edição no. 171

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Nossa ABASNossa ABASNossa ABASNossa ABASNossa ABASjun-jul/2007

CarCarCarCarCar tastastastastasPALAPALAPALAPALAPALAVRA DO PRESIDENTEVRA DO PRESIDENTEVRA DO PRESIDENTEVRA DO PRESIDENTEVRA DO PRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEEverton de Oliveira

1º Vice-presidente1º Vice-presidente1º Vice-presidente1º Vice-presidente1º Vice-presidenteEverton Luiz da Costa Souza (Paraná)

2º Vice-presidente2º Vice-presidente2º Vice-presidente2º Vice-presidente2º Vice-presidenteDorothy Carmen Pinatti Casarini (São Paulo)

Secretário ExecutivoSecretário ExecutivoSecretário ExecutivoSecretário ExecutivoSecretário ExecutivoCláudio Pereira Oliveira (Rio Grande do Sul)

Secretário GeralSecretário GeralSecretário GeralSecretário GeralSecretário GeralBenjamim Gomes de M.Vasconcelos Neto (Pernambuco)

TTTTTesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroesoureiroEduardo Chemas Hindi (Paraná)

Conselho DeliberativoConselho DeliberativoConselho DeliberativoConselho DeliberativoConselho DeliberativoLauro Cezar Zanatta (SC), Chang Hung Kiang (SP), MarcoAurélio Zequim Pede (SP), Leila Nunes Menegasse Velás-quez (MG), Vera Lucia Lopes de Castro (RN), Francis PriscillaVargas Hager (DF) e André Luiz Mussel Monsores (RJ).

Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal - Célia Regina Taques Barros (MT), GibrailDib (CE), Eurípedes do Amaral Vargas Jr. (RJ), GodofredoCorreia de Lima Junior (BA), Suely S. Pachedo Mestrinho(BA) e José Luiz Gomes Zoby (DF).

Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Ex- Presidente-Membros do Conselho Deliberativo:Renato Della Togna - (78/80) (in memorian)Euclides Cavallari - (81/82)Carlos Eduardo Q. Giampá - (83/84)Aldo da Cunha Rebouças - (85/86 e 93/94)Antônio Tarcisio De Las Casas - (87/88)Arnaldo Correia Ribeiro - (89/90)Marcílio Tavares Nicolau - (91/92)Waldir Duarte da Costa - (95/96)João Carlos Simanke de Souza - (97/98)Itabaraci N. Cavalcante - (99/2000)Ernani Francisco da Rosa Filho (2001/2002)Joel Felipe Soares (2003/2004)Uriel Duarte (2005/2006)

ABAS - SEDE:ABAS - SEDE:ABAS - SEDE:ABAS - SEDE:ABAS - SEDE:Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 317 - Cj. 53Cep: 01317-901 - São Paulo - SPTel.: (11) 3104-6412 Fax: (11) 3104-3406e-mail: [email protected]

NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEOS REGIONAIS:NÚCLEO AMAZONASNÚCLEO AMAZONASNÚCLEO AMAZONASNÚCLEO AMAZONASNÚCLEO AMAZONASPresidente: CARLOS AUGUSTO DE AZEVEDOAv.General Rodrigo Otávio, 5211 - Bairro JapimCep: 69077-000 - Manaus / AmazonasFone: (92) 2123-0800 ou 9902-4774E-mail: [email protected] NÚCLEO BAHIANÚCLEO BAHIANÚCLEO BAHIANÚCLEO BAHIANÚCLEO BAHIAPresidente: GODOFREDO CORREIA LIMA JÚNIORRua Boulevard Saback, 1 - Apto. 302 - Morro Ipiranga40155-410 – Salvador – BAFone: (71) 3115-8144 / 8108E-mail: [email protected] ; [email protected] NÚCLEO CEARÁNÚCLEO CEARÁNÚCLEO CEARÁNÚCLEO CEARÁNÚCLEO CEARÁPresidente: FRANCISCO SAID GONÇALVESAv. Viana Weine, 100 - Cidade dos Funcionarios60822-180 Fortaleza/CEFone: (85) 271 1171E-mail: [email protected] NÚCLEO CENTRO-OESTENÚCLEO CENTRO-OESTENÚCLEO CENTRO-OESTENÚCLEO CENTRO-OESTENÚCLEO CENTRO-OESTEPresidente: RENATO BLAT MIGLIORINIUFMT - Dep.Geologia Geral - Av. Fernando Correia daCosta, s/n78060-900 - Cuiabá - MTFone: 65 615 8754 com / 615 8932 secretariaFax: 65 615 8701 - E-mail: [email protected] NÚCLEO MINAS GERAISNÚCLEO MINAS GERAISNÚCLEO MINAS GERAISNÚCLEO MINAS GERAISNÚCLEO MINAS GERAISPresidente: MARCÍLIO TAVARES NICOLAURua Mar de Espanha, 453 - 2º andar Sto.Antonio30330-220 - Belo Horizonte - MGFone: 31 3250 1632 / 3238 1884 / Fax: 31 3250 1632E-mail: [email protected] NÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PARÁARÁARÁARÁARÁ

Presidente: MANFREDO XIMENES PONTETrav. Barão doTriunfo, 2989 - Apto. 103 - Bairro do Marco66000-050 – Belém – PAFone: 91 226 7897 (res) / 267 2143 com Fax: 91 267 2143E-mail: [email protected]

NÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PNÚCLEO PARANÁARANÁARANÁARANÁARANÁ

Presidente: AMIN KATBEHRua Dr. Paula Xavier, 1055 - Apto. 2184010-270 – Ponta Grossa – PRFone: 42 3028 3438 / 41 3376 3438 Fax: 42 3028 3438E-mail: [email protected] NÚCLEO PERNAMBUCONÚCLEO PERNAMBUCONÚCLEO PERNAMBUCONÚCLEO PERNAMBUCONÚCLEO PERNAMBUCOPresidente: HELENA MAGALHÃES PORTO LIRAEstrada do Arraial, 3824 - Casa Amarela52070-000 – Recife – PEFone: 81 3269 0161 (ABAS) / 9975 8520Fax: 81 3442 9712E-mail: [email protected]

NÚCLEO RIO DE JANEIRONÚCLEO RIO DE JANEIRONÚCLEO RIO DE JANEIRONÚCLEO RIO DE JANEIRONÚCLEO RIO DE JANEIROPresidente: HUMBERTO JOSÉ TAVARES RABELO DEALBUQUERQUEAv. República do Chile, 65 - 21° andar - sala 210120031-912 - Rio de Janeiro/RJFone: 21 3224-5964 com / 24 2242 2208 resFax: 21 2275 9344E-mail: [email protected] NÚCLEO SANTNÚCLEO SANTNÚCLEO SANTNÚCLEO SANTNÚCLEO SANTAAAAA CA CA CA CA CATTTTTARINAARINAARINAARINAARINAPresidente: LUIS FRANCISCO DE ANDRADE PACHECORua Artur Mariano, 1753 – Forquilhas88106-501 - São José – SCFone: 48 247 7710 com / Fax: 48 247 7710E-mail: [email protected] NÚCLEO SULNÚCLEO SULNÚCLEO SULNÚCLEO SULNÚCLEO SULPresidente: MÁRIO WREGERua Berto Cirio,107992420-030 - Canoas/RSE-mail: [email protected]; [email protected]

VVVVVocê sabia que 97,5% da água doceocê sabia que 97,5% da água doceocê sabia que 97,5% da água doceocê sabia que 97,5% da água doceocê sabia que 97,5% da água doce dis-ponível para consumo humano no planeta ésubterrânea? Creio que este deve ser ummantra para todo o hidrogeólogo, de formaque almejemos o que nos compete.

A primeira fase de trabalhos proposta poresta diretoria está praticamente finalizada, coma organização de ações prioritárias para o bomfuncionamento e crescimento futuro daABAS: um novo projeto para o ABAS infor-ABAS infor-ABAS infor-ABAS infor-ABAS infor-mamamamama; a definição de um procedimento e calen-dário de cursos; a regularização da ÁguasSubterrâneas, nossa revista científica; a mo-dernização da estrutura administrativa. Den-tro destes itens, tanto o ABAS informaABAS informaABAS informaABAS informaABAS informa e oscursos ainda necessitam ser postos em práti-ca, após exaustivas discussões e conclusões.O tempo nos permitirá seus ajustes e ade-quações. Quanto aos outros dois itens, jáestão em prática, também sujeitos a ajustes.De agora em diante, nossos trabalhos neces-sitam da colaboração de todos para sua cons-tante melhoria. Contamos com vocês.

Quanto aos nossos eventos, o Encontrode Perfuradores, que será em Gramado, RS,vai sendo bem conduzido pelo Mário (queMário?) Wrege. Contamos com o envio detrabalhos e com a participação de patrocina-

“É com grata satisfação que atesto orecebimento do “ABAS informa”“ABAS informa”“ABAS informa”“ABAS informa”“ABAS informa”, fun-damental instrumento de agregação dosprofissionais envolvidos com a (proble-mática) temática águas subterrâneas.Sugiro a inclusão de uma seção do gêne-ro “Banco de Oportunidades”“Banco de Oportunidades”“Banco de Oportunidades”“Banco de Oportunidades”“Banco de Oportunidades”, para quenovos hidrogeólogos possam se inserirneste promissor mercado de trabalho. Emtempo, meus sinceros votos de pleno êxi-to à nova direção da ABAS”.

Engº M.Sc. Richard Poli Soares -Engº M.Sc. Richard Poli Soares -Engº M.Sc. Richard Poli Soares -Engº M.Sc. Richard Poli Soares -Engº M.Sc. Richard Poli Soares -Companhia de Saneamento do EstadoCompanhia de Saneamento do EstadoCompanhia de Saneamento do EstadoCompanhia de Saneamento do EstadoCompanhia de Saneamento do Estadodo Paraná – Sanepardo Paraná – Sanepardo Paraná – Sanepardo Paraná – Sanepardo Paraná – Sanepar

“Informamos que o Núcleo Rio de Ja-neiro acaba de lançar um site na web. Oendereço eletrônico é www.abas-rj.org”

Humberto Albuquerque -Humberto Albuquerque -Humberto Albuquerque -Humberto Albuquerque -Humberto Albuquerque [email protected]@[email protected]@[email protected]

dores neste nosso importante evento. O Con-gresso Brasileiro, em Natal, RS, está sendopreparado com mais de um ano de antece-dência, em breve estará disponível para co-mercialização.

Finalmente, temos como pendência, a or-ganização de nossa ação em relação à Lei11.445, que nos é extremamente danosa. Jáestamos preparando nossa organização paraessa ação e contamos com o apoio de todos.Por favor, LEIAM ao menos o Artigo 45 des-ta lei. Nenhum hidrogeólogo deve ignorar quenos foi praticamente proibida a instalaçãopoços ou uso de água subterrânea onde hárede de distribuição de água. Contamos como apoio de todos.

0202020202

CCCCConselho Editorialonselho Editorialonselho Editorialonselho Editorialonselho Editorial:::::Everton de OliveiraJornalista Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável:Wagner Sanches - MTB nº 29059DiagramaçãoDiagramaçãoDiagramaçãoDiagramaçãoDiagramação: : : : : Eliane F. DeliberaliDepartamento Comercial:Departamento Comercial:Departamento Comercial:Departamento Comercial:Departamento Comercial:Valderez CamargoColaboração:Colaboração:Colaboração:Colaboração:Colaboração:Aldo da Cunha RebouçasEuclydes CavallariMarcos PedeRicardo HirataSilvia Maria FerreiraJuliana Gardenalli de FreitasMarcelo SousaCarlos Eduardo Giampá

ABAS ABAS ABAS ABAS ABAS informa informa informa informa informa é uma publicação mensal da Associaçãoé uma publicação mensal da Associaçãoé uma publicação mensal da Associaçãoé uma publicação mensal da Associaçãoé uma publicação mensal da AssociaçãoBrasileira de Águas SubterrâneasBrasileira de Águas SubterrâneasBrasileira de Águas SubterrâneasBrasileira de Águas SubterrâneasBrasileira de Águas Subterrâneas

Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem: 5.000 [email protected]@uol.com.brTel/Fax: (19) 3478-4189 e 3478-4467

As matérias e opiniões aqui publicadas são deAs matérias e opiniões aqui publicadas são deAs matérias e opiniões aqui publicadas são deAs matérias e opiniões aqui publicadas são deAs matérias e opiniões aqui publicadas são deresponsabilidade exclusiva de seus autoresresponsabilidade exclusiva de seus autoresresponsabilidade exclusiva de seus autoresresponsabilidade exclusiva de seus autoresresponsabilidade exclusiva de seus autores

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CarCarCarCarCaros os os os os prprprprprofissionais ofissionais ofissionais ofissionais ofissionais das águas subterdas águas subterdas águas subterdas águas subterdas águas subterrâneasrâneasrâneasrâneasrâneas,,,,,

O CongO CongO CongO CongO Congrrrrresso Bresso Bresso Bresso Bresso Brasileirasileirasileirasileirasileirooooo,,,,,em Natal, RS, está sen-em Natal, RS, está sen-em Natal, RS, está sen-em Natal, RS, está sen-em Natal, RS, está sen-do prdo prdo prdo prdo preeeeeparparparparparado comado comado comado comado commais de um ano demais de um ano demais de um ano demais de um ano demais de um ano deantecedência, em breveantecedência, em breveantecedência, em breveantecedência, em breveantecedência, em breveestará disponívestará disponívestará disponívestará disponívestará disponível parel parel parel parel paraaaaacomercomercomercomercomercializaçãocializaçãocializaçãocializaçãocialização.....

NOTÍCIAS DO GUARANINOTÍCIAS DO GUARANINOTÍCIAS DO GUARANINOTÍCIAS DO GUARANINOTÍCIAS DO GUARANI

Luiz AmoreLuiz AmoreLuiz AmoreLuiz AmoreLuiz AmoreSecretário-Geral doProjeto Sistema AqüíferoGuaraniE-mail: [email protected] // www.sg-guarani.org

ItapuaItapuaItapuaItapuaItapua - Foramrealizados três ensai-os de bombeamento naárea do Piloto Itapua,nas localidades Hohe-nau, Trindade e Jesus.Durante a primeira se-mana de junho tam-bém aconteceu umquarto ensaio. A áreado piloto foi visitadaem maio por uma co-mitiva do BancoMundial integrada porDouglas Olson e Samuel Taffesse, a Coordena-dora Nacional do Projeto, Elena Benítez, técni-cos da BGR e membros da Comissão Local deApóio ao Piloto e da SG.

Concórdia-Salto - Concórdia-Salto - Concórdia-Salto - Concórdia-Salto - Concórdia-Salto - As atividades de con-clusão do projeto “Por que proteger o SistemaAqüífero Guarani”, do Fundo Guarani da Cida-dania a cargo da Faculdade de Engenharia e Ci-ências Hídricas da Universidade Nacional doLitoral e do Centro de Proteção da Natureza(uma reunião de capacitação docente e um en-contro com organizações sociais) realizadas odia 8 na cidade de Salto, incitaram um alto nívelde participação pública e foram notícia de pri-meira página nos principais jornais e TVs.

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0303030303jun-jul/2007

COLUNA DO ALDOCOLUNA DO ALDOCOLUNA DO ALDOCOLUNA DO ALDOCOLUNA DO ALDO

Na década de 60, o primeiro homem Na década de 60, o primeiro homem Na década de 60, o primeiro homem Na década de 60, o primeiro homem Na década de 60, o primeiro homem subiuao espaço e viu, pela primeira vez o PlanetaTerra, de onde tinha saído, como uma bolaazul e pontos brancos que brilhavam na escu-ridão do espaço. Depois se viu que a cor azulera dada pelas águas salgadas dos oceanos eos pontos brancos, pelo gelo acumulado naspartes elevadas dos continentes.

Numa época bem remota, os continentesatuais formavam um só bloco: A PANGEA.Houve, um como que, escorrego, para com-por a geografia atual: cinco continentes se-parados por cinco mares de águas salgadas.Desde 1600, chamava atenção à quase ve-rossimilhança entre a costa do Brasil e daÁfrica. Documentos disponíveis mostramque a “deriva continental” de WENNER(1861), teria ocorrido da dorsal meso-atlânti-ca, porém a teoria nunca foi aceita de formaunânime pelos geólogos. O fato é que, oOceano Atlântico (Norte e Sul) nem sempreexistiu. Os registros geológicos mostram que,no fim da era paleozóica o clima desérticodominava na geologia do mundo.Assim, noperíodo geológico Jura-Triassico, houve naBacia geológica do Paraná a deposição dosistema aqüífero Guarani, cuja área de aflora-mento ocorre cerca de 70% no Brasil, 20% naArgentina e cerca de 10%, no Uruguai e Pa-raguai. Quando a vida mais primitiva apare-ceu no período (Cambriano) começava de-posição de sedimentos fluviais, hoje sendoos principais sistemas aqüíferos da bacia ge-ológica do Paraná. Enquanto isso ocorria, aSerra do Mar se levantava, cujos picos maisaltos ostentam cotas entre os 1.000 -3.000metros, acima do nível médio do OceanoAtlântico atual. É importante assinalar quetodos estes picos são formados por rochaspré-cambrianas, quando o Oceano Atlânticocomeçava a se abrir separando o Brasil daÁfrica. Durante o Cretáceo houve na baciageológica do Paraná um dos vulcanismosmais importante do mundo (8 milhões de km²)formadores da Serra Geral. Durante esse pe-ríodo geológico houve uma deposição de ba-saltos que confinam o arenito Botucatu noBrasil, o qual hoje é chamado Sistema Aqüí-fero Guarani integrando as diferentes deno-

RRRRReuso euso euso euso euso da Água - Xda Água - Xda Água - Xda Água - Xda Água - Xminações que tinhamnos países vizinhos:Argentina, Uruguai eParaguai. Seguiu-seum clima tropical úmi-do que formaram osdepósitos Terciáriosda bacia de São Pau-lo, Jacareí, São José eResende no topo daSerra do Mar. As su-turas geológicas as-sim formadas deramorigem hoje às estân-cias hidrominerais mais importantes, taiscomo aquelas situadas nos limites geográfi-cos políticos dos estados de Minas Gerais,São Paulo e Rio de Janeiro. No nordeste doBrasil, embora as topografias não fossem mui-to elevadas, as serras do Espinhaço, Chapa-da da Diamantina e outras cuja altitude nãoatinge os 1000 metros acima dos níveis médi-os dos mares atuais (Oceano Atlântico), fo-ram suficientes para produzir perturbaçõesclimáticas que se evidenciam no polígono dassecas (600 mil km2). Todos os rios do Brasilsequem as suturas geológicas mais impor-tantes que se formaram durante a história geo-lógica do país aos quais foram retomadas du-rante o Cretáceo, Terciário e o Quaternário.Assim, é que o Brasil teve a rede de drena-gem imposta nos planaltos constituídos du-rante a deriva continental, pelos rios que bus-cavam o Oceano Atlântico. Por exemplo, oRio Amazonas teve o seu fluxo invertido doPacifico para o Atlântico nos períodos geo-lógicos superiores (Cretáceo,Terciário e Qua-ternário). Assim os poços para água feitosao longo das suturas geológicas principais,deveriam ser inclinados captando-se as su-turas sul-verticais cuja profundidade defini-ria as qualidades da água captada sendo, por-tanto, uma das formas para se eliminar ospoços “prêmio de loteria”. Hoje existe em ní-vel mundial a ONU que estabelece 1.000 m³p/habitante/ano como sendo a cota abaixo daqual haveria crise no abastecimento das po-pulações. A UNESCO - Órgão das NaçõesUnidas para a Educação e Ciências/Progra-ma Hidrológico Internacional - PHI, órgão daONU mostra que o principal reservatório deágua doce da terra é o de água subterrâneaacessível aos meios técnicos financeiros dis-poníveis.

“...Houve, um como que,“...Houve, um como que,“...Houve, um como que,“...Houve, um como que,“...Houve, um como que,escorescorescorescorescor rrrrreeeeegggggooooo,,,,, par par par par para compor aa compor aa compor aa compor aa compor agggggeoeoeoeoeogggggrrrrrafia aafia aafia aafia aafia atual:tual:tual:tual:tual: cinco cinco cinco cinco cincocontinentes secontinentes secontinentes secontinentes secontinentes separparparparparados porados porados porados porados porcinco mares de águascinco mares de águascinco mares de águascinco mares de águascinco mares de águassalgadas...”salgadas...”salgadas...”salgadas...”salgadas...”

Aldo da C. RebouçasAldo da C. RebouçasAldo da C. RebouçasAldo da C. RebouçasAldo da C. RebouçasProfessor Emérito do Inst.de Geociências,Pesquisador Inst. EstudosAvançados-Universidadede São Paulo

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Conselho Deliberati-Conselho Deliberati-Conselho Deliberati-Conselho Deliberati-Conselho Deliberati-vo - vo - vo - vo - vo - Alterêdo Oliveira Cu-trim, Francisco EgídioCavalcante Pinho, MárioJosé Pereira, Wilce Aqui-no de Figueiredo.

Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Conselho Fiscal -Günter Fuhrmann Filho,Luiz Fernando Jorge da Cunha, Nédio CarlosPinheiro, Waldemar de Abreu Filho.

O Núcleo ainda informa que o Programade Pós-Graduação em Recursos Hídricos daUniversidade Federal de Mato Grosso, nívelmestrado, terá início das aulas em agosto de2007. As inscrições para as provas de sele-ção foram realizadas no início desse mês. In-formações pelo site da UFMT (www.ufmr.br)ou através do fone (65) 3615-8764.

jun-jul/20070404040404

O Núcleo Amazonas O Núcleo Amazonas O Núcleo Amazonas O Núcleo Amazonas O Núcleo Amazonas recebeu de 24 a 27de abril a visita do geólogo José Paulo Netto,da MaxiÁgua. O geólogo esteve em Manausproferindo duas palestra no auditório da em-presa Só Poços S/A.

A primeira foi fechada ao departamentotécnico da empresa e teve como tema a deter-minação de problemas e escolha de metodo-logia para reabilitação de poços. Já a segun-da contou com a participação de diversosconvidados entre eles representantes daMoto Honda da Amazônia, ConstrutoraSoma, El Passo Amazonas Energia, Sony do

Carlos Augusto deCarlos Augusto deCarlos Augusto deCarlos Augusto deCarlos Augusto deA z e v e d oA z e v e d oA z e v e d oA z e v e d oA z e v e d oPresidente ABAS-AME-mail:[email protected]

Núcleo Amazonas discute Núcleo Amazonas discute Núcleo Amazonas discute Núcleo Amazonas discute Núcleo Amazonas discute manutençãomanutençãomanutençãomanutençãomanutençãoe re re re re reaeaeaeaeabilitação de poçosbilitação de poçosbilitação de poçosbilitação de poçosbilitação de poços

NÚCLEOS - AMAZONASNÚCLEOS - AMAZONASNÚCLEOS - AMAZONASNÚCLEOS - AMAZONASNÚCLEOS - AMAZONAS

Renato BlatRenato BlatRenato BlatRenato BlatRenato BlatM i g l i o r i n iM i g l i o r i n iM i g l i o r i n iM i g l i o r i n iM i g l i o r i n iPresidente Nú[email protected]

As eleições do Núcleo-Centro OesteAs eleições do Núcleo-Centro OesteAs eleições do Núcleo-Centro OesteAs eleições do Núcleo-Centro OesteAs eleições do Núcleo-Centro Oeste parao biênio 2007/2008 ocorreram no dia 25 demaio de 2007, durante todo o dia no Departa-mento de Geologia Geral da UniversidadeFederal de Mato Grosso.

A chapa ficou composta da seguinte ma-neira:

Predidente -Predidente -Predidente -Predidente -Predidente -Antonio Brandt Vecchiato1º Vice-presidente -1º Vice-presidente -1º Vice-presidente -1º Vice-presidente -1º Vice-presidente -Renato Blat Migliorini2º Vice-presidente -2º Vice-presidente -2º Vice-presidente -2º Vice-presidente -2º Vice-presidente -Célia Regina da Silva TaquesSecretário Geral - Secretário Geral - Secretário Geral - Secretário Geral - Secretário Geral - Débora PerozzoSecretário Executivo -Secretário Executivo -Secretário Executivo -Secretário Executivo -Secretário Executivo -Maurício de Sant’Ana BarrosTTTTTesouresouresouresouresoureireireireireiro -o -o -o -o -Eliana Freire Gaspar de Carvalho Dores

Em meados de abrilEm meados de abrilEm meados de abrilEm meados de abrilEm meados de abril o Núcleo Paraná fezuma reunião com os diretores e associados eestabelecendo alguns objetivos para o anode 2007. São várias ações previstas:

√ Retornar a realização do Colóquio. Já es-tão definidas duas cidades para receber o even-to no segundo semestre: Toledo e Paranavaí.

√ Lançamos do projeto ABAS na Es-cola - com o objetivo de informar os estu-dantes do segundo grau sobre a importân-cia da água subterrânea. A primeira escolaa receber as palestras da ABAS Paraná é oColégio Bom Jesus na semana de 10 a 14de setembro. O programa vai atingir 2 milalunos da oitava série ao terceiro ano dosegundo grau. O Colégio Bom Jesus é umdos mais tradicionais de Curitiba, com 111anos de fundação.

√ Vamos “copiar” os núcleos de São Pau-lo e Bahia e tentar lançar aqui no Paraná uma

NúcNúcNúcNúcNúcleo leo leo leo leo PPPPParararararaná desenaná desenaná desenaná desenaná desenvvvvvolvolvolvolvolve e e e e váriosváriosváriosváriosváriosprprprprprojetos ojetos ojetos ojetos ojetos parparparparpara 2007a 2007a 2007a 2007a 2007

NÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PNÚCLEOS - PARANÁARANÁARANÁARANÁARANÁ

A posse daA posse daA posse daA posse daA posse da no no no no novvvvva dira dira dira dira diretoriaetoriaetoriaetoriaetoria do do do do doNúcleo Centro-OesteNúcleo Centro-OesteNúcleo Centro-OesteNúcleo Centro-OesteNúcleo Centro-Oeste

NÚCLEOS - CENTRO-OESTENÚCLEOS - CENTRO-OESTENÚCLEOS - CENTRO-OESTENÚCLEOS - CENTRO-OESTENÚCLEOS - CENTRO-OESTE

cartilha sobre águasubterrânea. Vamosretomar os contatoscom a FIEP - Federa-ção das Indústrias do Estado do Paraná as-sim que findar o processo de eleição (dispu-tadíssimo) com os três candidatos.

√ A ABAS-PR junto com a Universi-dade Federal do Paraná estará promoven-do um curso sobre geologia estruturalaplicada à água subterrânea. O curso seráministrado pelo Prof. Dr. Sidnei Rostiro-lla, em data ainda a ser definida.

√ O Núcleo Paraná ainda apresentou apalestra - “A Importância da água Subterrâ-nea para o Abastecimento Público” - no En-contro Estadual de Serviços Autônomos deÁgua e Esgoto realizado de 12 e 14 de junhode 2007, na cidade de Marechal CândidoRondon/PR.

Godofredo CorreiaLima JúniorLima JúniorLima JúniorLima JúniorLima JúniorPresidente Núcleo BahiaE-mail:[email protected]@cerb.ba.gov.br

A Cetrel S/A – Empresa de Proteção Ambiental A Cetrel S/A – Empresa de Proteção Ambiental A Cetrel S/A – Empresa de Proteção Ambiental A Cetrel S/A – Empresa de Proteção Ambiental A Cetrel S/A – Empresa de Proteção Ambiental situada emCamaçari, na Bahia está contratando geólogo. Os requisitos bási-cos são:

Formação superior completa em Geologia;♦ Experiência acima de 3 anos em Hidrogeologia;♦ Conhecimentos em investigação e diagnóstico de solos e

águas subterrâneas; perfuração, operação e manutenção de poçostubulares.

Os interessados devem encaminhar currículos no seguinte e-mail: ([email protected]).

MerMerMerMerMercado de trcado de trcado de trcado de trcado de traaaaabalhobalhobalhobalhobalhoNÚCLEOS - BAHIANÚCLEOS - BAHIANÚCLEOS - BAHIANÚCLEOS - BAHIANÚCLEOS - BAHIA

Brasil, Cosama eÁguas do Amazo-nas.

A meta do nú-cleo foi informar aomáximo as pessoassobre os cuidadoscom a água subter-rânea. O Núcleofechou o ciclo depalestras com ava-liação bastante po-sitiva.

A meta doA meta doA meta doA meta doA meta donúcleo foinúcleo foinúcleo foinúcleo foinúcleo foiinfinfinfinfinfororororormar aomar aomar aomar aomar aomáximo asmáximo asmáximo asmáximo asmáximo aspessoaspessoaspessoaspessoaspessoassobre ossobre ossobre ossobre ossobre oscuidados comcuidados comcuidados comcuidados comcuidados coma água sub-a água sub-a água sub-a água sub-a água sub-terterterterter rânearânearânearânearânea

AMIN KATBEHAMIN KATBEHAMIN KATBEHAMIN KATBEHAMIN KATBEHPresidente NúcleoParaná[email protected]

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0505050505jun-jul/2007

PERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADEPERSONALIDADE

Harvey JunctionHarvey JunctionHarvey JunctionHarvey JunctionHarvey Junction é um entrocamento ferrovi-ário localizado na distante província de Quebec,Canadá, entre as cidades de Montreal e Quebec,próximo a Trois Rivieres, ao longo do Rio São Lou-renço. Lá nasceu, há 92 anos, Roch Lionel LavoieRoch Lionel LavoieRoch Lionel LavoieRoch Lionel LavoieRoch Lionel Lavoie,único filho homem, e o caçula dos seis filhos deLouis e Marie Lavoie. O menino Roch teve vidadura na infância, e alistou-se no exército canadense,tendo servido na Inglaterra durante a Segunda Gran-de Guerra Mundial. Do rigor do inverno canadensemais tarde o jovem veio a ser conhecido no Brasilcomo o Senhor Lavoie, como veio mais tarde a serconhecido no Brasil. O jovem Roch aprendeu oofício de padeiro e ainda sofreu grande influênciamoral e espiritual de sua irmã mais velha, Cecile,casada com um jovem empreendedor de origembritânica, com negócios de mineração na provínciada Colúmbia Britânica, com quem aprendeu os ru-dimentos básicos do ofício que veio a exercer comgrande competência e ética até o final de sua vida. Oespírito aventureiro, de quem viveu a infância deum pós-guerra e de quem participou de uma guerramundial como soldado, pode ter sido um dos moti-vadores de sua viagem definitiva ao Brasil. Contavaque, logo após o término da guerra, encontrava-seem uma taverna onde se reuniam mineradores e ex-militares, quando apareceu alguém oferecendo umaoportunidade de trabalho temporário em um paíslongínquo, o leitor deve desconfiar de qual país setratava. O jovem Roch aceitou prontamente o de-safio. A própria viagem já era uma grande aventuracom dois dias de duração, com direito a pernoite eapresentação a parte da fauna brasileira, em Belémdo Pará. A empresa empregadora em questão, cha-mava-se Cementation Company, e mantinha fábri-ca de cimento na cidade de Perus, vizinha a SãoPaulo.

Como a maior parte dos canadenses de origemfrancesa de hoje, mas diferentemente dos jovensde sua época que só dominavam o francês, Rochtransitava naturalmente entre as línguas inglesa efrancesa. Ao chegar a Perus, como gerente da com-panhia, precisou aprender a língua local para me-lhor se comunicar com os demais funcionários daempresa. Como professora de Português foi con-tratada a senhora Bertha de Jesus Coelho que, aoensinar ao jovem Roch o verbo amar, foi tão com-petente que acabou se tornando a Sra. Lavoie.

O casal Lavoie aportou em São Carlos, noinício da década de 50. Pioneiro no Brasil e técnicoem sondagem e perfuração do solo com ferramen-tas diamantadas, idealizou montar uma empresade sondagem com sua oficina própria para a ma-nutenção dos seus equipamentos. Assim em 1954nascia em São Carlos a Prominas Ltda. Como eleexecutava serviços para várias empresas, uma de-las, a The Cementation Company se interessoumais tarde em adquirir a Prominas, pois eles ti-nham interesse em transformá-la em indústria coma fabricação de perfuratrizes. Assim, em 1957, ocontrole da Prominas passou para as mãos dosingleses, tendo Lavoie, como Diretor Técnico.

Em 1960, surgiu a oportunidade em conjuntocom a família Malta Campos, assumir o controleda firma Brocas Diamantul Ltda, fabricante debrocas de diamantes destinada à sondagem e per-furação do solo. Essa empresa apesar de pequena,

HomenaHomenaHomenaHomenaHomenagggggememememem ao Empr ao Empr ao Empr ao Empr ao Empreendedoreendedoreendedoreendedoreendedor

já possuía na época uma área com mais de76.000m2 no Jardim Jockey Club. À frente dessenovo empreendimento, a Diamantul aumentou agama de produtos, passando a fabricar além dasbrocas, todo equipamento necessário à perfura-ção a diamante. Com o passar do tempo, lançousua primeira sonda (perfuratriz) nacional, obten-do grande sucesso no mercado.

Tendo em vista seu relacionamento no merca-do nacional e a qualidade dos produtos, a Dia-mantul crescia e empregava cada vez mais novosempregados, tendo chegado a manter até 117 fun-cionários diretos em seu quadro.

No ano de 1976, uma empresa alemã no ramode fabricação de perfuratrizes de grande porte,procurou a Diamantul para formar uma parceria.Após os arranjos mantidos, a Diamantul aceitouparticipar desse novo empreendimento, entrandocom 66.000m2 de área de sua propriedade, comocapital, para a formação da Wirth Latina, que seformalizou em 1977.

Em 1983 adquiriu uma unidade de produção nopólo petroquímico de Camaçari, no estado da Bahia,com o objetivo de participar da dinâmica e aindaincipiente indústria petrolífera brasileira. Em 1986,uma empresa belga denominada Diamant Boart S.A.se interessou em assumir o controle acionário e La-voie, vendeu suas ações, ficando ainda durante umbom tempo como consultor técnico da empresa.

Convém notar que de 1954 a 1986, Lavoie,proporcionou muitos empregos sustentando as-sim muitas famílias brasileiras. Apesar de ser ca-nadense e de ter sofrido os reveses impostos pe-los vários planos econômicos brasileiros, a suatêmpera de sobrevivente prevaleceu; nunca cogi-tou em retornar ao seu país, tendo sempre acredi-tado no Brasil. Roch Lionel Lavoie viúvo de DonaBertha, pai de Luiz Paulo e Maria Cecília, avô dePaulo Eduardo, Fernando Luis, João Ricardo eMaria Laura, deixou nosso convívio na madruga-da de 21/07/2007. Temos certeza que cumpriusua missão nesta vida e que está em paz.

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Carlos EduardoCarlos EduardoCarlos EduardoCarlos EduardoCarlos EduardoQuaglia Giampá,Quaglia Giampá,Quaglia Giampá,Quaglia Giampá,Quaglia Giampá,géologo, conselheirofundador e vitalício daABAS, diretor da DHPerfuraçã[email protected]

jun-jul/20070606060606

INTERNACIONAISINTERNACIONAISINTERNACIONAISINTERNACIONAISINTERNACIONAISEscassez de água afeta bilhões de pessoasEscassez de água afeta bilhões de pessoasEscassez de água afeta bilhões de pessoasEscassez de água afeta bilhões de pessoasEscassez de água afeta bilhões de pessoas

no mundono mundono mundono mundono mundoCAMBERRA, Austrália - Um terço do mun-

do enfrenta escassez de água em razão de falhas nogerenciamento das fontes e o aumento no uso deágua gerado principalmente pela agricultura, infor-mou nesta quarta-feira o Instituto Internacional deGerenciamento da Água. A falta de água está au-mentando mais rápido do que se esperava, com aagricultura sendo responsável por 80% do consu-mo mundial. O uso global de água cresceu seis ve-zes nos últimos cem anos e deve dobrar até 2050em razão principalmente das culturas de irrigação,disse Frank Rijsberman, diretor-geral do instituto.

Bilhões de pessoas na Ásia e na África já en-frentam problemas de falta de água em razão defalhas no gerenciamento dos recursos naturais, afir-mou Rijsberman. Não vamos ficar sem água engar-rafada tão cedo, mas alguns países já não têm maiságua para produzir sua própria comida‘, observou.‘Sem melhorias da produtividade de água...as con-

seqüências disso serão a falta d’água em mais luga-res e um rápido aumento do preço da água.‘

O instituto, com sede no Sri Lanka e patroci-nado por organizações internacionais de pesquisaagrícola, deve publicar formalmente os resultadosde seus estudos numa conferência na Suécia nofinal do mês. A escassez de água na Ásia e naAustrália afeta cerca de 1,5 bilhão de pessoas e éprovocada pelo uso excessivo das águas dos rios,enquanto a escassez na África é resultante de faltade infra-estrutura para levar a água até as pessoasque precisam dela.

‘A água está ali, as chuvas estão ali, mas nãohá infra-estrutura‘, declarou Rijsberman. Segun-do ele, é preciso estimular mais a agricultura irri-gada pelas chuvas e o aumento da capacidade dearmazenamento de água na África. A irrigaçãoprecisa ser reinventada‘, observou. Segundo ele, oaumento do padrão de vida na Índia e na China vairesultar em maior demanda por comida melhor,que precisaria de mais água para ser produzida.

Rijsberman disse que o preço da água terá deaumentar, acompanhando um esperado aumentoem 50 por cento na quantidade de alimentos que omundo vai precisar dentro de 20 anos. Ele expli-cou que, na Austrália, que enfrenta secas há cincoanos, a água para irrigação custa menos de 5 cen-

tavos de dólar por metro cúbico, enquanto a águapotável de torneira custa de 1 a 2 dólares pormetro cúbico e a água mineral engarrafa custa de100 a 200 dólares por metro cúbico.

O chanceler australiano, Alexander Downer,cujo eleitorado está na região da maior bacia fluvi-al do país, Murray-Darling, disse que lidar com osproblemas da água é um das questões urgentespara o mundo. Ele afirmou que pesquisadoresaustralianos estão cooperando com especialistasda China para desenvolver novos métodos de irri-gação de plantações de arroz, enquanto progra-mas australianos de ajuda humanitária trabalhampara melhorar o abastecimento de água do rioMekong no Laos, Camboja, Tailândia e Vietnã.

NACIONAISNACIONAISNACIONAISNACIONAISNACIONAISANA lança relatório com dados sobre aANA lança relatório com dados sobre aANA lança relatório com dados sobre aANA lança relatório com dados sobre aANA lança relatório com dados sobre a

água no Brasil e propostas para a sustentabi-água no Brasil e propostas para a sustentabi-água no Brasil e propostas para a sustentabi-água no Brasil e propostas para a sustentabi-água no Brasil e propostas para a sustentabi-lidadelidadelidadelidadelidade

No Dia Mundial da Água (22 de Março) , nasede da Agência Nacional de Águas (ANA), foirealizado o lançamento do relatório GEO BrasilRecursos Hídricos. Primeiro volume de uma sériede relatórios sobre o estado e perspectivas domeio ambiente no País, o documento sistematiza,pela primeira vez, informações sobre a situaçãoda água brasileira, além de traçar 91 recomenda-ções para um futuro sustentável desse patrimô-nio.

O GEO Brasil Recursos Hídricos é uma inici-ativa conjunta da ANA, do Programa das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e do Mi-nistério do Meio Ambiente (MMA). O objetivodo relatório é oferecer à sociedade e aos tomado-res de decisão informações atuais sobre as políti-cas de ação, o modelo institucional, os avanços eos desafios da gestão de recursos hídricos no País.Partindo da metodologia Global Environment Ou-tlook (GEO), adotada pelo Pnuma desde 1995, apublicação GEO Brasil Recursos Hídricos traçalinhas de ação para os tomadores de decisão brasi-leiros.

Num contexto de mudanças climáticas, o Bra-sil tem uma responsabilidade especial no que con-cerne à gestão dos recursos hídricos, por abrigarcerca de 12% das águas doces superficiais do pla-neta. Alguns dados ajudam a ilustrar a situação. Avazão média anual dos rios em território nacionalé de aproximadamente 180 mil metros cúbicospor segundo (m3/s). Para se ter uma dimensãoreal desse valor, vale uma comparação: esse volu-me é equivalente ao conteúdo somado de 72 pisci-nas olímpicas fluindo a cada segundo.

Levando em consideração as disparidades dedistribuição dos recursos hídricos em termos geo-gráficos e populacionais; as especificidades dasdemandas, dos usos e dos problemas em diferen-tes regiões; e os cenários futuros em decorrênciadas ações antrópicas, o relatório GEO RecursosHídricos aponta recomendações em prol da sus-tentabilidade.

Sugestões de pautaSugestões de pautaSugestões de pautaSugestões de pautaSugestões de pauta1.1.1.1.1. Os estudos do Painel Intergovernamental

para a Mudança Climática (IPCC) sinalizam queas secas e enchentes serão mais freqüentes e rigo-rosas em diversas partes do mundo.

Esse cenário apon-ta para a necessidadede uma gestão continu-ada e eficiente de even-tos desse tipo. Diver-sas questões podemser abordadas nessesentido.

- Como o SistemaNacional de Gerencia-mento de RecursosHídricos (SINGREH)poderá responder aesse quadro?

- De que forma agestão das águas poderá ajudar a resolver a prová-vel incidência de secas na Amazônia?

- Como a gestão pode melhorar a convivênciacom secas mais rigorosas no Nordeste e no Sul?

2. 2. 2. 2. 2. O relatório do IPCC de 2007 impõe a todoso desafio de preservar o meio ambiente. Comodemonstra o Painel, as soluções passam pelo re-conhecimento das obrigações de cada um e pelacriação de canais de participação da sociedade edos governos na solução dos problemas.

No Brasil, a gestão das águas já acontece deforma participativa e descentralizada. A Lei dasÁguas representou, sem dúvida, um marco para oatual sistema.

- Como o sistema de gerenciamento brasileiro– assentado na participação social na definiçãodos usos das águas – poderá se mostrar comoimportante experiência para a gestão ambientalno mundo?

- Que experiências positivas da gestão com-partilhada já podem ser apresentadas pelo Brasil?

Fonte: Assecom ANA (DF)

A ausência ou insuficiência de água mataA ausência ou insuficiência de água mataA ausência ou insuficiência de água mataA ausência ou insuficiência de água mataA ausência ou insuficiência de água matamais que os conflitos armadosmais que os conflitos armadosmais que os conflitos armadosmais que os conflitos armadosmais que os conflitos armados

A água é um fator essencial para o desenvolvi-mento humano e deve ser prioridade para políti-cos e governantes. Esse foi o tom do discurso deLoïc Fauchon, presidente do Conselho Mundialda Água (CMA), durante conferência realizadana Agência Nacional de Águas (ANA).

O presidente do CMA ressaltou que as doen-ças hídricas são a principal causa de mortalidadeno mundo. “Mas a guerra contra esse problemanão mobiliza muito por se tratar, na verdade, deum combate contra a própria pobreza, vitimandoprincipalmente os mais fracos”. E, para Fauchon,os problemas decorrentes da escassez da água aindatendem a se agravar na esteira do crescimento de-mográfico e dos altos índices de poluição.

Busca de soluções: O uso responsável dosrecursos hídricos é uma das alternativas para as-segurar a quantidade e a qualidade de água dispo-nível. Segundo Fauchon, nos Estados Unidos sãoconsumidos 700 a 800 litros por dia, por pessoa;ao passo que na Alemanha, essa proporção caipara 250. “A ação pública deve estar aliada a umamudança comportamental dos cidadãos”, concluiu.Outra solução apontada pelo presidente do Con-selho Mundial da Água é o aumento de recursosfinanceiros para o abastecimento, conservação etratamento de água. “Muitos países investem mais

Recordar é ViverRecordar é ViverRecordar é ViverRecordar é ViverRecordar é ViverI CongI CongI CongI CongI Congrrrrresso Bresso Bresso Bresso Bresso Brasileirasileirasileirasileirasileiro de Águas Subtero de Águas Subtero de Águas Subtero de Águas Subtero de Águas Subterrâneas -râneas -râneas -râneas -râneas -Recife/PE -Recife/PE -Recife/PE -Recife/PE -Recife/PE -1.9801.9801.9801.9801.980

TTTTTerererereresina/PI - esina/PI - esina/PI - esina/PI - esina/PI - Afundamento em árAfundamento em árAfundamento em árAfundamento em árAfundamento em áreas Káreas Káreas Káreas Káreas Kársticas - 1.999sticas - 1.999sticas - 1.999sticas - 1.999sticas - 1.999 !!!!!

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HIDRONOTÍCIASHIDRONOTÍCIASHIDRONOTÍCIASHIDRONOTÍCIASHIDRONOTÍCIAS

na indústria bélica do que em recursos hídri-cos, essenciais para a vida”, compara Fauchon.Ele sugere a instituição de fundos específicos nosorçamentos.

Contexto brasileiro - Durante a conferência, odiretor-presidente da ANA, José Machado, des-tacou que a questão da água tem se fortalecidocada vez mais na agenda nacional, seja no cenáriogovernamental seja nas páginas dos jornais. Nes-se contexto, ele ressaltou a importância da mobi-lização da sociedade para a criação dos Comitêsde Bacias, por exemplo. Machado apontou, noentanto, que ainda é necessário fortalecer as polí-ticas estaduais e capacitar mais gestores na área derecursos hídricos. “O Brasil tem evoluído muitono que concerne à gestão das águas e será muitoenriquecedor se as experiências nacionais estive-rem mais presentes nas discussões do Conselho”,afirmou Fauchon. Hoje, há apenas duas entidadesdo País no CMA: a ANA e a Petrobras.

Fonte: Assecom ANA (DF)

SUBTERRÂNEASSUBTERRÂNEASSUBTERRÂNEASSUBTERRÂNEASSUBTERRÂNEASO risco da extração de água mineralO risco da extração de água mineralO risco da extração de água mineralO risco da extração de água mineralO risco da extração de água mineralA mais promissora área da indústria de bebi-

das representa uma ameaça para o meio ambientee para as mais de um bilhão de pessoas que nãotêm acesso adequado à água. Dados divulgadossemana passada pelo WorldWatch Institute (WWI)mostram que a indústria de água mineral é a quemais cresce no mundo, pondo em risco as nascen-tes e as reservas aquáticas.

Além disso, o processamento e o transporteexigem volumes significativos de energia. Milhõesde toneladas de polietileno tereftalato (PET) sãoutilizadas para fabricar as garrafas que embalam olíquido, sendo que a grande maioria delas não éencaminhada para reciclagem.

Pelos cálculos do WWI, anualmente, cerca dedois milhões de toneladas de garrafa PET vão pa-rar nos aterros sanitários dos Estados Unidos,aumentando o volume do lixo, impermeabilizan-do o solo e dificultando a decomposição de outrosresíduos. A International Bottled Water Associa-tion (Associação Internacional de Água Engarra-fada) informou que, em 2005, o Brasil se tornou oquarto maior consumidor mundial de água mine-ral, tendo superado Itália, Alemanha e França.

(Envolverde/Instituto Akatu)

Plano estratégico do projeto Aqüífero Gua-Plano estratégico do projeto Aqüífero Gua-Plano estratégico do projeto Aqüífero Gua-Plano estratégico do projeto Aqüífero Gua-Plano estratégico do projeto Aqüífero Gua-rani deverá ser concluído até 2008rani deverá ser concluído até 2008rani deverá ser concluído até 2008rani deverá ser concluído até 2008rani deverá ser concluído até 2008

O coordenador-geral do governo brasileiro noProjeto Aquífero Guarani, João Bosco Senra, afir-mou que a VIII Reunião do Conselho Superior deDireção atingiu os objetivos esperados. O encon-tro foi realizado em maio pp. em Assunção, noParaguai.

O Aqüífero Guarani, que ocupa áreas do Bra-sil, Argentina, Paraguai e Uruguai, é a principalreserva subterrânea de água doce da América doSul e um dos maiores sistemas aqüíferos do mun-do. Ocupa uma área total de 1,2 milhão de km² naBacia do Paraná e parte da Bacia do Chaco-Para-ná. A reunião em Assunção tinha como principalobjetivo avaliar o andamento do projeto. “Os tra-balhos estão sendo executados de forma satisfa-

tória, o que permitirá o cumprimento das metasestabelecidas”, disse João Bosco Senra.

Até o fim de 2008, deverá ser finalizado oPlano de Ação Estratégica (PAE) do Projeto Aqü-ífero, que norteará o uso sustentável pelos países-membros. “O PAE definirá ações a ser desenvol-vidas pelos quatro países no futuro”, disse JulioThadeu Kettelhut, coordenador técnico do proje-to. Outras informações - O volume do manancialdo Aqüífero Guarani chega a 37 mil km³ e suaextensão se aproxima de 1,2 milhão de Km². OBrasil possui a maior parte - 840 mil km² (70%dototal); a Argentina, 225,5 mil Km²; o Paraguai,71,7 mil Km² e o Uruguai, 58,5 mil Km².

Suas águas, em geral, são de excelente qualida-de para consumo doméstico, industrial e para irri-gação. No Brasil, abrange os estados de Goiás,Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo,Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Asaltas temperaturas das águas, que podem ser su-periores a 30ºC, são úteis em balneários e na agro-indústria (para despelar o frango). Estudos reve-lam que existe a possibilidade da ocorrência depoços jorrantes em 70% da área do aqüífero.

Fonte: Envolverde/MMA

UTILIDADE PÚBLICAUTILIDADE PÚBLICAUTILIDADE PÚBLICAUTILIDADE PÚBLICAUTILIDADE PÚBLICACAMINHO DAS ÁGUAS - INFORMA-CAMINHO DAS ÁGUAS - INFORMA-CAMINHO DAS ÁGUAS - INFORMA-CAMINHO DAS ÁGUAS - INFORMA-CAMINHO DAS ÁGUAS - INFORMA-

ÇÃO CHEGA A ESCOLAÇÃO CHEGA A ESCOLAÇÃO CHEGA A ESCOLAÇÃO CHEGA A ESCOLAÇÃO CHEGA A ESCOLAUm novo aliado, com o lançamento na terça-

feira da semana passada (13), no hotel Blue TreePark, em Brasília, do Projeto Caminho das Águas,uma parceria entre a Agência Nacional de Águas –ANA e a Fundação Roberto Marinho. A iniciati-va visa conscientizar jovens de 5ª à 8ª série sobrea importância da gestão dos recursos hídricos nopaís. O diretor-presidente da ANA, José Macha-do, disse que o projeto contribui para assegurar, alongo prazo, sustentabilidade à Política Nacionalde Recursos Hídricos.

Para José Roberto Marinho, os benefícios dainiciativa não ficarão restritos às escolas: ”O Ca-minho das Águas é um projeto que extrapola assalas de aula, de água na vida de cada aluno e decada pessoa envolvida”. A ministra Marina

Silva destacou que o Caminho das Águas temtudo para dar certo, pois o projeto vai utilizarmuitos meios para viabilizar o processo de educa-ção, formação e informação.

Serão distribuídos 1.600 kits educacionais doprojeto a 800 escolas públicas em oito estadosbrasileiros, envolvendo quatro comitês de bacias.

Mais informações: www.caminhoaguas.org.br

VOCÊ SABIA?VOCÊ SABIA?VOCÊ SABIA?VOCÊ SABIA?VOCÊ SABIA?Prof. Aldo da Cunha Rebouças ganha Prê-Prof. Aldo da Cunha Rebouças ganha Prê-Prof. Aldo da Cunha Rebouças ganha Prê-Prof. Aldo da Cunha Rebouças ganha Prê-Prof. Aldo da Cunha Rebouças ganha Prê-

mio da Fundação Conrad mio da Fundação Conrad mio da Fundação Conrad mio da Fundação Conrad mio da Fundação Conrad WWWWWessel (Ciênciaessel (Ciênciaessel (Ciênciaessel (Ciênciaessel (CiênciaAplicada à Água)Aplicada à Água)Aplicada à Água)Aplicada à Água)Aplicada à Água)

O prêmio foi entregue no dia 5 de junho emsolenidade na Sala São Paulo e consiste no TroféuFCW e cheque no valor de R$ 100 mil, já descon-tados os impostos. Os outros premiados na áreaCiência foram: Ricardo Renzo Brentani (Medici-na), Magno Antonio Patto Ramalho (CiênciaAplicada ao Campo), Carlos Afonso Nobre (Ci-ência Aplicada ao Meio Ambiente) e Sérgio Mas-carenhas (Ciência Geral).

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Engenheiro EuclydesEngenheiro EuclydesEngenheiro EuclydesEngenheiro EuclydesEngenheiro EuclydesC a v a l l a r iC a v a l l a r iC a v a l l a r iC a v a l l a r iC a v a l l a r i(11) [email protected]

ÁGUÁGUÁGUÁGUÁGUAS PAS PAS PAS PAS PASSADASSADASSADASSADASSADASASASASAS

Outro dia encontrei-meOutro dia encontrei-meOutro dia encontrei-meOutro dia encontrei-meOutro dia encontrei-me com um jovem enge-nheiro, recém formado, meu ex-aluno de Saneamen-to do curso Civil, que me perguntou:

- Mestre, porque “Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”?De início não entendi a pergunta. Pareceu-me

que ele estava criticando minha vaidade em apare-cer no “ABAS informa”“ABAS informa”“ABAS informa”“ABAS informa”“ABAS informa”, numa tola “semostra-ção”, contando casos de que ninguém mais se lem-brava, poucos liam, indiferentes, outros não gos-tavam etc. etc. etc..

Pedi esclarecimento:- Como assim, porque “Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”?Respondeu-me:- É, porque “Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”?Com essa explicação, entendi. Não era nada

do que eu tinha pensado. O jovem não conhecia aexpressão “águas passadas”“águas passadas”“águas passadas”“águas passadas”“águas passadas”. Não sabia o quesignificava. Caído em mim, intercalei mentalmen-

te meio século nas nossas idades e dei-me conta deque a expressão “águas passadas” “águas passadas” “águas passadas” “águas passadas” “águas passadas” já era águaspassadas. Pus-me a explicar.

- A expressão “águas passadas” vem do ditadopopular “águas passadaságuas passadaságuas passadaságuas passadaságuas passadas não movem moinhos”.São águas que já passaram pelo moinho e que, por-tanto, não vão mais acioná-lo. São inúteis e nãomerecem ser levadas em conta.

- Ah!- Na verdade, desde os meus longínquos tem-

pos de ginásio...Caí-me em mim outra vez. “Ginásio” também

são águas passadas. Corrigi: _Na verdade, desdeos meus tempos de (de quê? Escola, grupo esco-lar?...) de moço, eu sempre achei essa expressãotola. Primeiro, porque foi criada num país em quehavia moinhos movidos a água para a fabricaçãode farinha de trigo. A água corrente de um riomovimentava grandes rodas que acionavam as mós(mó ele deve saber o que é. Sempre aparece empalavras cruzadas. Esqueci-me de que moços nãofazem palavras cruzadas). Mós são grandes pe-dras em forma de grossos discos, muito pesadas,com um furo no centro para a passagem de eixos,

as quais, acionadas pela roda d’água, giram sobreos grãos, triturando-os. No Brasil não há essesmoinhos de trigo. As rodas d’água que conhece-mos movem moedores de mandioca para farinhaou geradores de energia elétrica para a zona ruralou engenhos de cana para a fabricação de cachaça.

Em segundo lugar, é certo que as águas passa-das não movem os moinhos por onde já passa-ram, mas podem mover os que se situem a jusantee por onde ainda vão passar. Por outro motivo, aságuas que já passaram evaporam-se formandonuvens e podem cair como chuva a montante domoinho, conseguindo, assim, movê-lo outra vez.

- Sei.A seca resposta do jovem fez-me ver que ele

achou a explicação nada esclarecedora.Mas eu fiquei muito satisfeito com ela. Percebi

que minhas “Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas” não eram tão inúteisassim. Poderiam, talvez, mover algum moinho a ju-sante ou chover a montante.

Animado, quis continuar a conversa, meiomonólogo, na verdade, procurando outros assun-tos, igualmente inúteis.

- Você gosta de futebol?

- Muito.- Pois é. Quando a

gente assiste pela televi-são aos jogos realizadosna Europa, por exemplo,ou mesmo aos nossosimportantes, entre gran-des clubes, vêem-se emcartazes ao longo de todoo campo, propagandas de multinacionais, conheci-das no mundo: Visa, Mac Donalds, Bankboston,Nokia, Adidas... No entanto, nos jogos da segundadivisão do campeonato paulista, por exemplo, aspropagandas são outras: Auto Elétrico do Dibão,Ao Jaú Progride, Supermercado Dona Chiquinha.Mas o mais notável é “Zíperes Rubinho”.

Ri com os “Zíperes Rubinho”. O jovemnem se abalou. Sua pouca idade não lhe permi-tiu entender a graça dos “Zíperes Rubinho”.Ou a minha muita é que me permitiu. Talvezele nem saiba o que sejam zíperes.

Como ele não percebeu a ligação entre as“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas” e os zíperes Rubinho, tenteiesclarecer:

- É assim: as minhas “Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas”“Águas Passadas” de-vem ser como os zíperes Rubinho. Não interes-sam às grandes e ricas assistências internacionaisdo futebol, mas devem servir para alguma coisa,como os zíperes Rubinho.

- Sei.

PPPPPorororororque que que que que Águas PÁguas PÁguas PÁguas PÁguas Passadas?assadas?assadas?assadas?assadas?

Mas eu fiquei mMas eu fiquei mMas eu fiquei mMas eu fiquei mMas eu fiquei muito sauito sauito sauito sauito satisftisftisftisftisfeito com ela.eito com ela.eito com ela.eito com ela.eito com ela. P P P P Pererererercececececebi quebi quebi quebi quebi queminhas “Águas Pminhas “Águas Pminhas “Águas Pminhas “Águas Pminhas “Águas Passadas”assadas”assadas”assadas”assadas” não er não er não er não er não eram tão inúteis assim.am tão inúteis assim.am tão inúteis assim.am tão inúteis assim.am tão inúteis assim.PPPPPoderiam,oderiam,oderiam,oderiam,oderiam, talv talv talv talv talveeeeez,z,z,z,z, mo mo mo mo movvvvver algum moinho a jusante ouer algum moinho a jusante ouer algum moinho a jusante ouer algum moinho a jusante ouer algum moinho a jusante ouchover a montante.chover a montante.chover a montante.chover a montante.chover a montante.

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ENCONTRO DE PERFURADORESENCONTRO DE PERFURADORESENCONTRO DE PERFURADORESENCONTRO DE PERFURADORESENCONTRO DE PERFURADORES

Águas SubterÁguas SubterÁguas SubterÁguas SubterÁguas Subterrâneas:râneas:râneas:râneas:râneas: uma uma uma uma uma alteralteralteralteralternananananatititititivvvvvaaaaade ade ade ade ade abastecimentobastecimentobastecimentobastecimentobastecimento

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O aumento no consumo de água potável,O aumento no consumo de água potável,O aumento no consumo de água potável,O aumento no consumo de água potável,O aumento no consumo de água potável,o déficit no abastecimento e as limitaçõesque existem nos sistemas produtor e distri-buidor têm provocado a adoção do rodíziono fornecimento de água em muitas cidadesdo Brasil. Diante desta realidade, e já combase nos estudos que mostram este déficitcada vez maior no mundo inteiro, as águassubterrâneas aparecem como uma grande al-ternativa. As águas subterrâneas represen-tam a parcela da chuva que se infiltra no sub-solo e migra continuamente em direção àsnascentes, leitos de rios, lagos e oceanos,constituindo-se em nossa principal reservade água, ocorrendo em volumes muito supe-riores ao disponível na superfície.

USO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ÉUSO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ÉUSO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ÉUSO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ÉUSO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ÉMAIS MAIS MAIS MAIS MAIS VVVVVANTANTANTANTANTAJOSOAJOSOAJOSOAJOSOAJOSO

As águas subterrâneas apresentam algu-mas propriedades que tornam o seu uso maisvantajoso em relação ao das águas dos rios:são filtradas e purificadas naturalmente atra-vés da percolação, determinando excelentequalidade e dispensando tratamentos prévi-os; não ocupam espaço em superfície; so-frem menor influência nas variações climáti-cas; são passíveis de extração perto do localde uso; possuem temperatura constante; têmmaior quantidade de reservas; necessitam decustos menores como fonte de água; as suasreservas e captações não ocupam área su-perficial; apresentam grande proteção con-tra agentes poluidores; o uso do recurso au-menta a reserva e melhora a qualidade; pos-sibilitam a implantação de projetos de abas-tecimento à medida da necessidade.

EPEPEPEPEPABAS -ABAS -ABAS -ABAS -ABAS - A Associação Brasileira deÁguas Subterrâneas – ABAS – estará pro-movendo, de 28 a 31 de outubro, em Gramado/RS, o XV Encontro Nacional de Perfuradoresde Poços e o I Simpósio de Hidrogeologia doSul-Sudeste, com o objetivo de contribuir paraque a atividade de construção de poços sejamais qualificada e mais dinamizada, tanto aatividade direta como todas as atividades desuporte.

Pacotes promocionais -Pacotes promocionais -Pacotes promocionais -Pacotes promocionais -Pacotes promocionais - A Comissão Or-ganizadora do XV Encontro Nacional de Per-furadores de Poços e do Simpósio de Hidro-geologia do Sul-Sudeste credenciou a empre-sa GOL Linhas Aéreas como a Companhia Aé-rea Oficial do evento. A empresa está ofere-cendo 7% de desconto em cima da tarifa maisbaixa que constar no website da Companhiapara os participantes no período do evento.

Importante:Importante:Importante:Importante:Importante: Essa promoção só é validapara emissões através da agência oficial doevento, a Fellini Turismo. Informações espe-ciais sobre os pacotes através dowww.acquacon.com.br/xvperfuradores

Águas subterrâneas são 100 vezes maisÁguas subterrâneas são 100 vezes maisÁguas subterrâneas são 100 vezes maisÁguas subterrâneas são 100 vezes maisÁguas subterrâneas são 100 vezes maisabundantes do que as águas superficiais dosabundantes do que as águas superficiais dosabundantes do que as águas superficiais dosabundantes do que as águas superficiais dosabundantes do que as águas superficiais dosrios e lagosrios e lagosrios e lagosrios e lagosrios e lagos

A Associação Brasileira de Águas Sub-terrâneas – ABAS – promoverá, de 28 a 31de outubro, em Gramado/RS, o XV ENCON-TRO NACIONAL DE PERFURADORES DEPOÇOS e o I SIMPÓSIO DE HIDROGEO-LOGIA DO SUL-SUDESTE. O programa doencontro está baseado em dois temas cen-trais: Água Subterrânea – Fonte Segura deAbastecimento – e Tecnologia, Comerciali-zação e Qualidade na Construção de PoçosTubulares.

As águas subterrâneas representam aparcela da chuva que se infiltra no subsolo emigra continuamente em direção às nascen-tes, leitos de rios, lagos e oceanos, constitu-indo-se em nossa principal reserva de água,ocorrendo em volumes muito superiores aodisponível na superfície.

Assim como a distribuição das águas su-perficiais é muito variável, a das águas subter-râneas também é, uma vez que elas se inter-relacionam no ciclo hidrológico e dependemdas condições climatológicas. Entretanto, aságuas subterrâneas (10.360.230 km3) são apro-ximadamente 100 vezes mais abundantes queas águas superficiais dos rios e lagos (92.168km3). Embora elas encontrem-se armazenadasnos poros e fissuras milimétricas das rochas,estas ocorrem em grandes extensões, geran-do grandes volumes de águas subterrâneas –

na ordem de, aproximadamente, 23.400 km3,distribuídas em uma área aproximada de 134,8milhões de km2 –, constituindo-se em impor-tantes reservas de água doce.

No Brasil, as reservas de água subterrâ-nea são estimadas em 112.000 km3 (112 tri-lhões de m3) e a contribuição multianual mé-dia à descarga dos rios é da ordem de 2.400km3 /ano. Nem todas as formações geológi-cas possuem características hidrodinâmicasque possibilitem a extração econômica deágua subterrânea para atendimento de médi-as e grandes vazões pontuais. As vazões jáobtidas por poços variam, no Brasil, desdemenos de 1 m3/h até mais de 1.000 m3/h.

Águas Subterrâneas: Segurança o Abas-Águas Subterrâneas: Segurança o Abas-Águas Subterrâneas: Segurança o Abas-Águas Subterrâneas: Segurança o Abas-Águas Subterrâneas: Segurança o Abas-tecimentotecimentotecimentotecimentotecimento

O aproveitamento das águas subterrâne-as – parcela da chuva que se infiltra no sub-solo e migra continuamente em direção àsnascentes, leitos de rios, lagos e oceanos –data de tempos antigos e sua evolução temacompanhado a própria evolução da huma-nidade, sendo que o seu crescente uso sedeve ao melhoramento das técnicas de cons-trução de poços e dos métodos de bombea-mento, permitindo a extração de água emvolumes e profundidades cada vez maiores epossibilitando o suprimento de água a cida-des, indústrias, projetos de irrigação, etc.

Segurança no abastecimento - SegundoMário Wrege, professor da UFRGS, consultore presidente da Comissão Técnico-Científicado XV Encontro Nacional de Perfuradores dePoços, em outubro próximo, as águas subter-râneas são totalmente seguras para abasteci-mento. “Claro que é fundamental que sejamseguidas técnicas de perfuração de poços eanálises hidráulicas, hidroquímicas e sanitári-as”. O especialista afirma que estamos prepa-rados tecnologicamente para a construção

com qualidade e equilíbrio de poços de capta-ção de água subterrânea, já que existem técni-cas hidráulicas bastante conhecidas.

Sinônimo de saúde - Sinônimo de saúde - Sinônimo de saúde - Sinônimo de saúde - Sinônimo de saúde - Os usos múltiplosdas águas subterrâneas são crescentes: abas-tecimento, irrigação, calefação, balneoterapia,engarrafamento de águas minerais e potáveisde mesa, entre outros. De acordo com o IBGE– Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-ca, estima-se que 51% do suprimento de águapotável seja originado do recurso hídricosubterrâneo. Além disso, as águas subterrâ-neas têm grande alcance social, pois os po-ços, quando bem construídos e protegidos,garantem a saúde da população.

EPEPEPEPEPABAS -ABAS -ABAS -ABAS -ABAS - O XV Encontro Nacional dePerfuradores de Poços e o I Simpósio de Hi-drogeologia do Sul-Sudeste acontecem de28 a 31 de outubro, promovidos pela Associ-ação Brasileira de Águas Subterrâneas –ABAS –, com o objetivo de contribuir paraque a atividade de construção de poços sejamais qualificada e mais dinamizada.

EncontrEncontrEncontrEncontrEncontro nacional deo nacional deo nacional deo nacional deo nacional deperfurperfurperfurperfurperfuradoradoradoradoradores de poços no Rioes de poços no Rioes de poços no Rioes de poços no Rioes de poços no RioGrGrGrGrGrande do Sul discutirá o temaande do Sul discutirá o temaande do Sul discutirá o temaande do Sul discutirá o temaande do Sul discutirá o tema

XV Encontro Nacional deXV Encontro Nacional deXV Encontro Nacional deXV Encontro Nacional deXV Encontro Nacional dePerfuradores de PoçosPerfuradores de PoçosPerfuradores de PoçosPerfuradores de PoçosPerfuradores de PoçosI Simpósio de HidrogeologiaI Simpósio de HidrogeologiaI Simpósio de HidrogeologiaI Simpósio de HidrogeologiaI Simpósio de Hidrogeologiado Sul-Sudestedo Sul-Sudestedo Sul-Sudestedo Sul-Sudestedo Sul-Sudeste

Feira de Produtos e ServiçosFeira de Produtos e ServiçosFeira de Produtos e ServiçosFeira de Produtos e ServiçosFeira de Produtos e Serviços28 a 31 de outubro de 2007 - 8h30 às 20hHotel Serrano - Av. das Hortências, 1480 -Gramado - RSInformações: Acqua ConsultoriaAcqua ConsultoriaAcqua ConsultoriaAcqua ConsultoriaAcqua ConsultoriaFone: (11) 3522-8164E-mail: [email protected]:www.acquacon.com.br/xvperfuradores

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CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO WWWWWAAAAATERLTERLTERLTERLTERLOOOOOOOOOO

TTTTTamanhoamanhoamanhoamanhoamanho (da concentr(da concentr(da concentr(da concentr(da concentração)ação)ação)ação)ação)não é documentonão é documentonão é documentonão é documentonão é documento

jun-jul/20071010101010

Nessa edição conversamos com Ma-Nessa edição conversamos com Ma-Nessa edição conversamos com Ma-Nessa edição conversamos com Ma-Nessa edição conversamos com Ma-rio Schirmerrio Schirmerrio Schirmerrio Schirmerrio Schirmer, , , , , Chefe do Departamento deHidrogeologia do Centro de PesquisasAmbientais Leipzig-Halle (Alemanha),que desenvolve estudos sobre o uso sus-tentável do solo e proteção dos recursosnaturais.

Mário é geofísico pela UniversidadeTécnica de Freiberg e PhD pela Univer-sidade de Waterloo, onde pesquisou di-versos aspectos da atenuação natural.Suas áreas de interesse cobrem diversosaspectos da hidrogeologia, como reme-diação de aqüíferos contaminados, mo-delagem matemática, técnicas de inves-tigação de campo e transporte de colói-des e microorganismos em águas subter-râneas.

Uma de suas áreas de interesse é o

MicrMicrMicrMicrMicrocontaminantes emocontaminantes emocontaminantes emocontaminantes emocontaminantes emÁgua SubterÁgua SubterÁgua SubterÁgua SubterÁgua Subterrânearânearânearânearânea

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“...nós devemos envolver as pessoas que têm o poder de“...nós devemos envolver as pessoas que têm o poder de“...nós devemos envolver as pessoas que têm o poder de“...nós devemos envolver as pessoas que têm o poder de“...nós devemos envolver as pessoas que têm o poder dedecisão no nosso trdecisão no nosso trdecisão no nosso trdecisão no nosso trdecisão no nosso traaaaabalhobalhobalhobalhobalho..... Especialmente pr Especialmente pr Especialmente pr Especialmente pr Especialmente profissionais dosofissionais dosofissionais dosofissionais dosofissionais dosórórórórórgãos ggãos ggãos ggãos ggãos gooooovvvvvererererernamentaisnamentaisnamentaisnamentaisnamentais,,,,, que m que m que m que m que muitas vuitas vuitas vuitas vuitas veeeeezzzzzes são de áres são de áres são de áres são de áres são de áreas deeas deeas deeas deeas defffffororororormação completamente difmação completamente difmação completamente difmação completamente difmação completamente diferererererentes da nossa...entes da nossa...entes da nossa...entes da nossa...entes da nossa...”””””

No Dia Mundial de Água, 22 de Março, No Dia Mundial de Água, 22 de Março, No Dia Mundial de Água, 22 de Março, No Dia Mundial de Água, 22 de Março, No Dia Mundial de Água, 22 de Março, ojornal O Estado de São Paulo publicou umcaderno especial sobre o tema, enfocando alei de recursos hídricos e oferecendo um pa-norama nacional e mundial da oferta, utiliza-ção e escassez do produto. O encarte, patro-cinado pela Itaipu Binacional com um anún-cio de página dupla, trazia o título“Sem água não há vida, nem energia”.

Além da Itaipu, uma única empre-sa do setor de águas – a Água MineralCristalina, de São Paulo - participou daedição, com um anúncio institucionalem que evidencia um dos aspectosmais dramáticos da escassez de águapotável: a morte de crianças.

Palestra - Palestra - Palestra - Palestra - Palestra - No Dia Mundial daÁgua, o presidente da Abinam, CarlosAlberto Lancia, participou do Fórum

As As As As As águas mineráguas mineráguas mineráguas mineráguas mineraisaisaisaisaisno Dia Mundial da Águano Dia Mundial da Águano Dia Mundial da Águano Dia Mundial da Águano Dia Mundial da Água

das Águas, evento que reuniu em Belo Hori-zonte autoridades, envasadores e ONGs queatuam no setor. Lancia fez uma palestra so-bre legislação, produção e questões que afe-tam a indústria de águas minerais. Depoisparticipou de um debate com todos os pre-sentes.

ACONTECE NO MEIOACONTECE NO MEIOACONTECE NO MEIOACONTECE NO MEIOACONTECE NO MEIO

estudo da hidrogeologia urbanahidrogeologia urbanahidrogeologia urbanahidrogeologia urbanahidrogeologia urbana e, nes-se contexto, a avaliação da importânciade microcontaminantesmicrocontaminantesmicrocontaminantesmicrocontaminantesmicrocontaminantes. Foi sobre esseassunto que conversamos, de maneiramuito amistosa, porém, com objetivida-de alemã, após ele ter apresentado umapalestra na Universidade de Waterloo.

O que são microcontaminantes e por queO que são microcontaminantes e por queO que são microcontaminantes e por queO que são microcontaminantes e por queO que são microcontaminantes e por quesão importantes em um ambiente urbano?são importantes em um ambiente urbano?são importantes em um ambiente urbano?são importantes em um ambiente urbano?são importantes em um ambiente urbano?

Microcontaminantes são compostos que po-dem desencadear respostas toxicológicas em con-centrações muito baixas, especialmente disrup-tores endócrinos. Outros exemplos são compos-tos farmacêuticos, produtos de beleza e cuidadopessoal, como loções e shampoos. Esses produ-tos, mesmo quando considerados inofensivos paraaplicação em elevadas concentrações sobre o cor-po podem gerar respostas toxicológicas quandoingeridos em baixas concentrações.

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1111111111jun-jul/2007

CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO CONEXÃO WWWWWAAAAATERLTERLTERLTERLTERLOOOOOOOOOO

Marcelo SousaMarcelo SousaMarcelo SousaMarcelo SousaMarcelo Sousa( H i d r o p l a n - C a n a d á /( H i d r o p l a n - C a n a d á /( H i d r o p l a n - C a n a d á /( H i d r o p l a n - C a n a d á /( H i d r o p l a n - C a n a d á /Universidade deUniversidade deUniversidade deUniversidade deUniversidade deW a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )Responsável pelaHidroplan-Canadá, tendotrabalhado como consultoranteriormente no Brasil.Está fazendo mestrado emhidrogeologia decontaminantes naUniversidade de Waterloo(Canadá) e sua pesquisaestá relacionada àaplicação de modelosmatemáticos de fluxo etranspor te decontaminantes aogerenciamento demananciais de águassubterrâneas.

Juliana GardenalliJuliana GardenalliJuliana GardenalliJuliana GardenalliJuliana Gardenallide Freitasde Freitasde Freitasde Freitasde Freitas(Universidade de(Universidade de(Universidade de(Universidade de(Universidade deW a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )W a t e r l o o )Mestre em Saneamentopela Escola Politécnica daUSP, e atualmente estáfazendo PhD emhidrogeologia decontaminantes naUniversidade de Waterloo(Canadá) comfinanciamento da CAPES. Ofoco da sua pesquisa é oefeito do etanol nacontaminação de águassubterrâneas. Foiengenheira da CETESB,São Paulo, no Setor deApoio Técnico em ÁreasContaminadas durante operíodo de 2003 a 2005.

Áreas urbanas são uma das principais fon-tes de microcontaminantes, principalmente emfunção de vazamentos nos sistemas de coletade esgoto. Por exemplo, na Alemanha acredita-se que o vazamento de esgoto do sistema decoleta seja algo em torno de 20%. E mesmoquando chegam às estações de tratamento, osmicrocontaminantes presentes no esgoto aindapodem causar problemas. Em geral, os micro-contaminantes não são medidos nessas estações,pelo menos não rotineiramente, e os sistemasde tratamento não são dimensionados para aremoção desses compostos. Resultado: muitosdos microcontaminantes não são destruídos pelotratamento e são descartados nos corpos d’água.

Qual a importância dos microcontami-Qual a importância dos microcontami-Qual a importância dos microcontami-Qual a importância dos microcontami-Qual a importância dos microcontami-nantes em águas subterrâneas?nantes em águas subterrâneas?nantes em águas subterrâneas?nantes em águas subterrâneas?nantes em águas subterrâneas?

Nesse momento não podemos respondercom precisão. Ainda necessitamos de muitapesquisa, envolvendo biólogos, toxicólogos,epidemiologistas, imunologistas, para avaliar aexposição por longos períodos. Eu não sei di-zer se em dez anos será importante termosmuitos técnicos trabalhando nessa área ou não.No momento atual, temos que avaliar a relevân-cia desse problema.

Em termos de suporte financeiro, chegaum ponto em que temos que pensar sobre re-levância. Se todos acreditarem que compostosem baixíssimas concentrações não importam,o projeto deixa de fazer sentido. Eu acreditoque questões sobre a relevância de um deter-minado tópico só podem ser respondidas aofinal de um período de pesquisa, e isso podelevar alguns anos.

Que são as principais diferenças, em as-Que são as principais diferenças, em as-Que são as principais diferenças, em as-Que são as principais diferenças, em as-Que são as principais diferenças, em as-pectos hidrogeológicos, entre áreas urbani-pectos hidrogeológicos, entre áreas urbani-pectos hidrogeológicos, entre áreas urbani-pectos hidrogeológicos, entre áreas urbani-pectos hidrogeológicos, entre áreas urbani-zadas e não-urbanizadas? O que o hidroge-zadas e não-urbanizadas? O que o hidroge-zadas e não-urbanizadas? O que o hidroge-zadas e não-urbanizadas? O que o hidroge-zadas e não-urbanizadas? O que o hidroge-ólogo deve ter em mente ao lidar com umaólogo deve ter em mente ao lidar com umaólogo deve ter em mente ao lidar com umaólogo deve ter em mente ao lidar com umaólogo deve ter em mente ao lidar com umaárea urbana?área urbana?área urbana?área urbana?área urbana?

Em sistemas urbanos a variabilidade tem-poral é muito mais elevada que em sistemasnaturais. Por exemplo, os sistemas de esgotovazam muito mais nas primeiras horas da ma-nhã do que quando todos estão no trabalho ouna escola, já que o consumo de água é maior noinício do dia comparado ao consumo do meioda tarde, por exemplo. Essas grandes variaçõesem intervalos relativamente curtos de temposão um desafio adicional para se entender a hi-drogeologia em áreas urbanas.

Como surgiu essa preocupação com mi-Como surgiu essa preocupação com mi-Como surgiu essa preocupação com mi-Como surgiu essa preocupação com mi-Como surgiu essa preocupação com mi-crocontaminantes?crocontaminantes?crocontaminantes?crocontaminantes?crocontaminantes?

Tudo começou há 15 anos atrás, com umprojeto que analisava patógenos, como vírus ebactérias, e produtos farmacêuticos nas águassuperficiais de Berlim. As motivações para apesquisa eram o grande número de habitantesdessa cidade e o fato de que a água para abaste-

cimento público provém de regiões urbanas oumuito próximas dos limites urbanos, sendo quea água é reciclada várias vezes, muito mais doque no restante da Alemanha.

Alguns pesquisadores fizeram um balançode massa de microcontaminantes nas águas su-perficiais e descobriram que os mesmos não sãocompletamente degradados. Foi aí que pensa-mos em iniciar o estudo em águas subterrâneas.

Quais são as lições aprendidas atéQuais são as lições aprendidas atéQuais são as lições aprendidas atéQuais são as lições aprendidas atéQuais são as lições aprendidas atéagora?agora?agora?agora?agora?

O que aprendemos até agora é que prova-velmente essas concentrações baixas são im-portantes, pelo menos para alguns desses mi-crocontaminantes. E a idéia é: se são importan-tes, temos que encontrar maneiras de protegero meio ambiente e a população. Se esses com-postos não sofrem degradação em subsuperfí-cie, temos que conceber produtos diferentes,que não são tão persistentes. A indústria, nessecaso, deve ser empurrada em outra direção enovos testes para avaliação do impacto no meioambiente devem ser realizados.

Na sua opinião, quais serão as maioresNa sua opinião, quais serão as maioresNa sua opinião, quais serão as maioresNa sua opinião, quais serão as maioresNa sua opinião, quais serão as maioresmudanças na área de hidrogeologia de con-mudanças na área de hidrogeologia de con-mudanças na área de hidrogeologia de con-mudanças na área de hidrogeologia de con-mudanças na área de hidrogeologia de con-taminantes no futuro?taminantes no futuro?taminantes no futuro?taminantes no futuro?taminantes no futuro?

Eu não espero um grande ou repentino saltocientífico em hidrogeologia. Acho que iremostrabalhar nas múltiplas direções do princípioda precaução: pensar com antecedência quaisserão os problemas potenciais de amanhã e in-tervir antes que se tornem reais.

Em termos de remediação, várias boas idéi-as já foram colocadas em prática, como barrei-ras reativas e a atenuação natural monitorada.No entanto, ainda existe bastante a ser desen-volvido nessa área nos próximos anos.

Além disso, existe bastante trabalho relaci-onado à crise de água para abastecimento públi-co que existe em algumas partes do globo. Re-cursos hídricos serão um aspecto chave desteséculo e não estou me referindo somente aoOriente Médio e a partes da África, mas a umaquantidade muito maior de localidades, incluin-do as megacidades. Acho que a qualidade daágua subterrânea urbana deve ser tratada combastante atenção. Mesmo que não a usemosatualmente para consumo público, poderemosprecisar desses mananciais em alguns anos.

Acredito que nos próximos anos os hidro-geólogos irão atuar bastante em problemas en-volvendo mudanças globais. Estou convencidode que, para diferentes condições, não sabemoso suficiente para tomarmos decisões envolven-do aspectos como: o quanto evapora, o quantoinfiltra, o quanto se transforma em recarga, quala idade da água, qual a variação da capacidadede armazenamento de CO

2 em águas subterrâ-

neas devido à variações de temperatura, comoisso pode afetar o aquecimento global etc. Eu

acho que temos que trabalhar nessa direção. Te-mos que nos inserir no debate sobre mudançasglobais e ver se podemos contribuir com algo.

A hidrogeologia de contaminantes é umaA hidrogeologia de contaminantes é umaA hidrogeologia de contaminantes é umaA hidrogeologia de contaminantes é umaA hidrogeologia de contaminantes é umaárárárárárea rea rea rea rea relativamente nova no Brasil. elativamente nova no Brasil. elativamente nova no Brasil. elativamente nova no Brasil. elativamente nova no Brasil. VVVVVocê temocê temocê temocê temocê temalguma sugestão ou recomendação para osalguma sugestão ou recomendação para osalguma sugestão ou recomendação para osalguma sugestão ou recomendação para osalguma sugestão ou recomendação para oshidrogeólogos brasileiros?hidrogeólogos brasileiros?hidrogeólogos brasileiros?hidrogeólogos brasileiros?hidrogeólogos brasileiros?

Desde cedo, nós devemos envolver as pes-soas que têm o poder de decisão no nosso tra-balho. Especialmente profissionais dos órgãosgovernamentais, que muitas vezes são de áreasde formação completamente diferentes da nos-sa. Temos que encontrar maneiras simples e cla-ras de explicar nosso trabalho e o que deve serfeito. Temos que conduzir essas pessoas atra-vés de todos os passos, desde o início.

Outro ponto é: Outro ponto é: Outro ponto é: Outro ponto é: Outro ponto é: muitas pessoas, principal-mente consultores, passam muito tempo semestudar e acompanhar os avanços científicos,principalmente, por falta de tempo e pela difi-culdade de se introduzir novas tecnologias nasempresas. Talvez vocês deveriam estabelecerum sistema pelos quais profissionais possamser continuamente educados. Talvez com cur-sos rápidos ou algo semelhante. Não precisaser nada caro, talvez cursos de um dia que for-necessem materiais resumindo trabalhos de di-ferentes publicações recentes. Dessa maneira,todos os setores da comunidade hidrogeológica– consultores, indústria, pesquisadores e pro-fissionais dos órgãos reguladores – estariam nomesmo passo.

Outro ponto é: muitas pessoas, principalmente consultores,Outro ponto é: muitas pessoas, principalmente consultores,Outro ponto é: muitas pessoas, principalmente consultores,Outro ponto é: muitas pessoas, principalmente consultores,Outro ponto é: muitas pessoas, principalmente consultores,passam muito tempo sem estudar e acompanhar os avançospassam muito tempo sem estudar e acompanhar os avançospassam muito tempo sem estudar e acompanhar os avançospassam muito tempo sem estudar e acompanhar os avançospassam muito tempo sem estudar e acompanhar os avançoscientíficos, principalmente, por falta de tempo e pela dificul-científicos, principalmente, por falta de tempo e pela dificul-científicos, principalmente, por falta de tempo e pela dificul-científicos, principalmente, por falta de tempo e pela dificul-científicos, principalmente, por falta de tempo e pela dificul-dade de se introduzir novas tecnologias nas empresasdade de se introduzir novas tecnologias nas empresasdade de se introduzir novas tecnologias nas empresasdade de se introduzir novas tecnologias nas empresasdade de se introduzir novas tecnologias nas empresas

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ENCONTRO DE PERFURADORESENCONTRO DE PERFURADORESENCONTRO DE PERFURADORESENCONTRO DE PERFURADORESENCONTRO DE PERFURADORES

Da PrDa PrDa PrDa PrDa Produção ao odução ao odução ao odução ao odução ao ConsumoConsumoConsumoConsumoConsumo

O uso de etanol O uso de etanol O uso de etanol O uso de etanol O uso de etanol como combustível vem seacelerando em todo Mundo. É considerada umaexcelente fonte de energia limpa e renovável. Masquais são os impactos de produção e consumopara as águas subterrâneas? Pensamos que este éo momento perfeito para reunir os técnicos, em-presários e pesquisadores para dividir suas expe-riências, questionamentos e traçar perspectivaspara o futuro. E qual o melhor local para falarsobre Etanol que o Brasil?

O Brasil é um dos maiores produtores de Eta-nol e que utiliza as mais modernas tecnologias. NoBrasil, o Etanol vem sendo utilizado como aditivoà gasolina desde 1920 e como combustível, emlarga escala, desde 1970. Diante do quadro geral, aAssociação Brasileira de Água Subterrânea(ABAS) promoverá de 8 a 10 de outubro o “Se-minário Internacional Sobre Água Subterrânea eEtanol: Da Produção ao Consumo”. Uma excelen-te oportunidade para o intercâmbio, expansão deconhecimentos, consolidando o conhecimentosobre etanol e as águas sbterrâneas.

O seminário está voltado para profissionais

da indústria, consultores, reguladores, pesquisa-dores e estudantes. O evento será realizado nasdependências do Centro Brasileiro Britânico, emPinheiros, na Grande São Paulo.

O Seminário Internacional sobre Água Sub-terrânea e Etanol é uma promoção da ABAS comapoio da ANA – Agência Nacional de Água, CE-TESB, CTC – Centro de Tecnologia Canavieira,Petrobrás e Unica.

Comissão -Comissão -Comissão -Comissão -Comissão - A Comissão Organizadora do se-minário é composta por Bruce Bauman, DorothyP. Casarini, Everton de Oliveira, Henry Corseuil,Jim Barker, Juliana Freitas, Antonio de PáduaRodrigues e André Elia Neto.

Inscreva-se já!Inscreva-se já!Inscreva-se já!Inscreva-se já!Inscreva-se já!O pagamento poderá ser feito por cartão de

crédito VISA, AMEX ou boleto bancário. Pode-rão se inscrever como sócios da ABAS os queestiverem com a anuidade de 2007 quitada. So-mente serão aceitos na categoria ESTUDANTEos matriculados na graduação ou na pós-gradua-ção em período de tempo integral mediante a com-

jun-jul/20071212121212

provação por documento emitido pela Instituiçãode Ensino. Após o dia 04 de outubro, as inscri-ções somente poderão ser feitas no local do Semi-nário. Confira os valores para sócios, não-sócios eestudantes:

Abas prAbas prAbas prAbas prAbas promoomoomoomoomovvvvverá Seminário Intererá Seminário Intererá Seminário Intererá Seminário Intererá Seminário Internacional sobrnacional sobrnacional sobrnacional sobrnacional sobre Águae Águae Águae Águae ÁguaSubterSubterSubterSubterSubterrânea e Etanol de 08 a 10 de outubrrânea e Etanol de 08 a 10 de outubrrânea e Etanol de 08 a 10 de outubrrânea e Etanol de 08 a 10 de outubrrânea e Etanol de 08 a 10 de outubrooooo,,,,, em São P em São P em São P em São P em São Pauloauloauloauloaulo.....

Informações com a Secretaria Executiva -Informações com a Secretaria Executiva -Informações com a Secretaria Executiva -Informações com a Secretaria Executiva -Informações com a Secretaria Executiva -Acqua Consultoria Acqua Consultoria Acqua Consultoria Acqua Consultoria Acqua Consultoria pelo telefone (11) 3522-8164, fax (11) 3871-3626 ou pelo [email protected]. O site do evento éwwwwwwwwwwwwwww.acquacon.com.br/etanol.acquacon.com.br/etanol.acquacon.com.br/etanol.acquacon.com.br/etanol.acquacon.com.br/etanol

As políticas ambientaisAs políticas ambientaisAs políticas ambientaisAs políticas ambientaisAs políticas ambientais e o desafio do de-senvolvimento sustentável foram temas do 6ºCongresso da IV Região da Associação Interame-ricana de Engenharia Sanitária e Ambiental (Ai-dis), realizado entre os dias 25 e 27 de julho, naUniversidade Católica Argentina, em Buenos Ai-res. No primeiro dia do evento, o diretor da Agên-cia Nacional de Águas (ANA) Oscar CordeiroNetto falou sobre a gestão dos recursos hídricosno Brasil, dando destaque para a Lei das Águas(Lei n.º 9.433), que completou dez anos em 2007.

ANANANANANA leA leA leA leA levvvvva a a a a a a a a a eeeeexperiência da gxperiência da gxperiência da gxperiência da gxperiência da gestão estão estão estão estão da águada águada águada águada águano Brno Brno Brno Brno Brasil parasil parasil parasil parasil para conga conga conga conga congrrrrresso na esso na esso na esso na esso na ArArArArArgggggentinaentinaentinaentinaentina

POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA AMBIENTAMBIENTAMBIENTAMBIENTAMBIENTALALALALAL

O Congresso contou ainda com seminários sobretemas como as tecnologias para a gestão dos resíduosurbanos, além de mesas-redondas sobre saúde ambi-ental infantil, habitação saudável e água potável. Alémdisso, houve apresentação de mais de 60 trabalhostécnicos de diversos países da América do Sul.

A Associação Interamericana de EngenhariaSanitária e Ambiental (Aidis) congrega as princi-pais instituições de profissionais e estudantes quese dedicam à preservação ambiental, à saúde e aosaneamento nas três Américas.

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HumberHumberHumberHumberHumber to Jto Jto Jto Jto J..... TTTTT..... R. R. R. R. R. de de de de deA l b u q u e r q u eA l b u q u e r q u eA l b u q u e r q u eA l b u q u e r q u eA l b u q u e r q u ePresidente Núcleo Rio deJaneirohumber [email protected]

AAAAA Lei 1 Lei 1 Lei 1 Lei 1 Lei 11.445/07, de 05 de janeir1.445/07, de 05 de janeir1.445/07, de 05 de janeir1.445/07, de 05 de janeir1.445/07, de 05 de janeiro deo deo deo deo de20072007200720072007 estabelece diretrizes para o Sanea-mento Básico e deixa clara a intenção deprivilegiar os interesses das concessioná-rias de água, em detrimento da Política Na-cional de Recursos Hídricos, que conside-ra a água como um bem de caráter econô-mico, porém com seu acesso como um di-reito de todos. Vejam o que diz um dos arti-gos dessa Lei:

“Art. 45 Ressalvadas as dispo-“Art. 45 Ressalvadas as dispo-“Art. 45 Ressalvadas as dispo-“Art. 45 Ressalvadas as dispo-“Art. 45 Ressalvadas as dispo-sições em contrário das normas dosições em contrário das normas dosições em contrário das normas dosições em contrário das normas dosições em contrário das normas dotitulartitulartitulartitulartitular, da entidade de r, da entidade de r, da entidade de r, da entidade de r, da entidade de regulação e deegulação e deegulação e deegulação e deegulação e demeio ambiente, toda edificação per-meio ambiente, toda edificação per-meio ambiente, toda edificação per-meio ambiente, toda edificação per-meio ambiente, toda edificação per-manente urbana será conectada àsmanente urbana será conectada àsmanente urbana será conectada àsmanente urbana será conectada àsmanente urbana será conectada àsredes públicas de abastecimento deredes públicas de abastecimento deredes públicas de abastecimento deredes públicas de abastecimento deredes públicas de abastecimento deágua e de esgotamento sanitário dis-água e de esgotamento sanitário dis-água e de esgotamento sanitário dis-água e de esgotamento sanitário dis-água e de esgotamento sanitário dis-poníveis e sujeita ao pagamento dasponíveis e sujeita ao pagamento dasponíveis e sujeita ao pagamento dasponíveis e sujeita ao pagamento dasponíveis e sujeita ao pagamento dastarifas e de outros preços públicostarifas e de outros preços públicostarifas e de outros preços públicostarifas e de outros preços públicostarifas e de outros preços públicosdecorrentes da conexão e do uso des-decorrentes da conexão e do uso des-decorrentes da conexão e do uso des-decorrentes da conexão e do uso des-decorrentes da conexão e do uso des-ses serviços.ses serviços.ses serviços.ses serviços.ses serviços.

§ 1§ 1§ 1§ 1§ 1ooooo Na ausência de redes públi- Na ausência de redes públi- Na ausência de redes públi- Na ausência de redes públi- Na ausência de redes públi-cas de saneamento básico, serão ad-cas de saneamento básico, serão ad-cas de saneamento básico, serão ad-cas de saneamento básico, serão ad-cas de saneamento básico, serão ad-mitidas soluções individuais de abas-mitidas soluções individuais de abas-mitidas soluções individuais de abas-mitidas soluções individuais de abas-mitidas soluções individuais de abas-tecimento de água e de afastamentotecimento de água e de afastamentotecimento de água e de afastamentotecimento de água e de afastamentotecimento de água e de afastamentoe destinação final dos esgotos sani-e destinação final dos esgotos sani-e destinação final dos esgotos sani-e destinação final dos esgotos sani-e destinação final dos esgotos sani-tários, observadas as normas edita-tários, observadas as normas edita-tários, observadas as normas edita-tários, observadas as normas edita-tários, observadas as normas edita-das pela entidade reguladora e pelosdas pela entidade reguladora e pelosdas pela entidade reguladora e pelosdas pela entidade reguladora e pelosdas pela entidade reguladora e pelosórgãos responsáveis pelas políticasórgãos responsáveis pelas políticasórgãos responsáveis pelas políticasórgãos responsáveis pelas políticasórgãos responsáveis pelas políticasambiental, sanitária e de recursosambiental, sanitária e de recursosambiental, sanitária e de recursosambiental, sanitária e de recursosambiental, sanitária e de recursoshídricos.hídricos.hídricos.hídricos.hídricos.

§ 2§ 2§ 2§ 2§ 2ooooo A instalação hidráulica pre- A instalação hidráulica pre- A instalação hidráulica pre- A instalação hidráulica pre- A instalação hidráulica pre-dial ligada à rede pública de abaste-dial ligada à rede pública de abaste-dial ligada à rede pública de abaste-dial ligada à rede pública de abaste-dial ligada à rede pública de abaste-cimento de água não poderá ser tam-cimento de água não poderá ser tam-cimento de água não poderá ser tam-cimento de água não poderá ser tam-cimento de água não poderá ser tam-bém alimentada por outras fontes”.bém alimentada por outras fontes”.bém alimentada por outras fontes”.bém alimentada por outras fontes”.bém alimentada por outras fontes”.

Este artigo quer dizer o seguinte: Sevocê é um usuário de água potável e sus-tentável produzida por um poço ou nas-cente e está dentro de área provida por redede abastecimento da concessionária públi-ca ou privada VOCÊ TERÁ QUE FECHARO SEU POÇO OU NASCENTE e passar aconsumir a água dela. Obrigatoriamente!Sem questionamentos! Sem indenização

Monopólio Monopólio Monopólio Monopólio Monopólio da Água, NÃOda Água, NÃOda Água, NÃOda Água, NÃOda Água, NÃONÚCLEOS - RIO DE JANEIRONÚCLEOS - RIO DE JANEIRONÚCLEOS - RIO DE JANEIRONÚCLEOS - RIO DE JANEIRONÚCLEOS - RIO DE JANEIRO

dos custos de seusistema ou dasperdas do seu nãouso. Isso se cha-ma MONOPÓLIODA ÁGUA. Issoquer dizer EXPRO-PRIAÇÃO DE UMDIREITO que estáestabelecido naLei Federal de Re-cursos Hídricos9.433/97.

A força do lobby das concessionárias

e dos investidores é gigantesca e o resul-tado prático desse poder é a imposição des-se artigo em Lei Federal, cujo autor é o de-putado carioca Júlio Lopes. Infelizmente,os problemas que enfrentamos no Rio deJaneiro se espalharam para o restante dosusuários brasileiros e a luta que era regio-nal passou a ser nacional.

Por isso a ABAS Núcleo Rio de Janei-ABAS Núcleo Rio de Janei-ABAS Núcleo Rio de Janei-ABAS Núcleo Rio de Janei-ABAS Núcleo Rio de Janei-

rororororo defende a deflagração de uma campa-nha de caráter nacional pela revogaçãodesse artigo que contraria o direito do ci-dadão obtido através da legislação de re-cursos hídricos vigente no Brasil. E o lemaa ser usado de Norte a Sul e de Leste aOeste seria:

MONOPÓLIO DA ÁGUA, NÃOMONOPÓLIO DA ÁGUA, NÃOMONOPÓLIO DA ÁGUA, NÃOMONOPÓLIO DA ÁGUA, NÃOMONOPÓLIO DA ÁGUA, NÃO

VETVETVETVETVETO O O O O AO AO AO AO AO ARARARARARTIGO 45 da Lei 1TIGO 45 da Lei 1TIGO 45 da Lei 1TIGO 45 da Lei 1TIGO 45 da Lei 11.4451.4451.4451.4451.445

“...Por isso a ABABABABABAS NúcAS NúcAS NúcAS NúcAS Núcleo Rioleo Rioleo Rioleo Rioleo Riode Jde Jde Jde Jde Janeiraneiraneiraneiraneirooooo defende a deflagra-ção de uma campanha de cará-ter nacional pela revogaçãodesse artigo...”

A Só Poços é uma empresaA Só Poços é uma empresaA Só Poços é uma empresaA Só Poços é uma empresaA Só Poços é uma empresa amazonensecom mais de 18 anos de atuação no merca-do. Emprega atualmente 380 funcionáriosdiretos e, na última década, se consolidoucomo referência regional em construção, ma-nutenção e reabilitação de poços tubularesresidenciais, industriais e para abastecimen-to público. Desde 2004, a empresa ampliouseu leque de atuação operando em toda acadeia dos recursos hídricos através daconstrução de redes hidráulicas, redes deabastecimento urbano, redes coletoras e es-tações de tratamento de esgoto.

A Só Poços é a primeira empresa daRegião Norte e a segun-da do Brasil, no segmen-to de perfuração de po-ços, a obter a Certifica-ção da Qualidade ISO9002 (dezembro/2000). Aempresa possui ainda oSelo de Qualificação daABAS e os certificadosda ONIP (OrganizaçãoNacional da Indústria doPetróleo) e PBQP-H (Pro-grama Brasileiro de Qua-lidade e Produtividade doHabitat).

Focada no futuro, de-senvolve diversas açõesde responsabilidade soci-al para a formação esco-lar dos colaboradores eseus filhos, projeto de de-senvolvimento profissio-nal e programas que vi-sam despertar nos estu-dantes em geral, a cons-ciência quanto à preser-vação das águas superfi-ciais e subterrâneas. Umbom exemplo!

História e História e História e História e História e selo deselo deselo deselo deselo dequalidadequalidadequalidadequalidadequalidade da ABAS da ABAS da ABAS da ABAS da ABAS

SELO DE QUALIDADESELO DE QUALIDADESELO DE QUALIDADESELO DE QUALIDADESELO DE QUALIDADE

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jun-jul/2007

ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

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Desta vez está mais difícil... Desta vez está mais difícil... Desta vez está mais difícil... Desta vez está mais difícil... Desta vez está mais difícil... como nadarde poncho contra a correnteza. Pretendo de-senvolver um texto com claro viés regiona-lista, mas, ainda, na linha das frases de sabe-doria popular. Assunto sério que nem petiçoem subida. O tema condutor é a água. Então,tendo o norte, não fico parado como água depoço e sigo faceiro que nem gordo de cami-seta, falando que nem lavadeira de arroio.Me entrevero nas palavras que nem genteem festança. Buenas, e me espalho!

Pelo começo. Gaudério é o gaúcho, de puracepa. O taura livre vagueando pelo pampa,livre como o pensamento, tendo como casa olombo do cavalo, o aba-larga e o poncho.Dormindo nos arreios, pelegos como colchãoe lombilho como travesseiro, poncho comocoberta e as estrelas como enfeite e uma fi-gueira no descampado como abrigo e referên-cia. De estância em estância, altaneiro comopalanque em rodeio, onde houvesse trabalhoavulso - trabalho duro para o corpo, pila pou-co para o bolso, pinga rala para o espírito e abravata, e pro frio, se fosse o caso. Semprehaveria alguma doma, uma tosa, uma marca-ção. Ficava uma semana, um mês e, finda afaina e o acerto, seguia. Tudo o que possuíaera o pingo de montaria, as pilchas de veste,os aperos de encilhar, a experiência das lides e

GauderiadasGauderiadasGauderiadasGauderiadasGauderiadas11111

se o burro conforme avontade do dono, docontrário é como tosa deporco: muito grito e pou-ca lã. Isto não quer im-plicar em ficar-se ame-drontado que nem cus-co com trovoada. É, ape-nas, precaução come-çando de longe, comoquem come mingau pe-las bordas. Também, nãoimplica inconstância,que nem vara verde quese dobra na direção do

vento. Implica em avaliar o que valha a pena,pois vale um boi para não entrar na briga euma boiada para não sair dela. Uma vez den-tro, a saída é mais cara que argentina na zona.É que nem casamento: há que andar de va-gar, como em campo com cupim para o pingonão rodar. Ás vezes, o empate é o melhorresultado, ninguém perde e todos se diver-

Mário WregeMário WregeMário WregeMário WregeMário WregePresidente Núcleo [email protected]

a coragem da sobrevi-vência, apoiada na pon-ta da faca. Conheci, pes-soalmente, e convivi,com alguns dos últimos,de pura cepa - hoje é umaestripe extinta, e nenhumsociólogo lutou parapreservá-los ou estudá-los, como outras etnias -o seu Quintino e o seuFulgêncio, que era o paida Eva, que casou como José - também um tau-ra! Nestas andanças e naluta pela sobrevivência, gerava uma sabedo-ria e uma ética afinadas com o estilo de vida.Carregar o mínimo, ficar na sua, ser respeitosoe que não lhe pisassem no poncho!

Saltando como água em vertente, sigo aoassunto que, espero, quente que nem águarasa. Assim, quando a coisa fica feia que nembriga de cego, há, também, o vaqueano naimaginação, com sua sabedoria crioula. Comodiz Vizcacha, em Martin Fierro, de José Her-nández: El primer cuidao del hombre es de-fender el pellejo; lleváte mi consejo, fijátebien lo que hablo: el diablo sabe por dia-blo, pero más sabe por viejo. Assim, amarra-

tem e ficar frio quenem água de pedra. Epara o assunto nãoficar enfumaçado quenem candeeiro degalpão ou mais enro-lado que dinheiro develha e evitando pa-recer grosso que nemdedo destroncado epor prudência que nem guaipeca em briga decachorro grande, sugiro ser sutil como gatoque vai pegar passarinho.

Para terminar, e me refazer com as mentesmais sensíveis, - Desculpa-me por tudo, es-pecialmente esta coisa dura, mas não deixapor menos. E, para terminar mesmo, com umacortesia gaudéria: - Vou fazer uma roda demate, queres que te bote na roda? Acabou-se o que era doce, quem comeu arregalou-se.À démain, que eu vou em frente!1 1 1 1 1 FISCHER, L.A. E ABREU I. 2004. Gauderiadas. A sabedoriaem frases definitivas. Artes & Ofícios, P. Alegre. 253 p.

Neste mês de julho acontece a eleição de 50 dos62 membros do Comitê para a Gestão 2007/2010.São oito vagas para representantes de municípios,24 para usuários de água, 16 para entidades civis derecursos hídricos, com atuação comprovada na ba-cia, e duas para comunidades indígenas. Os demais12 membros são indicados pelos poderes públicos,estadual e federal, pelo setor hidrelétrico e conces-sionárias de abastecimento de água.

A posse dos novos membros está previstapara o mês de agosto. Desde junho de 2005 oNúcleo Minas Gerais da ABAS é membro titulardo comitê, tendo a engenheira Maria de FátimaGuimarães Gouvêa como sua representante.

Finalidade - Finalidade - Finalidade - Finalidade - Finalidade - Além de pro-mover a integração da gestãode recursos hídricos com a ges-tão ambiental, o Comitê deBacia do Rio São Franciscoarticula a viabilidade técnica,econômica e financeira de pro-jetos de investimento; integraas políticas municipais e as ini-ciativas regionais de estudos,planos, programas e projetospara garantir a conservação e aproteção de recursos hídricos;estabelece mecanismos de co-brança pelo uso de recursos hí-dricos na Bacia e delibera so-bre as prioridades de aplicaçãode recursos oriundos dessa co-brança.

Segundo a engenheira, nes-tes últimos anos, o Comitê e

suas Câmaras Técnicastrabalharam intensa-mente na elaboração doPlano Decenal do SãoFrancisco - que consis-tiu no ordenamento deações visando promo-ver a revitalização dabacia - pela implanta-ção da Agência de Águae da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, alémde lutarem bravamente para que o projeto da trans-posição não fosse aprovado!

A Bacia do rio São Francisco contempla osestados de Minas Gerais,Bahia, Goiás, Distrito Fede-ral, Pernambuco, Alagoas eSergipe. Ela abrange 503 mu-nicípios em uma área de 640mil quilômetros quadrados,com uma população de cercade 13 milhões de pessoas.

A área da Bacia, em Mi-nas Gerais, é de aproximada-mente 236 mil quilômetrosquadrados (37%), distribuídosem 241 municípios (48%), epopulação de cerca de 7,6 mi-lhões de pessoas (58%). Osnúmeros apresentados, conti-nua Fátima Gouvêa, “Compro-vam a relevância da represen-tação do estado mineiro noâmbito desta tão importantebacia hidrográfica federal!”.

Comitê da Bacia HidrográficaComitê da Bacia HidrográficaComitê da Bacia HidrográficaComitê da Bacia HidrográficaComitê da Bacia Hidrográficado do do do do Rio São FRio São FRio São FRio São FRio São Frrrrranciscoanciscoanciscoanciscoancisco

Marcílio TavaresMarcílio TavaresMarcílio TavaresMarcílio TavaresMarcílio TavaresN i c o l a uN i c o l a uN i c o l a uN i c o l a uN i c o l a uPresidente ABAS-MGPresidente ABAS-MGPresidente ABAS-MGPresidente ABAS-MGPresidente ABAS-MGFone: 31 3250 1632 / 32381884 / Fax: 31 3250 1632E-mail:[email protected]

NÚCLEOS - MINAS GERAISNÚCLEOS - MINAS GERAISNÚCLEOS - MINAS GERAISNÚCLEOS - MINAS GERAISNÚCLEOS - MINAS GERAIS

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1515151515jun-jul/2007

ClassificadosClassificadosClassificadosClassificadosClassificados170.000,0085.000,00

250.000,00

320.000,00180.000,00105.000,0090.000,0018.000,0038.000,0028.000,00

130.000,00160.000,00160.000,0095.000,0090.000,00

200.000,0050.000,0050.000,00consultar

800,00380,00

3.500,00

Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-91Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-91Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-91Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-91Informações: Manuel Fernandes/RJ (21) 2254-9615, 3872-7672 ou 9156-911414141414Email:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

Roto R2H/88 c/M.Benz 6 cil. no VW 11140/87, tudo reformado e equipada para 300 metrosRoto R1S/99 c/Perkins 4 cil. sobre reboque e 180m. de hastes de 3 ½”Roto A10/2001 c/M.Benz 4 cil. no VW 11130/85 + compressor I.R. 750/175 no M.B. 1113/75 equip.Roto(conjunto) A15/98 c/M.Benz 6 cil. + Compressor 950/350 com Cummins ano 98, montados noM.Benz 1520/88 e equipado para 210 metros com hastes de 4 ½”, martelos/bits e brocas. TudofuncionandoRoto T4 p/600m. com MWM 6 cil. sobre prancha motorizada e equipada para 300 metrosRoto Wirth B0/B1 com MWM 3 cil. sobre caminhão M. Benz 1113/75, toda revisadaRotativa Fayling 1500 sobre caminhão M.Benz 1113/84 equipada para 250 metrosPercussora Prominas NSP 325/88 com Perkins 4 cil., revisada e sem equipamentosPercussora Juper GP300/90 com Perkins 3 cil. toda revisada e equipadaPercussora Tornep H22/96 com Perkins 3 cil. e equipada para obraCompressor Chicago 950/300 com motor Cummins, ano 94, revisadoCompressor Chicago 960/360 com Cummins, ano 96, reformado, com carenagem e sem rodasCompressor Chicago 950/350 com Cummins, ano 1998, com carenagem e reformadoCompressor Chicago QHH 760/175 com motor Scania, ano 2003, todo revisadoCompressor Sullair 950/280 com motor Cummins, ano 89, todo revisadoCompressor I. Rand 1070/350 com Cat, ano 2002, silenciado e revisadoCompressor I. Rand 750/175 com Cummins, contendo carenagem e revisadoCompressor G. Denver 900/150 com Cummins, revisado, com carenagem e sem rodasKit Rotopneumatico p/percussoras Juper, NSP 325, P350 e Tornep, completo ou parcialHastes de perfuração 4 ½” x 4 metros(p/roto) com roscas API 3 ½” FH, seminovas e garantidas,Hastes de perfuração 3 ½” x 9,40 metros, padrão Petrobras, em ótimo estadoBomba de lama centrifuga 4” X 3” para vazão de 90 M3/hora a pressão de 8 BAR(125 PSI)

O Núcleo Bahia está em festa. O Núcleo Bahia está em festa. O Núcleo Bahia está em festa. O Núcleo Bahia está em festa. O Núcleo Bahia está em festa. O presiden-te do núcleo baiano, Godofredo Correia de LimaJunior encerra a sua gestão agora em janeiro com apublicação da cartinha “Orientações para Utiliza-ção das Águas Subterrâneas no Estado da Bahia”.O núcleo reeditou a cartilha da ABAS Nacionalenfatizando as prioridades e conhecimentos da

Bahia edita Bahia edita Bahia edita Bahia edita Bahia edita carcarcarcarcartilhatilhatilhatilhatilha sobr sobr sobr sobr sobreeeeeáguas subteráguas subteráguas subteráguas subteráguas subterrâneasrâneasrâneasrâneasrâneas

região. Diferente da par-ceria em São Paulo, a pu-blicação não contou comapoio da FIEB - Federa-ção das Indústrias do Es-tado da Bahia. O patrocí-nio integral para a viabili-zação da cartilha partiu de quatro empresas par-ceiras da ABAS Bahia. São elas Hidrocon, Aqua-geo, Hidrosolo e a CERB, Companhia de Enge-nharia Rural da Bahia, órgão da Secretaria do MeioAmbiente e Recursos Hídricos. Foram impressosmil exemplares em material de ótima qualidade. Apublicação será distribuída entre patrocinadores,prefeituras, empresas e núcleos da ABAS. Solici-te a sua! Informações: Fone: (71) 3115-8144.

JulhoJulhoJulhoJulhoJulhoXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaXXXVI Congresso Brasileiro de EngenhariaAgrícolaAgrícolaAgrícolaAgrícolaAgrícolaData: de 30/07 a 02/08 - Local: Bonito / MSInformações: (11) 3104-6412

AgostoAgostoAgostoAgostoAgostoResponsabilidade e ComprometimentoResponsabilidade e ComprometimentoResponsabilidade e ComprometimentoResponsabilidade e ComprometimentoResponsabilidade e ComprometimentoData: de 8 a 10 de agostoLocal: Expo Center Norte, São Paulo / SPInformações: (11) 3104-6412

Sexto Diálogo Interamericano sobre la GestiónSexto Diálogo Interamericano sobre la GestiónSexto Diálogo Interamericano sobre la GestiónSexto Diálogo Interamericano sobre la GestiónSexto Diálogo Interamericano sobre la Gestióndel Aguadel Aguadel Aguadel Aguadel AguaData: de 12 a 17 de agosto - Local: GuatemalaInformações: http://www.iwrn.net/

II Jornada Aqüífero GuaraniII Jornada Aqüífero GuaraniII Jornada Aqüífero GuaraniII Jornada Aqüífero GuaraniII Jornada Aqüífero GuaraniData: De 22 a 24 de agostoData do término: 24/08/2007Local: Teatro Municipal de Bauru

11th International Conference on Diffuse Pollution11th International Conference on Diffuse Pollution11th International Conference on Diffuse Pollution11th International Conference on Diffuse Pollution11th International Conference on Diffuse Pollutionand the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuseand the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuseand the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuseand the 1st Joint Meeting of the IWA Diffuseand the 1st Joint Meeting of the IWA DiffusePollution and Urban Drainage Specialist GroupsPollution and Urban Drainage Specialist GroupsPollution and Urban Drainage Specialist GroupsPollution and Urban Drainage Specialist GroupsPollution and Urban Drainage Specialist GroupsData: de 26 a 31 de agosto - Local: Belo Horizonte/MGInformações: [email protected]

Amostragem de Águas Subterrâneas em PoçosAmostragem de Águas Subterrâneas em PoçosAmostragem de Águas Subterrâneas em PoçosAmostragem de Águas Subterrâneas em PoçosAmostragem de Águas Subterrâneas em Poçosde Monitoramentode Monitoramentode Monitoramentode Monitoramentode MonitoramentoData: 29 de agostoLocal: Meliá Confort WTC Brooklin - São Paulo/SPInformações: fone/fax: (11) 3831-2276

SetembroSetembroSetembroSetembroSetembro16º Congresso Brasileiro da Ind. de Águas MineraisData: de 6 a 8 de setembroLocal: Fortaleza / CEInformações: (11) 3167-2008 [email protected]

V Seminário de Políticas de Gestão da Qualidade doSolo e das Águas SubterrâneasData: 19 a 20 de setembroLocal: São Paulo - SPInformações: (11) 3831-2276 ou [email protected]

OutubroOutubroOutubroOutubroOutubroSeminário Internacional sobre Água Subterrânea eEtanol: Da Produção ao ConsumoData: De 08 a 10 de outubroLocal: Centro Brasileiro Britânico - Pinheiros, SãoPauloInformações: (11) 3522-8164 / 3871-362E-mail: [email protected]

NovembroNovembroNovembroNovembroNovembroX Simpósio de Geologia do SudesteData: De 1 a 4 de novembroLocal: Centro de Geologia Eschwege, Instituto Casada Glória, em Diamantina / MGInformações: http://www.sbg-mg.org.br/simposio2007

Godofredo CorreiaLima JúniorLima JúniorLima JúniorLima JúniorLima JúniorPresidente Núcleo BahiaE-mail:[email protected]@cerb.ba.gov.br

NÚCLEOS - BAHIANÚCLEOS - BAHIANÚCLEOS - BAHIANÚCLEOS - BAHIANÚCLEOS - BAHIA

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jun-jul/20071616161616

CondutiCondutiCondutiCondutiCondutividade Hidráulica e vidade Hidráulica e vidade Hidráulica e vidade Hidráulica e vidade Hidráulica e RRRRRemediaçãoemediaçãoemediaçãoemediaçãoemediaçãoREMEDIAÇÃO E ÁGUA SUBTERRÂNEAREMEDIAÇÃO E ÁGUA SUBTERRÂNEAREMEDIAÇÃO E ÁGUA SUBTERRÂNEAREMEDIAÇÃO E ÁGUA SUBTERRÂNEAREMEDIAÇÃO E ÁGUA SUBTERRÂNEA

Para os estudos hidrogeológicosPara os estudos hidrogeológicosPara os estudos hidrogeológicosPara os estudos hidrogeológicosPara os estudos hidrogeológicos o parâme-tro mais importante é a condutividade hidráulica,pois reflete a capacidade que um meio poroso pos-sui para transmitir água. Na natureza a condutivi-dade hidráulica pode variar 17 ordens de grandeza.

O conhecimento dos valores e da variação espa-cial da condutividade hidráulica é de suma importân-cia para o entendimento de um aqüífero e para oplanejamento das conseqüências de quaisquer ações

sobre este. Por exemplo, na avaliação hidrogeológicade uma área contaminada, a determinação precisados valores de condutividade hidráulica é necessáriapara estimar a velocidade de fluxo da água subterrâ-nea, no cálculo das taxas de transporte dos contami-nantes, na análise de risco da área impactada e naescolha dos métodos de remediação.

Um método bastante utilizado na determina-ção da condutividade hidráulica em áreas impac-

tadas é o teste de slug queapresenta as seguintes van-tagens:

♦ Os testes são de fácilexecução.

♦ Os testes são de bai-xo custo quanto ao uso demão de obra e valor de equi-pamentos. Os ensaios po-dem ser realizados por umaúnica pessoa.

♦ Permitem a determi-nação da variação espacial dacondutividade hidráulica, emuma mesma área, através darealização de vários testes emdiferentes poços de monito-ramento. É possível obter avariação vertical e horizon-tal dos valores de conduti-vidade hidráulica.

Na prática o teste de slug consiste em intro-duzir ou retirar um cilindro sólido (slug) dentro deum poço de monitoramento de pequeno diâme-tro, de forma que o nível d’água (NA) no poçoseja elevado ou rebaixado quase instantaneamente(Figura). Este volume deslocado equivale à adiçãoou à retirada de água do aqüífero e é igual ao volu-me do slug. Medindo-se a subida/descida do NA,com tempo, obtém-se valores que, juntamente comas características geométricas do poço, e utilizan-do-se o método de análise adequado, fornecem ovalor de condutividade hidráulica nas imediaçõesdo poço de monitoramento ensaiado.

Durante os testes de slug em formações debaixa condutividade hidráulica, a variação do níveld’água (NA) pode ser medida manualmente, utili-zando-se medidores de nível eletro-eletrônicosdotados de fita métrica, desde que a coluna de pré-filtro permaneça saturada após a retirada do sóli-do (slug).

Poços de monitoramento instalados em for-mações de alta condutividade hidráulica podemrecuperar o nível d’água (NA) original em algunssegundos. Para tais casos é necessária a utilizaçãode transdutores de pressão que tenham a capaci-dade de medir a variação do NA, no mínimo a cadasegundo. O transdutor transforma a coluna d’água(pressão) em sinal elétrico que por sua vez é trans-formado em sinal digital por um aparelho recep-tor. O sinal digital pode ser armazenado em data

Geólogo MarcoGeólogo MarcoGeólogo MarcoGeólogo MarcoGeólogo MarcoAurélio Z. PedeAurélio Z. PedeAurélio Z. PedeAurélio Z. PedeAurélio Z. PedeDiretor-tecnico da ISR - InSitu Remediation, estáfazendo seu doutorado emHidrogeologia,especialização emRemediação, na Unesp -Rio [email protected]

Figura: Desenho esquemático do teste de slug com aFigura: Desenho esquemático do teste de slug com aFigura: Desenho esquemático do teste de slug com aFigura: Desenho esquemático do teste de slug com aFigura: Desenho esquemático do teste de slug com ainserção (A) e retirada (B) de cilindro sólidoinserção (A) e retirada (B) de cilindro sólidoinserção (A) e retirada (B) de cilindro sólidoinserção (A) e retirada (B) de cilindro sólidoinserção (A) e retirada (B) de cilindro sólido

logger externo ou com-putador. Alguns mode-los de transdutorespossuem memória em-butida do tipo flashque permite o armaze-namento dos dados nopróprio aparelho.

Os valores de con-dutividade hidráulica, otipo de contaminantee a profundidade do nível de água são os princi-pais fatores na escolha de um método de remedi-ação.

Para aqüíferos cujos valores de condutividadehidráulica forem inferiores a 10-4 cm/s o método aser utilizado na remediação da água subterrâneadeverá ser baseado em sistemas que utilizem bom-bas de vácuo para bombeamento da água/ar devi-do à baixa condutividade hidráulica do meio.

Para aqüíferos que apresentem valores de con-dutividade superiores a 10-4 cm/s os principaismétodos de remediação são os de bombeamento etratamento através do uso de bombas submersas,bombas pneumáticas e skimmers.

A falta da caracterização da condutividade hi-dráulica de um aqüífero contaminado poderá levara escolha de um método de remediaçao inadequa-do, acarretando às vezes, na não contenção dapluma de contaminantes.