xerada: xerox+virada 16/10

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Fanzine Xerada: xerox+ virada surgiu no dia 14 de outubro de 2011 numa iniciativa de estudantes e profissionais de design, jornalismo, fotografia e artes visuais que pensavam que estavam indo apenas para um workshop gratuito de arte xerox ministrada pelo designer e educador Camilo Maia no Centro de Design do Recife. Mal sabiam eles que seriam mão de obra voluntária para fazer uma cobertura underground da Virada Multicultural - Conexão Nordeste. Desde sexta-feira essa equipe de 18 mentes criativas trabalha sem cansar para oferecer informações que você não verá no O Diario de Pernambuco, no Jornal do Commercio ou na Folha de Pernambuco. É um trabalho experimental e "despretensioso" com a visão, os traços e as palavras da gente.

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Page 1: Xerada: Xerox+Virada 16/10

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Cl­eo

Page 2: Xerada: Xerox+Virada 16/10

(\ h. o fim 1 ~hegamos na tJitirna edi~ao da M Fanz111e Xerada: xerox+ virada .

Orgulhosos, surpresos e excitados .

Orgulhosos nao s6 com resultado do nosso trabalho (confere ai e diz se num ta uma

. beleza7). mas principalmente por termos fe1to parte da Virada Multicultural. Conexao Nordeste atraves de uma cobertura marginal do evento: entrevistando poetas, artistas de

teatro, policiais eo poi'm que curtia; registran­. do com fotos as manifesta~6es de dan~a, de mterven~ao urbana e shows do mais diversos .

Surpresos corn a quantidade de coisas que t1vemos para ve1, ouvir e cobrir: a Virada

ocupou urn monte de espa~os de Recife enos deixou com vontade de ter clones pra estar em dais lugares ao mesmo tempo. Boquia­

bertos com as figuras que encorltramos nas ruas, corn a receptividade dos artistas, corn a criatividade e agilidade da nossa equipe que

deu seu maximo todos os elias.

E exc itados - sim, rninha gente l excitaclos . com a oficina de Zine do Centro de Design do

Rec1fe (que abriu espa~o para que nascesse o Xerada: xeroX+virada ). com as "conquis­

tas" de conte(rdo magnificas, com as ilus­tra96es e experirnenta~6es do nosso "veiculo

de cobertura underground da Virada''. Foi tanta excita~ao, que a gente ficou divertido e foi pra rua distribuir nosso filhoto com rnaior

arnor e carinho , e se voce ta lendo ele agora a gente !rca rnuito "agradicido" e so te pede

uma coisa: nao Jogue ele no chao nao ...

E aproveite a sua ultima XERADA I

Par Larissa Santiago, Jtllia Mendes e Antonio Souza

• • • " • • -• p

COORDINMJ~O IDITORihL Camilo Maia [ punkmaia@gmai l com ]

PRO .. ITO GRii.PICO Alexandra Baglioni [ale bgln@gmailcom J I AntOnio Souza [ antonioaugusto_ms@hotmailcom

] I Julia Mendes [ juliamacielmendes@

gmailcom] I Gabriela Araujo [ ga!Jrielaa.

araujo@gmailcom] TIXTOS Marilia Feldhues [ marilia feldhues@grnail

com ] I Livia Fran~a [ livia_franca@hotmailcom J I Larissa Santiago [ larissantiago@gmailcom J I Rayza Oliveira [ rayzaoliveira@ymailcom J I AntOnio Souza fOTOGRhPih Marilia Feldhues I Marco Pimentel [ marcaopimentel@gmail com J I Rayza Oliveira ILUSTRh4~0 Gabriela Araujo [ gabrielaa.araujo@gmailcom ] 1 Eduardo Souza [ souza.

ead@grnailcom ] 1 Adeildo Leite [ adeildoleite@

gmailcom J I Thiago Liberdade [ thiagoliberdade@

grnailcom J I Givaldo Santos [ givaldosantos@l ive.

corn J COLhii0Rh4~0 Rafael Tenorio [ wrafaeltenorio@gmailcom ] CINTAO Dl DISIGN DO RICifl Thiago Liberdade I Adeildo Leite I Raniele Duarte I rvlaria Gareth I Jose Ferreira LOGiSTICh Thiago Liberdade I Adeildo Leite

Neste projeto. usamos as tipografias Univers. criada par Adrian Frutiger e Val. criada par

Svetoslav Simov. lmprim imos a laser sabre papel kraft grarnatura 80

~ CENTRO OE DESIGN Lill DO RECIFE

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0 memoria l Chico Science. e um equipamento localizado no Patio de Sao Pedro (casa 21 ). possui uma exposi~ao fixa (que se encontra logo na entrada do loca l) com um painel que taz a retrospectiva da vida de Ch ico Science. e ma is duas salas de video (onde se pode ver os videos de shows dele com a Na~ao Zumbi). 0 equipamento alem de serum espa~o de exposi~ao, tambem e um local de produ~ao e ensino. atraves de oficinas. •

Por Larissa Santiago

Enquanto o vendedor de batata da luz* tazia sua treguesia , a Orques­tra Contemporanea de Olinda fazia a festa. Era menino e mo~a velha se acabando ao sam mel6dico e rebolativo cfa Orquestra. Parecia que era carnaval de novo e um monte de gente pulando que nem pipoca com os frevos e marchinhas me lembrou as ladeiras abarrotadas de Olinda.

Nao res isti e comprei batata da luz na mao de Josenildo. que alegre­mente dan~ava enquanto mandava a ver no ketchup. Parecia um ba le combinado entre ele e a Orquestra. que tazia um sam nostalgico de carnaval e de repente colocou todo mundo pra girar como trad icional trevo de Pernambuco- era fel icidade que nao acabava mais.

No fina l de tudo, ja era um grupo ao redor da gente com um bale de maos e pernas como quem comandasse a musica do palco dali mesmo do chao: o povo sedento par "mais um" teve seu pedido atendido e dan~ou mais urn frevo, ja se preparando para o proximo carnal/a I. •

Por Marflia Feldhues

Os policiais do GATI tazem esca la de G horas cada equipe para man­ter a seguran~a do locaL. Eles dao um ap6io tali co itinerante a Policia Militar. que s6 pode atuar dentro de seu quadrante.

Mas esta em trabalho clara que nao os impede de curtir os shows, ja que estao Ia. Um dos policias inclusive revelou: "Se eu falar que nao curta vou estar mentindo. Mas eu curta parado, s6 ouvindo o sam. Quando come~ar o show do Na~ao Zumbi mesmo. vou Ia para o Marco Zero" . Alem disso, toram todos muito simpaticos e atenci­osos .•

1r .1' P9r Uvia Franr;a ... Para comemorar os 21 anos da casa do carnava l (locali-zada no Patio de Sao Pedro, n°52), o Centro de Forma~ao, Pesquisa e Memoria Cultural - Casa do Carnaval desen­volveu a exposi~ao Festa , Cidade e Cotidiano (que vai ate Dezembro de 2011 ). A casa apresenta em sua exposi~ao as festas populares das ruas da cidade do Recife, como: o carnaval, Sao Joao, testa da Nossa Senhora da Concei~ao eo ciclo nata lino; onde sao expostos santos, comidas tfpi­cas, miniaturas de bonecos (que representam personagens de pessoas da testa), recortes de jornais. fotos. e videos de cada testa.

A Casado Carnava l fica aberta para visita~ao de Ter~a a Sexta das 09 as 17h. e

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Por Rayza Oliveira

0 grupo de teatro Cia Ani me, com dais anos de estrada, se apresentou na Virada Cultural ontem no Teatro Apolo. Conversei com elas no camarim sabre a virada e, no geral, para elas o festival ta tranqUilo, atra~oes legais, oportunidade de visibilidade de grupos de teatro bans e desmistifica~ao dos palha~os . Urn prob­lema que comparti lhei com as quatro pa l haps foi o choque de horario de eventos e falta de espa~o entre espe­tacu los. Apesar disso, quem escolheu assisti r As Levianas em Caban~ Vaudevil le p6de rir basfante, re lembrar classicos de divas da mus ica como Madonna e perder o preconceito com palha~os (meu caso). Nao suportava a ideia deter pa l ha~os, pais sempre os achei super sem g ra~a , talvez por algum trauma oculto de crian~a. mas As Levianas mudaram minha visao. Desde ontem passei a ressignificar os palha~os na minha vida . •

0 Festival Coquetel Molotov reuniu nesta noite de sabado diver- ' sos ritmos e pessoas de varios estilos. A noite come~ou com o show do cantor de MPB R6mulo Fr6es que ja havia se apresen­tado com voz e violao no Recife no ano passado, mas na noite de ontem veio acompanhado de banda e fez urn show massa pra urn pequeno pub lico que parecia curti o show (ja que no inicio da noite poucas pessoas entraram na sala). Logo depois, veio a banda de Chicago The Sea and Cake, com seu p6s rock e com uma voz que emba lou as poucas pessoas que estavam interes­sadas em assistir o show da banda.

A te rce ira e tambem uma das atragoes rna is esperadas da noite foi Ch ina, que tocou pe l a prime ira vez no Festival e fez o lanGa­mento do seu novo CD, o Mota Continuo. Ele com suas musicas (do CO Mota Continuo e Simulacra) e dancinhas, fez o publico levantar da cadeira e dan~ar muito. Ao final do show ele chamoo a plateia pa ra dan~ar no palco ao som de seu hit "S6 Serve pra Dan~ar" e muita gente correu para subir e se entregou na dan~a .

Por ultimo (e nunca menos importante) fechando os shows do Coquetel Molotov, o show mais esperado de toda cidade, Racionais MC's. Os fas estavam super loucos com uma espera de anos pelo show dos rappers na cidade e toda essa espera valeu . Eles subiram ao palco com toda energia possfve l e toda vontade de tocar pra aquela multidao que se encontrava no teatro. Mesmo com problemas tecnicos no som, os rappers nao para ram e a gal era muito menos, todos muito empolgados cantando as musicas, o que tornou o show memoravel pra hist6ria do coquetel molotov e do Teatro. da UFPE (que terrninou sofrendo agressoes ffsicas a sua estruturai. •

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'\, Por Larissa Santiago

Dona Debora mora em Recife ha 15 anos e tern o mesmo tempo de frequentadora do Mercado da Boa Vista . Eu a econtrei sentadinha tomando uma ge lada corn duas amigas que, supus eu, erarn amigas da ve lha guarda, quando fui surpreendida por Dona Rejane: "A gente se conheceu tern uma hora. Bate o olho procurando urna cadeira pra sentar e voce sa be, mulher experiente, encontrei essa menina". A nossa garga lhada contagiou a conversa que corne~ou a revelar a re la~ao como Mercado, que nao -e de hoje nao: "- Minha filha, eu venho aqui todo sabado, tomo cafe, fa~o compras, tomo uma, me divirto e depois vou pra casa ." Contou Dona Rejane feliz e contente porter o Mercado no quintal de casa . Segundo elas, todo domingo o Bar de Leleu fica cheio, porque rola uma banda chamada "lnc lusao Socia l' - Ia todo mundo da urna canja, inclusive Leleu que e o ideal izador do projeto e incentiva o povo a cantar. A Virada s6 destacou ainda mais a prolifera~ao de cu ltura e arte que rola no Mercado da Boa Vista, ponto de encontro de varias gera~oes e de difusao das manifesta~oes populares do Recife. •

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1 ' ' l', Par AntOnio Souza

Com a dire~ao de Victoria Th ierree Chaplin e protagoniza~ao de sua filha Aurelia Thiern~e. que tern o "titulo" de neta do memoravel Charlie Chaplin a "pe~a de teatro circense" que traduzida para

o portugues significa Sussurros das Paredes, levou urn publico de cerca de 700 pessoas a Iota rem o Teatro Santa Isabel de forma calorosa- tendo ern vista tambem que oar condicionado foi parcial mente des ligado por requisito do espetaculo. Apesar da "revela~ao" de alguns truques que puderam ser vistas por quem ootava no terce ira ou quarto piso, a ilumina~ao impecavel, a cenografia bern articu lada, a performance da Aurelia e dos "coadjuvantes", apagaram qualquer possibilidade de falhas. Ao fina l da apresenta~ao, alguns acharam que a personagern era louca, outros doente, e uns que ela estava apenas submersa nas paredes do seu mundo imaginativo de garota solitaria. Mas o envolvimento do espetaculo dispensou entendimento. E todos aplaudiram deslumbradamente, e de pe.e

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PREFEI TU RA DO

R£tlm ~ CENTRO DE DESIGN Ulj DO RECIFE