boletim esperança 32

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Geraldo Guimarães Co-fundador e um dos dirigentes mais atuantes do Grupo Espírita Cami- nho da Esperança, nasceu em Sergipe (17/12/1935) e passou a infância em Feira de Santana. Enviado pela família a um seminário, apesar da afinidade com a religião, logo se inquietou com o lugar. Mudou-se para Salvador, onde, influenciado por uma prima, tornou-se espírita e, mais tarde, renomado orador, requisitado analista e revisor de obras espíritas, entre elas, as primeiras publicadas pela psicografia de seu estimado amigo Divaldo Pereira Franco. Conheceu o amor de sua vida, que viria, mais tarde a ser a mãe de seus quatro filhos, em um concurso de oradores espíritas em Goiás. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como representante comercial. A cultura espírita, a oratória singular e o humor afiado o tornaram uma atração à parte. Deixou-nos a todos saudosos no dia onze de janeiro de 2010. o Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano III, N. 32 DEZEMBRO, 2011 GOTAS DE AMOR DE JOANNA DE ÂNGELIS Não dês os teus espaços mentais para os pensamentos vulgares. Preenche todas as brechas com ideias de edificação, da ação no bem, da felicidade própria e alheia. É na mente que se iniciam os planos de ação. A mente ociosa cria imagens infelizes que se corporificam com alto poder de destruição, consumindo quem os elabora e atingindo as outras pessoas. Luta com vontade para que a “hora vazia” não se preencha de lixo mental tornando-te infeliz ou vulgar. NESTE BOLETIM Capa EDITORIAL GOTAS DE AMOR DE JOANNA DE ÂNGELIS Página 02 JUVENTUDE EM AÇÃO SEXUALIDADE E ESPIRITUALIDADE EXPEDIENTE COLUNA DO CAMINHO ISTO É O NATAL? Página 03 MENSAGEM DO MÊS ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS IV Página 04 REMINISCÊNCIAS AO LONGO DO CAMINHO PROGRAMAÇÃO DA CASA ANIVERSARIANTES DO MÊS Crônicas de família é um programa apresentado por Ana e Anete Guimarães, sendo recomendado para toda a família, por abordar temas e casos diferenciados, sempre relacionados à convivência familiar, com orientações para a solução de eventuais conflitos. BOLETIM ESPERANÇA EM SINTONIA COM UM AMANHÃ MELHOR; BOLETIM ESPERANÇA EM SINTONIA COM UM AMANHÃ MELHOR; BOLETIM ESPERANÇA EM SINTONIA COM UM AMANHÃ MELHOR; BOLETIM ESPERANÇA EM SINTONIA COM UM AMANHÃ ESPERANÇA EM SIN EDITORIAL As clarinadas de um ano novo surgem nos horizontes da vida, e as vibrações de dezembro estão no ar. A “Família Esperança”, em um só mês, celebra a vinda de Jesus Cristo, a fundação do Grupo Espírita Caminho da Esperança e o aniversário de dois de seus fundadores. Além disso, se avizinha a chegada do ano novo, momento de euforia e reflexão. Ainda que vibremos com a data, não podemos ignorar a necessidade de avaliar o ano que passou. Ser espírita é avançar na grande jornada, se esforçando, dia a dia, em busca de superação, vencendo as más inclinações e obtendo cada vez mais luz interior. Para não nos afastarmos do caminho, precisamos conferir a direção que estamos tomando em nossas vidas. A felicidade verdadeira é fruto da semeadura de serenidade, disciplina e amor ao próximo. Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz. A EQUIPE Falar da história do Caminho da Esperança é o mesmo que falar da história dos seus fundadores Geraldo e Ana Guimarães. Por isso, fui buscar ricos detalhes na “agenda oculta” da Instituição, através de depoimentos dos “servidores da primeira hora”, símbolos da nossa “velha- guarda”, que relata fatos, experiências, histórias e sentimentos vivenciados ao longo dos 30 anos da Casa. Seguem alguns desses relatos que retratam, sobretudo, os primeiros anos de existência do Caminho da Esperança, então localizado na sede anterior, situada à Rua Aníbal Benévolo, na Cidade Nova: – Conheci o Caminho da Esperança por intermédio do policial Barbosa, que era colaborador da Casa e me pediu para consertar o ar condicionado. Informei que só sabia consertar carros, mesmo assim, fui até lá e fiz o que pude, porém não funcionou. Foi então que o Sr. Geraldo Guimarães me deu a dica de que deveria acionar um determinado botão e assim o fiz, solucionando o problema. Naturalmente que não cobrei os serviços e fui convidado a frequentar as reuniões – informa-nos Luiz Carlos Souza, o nosso Sr. Luiz. – Antes da fundação do Caminho da Esperança, meus pais e eu nos reuníamos na residência do casal Guimarães, e eu e minha mãe participávamos da confecção de enxovais para recém-nascidos. Na ocasião, sentia-me útil e apoiada, pois, a tarefa contribuía para melhorar o meu estado de ânimo. Quando inaugurou a sede da Rua Aníbal Benévolo, engajei-me de forma mais efetiva, participando da Evangelização durante três anos aproximadamente. As reuniões doutrinárias eram conduzidas por Geraldo e Ana Guimarães, e ela, por vezes, psicografava lindas mensagens do Espírito de José Grosso. Sentia-me igualmente tranquila e feliz quando da presença do médium Julinho, que, às vezes, falava a respeito do meu pai, já no mundo espiritual. E, certa vez, D. Ana recebeu uma mensagem de minha melhor amiga, Maria de Nazaré, que desencarnara havia anos, o que muito me confortou – confessa Maria Alice Trindade, trabalhadora, sempre presente e querida em nossa Instituição. – Cheguei quando a Casa completava 3 anos de fundação. Participava, aos sábados, no preparo de aproximadamente setenta copos de água para fluidificar, em seguida, preparava o lanche das crianças, que era servido no café da manhã. Participava ainda do estudo e da costurinha no 2º andar. Certa vez, meu esposo Alfredo, ao fechar o portão, machucou a mão, e os dedos ficaram brancos, sem circular o sangue. Ana Guimarães impôs suas mãos sobre a dele, fazendo voltar imediatamente a circulação, fato assistido por todos ali presentes. Ana falou que havia uma jovem senhora chorando ajoelhada, afirmando que temia por ele, pois estava previsto para ele perder todo o braço, mas foi atenuado. Tratava-se da mãe de Alfredo, desencarnada aos 33 anos – comenta, com emoção, Lélia Saramago. – Todas as quartas-feiras, Ana atendia em uma sala, após a reunião de tratamento espiritual. Certa vez, ela levantou-se e perguntou quem havia chegado, pois via muita luminosidade. Tratava-se de um senhor português, morador de rua, que buscava assistência e que, segundo ela, estava acompanhado de uma entidade que irradiava muita luz e vinha a ser a mãe dele. Ao sair, a referida luz continuou seguindo-o até sumirem de suas vistas – relata Marilene Paulo, incansável colaboradora de todas as horas. – O fato que mais me tocava a alma era, sempre após o tratamento espiritual, quando nos sentávamos em volta da mesa para provarmos a sopa, que mais tarde seria distribuída aos moradores de rua, Geraldo e Ana, nesse ambiente acolhedor e familiar, contavam histórias dos Espíritos e, várias vezes, alguns deles se manifestavam – lembra, com carinho, Vanessa Bianca Laucas Pereira, sempre atuante nas atividades doutrinárias da Casa. – Para mim, foi muito relevante o momento em que conheci o casal Guimarães. Ao entrar no carro em que eles se encontravam, sem querer, esbarrei no braço de Ana, que estava traumatizado por um recente cateterismo. Fiquei impressionada com o estado do seu braço e sugeri, na condição de médica, que ela deveria internar-se, porém o Geraldo retrucou dizendo que a Ana não pretendia fazê-lo. Para nossa surpresa, ela, certamente orientada por seus mentores, decidiu que eu trataria dela sua própria casa. E foi então que passei a integrar a equipe do Caminho da Esperança, onde encontrei uma nova forma de amar a Jesus confidencia nossa Dra. Ana Beatriz Marins. – Sinto-me feliz por ser uma das intermediárias junto a Geraldo Guimarães, na mudança para a sede atual na Rua Aristides Lobo, onde funcionava antiga Instituição da qual eu fazia parte, dirigida por D. Ester. Com a desencarnação dela, de acordo com documentos legais, a sede foi submetida a uma votação em assembleia e, entre algumas instituições espíritas da redondeza, o Caminho da Esperança foi escolhido, por unanimidade, pelo critério, definido em ata, de prestar trabalhos sociais a crianças e idosos – expõe Maria José Silva, dirigente assídua e amorosa da Reunião das Senhoras, há quase duas décadas. A companheira Solange Seixas acrescenta: – É com alegria que recordo o nosso caminhar nas atividades do Caminho da Esperança. Vem à memória a experiência na Evangelização, a sopa oferecida aos mendigos na calada da noite, os primeiros passos nas atividades doutrinárias, sem falar no convívio fraterno e amigo com Geraldo e Ana Guimarães e demais companheiros com quem aprendemos tanto, o que guardo como tesouro no meu coração. Resta- me agradecer aos Mentores Espirituais desta Casa de Amor. Obrigado queridos irmãos do Caminho da Esperança. Parabéns e muita paz. Pelo exposto, concluímos que o Caminho da Esperança é uma Casa acolhedora, que nos faz felizes por essas experiências iluminativas. Rita Pontes REMINISCÊNCIAS AO LONGO DO CAMINHO PROGRAMAÇÃO DA CASA 2ª Feira (20:00 às 21:00) PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: LIVRO DOS ESPÍRITOS 05/12 – Ana Guimarães LIVRE 12/12 – Ana Guimarães LIVRE 19/12 – Ana Guimarães LIVRE 26/12 – Ana Guimarães LIVRE 3ª Feira (14:00 às 14:30) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 06/12 – Maria José Silva Parábolas Evangélicas 13/12 – Vanessa Bianca Parábolas Evangélicas 20/12 – Giannina Laucas Parábolas Evangélicas 27/12 – Rafael Rodrigues Parábolas Evangélicas 5ª Feira (19:30 às 21:00) ESTUDO DO LIVRO “ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA” 01/12 – Claudia Passarelli 15/12 – Túlio Laucas 08/12 – Túlio Laucas 22/12 – Jânio Salles Sábado (8:30 às 15:00) ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA BOLETIM ESPERANÇA 32 – página 04 BOLETIM ESPERANÇA 32 – página 01 ANIVERSARIANTES DO MÊS Regina Eliziário 15/12 Palmira Gomes 19/12 Geraldo Guimarães 17/12 (IM) Liz Paulo 22/12 Lúcio Laucas 19/12 Milla Paulo 27/12 Ana Guimarães 19/12 GRUPO ESPÍRITA CAMINHO DA ESPERANÇA 29/11

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Page 1: Boletim esperança 32

Geraldo Guimarães Co-fundador e um dos dirigentes

mais atuantes do Grupo Espírita Cami-nho da Esperança, nasceu em Sergipe

(17/12/1935) e passou a infância em Feira de Santana. Enviado pela família a um seminário, apesar da afinidade com a religião, logo se inquietou com o lugar. Mudou-se para Salvador, onde, influenciado por uma prima, tornou-se espírita e, mais tarde, renomado orador, requisitado analista e revisor de obras espíritas, entre elas, as primeiras publicadas pela psicografia de seu estimado amigo Divaldo Pereira Franco. Conheceu o amor de sua vida, que viria, mais tarde a ser a mãe de seus quatro filhos, em um concurso de oradores espíritas em Goiás. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como representante comercial. A cultura espírita, a oratória singular e o humor afiado o tornaram uma atração à parte. Deixou-nos a todos saudosos no dia onze de janeiro de 2010.

oInforme de Estudos Espíritas, RJ, Ano III, N. 32 DEZEMBRO, 2011

GOTAS DE AMOR DE JOANNA DE ÂNGELIS Não dês os teus

espaços mentais para os pensamentos vulgares.

Preenche todas as brechas com ideias de edificação, da ação no bem, da felicidade própria e alheia.

É na mente que se iniciam os planos de ação.

A mente ociosa cria imagens infelizes que se corporificam com alto poder de destruição, consumindo quem os elabora e atingindo as outras pessoas.

Luta com vontade para que a “hora vazia” não se preencha de lixo mental tornando-te infeliz ou vulgar.

NESTE BOLETIM Capa

EDITORIAL

GOTAS DE AMOR DE JOANNA DE ÂNGELIS

Página 02

JUVENTUDE EM AÇÃO

SEXUALIDADE E ESPIRITUALIDADE

EXPEDIENTE

COLUNA DO CAMINHO

ISTO É O NATAL?

Página 03

MENSAGEM DO MÊS

ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS IV

Página 04

REMINISCÊNCIAS AO LONGO DO CAMINHO

PROGRAMAÇÃO DA CASA

ANIVERSARIANTES DO MÊS

Crônicas de família é um programa apresentado por Ana e Anete Guimarães, sendo recomendado para toda a família, por abordar temas e casos diferenciados, sempre relacionados à convivência familiar, com orientações para a solução de eventuais conflitos.

BOLETIM ESPERANÇA EM SINTONIA COM UM AMANHÃ MELHOR; BOLETIM ESPERANÇA EM SINTONIA COM UM AMANHÃ MELHOR; BOLETIM ESPERANÇA EM SINTONIA COM UM AMANHÃ MELHOR; BOLETIM ESPERANÇA EM SINTONIA COM UM AMANHÃ ESPERANÇA EM SIN

EDITORIAL

As clarinadas de um ano novo surgem nos horizontes da vida, e as vibrações de dezembro estão no ar. A “Família Esperança”, em um só mês, celebra a vinda de Jesus Cristo, a fundação do Grupo Espírita Caminho da Esperança e o aniversário de dois de seus fundadores. Além disso, se avizinha a chegada do ano novo, momento de euforia e reflexão. Ainda que vibremos com a data, não podemos ignorar a necessidade de avaliar o ano que passou. Ser espírita é avançar na grande jornada, se esforçando, dia a dia, em busca de superação, vencendo as más inclinações e obtendo cada vez mais luz interior. Para não nos afastarmos do caminho, precisamos conferir a direção que estamos tomando em nossas vidas.

A felicidade verdadeira é fruto da semeadura de serenidade, disciplina e amor ao próximo.

Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz. A EQUIPE

Falar da história do Caminho da Esperança é o mesmo que falar da história dos seus fundadores Geraldo e Ana Guimarães. Por isso, fui buscar ricos detalhes na “agenda oculta” da Instituição, através de depoimentos dos “servidores da primeira hora”, símbolos da nossa “velha-guarda”, que relata fatos, experiências, histórias e sentimentos vivenciados ao longo dos 30 anos da Casa.

Seguem alguns desses relatos que retratam, sobretudo, os primeiros anos de existência do Caminho da Esperança, então localizado na sede anterior, situada à Rua Aníbal Benévolo, na Cidade Nova:

– Conheci o Caminho da Esperança por intermédio do policial Barbosa, que era colaborador da Casa e me pediu para consertar o ar condicionado. Informei que só sabia consertar carros, mesmo assim, fui até lá e fiz o que pude, porém não funcionou. Foi então que o Sr. Geraldo Guimarães me deu a dica de que deveria acionar um determinado botão e assim o fiz, solucionando o problema. Naturalmente que não cobrei os serviços e fui convidado a frequentar as reuniões – informa-nos Luiz Carlos Souza, o nosso Sr. Luiz.

– Antes da fundação do Caminho da Esperança, meus pais e eu nos reuníamos na residência do casal Guimarães, e eu e minha mãe participávamos da confecção de enxovais para recém-nascidos. Na ocasião, sentia-me útil e apoiada, pois, a tarefa contribuía para melhorar o meu estado de ânimo. Quando inaugurou a sede da Rua Aníbal Benévolo, engajei-me de forma mais efetiva, participando da Evangelização durante três anos aproximadamente. As reuniões doutrinárias eram conduzidas por Geraldo e Ana Guimarães, e ela, por vezes, psicografava lindas mensagens do Espírito de José Grosso. Sentia-me igualmente tranquila e feliz quando da presença do médium Julinho, que, às vezes, falava a respeito do meu pai, já no mundo espiritual. E, certa vez, D. Ana recebeu uma mensagem de minha melhor amiga, Maria de Nazaré, que desencarnara havia anos, o que muito me confortou – confessa Maria Alice Trindade, trabalhadora, sempre presente e querida em nossa Instituição.

– Cheguei quando a Casa completava 3 anos de fundação. Participava, aos sábados, no preparo de aproximadamente setenta copos de água para fluidificar, em seguida, preparava o lanche das crianças, que era servido no café da manhã. Participava ainda do estudo e da costurinha no 2º andar. Certa vez, meu esposo Alfredo, ao fechar o portão, machucou a mão, e os dedos ficaram brancos, sem circular o sangue. Ana Guimarães impôs suas mãos sobre a dele, fazendo voltar imediatamente a circulação, fato assistido por todos ali presentes. Ana falou que havia uma jovem senhora chorando ajoelhada, afirmando que temia por ele, pois estava previsto para ele perder todo o braço, mas foi atenuado. Tratava-se da mãe de Alfredo, desencarnada aos 33 anos – comenta, com emoção, Lélia Saramago.

– Todas as quartas-feiras, Ana atendia em uma sala, após a reunião de tratamento espiritual. Certa vez, ela levantou-se e perguntou quem havia chegado, pois via muita luminosidade. Tratava-se de um senhor português, morador de rua, que buscava assistência e que, segundo ela, estava acompanhado de uma entidade que irradiava muita luz e vinha a ser a mãe dele. Ao sair, a referida luz continuou seguindo-o até sumirem de suas vistas – relata Marilene Paulo, incansável colaboradora de todas as horas.

– O fato que mais me tocava a alma era, sempre após o tratamento espiritual, quando nos sentávamos em volta da mesa para provarmos a sopa, que mais tarde seria distribuída aos moradores de rua, Geraldo e Ana, nesse ambiente acolhedor e familiar, contavam histórias dos Espíritos e, várias vezes, alguns deles se manifestavam – lembra, com carinho, Vanessa Bianca Laucas Pereira, sempre atuante nas atividades doutrinárias da Casa. – Para mim, foi muito relevante o momento em que conheci o casal Guimarães. Ao entrar no carro em que eles se encontravam, sem querer, esbarrei no braço de Ana, que estava traumatizado por um recente cateterismo. Fiquei impressionada com o estado do seu braço e sugeri, na condição de médica, que ela deveria internar-se, porém o Geraldo retrucou dizendo que a Ana não pretendia fazê-lo. Para nossa surpresa, ela, certamente orientada por seus mentores, decidiu que eu trataria dela sua própria casa. E foi então que passei a integrar a equipe do Caminho

da Esperança, onde encontrei uma nova forma de amar a Jesus – confidencia nossa Dra. Ana Beatriz Marins.

– Sinto-me feliz por ser uma das intermediárias junto a Geraldo Guimarães, na mudança para a sede atual na Rua Aristides Lobo, onde funcionava antiga Instituição da qual eu fazia parte, dirigida por D. Ester. Com a desencarnação dela, de acordo com documentos legais, a sede foi submetida a uma votação em assembleia e, entre algumas instituições espíritas da redondeza, o Caminho da Esperança foi escolhido, por unanimidade, pelo critério, definido em ata, de prestar trabalhos sociais a crianças e idosos – expõe Maria José Silva, dirigente assídua e amorosa da Reunião das Senhoras, há quase duas décadas. A companheira Solange Seixas acrescenta:

– É com alegria que recordo o nosso caminhar nas atividades do Caminho da Esperança. Vem à memória a experiência na Evangelização, a sopa oferecida aos mendigos na calada da noite, os primeiros passos nas atividades doutrinárias, sem falar no convívio fraterno e amigo com Geraldo e Ana Guimarães e demais companheiros com quem aprendemos tanto, o que guardo como tesouro no meu coração. Resta-me agradecer aos Mentores Espirituais desta Casa de Amor. Obrigado queridos irmãos do Caminho da Esperança. Parabéns e muita paz.

Pelo exposto, concluímos que o Caminho da Esperança é uma Casa acolhedora, que nos faz felizes por essas experiências iluminativas.

Rita Pontes

REMINISCÊNCIAS AO LONGO DO CAMINHO

PROGRAMAÇÃO DA CASA

2ª Feira (20:00 às 21:00)

PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: LIVRO DOS ESPÍRITOS

05/12 – Ana Guimarães LIVRE

12/12 – Ana Guimarães LIVRE

19/12 – Ana Guimarães LIVRE

26/12 – Ana Guimarães LIVRE 3ª Feira (14:00 às 14:30)

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

06/12 – Maria José Silva Parábolas Evangélicas

13/12 – Vanessa Bianca Parábolas Evangélicas

20/12 – Giannina Laucas Parábolas Evangélicas

27/12 – Rafael Rodrigues Parábolas Evangélicas

5ª Feira (19:30 às 21:00)

ESTUDO DO LIVRO

“ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA”

01/12 – Claudia Passarelli 15/12 – Túlio Laucas

08/12 – Túlio Laucas 22/12 – Jânio Salles

Sábado (8:30 às 15:00)

ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA

BOLETIM ESPERANÇA 32 – página 04 BOLETIM ESPERANÇA 32 – página 01

ANIVERSARIANTES DO MÊS

Regina Eliziário 15/12 Palmira Gomes 19/12

Geraldo Guimarães 17/12 (IM) Liz Paulo 22/12

Lúcio Laucas 19/12 Milla Paulo 27/12

Ana Guimarães 19/12

GRUPO ESPÍRITA CAMINHO DA ESPERANÇA 29/11

Page 2: Boletim esperança 32

Conheci Divaldo Franco nos anos sessenta e, como todos os jovens de então, encantei-me com o verbo fácil e lindo daquele baiano singular. Estava ligada ao movimento juvenil, e o que ocorria entre os mais velhos não nos era interessante.

A cidade onde eu morava, no interior de São Paulo, preparava-se para sediar a COMBESP (Concentração do Brasil Central e Estado de São Paulo). O conclave era muito grande, receberíamos entre 500 e 800 moços. Ocorreria também, na cidade, um congresso de jovens protestantes no mesmo período.

Na ocasião, portanto, a cidade fervilhava de jovens. O diretor do Conselho achou por bem que formássemos um grupo e fizéssemos uma visita de cortesia aos congressistas protestantes, o que foi feito com grande alegria. Depois ficamos aguardando que eles nos visitassem igualmente.

Ocorreu, então, algo que nos estarreceu: uns panfletos de cor azul – vindos não se sabe de onde – estavam sendo distribuídos aos moços. Causou-nos profunda aflição, pois estávamos aguardando a chegada do Divaldo, o ponto alto do evento, como ainda o é nos encontros espíritas. Os papéis faziam referências desairosas, caluniosas acerca do médium baiano, como ficou registrado no tempo.

Nos três dias de atividades, conseguimos recolher todos os panfletos, não permitindo que Divaldo os visse. Era a noite do encerramento. O salão do cinema não comportava mais ninguém. Aguardávamos a palavra generosa

do servidor de Jesus. O presidente do Conselho fazia a abertura das atividades, quando alguém se levantou, na primeira fila, e entregou um papel azul nas mãos de Divaldo. Ao perceberem e tirarem o papel de suas mãos, ele já havia lido o conteúdo cruel do panfleto.

Naquele momento, houve um grande movimento na entrada do recinto. Com o desagradável acontecimento, havíamos esquecido os moços protestantes e, naquele justo instante, eles chegavam para retribuir a visita que receberam.

Divaldo Franco estava muito pálido e cerrava fortemente as mãos. Estávamos em estado de choque. Os jovens luteranos, em número de dez, vestidos de terno preto e gravata borboleta em camisa branca, entravam em fila indiana dirigindo-se ao palco.

Após agradecerem a nossa visita, os moços apresentaram um cânone. As vozes cristalinas alteavam-se em sons divinos, para, em seguida, morrerem em sussurros suaves, arrancando lágrimas dos que ouvíamos extasiados; a música era a repetição, em tons variados, da frase: “Eu quero falar com Jesus”. Durante dez minutos, suas vozes encheram o ambiente de sublime harmonia. Depois se despediram e se foram naquele ambiente de infinita paz.

Divaldo Franco se levantou e, durante hora e meia, envolveu-nos com a magia de sua voz vibrante, límpida, deixando n’alma o desejo de ser bom, honesto, digno, enfim, de ser um verdadeiro espírita. O panfleto no papel azul, coitado, foi esquecido. Falando com Jesus, Divaldo nos fez esquecer o conteúdo e os autores daquela desairosa mensagem.

Um homem que tem a capacidade de encantar gerações e gerações só pode ser um iluminado, e Divaldo o é.

Ana Guimarães ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS

CAPÍTULO III – DO MÉTODO (PARTE I: ITENS 18 A 26)

É normal o desejo do ser humano em compartilhar seus credos e, por conseguinte buscar aumentar mais adeptos que pensam de modo semelhante. Nesta direção, Kardec trata a questão do proselitismo no movimento espírita, naturalmente, nos apresentando formas diferentes de abordagem para grupos distintos de incrédulos, cuja segregação foi elaborada por critérios quase cartesianos, mas que, colabora muito a nossa compreensão de como o Espiritismo é percebido por estas pessoas. Para lidar com os materialistas é necessário,

primeiramente, mudar o paradigma de que a questão dos Espíritos seja primária. Em verdade, o que orienta o professor de Lion, é que o ponto de partida para os estudos espíritas deva fundamenta-se na observação da existência da alma, ou seja, o Espírito residindo na matéria, para que, em seguida, na linha sucessória de seu raciocínio lógico, advenha, respectivamente: a sobrevivência do Espírito à morte do corpo e a individualidade do Espírito em seu novo ambiente, mais sutil que o anterior. Caso o interlocutor não admita que exista a alma, improvável será aceitar a existência de Espírito, pois que, muito mais fantástica seria a hipótese de sua manifestação, por sua natureza dispare da humana. Apresenta-se ao lado uma tabela resumo da

classificação dos grupos de materialistas e espiritualistas incrédulos que o Codificador estabeleceu.

i) Negação absoluta, raciocinada a seu modo.

ii) São em número restrito e não formam escola abertamente confessada.

iii) O verdadeiro materialismo é um sentimento antinatural.

iv) Pesquisar em OLE (n. 147 e § III da conclusão).

v) Muito difícil é a argumentação para este grupo.

i) Há neles uma vaga aspiração pelo futuro.

ii) A incerteza sobre o futuro lhes é um tormento.

iii) Argumentar que as leis da Fisiologia são impotentes para tudo explicar.

por má-vontade

Muito lhes aborreceriam terem que crer, porque pertubaria a quietude

nos gozos materiais.

por má-fé

Conhecem o Espiritismo, mas ostensivamente o condenam por motivos

de interesse pessoal.

por pusilanimidade Terão coragem, quando virem que os outros não se "queimam".

por escrupulos religiosos

Um estudo esclarecido ensinará que o Espiritismo repousa sobre as bases

fundamentais da religião.

por decepções

Passaram de uma confiança exagerada à incredulidade, porque sofreram

desenganos.

i) não poderia se incluída entre as dos opositores.

ii) Espiritualistas por princípio.

iii) Há uma vaga intuição das ideias espíritas.

iv) O Espiritismo lhes é como que um traço de luz.

Materialistas

Espiritualistas Incrédulos

por sistema

por indiferença

incertos

COLUNA DO CAMINHO RECADINHO AO ESTIMADO JOSÉ RAUL TEIXEIRA

Para o nosso confrade “Raul Teixeira” – A equipe do Caminho da Esperança ora e vibra, torcendo pelo seu pleno restabelecimento e breve retorno à nossa “Pátria do Evangelho”. Good Luck! We hope to see you soon! With our very best regards,

Equipe do Boletim Esperança

NOVAS CONFIRMAÇÕES Volta e meia, deparamo-nos com informações e

curiosidades interessantes que nos levam à reflexão sobre a criação e evolução dos seres. Os animais inteligentes, com posturas definidas, que

pensam e planejam suas ações, servem de referências de que o mundo não é só o que vemos ou imaginamos, estando sempre em transformação contínua.

Recentemente, li uma dessas notícias de mais uma pesquisa de cientistas americanos, desta vez, mostrando que os cachorros normalmente sabem contar até cinco, entendem até 165 palavras e conseguem enganar seus donos para obterem vantagens. Os mais inteligentes chegam a conhecer até 250 palavras e sabem somar, percebendo os erros, quando os resultados estão incorretos.

No estudo, o professor Stanley Coren, especialista em investigação canina, da Universidade British Columbia, indica até as raças mais inteligentes e detalha como os cães se comportam, alguns mostrando a mesma inteligência de uma criança de 2,5 anos.

Assim, aquilo que, na infância, aprendemos a ver como instinto, segundo esse estudo, é apenas mais um tipo de inteligência que, como sabemos, existe nos animais e nos humanos.

Os espíritas sabem disso há muito tempo e aqui, mais uma vez, as revelações se cruzam com as descobertas científicas, confirmando que a inteligência, tanto do homem quanto dos animais, vem do elemento inteligente universal, pois, como disseram a Kardec, os animais também têm “um princípio independente da matéria que sobrevive ao corpo”. Os Espíritos vão além e revelam que, nos mundos

superiores, os animais também são mais evoluídos, embora sempre inferiores ao homem.

Assim, vamos avançando, sabendo que esse nosso nível de entendimento ainda é pouco, pois como disseram a Kardec, “tudo se encadeia na Natureza por elos que ainda estais longe de perceber” (O Livro dos Espíritos, questão 604).

Eugenia Maria

ISTO É O NATAL? Ele chegou apressado. Estava bastante ocupado, só foi

buscar algumas peças para a montagem das “bikes”. – Você conhece alguém que tenha e queira doar? – foi logo

dizendo. É comerciante. Monta e vende bicicletas novas. Aprendeu o

ofício com o pai, um imigrante sírio que chegou ao Brasil há cerca de 50 anos. Ele e os irmãos administram, todos juntos, as duas lojas e uma pequena fabriqueta.

A pergunta inicial nos surpreendeu. Por que querer algo velho e sem valor quando vende bicicletas novas em folha?

– Este ano – disse ele – organizei um grupo dedicado, gente simples, mas de boa vontade. Um dia por semana, nos reunimos, consertamos e pintamos as bicicletas. No Natal, elas serão doadas a instituições. Já aprontamos 60 – seu olhar voltou ao passado. – Sabia que ganhei minha primeira bicicleta aos 18 anos? Já imaginou uma criança receber a sua aos 5 ou 7 anos?

Ele sorriu. Tinha pressa e estava feliz. Dentro do carro, um senhor de aparência simpática o esperava. Fazia parte do grupo.

Despediu-se e acelerou o carro. Lá se foi o jovem pai de 3 lindos filhinhos, cheio de expectativa e com mui-

ta vontade de dividir com o próximo a alegria de uma noite de Natal.

Sim, isto é o Natal. Isto sim é o verdadeiro Natal!

Vanessa Bianca

SEXUALIDADE E ESPIRITUALIDADE Uma vez mais, Anete Guimarães, a notável

pesquisadora e oradora espírita, surpreendeu até os mais familiarizados com o seu brilhantismo. Na palestra que fez no dia 20 de novembro, na sede do Grupo Espírita Caminho da Esperança, o tema escolhido foi, por si só, desafiante: sexualidade e es- piritualidade.

Anete conseguiu, com sua abordagem, fazer o casamento perfeito entre a ciência, a moral e a religião, através de enfoque maduro e o rigor doutrinário de sempre, inspirando o grupo à reflexão e convidando ao progresso intelectual.

Leia mais sobre esse seminário na próxima edição do Boletim Esperança. Rafael Rodrigues

JUVENTUDE EM AÇÃO

MÚSICA E POESIA ENTRE NÓS Sábado, 05 de novembro, a juventude foi mais uma vez

à Casa São Luiz para a Velhice, no Caju. Fomos presenteados com uma linda tarde ensolarada, acompanhada de uma deliciosa brisa para aumentar o conforto de todos ali presentes.

Poucas senhoras conseguiram recordar nossa imagem que por ali já tinha passado, mas todas se demonstraram imensamente felizes em nos receber novamente. Uma senhora com Alzheimer conseguiu, euforicamente, soltar uma boa tarde para um de nós, fato esse que ocorre muito raramente, pois seus movimentos estão ficando mais involuntários e escassos a cada dia.

Entre nós, estava o querido Saulo, que apresentou sua linda voz, como o faz sempre onde canta. Interpretou “Agnus Dei”, “Força estranha” e “Con te partirò”, finalizando com a “Ave-Maria de Gounod”. Senhoras aplaudiam, choravam, pediam bis, reviviam seu passado feliz ou triste... E nenhuma passava despercebida da nossa singela visita. Dentre elas, havia uma que fora concertista no Teatro Municipal e que, hoje, não consegue mais demonstrar sua emoção em virtude de uma doença degenerativa, mas acreditamos que tenha gostado de todas as músicas apresentadas.

D. Maria de Jesus queria, de todas as formas, conversar com o cantor, abraçá-lo, enfim, ter contato com alguém que, para ela, é de natureza tão nobre.

A amiga da nossa Palmira declamou um poema de Casemiro de Abreu brilhantemente, exemplificando a todos o quanto a declamação de poemas pode nos teletransportar para um lugar distante através de belas rimas.

O Fábio e a Camila distribuíram simpatia, com atenção, bate-papo e aconchego, conseguindo de muitas idosas um semblante de felicidade com aquele contato estabelecido entre os jovens. O Ian e a Natasha, apesar da timidez, também conseguiram interagir e auxiliar no nosso objetivo de levar um pouco de luz a cada senhora ali presente.

Nosso objetivo talvez tenha sido alcançado, porque, com certeza, a luz que doamos nos serviu para acender ainda mais a nossa chama de humildade e caridade, fortalecendo-a e nos causando certa euforia para próxima visita.

“Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista / O tempo não para e no entanto ele nunca envelhece...”

Felipe Porto

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BOLETIM ESPERANÇA 32 – página 02 BOLETIM ESPERANÇA 32 – página 03

Desse modo, fica clara a distinção entre materialistas e espiritualistas incrédulos. André Laucas