poiésis 171

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Literatura, Pensamento & Arte IMPRESSO www.jornalpoiesis.com Caixa Postal 110.912 - Bacaxá Saquarema - RJ - CEP 28993-970 [email protected] Ano XVI - nº 171 - junho de 2010 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro A poesia que nasce da vida É da vida vivida que nasce o fazer poéco. A literatura de cordel é uma dessas manifestações que estão visceralmente integradas ao codiano popular. Sua riqueza de eslo e manifestação foi tema de um encontro realizado pela Casa da Poesia em Arraial do Cabo mês passado. No evento, o professor João Moreno falou sobre a obra do poeta popular cabista Cicero Barros. Páginas 7 e 8. Junior Carriço, Pavão da Gaita e Edmilson Santini durante o evento na Casa da Poesia. Fotos: Camilo Mota Espuma da Praia Music Fest Página 6 Baixadas Litorâneas realizam conferência de cultura em Saquarema Página 11

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Edição nº 171, junho de 2010.

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Page 1: Poiésis 171

Literatura, Pensamento & Arte

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www.jornalpoiesis.comCaixa Postal 110.912 - Bacaxá

Saquarema - RJ - CEP [email protected]

Ano XVI - nº 171 - junho de 2010 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro

A poesia que nasce da vida

É da vida vivida que nasce o fazer poético. A literatura de cordel é uma dessas manifestações que estão visceralmente integradas ao

cotidiano popular. Sua riqueza de estilo e manifestação foi tema de um encontro realizado pela Casa da Poesia em Arraial do Cabo mês

passado. No evento, o professor João Moreno falou sobre a obra do poeta popular cabista Cicero Barros. Páginas 7 e 8.

Junior Carriço, Pavão da Gaita e Edmilson Santini durante o evento na Casa da Poesia.

Foto

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Espuma da PraiaMusic Fest

Página 6

Baixadas Litorâneas

realizam conferênciade cultura

em SaquaremaPágina 11

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2 nº 171 - junho de 2010

EXPEDIENTEO Jornal Poiésis - Literatura, Pensa-mento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunica-ção Ltda.

Editor: Camilo MotaDiretora Comercial: Regina Mota

Conselho Editorial:Camilo Mota, Regina Mota, Fer-nando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Celso Caciano Brito, Fran-cisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares

Jornalista Responsável:Francisco Pontes de Miranda Fer-reira, Reg. Prof. 18.152 MTb

Diagramação: Camilo Mota

CAIXA POSTAL 110.912BACAXÁ - SAQUAREMA - RJCEP 28993-970

( (22) 2653-3597( (22) 9201-3349 - Editor( (22) 8818-6164 - Comercial( (22) 9982-4039 - Comercial

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Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Petrópolis, Teresópolis e Rio de Janeiro.

Fotolito e Impressão:Tribuna de Petrópolis

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, em formato A4, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão de-volvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo do Word (.doc ou .docx). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

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O que vem por aí... em junhoTEATRO - O Teatro Municipal Ma-rio Lago tem uma variada progra-mação em junho, com atrações para crianças e adultos, com destaques para a apresentação do Coral Escola que Canta, no dia 24, e para a peça “Mulheres solteiras procuram”, no dia 11, trazendo para Saquarema os atores Pitty Webo e Daniel Del Sar-to, da Turma do Didi. 04/06 - Barney e seus amigos - Cia Paulista de Teatro - 17h11/06 - Mulheres solteiras procu-ram - A3 Produções e Eventos - 21h13/06 - A Princesa e o Sapo - R&A Produções - 17h18 e 19/06 - A Velha na Janela - Cia Baiana de risos - 21h24/06 - Apresentação CORAL Es-cola que Canta - Colégio Mun. Cas-telo Branco - 19h27/06 - As férias do Scooby Doo - Arte no Tom Produções - 17h

MINHA RUA É UM SHOW DE BOLA - A Prefeitura de Saquarema está promovendo um concurso para

eleger as três ruas com a melhor or-namentação para a Copa do Mundo. A premiação são três kits de chur-rasco, com direito a bebida, carne e fogos de artifício. As inscrições podem ser feitas até 18 de junho na Secretaria de Promoção Social (Bacaxá), na Secretaria de Turismo (Centro), na Administração Regio-nal de Sampaio Corrêa, e na Escola Municipal Ismênia Barros (Jaconé). Mais detalhes no site www.saquare-ma.rj.gov.br.

ANTOLOGIA DA REGIÃO DOS LAGOS - A Academia de Letras e Artes da Região dos Lagos (ALE-ART) reunirá em volume poemas de vários autores do país através de sua primeira antologia. Para saber mais detalhes do projeto e participar bas-ta escrever para o e-mail [email protected].

SERTANEJO UNIVERSITÁ-RIO - Show com a dupla Junior e Luciano, dia 11 de junho, na Back

Door, em Saquarema. Maiores in-formações pelo telefone (22) 9813-2505 e pelo e-mail [email protected].

MÚSICA AO VIVO NA PRAÇA - “Namorados na Praça” é o nome do show preparado por Jean Beta, dia 12 de junho, sábado, a partir das 20 horas, na Praça Oscar de Macedo Soares, em Saquarema. A organi-zação é da Associação Profissional dos Artesãos Autônomos de Saqua-rema.

NOITE DANÇANTE EM ARA-RUAMA - O Coletivo Cultural Ara-ruama promove a 1ª Noite Dançan-te do Shopping Pinho, no dia 12 de junho, a partir das 20 horas, com a Banda Via Midi. Professores de dan-ça estarão presentes em um aulão coletivo de dança pra ninguém ficar parado. Informações pelos fones (22) 2673-5162 ou (22) 9966-4114 (Jaida Mundim) e (22) 9958-4790 (Perla Duarte)

Financiamento de Campanhas EleitoraisGuido Bilharinho

Uma das principais causas − se não for a principal − do caixa dois e do financiamento das campanhas eleito-rais por grupos econômicos é o alto, às vezes altíssimo custo, dessas cam-panhas.

Para enfrentar as despesas daí de-correntes, os candidatos necessitam, com raras exceções, de recursos. Con-forme o cargo pleiteado, de vultosos recursos.

Esse mecanismo eleitoral é dupla-mente nocivo e perverso, além de antidemocrático, já que não dá opor-tunidades iguais a todos, afastando das eleições pessoas que não têm di-nheiro e nem se sujeitam a procurá-los nos grupos econômicos, dos quais ficariam reféns, como fica a maioria absoluta dos eleitos.

Nocivo justamente por isso. Nos cargos, não representam os eleitores e a sociedade da qual emergem, mas, os grupos financiadores, que inves-tem com o intuito de obter favores e vantagens da máquina pública.

Duas seriam as medidas eficazes

para solucionar tais problemas.Uma, o financiamento público das

campanhas. Porém, não injetando, para essa finalidade, recursos nos partidos políticos e, muito menos, nos candida-tos, mas, os próprios órgãos públicos (Prefeituras, Estados e União, sob a égide e direção da Justiça Eleitoral de-vidamente aparelhada) viabilizariam diretamente os meios publicitários, re-servando, por renúncia fiscal ou mesmo remunerando, quando o caso de invia-bilidade da renúncia, espaço e tempo na imprensa, rádios e televisões, montando palanques e infra-estrutura em determi-nados locais para os comícios e fixando grandes placas nas principais praças pú-blicas e locais estratégicos com espaços iguais para todos os candidatos.

Os modos operacionais desses eventos (cívicos) são facilmente exe-quíveis e executáveis, bastando von-tade, determinação e competência.

A segunda medida − imprescindível − é a proibição, absolutamente total, da realização de campanhas eleitorais fora do âmbito de sua veiculação pú-blica. A fiscalização disso é facilmente praticável, a começar que os próprios candidatos seriam fiscais uns dos ou-tros, bem como os eleitores de modo geral.

Fora desses parâmetros, é impossí-vel sanear e moralizar as campanhas eleitorais e injetar seriedade, respon-sabilidade e efetiva representativida-de nos mandatos.

A sociedade e suas entidades e ins-tituições têm de se compenetrar da necessidade absoluta dessas medidas de profilaxia eleitoral, a fim de que, efetivamente, sejam representadas pelos eleitos.

Guido Bilharinho é advogado em Uberaba, ex-candidato ao Senado Federal e autor de livros de literatu-ra, cinema e história regional.

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3nº 171 - junho de 2010

Vem aí mais um Moto Rock

Poesia na Rua

Fieis celebram a Festa do Divino em Saquarema

Regina Mota

A Festa do Divino Espírito Santo foi realizada em Saquarema no do-mingo, dia 23 de maio. A procissão percorreu a parte central da cidade e finalizou em frente à casa paroquial, onde muitas pessoas já aguardavam com uma mesa farta de pães e fari-nha, os quais foram abençoados e distribuídos entre os presentes.

Trazida de Portugal na época da colonização, a comemoração data de 1321, quando banquetes e esmo-las eram oferecidos aos mais neces-sitados. A “Festa do Divino”, uma das festas mais importantes do ca-tolicismo, é uma celebração feita 50 dias após a Páscoa, para comemorar o Dia de Pentecostes, dia em que, segundo a Bíblia, o Espírito Santo desceu entre os apóstolos de Jesus, no momento que os mesmos esta-vam pregando a pessoas de diversos países, havendo completa compre-ensão da Palavra.

Na cidade de Saquarema o culto ao Divino Espírito Santo tem pas-sado de pai para filho, fato notório durante a celebração. Enquanto os adultos entoavam cantigas com um

linguajar típico da terra, acompa-nhados por um violeiro e um triân-gulo tocado por uma das devotas, as crianças prestavam atenção e cantavam durante os refrões. A co-roa, carregada durante a procissão, compôs a mesa.

Antes do pároco da igreja Nossa Senhora de Nazareth, padre Zito, benzer os alimentos, a bandeira do Divino, com a imagem de uma pom-ba branca, era passada em formas de cruz sobre a farinha colocada so-bre a mesa. Em seguida o sinal da cruz era feito em cada monte do ce-real, simbolizando a benção ao “pão de cada dia”. Tudo sempre acompa-nhado pela cantoria dos Foliões do Divino. Após a benção do pároco foi servido almoço a todos os presentes.

“Os judeus tinham festa agrícola, em sinal de agradecimento. Mais tarde, quando Jesus ressuscitou, antes de partir Ele disse que envia-ria o Divino, seria alguém espiritu-al que viria do Pai”, explicou padre Zito. ”A benção – continuou ele – é para que ninguém passe fome. Em sentido de união.”

As fotos podem ser vistas no site: www.novasaquarema.com.br

Batizado de Capoeira no Primeiro Passo

Foi realizado no dia 23 de maio o batizado de Capoeira e entrega de cordas para 25 crianças e um adulto que participam do Projeto Primeiro Passo na Colônia de Pescadores Z-24, em Saquarema.

O evento contou com a participação de pessoas da comunidade e de pro-fessores de outras escolas de Capo-eira da Região dos Lagos, bem como de seus alunos. Treze cordas verde e cinza foram entregues a crianças en-tre 3 a 12 anos, uma corda amarela e cinza, uma azul, dez cordas verdes e uma verde e branca ao professor de Segundo Grau Zorro, que a recebeu

das mãos do Mestre Zezeu, vice-pre-sidente da Federação da Federação de Capoeira e presidente do IBPC – Instituto Brasileiro dos Profissionais de Capoeira. “Os profissionais têm que trabalhar mais na educação, dis-ciplina e respeito ao próximo, para não banalizar o esporte”, disse Zor-ro.

O Projeto Primeiro Passo irá re-ceber uma homenagem no Festival Mama África e Brasil de Capoeira, que será realizado no Sesc de Niterói, dia 26 de junho. O troféu será entre-gue pelo reconhecimento ao trabalho desenvolvido em Saquarema.

O Pecadores Moto Clube promove nos dias 18, 19 e 20 de junho, na Praça de Eventos de Saquarema, o VIII Saquá Moto Rock, um dos mais significativos encontros de motociclistas da Região dos Lagos. O evento deste ano conta mais uma vez com feira temática, praça

de alimentação e área de camping para receber representantes de motoclubes de todo o país. Estão confirmados shows com as bandas Apothrock, Rock 4 Ever, Oscaravelhos, Epidemia, Protocolo e Big Bee. Os shows começam na sexta e no sábado às 18 horas. A entrada é franca.

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O Pecadores Moto Clube organiza o evento que acontece anualmente em Saquarema

Dia 12 de junho - 16 horas na Livraria Templar em Bacaxá Varal de Poesia e Música ao Vivo

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4 nº 171 - junho de 2010

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CANÇÃO LÚCIDAAnderson Braga Horta

Transformar em beleza a própria dor...Fora glória demais! fora venturaimerecida! Arder a criaturana fogueira solar do Criador...

Seja, entanto, ilusão, crime, o que for,é mais alto o que anseia, o que procuraesta alma em seu destino de loucura,este peito em seus dédalos de amor.

Mais que tornar o pranto em flor, quiseratransfigurar do tédio a morna esferanesta nuvem de sonhos em que estou.

O que ousara, o que desejoé ser como a canção de um desejotocado pelo cego que não sou.

Brasília, 28.XI.1998

Anderson Braga Horta, em 2010, acaba de lançar “Signo – Antologia Metapoé-tica”, (Thesaurus Editora), com poemas seus, desde a juventude, de diversas for-mas de Metapoesia e em prosa algumas notas sobre Poesia. Este soneto integra o livro.

NÔMADEMárcio Salerno

Estranho, perdido mentalnão vejo coisas que não estãoláestranho, viajante mentalfugindo da realidade letal

Peregrino das ideias mochileiro cerebral perdido na existência vagabundo mental (a noite prega peças fatais)

Não vejo coisas que não estãolánão sei se percebo o realserei percebido por ele?maluco beleza, amaldiçoado mental?

O que vejo, está lá o que quero, acolá o que preciso, sei lá estranho, tuaregue mental fugindo da realidade letal

MÁRCIO SALERNO é escritor, jor-nalista, artista plástico e tradutor

POEMA DE AMORCamilo Mota

Ao amigo Fernando Fabio Fiorese Furtado

Amo, sim, a Nostalgia e sua forma de fêmea seminua:o corpo branco, como o leite a derramar-senas horas do primeiro encontro.Na busca essencial de meu hálito mais francosorvo de um copo de luz o toque do lábio (doce ainda) — gosto de amora em fim de verão.

Ela canta para mim a música noturnado campo imenso das Gerais antigas.Canta como o sino a vibrar barroco e roucoem ladeiras de Ouro Preto— quem sabe em que cidade habita o mesmo amor?

Nostálgica fêmea balança as ancas e ri como quem arranca,à força, o velho sonho de quem partiu sem dizer adeus.E na estação, sem apito nem condutor, o bilhete pousaComo um rito vago do trem de outrora,Que virou fuligem, mas não perdeu a memória.

Amo, sim, a vaga mulher de corpo branco.Nostálgica sombra, e seu vestido branco.

Camilo Mota é editor do Jornal Poiésis, membro da Aleart e da Academia Brasileira de Poesia. Reside em Saquarema-RJ.

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5nº 171 - junho de 2010

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Dino Gilioli

É fácil expressar palavras e iludir o trabalhador com o canto [das sereias

Difícil é dizer no olho do olho tirar das vistas a porção de areia

É fácil chegar primeiro para os aplausos da hora

Difícil é construir estradas e sedimentar o tempo que não se [encerra agora

É fácil pegar o dinheiro e esquecer ligeiro o motivo da [história

Difícil é alertar para o que virá e juntar forças para o que será

É fácil mirar-se apenas no bolso e limitar-se no aqui e agora

Difícil é mostrar calabouços e o que está por trás da memória

É fácil fingir labuta e se apropriar da luta dos outros

Difícil é unir o povo para que não se deixe enganar [feito bobo

É fácil se entregar pros homens feito quem não tem nome

Difícil é alimentar a esperança e cultivar a confiança

É fácil cada um no seu quadrado sem se importar com o outro do [lado

Difícil é unir forças e apostar numa saída mais [coletiva

É fácil feito manada não pensar em nada

Difícil é estimular a reflexão e deixar um mundo melhor para [os que virão

É fácil. É difícil. É difícil. É fácil.

Faça você o que puder pra viver com dignidade e nunca se esqueça:

Só é digno de se apropriar das conquistas quem luta de verdade!

Dino Gilioli reside em Florianó-polis-SC.

Marcelo J. Fernandes

por um triz seria uma rima não seria uma soluçãooutra vida

desejo de retê-laem todos os segundos, lacunas [e frestasdo dia que não finda.assumir dores, aflições seqüelasorientar sondas, cateteres,sofrer punção.

mas o cartão, o carro, a luz, os juros,o gás, o penhor

salvai, Nosso Senhor,a minha mulher, não;a mãe dos meninos meus que estamos sós estamos ímparessem norte, hora nem metro.

a casa em vãoa mesa sem arestaa bissetriz no lençolo reparte entre mim e a falta

não quero,meu Deus,não posso mais

NO OLHO DO OLHOunidade intensiva

ensaiar a mesma cena ler as mesmas rubricas o mesmo palco, enfimquero só o riso no fim

salvai, sim,salvai, Nosso Senhor,a minha mulher,para que eu reverencie os que [a curame inveje, de novo,os que lhe sabem por dentro

por um triznão seria uma rimaoutra soluçãoo peito dói e diz:

- nunca mais me fariam feliz.

Marcelo J. Fernandes é membro da Academia Brasileira de Poesia e professor universitário.

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6 nº 171 - junho de 2010

Espuma da Praia Music FestSaquarema ganhou no mês do seu aniversário dois

grandes shows que ficarão marcados na história da ci-dade. O Espuma da Praia Music Fest, que aconteceu nos dias 22 e 23 de maio na Praça de Eventos, trouxe atrações artísticas que conseguiram agradar ao públi-co que marcou presença à beira da lagoa.

No dia 22 a banda carioca Tchakabum contagiou a galera, estimada em mais de cinco mil pessoas. Com seu som eletrizante fez todo mundo cantar e dançar sem parar. Músicas como “Olha a Onda”, de Fuzuê e Marcelo Menezes, e “Meteoro”, de Sorocaba e gra-vada por Luan Santana, fizeram parte do animado re-pertório. Algumas pessoas da plateia foram chamadas ao palco para terem os “cinco minutos de fama”, ao lado dos artistas. Segundo os patrocinadores master do evento, Emerson e Fátima Frutuoso, da Pousada Espuma da Praia, a oportunidade de trazer um evento como este para o município foi uma forma tanto de incentivar o turismo como também de oferecer uma opção de lazer de qualidade para a população.

Já no domingo, dia 23, a dupla Mauricio & Mauri su-biu ao palco para mostrar o que há de melhor em ter-mos de música sertaneja. Os irmãos de Chitãozinho e Xororó, acompanhados da banda afinadíssima forma-da por mais quatro componentes, fizeram um show inesquecível. Além de músicas de sua autoria, a dupla lembrou ainda “Saudade de Minha Terra”, de Goiá e Belmonte, puxada por uma sanfona que fez ressoar toda a riqueza musical do sertão brasileiro.

O Espuma da Praia Music Fest foi uma realização da Associação Cena Aberta, com apoio do Ministério do Turismo e Prefeitura Municipal de Saquarema, e patrocínio do Restaurante Pimenta Vermelha, Doun Pepone, Galáxia Marítima, Restaurante Marisco, Em-préstimos Bom Rio, Frutuoso Empreendimentos, Cer-veja Devassa, Itograss e Tornado Motos.

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7nº 171 - junho de 2010

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Sob o ritmo do cordel em Arraial do Cabo

Camilo Mota

“Mas o poeta quer sobreviver.E recomeça, eterno,

A invenção da utopia.”(Anderson Braga Horta)

A esperança de ver o mundo mo-dificado, com maior valorização das relações humanas e o olhar direcio-nado para a cultura é o que parece mover algumas pessoas. Talvez elas sejam poucas, mas são essenciais na construção de uma nova histó-ria, com novos paradigmas, gerando uma força contagiante ao seu redor. É assim que percebo as ações que es-tão sendo desenvolvidas através de alguns projetos em andamento na Região dos Lagos, como o da Casa da Poesia, em Arraial do Cabo. Com am-plo apoio do empresário Paulo Ribei-ro e sua esposa Maria Luisa Barreto, o pequeno espaço sediou nos dias 7 e 8 de maio um evento sobre literatura de cordel que deve ficar marcado no coração e mente de muita gente.

Sob a coordenação de Fernan-da Machado, o evento foi aberto na noite do dia 7 como uma confrater-nização de cultura popular. Com de-coração temática, a Casa da Poesia serviu de cenário para performances do ator e cordelista pernambuca-no Edmilson Santini, do jovem ator Diego Sá, e dos músicos Junior Car-riço e Pavão da Gaita, além de outros artistas que se somaram ao grupo, numa celebração à vida e à arte, sob o manto sereno de um flamboyant que complementa a paisagem do local. Também houve espaço para a reflexão acadêmica, com o escritor Wilnes Martins fazendo uma abor-

dagem sobre a história da literatura de cordel, e o professor João Moreno abrindo um leque de múltiplas leitu-ras sobre o poeta e pescador Cecílio Barros Pessoa, tema de sua disserta-ção de mestrado. A “celebração” teve continuidade no sábado pela manhã na feira livre do município, onde Santini expôs sua obra e apresentou o rico e variado repertório cordelista para o povo local. E na noite do dia 8, o evento foi encerrado com a exi-bição do filme “Patativa do Assaré”.

A simplicidade dos versos dos cordéis revela a riqueza da cultura popular. Através de um sistema ha-bilmente estruturado de rima, métri-ca e oração — como tão bem frisou Edmilson Santini durante o evento —, os poemas ganham uma função social plenamente integrada ao seu meio. O cordelista pernambucano, vestido a caráter como um colorido trovador de outros tempos, inserido em nosso contexto pós-moderno, ressaltou a importância do verso po-pular na formação cultural dos jo-vens. “A literatura de cordel pode ser uma excelente ferramenta também na educação”, disse, fazendo referên-cia ao projeto que desenvolve em es-colas no Rio de Janeiro, onde são re-alizadas oficinas de criação de cordel.

O evento realizado pela Casa da Poesia mostra que ainda há espaço para sermos sublimes, para culti-varmos a beleza e respeitarmos as muitas raízes que sustentam a cul-tura popular nas pequenas cidades do país.

Camilo Mota é poeta e jornalista, edi-tor do Jornal Poiésis (camilomota.blogspot.com)

Edmilson Santini, João Moreno e Wilnes Martins na Casa da Poesia

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academia e, conse-quentemente, a uma “cultura dita supe-rior”; o segundo, é que, em razão de suas possibilidades, a literatura que pro-duzem tem um outro nível de elaboração que não está accessí-vel àquelas camadas sociais referidas por Ariano Suassuna. Na música, esse com-portamento não é di-ferente, basta, como exemplo, citarmos tantas composições feitas por Chico Bu-arque, Tom Jobim, Edu Lobo, Roberto Menescal, João Gilberto, entre outros, para percebermos que, embora esses artistas trabalhem sobre temas fun-damentais do cotidiano da população pobre, “Gente Humilde” é um exemplo claro de uma letra feita por Vinícius e Chico Buarque, todos esses artistas per-tencem a uma classe média privilegiada da sociedade carioca dos anos 60. São artistas que, de certa forma, se preo-cuparam com a vida social do homem simples e sofrido deste país, e que se co-locaram em defesa dessa gente humil-de “que vai em frente sem nem ter com quem contar”. Conforme diz Suassuna, o que fazem não é arte popular; é, sim, uma arte que tem profundas caracterís-ticas populares, mas que não tem ori-gem no povo pobre do Brasil. Dito isto, retornamos ao tema de nosso texto: a literatura de cordel e sua presença em Arraial do Cabo.

Lembramos, ademais, que é a partir do encontro entre o imigrante portu-guês e o escravo africano, que surgem as primeiras manifestações dessa arte popular. O início dessa literatura no Brasil está intimamente ligado à divul-gação de histórias tradicionais, narra-tivas de velhas épocas, que a memória popular foi conservando e transmitin-do; são os chamados romances de cava-laria, de amor, de narrativas de guerra ou viagens ou conquistas marítimas. Entretanto, nesse mesmo tipo de poe-sia, começam a aparecer a descrição de fatos recentes, de acontecimentos so-ciais que prendiam a atenção da popu-lação, e antes que surgissem os meios de comunicação modernos, como os jornais, esta literatura era fonte de in-formação, como acentua o eminente estudioso desse tema em Portugal, Te-

8 nº 171 - junho de 2010

Cecílio de Barros Pessoa – um poeta pescadorJoão Resende Moreno

A palavra Cordel é originária da Pe-nínsula Ibérica. A denominação é repre-sentativa de um tipo de poesia popular, de caráter essencialmente narrativo, que migrou para o Brasil no Séc. XVI, por força da colonização portuguesa. Recebe esse nome pelo fato de os fo-lhetos ficarem presos em barbantes ou cordas (daí a palavra Cordel), para ex-posição e venda em praças, ruas, feiras e mercados populares. Entretanto, a ex-pressão “poesia popular” não deve ser confundida com um tipo de manifesta-ção artística oriunda de qualquer classe social. Nesse sentido, é pedagógico es-clarecer que, para entendermos o signi-ficado dessa expressão, tomamos como exemplo o caso da música, que, em seus diversos gêneros, ocorre a denomina-ção “música popular”. Refletindo sobre o que diz Ariano Suassuna, isto é, que nem tudo que é popular advém do povo pobre do Brasil, devemos enfatizar que a poesia popular a que estamos nos re-ferindo é aquela oriunda das camadas desprestigiadas da sociedade, isto é, a que está assentada na base da pirâmide social e que, historicamente, foi motivo de preconceito da chamada “História Oficial”. Suassuna utiliza, para essa re-presentação, a terminologia “arte po-pular feita pelo povo pobre do Brasil”, para deixar claro que essa arte nasce das relações e práticas sociais, senti-mentos e sonhos, e que é, além de uma arte feita para alegrar e descontrair, é, essencialmente, uma manifestação da resistência do homem sertanejo, do agricultor, do artesão, dos tocadores de viola, do carpinteiro, do pedreiro, do vaqueiro; enfim, do povo pobre do Brasil. Exemplo mais evidente do tipo humano a que se refere Suassuna é Pa-tativa do Assaré, poeta nordestino (nas-cido no Ceará) que se tornou, no Século XX, o maior gênio da literatura de cor-del, cuja contribuição faz projetar esta arte para além das fronteiras do Brasil. E embora poetas como Manuel Bandei-ra, Carlos Drummond de Andrade, Vi-nícius de Moraes, João Cabral de Melo Neto, entre muitos outros, tenham to-cado em temas essencialmente popula-res, em suas poesias, não podemos afir-mar que esses poetas produzem poesia popular, uma vez que entre eles e os poetas de cordel há dois divisores fun-damentais; o primeiro é que pertencem a uma classe média, que tem um padrão econômico elevado, que permite o aces-so a bens de consumo próprios dessa classe, como por exemplo o acesso à

ófilo Braga. Essa tradição literária popular chegou ao Brasil no início da colonização portu-guesa, e encontrou fértil ambiência no Nordeste Bra-sileiro, em razão de nessa região encontrarem-se, entre os elementos (portugueses e es-cravos), as carac-terísticas culturais ideais para fixar-se e desenvolver-se. A partir da segun-da metade do sec. XIX, começam a ser impressos os

folhetos brasileiros, com características próprias daqui. Leandro Gomes de Bar-ros é considerado o primeiro autor da literatura de cordel que se tem notícia. Nos folhetos, os escritos são ilustrados por xilogravuras que representam im-portante espólio do imaginário popular, e seus temas estão quase sempre liga-dos aos fatos do cotidiano, episódios históricos, lendas e temas religiosos. Funcionam como divulgadores da arte cotidiana, das tradições populares e dos autores locais, além de terem grande valor na preservação e perpetuação das identidades locais e das tradições literá-rias regionais, contribuindo para a per-sistência do folclore nacional.

A força e exuberância dessa arte po-pular irradiou para os quatro cantos do Brasil e chega a Arraial do Cabo no iní-cio do Século XX, tendo como expoente maior o poeta Cecílio Barros Pessoa. A poesia em Cecílio conserva as mesmas características do cancioneiro popu-lar nordestino e segue os idênticos pa-drões, seja na forma (estrofes em sexti-lhas setessilábicas), seja na métrica dos versos (redondilho maior ou menor), e ainda, nas décimas (estrofes com dez versos), forma também consagrada na literatura de cordel, com raízes no Bra-sil sertanejo, conforme nos aponta o grande estudioso do folclore brasileiro, Luís da Câmara Cascudo.

No que toca ao conteúdo e aos temas, esses também seguem os modelos do cordel nordestino, com a abordagem dos temas tradicionais e dos fatos cir-cunstanciais e de repercussão social; entretanto, a poesia de Cecílio é tecida com natural obediência aos valores e características peculiares à formação cultural e étnica da população de Ar-

raial do Cabo, e, além disso, por seu olhar sobre a paisagem natural e o es-paço social. O mar e o pescador são as suas maiores preocupações e consti-tuem temas centrais em seus textos.

O poeta Cecílio Barros nasceu em 30 de outubro de 1902, no bairro Praia dos Anjos; era poeta nato, sobrevivia do seu trabalho na pesca artesanal e, por meio dele, sustentava sua família; a poesia era uma atividade cultural cotidiana, projetada e calcada em sua sensibili-dade, face às relações humanas que se travavam nesse pequeno território, que é Arraial do Cabo, com suas ricas he-ranças culturais, e suas fortes contradi-ções internas, em razão do seu caráter histórico e contextual de sua imigração. Por necessidade e contra seu desejo, Cecílio trabalhou por algum tempo na Companhia Nacional de Álcalis, época em que a pesca estava escassa. Começa a criar suas poesias aos 12 anos, quando teria recebido uma “mensagem vinda de cima”, confissão que fizera a seu fi-lho primogênito, Mires Barros Pessoa, segundo o qual, ele teria feito “mais de 800 poesias, todas de memória”, e recitava-as a qualquer momento. “Meu pai era uma fonte inesgotável”, relata Mires.

O poeta foi o grande responsável por documentar, por meio da poesia mne-mônica, toda uma época da vida de Ar-raial do Cabo, narrando seus costumes, suas festas, os “causos engraçados”, os naufrágios de pescadores, os elemen-tos religiosos, os fatos políticos e de re-percussão social, as lendas e o folclore. Sua produção contribuiu decisivamente para determinar o tipo de relação hu-mana existente no Arraial dos anos 20 até os anos 70 do Século passado, sendo importante destacar que, em suas poe-sias, Cecílio colocava em evidência um elemento essencial da cultura do povo cabista, isto é, um tipo peculiar de lin-guagem, deixando patente a marca de um vocabulário inerente a uma comu-nidade de “descendentes do isolamen-to”, e que conservava, por força da tra-dição oral, uma estrutura morfológica e fonológica tradicional no seu modo de expressar. Cecílio Barros faleceu no dia 21 de fevereiro de 1981, numa terça-feira de carnaval, aos 79 anos.

João Resende Moreno é Pós-Graduado em Língua Portuguesa e Literatura pela Fundação Educacional da Região dos Lagos (FERLAGOS) e Professor De Língua Portuguesa na Rede Pública de Ensino de Arraial do Cabo

Anita Mureb (1978)

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9nº 171 - junho de 2010

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A raiva de RicotaConto de Gerson Valle

O apelido Gouda pegou. Os colegas do curso de História até se esqueciam que seu nome era Antônia. Frederico ape-nas fizera um trocadilho entre o gordo queijo holandês e o fato dela ser gorda e loura. Da mesma maneira, uma ami-ga dela que cursava Biologia na mesma universidade, também teve um apelido dado por Frederico. E também pegou. Era magrinha, branquela como quem nunca foi à praia, seca, insegura, ner-vosa. Frederico a apelidou de Ricota, o queijo sem graça de dieta, e não hou-ve jeito mais da universidade inteira chamá-la por outro nome. Nesta época Saionara ainda namorava Frederico. E comentou amargamente tais apelidos. Vingava-se, assim, dos sussurros dele com a “ruivinha” Maria da Graça du-rante as aulas. Não sabia fugir da rotina de seus ciúmes. Mas como não descon-fiar do coleguismo sonso por trás da voz de meiguice tingida como a cor do cabelo?

— Que falta de imaginação! Você só sabe dar nome de queijos a minhas amigas! Por que esta obstinação por queijos? Será porque prendem teu in-testino? Lembra-se do que Freud es-creveu sobre intestino preso? Parece que tem alguma relação homossexual nisto...

— Vá à merda! — e não se falaram mais nesta noite.

Aliás, esta foi a noite em que Frede-rico “ficou” mesmo com a Graça, e que Saionara soube, e ele até confessou-lhe cinicamente, argumentando que “ficar” é uma coisa saudável na mente evoluí-da da modernidade. Princípio da rup-tura do namoro.

Saionara saiu com Gouda da sala de aula, e, dirigindo-se para a saída de fa-culdade, deram com Ricota brigando na secretaria.

Estava fora de si. Tudo começara por-que encontrara seu nome de batismo, Antígoa, na pauta de uma disciplina. Já havia um ano que ela entregara uma de-

cisão judicial na secretaria que mudava seu nome de Antígoa para Antígona. Na verdade, seu pai, porteiro de um pré-dio em frente a um teatro, encantou-se com o nome Antígona quando a peça de Sófocles estava anunciada num grande cartaz. Querendo batizá-la assim, hou-ve a confusão no registro. A infância e adolescência inteiras dela foram per-turbadas com as brincadeiras com o seu nome. Como podia ser “antiga” se era tão novinha? Então ela era avó de todo mundo, na verdade? E outras bo-bagens assim. Maior, conseguiu provar na justiça que tal nome a ridicularizava. Gouda, ao vê-la berrar com o pessoal da administração, tentou, no seu gênio conciliador, brincar:

— Oi, minha nega (contrastando com sua brancura), que barraco ocê tá ar-mando?

— Esta desgraça-da da Ciça voltou a me colocar o nome errado numa pauta. A gente paga esta joça de faculdade achando que tudo vai funcionar e a in-competência dessa turma apronta essa! Eu quero que isto vá à diretoria! Se erram o nome da gente, o que pode acontecer com o lançamento das notas? Ninguém tem responsabili-dade de nada aqui! É só arrecadar o que a gente paga!? Faculdade de merda, isto sim!

Ciça, a funcionária acusada, apesar de ter confundido a cópia da nova pau-ta com uma antiga, não se sentia nem um pouco conivente se acaso a faculda-de era de merda, só querendo explorar os alunos ou não. Não podia admitir ser assim destratada. E respondeu que a merda era de aceitarem alunos sem preparo, educação... Ricota retrucou numa raiva crescente. Dedos em riste,

ambas se acusavam. Saionara, cansada já de tanta merda, que começara com o namorado a mandando para lá, nem se despediu das amigas. Era muito mau cheiro. Foi direto para casa.

E raciocinava: Como melhorar o chei-ro do ar? Ela própria ajudara nisto. Não fora excessivamente agressiva com Fre-derico? Aquela ruivinha de merda (de novo?) a açulara. Onde é que a raiva se inicia? E por que não termina, nos põe obstinados, burros, não sabendo sair do sentimento negativo que nos vai roendo por dentro, tomando nosso coração, enfraquecendo-o, e destruin-do, como fogo, tudo que lhe passa pela

frente? Nesta noite parecia mesmo que um fogo devastador atingia todos os luga-res por onde passava. Como se seu ciúme por um cara que, apesar de atraente e até culto, podia ser um torpe safado ape-nas, com que ela per-dia tempo? Era disto que tinha raiva? Mas, o que se sabe do mo-tivo da raiva? Ricota (até ela se deixava le-var pelo apelido dado pelo cara) não estava lá brigando com uma

secretária que, coitada, era tão empre-gada sem culpa como seu pai, porteiro de edifício, com o mesmo tipo de vida sacrificada, que ela deveria reconhecer como igual? Mas, no fundo, o despeito de Ricota pela sociedade orgulhosa dos ricos não só a revolta, mas a faz desejar não ser do lado pobre. Por isto parece querer vingar-se nos parceiros da sor-te, quando pode. É isto a raiva? Uma confusão na identificação de valores? A justificativa das guerras ao longo da História? É este o caso de árabes e ju-deus no Oriente de hoje em dia? Que foi da guerra fria? Nós sempre iguais, odiando nossa forma aparentemente

desigual, por não ter crescido em nos-sa casa, mas na casa igual do vizinho? Merda, merda, merda! A palavra do dia estava correta! Era este seu aprendiza-do novo!

Lembra-se de um filme francês com sete histórias sobre os sete pecados capitais. A ira tinha roteiro do Iones-co. Durante uma pacata refeição numa família burguesa, uma mosca cai na sopa. Surge a raiva num, transmitida a outro, e todos brigam. A discussão che-ga à vizinhança, toma o bairro inteiro, a cidade, o mundo! Tudo termina com a imagem de uma explosão atômica pla-netária. Curioso que assistira por acaso há alguns anos este filme num cine-clube. Parece-lhe que os cinéfilos não lhe dão grande importância. Da mesma forma nossa História oficial não é cheia de esquecimentos de fatos que pode-riam influir na reflexão de seu sentido? Às vezes, no entanto, o absurdo é tão evidente, que não há muito a refletir. Como mostra o roteiro de Ionesco, a ira é uma doença transmissível, mani-festando-se igual à coceira ou mastur-bação. Basta começar. Depois segue o absurdo incontrolável das paixões.

Dias depois, já com o namoro ter-minado, incorreu ainda no mesmo comportamento guerreiro que tanto a incomodava e de que tentava esca-par. Encontrou Frederico conversando com um amigo na rua, um rapaz negro, cuja pele era cheia de manchas devido ao vitiligo. Os dois tinham amizade de irmãos. Foram criados juntos, de fato, desde que a mãe solteira do rapaz fa-leceu atropelada em frente a sua casa, onde fora empregada. Saionara desco-nheceu a presença de Frederico, cum-primentando apenas o rapaz de pele marcada pelo vitiligo, e, numa vingan-ça aos apelidos “queijíferos” dados às amigas, foi sarcástica:

— Como vai, Gorgonzola, tudo bem?Pelo que sofreu horrendo arrepen-

dimento. Mas, estava feito. A raiva ab-surda da Ricota perseguia-a com sua devastação...

Mas, no fundo, o despeito de Ricota pela

sociedade orgulhosa dos ricos não só a revolta,

mas a faz desejar não ser do lado pobre. Por isto parece querer vingar-se nos parceiros da sorte, quando pode. É isto a

raiva? Uma confusão na identificação de valores?

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10 nº 171 - junho de 2010

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Fiquei sabendo que ‘seu’ Age-nor nos tinha deixado só alguns dias depois. Por isso não fui ao seu enterro. E foi um choque. Muito embora soubesse nos úl-timos meses que andava doente e tenha acompanhado de longe suas internações hospitalares graças à amizade com a direto-ra do Hospital Alcides Carneiro, Dra. Ana Lucia Teixeira Pinto que, como eu, era sua fã.

Porque o julgava um pou-co imortal, já que além de dar a volta por cima na enfermidade, quando o vi pela última vez no Sabor Amigo, o seresteiro soltou seu vozeirão com o vigor de sem-pre: “Proteger as matas/do Brasil inteiro, é obrigação do bom bra-sileiro...”, ensinava cantando.

E emocionava os mais românti-cos: “Eu não nasci pra você/ nem você nasceu pra mim/Tudo que tem mal começo/ tem sempre um amargo fim/ Não, não convém meu amor/, cair num erro banal/ não vamos com nossas mãos/ procurar o nosso mal...”.

Como sempre, não terminou a seresta sem jogar, do alto de seus 88 anos, seu charme às moçoilas presentes. Nessas horas, acompa-

nhado pelo inigualável violão sete cordas de Arezi Belli, andava em direção às mesas, derramando-se na música Menina, uma com-posição memorável de Jair Maia, o mesmo autor da já referida Eu não nasci para você): “Menina, respeita meus cabelos brancos/ o amor já me deu tantos trancos/ que com ele não quero brincar/ Menina, deixa o amor ficar quie-tinho/ se lhe der o meu carinho/ seu papai não vai gostar./ De-pois – sempre penso no depois –/ e por isso, entre nós dois/ este amor não pode entrar...”.

Quem teve a ventura de ouví-lo, jamais esquecerá esse petropoli-tano que iniciou a carreira ainda em 1932 e, depois de cantar ao lado de sua irmã Marieta Costa

(ela no 5º ano do curso de pia-no, ele cantava as letras de suas partituras musicais), começou a se apresentar nos botequins da cidade aos 16 anos para, em 1941, já estar no microfone da Rádio Difusora de Petrópolis.

Mas o nosso Imperador da Se-resta não se limitou à Cidade Im-perial: depois de ter sido crooner da igualmente inesquecível Or-questra Kolling, quando embalou o romance de muitos petropoli-tanos que, à época, tinham como programa máximo bailes de clu-bes como o Petropolitano, Ser-rano, Coral Concórdia e Luzeiro, por exemplo, Agenor, em 1943, passou a se apresentar na Rádio Clube do Brasil, ao lado de nomes como Zezé Gonzaga, Waldyr Aze-vedo, Dilermando Reis e tantos outros.

Mais: em 1945 o nosso serestei-ro foi parar em São Paulo, chegan-do inclusive a assinar um contrato de seis meses para cantar na Esco-la de Dança Salão Verde de Bauru. Entretanto, como na conhecida A volta do boêmio, ele voltou: o boê-mio voltou novamente.

Para felicidade de Petrópolis e, em especial, para os que vivem e curtem a Mosela, ‘seu’ Agenor se apresentaria inúmeras vezes na

Serenata Imperial, no Palácio de Cristal, e no bar Sabor Ami-go, sempre às primeiras sextas-feiras do mês, onde tive o imen-so prazer de conhecê-lo e onde, sempre ao lado do companheiro Arezzi, ele foi imortalizado no Espaço Cultural Arezi Belli e Agenor Costa.

Nada mais merecido. `Seu`Agenor, que sempre sou-be incentivar os seresteiros mais jovens – tinha ouvidos para re-conhecer os novos talentos e ge-nerosidade para promove-los: “Bernardo Grazzinolli é o meu sucessor!”, disse muitas vezes – ficará na memória de todos nós: sua voz poderá sempre ser ouvi-da no CD Tributo a Composito-res Petropolitanos; e sua figura elegante e alegre está guardada em nossos corações.

Descanse em paz, amigo! E faça agora suas serenatas para Maria: tenho certeza que a Mãe de Deus não só o abençoará, como também já deve ser sua fã de carteirinha...

Marilda Varejão é jornalis-ta, jurada do Prêmio Maestro Guerra Peixe de Cultura e uma das fundadoras do Movimento Mosela Viva, em Petrópolis-RJ.

Agenor Costa em sua última apresentação, na reinauguração do Centro Cultural de

Nogueira, em Petrópolis

Sylvio Adalberto

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Conferência debate rumos culturais das baixadas litorâneasCamilo Mota

A cultura sendo conduzida por uma gestão amplamente democrá-tica, com inclusão de todos os seto-res, de todas as cidades do interior do Estado do Rio. Assim está se configurando um novo paradigma a partir dos debates gerados nas conferências de cultura (munici-pais e regionais) que estão sendo organizadas nos últimos três anos pela Secretaria Estadual de Cul-tura (SEC). Não poderia ter sido diferente na Conferência das Bai-xadas Litorâneas, realizada no dia 29 de maio, em Saquarema, reu-nindo cerca de 380 representantes de 12 municípios. Além da cidade sede, estiveram presentes Araru-ama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Maricá, Rio Bonito, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Silva Jardim.

O encontro em Saquarema con-tou com a presença da secretária de Cultura do Estado, Adriana Rattes, que teve oportunidade de fazer uma exposição abrangente das principais ações de sua Secretaria, ressaltan-do o objetivo de tornar o órgão re-almente relevante para o Estado, como instrumento de política públi-ca, partindo do princípio de que cul-tura é um direito de todas as pessoas e um dever do estado. “Das políticas públicas, a cultura — assim como a educação — tem uma característica um pouco diferente das outras: a cultura trabalha com a potência hu-mana e não com a fraqueza”, propôs a secretária, como forma de se refle-tir um novo olhar sobre o futuro na condução do fazer cultural nos mu-nicípios e sua integração regional.

O Grupo de trabalho com representantes eleitos de cada um dos municípios participantes vai aprofundar o diagnóstico da cultura na região

A Conferência proporcionou ain-da a oportunidade de debater a for-mação de um consórcio de cultura da Região dos Lagos, com o objetivo de criar uma visão e uma ação es-tratégicas para o fortalecimento das bases da administração cultural en-tre as cidades, de forma integrativa e funcional. Já a historiadora Nilma Accioli apresentou uma pequena e rica palestra sobre a história da re-gião das baixadas litorâneas. Ao final do evento, foi apresentado o diag-nóstico preliminar sobre a cultura regional e eleitos os representantes de cada município que integrarão o grupo de trabalho para os debates e estudos mais aprofundados que se-rão realizados nos próximos meses, antecedendo a segunda conferência deste ano, prevista para ocorrer en-tre setembro e outubro.

Além das atividades regulares da

conferência, houve apresentações de artistas e grupos locais, mostrando a diversidade da produção cultural saquaremense, como a banda Santo Antonio, o grupo teatral do Centro Cultural Casa do Nós, o Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira, a Folia de Reis Estrela do Oriente e o Co-ral Escola Que Canta. “Saquarema já está podendo sentir grandes mu-danças a nível cultural; nós temos anseios e vontades de que a cultura seja reconhecida de verdade tal qual ela merece, e tenho certeza de que conferências como esta contribuem para o fortalecimento do princípio de se elaborarem políticas públicas que deem sustentação real a tan-tas manifestações em cada um dos municípios fluminenses”, ressaltou a secretária municipal de Educação e Cultura de Saquarema, Ana Paula Giri Fortunato.

Coral Escola Que Canta

Folia de Reis Estrela do Oriente

Banda Santo Antonio

Casa do Nós

Cerca de 380 conferencistas participaram

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12 nº 171 - junho de 2010

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Segurança - O Conselho Comunitário de Segurança se reúne toda primeira quarta-feira de cada mês. As reuniões acontecem no DPO de Saquarema, em frente ao Lake’s. Na foto alguns representantes do Conselho com a pre-sidente Emygdia Gomes de Melo e o Secretário de Segurança, Coronel Jorge Romeu.

Apoio à cultura - Os amigos Paulo Ribeiro (ao centro) e Luiz Neri (à esquerda) são dois grandes apoiadores da cultura em Arraial do Cabo. Talvez não existam palavras para tradu-zir a importância de ambos, principalmente para a juventude que faz arte naquela bela cidade da Região dos Lagos.

Cultura em Saquarema - A secretária muni-cipal de Educação, Ana Paula Giri, tem traba-lhado muito em prol da cultura. Um dos exem-plos foi a realização da Conferência Regional de Cultura, realizada na CBV dia 29 de maio.

Corujinha na Cinéia - A Casa Escola Coru-jinha fez uma belíssima festa em homenagem às mães na Cinéia House Fest, em Saquarema. Um dos momentos mais marcantes foi a apre-sentação da turminha do balé, com a professo-ra Patrícia Beltrão.

Gincana da Baenspa - Flávio Rangel (ao centro) foi o vencedor da gincana promovida pela Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, prestigiada por artis-tas como o presidente da Aleart, Carlos Fouraux (à direita). Parabéns, Flávio!

WQS 2010 - O repórter Vinicius Assis e o cinegra-fista Willian Correia estiveram nas areias de Itaúna, Saquarema, para a cobertura do mundial de Surf. É sempre bom vê-los por perto. Aloha!