAPÉU

A Revista da Virada Esportiva - 1

A Revista da ViradaEdição n°1 - 16 de Novembro de 2009

Anhangabaú Radical

Entrevista com Mauricio Cruz sobre o Parkour

Vale do Anhangabaú vira palco para os esportes radicais na ViradaEsportiva.

Page 2: A Revista da Virada

CHAPÉU

2 - A Revista da Virada Esportiva

Page 3: A Revista da Virada

A Revista da Virada Esportiva - 3

ÍNDICE

EDITORIAL

BASTIDORES

ANHANGABAÚ

CLUBE ESCOLA IBIRAPUERA

ENTREVISTA

E TAMBÉM ROLOU...

SESSÃO DE FOTOS

Página 4 – Carta ao Leitor

Página 5 – Os bastidores das matérias da publicação

Página 9 – As apresentações no Clube Escola Ibirapuera

Páginas 10 e 11 – Entrevista com Mauricio Cruz sobre o Parkour

Páginas 12 e 13 – As modalidades que passaram pela Virada

Página 14 – As imagens que marcaram a Virada Esportiva

Páginas 6, 7 e 8 – Um Anhangabaú esportivo.

As histórias que cercaram o Vale do Anhangabaú durante a Virada Esportiva 2009.

A Revista da ViradaEdição n°1 - 16 de Novembro de 2009

Page 4: A Revista da Virada

4 - A Revista da Virada Esportiva

EDITORIAL

34h de esportes em São Paulo

A terceira edição da Virada Esportiva manteve o evento no calendário do paulistano. O evento ocorreu no dias

19 e 20 de setembro, na região central da cidade. A Virada populariza a prática de mais de 40 modalidades

esportivas, desde as mais comuns como futebol, vôlei, bas-quete, natação até as mais exóticas como os jogos Boêmios na Praça do Patriarca, Remo no Rio Tietê e Parkour no Vale do Anhangabaú.

Além da prática de esportes, como todo o evento popular a Virada trouxe as mais diversas histórias. E são essas histórias que nossa equipe procurou, e encontrou.

Foram mais de 34h de eventos espalhados pela cidade, dos mais variados. Um dos que mais marcaram foi o Campeonato de Barrigadas, que ocorreu no Complexo Aquático do Paca-embu. Lembra daquela brincadeira de criança de pular na água e cai de barriga? Foi exatamente esse o intuito do evento.

Houve também Jogos Boêmios na Praça do Patriarca, onde houveram jogos de truco, sinuca, pebolim e outros esportes tipicamente disputados em bares, claro com a cerveja bem ge-lada na mão.

Apresentamos duas matérias especiais, as histórias do Vale do Anhangabaú e as Apresentações do Clube Escola da Vila Mariana.

O evento mais popular-esportivo do país teve a sua terceira edição. E que venha a quarta, a quinta. Porque esporte nunca é demais.

A Revista da ViradaEdição n°1 - 16 de Novembro de 2009

PIC (Projeto Integrado de Comunicação)

Equipe: André Fonseca, Juliano Del Manto e Bruna de Almeida.Arte e diagramação: André Fonseca.Apoio: Tânia Sandroni.Coordenação: Denise Casatti.Coordenação de Curso: Marco Aurélio Moretti.Agradecimentos: José Pereira Santos, Murilo Perez, Manuel Carlos Govea, Rafael Coline e Mauricio Cruz.E-mail: [email protected]: (11)2994-5355/ 8638-8703

Page 5: A Revista da Virada

A Revista da Virada Esportiva - 5

BASTIDORES

Esta foto foi retirada no Vale do Anhan-gabaú no dia da Virada Esportiva. A foto

mostra o ex-jogador de futebol Cafu jogando peteca com um menino de 10 anos, Marcelo. No caso o que ela não revela foi à dificulda-de que o nosso repórter, André Fonseca, teve para conseguir tirá-la.

Foi feita uma barreira com seguranças para que nenhum, dos muitos repórteres, cinegra-fistas, e fotógrafos, entrassem na quadra mon-tada no Espaço Clube Escola. Nosso repórter ultrapassou a barreira por dez segundos para tentar captar a imagem e foi agredido fisica-mente por seguranças, o que causou um início de uma confusão e acabou com a partida de peteca.

Foto: André Fonseca

Foto: André Fonseca A Bola Humana é citada na reportagem do Vale do Anhangabaú, mas o que não

foi citado é o “dano” que ela causou na nossa reportagem. Enquanto o taxista Manuel Carlos estava dentro da Bola Humana com seu filho, nosso repórter André Fonseca se encontrava logo abaixo em uma parte lateral, para captar imagens e falar com eles na saída.

Quando a bola cai fica um instrutor na parte de baixo para amortecer e parar a Bola Huma-na. Porém no momento em que o instrutor ten-tou amortecer a queda, a bola foi para o lado quase atropelando o nosso repórter que com a máquina fotográfica na mão nem percebeu o fato e caiu para trás de susto

Curiosidades das matérias da Publicação

Page 6: A Revista da Virada

6 - A Revista da Virada Esportiva

ANHANGABAÚ

Um Anhangabaú EsportivoO Vale do Anhangabaú foi o palco de grandes histórias em um fi nal de semana esportivo

Foto: André Fonseca

Vale do Anhangabaú cheio na Vira Esportiva

José tem os olhos brilhan-tes, durante os pouco

mais de 15 minutos que está na fi la esperando a sua vez, olhando cada um que desce da pista de Snow Board no Vale do Anhangabaú durante a terceira edição da virada es-portiva.

Quando um, dentre poucos corajosos descem sem o au-xílio de um instrutor e acaba se chocando com uma rede de proteção ao fi nal da pista, José comenta que ninguém consegue descer sem cair no fi nal. “Eu serei o primeiro a descer sem cair, se der até consigo uma manobra.”

Chegamos à cima da pista, com pouco mais de quatro metros de altura e dez me-tros de comprimento, com um piso de um tipo de borracha que lembra um alvo em um jogo de dardos, José não cabe em si, nem parece que ele já andava de skate. Os instruto-res colocam as luvas para que ele não se machuque e dão al-gumas instruções. Ele tem a opção de descer segurando a mão de um instrutor ou sozi-nho. Resolve descer sozinho.

Quando é autorizado pelos instrutores ele fi ca, durante uns cinco segundos, parado até descer. No momento em

que é empurrado por um dos instrutores ele tenta fazer a curva na forma de um “S” e acaba perdendo o controle. Foi um tombo daqueles. Ele rola parecendo uma bola de futebol, e só para na hora em que bate na rede de proteção.

Na saída, José não parece chateado pelo tombo. “Eu es-tou emocionado, na hora eu me senti em uma montanha com muita neve. Valeu cada segundo e cada hematoma”.

José Pereira Santos, 31 anos, marceneiro. Nasceu na pequena cidade de Apiacás, no estado de MT. Veio para São Paulo com 22 anos para

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A Revista da Virada Esportiva - 7

ANHANGABAÚtentar uma vida melhor, co-meçou a trabalhar como mar-ceneiro há dois anos. José não é casado, nem tem fi lhos, mas tinha um sonho maior do que construir uma família, conhe-cer a neve e praticar Snow Board. “Nunca tive condições fi nanceiras, para andar de ska-te, já precisei de ajuda. Mi-nha mãe nunca pôde sequer comprar um, mas eu gostava, e trabalhei em Apiacás para conseguir comprar meu skate. Virou minha grande paixão”.

Desde os doze anos, José anda de skate, e resolveu ir ao Anhangabaú para tentar realizar o seu sonho, praticar Snow Board, mesmo que em uma imitação de uma pista.

O Snow Board, assim como o skate, é um esporte que con-siste em equilibrar-se em uma prancha, mas a diferença é que a prancha de Snow Board desliza em uma superfície de neve e não em quatro rodi-nhas. Mas para José já é uma conquista praticar o esporte. “Não tem problema se não é na neve, pra quem gosta de skate e de neve, já é uma con-quista mesmo que por alguns segundos praticar o esporte, nem que seja de mentira”.

Se por um lado, na Virada Esportiva, temos a partici-pação de pessoas como José que não são profi ssionais, por outro, há também pesso-as que por causa da Virada tornaram-se profi ssionais. É o Caso de Murilo Peres, de 13 anos de idade.

Foto: André Fonseca

No ano passado, Murilo par-ticipou de um torneio na Vi-rada Esportiva. “Tudo come-çou em um torneio-exibição de skate na Virada Esportiva do ano passado lá no Anhem-bi (sambódromo). Fiquei em primeiro durante todo o cam-peonato, um empresário fez um primeiro contato comigo naquele dia”.

Murilo não tinha nenhuma pretensão de ser profi ssional, só queria se divertir. “Meu pai me levou para andar de skate, e não para virar um profi ssio-nal, tinha só 10 anos”. O fato é que Murilo já fi rmou contra-tos com várias empresas, den-tre elas a Red Bull.

Murilo é franzino, cabelos compridos e não consegue fi car em pé durante 4ª eta-pa do Circuito Brasileiro de Skate Vertical, organizado pela CBSK (Confederação Brasileira de Esportes Radi-cais), que aconteceu debaixo do Viaduto do Chá, durante a

edição Virada Esportiva deste ano. Isso porque ele acaba de sair de uma catapora. “Ainda não estou 100%, mas farei o meu melhor”.

Murilo teve duas voltas na pista e, mesmo com os pro-blemas de saúde, Murilo le-vanta o público. A cada ma-nobra, todos fi cavam cada vez mais fãs dele. Porém o resul-tado não agradou nem Murilo nem o público, o 4° lugar da semifi nal A não permite que Murilo dispute, entre os seis melhores, a fi nal da competi-ção. Murilo tenta esconder a decepção, mas não consegue. “Pensei que iria conseguir. Mas só de conseguir entrar na pista depois de tudo o que aconteceu durante a semana, já é uma vitória”.

Se há na Virada Esportiva pessoas como José e Murilo que vieram à Virada Espor-tiva com objetivos, mesmo que distintos, há também pes-soas que vieram prestigiar o

Murilo Perez durante o Campeonato Brasileiro de Skate Vertical, na Virada

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8 - A Revista da Virada Esportiva

ANHANGABAÚEvento e passear com a fa-mília, como é o caso de Ma-nuel Carlos Gouvêa, 27 anos, taxista. Veio à Virada Espor-tiva com a família completa, a esposa Ingrid, 25 anos, e os dois fi lhos André, cinco anos e Maíra, dois anos.

Manuel fi ca feliz em saber que há possibilidade de levar diversão à família toda. “Meu fi lho adorou aquela bola, ele entrou lá e o pior me colocou lá também”. Ele refere-se à Bola Humana, uma bola gi-gante feita de plástico na qual duas pessoas entram e, em seu interior rolam ladeira abaixo.

Manuel e seu fi lho saem da Bola Humana com reações distintas. André saiu rindo, e

disse sem ar. “Muito legal!”. Já Manuel também sem ar, porém sem cor em seu rosto disse: “Olha, você parece que está dentro de um liquidifi ca-dor”.

Para Maíra, a diversão é no Mundo Clube Escola, que lhe dava a oportunidade de apren-der a jogar queimada, porém ela pega a bola e joga no pri-meiro que passa em sua fren-te, sem força, mas com uma pontaria impressionante para uma criança de dois anos. Manuel se surpreendeu com o espaço. “Eu não vinha por causa dela (Maíra), eu pensei que seria um problema, mas para a minha surpresa tem até lugar para ela brincar, o que

nos deixa despreocupado para aproveitarmos”. No caso, Manuel refere-se ao Espaço Kids, onde monitores cui-dam de Maíra. Manuel e sua esposa Ingrid estão na Arena Radical, onde pulam de Bang Jump, praticam Escalada e divertem-se na trilha de Ar-vorismo.

A Virada Esportiva de 2009 modifi ca, mesmo que por um dia, a rotina de um lugar onde todas as pessoas passam sem-pre com muita pressa. Nesta data (19 de setembro de 2009) ninguém passa com pressa pelo Vale do Anhangabaú, pelo contrário todos curtiram um Anhangabaú Esportivo.

Repórter: André Fonseca

Duelo de peteca

No espaço Clube Esco-la tivemos um con-

fronto inusitado. Um duelo de peteca entre o músico Xis e o ex-jogador de futebol Cafu. Em um jogo de cerca de sete minutos, A dupla Xis e seu empresário ganharam de Cafu e Marcelo, de 10 anos, aluno da escola municipal Profes-sor Noé de Azevedo por 6 a 5. Mas para Marcelo o melhor momento foi quando ele po-sou para uma foto com Cafu. “Ele é meu ídolo, sempre fui são paulino e me lembro dele levantando a taça da Copa do

Mundo.” Cafu foi muito solicito e

posou com o garoto. Marcelo confessou estar começando a realizar seu sonho. “Sempre

quis jogar com profi ssionais”. O mesmo disse ele olhando para o ídolo, Cafu olhou para o garoto e deu risada.

Repórter: André Fonseca

Cafú jogando peteca com Marcelo

Foto: André Fonseca

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A Revista da Virada Esportiva - 9

CLUBE ESCOLA IBIRAPUERA

Clube Escola Ibirapuera diverte o público com apresentações

Foto: Juliano Del Manto

Rafael olhava a piscina sem piscar, seus olhos

demonstravam toda a von-tade de estar dentro d’água. Enquanto os atletas aqueciam antes da partida, Rafael não contém e comentava com seus amigos - “Como será a regra desse esporte? – Caia-que na piscina? Nunca vi isso na minha vida”. Seus amigos o provocavam e brincavam que ele não teria coragem e capacidade pra jogar com os profi ssionais, Rafael respon-dia com humildade e deixava claro que estava muito bem treinado, em plena forma físi-ca, mas não sabia se teria êxi-to em sua participação devido à falta de conhecimento do es-porte. O jogo entre o Esporte Clube Pinheiros e a Faculdade Getúlio Vargas começou, e a cada choque entre os caiaques Rafael ia ao delírio e comen-tava “Nossa, não sei co- mo não se machucam porque as pancadas são fortes”, a cada gol, Rafael vibrava como se ele próprio havia feito, a cada passagem de um instrutor uma pergunta diferente, e di-zia a seus amigos: “Vocês vão ver, na virada do ano que vem eu vou estar dentro d’água e vocês virão me assistir” o que provoca risos dos seus ami-gos, era nítido o seu envolvi-

mento com o esporte e a sua vontade de jogar. O esporte se chama Caiaque Pool, são seis jogadores em cada equipe, os atletas entram na piscina com um caiaque e remos em mãos e a fi nalidade é fazer o gol que está localizado a uma altura de 2m e 10cm. O des-gaste físico e a disputa pela bola são intensos, levando o Público ao delírio.

Rafael Colini é um profes-sor de Educação Física, tem 26 anos, trabalha em uma academia de musculação, atende como Personal Trainer e dá aulas de natação. Rafael é um apaixonado por esportes aquáticos, pratica semanal-mente pólo aquático e natação em um clube de São Paulo. A paixão pela água sempre foi muito presente em sua vida, desde os 12 anos participa

de competições ofi ciais. Essa paixão pelo esporte foi o prin-cipal motivo pela sua escolha acadêmica, mantendo–se as-sim perto do esporte.

No Clube Escola do Ibira-puera a Virada fi cou marca-da apenas por apresentações, o diretor da Unidade Sérgio Franchi Filho junto com a Prefeitura de São Paulo e a Subprefeitura da Vila Maria-na preocupou-se em entreter o público com jogos de Caia-que Pool, festivais de dança, ofi cinas de pólo aquático, fes-tivais de futsal, festivais de tênis e festivais de taekwon-do. Localizado na região da Vila Mariana, o Clube Escola do Ibirapuera tem um amplo espaço para a prática de es-portes e recebeu a visita de mais de três mil pessoas.Repórter: Juliano Del Manto

Partida de Caiaque Pool disputada durante a Virada

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10 - A Revista da Virada Esportiva

ENTREVISTA

Parkour encanta na Virada EsportivaInstrutor de Parkour explica a modalidade, e como ela co-meçou na virada

Foto: André Fonseca

Mauricio Cruz fazendo uma apresentação no Anhangabaú, durante a Virada

O Parkour, em português, arte do deslocamento, pela segunda vez esteve na Virada Esportiva esse ano. E Mauri-cio Cruz, 23 anos, é um pra-ticante da modalidade desde 2004, um dos pioneiros da modalidade no país. Mauricio foi um dos instrutores da mo-dalidade na Virada Esportiva 2009.

O que é Parkour?O Parkour tem como prin-

cípio se mover rápido de um ponto para o outro. Ele era como uma espécie de treina-mento militar lá na França, que tinha como objetivo a

superar obstáculos, como ga-lhos, pedras, grades e paredes de concreto, usando as ha-bilidades do corpo humano. O Parkour não é um espor-te radical, apesar de parecer. Na sua história o Parkour o objetivo foi sempre passar por obstáculos como se fosse uma emergência. Alguns di-zem até que é uma espécie de autodefesa, as artes marciais são uma espécie de luta para se defender, o Parkour é uma espécie de fuga para evitar um confronto.

Onde pode ser praticado o Parkour?

O Parkour na verdade pode ser praticado em qualquer lu-gar. É o grande barato. Qual-quer um pode praticar em qualquer lugar. Na verdade o Parkour ele permite cada um conhecer o limite do corpo. Porque ele exige força, resis-tência, coordenação e muita concentração. E isso não se pode restringir a um local es-pecífi co porque limitaria tam-bém a prática, que cada vez mais está crescendo.

Quais equipamentos são necessários?

Na verdade não é necessário nenhum tipo de equipamen-

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A Revista da Virada Esportiva - 11

ENTREVISTAto. Tem algumas sugestões, como uma calça leve, camise-ta leve, apesar de eu mesmo nunca usar camiseta nenhuma e um tênis com amortecimen-to de preferência. Mas não tiver pode praticar também, sem nenhum problema.

Ocorrem acidentes du-rante a prática do Parkour?

O Parkour é uma arte que tem que ser respeitado o con-junto mental e o poder do corpo. Em um esporte que o objetivo é a liberdade não dá para se machucar. Também não podemos dizer que não há nenhum acidente, mas eles geralmente ocorrem por pes-soas que não respeitam o Pa-rkour, querem fazer o que eles vêem na TV ou na Internet e acabam deitados em uma cama de hospital com braços e pernas quebradas.

Como começou a pratica do Parkour no Brasil?

Tudo começou aqui em 2004, quando os vídeos de David Belle, que até então era o “Deus” do Parkour, eram vistos na internet. Bom de-pois teve um percussor aqui no Brasil, Akira (Leonard Ri-beiro), que era fã do Belle e começou a praticar no Inte-rior de São Paulo. Mas o que realmente foi o determinante foi à participação na mídia e principalmente no Orkut. Em 2004 era sete membros e hoje são mais de 40000 membros.

E como começou a parti-cipação do Parkour na Vi-rada Esportiva?

Bom começou com as ne-gociações do nosso grupo, Le Parkour, com a prefeitura de São Paulo em 2007. Nós tí-nhamos como objetivo divul-gar e aumentar a prática es-portiva da modalidade aqui, e para a Prefeitura era parte de um monte de esportes novos que fi zeram parte da Virada Esportiva.

A Virada Esportiva trou-xe algum resultado positivo para o Parkour?

Claro que sim. Começamos com mais ou menos 4000 membros na Comunidade do Orkut no ano passado e hoje temos mais de 40000 mem-bros. 10 vezes mais. E a Vi-rada Esportiva é um dos mo-tivos para esse crescimento. O outro é a maior visibilidade da mídia, principalmente na MTV.

Quem quiser praticar tem que fazer o que?

Basicamente temos gru-pos em São Paulo e Brasília.

E temos também os contatos na rede, o Blog Parkour Bra-zil Team (http://parkourbra-zil.blogspot.com/) que é um dos fundadores do projeto da Virada Esportiva, e do nos-so grupo Le Parkour Brasil (http://www.leparkourbrasil.blogger.com.br) e tem a co-munidade do Orkut “Le Pa-rkour Brasil”, nesse canais há todos os tipos de informa-ção pra que quer participar e praticar o Parkour. Depois é mãos na massa.

Quais são os movimentos básicos para a prática segu-ra do Parkour?

Temos alguns movimentos básicos: aterrissagem, equi-líbrio, rolamento, desmonte, subida, etc. A aterrissagem é o principal, amortece o movi-mento de um obstáculo para o outro, é muito importante para evitar lesões articulares, fazendo a aterrissagem certo evita qualquer lesão.

Repórter: André Fonseca

Foto: André Fonseca

Estrutura armada pelo grupo Le Parkour na Virada Esportiva

Page 12: A Revista da Virada

12 - A Revista da Virada Esportiva

E TAMBÉM ROLOU...

As principais modalidades da ViradaA Virada Esportiva 2009 conseguiu atingir os principais pontos de São Paulo facilitando a

participação do público que lotou todos os pontos da Virada, superando as expectativas da Secretaria de Esportes. Com modalidades diferentes e criativas como: Kart na Madrugada, Rugby na areia de praia, Atividades para a terceira idade e Corrida Infantil, a Virada conseguiu atingir todos os públicos e todos os gostos, realizando com muita eficácia a sua terceira edição. Veja os principais destaques:

Enterradas e dança de rua na Nova Luz

Peneiras na Virada Esportiva

Habilidade em duas rodas

Crianças calçam o tênis e vão as ruas

Boêmia também na Virada

Virada Esportiva em baixo d´água

Jogo de basquete com Street Dance, clínica

com ex–jogadores e um tor-neio de enterradas, levaram os apaixonados por basquete a loucura. “Esse evento nos sur-preendeu pelo grande número de participantes e por atletas que nos chamaram atenção e já foram encaminhados a clu-bes profissionais” completou Erico Leonan, responsável do evento.

Os grandes clubes da cidade (Corinthians,

Palmeiras, São Paulo, San-tos e Portuguesa) fizeram pe-neiras para selecionar novos talentos. Foi em absoluto o evento mais procurado, esti-ma-se a participação de mais de quatro mil garotos de 8 a 17 anos, todos com o objeti-vo de um dia vestir a camisa do seu time de coração. Mas segundo informações da Se-cretaria de Esportes nenhum atleta passou para os clubes.

O Trial é uma prova de baixa velocidade, onde

o piloto deve controlar sua moto superando os obstácu-los sem tocar os pés no chão. Muitas quedas marcaram o evento, No inicio os partici-pantes comentavam que não teriam problemas, mas ape-nas iniciavam seus percursos e sentiam a dificuldade que é controlar um veículo pesa-do como a moto” comentou Rafael Nazareno responsável pelo evento.

Foram feitas provas de corridas entre os partici-

pantes da Virada Esportiva, os organizadores separaram os atletas através do sexo, peso e idade. A prova que mais chamou a atenção foi a cor-rida das crianças, 4 a 6 anos que correram um percurso de 50m, recebendo o incentivo dos país que os gritavam e apoiavam seus filhos o tempo todo. O evento foi realizado nas Pistas esportivas do Com-plexo do Pacaembu.

Para alguns a noite é a parte mais bonita do dia

e a Virada Esportiva não po-deria deixar de realizar even-tos para os amantes das noi-tadas. Jogos boêmios como truco, sinuca, dardo, pebolim e jogos de tabuleiro estiveram à disposição até altas horas da madrugada, na praça do Patriarca, centro de São Pau-lo. Foi uma das modalidades mais frequentadas na Virada.

No Complexo Esportivo do Pacaembu os parti-

cipantes entraram na água e se divertiram com muitas ati-vidades. Aulas de surf e mer-gulho, campeonato de “bom-bas” foram os principais. Um jovem de 15 anos chamou a atenção com suas “bombas” que dava em direção com quem estava assistindo, cau-sando delírio dos que assis-tiam.

Page 13: A Revista da Virada

A Revista da Virada Esportiva - 13

E TAMBÉM ROLOU...

Balada Esportiva “sacode” a Virada

Pedalada da diver-sidade Sexual

Guarapiranga radi-caliza a Virada

Atividades no escuro como o basquetrôni-

co e o futetrônico, skate e o passeio, no escuro, de patins fi zeram parte da atração que percorreu a madrugada de sá-bado para Domingo, próximo ao estádio do Morumbi. Os Boêmios dos bares também estiveram representados.

Grupos GLBTTs e sim-patizantes fi zeram pas-

seio a favor da diversidade sexual em São Paulo. Even-to reuniu diferentes grupos, com as mais diversas opções sexuais, fi zeram uma espécie de passeata sobre as bicicletas no Largo do Arouche – (sába-do ás 20h).

O Evento aconteceu na Represa de Guarapi-

ranga, zona sul de São Paulo e proporcionou ao público di-versas competições atividades aquáticas, entre elas: jet-ski, rafting, windsurfe, kitesurf, remo e vela. Para quem gosta de fortes emoções próximo a água foi um prato cheio.

Foto: Divulgação

Virada Esportiva e suas ruas de lazer

Repórter: Juliano Del Manto

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14 - A Revista da Virada Esportiva

SESSÃO DE FOTOS

No Snow Board do Vale do Anhan-gabaú, muita gente caiu. Na foto

Vladimir Gomes tentou se segurar em pé e caiu de joelhos na pista. A cena fez com que todos que estavam na fila, aguardando a vez, caíssem na risada.

Lazer na rua foi outra grande novi-dade da edição deste ano da Vira-

da Esportiva. Algumas ruas tiveram o trânsito paralisado, e entre elas a Rua Antoniana Cardoso, no Jardim São PAulo que teve a tradicional e 100% brasileira, “pelada” de rua.

Danças típicas com deficientes fí-sicos no Clube Escola Ibirapuera

emocionaram a todos na platéia. A co-leografia inspiradora, provou a todos que essas pessoas tem total capacida-de de fazer qualquer coisa, um exem-plo para todos os presentes.

Foto: André Fonseca

Foto: Juliano Del Manto

Foto: Juliano Del Manto

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