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'E' necessário republicaniiar a Republica". JOAQUIM MURTINHO.
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diário pcí.mco r. notili o so
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Redação, Administração c Oíficte;"SU»» lií«a«j«e de €*xlas, 5SS
P&rahyba do Norte—Brasil
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Anno II Redactor Gerenie-S E V £ RIN 0 ALVES AYRES N.- 171
PUBLICA HOJE:A presideucia da llc-
puF»lica.Kcnador Aaitonlo Man-
Na.SD«*put(Mlo Oct«clllo do
AIE»U<fllC&'<|UC.í> |i«lk'lamcnto da
|»aft£na semanal.(Cotas.l&CtfistO (W.)<>!> pac Ae. Antônio Sll«
vímo (Sixt.)"4? «íonua!1' social.'*<> Jornal" esportivo."O Jornal" da praça.Om farrapos (10xt.)Varias «noticias.
,
| Republica
o augmento, para seis annos, do
período presidencial.flo que nos informam, é
opinião corrente no parlamentoque essa ampliação comece poruma disposição trasitoria danova carta constitucional, a tereffeito durante a administraçãodo integro sr. dr, Arthur Ser-nardes.
SNjida mais razoável, nemmais justo.
O exmo. sr. 'Presidente daRepublica está executando, semestardalhaços, sem reclamos, coma serenidade que é a caracte-ristica de seus nobres requisitosmoraes, a obra monumental dareconstrucção da nossa situação
financeira, base de todo o nosso
progresso e desenvolvimento.'Para isto, além de coragem,
paciência e firmeza, é neces-sarlo um factor valioso e im-
prescindivel—o fempo.fl ü\[ação, que estd ao seu
lado, solidaria com elle neste
gntre as innumeras questões grande trabalho de acrysoladoimporlantes de que se oecupou patriotismo, não lhe negara, pe-o eminente sr. dr. flrthur Ber- los seus representantes, o apoio
nardes, na Mensagem com que indispensável para a modificaçãose dirigia ao Congresso Nacional, de que faliam Vozes auetoriza-
em 3 de Maio ultimo, figura, das, no sentido de levar porcom accenluadó relevo, a revi- diante, até o fim de seu man-
são constitucional. dato, o plano financeiro de seu
S. exc. veio assim, ao encon- programma administrativo,tro do sentimento geral da Na- Por outro lado, sendo como
ção. D paiz está dominado por é, o mais forte dentre todos os
um cansaço, uma fadiga, que governos que tem tido o Brasil,
se exterioriza numa tão visível e de 89 até hoje, pelo apoio leal
contagiosa descrença, que não e franco das classes armadas,
é mais possível persistir, inad- que s. exc. soube harmonizar e
vertidamenle, nesta situação a- prestigiar num justo critério de
molknlada e frouxa que vae, selecções, e pela confiança que,aos poucos, matando todas as com poucos actos, soube infun-
iniciativas e destruindo as espe- dir nos meios partidários e nas
roncas, o.j enthusiasmos dos mais massas populares, o eminente
arrojados e optimistas. dr. flrthur Bernardcs, orienta
O preclaro dr. flrthur Ber- os seus passos no sentido de
nardes, num golpe de vista se- implantar nos Estados, com a
guro, pouco tempo depois de sua auetoridade, uma politicater em suas mãos a responsabi- superior de tolerância, de ordem,
lidade da direcção dos negócios de liberdade e de honesta e effi-
públicos, formou a convicção de caz applicação das rendas pu-
que não será sensato nem pru- blicas. £ isto é incompatível com
dente permanecer no tortuoso o regimen de feitorias e camari-
caminho, pelo qual, a cada lhas em que se Vão desaggregan-
momento, mais nos approximaria- do diversas províncias da nossa
mos de gravei decepções e incer- federação,lezas, num ambiente social e poli- O feitio moral de s. exc. é
tico aggressivo e hostil, talvez, às contrario a essa política inco-
próprias instituições republicanas, lor e supinamente egoistica
Um dos pontos da reforma é e desorganizadora de sysie-
maiica abstenção. O honradosr. dr. flrthur Bernardes temexercido, com habilidade e dis-crecão, uma accao fiscalizadora,criteriosa e providencial d bôa mar-cha dos acontecimentos politicosestaduaes. Este tem sido, incon-teslavelr.ienle, um dos signaesmais evidentes e persuasivos dacomprehensão que tem s. exc.de seus deveres, como chefe deuma grande democracia.
Só assim, nos Estados, será
possível um raio de sol para cor-religionarios sobre os quaes pairaa ameaça de uma noite sem fim,de injustiças e arbitrariedades.
Com seis annos de adminis-tração, muito poderd fazer o
preclaro sr. dr. flrthur Ser-nardes, na ordem politica, pelafelicidade de seus jurhdiciona-dos em qualquer parte, onde
habitem, do nosso território.Confiemos todos na clarivi-
dencia, na rectidão e, sobretudo,nas energias cívicas do eminentecidadão que ora oecupa, comraro fulgor, grande desprendi-mento e abnegada coragem, a pre-sidencia da Republica.
ísiiiGí mm mmlOODOOOGOOODOOOQOQOQOQOg sem escala pelo porto de Jara-
guá, em competência manifestacom os navios do Lloyd Brasi-
leiro.Porque teria tal gesto o go-
verno di Bélgica Brasileira?g Domingo, amanhã, apor- 2O tara a esta cidade o vapor g"Itapema", da Companhia g
Costeira, em cujo bordo gregressa ao Estado o nosso g
g respeitável amigo, o exmo. gQ sr. senador Antônio Massa. 8
Figura de inquestionável grelevo na politica da Para- ghyba, leal e combativo, s. gexc. retorna á terra natal Ü
Q cada vez mais convicto do íô cabal desempenho do man- po dato que o eleitorado pa-< tricio houve, com justiça, go confiar-lhe. Disso falam §O bem alto a consideração gO pessoal que lhe dispensa o g8 chefe da Nação e a estima QOi :¦¦¦¦¦¦'• fig de que goza no circulo dos y
proceres da politica nacio- gnal. q
Pelo facto de somente gá noite havermos resolvidonão fazer circular amanhã
O esta folha, deixamos de re-O gistar de maneira condigna QO o regresso do illustre par-r*"í 1O lamentar, fazendo-o destaO maneira singela, sem nos ^o alongarmos \ sobre o real g
Deputado Ostacilie ie Al-iiBfie
Este nosso prezadissimo ami-
go e redactor, dando cum-
primento a um dever, cuja so-
tisfação lhe foi muito grata, te-
ve hontem a honra de visitarem o seu posto de trabalhos a
brilhante officialidade do 22o.Batalhão de Caçadores, estacio-
nado nesta Capital.S. excia. fora retribuir á cor-
tezia daquelles servidores da Pa-
tria, que, pessoalmente, compa-
receram incorporados ao seu des-
embarque, quando há poucoregressara do Rio. Teve o nos-
so companheiro de trabalhos,alli, condigna recepção por par-te dos officiaes, á cuja frente
estava o illustre Commandantele. cel. José Franco da Fonse-
caApós longa palestra, deixou
o deputado Octacilio, o Quar-tel, sempre cercado de démons-
trações de respeitoso affecto of-
ferecidas pelos amigos visitados.
o valor daquelle politico o que8 faremos na próxima oppor-O tunidade.
Para o desembarque de Q.„ s. exc, que terá lugar, pos- g8 sivelmente, pela manhã, em O§ o nosso ancoradouro inter- g8 no,-convidamos os nossos oo amigos e correligionários, o
ooooisaoooooooooooooooooo
-O sr. Agente da Gompa-
nhiá "Lloyd Real Belga", as-
sim o explicou:-"O governo alagoano nada
mais fez do que amparar a pro-ducção agricola do Estado, bus-
cando os exportadores e novos
mercados para collocação dos
principaes produetos da lavouraalagoana.
"Interessado pelo progresso a-
grario do meu Estado, não sen-
tindo interesses pela política ala-
goana" (eis-rae aqui, senhores!)--"apresentei á Camara dos srs.
Deputados uma completa expo-síção dos beneficios que pode-riam advir para os produetos a-
lagoanos se houvesse uma peque-na subvenção ás Companhias cie
vapores, estrangeiras. E effecti-
vãmente assim aconteceu."O mercado de Maceió, que
não exportava para Montevidéo e
Buenos Aires", (é Incrível])"por falta de vapores directos,começou a embarcar assucar paraaquelles portos, então desconhe-cidos dos nossos exportador.Esses embarques eram feitos nos
vapores da "L. R. Belga", ao
insignificante frete de 2$000 porsacco de assucar de 60 kilos.
¦9
VREGISTOImnaggmaBge—¦a» i nu 'i"1111'1'^
Havíamos escripto o--Registo,-de hontem, quando nos veio ás
mãos, pelo Correio, a "Revista
dos Estados", de publicação na
Capital da Republica e sob o
numero 32 da sua ordem.Percorrendo o elegante ma-
gazino, vimos uma noticia sobre
o Lloyd Brasileiro, extrahidà do"O imparcial", do Rio de Ja-neiro.
Porque a noticia no seu rela-
to se prenda ao que commentei
no meu Registo, vem assim a
talho cie foice falarmos do quelemos na victoriosà revista.
O governo de Alagoas con-
cedeu a duas Companhias estran-
geiras de nsvegação, subvenções
para que os seus buquês íizes-
"As viagens desses vapores são
de 12 dias, no máximo, de Ma-
ceio a Montividéo e a Buenos
Aires e, até agora, os exporta-dores não tiveram reclamações.
"O nosso Lloyd, entretanto,cobrava e certamente ainda co-
bra o frete de 7$000 por sac-
co de assucar dc 60 kilos, parao mesmo destino, sem garantiasno acondicionamento, uma vez
que este assucar seria transbor-dado no Rio, onde o estrago é
fatal, como sempre acontece comas mercadorias de cabotagem".
Estamos, portanto, certo» de
que se o Lloyd quizesie estariaapto para siípplantar todas asCompanhias que sulcam o nossomar!
E ainda mais certo andou o
governo ck Alagoas não espe-
rando pelos ovos--nas gallinhas!
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.'rodúÉ ^s melhores •"* ¦© maio afamados sabonetes «Io paia:
Grande prêmio na Bxposlçào In-ternâcional do Centenário
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P*^3íste para veada em grosso e a varejo, á AvenidaSC5 ds Agosto, £o
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n: 248 e 252.em 4101 accies io lis 21
Director Presidente
Director Secretario
Engenheiro fosé Heronides de Hollanda Costa
Oliver Adriano von Sõhsten
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íícos rccebedoies do afamado ciniento í')iUFFALO
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Praça 15 de "Novembro.
í 03 Parahyba do Norte
n 9Jii mm aiai
ESCRIPTORIO EM PARAHYBA_&_aa SSairâ© dia; fl^assagem, »
C£il2EiS»i -poesteai rx» £><3
A mais bem apparelhada Usina de beneficiar e prensar algodão, existente neste Estado,
e que, gosandò de favores officiaes, oíferece aos Srs. agricultores e exportadores de algodão, as
seguintes vauíag^ns1
10 [. de abatimefito !obre os direitos de exportaríio . (é\. nos fretes da QreatWesteni, & Campina a Cakdello
àkn de bofilH-açoc especiaes que concüri àpille que preencher as condições (ia tabeíla em vigor.
Fornece gratuitamente somente expurgada.
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'¦sMinniw-iniiini ¦ m tem i —— J—_ w»^B-BsJi»Ms»Btt*-_-»afitVw--»-e-»^»»??»»'»»<>'»??»?»
?t; O tempo $!*?
Febrilmente, minuto por minuto,No coração, recôndita officina,As asperezas todas exterminarDa vida humana—esse diamante bruto.
A's vezes canta, que a cantar o escuto(J\Çuma alegria extranha e repentina...Mas, outras vezes, triste, elle examinaA obra e como que se põe de lucto.
Alma de artista, eterna incuntentavel,Vê que a cada impureza, inexorável,Ü\Ca gemma rude, outra impureza medra l
fèntão, sem fé, da agitação tremendaPára e, tranquillo, desarmando a tenda,Vae polir n'outra tenda um'outra pedra.
-.aioisier Escoltar.
as Vila de perto
parece ter declarado guerra semquartel a todos os compositoresclássicos e modernos, ouvimos apalavra de um estranho passageiro.
Tomou o transatlântico em Bar-celona; ninguém sabe como sechama, porque nem ao menos seunome figura na lista. A'parte esseporrnenor, por demais estranho, ohomem é amabilissimo, sympathico esem exaggero. Tem uma palavraapropositada para todos e uma agu-deza sempre prompta para desviaras perguntas indiscretas que, emverdade, não são poucas. Esta noi-te o desconhecido está mais loquazque de costume. O thema lhe éopportuno: íala-.e da mulher. So-bre ella, sobre o arco-iris de suaalma complicada, sobre sua nefastainfluencia na vida intellectüal dohomem, se estende o desconhecido,dando a suas palavras toda a corque sua voz ou sua priysionomiaum tanto impassível não ajudara.
—Pcrsm, e?sas idêas. são origi-naes, tão acres, tão de...
Um dos ouvintes nos dá a so-lução, ou melhor, nos rouba a pa-lavra que estamos por pronunciar:
—Essas idéas, se me nao enga-no, se parecem ás de VargasVila...
—São minhas ...—Que sejam. Mas, na novella
íbis...—E' que Vargas Villa sou eu...
No. roçaSob a gloria paga dos céus escampos,Na fazenda tranquilla, c luar, a Üux,Prateia a relva e em frondes se introduzArgenteando a esmeralda aos fruetos lampos,
Enche um tom de mysterio e lenda os campos;Pela paisagem, que a sonhar induz,—Sarabanda frenética de luz—Começam a bailar os pyrilarnpos.
Na alva estrada, que entre arvores se entorta,Pesa utn veu de tristeza e solidão...Num derradeiro adeus á tarde morta,
Soluça no terreiro um violão.E o som maguado de cantigas cortaO silencio pesado do sertão.
Rosailna Ccilho Lisboa.
curiosos -0 methodo de vida do autor"íbis" -- A soledade é a sua Insplradora
-0 calumnlador ajuda a sua victlma avencer na vida.
Quem por ahi, que se dá aotrato das lettras, desconhece o es-criptor colombiano José Maria Var-gas Vila, o rebellado cuja escola,distinguida pela originalidade docunho, tão discutido o tornaram emtodos os meios intellectuaes daquie d'aléoi Atlântico?
Vargas Vila, deixando a Hespa-nha, donde tem irradiado toda asua pujança de concepção, atravésde mais de cincoenta obras dadasa publico, não há muito veio des-fastiar na America do Sul.
O autor de íbis, de La Muertedei Condor, de La Conquista deBizancio, o inexhaurivel de Né-mesis, inckiiu também p Brasil naescala de sua viilegiatura.
E a metrópole o teve no seuseio durante algun? dias, despido,alias, daquella misanthropia de quese ufana o "grande solitário".
Vargas Vila deu-nos o ouro dasua palavra, não sem o ressaibo dalisonja elegante e cavalheiresca.
Nao é, porém, da sua estada noRio que vamos respigar factos ecommewtarios.
Antes de o acolhermos, já osintellectuaes portenhos lhe haviamsido hospedes.
Alli como aqui, a curiosidadede ver e privar com o demolidore revolucionário, trouxe em polvo-rosa meio mundo.
E', pois, em Buenos Aires, quevamos conversar Vargas Vila, meJ-cê da interferência de illustres con-rades daquella grande capital.
Quem é o egresso da NovaGranada ?
Dil-o, a largos traços, o redactorde La Razon."Qualquer leitor enthusiasta deVargas Vila não o reconheceria noseu physico, tal como elle é. Comeffeito, o formidável theotista dademocracia revolucionaria, o autorde tanto anathema fulminante, detanta phrase candente e ardorosa,de tão apaixonado amor pelo gran-dioso, e de tão soberbo desdémpelas mediocridades, é um correc-tissimo cavalheiro de 60 annos, depequena estatura e palavra suave,que desperta em quem delle seapproxima, uma sympathia irnme-diata.
O contraste é notável, sobretudoquando a pessoa se prepara afimfe ver a figura imponente de ummestre, de olhar carregado e gestoaterrador.
Annunciada a partida da Hes-panha, de Vargas Vila, é naturala preoecupação de que se anima-ram os jornalistas portenhos, todosempenhados em ouvil-o.
Eis como narra um trecho depalestra que manteve com o insignenovelista, o redactor do Ultimahora."No
fumoir do "Ré Vittorio",o elemento masculino procura dis-trahir as intermináveis horas de altomar, dissipando o tédio em cap ri-chosos espiraes de fumo.
A um canto, afastado o maispossível, do terceto de bordo que
—Como escreve suas obras?—Sou o que chama um metho-
dico perfeito. Escrevo sempre demanhã, exclusivamente de manhã etodas as manhãs.
-Cedo?—De 8 ás 12 1l2. Depois, um
passeio a pé, de três horas, exacta-mente, e que me leva, commumen-te, ao limite da cidade em que meencontro. Durante o resto do dia,não volto a ler nem escrever umalinha.
—E de noite «—Comquanto pareça
'exagerado,
posso asseguiar-lho que há quinzeannos não saio de minha casa ánoite. E este habito me acompa-nhará no decurso dos que me res-tam de vida...
—E' partidário da soledade?—Partidário? Enamorado, ado-
rador da soledade. Creio que nãohá visão exterior que possa com-petir com a belleza das paisagensinteriores. E, sobretudo, corn a emo-ção de uma 'tira de papel irnina-culada, sobre a qual adivinharnoa,vemos antes de escreve-lo, o nossopensamento plasmado.
—Mas o publico, que papel ex-erce nesses seus regosijos de ceno-bita?
—Nenhum, no momento da crea-ção. Escrevo para mim, só paramim. Penso e escrevo. Por isso,minhas tiras de papel nao têm nuncauma correcção. Por isso chamam aminha prosa de original e sern illa-'çlo grammatical.—M«, esboça suas novellas ?
—Sim, e nâo as abandono antesde conclui-las.
—De uma assentada ?—E1 a expressão; sirn. E isso só
o posso fazer, fugindo do mundo
e de suas distrações. Faz poucotempo que conclui um trabalho como qual estou satisfeito. Depois dehaver escripto 53 volumes, dediquei-me a escrever um prefacio paracada um. Não podem imaginar vo-cês o esforço que representa recor-dar as circumstancias em que seescreveu meio centenar de livros.
Renovar paisagens antigas e quejazem há annos na memória; pôr,na decoração, as mesmas arvores,as mesmas fontes, o mesmo céo quenos inspirou aquellas paginas devinte, trinta annos atrás!..."
.prstições servi.Os soldados servios levam para
o campo de batalha muitas e díffe-rentes "mascotes", pois, a raça ser-via é extremamente supersticiosa.
Os aldeões daquelle paiz têmcostumes muito esquisitos e os pra-ticam com grande fé para afastar omal e chamar a bôa sorte.
Em certas épocas do anno, oscamponezes fazem pequenas cruzesde madeira de determinadas arvorese as espalham pelas vinhas e peloscampos para afugentar as chuvas dopedra.
Este costume se observa geral-mente no dia 24 de abril, dia deSão Jorge, festa em que Iam-bém as mulheres invocam o auxi-lio de talismans, a fim de se tor-narem guapas.
A rapariga que deseja ter a cutisbranca, põe um ramo de flores de-baixo de uma roseira branca, e odeixa por toda a noite; ao contra-rio, as que desejam possuir a tezrosada, collocam as flores sob umaroseira vermelha, e as flores, assimenfeitiçadas, sao deitadas na águado banho.
As que desejam saber como equem será seu marido, separam namesa, o primeiro e o ultimo peda-ço de pão que se corta, ajuntam am-bos num pedacinho de pau e col-locam tudo debaixo do travesseiro. E-xiste a crença de que aesim lhesapparece, em sonho, seu futuro es-poso.
Como este pode achar-se no ul-tramar, o pedacinho de madeira,que fôrma parte do talisman, servede barco para cruzar.
Vargas Vila discreteia.Fala das lendas "boas, más e
peores" sobre sua pessoa.—"Não me molestam. A lenda
é a silva na furna do leão: impedea entrada das alimarias com o seuespinho. Ademais, historia tem-naqualquer. A lenda, nfto; é um dosfactores da popularidade, por horri-vel e calumniosa que seja... A mimnao molestam. Fizeram-me alcoólico,jogador,
"petimetre." miílionario;disseram que gozo quando meuslivros produzem algum mal. Pinta-ram-me intolerante e intolerável.Porem, os que cãlurrmiaram saomeus inimigos. E eu cultivo meusinimigos...
Sim. Creia me que a fama sópode edificar-se sobre nossos inimi-gos. Todos nós somos um poucoridículos e nos alegra poder exalçara um homem calumniado e maltra-tado injustamente. E' mais fácil umavoz se levantar em defesa de umaceusado do que em louvor a umabôa aeção... |.
E si não estivesse tão longa essaestirada, iríamos colurnna a fora norelato das particularidades e çapri- $Es>SliSiaS cipó, systema austríacochos desse grande talento esquisito j. _ . d„.„l„( -i p . \r v/'i preços módicos no vazar trarahye formidável que e Vargas Vila. r ;
Paremos aqui. bano de Herménegildo 7. Cunha,
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luzes politicos
Já entrou para o rol das verda-des .1 La Palisse a affirmação deque um doa maiores males para ampovo é o juiz político.
Evidentes por ii mesmas são ascons !iH'encias da accumulaçào dasfunc.ces de magistrado e corrilhei-ro pariidario.
Sobre isso temos falado aqui, ve-zes sem conto.
'azemos eom esforço tantomaior quanto com isto queremosoppor, se nào um dique á torrente,ao menos o nosso protesto, natural-mente platônico, como todos osprotestos.
O mal, porém, a despeito disse,cada vez mais se alastra, recrudescee sen: eremoniosamente estadeia.
—Como não haveria de serassim?
Está-se a ver a cada momento que,na aclualidade, os cumpridores es-trictos dos deveres funecionaes, semcor politica nem agachamento par-tidario, ficam para alli, á margemda corrente das graças, das atten-ções, da própria justiça.
Inutilizam-se, imprestabilizam-se,estec.lizam-se pela soa própria cor-recção.
Náo servem: são homens cheiosde escrúpulos, de tolices', são "hos-
tis", são "inimigos".—N.lo fazem o que quer o chefe
político?—São empeços, impecilhos for-
midaveis, que devem ser removidosna primeira opportunidade; estãocreando embaraços,
O castigo logo os fulmina.Se estão sujeitos a reconducção,
logo a condicionam ao pedido, áinterferência, á acquiescencia do che-íe local, a cuja dependência ficamos magistrados por lhe deverem talfavor.
—Que independência, que auto-nòmia, que liberdade de acção, queestimulo para o cumprimento serenodo dever terão esses grilhetas dajudicàtura?
Ao contrario disso, os que mer-gulham na lympha do partidarismo,com todo o pomposo séquitode salamaleques e doblezes, têmgarantida a estabilidade e assegura-do o accésso rápido.
Hoje, como triste symptoma ge-rai da magistratura brasileira, vemos,por isao, os juizes, magros ou gor-dos, nedios ou esgrouvinhados, aza-famados e suarentoc, a disputar aprimazia do primeiro cortejo aosque ascendem,—fiquem, embora, ásmoscas as fuaccões e arranhe-senesse afan a compostura de to-gado,..
.. Nós, porém, é que somos ostolos e os inactuaes...
19 policiamento da "urbs
| o os attentados áSem dopBs rheamatioas
"O Jornal" esportivo
E' sinceramente de estranhar a inacçao em que per-manece infelizmente a nossa Policia em face do que sevem operando com relação á propriedade privada entre nós,a qual se acha exposta á audácia dos gatunos mysteriosos.
De certo tempo a esta parte, com effeito, há oceorri-do nesta Capital um sem numero de furtos e roubos quebem demonstram a perícia com que são elies praticados, ea inefficiencia da acção dos agentes da segurança publica.
Em menos de uma semana teve a imprensa de regis-tar um numero vultoso de ataques a domicilies, dentre osquaes podemos de momento citar os nomes das seguintespessoas que tiveram as suas casas visitadas pelos larápios:drs. Miguel Santa Cruz e Adhemar Londres, cel. IsmaelGouveia, Epitacio de Britto, mr. Robinson, Antônio Ban-deira e Borromeu de Vasconcellos.
De todos esses a maior victima foi o sr. dr. MiguelSanta Cruz, roubado em valor superior a vinte contos deréis de jóias.
Pois bem: de nenhum desses crimes se apurou a au-toria.
Nem sequer apprehenderam os nossos Sherlocks vestígiosque os pudessem levar a resultados seguros e positivos,—não obstante alguns desses crimes terem sido praticadoscom requinte de pilhéria, como o da casa do cel. IsmaelGouveia.
Em face disso, é sinceramente de estranhar a ineffi-cacia da actividade dos agentes da segurança ^ publica, queassim se revelam, em casos da sua acção principal e nosmelindres da sua profissão, dorminhocos e quiçá ineptos.
—Que é de tres delegacias numa Capital pequena?—Que é da guarda civil quasi duplicada ultimamen-
te?Que é dos agentes "secretos"
qus nunea deixaramde existir?
—Que é dos "Assumpções" de vários matizes e fei-tios ?
—Só servirão elies, acaso, para a politica do interiorou os casos dos estudantes ? I...
| Depurando e Tonificando
o SANGUE com o
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"Orphanaío D.5?
Reunir-se-á amanhã a Com-missão Protectora
lírico
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Haverá amanhã pela amanhã,no local do costume, um "trai-
naing-match" do "Pytaguarer F,B. Clube", para o qual o :r.
Januncio Brandão. director de < :.-
portes respectivo, pede o c-*-o-
parecimento dn quadros aba. >:
l.o QUADROZérniguel
Patricio-AmorimPaschof.l-Gradin-Romano
Januncio-Pinho-Auielío (cap.)Waldemir-Nino
Reservas: Pires II, Britto, Fa-brica.
2.o QUADRO
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Xavier-Guedes-JoaquimAlfredo-Zévicente-ElpidiorPan-
taleão-Henrique '.
Reservas: Tônico, Rocha, Tam-
pinha.E8K2I2S
Sob a presidência do exmo. sr.desor. Heraclito Cavalcanti, reuniráamanhã a Commissão Protectora doOrphanato D. Ulrico.
A assembléa oceorrerá na sededo Superior Tribunal de Justiça, ás14 horas.
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O Pae de?>!? 001 ? ¦!?(¦.? Silvino
"O Jornal" social
Viu a luz pela primeira vez, navilla de Picuhy, no dia 12 do ex-pirante, o innocente Jacaúma, filhodo nosso amigo sr. José Paulino
Dantas e sua exma. esnsorte d.Ermelinda Erailia Dantas.
Parabéns.
Viajantes:A bordo do paquete nacional
«Rodrigues Alves» aportará hoje aeste Estado, de onde se achava au-sente há cerca de tres annos, odistineto moço, sr. José Maria deSousa Cruz, nosso ex-confrade deimprensa e actual zeloso funcciona-rio federal.
O digno parahybano, que vemservir na repartição competente nes-te Estado, receberá, de certo, mui-tos cumprimentos de bôa vinda, aosquaes antecipadamente juntamos osnossos.
De regresso de sua viagem ámetrópole do Paiz, onde foi emprocura de restabelecimento de suasaúde, acompanhado da exma. fa-milia, acaba de chegar a esta capi-tal o nosso prezado amigo sr. dr.Heronides de Hollanda.
Regosijando-noi com a presençado distineto cavalheiro, esforçadopropugnador do progresso da nossaquerida terra, cumprimentamo-lo af-fectuoiamente.
1'tsltaiife*:Veio hontem trazer-nos o seu a-
braço de despedidas por ter de se-guir para a importante comarca de
Thomazina, do Estado do Paraná, onosso amigo dr. Severino R. de Car-valho, ultimamente nomeado para ocargo de promotor publico da re-ferida comarca.
O sr. dr. Severino de Carvalhodeixa assim o nosso Estado, ondedesempenhou, entre outros, os cargosde solicitador dos feitos da fazendaestadual e director da Cadeia Pu-blica.
Agradecendo as suas despedidas,fazemos votos de bôa viagem e mui-tas prosperidades em o novo centrode sua actividade.
As festas de S. Pedro
Corno todos os annos, reali-
zam-se hoje e amanhã as festassolennes de commemoração a S.
Pedro.O "Clube Astréa" e o "Sport
Club Cabo Branco" promovempor aquelle motivo reuniões dan -
cantes em suas respectivas sedes,as quaes terão o brilho de cos-tume.
"O Jornal", para repouso dos
seus cooperadores, feriará hoje e
amanhã.
O pae do celebre cangaceiro An-tonio Silvino foi um cangaceiro nãomenos celebre nos certões do Nor-deste, um mestiço claro, forte e va-lente, Pedro Rufino Bsptista de Al-meida, appellidado o Baptistão, de-vido á alta estatura e avantajadocorpo. Tinha atraz de si vasta as-cendencia de criminosos e lutadores!Não entrou para o «cangaço» porsi só, ou por motivos que tão so-mente lhe dissessem respeito. Obe-deceu ás inclinações da raça e dafamilia, aos impulsos do sangue eaos exemplos da parentela. *
Foram seus parentes o famigeradocel. Xico Miguel, temeroso chefede patuléas criminosas, irmão da nSocelebre Dona Carlota, mandante deassassinios, autora de represálias ter-riveis, mulher de cabellinho na ven-ta, que, por fim, foi presa, julgadae condemnada a galés perpetua pe-los juizes da monarchia, acabandomiseravelmente oa dias no presidiode Fernando de Noronha.
Como tios-segundos dera-lhe odestino dois grandes e curiosos ty-pos de cangaceiros: o barão de Pa-jehú e José Antônio do Sacco dosBois. O primeiro foi puro exemplarde senhor feudal sertanejo; o segun-do, do homem primitivo, pundono-roso e valente, que se cangaceirizaimpellido pelas circumstancias me-sologicas.
Revoltado contra as injustiças eperseguições, poz o sertão em poi-vorosa e teve no seu encalço uiabatalhão do Exercito! Apesar disso,escapoliu-se e alcançou o Recife,onde embarcou para a corte. Obte-
ve uma audiência do imperador,contou-lhe as attribulações da suavida e do velho Pedro II recebeuindulto pleno, com o qual regressouao lar.
Em gráo mais afastado embora,também foram parentes do Baptis-tão, os chefes de cangaceiros Ma-nuel Ferreira Grande e o coronelManuel Ignacio, protector de Silvi-no Ayres, mestre de Antônio Sil-vmo.
Desde mocinho, sempre o paedeste demonstrou intranquillidade deespirito. Não podia demorar muitotempo no lugar.
Era um insatisfeito. Viajava con-stantemente e mudava de meio devida de quando em quando. Ondeesteve mais tempo foi, como-aggre-gado, na fazenda «Austríaca» dafamilia Ayres, sua parenta.
Em Campos Compridos, no valledas, Espinháras, íoi vaqueiro dumparticular qualquer. Depois, varou,sem destino, o sertão immenso, pe-rambulando por todo o sul do Cea-rá, da chapada do Apody á serrada Joanninha. Na zona dos Inha-muns, onde ainda resoava a famadas tropelias doo Morttes e Feito-sas, enamorou-se duma moça. Então,fazendo-lhe a corte, que foi bemacceita, aquietou-se ali um pouco.
Casou. Chamava-se a sua esposad. Balbina de Moraes e contavana ascendência, como o marido, osmaior-rs lutadores do sertão: peloIsdo materno os Alencarcs, «magnapars* nas rebeldias políticas do Ca-
(Continua na 8' pag.)
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i p ile Antônio Silvino
Vapores esperadosdo iwwrií
Rodrigues Alves a 28Portugal a 4 de julhoSantos a 7 de julho
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(Continuação)
riry, os Moraes, que participaramde Iodas as convulsões intestinas daprovincia, os Feitosas, que comba-terara - acarniçadamente oa Montes,e os Brilhantes da Parahyba, cujovulto principal fora o famoso Jesui-no; pelo lado paterno, o caudilhoPinto Madeira; heroe revolucionário,fusilado no Icó, e outro Moraes, umque trouxe as ribeiras dos arredoresem tal desassocego durante tantotempo que a esse período se cka-mou «a guerra do Moraes». Ora,de tal união, provinda de tal ances-tralidade, não é de estranhar quenascesse um filho como AntônioSilvino.
Casado, Baptiatão regressou aPernambuco e fixou residência emPajeW de Flores, na fazendapaterna, dedicando-se de corpo ealma aos trabalhos e cuidados da la-voura e criação. Se as condiçõesdo meio não lhe despertassem osinstinctos guerreiros e criminosos a-dormecidos no fundo da sua psyché,talvez que, cem elles profundamen-le sopit idos, conseguisse envelhecere morrer honesto e calmo. Mas avida do sertão não permitte isso ásmais oas vczen.
Sua situação econômica e seu tra-to natural, affavel e fino em relaçãoao cia rude gente da região deram-lhe clientes e certo prestigio pesso-ai. Como lia alguma coisa, impro-visou-se /ábula. Era intelligente econseguiu alguns triumphos nos fô-ros da vicinhança. Logo o fizeramsub-dc! gado de policia. No sertão,do criminoso á autoridade e destaaquelle, a distancia é nenhuma. Eisporque se pode affirmar que, assu-minio o posto que o governo lheconfiou, deu o pae de AntônioSilvino o primeiro passo para ocrime.
Trouxe-lhe o exercicio daquellasfuncçõea rancoroso inimigo na pes-soa dum fazendeiro visinho, prote-ctor conhecido de raáos elementos,que impediu de fazer o que enten-dia fiado noa «eus asseclas. QuandoBaptistão deixou o cargo, elle gaba-va-se publicamente, por toda a par-te, de pretender desfeitea-lo.
Certo dia, já aborrecido de ou-vir repetir o que o outro dizia con-tra si, tudo augmentado pelos intri-gantes, resolveu definitivamente «ti-rar a toima».
Fci á feira, no povoado próximo,Água Branca, montado no melhorcavallo, vestido de brim branco,cosi um bacamarte, que não men-tia fogo, a tiracollo.
Pela caminho, foi encontrandofeiraníes e curiosos com os quaesemparelhava o cavallo e conversavae pilhéria va, sem ao menos de le-ve í'iludir ao inimigo e ás suas bra-vatas. Assim, chegou ao povoado.
Era frente á praça da feira, ha-via ura hotel. Apeou-se e entrou.
Iracapú a 30Manáos a 3 de julhoMiranda a 3 de julhoCampos Salles a 7 de julhoBelém a 4 de julhoCampinas a 14 de julho
Pró-flagelladosA commissão das lojas maço-
nicas existentes nesta Capital,
que angariou donativos para os
flagellados das cheias do rio Pa-rahyba,--pede-nos tornemos pu-blico que aguarda o resultadodas distribuições mandadas effe-ctuar em varias localidades do in-terior do Estado, a fim de, op-
portunamente, poder apresentar ao
publico o respectivo relatório.
Os farrapos(Conclusão)
(Continua)
«III ¦! iliH" ««•
mmiwto'
(fô: ftlats a Banbonsem vidros e caixas de phanta-
zia proprioa para presente,
mm MURKLB LEMOS i Ga.
Lendo essa carta, Feijó sorriu.O grande ituano não acreditava
que o Rio Grande do Sul pudesse,sosinho, sustentar uma luta com oresto do Brasil. E a resposta foienviar para Porto Alegre, comosubstituto de Fernandes Braga, go-vernador deposto, uma figura detes-tada por Bento Gonçalves — Joséde Araújo Ribeiro. Mas o rio-grandense é feito de fibras de aço;não se quebra facilmente. O RioGrande já vinha de longo temposoffrendo do centro as maiores hu-milhações. Em 15 de abril de1823, José Bonifácio expediu umdecreto perseguindo o membro dajunta governativa do Rio Grande—Antônio Bernardes Machado, uni-camente porque Bernardes Machadoera amigo do ex-governador Salda-nha e por isso "podia vir a sermui prejudicial á segurança do Es-tado, se não tomasse a seu respeitotodas as medidas de precaução",dizia o aviso imperial.
Era uma provocação de José Bo-nifacio ao Rio Grande que, emuma eleição, vencera o candidatodos Andradas. Bernardes Machadoe Saldanha eram dous chefes po-derosos dos pampas. Mais tarde,após a batalha de Ituzaingo, o Bra-sil, contra a vontade do Rio Gran-de, assignou a paz com BuenosAires. Houve então (1828) um mo-vimento de rio-grandenaes para osargentinos, pois Ituzaingo era umanodoa na dignidade nacional, queprecisava ser lavada. Justamente oRio Grande era o mais interessadono revide, por ser o que mais sof-frera. Assim, os ânimos estavamexaltadiaaimos quando surgiu o in-cidênte de 20 de setembro de 1835.E a "Guerra dos Farrapos" foimotivada por uma intransigênciapolitica de Feijó. Disso resultou aproclamaçào da Republica de Pi-ratini na Serra dos Tapes.
Durante dez armo* o Rio G<*an-de, em defesa de sua liberdadepolitica, sustentou uma luta formi-davel com o resto do Brasil, oravencedor, ora vencido.
Em 1843 Caxias assumiu o com-
mando das forças imperiaes. E pro-clamou aos farroupilhas:
—"Lembrae-vos que a poucospassos de vós está o inimigo denós todos, o inimigo da raça e detradição. Nâo pode tardar que nosmeçamos com os soldados de Ro-sas e de Oribe: guardemos, paraentão nossas espadas e nosso san-gue. Vede que esse estrangeiroexulta com esta triste guerra, comque nós mesmos nos estamos en-fraquecendo e destruindo. Abrace-mo-nos e unamo-nos para marchar-mos, não peito a peito, mas hom-bro a hombro, em defesa da pátria,que é nossa mãe commum.
Sabedor dessa proclamação pa-triotica, cm que se lhe fazia refe-rencia, Rosas exasperou-se. Man-dou um mensageiro offerecer a Da-vid Canabarro um auxilio poderosode homens, armamentos e dinheiro,terminando com estaa phrases:
—"Meus homens estão promptospara se unirem aos valentes do RioGrande. A um simples aceno ellestransporão a fronteira e esmagarãoos imperiaes, combatendo comvoscopela vossa republica. Quereia o meuauxilio? Elle decidirá o vosso tri-umpho."
Canabarro respondeu:"Senhor. O primeiro soldado de
vossas tropas que atravessar a fron-teira fornecerá o sangue com queserá assignada a paz de Piratinicom os imperiaes, Acima de nossoamor á republica collocamos o nossobrio, a integridade da pátria. Sepuzerdes' agora vossos soldados nafronteira encontrareis hombro a hom-bro os soldados de Piratini e ossoldados do Sr. D. Pedro II."
Dahi á paz honrosa de 35 foium pequeno passo. Pouco depois,hombro a hombro, como disseraCanabarro, os republicanos de Pi-ratini com os imperiaes de Pedro II,batiam clangorosamente os platinosde Rosas na batalha de Monte-Caseros, limpando a nodoa de Itu-zaingo.
Asním Cintra.
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AJEOPERNTI-CATHARRAL(Conhecido por Xarope Naluristo E,C.)
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FORTALECE O PEITO E EVITA *TÜBEFtGULOSE
CURA RADICAI DA ASTHMA TOSSE BROHCHITE ela
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Aoarovado v«elo tít©f>€*f t«»xxx©xxto JNT«»ororxct lcl© SScutÁcl© F»tAt-»Iioc* do Sítio cie Jauelro»
«sol? ntiinero S5G1.
Baneo da PRUA MACIEL PINHEIRO, N. 77
CAPITAL l..©84:HOOSOOO
Tem correspondentes em todas as cidades do interior deste Esta-do e nas principaes praças do paiz.
Effectua descontos de notas promissórias e duplicatas de tacturasassignadas; empresta sobre penhor de mercadorias e caução de títulos;faz adiantamento sobre effeitos em cobrança.
Recebe dinheiro em deposito abonando as seguintes taxas:
(I) Conta Corrente de Movimento H ao anno
(I) Limitada até 10:000$ 5.'];
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(IV) Deposito a prazo fixo :de 12 mezes. ^T" 9 ii /'{." 6 ÓT
•• 3 u 5'j.(V) Deposito com aviso prévio:" 9 a 12 mezes . .' 7'{.
" 6 " 9 6"l*" 3 " 6 5*l-
. .Encarrega-se de cobranças e pagamentos nas cidades do interior •
demais do paiz, mediante módica commissão.
Iniciou-se a mudançado 22o. B. C.
Já teve inicio a mudança do 22o.Batalhão de Caçadores para o novo
quartel de Cruz das Almas.Esse facto, altamente auspicioso
para aquella unidade, é motivo de
parabéns para os officiaes e praçasdo disciplinado Batalhão.
Está contrariado?Os vossos desejos não se reali-
zam? Está doente? Aspira algumacoisa ? Quer ser feliz ? Em quatrodias terá resolvido qualquer desi-deratum. Cura doenças, combateatrazos da vida, dá sorte no jogo,amor, negócios, etc. — Mande umenveloppe com seu endereço prom-pto para a resposía. E' de graça.Pedir já á caixa postal n. 1298.Rio de Janeiro.
ItabayannaVende-se um motor, novo, força
de oito cavallos, uma machina A-
guia com 35 serras, uma prensa demadeira com proporções para em-
prensar até 150 kilos * de algodão;tudo novo e era perfeito estado.
Quem pretender dirija-se a Ma-nuel Germano, na mesma cidadede Itabayanna.
3-10
Edital_,.,—.MijumTiMMinMBiBii-miTiMiwrrTr-nT-«miniiiW"-"*-"-"-'"M" ' smmsamtt
nn> E
Cooperativa de Funccío-licosPubl
De ordem do presidente daSociedade de Funccionarios Pu-blicos neste Estado, faço publi-co para conhecimento dos res-
pectivos associados que, emsessão de assemblea geral, reali-zada a 14 do corrente, foramapprovados os estatutos da Coo-
perativa de Funccionarios Pu-blicos, fundada pela alludidasociedade; assim são convidadosos srs. associados a subscreve-rem as respectivas acções nostermos dos referidos estatutos,
que estarão á disposição dosinteressados, nesta secretaria,dentro do prazo de trinta dias,contados da presente data.
Secretaria da S. de Funccio-narios Públicos no Estado daParahyba, 17 de junho de1924.
O 1.9 secretario
Júlio Lins Pessoa de Mello.
(4-15)
om raego^i©Traspassa-se o conhecido es-
tabelecimento de modas desta ei-dade, "A ELITE", com ex-clusão do fiado, podendo as
pessoas interessadas se dirigiremao proprietário do mesmo, com
quem se entenderão sobre ascondições do negocio. Não obstan-te essa resolução, continua a"ELITE'' a receber das praçasdo sul grande copia de artigos,como sejam: sedas lisas e es*tampadas, fantasias finas, boasde pello e de penna e perfuma-rias dos melhores fabricantes,visando com isto, manter a pri-mazia na sua especialidade.
Rua Maciel Pinheiro, 211.-Parahyba.
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Um pequeno sitio com oplimoterreno para plantações, com 104metros de comprido por 80 delargura, na rua de S. Luiz, no bairroCruz das Almas, a tratar na Agen-cia dos Correios do mesaio bairio.
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qualquer quantidade, na fa-brica de camas, á rua Augustodos Anjos.
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