bem estar autoconfiança 04-11-12
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Editorial
Aautoconfiança é umavirtude, umacompetênciapessoal dasmais valiosaspara nosencorajar a andar semprepara frente, emdireção ànossa verdadeiramissãoaqui naTerra. A vida, noentanto,muitas vezesnos impõe dificuldades, a princípio tãointransponíveis, quesão capazesde levar nossaautoconfiançaembora.Na reportagem decapa desta edição, psiquiatra,psicólogo, terapeuta e neurologista comumavisãomaisholísticadavida ouvidos pela revista ensinam como reforçar ou resgataressa força interior e, tão importante quanto isso, comonãoconfundir autoconfiança comarrogância ou “egoconfiança”, quecausa falsa felicidade. Fiqueem paz! 24
Zurique (Suíça) é mais cara do queTóquio para morar, mas o turista podeconhecê-la sem ir à falência
16
Aos 32 anos e com muita bagagem detevê, Caio Blat, no ar em “Lado a Lado”,prepara-se para estrear como diretor
13
Cardiologista estabelece uma relaçãoentre a tireoide (glândula na região dopescoço) e problemas ligados aocoração, como arritmia e hipertensão
Poesia
Flores
Não quero que a vida
Me pegue na estrada
Qual folha caída,
Perdida no vento.
Nem quero que o tempo
A correr lá fora
Nas asas da tarde
Me faça partir.
Há um desejo estranho
De sonho e de luzes
Nos olhos da face
De quem quer viver.
E a flor despetala
Nas mãos de quem perde
Por força dos fatos
A vez de sorrir.
Por isso é que tento
Compondo meus versos
Ouvir nos espaços
As vozes do ser...
Vagar pelas tardes
E pelos canteiros
No pólen das almas
Que podem sentir.
Genildo Mota Nunes
ESPIRITUALIDADEEscritora chilena IrmgardRadefeldt Fonck diz que ahumanidade está mergulhandoem uma nova era de luz. Veja oque isso significaPáginas 6 e 7
NUTRIÇÃOEspecialistas em alimentaçãoopinam sobre os benefícios dadieta sem carne, mas comressalvas quanto à reposiçãode nutrientes essenciaisPáginas 8 e 9
TERCEIRA IDADEIdosos estão mais conscientesquanto à importância do exerciciofísico e das atividades em grupopara o prolongamento da boasaúde do corpo e da mentePáginas 10 e 11
LIVROEscritor Paulo Coelho lança“Manuscrito encontrado emAccra”, com ensinamentosvoltados ao amor, à superação eà mudança, entre outros temasPágina 12
Agência O Globo/Divulgação
Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação
Turismo
Edvaldo Santos
Televisão
Competênciapessoal
OswaldoGrecoDIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefeFabrício Carareto
Editora-executivaRita Magalhães
CoordenaçãoLigia Ottoboni
Editor de Bem-Estar e TVIgor Galante
Editora de TurismoCecília Demian
Editor de ArteCésar A. Belisário
Pesquisa de fotosMara Lúcia de Sousa
DiagramaçãoCristiane Magalhães
Tratamento de ImagensArthur Miglionni, Humberto
Pereira e Luciana Nardelli
MatériasAgência Estado
Agência O Globo
TV Press
2 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Em vez de reagir com preocupação, podemos optar pela calma. Quando tornamos
isso um hábito, aumentamos a certeza de que comandamos o nosso próprio
destino. A negatividade tem poder sobre nós apenas quando permitimos
Yehuda Berg
Existe uma mudança espiri-
tual acontecendo no Universo,
que parece impulsionar todos
nós a nos tornarmos seres
mais evoluídos e melhores ver-
sões de nós mesmos.
Dos e-mails que recebo
li que muitos estudantes de
Kabbalah estão em novos
empregos, novos relaciona-
mentos, novos filhos, ou tal-
vez em um novo entendi-
mento sobre o que é viver
verdadeiramente a sabedo-
ria que estudamos e a tecno-
logia espiritual que usamos.
Esse é um tempo de novos
começos para todos nós.
O que desejamos tem que
ser muito maior do que apenas
mais felicidade e menos sofri-
mento. É importante entender
que nosso verdadeiro objetivo
é felicidade sem fim, livre da
montanha-russa e dos altos e
baixos que muitos de nós pas-
sam ao longo da vida.
Se nossa realidade precisa
mudar, esta transformação
não virá de fatores externos,
mas de como encaramos esse
cenário em um processo inter-
no. Resumindo: é a nossa cons-
ciência que precisa ser revista.
Esse processo se inicia quando
nos comprometemos a enxer-
gar a dor, as dificuldades e os
desafios como nossas maiores
oportunidades de exterminar
a escuridão existente no mun-
do, um processo que os kabalis-
tas chamam de “revelar Luz”.
Quando surgir alguma difi-
culdade, podemos utilizar re-
curso kabalísticos para agir
através de um estado de cons-
ciência mais elevado, sabendo
que tal desafio indica a existên-
cia de uma grande quantidade
de Luz a ser revelada naquele
momento! A solução ainda po-
de estar oculta, mas é possível
se esforçar e enxergar o moti-
vo pelo qual a oportunidade
surgiu. Ao invés de reagir com
preocupação, podemos optar
pela calma. É possível esco-
lher não permitir que a negati-
vidade se instale e, consequen-
temente, impedir que ela se
prolifere. Quando tornamos is-
so um hábito, aumentamos a
certeza de que comandamos o
nosso próprio destino.
A negatividade tem poder
sobre nós apenas quando per-
mitimos.
Escolher felicidade em lu-
gar de preocupação não signifi-
ca apenas tirar o melhor de
uma situação ruim. Trata-se
de uma tecnologia que traz a
Luz para qualquer situação
que pareça obscura.
Como diz Rav Berg, líder
espiritual do Kabbalah Cen-
tre: “Simplesmente diga ao
Oponente – termo kabalísti-
co que designa os nossos im-
pulsos negativos – que ele
não foi convidado. Se disser-
mos isso, ele tem que ir em-
bora! A única condição é ter-
mos certeza de que temos o
poder de bani-lo”.
Nem sempre é fácil, mas es-
se é o segredo da felicidade
sem fim. �
Autoconhecimento
Yehuda Berg é codiretor do TheKabbalah Centre e já escreveumais de 30 livros sobre assuntosque abordam desde depressão ecapacitação, atérelacionamentos e a Bíblia. Doisde seus maiores best-sellers, “OPoder da Kabbalah” e “Os 72Nomes de Deus”, foramtraduzidos para 20 e 14 idiomas,respectivamente.www.kabbalahcentre.com.br
Um novo começo
Raio X
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 3
Exercite a autoconfiança, instrumento poderoso capaz de nos nutrir
de convicção e tolerância para corrermos atrás de nossos sonhos
Gisele [email protected]
No mundo moderno de competi-
ção e busca pela excelência, quase
sempre somos obrigados a jogar pe-
la janela uma força que viemos cons-
truindo desde que somos crianças.
Estamos falando da autocon-
fiança. Esta, dizem, é a convicção
que uma pessoa tem de ser capaz
de fazer ou realizar alguma coisa.
O problema é que, muitas vezes,
na hora que mais precisamos acre-
ditar em nós, essa convicção fo-
ge. Os motivos podem ser os
mais diversos para isso: não fo-
mos estimulados o suficiente na
infância ou pela cobrança e pres-
sões a que somos submetidos dia-
riamente. O fato é que, quando
mais precisamos dela, encontra-
mos no espelho nossa imagem
submissa refletida.
O termo é muitas vezes usado co-
mo sinônimo de autoestima e de
autoaceitação. Mas especialistas que
fazem sempre uma análise mais deta-
lhada de seu uso garantem, no entan-
to, que autoconfiança refere-se sem-
pre à competência pessoal, enquan-
to autoestima é um termo mais am-
plo. Já autoaceitação possui um uso
próprio, mais restrito, e está mais re-
lacionado com o conceito de “aceita-
ção incondicional”. É também um
dos pilares para o aumento da au-
toestima e pode ser definida como
uma postura positiva com relação às
próprias capacidades e desempe-
nho, a convicção de saber fazer algu-
ma coisa, de fazê-lo bem, de conse-
guir alcançar alguma coisa, de supor-
tar as dificuldades e de poder pres-
cindir de algo.
“A autoconfiança é uma virtude
que quase foi perdida na sociedade
voltada para as coisas exteriores”,
diz M.J. Ryana, autora de “O Poder
da Autoconfiança” (ed. Sextante).
Não podemos nos esquecer que ela é
nosso moderador de realidade no dia a
dia. Com ela, sabemos o que podemos
dar conta, se houver fracasso, como po-
demos enfrentar, o que realmente po-
demos controlar e quanto nossos senti-
mentos afetam nossas decisões. Não é
fácil, mas se priorizarmos uma postura
autoconfiante verdadeira, é importan-
te treinar sempre.
“É fruto de duas fontes: a ina-
ta e a adquirida. Ou seja: aliada à
nossa personalidade, à gênese de
nossas possibilidades, a vivência
cotidiana nos ensinará muito a
respeito dela”, diz o psiquiatra
Wilson Daher, autor de livros co-
mo “Ser o que Sou. Isto é possí-
vel?” (ed. Biblioteca 24 horas).
Autoconfiança e autoestima se
confundem, pois, naturalmente, nin-
guém é uma coisa sem ser a outra,
ou seja, minha autoconfiança está
na razão direta de minha autoesti-
ma. “Mas autoestima não pode ser
considerada uma exaltação do ego.
Ela é o resultado de um amadureci-
mento ao longo da vida, que nos
leva a nos exultarmos com as vitó-
rias e a tolerarmos de forma adul-
ta as perdas, as frustrações, as an-
gústias de certas derrotas que, ao
longo da vida, são inevitáveis”,
complementa Daher.
E tolerância não tem nada a ver
com aceitação passiva das perdas e
frustrações: ela só revela nossa capa-
cidade de observar a perda e não fi-
car apenas lamentando, mas sim lu-
tando para dar a volta por cima.
A autoconfiança depende muito
do exercício cotidiano de nos visuali-
zarmos como indivíduos, vivendo
em meio a uma coletividade da qual
fazemos parte. “A autoconfiança in-
terfere diretamente na forma como
nos apresentamos aos outros, na nos-
sa fala, postura e decisões do dia a
dia”, diz o psicólogo cognitivo-com-
portamental Alexandre Caprio.
Para que uma pessoa seja autocon-
fiante, ela precisa ter convicção de sua
capacidade. Ter a certeza de que todos
os problemas têm soluções e que sem-
pre é possível encontrá-las.
Um grande exemplo disso pode
ser visto no filme “À Procura da Fe-
licidade”. Nele, Will Smith interpre-
ta Chris Gardner, homem pobre, en-
dividado, que se vê diante da possi-
bilidade de trabalhar com uma im-
portante corretora de ações. Em sua
entrevista de emprego, Gardner diz:
“Não posso prometer a resposta ime-
diata de qualquer pergunta que fa-
çam, mas eu garanto que se não sou-
ber, irei procurar até encontrá-la”.
“Essa cena demonstra que a essên-
cia da autoconfiança não está no ma-
quinário que temos, nem nos livros
que se acumulam em nossas estan-
tes. Ela está na nossa crença de que
podemos ser ou fazer qualquer coi-
sa, desde que persigamos nossos ob-
jetivos até merecê-los e conquistá-
los”, diz Caprio.
Cada erro é um degrau que se for-
ma diante de nós, e cada acerto, um
passo a mais na grande escadaria de
nosso desenvolvimento pessoal.
Não à egoconfiança
“Existe egoconfiança x au-
toconfiança. A primeira é um
certo tipo deturpado de auto-
confiança, que na verdade
não é autoconfiança, mas se
veste de”, diz o professor de
meditação e autoconhecimen-
to Sambodh Naseeb, terapeu-
ta corporal e músico. A socie-
dade diz: “Você tem de ser
forte, saber dominar, compe-
tir e ganhar. É isso que sem-
pre ensinaram às crianças des-
de que o mundo é mundo. Se-
ja um guerreiro e nunca um
músico. Passam a ideia de que
você tem de ser forte para ter su-
cesso: isso é egoconfiança.” Ela não
é baseada em si, depende dos outros.
Do que os outros falam, do que os
outros comentam. “Egoconfiança é
viver separado, com medo, mas ten-
tando parecer a todos que a felicida-
de impera em você”, diz. “Autocon-
fiança é bem diferente. É uma con-
fiança em direção ao centro de si
mesmo”, completa.
Autoconhecimento
DESPERTE SUAFORÇA INTERIOR
4 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
A boa notícia é que a auto-
confiança, essa força que nos
faz dar uma passo à frente dos
outros, pode ser resgatada. Bas-
ta que estejamos dispostos a in-
vestigar as causas das nossas in-
seguranças. Por vezes, desafios
complexos podem se tornar de-
graus grandes demais para se-
rem superados. Se a pessoa se
sente impotente diante do pro-
blema apresentado, pode ter
uma queda de sua autocon-
fiança. “Procure olhar para a
questão de outras formas”,
aconselha o psicólogo Alexan-
dre Caprio. Em algumas oca-
siões, precisamos dar um passo
para trás para dar dois para
frente. A solução poder estar
na nossa frente, pedindo ape-
nas um pouco de reflexão ou ou-
tro ângulo de visão. Uma pes-
soa pode dizer, por exemplo,
que pular um muro alto sem
uso de uma escada é impossí-
vel, enquanto outra empilha-
ria blocos e cadeiras para
cumprir o objetivo. “Embora
tenhamos o hábito de focar
no objeto que nos impede de
seguir, a solução pode não es-
tar necessariamente nele”, ex-
plica. No exemplo do muro, a
porta lateral, que dá acesso
ao outro lado, poderia estar
simplesmente aberta sem nin-
guém ter se dado conta disso.
O autoconfiante admite
seus erros sem precisar ocultá-
los. Ele não se sente inferiori-
zado por errar, porque com-
preende a falha como parte de
seu desenvolvimento pessoal.
Normalmente, está engajado
em projetos que estejam sinto-
nizados com suas metas e so-
nhos. Por isso, dedica maior
quantidade de tempo e esforço
em tudo que faz. Quando não
acreditamos no que estamos fa-
zendo, deixamos de acreditar
em nós mesmos e passamos a
ter problemas também com
nossa autoestima.
“As pessoas vivem fazendo
coisas que não gostam e não
aprovam. Trabalham para em-
presas com políticas com as
quais não concordam. A todo
instante, traem suas convic-
ções e ultrapassam linhas mo-
rais e éticas. Tornam-se aquilo
que reprovavam quando eram
mais jovens e, por isso, a auto-
confiança as abandona. Não
podemos trair nossos ideais.
Traição destrói confiança”,
complementa.
Direcionar nossas energias
para aquilo que nos motiva é
afirmar um compromisso consi-
go mesmo e com a sociedade
em que vivemos. É a autoesti-
ma gerando autoconfiança.
Não há autoconfiança que es-
moreça em um homem que
acredita em seus talentos e os
materializa. “Em outras pala-
vras, fazer o que nasceu para fa-
zer”, afirma. (GB)
Apesar de ser uma força
motora importante, é preci-
so tomar cuidado. O excesso
pode afastar as pessoas, uma
vez que ninguém gosta de
conviver com alguém arro-
gante ou presunçoso. Apren-
der a confiar em si mesmo é
antes de tudo aprender a co-
nhecer a própria realidade,
expandindo essa nova reali-
dade através da esperança,
que é o desejo do possível,
mesmo que além do real.
É preciso diferenciar as
duas. Arrogância não é exces-
so de confiança e sim uma
distorção dela. O arrogante
quer sempre ser melhor que o
outro, o que segundo o coach
Salvador Hernandes revela bai-
xa autoestima e sensação de
menos valia.
A autoconfiança nasce do
prazerde ser feliz e ver os outros
que nos rodeiam felizes como a
gente.Enquanto isso, a arrogân-
cia nasce do desejo de ter poder
sobre os outros para que se sin-
tam inferiores. (GB)
Está dentro de você
Sem arrogância
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 5
Em passagem por Rio Preto, chilena Irmgard Radefeldt Fonck fala sobre
como praticar a respiração consciente e conectar-se com nosso ser interno
Jéssica [email protected]
O século 21 tem sido marcado por
diversas doenças psicológicas, como a
depressão. Por outro lado, a oferta de
tratamento tanto psicológico quanto es-
piritual também cresceu. Quando a pes-
soa necessita ou deseja, ela pode iniciar
essa viagem no seu interior, com o obje-
tivo de se entender e compreender me-
lhor o mundo.
Para falar sobre essa nova era, cha-
mada de era de luz, a chilena Irmgard
Radefeldt Fonck, presidente internacio-
nal da Federação Internacional das As-
sociações de Ajuda Social, Ecológica e
Cultural, a Fiadasec, esteve em Rio Pre-
to em outubro para realizar a palestra
“Uma nova era de luz” e o seminário
“Da essência à presença”.
Em entrevista à revista Bem-Estar,
Irmgard, que também é coaching em va-
lores humanos e espirituais, fala sobre
como vivenciar essa nova era de luz, en-
trar em conexão com o ser interno, prati-
car a respiração consciente, entender o
que são valores humanos e espirituais,
entre outros temas.
Revista Bem-Estar - Como defineessa nova era de luz?
Irmgard Radefeldt Fonck - A nova
era de luz é o momento planetário que
os seres da Terra estão vivendo, ao con-
jugar eventos cósmicos que variam e ele-
vam as frequências vibratórias da maté-
ria e do nível de consciência que a hu-
manidade tem. Os campos morfogenéti-
cos ou consciência coletiva da espécie
contêm informações compartilhadas
com todos os membros diretamente, de
consciência a consciência, que nos per-
mitem reconhecer, saber e aplicar os
atributos que caracterizam uma huma-
nidade que pode alcançar o equilíbrio
com todos ao seu redor. Nesta era que
começa, é necessário parar de sentir-se
vítima das circunstâncias, negando as-
sim o poder que temos para modificar a
realidade que vivemos, para criar novos
padrões de conduta e hábitos que são
elevados e respeitados no meio ambien-
te e na vida em geral.
Bem-Estar - Como as pessoas po-dem alcançar abertura para uma novaconsciência de luz?
Irmgard - As informações da cons-
ciência não necessitam de internet para
ser conhecidas. Estão disponíveis nos
campos de consciência de cada espécie,
no que pratica e vive um grupo de pes-
soas no mundo. A atenção é uma facul-
dade que temos de aprender a utilizar.
Onde coloco minha atenção, eu incluo
na minha vida? Se eu colocar a minha
atenção em um novo comportamento
da humanidade, o positivo cresce e au-
menta, e se eu fizer isso no negativo, ele
também cresce.
Bem-Estar - Qual a importânciadas pessoas vivenciarem essa cons-ciência de luz?
Irmgard - A importância maior é co-
laborar com a transformação essencial
do comportamento humano com nossa
mãe Terra e seus reinos. Nós transfor-
mamos o perecer. Estamos neste ponto
sagrado, que nos empurra a dar um sal-
to evolutivo.
Bem-Estar - Qual a diferença dosvalores humanos e espirituais?
Irmgard - Os valores humanos são
aqueles próprios de sua condição e edu-
cação que lhe permitem viver em uma
sociedade de respeito, amor, solidarieda-
de, serviço. Mas também consideramos
como um valor a formação que adquiri-
mos, nas posições que temos, nos objeti-
vos para alcançar na vida. Os valores es-
pirituais são aqueles do eterno, da alma,
da consciência e do divino, que não aca-
bam nunca. Grande parte da humanida-
de tem se centrado em valores humanos
e esqueceu os valores espirituais. Para
entender melhor: “Só é meu aquilo que
eu posso levar quando deixar a maté-
ria.” Quanta vida, espaço e tempo dedi-
co ao contato com a minha alma, minha
consciência, meu ser? Com aquilo que é
nossa identidade eterna? Outra refle-
xão: “O que é o contrário da morte?”
Muitas pessoas respondem que é a vida.
Não é assim: o contrário da morte é o
nascimento. A vida é eterna, sem-
pre existiu e existirá.
Bem-Estar - É impor-tante ter uma vivênciaespiritual?
Irmgard - A desarmonia que aflige a
humanidade é basicamente uma falta
de contato com sua espiritualidade.
Não a religião. Qualquer pessoa pode
ter uma vida equilibrada, estimulando
o seu desenvolvimento físico, energéti-
co, mental, emocional, sentimental e es-
piritual. Somos um ser holístico com
existência e manifestação múltipla, co-
mo podemos entender e quando só nos
concentramos no aspecto físico e mate-
rial, excluímos a riqueza e o potencial
da nossa anatomia ultrafísica. Isso cau-
sa depressão, desarmonia, sensação de
vazio, frustração e desequilíbrio. As pes-
soas podem ter a experiência do espiri-
tual, aprendendo a se conectar com
seu ser interior e, para isso, você
tem de saber se identificar com
o lado de fora e começar um
processo simples de conta-
to interno e de vida a
partir do eterno e
Espiritualidade
ERA DE LUZ
6 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
verdadeiro, da consciência, e não dos
sentidos físicos e de personalidade que
contêm a programação recebida.
Bem-Estar - Como ter essa cone-xão com o ser interno?
Irmgard - A conexão com o ser inter-
no surge se relaxarmos e prestarmos
atenção a ele, que é o átomo de vida
e consciência que acompanha cada
ser humano. Observando a respira-
ção, como inspiramos e expiramos,
vamos sentindo a presença espiri-
tual, energética e consciente. À me-
dida que permanecemos realizan-
do esta observação, vamos entran-
do em contato com o ser espiri-
tual.
Bem-Estar - O que é umarespiração consciente?
Irmgard - A respiração
consciente é sermos observado-
res da respiração. Inspirar e ex-
pirar sabendo que o fazemos. A
respiração inconsciente é a que
realizamos normalmente, que
não percebemos. Vivemos sem
saber que respirarmos e só
quando precisamos ou temos dificulda-
des respiratórias é que prestamos aten-
ção. Quando encarnamos no corpo que
temos como um ser individual, inspira-
mos pela primeira vez, e quando deixa-
mos o corpo, expiraremos pela última
vez. A respiração é o que permite que a
vida, a alma, a consciência, o
ser, ingressem
na matéria física, na terceira dimensão
de manifestação da existência. É o elo
que existe entre nosso corpo físico e os
corpos sutis que sempre existiram e exis-
tirão, mas o corpo físico deixa de exis-
tir. A respiração consciente é feita obser-
vando de forma contínua como inspira-
mos e expiramos, sem modificar nada.
Isso permite que a atenção esteja con-
centrada no coração e na raiz do nariz,
dois dos pontos sagrados de ancoragem
da vida e da consciência no corpo. Pode
praticar realizando 30 a 40 respirações
estando presente, observando, sem ir
com a mente em outro lugar.
Bem-Estar - Como elevar afrequência existencial para a cone-xão com o ser?
Irmgard - Realizando práticas que fo-
cam de forma fácil e natural com o que
é. Criando espaços sagrados em harmo-
nia e paz, na natureza, praticando a res-
piração consciente, a meditação, o diálo-
go com o ser espiritual, realizando dan-
ças sagradas, mantras ou músicas ale-
gres e positivas, lendo livros com ensi-
namentos de mestres espirituais e viven-
do o momento presente.
Bem-Estar - Como alcançar a aber-
tura do coração?Irmgard - O centro do coração ou
energia que abriga o átomo de vida, o
ser interior de cada um, é aberto
quando somos capazes de perdoar,
de aceitar, confiar, para usar a nossa
visão interior e criar um mundo me-
lhor. Visão interna é um laboratório
onde criamos novas realidades e é ge-
ralmente usado incorretamente. Ve-
mos internamente, com os olhos físi-
cos fechados, muitas imagens, positi-
vas e negativas, e esse é o laborató-
rio da criação, é um dos poderes que
a humanidade precisa aprender a uti-
lizar nesta nova era de luz. Somos
criadores quando vemos encarnado
aquilo que queremos que se manis-
feste, e sentimos gratidão e amor.
Também criamos tudo aquilo negati-
vo que podemos ver, e sentimos dor,
medo, raiva, diante dessa imagem
que estamos vendo com nossa visão
interna. �
Irmgard Radefeldt Fonck é escritora e presidenteinternacional da Fiadasec, Federação Internacional dasAsociações de Ajuda Social, Ecológica e Cultural.Dedica-se ao trabalho de investigação da personalidadecontando com mais de 200 conferências gravadas emáudio sobre técnicas para o autoconhecimento,melhorar a autoestima, superar traumas etemores do inconsciente, saber manejar oestresse, relaxamento, meditação e outrostrabalhos de ampliação daconsciência humana
Raio X
Div
ulg
açã
o
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 7
Especialistas dizem que é possível abolir o bife da mesa. Desde que seja substituído
por alimentos capazes de abastecer o corpo com os mesmos nutrientes
Jéssica [email protected]
Muitas pessoas não vivem
sem carne vermelha, principal-
mente aquelas que não dispen-
sam o churrasco do fim de se-
mana. O consumo de carne é
um assunto que faz especialis-
tas terem opiniões divergentes.
Para alguns, o excesso desse ti-
po de alimento pode ser preju-
dicial à saúde; outros afirmam
que a proteína vegetal não é tão
bem absorvida quanto a de ori-
gem animal, por isso é preciso
ingerir carne.
O especialista em nutrolo-
gia Eric Slywitch, autor de “Ali-
mentação sem carne – Guia prá-
tico” (editora Alaúde) e diretor
do Departamento de Medicina
e Nutrição da Sociedade Vege-
tariana Brasileira, diz que o
consumo excessivo de carne
vermelha é comprovadamente
nocivo à saúde. “A maioria das
pessoas ingere carne em quanti-
dades maiores do que preconi-
zado pelo Ministério da Saúde,
que recomenda o consumo má-
ximo de 100 gramas por dia,
quantidade maior que o dobro já
preconizado pela Organização
Mundial de Saúde. O consumo
de carnes, vermelhas e brancas,
se associam à maior incidência de
doenças cardiovasculares, diabe-
tes e câncer”, alerta.
Para a nutricionista funcio-
nal Sandra Reis, é possível ter
uma alimentação sem carne.
“O importante é monitorar es-
sa nova forma de alimentação:
não basta excluir a carne, é ne-
cessário que se substitua os ali-
mentos”, afirma. A substitui-
ção da carne por outros alimen-
tos deve ser feita com a supervi-
são de um nutricionista. “Este
profissional tem todos os recur-
sos para propor as mudanças le-
vando em conta até mesmo os
gostos, a disponibilidade e fun-
cionalidade da nova proposta.”
Cacilda de Bôrtole Ribeiro,
nutricionista e autora do livro
“Guia de Orientação Nutricio-
nal para Crianças, Adolescen-
tes e seus Pais” (THS Editora),
de Rio Preto, explica que a car-
ne é fonte de gorduras, proteí-
nas, ferro e vitaminas do com-
plexo B, entre outros nutrien-
tes. Mas a substituição desse ali-
mento pode ser feita com todos
os tipos de feijões, castanhas,
ovos, leite e derivados, algas
marinhas, amendoim e pasta
de grão-de-bico. “A dieta vege-
tariana, como muitas pessoas te-
mem, não é pobre em nutrien-
tes; pelo contrário, quando
bem equilibrada, traz muitos
benefícios para a saúde intesti-
nal, cardiovascular, entre ou-
tros”, diz.
A nutricionista alerta que
apenas inserir carne na alimen-
tação diária e deixar de ingerir
outros alimentos não é garantia
de uma alimentação adequada.
“Pessoas carnívoras podem
apresentar anemias, taxas alte-
radas de ferro no fígado, sofrer
com intestino preso, alterações
de colesterol, entre outros pro-
blemas de saúde.”
Para os que desejam apenas
excluir a carne vermelha do car-
dápio, a opção é substituir pe-
las carnes brancas, como aves e
peixes. Segundo Márcia Ta-
naka, nutricionista clínica do
Hospital Albert Einstein, em
São Paulo, as carnes brancas
apresentam basicamente os
mesmos nutrientes da carne
vermelha, como proteí-
nas de alto valor bioló-
gico, ferro, zinco,
com a vantagem de
apresentarem menores quan-
tidades de gordura saturada e
colesterol.
A digestão da carne branca
também pode ser melhor para al-
gumas pessoas. “Os peixes, especi-
ficamente, são fontes de ácidos
graxos insaturados, principal-
mente ômega 3, que apresentam
importantes benefícios à saúde”,
explica a especialista.
Segundo Sandra, todos os ali-
mentos de origem vegetal são im-
portantes para quem deseja se-
guir uma dieta sem carne.
Mas alerta: “Outro ponto a
ressaltar é que dentro desta no-
va proposta alimentar tem que
se observar o fornecimento de
vitamina B12. A deficiência
desta vitamina pode levar anos
para ser percebida, já que as do-
ses mínimas exigidas são bem
pequenas, entretanto, assim
que se acabam as reservas do or-
ganismo e os sintomas apare-
cem, os problemas poderão apa-
recer de forma rápida e inten-
sa”, diz.
A especialista ainda explica
que o excesso de álcool dificul-
ta a absorção deste nutriente. E
mesmo que haja grandes quan-
tidades de vitamina B12 no san-
gue, pessoas alcoólatras podem
apresentar deficiência nas reser-
vas em seus tecidos.
Cacilta também alerta so-
bre a importância do equilíbrio
alimentar, não de apenas um
alimento específico. “Todas as
pessoas, vegetarianas ou não,
precisam ingerir alimentos de
todos os grupos, diariamente,
ou seja, precisamos comer car-
boidratos, gorduras saudáveis,
proteínas, frutas, verduras e le-
gumes. Nosso organismo traba-
lha em sinergismo, onde os nu-
trientes que ingerimos traba-
lham em conjunto para manter
nossas funções básicas em or-
dem e, dessa forma, favorecer a
saúde como um todo”, reco-
menda.
Nutrição
A vida sem carne
8 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
A nutricionista Márcia Ta-
naka destaca que a carne verme-
lha é um alimento rico em nu-
trientes, fonte de ferro, importan-
te para a prevenção de anemia,
principalmente nos grupos de ris-
co como crianças, gestantes e ido-
sos em geral. Além disso, a carne
é fonte de proteínas, essencial pa-
ra o crescimento de músculos, ór-
gãos e todos os tecidos. E tam-
bém fornece zinco, mineral com
grande importância para o bom
funcionamento do metabolismo
de proteínas, carboidratos, li-
pídios e ácidos nucleicos.
“Há pesquisas que relacio-
nam a alta ingestão de consumo
de carne vermelha e de carnes
processadas à incidência de al-
guns tipos de câncer, porém isso
não pode ser considerado fator de
risco isolado, pois o câncer é de-
corrente de múltiplos fatores. O
American Institute for Cancer Re-
search (AICR) recomenda um li-
mite no consumo de carne verme-
lha que não deve ultrapassar 300
gramas por semana”, acrescenta a
nutricionista.
Para Ana Paula Noronha Bar-
rére, também nutricionista clíni-
ca do Hospital Albert Einstein,
em São Paulo, os malefícios desse
alimentos estão mais relaciona-
dos ao consumo excessivo ou es-
colha de cortes muito gordos, que
contêm grande quantidade de
gordura saturada. “A carne ver-
melha contém inúmeros nutrien-
tes que, consumidos na medida
certa, são importantes para o
bom funcionamento do organis-
mo”, afirma.
Sandra Reis explica que tan-
to a alimentação com carnes ou
sem carnes podem ser boa ou
ruim. “O que classificamos co-
mo alimentação saudável é a ali-
mentação que fornece ao longo
do dia todos os nutrientes ne-
cessários para manutenção, re-
paração e o bom funcionamen-
to do organismo.” (JR)
Risco é o consumo excessivo
Redução das mortes pordoença cardiovascular em31% em homens vegetarianose 20% em mulheresvegetarianas (reunião de 5estudos prospectivostotalizando 76 mil indivíduos)
Níveis sanguíneos decolesterol 14% mais baixosem ovo-lacto-vegetarianos doque nos onívoros
Níveis sanguíneos decolesterol 35% mais baixosem veganos do que nosonívoros
Menor pressão arterial(redução de 5 a 10 mmHg)nos vegetarianos
Redução de até 50% dorisco de apresentardiverticulite nos vegetarianos
Onívoros têm o dobro dorisco de apresentar diabetesquando comparados comvegetarianos (estudo com34.198 indivíduosadventistas)
Há estudos recentesdemonstrando que osdiabéticos, quando adotamuma dieta vegana com baixoteor de gordura (comparadoscom os que adotam uma dietapreconizada pela Associaçãode Diabetes Americana), têmo dobro de benefícios comrelação à perda de peso, uso
de medicamentos, redução do“colesterol ruim” e da perdade proteína pelos rins(microalbuminúria)
Probabilidade duas vezesmenor de apresentar pedrasna vesícula nas mulheresvegetarianas (estudo com 800mulheres entre 40 e 69 anos)
Os onívoros têm um risco54% maior de ter câncer depróstata (estudo com 34.198indivíduos adventistas)
Os onívoros têm um risco88% maior de ter câncer deintestino grosso (cólon e reto).A carne vermelha ou brancaestá vinculada (de formaindependente) com o riscoaumentado de câncer deintestino grosso (estudo com34.198 indivíduosadventistas)
Redução da incidência deobesidade em vegetarianos. Oestudo EPIC-Oxford avaliou33.883 onívoros e 31.546vegetarianos e constatou quea obesidade estava presenteem 7,1% dos homens e 9,3%das mulheres onívoras, contra1,6% dos homens e 2,5% dasmulheres veganas,respectivamente �
Fonte: Eric Slywitch, especialista emnutrologia, diretor do Departamentode Medicina e Nutrição daSociedade Vegetariana Brasileira
Benefícios daalimentação sem carne
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 9
Idososmostram-semaisconscientesda importância da qualidade
devida, fazemplanosebuscam a integraçãoem grupos
Elen [email protected]
“Saber envelhecer é uma ar-
te, isso eu sei, modéstia à par-
te”, canta um samba de Adoni-
ran Barbosa. E o brasileiro tem
seguido à risca tal verso, mos-
trando que os 70 anos de déca-
das atrás já não são os mesmos
de hoje.
Com o avanço da medicina,
a melhor infraestrutura das ci-
dades e conscientização sobre
vida saudável, a expectativa da
vida do brasileiro hoje chega a
73 anos, segundo o último cen-
so do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa apontou que 21 mi-
lhões de brasileiros têm idade
igual ou superior a 60 anos, e es-
tudos afirmam que até 2025 se-
rão 32 milhões. Há 10 anos, a
classe da terceira idade não che-
gava a 15 milhões.
O principal segredo está na
busca de envelhecer bem, ocu-
pando a mente e o corpo. Um
grande exemplo de manter-se
ativo é o arquiteto brasileiro
Oscar Niemeyer, que tem 104
anos, mas nunca parou de pro-
duzir seus desenhos e projetos
ousados e admirados no mun-
do todo.
O sentimento de querer um
avanço de idade agradável está
centrado em realizar atividades
que proporcionam bem-estar,
saúde física e mental. Para isso,
é preciso ter projetos de vida, o
que não significa querer dar a
volta ao mundo ou estipular ob-
jetivos que demandem muito
trabalho.
Pode ser a integração em
um grupo de dança, ginástica
ou caminhada. Viajar mais, ir a
um bom restaurante, ver filmes
e peças de teatro agradáveis, es-
tar mais presente na vida dos fi-
lhos, netos e amigos, dedicar-
se à leitura, voltar a estudar,
continuar trabalhando ou até
investir em um novo negócio.
Todos os planos e sonhos
ajudam a motivar os idosos a
ter mais vontade de viver, pois
querem desfrutar de tudo que
está ao alcance deles e das facili-
dades que há décadas não exis-
tiam. “Hoje, eles querem ver os
bisnetos, fazem planos a longo
prazo, investem em turismo,
querem comer bem, conhecer o
Brasil e outros países. Se aven-
turar, sem ficar com medo de
passar mal”, conta o angiologis-
ta especialista em medicina pre-
ventiva Hélio Bergantini, de Rio
Preto.
Essa mudança de pensamen-
to sobre a aceitação da terceira
idade está sobrepondo a ideia an-
terior – mas que ainda resiste –
de que ficar velho é sinônimo de
ficar doente e perder a indepen-
dência. “Envelhecer é estar mais
frágil, mas é bem diferente que fi-
car doente”, afirma o geriatra e
gerontólogo Paulo Renato Cani-
neu, vice-presidente da Socieda-
de Brasileira de Geriatria e Ge-
rontologia (SBGG).
O envolvimento com a prá-
tica de exercícios físicos é uma
das opções da professora apo-
sentada Lenita Luzin Câmara,
67 anos, para o corpo e a men-
te. Ela percorre quatro quilôme-
tros, faz alongamentos pela ma-
nhã todos os dias da semana ou-
vindo música e ainda encontra
e faz novos amigos. “Quando
mais jovem, fazia academia, e
agora faço as caminhadas. Nem
sinto a distância, pois é relaxan-
te”, diz.
A recomendação para a ati-
vidade veio do médico para aju-
dar no tratamento de dores na
coluna e tendinite. “Quase nun-
ca tomo remédio. Enquanto (as
atividades) estiverem fazendo
efeito, vou continuar.”
Encorajamento
Um artigo publicado na Re-
vista da Escola de Enfermagem
da Universidade de São Paulo
(USP), em 2010, apontou que
nos grupos de voluntários já
havia tanto sentimento de
preconceito com o avanço da
idade, mas também sensação
de bem-estar. Memória fra-
ca, necessidade de tomar re-
médio, sentir dor, ser despre-
zado e solitário eram algu-
mas das reclamações.
A rejeição à velhice tem
como significado o fim da vi-
da, de inutilidade e de doen-
ças, de perda da independên-
cia. Cresce o medo de não
ser mais aceito em uma socie-
dade que supervaloriza a ju-
ventude, a beleza e a produ-
ção. Por outro lado, parte
dos idosos participantes do
levantamento afirmou que se
sentiam ativos, responsáveis
por si mesmos, felizes, com for-
ça física, disposição e gostavam
de buscar atividades de lazer e
que proporcionassem diversão.
A informação de que é possí-
vel envelhecer com qualidade
de vida, segundo Canineu, está
entre a principal responsável
por essa realidade que só cres-
ce. A atenção acaba sendo fator
primordial para querer e saber
envelhecer melhor.
“Ainda não se fala muito
em sentido da vida. Mesmo que
seja demorado, depois que as pes-
soas ficam mais velhas, tomam
consciência de que viver mais é
uma oportunidade de se encon-
trar mais. O que fazemos hoje vai
repercutir após outros anos. Ser
velho é um privilégio”, destaca o
geriatra e gerontólogo.
Terceira Idade
ENVELHEÇA BEM
Professora aposentada, Lenita Câmara, 67, anda quatro quilômetros e faz alongamentos todos os dias
Edvaldo Santos 29/10/2012
10 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Aos 20 anos: faça mais atividadesaeróbicas
Aos 30 anos: valorize o alongamento parater mais flexibilidade e ritmo metabólico
Aos 40 anos: pratique musculação. Asmulheres, principalmente, reforçam os ossos e
ganham equilíbrio para entrar na menopausa
A partir dos 50 anos: hidroginástica edanças com alongamentos dão força edisposição
Fonte: Hélio Bergantini Filho, angiologista e médico demedicina preventiva; Paulo Renato Canineu, geriatra egerontólogo
Para ter boa saúde
Dicas para aproveitar a vida
Exercite-se
Muitas pessoas, quando en-
tram na terceira idade, come-
çam a ter um turbilhão de quei-
xas. São dores, fraquezas, cansa-
ços, pele mais flácida e cabelos
e unhas quebradiços. Grande
parte dessas reclamações pode-
ria nem existir se fosse preveni-
da com doses suaves e a longo
prazo de investimento de uma
vida saudável.
Em uma constatação diária
feita em consultório pelo angio-
logista e médico de medicina
preventiva Hélio Bergantini Fi-
lho, a cada 10 pacientes, pelo
menos oito estão com os níveis
de vitamina D do organismo
muito baixos. E a vitamina po-
de ser encontrada em grande
abrangência pelos raios solares.
O médico explica que to-
mando sol pelo menos de 15 a
20 minutos por dia o corpo con-
segue estabelecer a quantidade
suficiente de vitamina D. “Se
há deficiência de vitamina D, o
corpo também não consegue
sintetizar o cálcio, que acaba
provocando osteoporose, entre
outras doenças, o que acaba ge-
rando a reposição hormonal”,
diz Bergantini Filho.
Embora haja o medo dos
raios solares prejudicarem a pe-
le, vale lembrar que até às 9h e
depois das 16h tomar um pou-
co de sol é saudável. Com a alte-
ração para o horário de verão,
as horas mudam para até às 10h
e apenas depois das 17h.
“O ideal, tanto para a tercei-
ra idade como para qualquer
faixa etária, é reduzir o consu-
mo de alimentos com radicais
livres, como conservantes e re-
frigerantes. O interessante é
priorizar alimentos orgânicos,
buscar ter pratos bem colori-
dos, com baixa ingestão
calórica, com legumes, verduras,
fibras e frutas, além do consumo
de ômega 3, que ajuda muito no
reforço da imunidade”, ensina o
profissional. � (EV)
Uma coisa que todos os
profissionais de saúde defen-
dem é a prevenção, sendo o
melhor caminho para ter
uma saúde de ferro. Afinal,
para que tratar uma doença
ou qualquer outro problema
com remédios e restrições re-
pentinas quando é possível
manter uma boa saúde com
soluções bem mais tranqui-
las e baratas?
Cinco fatores são impor-
tantes para garantir uma boa
saúde, informa o angiologis-
ta e médico de medicina pre-
ventiva Hélio Bergantini Fi-
lho. São eles: 1) dieta e nutri-
ção; 2) manejo do estresse;
3) atividade física; 4) suple-
mentos alimentares, e 5) re-
posição hormonal. “Se a pes-
soa conseguir levar a vida
com um ponto de equilíbrio
entre esses fatores, consegui-
rá ir na direção do envelheci-
mento com qualidade de vi-
da”, diz.
O geriatra e gerontólogo
Paulo Renato Canineu conta
que há essa atenção para o
envelhecimento saudável
quando surge a tomada de
providências o quanto antes.
No Brasil e em países em de-
senvolvimento, no entanto,
a ideia de prevenção ainda
não é tão segmentada como
em nações consideradas de
primeiro mundo.
“Mas vivemos em situa-
ções diferentes, principal-
mente na região sudeste.
Há mais acesso às mídias,
troca de informações entre
as pessoas e busca por provi-
dências de mudanças na ali-
mentação, atividades, en-
volvimento social e cultu-
ral. Os 70 anos de 20 anos
atrás e os 70 de hoje são os
mesmos, mas a forma de en-
carar e viver é diferente”,
destaca Canineu. (EV)
Mantenha a interação social, seja com afamília, vizinhos ou amigos. Ela evita o risco dedepressão e demência e oferecemais felicidade
Coloque em prática uma atividade regular
Respire profundamente
Cuide da alimentação. Consuma mais
peixe, carne branca, legumes, verduras, frutas e
laticínios
Procure comer em pequenas porções
durante mais vezes ao dia
Esteja em paz com a consciência
Tenha fé e procure renová-la sempre
www.sxc.hu/Divulgação
O sol e a vitamina D
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 11
Em “Manuscrito encontrado em Accra”, Paulo Coelho reflete sobre superação e força
de vontade: “Não desista. Geralmente é a última chave do chaveiro que abre a porta”
Elen [email protected]
Ensinamentos preciosos que in-
dependem dos séculos foram encon-
trados em um antigo pergaminho,
datado de 1307, perto de Nag Ham-
madi, no Alto Egito. Estudos mais
aprofundados descobriram então
sua origem: a cidade de Accra, em
Gana, na África.
O documento, escrito em escrito
em árabe, hebreu e latim, serviu de
inspiração para o escritor Paulo Coe-
lho, que lançou recentemente “Manus-
crito encontrado em Accra” (editora
Sextante), publicação do que seria a
transcrição do pergaminho. O texto
começa com uma discussão do povo
de Jerusalém, que decidiu ficar na
cidade e lutar contra tropas france-
sas que ameaçavam tomar e “liber-
tar” o local.
A tal libertação seria em nome de
Deus, pois a cidade era povoada
por muçulmanos, judeus e cristãos
que viviam em perfeita harmonia
até o momento. Entre essa tensão e
o medo de morrer, alguém surge co-
mo líder, o grego Copta, que não se-
gue nenhuma das religiões, mas
acredita em um deus desconheci-
do, a “Energia Divina”. Um grupo
de homens e mulheres escuta com
atenção o que Copta tem a dizer.
Os assuntos discutidos são atuais:
dificuldades da vida e do cotidiano
das pessoas. A derrota é um deles. Em-
bora ninguém goste de perder, é preci-
so compreender que ela é parte do ci-
clo da vida e não deve ser vista com
tristeza, mas apenas uma etapa neces-
sária. Se não conquistou o que queria
agora, é porque na próxima tentativa
estará ao alcance e outros frutos mais
nobres serão colhidos.
Depois desses momentos de triste-
za “descobrimos a força desconhecida
que existe em cada um de nós, a força
que nos surpreende e aumenta o res-
peito por nós mesmos. Olhamos ao re-
dor e dizemos a nós mesmos. ‘Eu so-
brevivi’. E nos alegramos com nossas
palavras”, diz um trecho do livro.
Haverá satisfação em conseguir ul-
trapassar as barreiras das dificulda-
des e transmitir a outras pessoas
tais ensinamentos, que constituem:
paciência, sabedoria e orgulho das
próprias cicatrizes. Já o verdadeiro
derrotado consegue evitar as cicatri-
zes, a humilhação e o sentimento de
desamparo. Tudo isso porque nun-
ca lutou e jamais ganhará uma bata-
lha da vida.
O medo de mudar é outra cons-
tante na vida das pessoas. Todos
têm receio de alterar a rota a que es-
tão habituados pelo medo do desco-
nhecido e, por isso, vivem apenas no
sonho, pois este não impõe riscos.
Até que um primeiro passo, mesmo
com medo, é dado, e tudo se transforma
– com ou sem dificuldades –, tudo pelo
desejo incontrolável da aventura. “A ca-
da curva do caminho sentem-se mais
amedrontados. Entretanto, surpreen-
dem-se com eles mesmos: estão mais for-
tes e mais alegres. (…) Se estamos ale-
gres, estamos no caminho certo”.
Todos vemos o amor como uma
dádiva, e ele realmente é. Mesmo
quando traz dor e sofrimento, é me-
lhor ter amado do que nunca ter co-
nhecido esse sentimento. É possí-
vel manter o coração aberto, pois
o amor liberta, cura, purifica, ape-
sar das contradições e dos confli-
tos. São eles que fazem o amor
amadurecer, fortalecer e ser pas-
sado adiante.
Os valores que temos em vida
são dispostos e desenvolvidos por
nós mesmos, embora em momen-
tos de fraqueza, tristeza ou desespe-
rança. Tudo isso fortalece. Após ca-
da tempestade, é sempre bom olhar
para trás e ver tudo o que já pas-
sou, mas hoje é diferente.
“O manuscrito encontrado em Ac-
cra” demonstra exatamente como as
perdas sofridas, as crises de existência
e os amores vividos (e perdidos) po-
dem conduzir a um verdadeiro conhe-
cido sobre si mesmo e instigar pela
busca da sabedoria. Um outro trecho
destaca bem isso, que pode ser coloca-
do em vários setores da vida: “Não de-
sista. Geralmente é a última chave do
chaveiro que abre a porta”, ensina.
Livro
Lições em pergaminho
Tenha paciência para esperar omomento certo de agir
Busque sabedoria para não deixar apróxima oportunidade escapar
Orgulhe-se de suas cicatrizes, poiselas são medalhas da experiência da vida
Veja a dificuldade como uma antigaferramenta para nos ajudar a definirquem somos
O amor pode transformar e curar
A lealdade é uma escolha que só osespíritos fortes têm coragem de fazer
O maior dom que Deus deu foi opoder de nossas decisões
Só entende a própria dignidadeaquele que foi capaz de honrar cada umde seus passos
O mundo não se divide entreinimigos e amigos, mas entre fracose fortes �
Fonte: Livro “Manuscrito encontrado emAcrra” (editora Sextante), de Paulo Coelho
Alguns ensinamentos
Repro
duçã
o12 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Problemas mais comuns provocados pela glândula são aumento da frequência
cardíaca, redução da resistência cardiovascular, arritmia e hipertensão arterial
Oswaldo Tadeu GrecoCardiologista
Comumente atrelada a variações no
ganho de peso, pesquisas recentes com-
provam a íntima relação entre a tireoi-
de e problemas cardíacos. Distúrbios
nesta glândula em formato de borbole-
ta podem gerar problemas em todo o or-
ganismo e evoluir até para a depressão.
Descoberta pelo anatomista Andreas
Vesalius (1514-1564), que fez a primeira
descrição científica da tireoide ainda no
século 16, a glândula jamais saiu dos ho-
lofotes da medicina. Nos últimos anos,
porém, os distúrbios tireoidianos têm si-
do cada vez mais estudados e os proble-
mas acarretados por eles podem atingir
todo o organismo.
Na base de todos os problemas, além da
predisposição genética, o consumo exagera-
do ou extremamente reduzido de iodo, en-
contrado no sal de cozinha, é a alavanca que
destrava o descompasso da tireoide. Um dos
problemas mais comuns é a produção em ex-
cesso de seus hormônios ou, no oposto, sua
paralisação. Em ambos os casos, o organis-
mo tende a interpretar a tireoide como uma
ameaça e passa a recusar sua presença – é a
chamada doença autoimune.
Mas quais as relações entre a tireoide e
o coração? Os hormônios tireoideanos
exercem efeitos diretos sobre o funciona-
mento do coração, como uma espécie de
combustível adicional responsável pelo rit-
mo dos batimentos, potência de contração
muscular e bombeamento sanguíneo. Alte-
rando a quantidade destes combustíveis, o
funcionamento cardíaco também fica preju-
dicado, o que pode alterar o resultado final
dos batimentos e todo seu funcionamento.
Em geral, os problemas mais comuns ao
coração provocados pela glândula
são o aum e n t o d a
frequência cardíaca
e redução da resis-
tência cardio-
v a s c u l a r ,
além de problemas como arritmia e hi-
pertensão arterial.
Nas pessoas idosas, a primeira manifesta-
ção do hipertireoidismo é a fibrilação atrial,
uma espécie de descompasso cardíaco mani-
festado por cansaço extremo, suores e mau-
estar. No geral, além dos sintomas cardiovas-
culares, doenças na tireoide se manifestam
com nervosismo, insônia, transpiração exces-
siva, intolerância ao calor, fadiga fácil, fra-
queza muscular, perda de peso, aumento do
apetite, hiperdefecação (geralmente sem
diarreia), sintomas oculares.
Qualquer que seja sua origem, o hiperti-
reoidismo deve ser controlado, seja de
maneira medicamentosa ou cirúrgica.
Controle de alimentação sempre será
um expediente indicado e, nestes
casos, com atenção redobra-
da ao consumo de indus-
trializados, pré-prontos e
temperos industriais. �
Tireoide e coração:uma relação perigosa
Edvaldo Santos
Divu
lgaçã
o
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 13
Guilhermina Guinle se destaca com personagem desequilibrada e fútil em “Guerra dos Sexos”
TV Press
O gestual delicado e o jeito
sofisticado logo denunciam
que Guilhermina Guinle tem
boa linhagem. Neta de Octávio
Guinle, fundador do tradicio-
nal Hotel Copacabana Palace,
no Rio, e membro de uma das
famílias mais badaladas do
país, a atriz se orgulha de se sus-
tentar de seu trabalho e não vi-
ver como dondoca. Ou seja, é
completamente diferente de
Manuela, personagem que no
“remake” “Guerra dos Sexos”,
da Globo. Fútil, sem profissão,
perua e esquizofrênica com um
ciúme doentio do marido, a per-
sonagem escrita há 30 anos, pa-
ra a primeira versão da história
de Silvio de Abreu, parece inve-
rossímil para os dias atuais.
Mas recebeu algumas adapta-
ções. Em vez de ser uma alcoó-
latra, o que seria inviável no ho-
rário das sete pela classificação
indicativa, a personagem mistu-
ra pílulas para dormir, remé-
dios para emagrecer e antide-
pressivos com muitas tragadas
de cigarro a cada cena. “Ela
não faz nada da vida. A frase de-
la é ‘cabeça vazia, oficina do
Diabo’. Achei que faria uma
Heleninha Roitman e achei o
máximo quando soube que ela
seria uma bêbada. Mas corta-
ram a história do álcool”, diver-
te-se Guilhermina, citando a
personagem de Renata Sorrah
em “Vale Tudo”.
Para compor a personagem
desequilibrada e insegura, Sil-
vio de Abreu conduziu Guilher-
mina sugerindo uma longa lis-
ta de filmes dos anos 50 e 60, co-
mo “I Will Cry Tomorrow”, de
Daniel Mann. Além de inspira-
ção em algumas atrizes, como
Susan Hayward, protagonista
de “I Want To Live”. Ou seja,
produções densas que trariam
a dramaticidade necessária à
personagem. “Foram filmes di-
fíceis de encontrar no Brasil,
mas achei legal fazer uma coisa
diferente, menos naturalista”,
observa.
Além dos longas, a paulista-
na de 38 anos também ganhou
de presente os 200 capítulos da
primeira versão de “Guerra dos
Sexos”, a que assegura ter assis-
tido com assiduidade. “Na no-
vela, todo mundo fumava o
tempo inteiro! De uns 15 anos
para cá, quase não lembro de
personagens fumando!”, desta-
ca a atriz, que já se prepara pelo
“bombardeio politicamente
correto” que em breve deve co-
meçar a atingir sua persona-
gem. “Sou filha de fumantes,
mas odeio cigarro. Nem ál-
cool eu bebo. Mas, para a per-
sonagem, é importante mes-
mo que ela fume para mos-
trar o marido sentindo nojo
dela, dizendo que o cheiro é
horroroso”, defende.
Em seu terceiro “remake”
consecutivo - atuou em “Ti-Ti-
Ti” e “O Astro” anteriormente
-, Guilhermina faz um balanço
de sua carreira de 16 anos na te-
vê, que começou no SBT com a
novela “Antônio Alves - O Ta-
xista”, onde conheceu seu pri-
meiro marido e protagonista
da produção, Fábio Jr. Em se-
guida, se frustrou ao ir para a
extinta Manchete atuar em
“Brida”. A trama, dirigida por
Walter Avancini, terminou no
meio com a falência da emisso-
ra. “As camareiras, que ganha-
vam R$ 300 por mês na época,
estavam há três meses sem rece-
ber. Pensava como aquelas pes-
soas conseguiam chegar no tra-
balho! Lembro do Avancini
reunindo todo mundo nos gal-
pões e falando para a gente con-
tinuar. Tentei tirar proveito de
tudo”, lembra.
A experiência rendeu fru-
tos. Cinco anos depois, Guilher-
mina estreou na Globo, em
“Mulheres Apaixonadas”, co-
mo secretária da personagem
de Christiane Torloni. Daí não
parou mais. “O difícil não é fa-
zer sucesso, mas se manter na
ativa nesta profissão, trabalhan-
do em todos os meios e experi-
mentando personagens diver-
sas”, valoriza.
Contornos comedidos
A estética sempre foi uma
preocupação recorrente de Gui-
lhermina Guinle. Habituada a
mudar de visual como quem
troca de roupa, a atriz estreou
na tevê com longos cabelos cas-
tanhos, mas foi tosando as ma-
deixas até chegar a raspar as la-
terais, em “Ti-Ti-Ti”. Foi
quando viveu a descolada dona
de agência de modelos Luiza.
Para a atriz, que já foi morena,
loura e teve cortes diversos na
tevê, o visual de cada persona-
gem é definido por ela mesma
junto com a equipe de figurino
e caracterização das produções.
“Eu invento cores e cortes. No
começo da minha carreira, o
(Miguel) Falabella me falou:
‘corta esse cabelo! Tá parecen-
do uma Maria Madalena!’. Cor-
tei e isso mudou minha vida”,
lembra, aos risos.
Já o corpo esguio se man-
tém com sessões de pilates, RPG,
ioga e caminhadas. Avessa a ma-
lhar em academias, Guilhermina
também não se descuida de uma
alimentação pouco calórica, com
muita ingestão de saladas e car-
nes magras e grelhadas. “Me cui-
do por causa da saúde. Amo tudo
que é de dieta. Por isso, não so-
fro”, jura. �
Perfil
Sem medo do batente
A personagempreferida de GuilherminaGuinle na tevê foi MaggieSampaio, da minissérie“JK”, na Globo. “Foi umaprodução menos industrial.As cenas são feitas commuito mais calma em umtrabalho assim”, compara
A atriz, que duranteparte da infância criançaestudou em colégioamericano, em São Paulo,fez faculdade de Teatro naEmerson College, emBoston, nos EstadosUnidos. Lá estudou música,cinema, dança, literaturaamericana e psicologia
Guilhermina Guinletem o mesmo nome de suabisavó paterna, que foihomenageada com nomede rua em Botafogo, naZona Sul do Rio de Janeiro
Guilhermina moroudos cinco aos sete anosde idade em Buenos Aires,na Argentina, ondese alfabetizou
Guilhermina é aúnica mulher na famíliade quatro irmãos
Apesar da origem abastada, Guilhermina Guinle é diferente de sua personagem fúti de “Guerra dos Sexos”
Instantâneas
Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação
TV - 14 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Quase zeradoThiago Fragoso, o Edgar de “Lado a Lado”, está qua-
se recuperado do acidente sofrido em janeiro, na apresen-
tação do espetáculo “Xanadu”, no Rio de Janeiro – ele
caiu de mais de cinco metros de altura quando encenava
um voo no musical. Para gravar suas cenas na novela das
seis da Globo, o ator garante não ter cuidados especiais.
“Claro que não posso fazer cenas de incêndio de um pré-
dio, me jogando para fora da janela, como já fiz em outras
novelas. Mas chego lá. Sempre que dá, faço fisioterapia”,
destaca, entre risos.
Destino nacionalDepois de ambientar suas novelas em locais co-
mo Florianópolis e Araguaia, como em “Como Uma
Onda” e “Araguaia”, respectivamente, Walther Ne-
grão escolheu o Rio Grande do Norte como locação
para seu próximo folhetim. “O Caribe É Aqui” é o
título provisório da produção, que contará a história
de dois amigos de infância, vividos por Henri Cas-
telli e Bruno Gissoni, que disputam o amor da mes-
ma mulher, interpretada por Grazi Massafera. A tra-
ma tem previsão de estreia logo no primeiro trimes-
tre de 2013 e tem direção de Jayme Monjardim.
Frente boa“Sangue Bom”, título provisório da substituta de
“Guerra dos Sexos”, está bem adiantada. A história de
Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari está com 18 ca-
pítulos prontos. As gravações começam em janeiro de
2013 e a novela estreia em maio de 2013.
Sem tiroteioMarcílio Moraes está escrevendo a sinopse da sua
próxima novela na Record. Distante dos folhetins
desde “Ribeirão do Tempo”, o autor teve o argumen-
to da produção aprovado, porém ainda sem previsão
de estreia. Assim como sua última novela, a nova tra-
ma não será policial. Antes da novela de Marcílio, a
emissora ainda exibe a primeira produção de Carlos
Lombardi, que substituirá “Balacobaco”.
ObsessãoDistante da tevê desde o fim do “Muito+”, da
Band, Adriane Galisteu já tem outro projeto em vis-
ta, além do “Quem Quer Casar Com Meu Filho?”,
novo “date show” da emissora. A loura comandará
um programa de documentários do Discovery Chan-
nel. A produção abordará casos passionais que resul-
taram em crimes. As gravações acontecem durante
este mês de novembro.
Caso delicadoA Record está em fase de definição do elenco de
“A Tragédia da Rua das Flores”, seu próximo telefilme
de fim de ano, previsto para ir ao ar no dia 21 de dezem-
bro. O romance de Eça de Queiroz será adaptado por
Marcelo Muller. A trama narra a história de Genoveva,
que abandona o filho ainda pequeno para viver como
cortesã. Vários anos depois de conhecer muitos ho-
mens, ela se apaixona por um jovem rapaz, estudante de
Direito, de 23 anos, sem saber que ele é o seu filho. A di-
reção será assinada por Del Rangel.
Outro nívelNelson Freitas está empolgado com sua
participação em “Como Aproveitar O Fim do Mun-
do”, da Globo, onde interpreta o divertido Raposo.
Há mais de 11 anos no “Zorra Total”, o ator garante
que estava esperando uma oportunidade como essa,
com um humor mais elaborado, há tempos. “Sem-
pre almejei buscar uma sofisticação maior. Tenho
25 anos de carreira e já fiz muita coisa. Fui para o
‘Zorra Total’, fui bem recebido e ali eu me criei por-
que tem um humor que agrada muito ao povo. En-
trei para essa turma porque gosto muito do que fa-
ço”, derrete-se, referindo-se aos colegas de cena Dan-
ton Mello e Alinne Moraes.
Tevê e músicaFábio Lago, o Naldo de “Cheias de Charme”, es-
tá em Salvador. Ele vai gravar “O Canto da Sereia”,
próxima minissérie da Globo, que estreia em janeiro
de 2013. Mas, sempre que tiver folga na capital baia-
na, o ator aproveitará para se apresentar com sua
banda, Peba, na qual toca percussão e violão.
Ao trabalhoMiguel Falabella já começou a gravar “De Pé Na
Cova”, novo “sitcom” da Globo, que estreia em ja-
neiro. Na produção, ele interpreta Russo, dono de
uma funerária localizada no bairro de Irajá, na Zo-
na Norte do Rio. Ele é casado com Abigail, vivida
por Lorena Comparato, 31 anos mais jovem que
ele. Além deles, terá a ex de Russo, Darlene, inter-
pretada por Marília Pêra; a filha deles, Odete Roit-
man, de Luma Costa, e a companheira dela, Cristia-
ne, mais conhecida como Tamanco, vivida por
Mart’nália, entre outros.
Novas perspectivasPela primeira vez, Denise Saraceni irá dirigir um
filme. A empreitada será em “Pixinguinha”, que é
roterizado pelo dramaturgo José Carvalho. O longa
será protagonizado pelo estreante David Jr. e terá
Lázaro Ramos como o pai do personagem-título. As
gravações devem começar no primeiro trimestre de
2013. A produção ainda ganhará uma versão em mi-
nissérie na Globo.
Sem fériasOs atores Jean Paulo Campos e Larissa Manoel, o
Cirilo e a Maria Joaquina de “Carrossel”, estão cota-
dos para a nova versão de “Chiquititas”, do SBT. As
gravações serão iniciadas em janeiro de 2013, assim
que terminarem as de “Carrossel”. A estreia do novo
folhetim está prevista para junho, no lugar de “Car-
rossel”, que deve terminar em maio.
TrincaDepois de “Avenida Brasil”, Adriana Esteves,
Murilo Benício e a diretora Amora Mautner volta-
rão a trabalhar juntos. Eles repetirão a parceria na
primeira novela das nove das autoras Duca Rachid e
Thelma Guedes, cuja pré-sinopse já foi entregue.
Atualmente, as autoras escrevem “O Pequeno Bu-
da”, título provisório da substituta de “O Caribe É
Aqui”, próxima novela das seis da Globo.
Ainda faltaO canal FX agendou para janeiro de 2013, a es-
treia da sétima temporada da série “Dexter”. Além
disso, a terceira temporada da série “Spartacus” só
será exibida em junho do ano que vem.
Volta ao batenteKatiuscia Canoro, ainda de licença-maternidade,
está em contagem regressiva para voltar a gravar co-
mo a Lady Kate do “Zorra Total”, da Globo. A ex-
pectativa é de que o retorno dela aconteça em abril
de 2013, quando a atriz ganhará um novo quadro no
humorístico: “Kate’s Kabaret”, um espaço que fun-
cionará em uma das estações do metrô, terá dançari-
nas e shows liderados pela personagem. �
ZappingTV Press
Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 15 - TV
No ar como o vilão Fernando de “Lado a Lado”, Caio Blat prepara-se para dirigir seu primeiro filme
TV Press
Crescer na televisão fez
bem a Caio Blat. Na frente das
câmaras desde os 11 anos de
idade - quando participou da sé-
rie infantil “Mundo da Lua”,
da Cultura -, o ator acredita
que começar cedo o deixou
mais disciplinado e distante de
qualquer sinal de estrelismo.
“Eu me divertia trabalhando!
Passei por muitos testes, al-
guns momentos de altos e bai-
xos, isso foi importante para eu
ganhar uma certa ‘bagagem’
dentro da minha profissão”,
analisa o intérprete do invejoso
Fernando de “Lado a Lado”,
da Globo.
Aos 32 anos, o paulistano
Caio é um dos principais atores
de sua geração. Com uma car-
reira extensa na tevê e no cine-
ma, ele agora se prepara para fil-
mar seu primeiro longa como
diretor. “Acho que estou pron-
to. Depois de aprender com tan-
ta gente, chega um momento
onde você quer fazer algo com
a sua cara”, explica. No entan-
to, só começa a produção do fil-
me quando as gravações da
atual novela das seis chegarem
ao fim. “Estou adorando esse
trabalho. É o resgate de um Bra-
sil de contradições e que diz
muito sobre o país que somos
hoje”, avalia.
Pergunta – Você estava en-volvido com a produção deum filme quando foi chamadopara integrar o elenco de “La-do a Lado”. O que fez vocêadiar seus planos e encarar anovela?
Caio Blat – O Fernando é
um personagem riquíssimo.
Do ponto de vista histórico, ele
é filho de um senador, pertence
à aristocracia do início do sécu-
lo passado e está envolvido
com a questão da chegada do fu-
tebol no Brasil. O pano de fun-
do é muito bacana! Mas ele vai
além. O fato do senador não ser
um político dos mais honestos
e ainda envolver o Fernando
em suas falcatruas é incrível. É
bacana mostrar em uma trama
de época, algo que está no noti-
ciário atual.
Pergunta – Você achaque política é uma tema quedeveria ser mais abordadoem novelas?
Blat – Com certeza! E por
“Lado a Lado” ser o retrato do
Brasil no início do século 20, é
interessante ver que a
corrupção veio do Império e es-
tá totalmente integrada aos po-
líticos da República. A novela
mostra que desde aquela época
as licitações já eram fraudadas,
certas empresas já eram favore-
cidas pelo governo, a existência
de “Caixa 2”, e até de construto-
ras que superfaturavam as
obras. É um folhetim de época,
com assuntos muito pertinen-
tes e atuais. Mas a novela não
trata apenas desses pontos con-
tras. Tem o futebol também,
que é uma das maiores paixões
do brasileiro.
Pergunta – Você é torce-dor do Corinthians, em SãoPaulo, e do Fluminense, noRio de Janeiro. Já conhecia ahistória do futebol no Brasilou tudo foi uma surpresa?
Blat – Sou fanático por fute-
bol e muito curioso. Já tinha fei-
to algumas pesquisas a respeito
(risos). Mas na preparação para
a novela estudei o esporte da
época de forma mais intensa. O
futebol veio para o nosso país
por causa dos jovens filhos de
aristocratas e dos imigrantes.
E aí começaram a surgir os
primeiros clubes: São Paulo,
Vasco, Fluminense. É um as-
sunto muito interessante,
abordado de maneira bem na-
tural na trama.
Pergunta – Seu persona-gem tem uma relação fami-liar conflituosa, principal-mente com o pai. Ele podevir a ser o principal vilão de“Lado a Lado”?
Entrevista
Alta produtividade
“Aprendi tanta coisa
que me deu vontade
de estar por trás das
câmaras”, diz Caio
Blat sobre a
expectativa de dirigir
seu primeiro filme,
baseado em livro de
Cristóvão Tezza
Pedro Paulo Figueiredo/Divulgação
TV - 16 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Blat – Acho bem possível
(risos). Ele tenta entender a ra-
zão de ser deixado de lado. Pa-
rece que existe um segredo,
que nem eu sei ainda, em rela-
ção aos pais e ao irmão que jus-
tificaria o fato do pai não gos-
tar dele, apenas do Edgar (Thia-
go Fragoso). Fernando vive
sendo humilhado e despreza-
do. Isso desperta a inveja e ódio
dele pelo irmão. Portanto, aca-
ba tornando-se um vilão tipica-
mente rancoroso. Mais tarde,
com a ajuda de uma mulher, es-
sa mágoa construída ao longo
do tempo vai ser usada para ele
se vingar do descaso do pai.
Pergunta – É quando entraem cena a Catarina, persona-gem da Alessandra Negrini?
Blat – Isso mesmo. Ele vai
ser manipulado por ela. Catari-
na a se aproxima do meu perso-
nagem ao saber que o Edgar es-
tá casado. E vai usar as fraque-
zas do Fernando para chegar
aos seus objetivos. É a partir
deste ponto que ele deve ser tor-
nar um grande vilão. Bem no
estilo que me atrai, carregado
de uma mágoa profunda e extre-
mamente humanizado. Isso ge-
ra cenas maravilhosas!
Pergunta – Algumasequência em especial?
Blat – Teve uma bem recen-
te na qual contraceno com a
Bia Seidl. Nela, Fernando fala
que passou a vida inteira ten-
tando agradar o pai e sempre
foi desprezado. E isso repercu-
tiu na destruição da relação de-
le com a família e, principal-
mente, com o Edgar. Porque o
Senador Bonifácio (Cássio Ga-
bus Mendes) escolheu amar
apenas um filho. Foi uma cena
difícil, de muita emoção, e que
sintetiza a história do meu per-
sonagem.
Pergunta – Seu último tra-balho na televisão foi “Morde& Assopra”, uma novela queflertava com a ficção científi-ca. E agora você está em umatrama de época. Papéis dife-rentes na tevê são uma buscapara você?
Blat – Por afinidade e postu-
ra, a gente acaba atraindo cer-
tos tipos de trabalhos e persona-
gens. Eu valorizo muito a diver-
sidade na minha carreira. Acre-
dito que os diretores da emisso-
ra já captaram isso e me cha-
mam para fazer coisas bem dife-
rentes. Acho que é porque eu
não tenho frescuras ou limita-
ções, se for para mudar de vi-
sual eu mudo, não me importo
com papéis menores, em ser vi-
lão ou mocinho, ou com a possi-
bilidade de fazer um persona-
gem fora da realidade. Eu gosto
de ousadias e elas são importan-
tes nas minhas escolhas.
Pergunta – Em “Lado a La-do” você volta a ser dirigidopelo Dennis Carvalho, 11anos depois de você protago-nizar “Um Anjo Caiu doCéu”. Como está sendo essereencontro?
Blat – Nem lembrava que fa-
zia tanto tempo assim que eu ti-
nha feito “Um Anjo Caio do
Céu” (risos). Lembro que a no-
vela era um sucesso entre as
crianças. Foi um trabalho im-
portante para estreitar meus la-
ços com o público de tevê. E
boa parte disso, eu devo ao An-
tônio Calmon e ao Dennis. É
muito bom voltar a trabalhar
com o ele! Além da novela ser
linda e do personagem ser
bom, um dos grandes atrativos
de “Lado a Lado” foi o fato de
ser uma novela dirigida pelo
Dennis. Tanto que eu aceitei
na hora (risos).
Pergunta – Você já diri-giu espetáculos teatrais eagora se prepara para co-mandar seu primeiro longa-metragem. O que o levou ainvestir na carreira de dire-tor também?
Blat – Acho que é a evolu-
ção de uma trajetória. Como
ator, trabalhei com tantos dire-
tores diferentes, aprendi tanta
coisa, que chegou a hora que
me deu vontade de estar por
trás das câmaras. Assim como
fizeram alguns amigos da mi-
nha geração, como Selton
Mello e o Mateus Nachtergae-
le. No momento, além da nove-
la, eu só penso no meu filme.
Comprei os direitos de um ro-
mance do escritor Cristovão Te-
zza e me sinto empolgado com
a história. Ainda estou prepa-
rando o roteiro, mas já tenho a
Cássia Kiss como protagonista.
Pergunta – A grande maio-ria dos filmes nacionais de-pende do apoio da Globo Fil-mes para chegar aos Cine-mas. Como você lidou com adivulgação de um vídeo seuno Youtube, filmado em umapalestra na cidade de Suzano,interior de São Paulo, onde vo-cê faz críticas ao modo comque a Globo Filmes se associaaos produtores dos longas?
Blat – Foi uma situação infe-
liz. Como funcionário da Rede
Globo e pelos anos de parceira
com a Globo Filmes, eu deve-
ria mesmo pedir desculpas e foi
o que fiz. Procurei as pessoas
certas e acho que ficou tudo re-
solvido. É um assunto supera-
do. Tenho uma história muito
forte com a Globo Filmes, e vá-
rios projetos futuros. Agora no
fim do ano, já estou envolvido
com o lançamento de “A Noiva
ou a Mula”, uma comédia ru-
ral, baseada na obra de Guima-
rães Rosa, e dirigida pelo Luiz
Henrique Rios, que também é
diretor da Globo.
“Lado a Lado” - Globo - de
segunda a sábado, às 18h20
A carreira de Caio Blat con-
segue transitar bem entre os
personagens comerciais que o
ator defende na tevê, e o virtuo-
sismo artísticos dos tipos que
interpretra no cinema. “Eu não
consigo escolher entre fazer fil-
mes ou novelas. Apenas faço
questão de bons trabalhos”, ga-
rante. Para a satisfação de Caio,
um de seus últimos trabalhos
no Cinema, o longa “Xingu”,
de Cao Hamburger, será adapta-
do para o formato de micros-
série pela Globo, para ser exibi-
do como especial de fim de
ano. “É a oportunidade do po-
vo brasileiro assistir a um filme
importantíssimo para sua histó-
ria”, valoriza.
Filmado em 2010, o filme
chegou este ano aos cinemas
brasileiros e conquistou pouco
mais de 370 mil espectadores.
Algo que frustrou as expectati-
vas do ator, que interpreta Leo-
nardo Villas-Boas, um dos pro-
tagonistas do filme. Baseado na
história dos irmãos Leonardo,
Orlando e Cláudio – de Felipe
Camargo e João Miguel, respec-
tivamente –, o drama conta a sa-
ga do trio pelas florestas da re-
gião Centro-Oeste do país, na
luta pela preservação da cultu-
ra indígena. “É uma obra incrí-
vel e que deveria ter sido mais
valorizada. Falta informação e
educação para que o Brasil te-
nha um público de cinema
mais crítico”, analisa.
Tipo popular
Um dos personagens mais
populares da carreira de Caio
Blat foi o delicado Abelardo
Sardinha, de “Da Cor do Peca-
do”, novela de 2004 que está
sendo exibida no “Vale a Pena
Ver de Novo”. Sempre que po-
de, o ator assiste aos capítulos
da reprise e se diverte com as
cenas de seu personagem. “Foi
um trabalho muito bonito. Ele
destoava dos irmãos lutadores
e tinha cenas bem absurdas.
Gosto quando meus persona-
gens saem do senso comum”,
filosofa.
Trajetória televisiva
Segunda chance
O ator ao lado de Vanessa Giácomo em “Sinhá Moça”, de 2006
“Anos Dourados” (Globo, 1986) -Marcos
“Mundo daLua” (TV Cultura, 1991) - Big BadBoy
“O Professor” (TV Cultura,1992) –Apresentador
“Éramos Seis” (SBT,1994) –Carlos
“As Pupilasdo SenhorReitor” (SBT,1995) –Henrique
“Fascinação” (SBT,1998) – Gustavo
“ChiquinhaGonzaga” (Globo, 1999) - João Batista
“AndandoNas Nuvens” (Globo,1999) - Thiago SanMarino
“Esplendor” (Globo,2000) –Bruno
“Um AnjoCaiu doCéu” (Globo,2001) –Rafael
“CoraçãodeEstudante” (Globo, 2002) – Mateus
“Da CordoPecado” (Globo,2004) – Abelardo
“Carandiru, OutrasHistórias” (Globo,2005) – Deusdete
“SinháMoça” (Globo,2006) –Mário
“Amazônia:DeGalvez aChicoMendes” (Globo,2007) –Xavier
“Ciranda dePedra” (Globo,2008) – Afonso
“Caminhodas Índias” (Globo,2009) –Ravi
“O Bemamado” (Globo, 2010) – Neco
“Morde &Assopra” (Globo, 2011) – Leandro
“Lado aLado” (Globo,2012) – Fernando �
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 17 - TV
“Lado a Lado” reage à baixa audiência com modificações na novela
TV Press
“Lado a Lado” tem todos os ingre-
dientes para ser uma novela de sucesso:
história bem escrita, conflitos instigan-
tes, trilha sonora recheada de clássicos
da MPB e ótimas performances de ato-
res consagrados, como Milton Gonçal-
ves, Patrícia Pillar e Camila Pitanga.
No entanto, o folhetim de João Xime-
nes Braga e Claudia Lage tem se revela-
do um fracasso de audiência. O próprio
planejamento da novela pode ser res-
ponsabilizado por seu mau desempe-
nho. Para começar, o enredo é extrema-
mente adulto e não dá espaço para um
núcleo cômico – quase essencial para
uma novela das seis. Aborda o precon-
ceito vivido pelos negros após a aboli-
ção da escravatura, mas não investe em
cenas mais leves em contrapartida à se-
riedade dos temas abordados.
Outra estratégia arriscada foi exibir
a cena em que Isabel, umas das protago-
nistas da novela, vivida por Camila Pi-
tanga, dá a luz a seu filho em uma sexta-
feira. Dia em que a audiência das nove-
las já costumam ser menor, o que dimi-
nuiu as chances de repercussão de um
dos principais acontecimentos da tra-
ma. Por essas e outras, “Lado a Lado”
tem registrado média de 14 pontos em
dias de semana, situação que a Globo
não enfrenta desde o fiasco de “Negócio
da China”, de 2008.
Entretanto, a direção da novela já
vem tentando amenizar a falta de públi-
co com algumas mudanças técnicas.
Uma delas é a fotografia comandada por
Walter Carvalho. No começo, a novela
era gravada com uma iluminação mais
amarelada, para dar o aspecto de antigo
à produção. Agora a ordem é por mais
cores nas cenas. A edição da trama tam-
bém passou por modificações. E os capí-
tulos ficaram com um ritmo um pouco
mais acelerado. A entrada de Alessan-
dra Negrini como Catarina também é
umas das apostas da emissora na con-
quista da audiência. A personagem tra-
rá conflito para a história, abalando o ca-
samento do casal protagonista Edgar e
Laura, interpretados por Thiago Frago-
so e Marjorie Estiano.
Mesmo com o problema de audiên-
cia e os pequenos erros cometidos, “La-
do a Lado” tem se mostrado uma produ-
ção digna de ser assistida. Todos os nú-
cleos encontraram o tom certo para tra-
balhar suas histórias. Enquanto Isabel e
Zé Maria, de Camila Pitanga e Lázaro
Ramos, continuam separados por causa
da gravidez da moça, o outro casal prota-
gonista, Edgar e Laura, emocionam pe-
la cumplicidade e paixão surgidas após
seu casamento. Um dos aspectos posi-
tivos da trama é priorizar o lado hu-
mano de seus personagens. Um exem-
plo disso é a reviravolta no discurso
racista de Constância, vivida por Pa-
trícia Pillar, após segurar seu neto
mestiço nos braços. A vilã, que plane-
java matar a criança bastarda para evi-
tar sujar o nome de sua família, acaba
entregando-se aos instintos mater-
nais de avó e protegendo o bebê.
A trilha sonora da novela também é
bem trabalhada e finamente seleciona-
da. Com canções que mesmo contempo-
râneas, dialogam com a temática pós-
abolicionista da trama. Qualquer ima-
gem ganha em emoção ao ser sonoriza-
da com um samba do quilate de “O
Mundo é Um Moinho”, de Cartola, na
interpretação definitiva de Beth Carva-
lho. As sequências embaladas por can-
ções mais urbanas de Los Hermanos e
Marcelo D2 também soam simpáticas e
ainda diferenciam a trama dos usuais fo-
lhetins de época, algo parecido com o
que a cineasta Sofia Coppola fez em
“Maria Antonieta”, de 2007, onde mis-
turou imagens de época com músicas de
bandas alternativas como The Strokes e
The Cure.
Nas próximas semanas “Lado a La-
do” vai sofrer uma passagem de tempo
de seis anos. Isabel estará voltando de
Paris, com um visual mais sofistica-
do. Edgar e Laura vão estar separa-
dos. E o neto de Constância já será
um menino crescido. A expectativa
da emissora é que esse pulo na tem-
po possa resultar em uma segunda
chance para a trama. �
“Lado a Lado” – Segunda a sábado,às 18h20, na Globo
Crítica
Em busca de público
Thiago Fragoso e Marjorie Estiano: mais dinamismo para recuperar audiência fraca
Divulgação
TV - 18 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Apesar de atrativas, locações em outros países demandam muito planejamento das emissoras
TV Press
Deslocamento de equipes, vi-
suais paradisíacos, facilidade de
alojamento ou mesmo cenários
exóticos ainda inéditos na teledra-
maturgia. São vários os motivos
que levam autores e diretores a es-
colherem as mais diversas loca-
ções no exterior para a gravação
de novelas e minisséries. Indepen-
dentemente dos motivos, os in-
vestimentos compensam pelo gla-
mour que traz à produção e por sa-
ciar a curiosidade dos telespecta-
dores com a cultura e costumes
de outros países. Quanto mais
distante, maior o fascínio. E
Glória Perez é mestra em sele-
cionar lugares exóticos para
suas tramas. Depois do Marro-
cos em “O Clone”, e da Índia e
Dubai em “Caminho das Ín-
dias”, entre outros, a autora se
deixou seduzir pela cultura mi-
lenar da Turquia. Se deparou
com publicações sobre a região
e imediatamente percebeu que
o sincretismo das culturas
orientais e ocidentais presentes
na Turquia renderiam bom ma-
terial para “Salve Jorge”. “Pes-
quisei muito para absorver de-
talhes do país antes de ir para
Istambul e Capadócia. Mas me
surpreendi quando cheguei”,
destaca. Depois da viagem da
autora, o diretor Marcos Sche-
chtmann embarcou com mais
de 50 pessoas de sua equipe e
elenco para passar 45 dias gravan-
do na antiga capital dos impérios
Romano, Bizantino e Otomano.
“Registramos umas 600 cenas
nessa viagem. Escolhemos loca-
ções pela exuberância de cená-
rios”, explica Schechtmann.
A excentricidade na paisa-
gem também estará presente em
tomadas da próxima minissérie
bíblica da Record. Em “José - de
Escravo a Governador”, parte das
imagens mais inóspitas da histó-
ria de Vivian de Oliveira serão
gravadas no Chile, no Deserto do
Atacama, ainda este mês. O dire-
tor Alexandre Avacini parte com
sua equipe para a região depois de
descartar a possibilidade de gra-
var no Nordeste. “Vamos para
o Atacama porque vai facilitar
as gravações. Tudo é mais pró-
ximo. No Nordeste, as locações
seriam mais espalhadas”, argu-
menta o diretor.
A América do Sul também foi
cenário escolhido pelo diretor Ri-
cardo Waddington para gravar o
início das cenas de Nina, persona-
gem de Débora Falabella em
“Avenida Brasil”. O cenário foi a
zona rural de Buenos Aires, na
Argentina, onde a equipe gravou
em locações campestres. “A Ar-
gentina é ‘vintage’, um lugar in-
crível! A Europa já foi! Agora es-
tamos com foco total na América
do Sul”, explica Waddington.
Prova disso são as locações
que estão sendo pesquisadas para
a próxima novela das 21h, de
Walcyr Carrasco. Para a trama, o
diretor Wolf Maya e sua equipe
embarcam em dezembro para o
Peru para definir as locações para
a produção que terá cenas em
Cuzco e Machu Picchu. Ainda na
América do Sul também foram
gravadas cenas para a novela
“Aquele Beijo”, de Miguel Fala-
bella. A diretora Cininha de Pau-
la ficou 15 dias com uma equipe
de 70 pessoas em Cartagena, na
Colômbia, para gravar as
sequências iniciais da produção.
“Levamos uma tonelada e meia
de material entre vídeo, áudio, fi-
gurino e arte para as gravações
em pontos turísticos, como As
Muralhas, Iglesia San Pedra, Pala-
cio La Inquisicion e o Clube Ha-
vana. É uma cidade mágica, ale-
gre!”, elogia Cininha. “Gravar fora
do país é sempre uma dificuldade
pela complexidade da língua dife-
rente. É preciso de muito planeja-
mentoparanãoerrar”,alertaodire-
tor Jayme Monjardim, que busca
locações no Caribe para a próxima
trama das seis da Globo, “O Caribe
é Aqui”, de Walther Negrão. �
Circuito Interno
TERRA ESTRANGEIRA
A novela “Negócio daChina” gravou em Portugal, emLisboa, na China, em Macau eHong Kong. A intenção dodiretor Mauro Mendonça Filho edo autor Miguel Falabella nãofoi mostrar as tradiçõesmilenares chinesas naslocações. Mas a agitação deum país cosmopolita
Em “Caminho das Índias”,o diretor Marcos Schechtmann
primeiro fez uma viagem coma autora Gloria Perez paraescolher as locações datrama. Depois, foi sozinhopara a definição mais precisados locais
O diretor Jayme Monjardimgravou “Páginas da Vida” emlocações em Amsterdã paramostrar todo o romantismo dacidade e suas construçõesseculares. Ele fez tomadas emlocais como o Museu Van
Gogh, em casas-barco e noParque Keunkenhof, onde sãocultivadas tulipas de váriascores e espécies
Uma das maioresdificuldades de MarcosSchechtmann na Índia, duranteas gravações de “Caminho dasÍndias”, foi o caótico trânsitodas principais cidades, pois asruas não podiam ser fechadas,nem mesmo em horáriosalternativos
Partir para o outro la-
do do planeta para gravar
uma novela requer um pla-
nejamento preciso. Além
de toda a equipe ter de dri-
blar as dificuldades im-
postas por um idioma de
difícil compreensão, co-
mo o mandarim ou japo-
nês, existe toda a adapta-
ção ao fuso e a uma cultu-
ra radicalmente diferente.
Foram estes alguns dos
empecilhos enfrentados
pela equipe de 30 pessoas
de “Morde & Assopra” du-
rante os 15 dias de grava-
ções no Japão. Depois de
quase dois dias de via-
gem, a equipe do diretor
Rogério Gomes, o Papi-
nha, gravou em cenários
tecnológicos de Tóquio,
mas também em lugares
paradisíacos, como o Mon-
te Fuji, a 100 km da capi-
tal japonesa. “Toda a dis-
tância valeu! Tivemos a
sorte de pegar o Monte
Fuji totalmente visível,
o que só acontece cinco
dias por ano”, comemo-
ra o diretor.
Terradosolnascente
Instantâneas
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 19 - TV
Osolhos oblíquosde Larissa Maciel ajudama atriz a construir a sensualidadede Sati, da minissérie “José”
TV Press
Dona de uma singela beleza
e de um olhar atraente, Larissa
Maciel vai abusar da sensuali-
dade na sua próxima atuação
na tevê, na minissérie “José -
De Escravo a Governador”, am-
bientada nos anos 1700 a.C, no
Egito. Mas o corpo, garante a
atriz, fica em segundo plano.
“A sensualidade de hoje está
muito ligada ao corpo. Mas, na-
quela época, não. A sensualida-
de da personagem está mais no
jeito de ser, de andar e, princi-
palmente, no olhar”, observa.
Na produção bíblica da Re-
cord, prevista para ser exibida
em janeiro do próximo ano, a
atriz vive Sati, uma persona-
gem que integra o núcleo dos
egípcios – o nome foi inventa-
do pela autora Vivian de Olivei-
ra, já que na Bíblia ela era cita-
da apenas como a mulher de Po-
tifar. Embora esteja comprome-
tida pelos laços matrimoniais,
a atraente Sati não se considera
mulher de um homem só. “Ela
gosta de se sentir desejada e,
por isso, gosta de seduzir qual-
quer homem”, explica Larissa,
que foi convidada para partici-
par da minissérie poucos meses
depois de ter assinado contrato
longo com a emissora.
Desde que soube qual papel
iria representar, Larissa faz
quase que diariamente uma via-
gem no tempo para construir
em seu imaginário as relações e
os costumes do antigo Egito.
Segundo ela, a dificuldade vai
muito além de trabalhar a sen-
sualidade daqueles tempos lon-
gínquos. “Essa é só mais uma
característica dela. Mas a gente
tem de imaginar muito para
construir o personagem. Eu es-
tou lendo dois romances da Ali-
ne Guedes, um que se passa
400 anos depois do período em
que estamos trabalhando, e ou-
tro 600 anos. Tem enriquecido
muito a minha mente”, acredi-
ta a atriz. A minissérie, dirigi-
da por Alexandre Avancini,
conta também com o núcleo
dos hebreus, onde se desenvol-
ve a história de José, que será
protagonizado por Rick Tava-
res durante a juventude e, na fa-
se adulta, por Ângelo Paes Le-
me. “Vai ser um choque cultu-
ral enorme quando tiver a pas-
sagem. Os hebreus ainda eram
um povo seminômade, enquan-
to os egípcios já eram uma me-
trópole”, explica.
A trama da personagem de
Larissa começa a partir do sex-
to capítulo, de um total de 26.
Depois de ter sido vendido pe-
los irmãos, José é levado para o
Egito para ser escravo na casa
de Potifar. Lá, será o cenário
da humilhação de Sati, que se-
rá rejeitada por José. A partir
de então, a personagem da atriz
começa a flertar com a vilania.
“Ela nunca tinha sido rejeitada
antes, então ela vai querer se
vingar. Mas ela não é exatamen-
te uma vilã, porque ela não tem
uma índole má. Ela só acaba
agindo de má fé quando faz o
José ser preso injustamente”,
defende Larissa, que já está fa-
miliarizada com papéis épicos.
A atriz viveu Maria, no tradi-
cional espetáculo “Paixão de
Cristo”, em Nova Jerusalém,
no estado de Pernambuco.
Mas, segundo ela, são atuações
completamente distintas. “A te-
levisão capta até o que a gente
pensa, basta apenas um simples
gesto ou olhar. A emoção de
um papel bíblico no teatro é ou-
tra composição. Temos de mos-
trar com o corpo, com a voz,
com o toque”, compara a atriz,
que faz sua estreia na Record,
após ter ficado afastada da tele-
visão desde 2010, quando re-
lembrou as raízes italianas com
a Felícia Lobato, em “Passio-
ne”, da Globo.
O olhar marcante da atriz
se tornou conhecido pelo públi-
co ainda antes do último traba-
lho na televisão. Foi em 2009,
quando protagonizou a minis-
série da Globo “Maysa - Quan-
do Fala o Coração”. Entretan-
to, nessa época ela já tinha uma
carreira de 11 anos como atriz,
consolidada em Porto Alegre,
no Rio Grande do Sul. Certa de
que queria seguir carreira des-
de quando desfilava com diver-
sos figurinos produzidos pela
tia na infância, Larissa entrou
para a faculdade de Artes Cêni-
cas, concluída em 2001. Um
ano após o ingresso na universi-
dade, realizou o primeiro espe-
táculo profissional. Em uma
das diversas outras peças que
ocorreram a partir daí, a atriz
chamou a atenção de um produ-
tor de elenco da Globo, que a
convidou para o teste de intér-
prete da Maysa Monjardim.
“Apesar de eu já ter trabalhado
com teledramaturgia na RBS
TV - afiliada da Globo no Rio
Grande do Sul - a série tinha
um alcance muito maior. Mi-
nha vida mudou muito com a
Maísa. Me casei, vim para o
Rio de Janeiro e já estou super
adaptada. É um trabalho que
guardo no meu coração com
muito carinho”, relembra com
imensa satisfação. �
“José - De Escravo a Governador” – Apartir de janeiro, na Record
Inside
Más intenções
Larissa terá papel sensual na próxima minissérie de época da Record, “José - De Escravo a Governador”
Jorge Rodrigues Jorge/Divulgação
TV - 20 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
“Louco Por Elas” retrata um modelo cada vez mais comum de lar brasileiro
TV Press
Os novos arranjos familiares continuam em al-
ta na televisão. É o caso de “Louco por Elas”, que
chega à segunda temporada na Globo, que trata
de famílias com pai e mãe separados. Há décadas
a tevê reflete as transformações da sociedade brasi-
leira e de outros países, caso da novela argentina
“Graduados”, na qual os “macanudos” Guille, de
Juan Gill Navarro, e Fernando, de Ivo Cutzarida,
tascaram mês passado sua beijoca gay. E durante
um casamento homoafetivo, coisa que há dois
anos a Argentina legalizou. Por aqui a direção das
emissoras continua “regulando a mixaria”.
Nesse contexto binacional, a televisão bra-
sileira fica mal na fita. Hoje ela parece mais
conservadora do que há 10 ou 20 anos. Tanto
que a recente reprise de “A Vida Como Ele É”,
no “Fantástico”, teve um significativo grau de
rejeição por parte dos telespectadores. O mes-
mo ocorreu com as cenas mais “desinibidas”
dessa nova e morna “Gabriela”.
Curiosamente o conservadorismo da audiên-
cia e da tevê vai contra as pesquisas do IBGE, que
mostram um crescimento no número de separa-
ções e queda nos casamentos, entre 2009 e 2008.
E, desde 1974, este último índice só faz desabar.
Talvez venha daí a sobrevida de “Louco Por
Elas”, série que chegou com a má-fama de não pas-
sar de um tapa-buraco na programação da Globo.
Ao contrário da precocemente extinta “Ali-
ne”, na qual a atriz Maria Flor representava a pro-
tagonista em um “casamento” com dois homens,
em “Louco Por Elas” não há nada chocante para
o mais fanático defensor da indissolubilidade do
matrimônio. O Léo de Eduardo Moscovis conti-
nua a ser o ex-marido bonitão de Giovana, da lin-
da Déborah Secco. E ambos arrastam a asa um pa-
ra o outro, mesmo que Giovana tenha arrumado
um namorado. Mas, como em toda a boa comédia
romântica, ninguém dá o braço a torcer e logo
Léo se defende com uma ex-namorada. Duas filhi-
nhas espertas e um tanto atrevidas, de Luisa Ar-
raes e Laura Barreto, e uma avó considerada insa-
na por ser franca e feliz – vivida com brilho por
Glória Menezes – completam essa trama ingênua
e sem contraindicações de Adriana Falcão, Clari-
ce Falcão, Jo Abdu e Gregório Duvivier. A dire-
ção de Guel Arraes e João Falcão acerta no tom de
bom-mocismo da história, feita para ser vista por
toda a família. Seja ela qual for. �
“Louco Por Elas” – Globo – Terças-feiras, às 22h54
Ponto de Vista
Sempre em família
Deborah
Secco e
Eduardo
Moscovis em
cena da nova
temporada
da série
“Louco por
Elas”,d a
Globo
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 21 - TV
MALHAÇÃO - 17H40
Segunda-feira - Vânia tem medodas ameaças de Carolina. Dinodesiste de falar com Veruska so-bre o colar de esmeraldas. Kikoestranha o comportamento de Ro-berta. Nando sente saudades deJuliana. Vânia exige que Carolinalhe entregue a gravação que fezde seus momentos com Felipe. Di-no não conta para Roberta o quedescobriu sobre Vitório. Felipe fi-ca radiante com o plano de Otá-vio. Analú vai à casa de Nando. Ro-berta conta para Charlô que estáapaixonada por Nando.Terça-feira - Charlô tenta tranquili-zar Roberta. Dino é obrigado a seafastar de Veruska. Carolina dei-xa Fábio intrigado com Manoela.Felipe afirma a Vânia que vai resol-ver o problema com Carolina.Analú cisma que Nando e Julianatêm um caso. Veruska foge da Po-sitano e Dino pensa em contar tu-do para a cunhada. Roberta não
gosta da hipótese de Nando vol-tar a trabalhar para Otávio. Ve-ruska entrega a joia que ganhoude Vitório para Dino. Felipe decidepromover Carolina.Quarta-feira - Lucilene fica assus-tada com o jeito de Carolina. Fá-bio desliga o computador semque Manoela veja a foto. Veruskamente para Dino sobre seu envol-vimento com Vitório. Nando acei-ta voltar a trabalhar para Otávio.Lucilene fica impressionada comRonaldo. Charlô conversa com adecoradora sobre ideias para afesta que pretende dar para Ro-berta. Nando vê Juliana com Ro-naldo e fica intrigado. Zitorino, oempresário, humilha Ulisses. Ro-berta flagra Veruska com os mol-des em sua mesa.Quinta-feira - Veruska consegueenganar Roberta. Nenê repreendeZitorino pela forma como faloucom Ulisses. Roberta pensa em
Nando e perde a direção. Juliananão dá atenção para Nando. Ma-noela vê Fábio conversando comCiça. Ulisses arruma uma brigana rua. Veruska coloca o moldeadulterado no meio dos perfeitos.Ulisses fica chocado com o foraque leva de Carolina. Fábio vê Ju-
liana e Ronaldo no restaurante.Vânia expulsa Felipe de sua casae Roberta o vê.Sexta-feira - Vânia fica nervosa aover Roberta na frente de Felipe.Lucilene fica com pena de Ulissese Carolina não dá atenção. Rober-ta enfrenta Felipe para ajudar Vâ-
nia. Charlô pede para falar comNando, antes de ele sair com Otá-vio. Fábio se envergonha do com-portamento de Manoela. Charlôvê Otávio sair com o bigode pinta-do e fica intrigada. Nando vê Julia-na e Ronaldo se beijando. Charlôafirma a Roberta que Nando estáapaixonado por ela.Sábado - Charlô incentiva Robertaa se declarar para Nando. Caroli-na destrata Ulisses e Nando ten-ta consolá-lo. Veruska avisa Otá-vio que conseguiu sabotar a pro-dução da Positano. Vânia afirma aJuliana que não volta com Felipe.Roberta encontra Nando na vila,mas tenta se esconder da família.Felipe e Vânia se encontram nocorredor e discutem para a satis-fação de Charlô. Nieta dá um ulti-mato em Veruska. Nando e Rober-ta encontram Analú no estúdio deFábio. Ulisses ouve Carolina dizerque é apaixonada por Zenon. �
LADO A LADO - 18H15
Segunda-feira - Catarina faz Lau-ra acreditar que Edgar se envol-veu com ela. Eulália, Teresa eSandra ficam indignadas ao verPraxedes no jornal com Dorleace Diva. Constância é rude comLuiza. Isabel se oferece para ircom Dorleac a Paris. Laura pedeo divórcio a Edgar. Fernando des-cobre que tem uma sobrinha ile-gítima. Constância dá dinheiropara Dorleac levar Isabel para Pa-ris. Fernando conta para Bonifá-cio que Edgar teve uma filha forado casamento. Laura avisa aConstância que vai se divorciarde Edgar.Terça-feira - Constância não acei-ta o divórcio de Laura. Constân-
cia pede a ajuda de suas irmãspara falar com Laura. Edgar nãoconsegue se entender com a es-posa. Isabel conta para Juremaque vai para Paris. Constânciatenta convencer Laura a desistirde se divorciar. Berenice fica cominveja de Isabel. Edgar afirma aGuerra que não vai se afastar deMelissa. Constância convenceLaura a se afastar do Rio de Janei-ro. Afonso não aceita a viagem deIsabel. Laura apresenta seu advo-gado a Edgar.Quarta-feira - Edgar é obrigado aaceitar as exigências de Laura.Neusinha muda seu nome e Má-rio aprova. Isabel se despede deDiva. Catarina faz Edgar acredi-
tar que não é responsável porsua separação. Edgar chora comfalta da esposa. Isabel visita ocemitério antes de viajar. Cons-tância conta para Assunção a no-tícia que mandou para os jornaissobre a filha. Isabel e Laura sedespedem no porto. Passam-seseis anos. Guerra tenta conven-cer Edgar a ficar com Catarina.Elias questiona Zenaide sobreConstância.Quinta-feira - O capitão do naviorepreende Zé Maria e Chico. Ze-naide fica tensa com a proximi-dade entre Afonso e Elias. Cons-tância se vangloria por conse-guir manter a mentira sobre o pa-radeiro de Laura para a socieda-
de. Catarina fica aliviada quandoEdgar diz que colocará Melissana escola. Constância diz a Car-lota que responde as correspon-dências de Laura. Albertinhoatropela Afonso na frente deGuerra e Neto. Bonifácio contéma irritação ao falar com Constân-cia e Assunção. Praxedes invadea festa de Assunção para pren-der Albertinho.Sexta-feira - Constância fica furio-sa por Assunção deixar Alberti-nho ser preso. Bonifácio nãoacompanha Margarida à delega-cia para ficar com Fernando. ZéMaria pensa em Isabel. Fernandoenfrenta Bonifácio. Constânciaafirma que vai encontrar uma noi-
va para Edgar. Mario avisa a Fre-derico que Diva pode perder o pa-pel principal na peça. O empresá-rio rejeita Catarina e ela culpasua gravidez. Fernando se descul-pa com Praxedes e fica intrigadocom Eulália.Sábado - Eulália percebe o cinis-mo de Fernando ao falar com Pra-xedes e faz com que ele se arre-penda de suas atitudes. Neusi-nha sai com um de seus fãs eQuequé a critica. Catarina brigacom Melissa. Guerra provoca Ed-gar ao lembrar-se de Laura. Edgarempresta dinheiro para Catarina.Quequé não consegue impedirNeusinha de entrar no teatro. Car-lota se incomoda com vários mari-nheiros negros na cidade.
Segunda-feira - Dinho pede para fi-car com Lia e ela pede para ficarsozinha. Gil se irrita por Orelha di-vulgar uma foto de Lia de biquíni eexibir fotos de Marcela na TV Ore-lha. Fatinha incentiva Lia a ficarcom Dinho. Ju decide anunciarem seu “blog” o sumiço de Lia. Di-nho pensa em Lia. Lorenzo afirmaa Raquel que não ficará com ela.Dinho volta e beija Lia, e os doiscombinam uma fuga. Dinho e Liase surpreendem com Gil em meioa sua fuga.Terça-feira - Lia pede para Gil avi-
sar a Lorenzo que ela está bem.Dinho e Lia pedem carona na es-trada. Gil avisa a Marcela que viuLia e Dinho fugindo e pede queela fale com Lorenzo. Raquel recri-mina Lorenzo por culpá-la pela fu-ga de Lia. Marcela vai até a casade Lia dar notícias suas para Lo-renzo. Ju impede a briga entre Gile Orelha. Lorenzo avisa a Alice so-bre a fuga de Dinho e Lia. Mathiaspede para conversar com Ju e elase revolta ao saber que Dinho eLia fugiram juntos. Dinho e Lia dor-mem juntos pela primeira vez.
Quarta-feira - Lia e Dinho namo-ram, apaixonados, na barraca. Gilfica furioso com os comentáriosque ouve na TV Orelha. Ju vai à ca-sa de Gil. Raquel faz companhiapara Tatá. Lia resolve ligar paracasa, mas se recusa a falar comRaquel. Vaguinho e Valdete en-contram Lia no acampamento e amantêm como refém. Dinho en-contra uma algema quebrada namata e desconfia. Vaguinho procu-ra Dinho, mas o adolescente en-gana os bandidos e foge com Lia.Quinta-feira - Dinho e Lia conse-
guem se esconder dos bandidos.Lorenzo e Marcela colocam fim naesperança de terem um relaciona-mento. Tizinha conforta Lorenzo,e Gil cuida de Marcela. Dinho eLia pegam carona com Aurélio naestrada. Morgana comenta comJu que Tizinha quer que ela faça adivulgação de suas roupas em umblog. Aurélio avista Vaguinho eValdete e para o carro para eles,deixando Dinho e Lia apavorados.Alice tem um mau pressentimen-to com o filho.Sexta-feira - Dinho e Lia são
salvos pela polícia. Lorenzo saipara buscar Lia e não permiteque Raquel vá junto. Mário e Ali-ce proíbem Dinho de ver Lia.Ela conta para Tatá o que acon-teceu em sua fuga. Fatinha seoferece para ajudar Dinho a fa-lar com Lia. Fatinha entrega umbilhete de Dinho para Tatá en-tregar a Lia. De sua casa, Di-nho faz uma declaração deamor a Lia e a pede em namo-ro. Fatinha, Bruno e Ju assis-tem a tudo. Ju se entristececom a cena.
Resumo das novelas
GUERRA DOS SEXOS - 19H15
GLOBO
Mariana
Ximenes é
um dos
destaques
de “Guerra
dos Sexos”,
atual novela
das sete
da Globo
TV - 22 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
SALVE JORGE - 21H00
Segunda-feira - Professora Matildeentra na sala de Olívia e se deparacom a diretora completamente des-penteada, nervosa e fazendo enco-mendas de artigos de segurançaatravés do telefone. Olívia diz queHelena irá sair da escola. Graçaacompanha Daniel e Cirilo até a ca-sa de Valéria. Rosa diz para Daniele Cirilo que Valéria não está indopara a escola por conta de capri-chos. Mais tarde, Rosa decide visi-tar Helena na escola para falar so-bre o que está acontecendo comValéria. Na casa abandonada, osmeninos chegam a conclusão que
precisam da ajuda das meninas pa-ra fazer um cartaz mais bonito.Terça-feira - Chega o último dia deaula da professora Helena. Todosna escola estão muito tristes. Ospais dos alunos vão até a escolapara se despedir de Helena. A pro-fessora entrega o boletim semes-tral para os alunos. Ela chama umpor um e aproveita para se despe-dir e agradecer ao carinho deles. Ci-rilo visita Maria Joaquina para seoferecer para ajudar as meninascom a mudança de Helena. A patri-cinha volta a maltratar Cirilo. Asmeninas chegam no colégio para
ajudar Helena. Valéria conta que te-ve uma ideia que fará a professoradesistir da ir embora.Quarta-feira - Valéria entra escondi-da na sala da diretora Olívia parapegar o endereço do escritório deMorales. A diretora entra na sala equase flagra a menina, mas Valériaconsegue se esconder atrás deuma cômoda. Mais tarde, Valéria li-ga para Davi e pede para que ele aacompanhe até o escritório de Mo-rales. Davi desconversa e deixa Va-léria brava. Eloisa fica curiosa parasaber o que Valéria está conversan-do com Jaime.
Quinta-feira - Valéria e Jaime che-gam no escritório de Morales, masnão conseguem falar com o empre-sário. A secretária mais nova delediz que é preciso agendar um horá-rio por telefone. Minutos depois, asecretária mais antiga de Moralespergunta o que estava acontecen-do. Na sala do empresário, Valériae Jaime contam tudo o que estáacontecendo com a professora He-lena. Na sala da diretora, Suzanatenta convencer que é a melhor op-ção para substituir Helena. Mora-les aparece de surpresa na casade Helena e diz que possui um pro-
jeto e que ela é a pessoa indicadapara participar dele.Sexta-feira - Morales diz que querabrir uma escola para seus funcio-nários não alfabetizados. Moralesdiz que ela poderá permanecercom as aulas na escola Mundial eque cuidará do projeto no períododa tarde, na própria escola. Mora-les revela que Jaime e Valéria esti-veram lá para dizer que não podemviver sem ela. Mário, Paulo e Daviestão na casa abandonada. Hele-na chega em casa e conta como foia conversa com Morales. Cristinadiscorda da postura da filha e dizque ela deveria aceitar o trabalho.
BALACOBACO - 22H15
Segunda-feira - Isabel escuta o de-sabafo de Taís e diz que vai con-versar com Abigail. Danilo estra-nha a ausência de Norberto naagência e fica desconfortávelquando Mauro pergunta sobreseu trabalho no mercado finan-ceiro. Eduardo se surpreende aosaber que Vitória foi sequestradae vai atrás de Magno. Norberto ar-ma um flagrante para deixar o só-cio mal. Diva e Dóris resolvem vi-sitar Joana no trabalho e Celinanão gosta. As gêmeas Paranhosenganam Joana, que entrega oscontatos de Isabel. Eduardo en-contra o capanga de Norberto,mas é surpreendido por garotasde programa.Terça-feira - As garotas de progra-
ma contratadas por Norberto do-pam Eduardo e fazem fotos sen-suais com ele. Assustado, Eduar-do acorda com barulho do telefo-ne e descobre que Fabiana já es-tá com a filha. Norberto convidaDanilo para jantar e consegue fa-zer com que Isabel também apare-ça. O curso de autoajuda de Viole-ta esvazia depois de mais um deseus ataques com os alunos. Di-va e Dóris articulam para umaaproximação com Isabel. Lucasencontra fotos de Eduardo comas garotas na internet, e mostrapara o irmão. Isabel e Danilo jan-tam com Norberto.Quarta-feira - Norberto finge quesua prima passou mal, e tenta se-duzir Isabel. Eduardo fica indigna-
do ao ver as fotos forjadas porNorberto e acredita ter caído emuma armadilha. Vicente sofre aover as imagens de Eduardo e diz aCelina que armaram para cima deseu irmão. Norberto finge estarpreocupado com o irmão e deixaIsabel comovida. Danilo passa anoite inteira jogando. Norberto diza Isabel que Danilo estava estra-nho e consegue marcar um encon-tro a sós com ela.Quinta-feira - Mirela incentiva Isa-bel a sair com Norberto. Vicentediz ao sócio que se sente atraídopor Mirela. Eduardo sofre com asnovas acusações e Fabiana oapoia. Abigail se anima ao conhe-cer o português João Paulo. Brenoafirma para Joana que Patrick vai
ser famoso. Lucas encontra Ar-thur e os dois brigam. Violeta ficafuriosa ao saber que Plínio anun-ciou o programa de Marcelona narádio. Com raiva, Diva se preparapara surpreender Norberto emseu encontro.Sexta-feira - Marlene insiste emarrumar um marido rico para Lui-za, e irrita a filha. Em conversacom Lígia, Arthur se revolta quan-do a história com Betina vem à to-na. Plínio decide que Josefina de-ve gravar as chamadas do progra-ma. Eduardo se preocupa com asdenúncias de pedofilia após as fo-tos forjadas por Norberto circula-rem na internet. Isabel se arrumapara o encontro com Norberto en-quanto Diva se prepara para apa-nhar o namorado no flagra.
Segunda-feira - Jéssica tenta fugir.Lívia ordena a Irina que não a procu-rem no hotel. Morena e Lucimar che-gam para o jantar na casa de Theo.Murat e Fatma estranham o jeito dePepeu e Drica. Berna ouve Aisha falarqueprecisaconhecersuamãebiológi-ca.MustafáprocuraPepeu.Russo fin-ge ser o motorista de Lívia para Harol-do. Lívia repreende Irina e a ameaça.Wanda chama Sheila para fazer umtestededança.ÉricaparabenizaTheopelo noivado. Sheila chama Morenapara ir comelapara oExterior.Terça-feira - Morena recusa a propos-ta de Sheila por causa do noivo. Theopensa em vender um terreno e com-prar uma casa para viver com More-
na. Haroldo fala para Lívia que seucliente da Polícia Federal está vindoparaMadri. Ayla semachucaeZyahaleva para casa. Demir atira contra agarrafa de Tamar, mas acerta a deAylasemquerer. LeonorpedeaMaitêque reforme joias para Emily. Thomp-son recebe uma casa de herança desua tia. Lívia manda Russo tirar Irinada boate. Thompson descobre que acasaqueeleherdou édeMorena.Quarta-feira - Lívia ordena que Irinasaiadaboate.JéssicavêIrinasemovi-mentar para fugir e tem uma ideia.Theo diz a Áurea que registrará Júniorcomo seu filho. Mustafá tenta falarcom Aisha. Rosângela e Jéssica fa-lam com Lívia, mas ela despista as
moças.Demir acreditaquequebrou agarrafa de Tamar. Drica reclama deFatmaparaHelô.Russoeosseguran-ças seguem Lívia e Haroldo. StênioavisaaBiancaqueZyahseráseuguiaem Istambul. Helô consegue o núme-ro do telefone de Santiago. Haroldo éatingidoporRusso.Quinta-feira - Lívia socorre Haroldo.Rosângela repreende Jéssica por teratrapalhado sua aproximação comLívia. Antônia flagra Celso e Deborahalmoçando juntos. Lívia chega ao ho-tel e vê os porteiros acompanhadospordoispoliciais.Stênio vaiàcasadeHelô, e os dois descobrem que Harol-do foi atingido. Ayla pede para Cyla lersua sorte na borra de café. Berna se
recusa a responder às perguntas deAisha sobre sua adoção. Junior cha-ma Theo de pai. Lívia é surpreendidaporumpolicial.Sexta-feira - Lívia entrega o númerodetelefonedeRussoparaopolicialefinge que ele era seu motorista. Wa-leska consegue abrir a fechadura daporta de onde ela e as meninas es-tão presas. Márcia conta para ÉricaqueMorenaestá esperandoTheo naporta do regimento. Theo não falacom Morena. Wanda abre a caixaque pegou no quarto de Lívia. Demirtenta explicar o engano para Sarila,que fica irritada. Zoe avisa a MustafáquePepeu estáembriagado emumaboate. Waleska, Rosângela, Jéssica
e as outras meninas fogem do apar-tamento. Theo termina seu noivadocom Morena.Sábado -MorenaeTheodiscutem.Áu-rea conta para Érica que seu filho ter-minou o noivado. Jéssica pede ajudaaum policial. Sheila fala para MorenaqueWandamarcouumaaudiçãocomela. Lívia chega ao Brasil e mandaWanda levar a caixa que pediu paraela esconder. Helô espera Stênio noescritório. Lívia desconfia de queWanda tenha aberto sua caixa. An-tônia fica envergonhada ao serabordada pelo síndico do prédioonde mora. Amanda pede paraLeonor impedir a entrada de Yolan-da em sua casa. Érica encontra aaliança que Morena descartou.
Resumo das novelas
CARROSSEL - 20H30
GLOBO
RECORD
SBT
Thais Pacholek e Juliana Silveira
em cena da novela “Balacobaco”
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 23 - TV
Cidade com o maior custo de vida
em 2012 facilita a vida do turista
com atrações e serviços gratuitos
e cartões de descontos
Agência O Globo
Neste ano, Zurique ultra-
passou Tóquio e se tornou a
cidade mais cara do mundo
para se viver, segundo o ins-
tituto de pesquisa Econo-
mist Intelligence Unit.
Nos restaurantes e lojas, é
possível sentir o peso dessa esta-
tística: o menor mocha frappuc-
cino do Starbucks sai por 7,90
francos suíços (CHF) ou cerca
de R$ 17, enquanto no Brasil a
mesma bebida custa pouco
mais de R$ 10.
Mas é possível passar pela
maior cidade suíça, provar os
‘macarons suíços’ e até com-
prar um canivete ou relógio de
marca sem ir à falência.
Não faltam atrações ao ar li-
vre - o que, em Zurique, signi-
fica parques de paisagismo
impecável emoldurados pe-
los Alpes e margeados pelas
águas inacreditavelmente ver-
des do rio Limmat e do Lago
Zurique. Um passeio que fica
ainda mais gostoso a bordo
das bicicletas gratuitas ofere-
cidas pela prefeitura.
Turismo
Fim de semanaem Zurique versãoeconômica
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Centro antigo: a igreja
Grossmünster à beira
do rio Limmat
Agê
ncia
OG
lobo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 25 - TURISMO
Enquanto a neve não vem (em Zurique não neva o inverno inteiro, apesar de a temperatura
ficar em torno de 4 graus), a melhor forma de explorar a região é de bicicleta
Agência O Globo
O roteiro de artes no centro
histórico também merece aten-
ção. Vitrais de 1970 do russo
Marc Chagall decoram a antiga
abadia Fraumünster; na cen-
tral de polícia de Zurique, há
quadros e seis murais do suíço
Alberto Giacometti.
Em Zürichhorn, área ver-
de às margens do lago, crian-
ças brincam na escultura de
Henry Moore.
A Suíça nunca foi dos paí-
ses mais baratos para os turis-
tas, mas Zurique oferece uma
ajudinha para tornar a viagem
menos dispendiosa: transporte
público (trem, ônibus, barcos e
teleféricos) e entrada em 39 mu-
seus estão incluídos no Zürich
Card, bilhete que sai por CHF
40 (CHF 28 para crianças) para
três dias e oferece descontos
em lojas e restaurantes.
Se dá para economizar na
programação, difícil fazer o
mesmo com os chocolates - e
convenhamos, desperdício é
não prová-los lá.
Em todo canto da cidade,
você passará por lojas da
Sprüngli, uma das confeitarias
mais conceituadas de Zurique,
com trufas tão frescas que de-
vem ser degustadas no mesmo
dia e luxemburgerli, doce co-
mo o macaron, porém com re-
cheio bem mais cremoso.
No centro histórico, o rio
Limmat corre veloz, dificultan-
do a vida dos patos e cisnes que
se aglomeram nas margens, per-
to de onde passam os turistas.
Indo contra a correnteza,
chega-se ao belo Lago Zuri-
que. Ali a vida é mais fácil pa-
ra as aves e também para os
visitantes, que passeiam nos
jardins de Zürichhorn, entre
esculturas, restaurantes e casa-
rões históricos.
Enquanto a neve não vem-
em Zurique não neva o inverno
inteiro, apesar de a temperatu-
ra ficar em torno de 4 graus - a
melhor forma de explorar essa
região é de bicicleta. Da esta-
ção central de trem, um ponto
de aluguel que funciona o ano
todo, são dez minutos até lá.
Também dá para chegar até
Zürichhorn pela água através
das balsas usadas por morado-
res; ou dos barcos a vapor da
Zürichsee.
As duas opções estão inclu-
sas no Zürich Card. Há dois
tours de 1h30m e quatro horas,
durante o ano inteiro, com di-
versas paradas não só no par-
que à beira do lago como nas pe-
quenas cidades vizinhas.
A título de curiosidade, va-
le dizer: todos os lagos e rios
suíços têm água potável. Parece
inacreditável até o momento
em que se vê o quão cristalina é
a água do lago Zurique e do rio
Limmat, no meio da cidade.
Aproveite essa informação
para economizar pelo menos
CHF 6 por dia com garrafas de
água. São 1,2 mil fontes por to-
da a cidade, algumas pequenas
preciosidades arquitetônicas.
No caminho que margeia o
lago, pode-se encontrar de está-
tuas de mocinhas e mocinhos
angelicais a felinos selvagens
guardando as fontes, e até
obras modernas como a Kun-
gelbrunnen (fonte-bola), uma
esfera de granito de uma tonela-
da criada para uma exposição
em 1984. Ali é difícil encher a
garrafinha, mas as crianças ado-
ram brincar.
Suíça
Le Corbusier, esculturase design no parque
Exposição sobre joias em um dos dois museus dedicado ao design na cidade; o roteiro de artes no centro histórico também merece atenção
Fotos: Agência O Globo
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
ONDE IR
Bellerive Museum:
Entre dezembro e março,abre das 10h às 17h.Incluso no Zürich Card ouCHF 9 (R$ 19,50).Höschgasse 3.museum-bellerive.ch
Jardim Chinês e
LakeSide: Administradospela Kramer Gastronomie(kramergastronomie.ch),na Bellerivestrasse (144e 170, respectivamente).
Le Corbusier
Haus/Heidi Weber
Museum: Abre aossábados e domingos, das14h às 17h, entre julho esetembro. CHF 10(R$ 22).lecorbusier-center.com
Programe-se
ÁGUA - São 1,2 mil fontes espalhadas porZurique, ou seja, há água potável gratuita portodos os lados. Pagar CHF 6 (R$ 13) em umagarrafa de plástico, além de não ser sustentável, édesperdício. Uma garrafa da centenária marcasuíça Sigg, reciclável e resistente, sai por CHF 20(R$ 43,50) e é um bom souvenir.
BICICLETAS - A prefeitura tem um sistemapúblico de empréstimos de bicicleta. É precisoapresentar um documento com foto e deixar CHF10 (R$ 22) por bike como depósito de segurança.Você pode ficar o dia inteiro com a bicicleta desdeque a devolva até o fechamento da estação dealuguel. Elas têm cestinha, marcha e sino, além dedesign democrático. E também há mountain bikes.
ZÜRICH CARD - O passe inclui entrada em 39museus, além de transporte público e descontos.Opções para 24 horas (CHF 20 ou R$ 43) e 72horas (CHF 40 ou R$ 87) à venda no serviço deinformação ao turista no aeroporto e na estaçãocentral de trens.Se estiver viajando pelo país, compre a versãonacional, o Swiss Pass. Outras informações estãoem zuerich.com.
Economia verde
Brinquedos:
uma das
lojas
peculiares
do centro
histórico
Em Zürich West, produtos frescos e orgânicos no Markethalle, área com bancas de importados e nacionais, de flores a tortas, massas frescas, cervejas artesanais, temperos e queijos
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 27 - TURISMO
Também na vizinhança fica o Jardim Chinês,
presente da cidade-irmã asiática Kumming
Agência O Globo
Vale apurar os olhos para
encontrar duas esculturas.
‘Sheep piece’, de Henry Moo-
re, sempre rodeada de crian-
ças, foi comprada e doada por
um morador à cidade depois
de uma exposição do artista
inglês no parque.
A outra, logo em frente ao
deque de desembarque, é ‘Eu-
reka’, de Jean Tinguely, um
aglomerado de símbolos do pro-
gresso científico.
No verde do parque, desta-
cam-se os painéis em preto,
branco, vermelho e verde que
compõem a última casa projeta-
da por Le Corbusier.
Em vez de concreto, o ar-
quiteto suíço escolheu aço e vi-
dro para compor a casa de dois
andares mais o porão, em for-
mato retangular. Um telhado
flutuante protege o terceiro an-
dar, aberto.
Encomendada pela decora-
dora Heidi Weber, amiga e par-
ceira de trabalho do suíço, a ca-
sa se tornou um museu em ho-
menagem a Le Corbusier e é
decorada com obras do pró-
prio. Mas é rara a oportunida-
de de visitá-la: só abre entre ju-
nho e setembro, no fim de se-
mana, de 15h às 17h.
Ali perto fica o museu do de-
sign Bellerive, que deste mês a
janeiro exibe trabalhos dos ga-
nhadores do prêmio Swiss De-
sign 2012.
Dentro de um casarão da dé-
cada de 1930, com amplos cô-
modos e pé-direito alto, a insti-
tuição existe desde 1968 e tem
no histórico diversas exposi-
ções bacanas - este ano, vidros
de perfume e joias foram tema;
no passado, as joalherias Car-
tier e Fabergè e a marca Droog
ganharam destaque ali.
A curadoria dá sempre um
tom pedagógico às mostras,
mas mesmo quem não é estu-
dante da área se diverte.
Também na vizinhança fica
o Jardim Chinês, um presente
da cidade-irmã asiática Kum-
ming. Um enorme muro verme-
lho cerca a área cujo tema é
“três amigos do inverno”: o pi-
nheiro, o bambu e uma espécie
de cerejeira.
Num dos cantinhos, fica
um restaurante que só tem co-
mida para levar com 15 opções
de pratos chineses, de yakisoba
(CHF 13) a chop suey de carne
(CHF 17,50) e frango (CHF
16,50), feitos na hora.
É uma bagatela para os pa-
drões de Zurique. A comida é
bem servida e deliciosa. Jar-
dim e restaurante, porém, fe-
cham em novembro e rea-
brem em março.
Uma opção para o ano todo
é o restaurante LakeSide, espe-
cializado em frutos do mar, pei-
xes e sushi - um alívio para o ex-
cesso de carnes pesadas que se
vê por Zurique.
Enquanto no outono e no
inverno a paisagem é bucólica,
na primavera e no verão
Zürichhorn é um dos polos de
agitação da cidade. Pela mar-
gem do lago, há piscinas públi-
cas como a Standbad Tiefen-
brunnen, que funciona entre
maio e setembro. E em julho
e agosto acontece o festival
de cinema ao ar livre Orange
Cinema.
Zurique
Casa de LeCorbusier é museu
O último projeto do
arquiteto suíço Le Corbusier
virou um museu privado
Fotos: Agência O Globo
TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
A neutralidade suíça tor-
nou o país um refúgio para inte-
lectuais e artistas europeus na
primeira metade do século 20.
Caminhar pelas ruelas do
centro histórico à beira do rio
Limmat é encontrar os passos
de Lenin, que morou por três
anos em Zurique numa casa
que hoje abriga uma loja de jo-
gos pedagógicos modernos; de
Albert Einstein, que deu aulas
no Instituto Federal de Tecno-
logia no início da carreira; dos
escritores Thomas Mann e Ja-
mes Joyce, entre outros.
Todos eles, e dizem que até
Benito Mussolini, estiveram
nos bancos do Café Odeon, que
até hoje mantém a decoração
original art nouveau, apesar de
ter perdido parte do espaço.
Outro ponto histórico é o
Cabaret Voltaire. Fundado
em 1916, o lugar teve saraus e
exposições de artistas como
Wassily Kandisnky, Guillau-
me Apollinaire, Max Ernst e
Paul Klee, grandes nomes do
Dadaísmo que, depois, deban-
daram para a França.
O espaço reabriu em 2004,
reformado, com café, bar, gale-
ria e loja de design e livros que
valem a visita.
As duas igrejas que se desta-
cam no centro também mere-
cem uma visita (gratuita). A
Fraumünster tem vitrais de
Marc Chagall e painel de Au-
gusto Giacometti. E a Gross-
munster tem interessantes vi-
trais de Sigmar Polke em ágata
cortada.
É fácil se perder ali e en-
contrar lojas únicas como a
Meinrad’s, hospital e fabri-
cante de brinquedos artesa-
nais com cara do século passa-
do; o antiquário Massimo
Biondi e até um barbeiro de-
corado com bonecas da rai-
nha Elizabeth. Quinquilha-
rias emotivas ou preciosida-
des de design, há de tudo.
Mas vá com os endereços
do Migros Gastronomie em
mão: é o restaurante da rede de
supermercados onde não raro
executivos almoçam. Há me-
nus fixos entre CHF 10,50 a
CHF 13,50.
Economize no almoço, mas
não na sobremesa: entre em
uma das lojas Sprüngli, o ramo
artesanal da Lindt, para provar
o luxemburgerli que, pasmem,
faz mais sucesso do que as tru-
fas e os pralinés frescos.
Tipo de macaron inventado
pela própria confeitaria, com re-
cheio mais cremoso e farto,
existe em mais de uma dezena
de sabores, como caramelo
com flor de sal, champanhe e
chocolate.
São vendidos por peso.
Uma caixa com cerca de 15 lu-
xemburgerli sai por CHF 17.
As trufas também são por peso
e nada caras. A caixa com 12
custa em média CHF 15. (AG)
Jardim chinês, presente da cidade-irmã asiática Kumming: pagodes e lago no interior, e restaurante take-awayÀs margens do lago Zurique, há lugares para contemplar os Alpes
Refúgio paraartistas
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 29 - TURISMO
NoMarkethalle: flores, embutidos, tortas salgadas,massas frescas, cervejasartesanais e temperos domundo
Agência O Globo
Os contêineres empilhados
da loja Freitag agora contras-
tam com o azul celestial e cha-
mativo da Prime Tower, o
prédio de escritórios mais
alto da Suíça,
inaugurado
no final de 2011.
Em novembro, o primeiro
25Hours Hotel de Zurique abre
as portas ali na vizinhança.
A rede associada a Design Ho-
tels faz a linha cool econômica
(diárias a partir de CHF 180) mas
esbanja cores e conceitos. As duas
novidades representam o presen-
te de Zürich West, antigo distrito
industrial que passou por um pe-
ríodo decadente e ressurgiu co-
mo a área preferida dos descola-
dos.
A marca suíça Freitag, que
faz bolsas e carteiras reaproveitan-
do lona de caminhão e cintos de
segurança, está ali desde
2006. Os 17 contêineres
onde a loja está instala-
da, com um miran-
te no topo, vira-
ram atração tu-
rística.
O mesmo se pode dizer do Im
Viadukt: o antigo viaduto onde
ainda hoje passam trens foi refor-
mado para abrigar na parte infe-
rior lojas de novos estilistas,
brechós, restaurantes, cafés, etc.
E há dois anos, foi inaugura-
do ali o Markethalle, uma
área aconchegante com 15
bancas de produtores e im-
portadores.
São flores, embutidos,
tortas salgadas da The Pie Shop,
massas frescas, cervejas artesa-
nais, temperos do mundo inteiro
distribuídos pela Merlasco, quei-
jos de todas as regiões suíças e,
curiosamente, o The British
Chesse Center com 70 variedades
de queijos britânicos.
O brunch de sábado é concor-
rido no Restaurant Markethalle,
que oferece omeletes e carnes em
um dos cantos do mercado.
Zurique
MERCADOS, BRECHÓS, HOTÉISE O BRUNCH DE SÁBADO
TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
COMIDA: Indicada peloórgão de turismo oficial deZurique, a rede de supermercadosMigros têm restaurantes compreços razoáveis (o menu fixo dealmoço varia entre CHF 10,50 aCHF 13,50, ou de R$ 23 a R$ 30)e estão em vários endereços
As lanchonetes têm opçõesde pizza, sanduíches, linguiçastípicas e saladas, sempre emconta. Nos supermercados, a redetambém oferece a própria marca
de chocolates ao leite e amargo,que são bons
INTERNET: A Swisscomlançou este ano um novo serviçopara os viajantes: um modemWi-Fi portátil, do tamanho de umcelular. O pacote mínimo é decinco dias, com 2 GB develocidade e possibilidade deconectar simultaneamente atécinco aparelhos. Sai por CHF 36(R$ 78) e pode ser devolvido emqualquer caixa de correio. Umaeconomia com roaming de dados
ONDE IR
Cabaret Voltaire: Confira a programação nosite cabaretvoltaire.ch. Spiegelgasse 1.
Café Odeon: Limmatquai 2. Tel. 41 (44)251-1650. odeon.ch
Migros Gastronomie: Um dos endereçoscentrais é Löwenstrasse 31-35 (aberto de segundaa sexta-feira, das 7h às 20h; sábado, de 8h às18h). Outros no site migros.ch.
Sprüngli: Um dos endereços centrais éBahnhofstrasse 21. De segunda a sexta-feira, das7h30m às 18h30m. Sábados, das 8h às 18h.Outros no site spruengli.ch �
Viaje a ZuriqueCOMO CHEGAR
A Swiss tem voos diretosentre São Paulo e Zurique porR$ 2.483. A Air France voa apartir do Galeão, via Paris, apartir de R$ 1.989. Valores comtaxas para a segunda quinzenade novembro
ONDE FICAR
25Hours Hotel: Abre dia 1ºde novembro em Zürich West.Diárias a partir de CHF 180 (R$391), com Wi-Fi gratuito.Pfingstweidstrasse 102. Tel. 41(43) 243-6310.25hours-hotels.com
Best Western Montana:Próximo da estação central detrem. Diárias a partir de CHF 165(R$ 358). Konradstrasse 39.Tel. 41 (43) 366-6000.hotelmontana.ch
ONDE IR
Freitag: De segunda asexta-feira, das 11h às 19h30m;sábados, das 10h às 18h.Geroldstrasse 17. freitag.ch
Im Viadukt: Fica ao lado daestação de trem Hardbrücke, naViaduktstrasse. Confira emim-viadukt.ch horários defuncionamento
Preços razoáveis
Saiba mais
Centro: igrejas
com vitrais de
relevância
artística
Agê
ncia
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lobo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 / 31 - TURISMO
Paulo Coelho
Histórias daAmérica Latina
Escritor
“ Ao invés de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar
aquilo que provocou a queda”, ensinou um feiticeiro mexicano
O poder daimagem
Uma lenda peruana nos fala de
uma cidade onde todos eram feli-
zes. Todos faziam o que dese-
javam, e se entendiam bem - me-
nos o prefeito, que vivia infeliz
porque não conseguia governar na-
da. A prisão estava vazia, o tribu-
nal nunca era usado, e o tabelião
não dava nenhum lucro porque a
palavra valia mais que o papel.
“Falta autoridade aqui”, pensa-
va o prefeito. E tentava, de todas
as maneiras, fazer com que as pes-
soas obedecessem a leis absurdas
criadas pelo governo central. Nin-
guém dava bola.
Até que o prefeito teve uma
ideia. Mandou vir operários de
longe, que fecharam o centro da
praça principal da cidadezinha
com um tapume, e começaram a
construir algo. Durante uma sema-
na, ouviu-se martelos batendo, ser-
ras cortando madeira, vozes de co-
mando dos capatazes.
Certa tarde, o prefeito convi-
dou a todos da cidade para a inau-
guração. Com toda solenida-
de, os tapumes foram retirados, e
apareceu... uma forca.
Novinha em folha, com a cor-
da balançando ao vento, e as ferra-
gens do alçapão bem lubrificadas.
A partir daquele momento,
todo mundo que passava pela pra-
ça via a forca. As pessoas foram fi-
cando tristes, sem ter certeza de
que estavam agindo certo. Come-
çaram a se perguntar o que aquela
forca estava fazendo ali - e, com
medo, passaram a ir na justiça re-
solver qualquer coisa que antes
era resolvida de comum acordo.
Passaram a ir ao tabelião, registrar
documentos que antes eram subs-
tituídos pela palavra. E passaram
a escutar o prefeito em tudo, com
medo de ferir a lei.
A lenda termina dizendo que a
forca nunca foi usada. Mas bastou
sua presença para mudar tudo.
Amaldiçoandoà toa
Um feiticeiro mexicano con-
duz seu aprendiz pela floresta. Em-
bora mais velho, caminha com agi-
lidade, enquanto seu aprendiz es-
correga e cai a todo instante.
O aprendiz blasfema, levanta-
se, cospe no chão traiçoeiro, e con-
tinua a acompanhar seu mestre.
Depois de longa caminhada,
chegam a um lugar sagrado. Sem
parar, o feiticeiro dá meia-volta e
começa a viagem de volta.
“Você não me ensinou nada
hoje”, diz o aprendiz, levando
mais um tombo.
“Ensinei sim, mas você parece
que não aprende”, responde o feiti-
ceiro. “Estou tentando lhe ensinar
como se lida com os erros da vida”.
“E como lidar com eles?”
“Como deveria lidar com seus
tombos. Ao invés de ficar amaldi-
çoando o lugar onde caiu, devia
procurar aquilo que provocou a
queda”.
Dar tambémum pouco
Um grupo de estudantes uru-
guaios estava reunido numa casa de
campo, quando o caseiro chegou -
contando uma tragédia nas redon-
dezas: uma casa incendiou-se, dei-
xando mãe e filha desabrigadas.
Imediatamente, uma das estudan-
tes iniciou uma coleta, para ajudar a
família a reconstruir sua casa.
Entre os presentes estava um
escritor pobre, e a moça resolveu
não lhe pedir nada.
“Um momento”, disse o escritor,
quando ela ia passando adiante.
“Também quero contribuir”.
No minuto seguinte, escreveu
em um papel o que havia aconteci-
do, e colocou-o dentro do pote
que estava sendo usado para arre-
cadar o dinheiro.
“Quero dar a todos esta tragé-
dia. Que ela seja sempre lembrada
quando pensarmos nos pequenos in-
cidentes de nossas vidas”. �
32 / São José do Rio Preto, 4 de novembro de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO