b-eseig - julho de 2008

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Os processos de mudança são habitualmente difíceis, complexos e demorados no tempo. A mudança implica um esforço de diferenciação entre aquilo que se é e aquilo que se pretende ser, pelo que importa ter consciência identitária, seja ela pessoal ou institucional. Estando em consonância com o núcleo que as definem, pes- soas e instituições, como sistemas abertos que são, obrigatoriamente sofrem processos de desenvolvimento interno modificando as suas estruturas e processos de funcionamento no sentido de explorarem outras identidades mais adaptadas aos novos tempos. O Ensino Superior Politécnico está em crise desenvolvimental, lutando por uma definição de si próprio que honre o seu passado, mas que ao mesmo tempo se projecte no futuro com uma estratégia que dignifique os múltiplos actores que com ele se relacionam. O auto-conhecimen- to institucional assume-se como uma condição primeira nos processos de mudança, sendo a base que sustenta incursões projectadas no futu- ro, pelo que às vezes nos parece que “uma névoa paira” nas instituições o que lhes dificulta a “visão de si próprias”, assim como à missão que têm por diante. Urge ser “maiores do que nós próprios”, pensar o colectivo e atenuar a pri- mazia das necessidades umbilicais. Quando se abraça um projecto de difusão de informação, como é exemplo o B-ESEIG, os seus actores procuram dinamizar um espaço de discus- são que promova a instituição, sendo conhecedo- res das necessidades institucionais, vão-se definin- do os contornos que identificam este meio de comunicação. A comunidade escolar da ESEIG soube reconhecer a importância deste instrumento de comunicação, tendo feito chegar ao corpo editorial múltiplas actividades da sua vida académica, reservando sempre que possível um espaço de tempo e esfor- ço adicional (subtraídos aos seus objectivos mais pessoais) e contribuindo assim para um objectivo mais colectivo. No meio de uma certa indefinição generalizada que o país atravessa, exemplos de participação, como é exemplo este boletim, faz-nos ter uma esperança renovada em nós mesmos e na capacidade de nos reinventarmos continuamente sem nunca deixar de ser quem somos. Obrigado ESEIG pela participação. Editorial ESEIG parceira em projecto inovador na Póvoa de Varzim Vivendo actualmente sob o signo da exploração de novas fontes energéticas não associa- das aos combustíveis fósseis, a Humanidade carece de projec- tos empreendedores que quei- ram assumir-se como substitu- tos credíveis destas fontes poluentes, caras e finitas. A ESEIG (através de dois dos seus alunos de Engenharia Mecânica), a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e uma empresa nacional fabricante de painéis solares e termodinâmi- cos (Energie), criaram uma (Continuação na página 24) Julho 2008 Volume 1, Edição nº 2 B-ESEIG Rubricas Espaço Científico 2 Espaço Pedagógico 5 Destaque 7 Relações com o Exterior 18 Notícias 19 Eventos 20 Tribuna 22 Pontos de interesse especiais: ESEIG parceira em projecto inovador na Póvoa de Varzim Os Instrumentos de Avaliação Propostos pelo Regulamento de Avaliação da ESEIG Bio|M'08: Prótese da Anca Programas de Mobilida- de e Actividades Boletim Informativo da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão Luís Rocha, Dr. Macedo Vieira e Doutor José Abel Andrade

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Boletim Informativo da ESEIG

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Page 1: B-ESEIG - Julho de 2008

Os processos de mudança são habitualmente difíceis, complexos e demorados no tempo. A mudança implica um esforço de diferenciação entre aquilo que se é e aquilo que se pretende ser, pelo que importa ter consciência identitária, seja ela pessoal ou institucional. Estando em consonância com o núcleo que as definem, pes-soas e instituições, como sistemas abertos que são, obrigatoriamente sofrem processos de desenvolvimento interno modificando as suas estruturas e processos de funcionamento no sentido de explorarem outras identidades mais adaptadas aos novos tempos.

O Ensino Superior Politécnico está em crise desenvolvimental, lutando por uma definição de si próprio que honre o seu passado, mas que ao mesmo tempo se projecte no futuro com uma estratégia que dignifique os múltiplos actores que com ele se relacionam. O auto-conhecimen-to institucional assume-se como uma condição primeira nos processos de mudança, sendo a base que sustenta incursões projectadas no futu-ro, pelo que às vezes nos parece que “uma névoa paira” nas instituições o que lhes dificulta a “visão de si próprias”, assim como à missão que têm por diante. Urge ser “maiores do que

nós próprios”, pensar o colectivo e atenuar a pri-mazia das necessidades umbilicais.

Quando se abraça um projecto de difusão de informação, como é exemplo o B-ESEIG, os seus actores procuram dinamizar um espaço de discus-são que promova a instituição, sendo conhecedo-res das necessidades institucionais, vão-se definin-do os contornos que identificam este meio de comunicação.

A comunidade escolar da ESEIG soube reconhecer a importância deste instrumento de comunicação, tendo feito chegar ao corpo editorial múltiplas actividades da sua vida académica, reservando sempre que possível um espaço de tempo e esfor-ço adicional (subtraídos aos seus objectivos mais pessoais) e contribuindo assim para um objectivo mais colectivo.

No meio de uma certa indefinição generalizada que o país atravessa, exemplos de participação, como é exemplo este boletim, faz-nos ter uma esperança renovada em nós mesmos e na capacidade de nos reinventarmos continuamente sem nunca deixar de ser quem somos.

Obrigado ESEIG pela participação.

Editorial

ESEIG parceira em projecto inovador na Póvoa de Varzim

Vivendo actualmente sob o signo da exploração de novas fontes energéticas não associa-das aos combustíveis fósseis, a Humanidade carece de projec-tos empreendedores que quei-ram assumir-se como substitu-tos credíveis destas fontes poluentes, caras e finitas.

A ESEIG (através de dois dos seus alunos de Engenharia Mecânica), a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e uma empresa nacional fabricante de painéis solares e termodinâmi-cos (Energie), criaram uma

(Continuação na página 24)

Julho 2008 Volume 1, Edição nº 2

B-ESEIG

Rubricas

Espaço Científico

2

Espaço Pedagógico

5

Destaque 7

Relações com o Exterior

18

Notícias 19

Eventos 20

Tribuna 22

Pontos de interesse especiais:

• ESEIG parceira em projecto inovador na Póvoa de Varzim

• Os Instrumentos de Avaliação Propostos pelo Regulamento de Avaliação da ESEIG

• Bio|M'08: Prótese da Anca

• Programas de Mobilida-de e Actividades

Boletim Informativo da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão

Luís Rocha, Dr. Macedo Vieira e Doutor José Abel Andrade

Page 2: B-ESEIG - Julho de 2008

more, the decision to merge depends neither on the intercept nor on the slope parameters from the demand curve. However, when the incentive to merge exists, it increases with the first

parameter and decreases with the sec-ond one.

Keywords: game theory, merger, mar-ket structure, market power.

Abstract: In this work, considering a Stackelberg oligopoly market, we show that the profitability of merger depends on the market structure and on the involved firms’ strategic power. Further-

Design of a Repository of Programming Problems

José Paulo Leal and Ricardo Queirós The 2008 Competitive Learning Symposium, ACM-ICPC World Finals, Banff, Canada, April, 2008

da, como o CSIC em Espanha, o CNRS em França, o CNR em Itália e o Max-Planck-Gesellschaft na Alemanha. Por outro lado, as empresas europeias, pequenas ou grandes, não estão sensibilizadas para a realização ou promoção de investigação fundamental. As suas actividades restringem-se à investigação aplicada. Contudo, as empresas são muitas vezes as grandes beneficiárias da actividade científica desenvolvida nas institui-ções públicas, seja ela fundamental ou aplicada, na forma de publicações, patentes, prestação de serviços e, principalmen-te, do conhecimento especializado dos funcionários mais qualificados que recrutam.

Considero, pois, importante que os docentes da ESEIG conti-nuem a realizar investigação científica, seja ela dita fundamen-tal ou aplicada.

Concluo com um excerto de Fernando Pessoa, in “Palavras iniciais da Revista de Comércio e Contabilidade” (Janeiro, 1926):

“Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria. … para o homem são de espí-rito e equilibrado de inteligência, há uma separação abusiva. Na vida superior a teoria e a prática completam-se. Foram feitas uma para a outra.”

A investigação está na base da actual sociedade do conheci-mento. É consensual a importância da investigação científica no progresso económico e social de qualquer sociedade. É, sem dúvida, um dos importantes factores de diferenciação dos países mais desenvolvidos. As instituições de ensino supe-rior desempenham, nesta matéria, um papel preponderante, quer a nível da investigação fundamental, quer a nível da investigação aplicada.

A oposição entre investigação fundamental e investigação aplicada carece de argumentação. É possível apresentar exemplos de investigação fundamental que evoluiu para o desenvolvimento de nova tecnologia, bem como exemplos de investigação aplicada que não produziu resultados técnicos ou económicos. O desenvolvimento científico é um processo integral no qual é praticamente impossível colocar fronteiras entre diferentes etapas. E, para que serviriam essas frontei-ras? O desenvolvimento científico e tecnológico integra várias etapas, desde a aquisição do conhecimento fundamental até à realização da invenção técnica, num processo único. Essa integração está reconhecidamente mais avançada nos EUA do que na Europa.

Nos países europeus, a investigação dita fundamental é desen-volvida, essencialmente, nas instituições de ensino superior. Mas também existem, em alguns países, grandes centros públicos dedicados ao desenvolvimento da investigação aplica-

Espaço Científico

Página 2 B-ESEIG

Investigação fundamental / investigação aplicada Flávio Ferreira Vice-Presidente do Conselho Científico da ESEIG

Merger in a Stackelberg Oligopoly

Fernanda A. Ferreira International Journal of Pure and Applied Mathematics, 44, nº2 (2008), 155-160

EduJudge projects foresees an integra-tion with existing Learning Management Systems (LMS), namely the Moodle and Quest systems. Nevertheless, our goal is to position this repository as a service provider for a larger set of systems with an automatic evaluation engine, such as a LMS or even programming contest man-

agement systems. It is the authors per-ception that most of the Learning Ob-jects (LO) repositories currently avail-able are actually specialized search en-gines, and not adequate for feeding an automatic evaluation engine. Although some of these repositories list a large number of pointers to LO, they have

Abstract: This paper describes the design of a repository of programming problems integrated in the EduJudge project. The goal of this project is to open the repository of programming problems of the UVA Online Judge (onlinejudge.uva.es) to pedagogical uses in secondary and higher education. The

Page 3: B-ESEIG - Julho de 2008

3C@Higher Education - Contribution, Collaboration, Community at Higher Education: A Case Study of a course

Cândida Silva, Lino Oliveira, Milena Carvalho, Susana Martins Proceedings of the Inted2008 – International Technology, Education and Development Conferente, Valência, 3 a 5 de Março de 2008

natures, submitted by teachers and eventual external entities.

The teachers of the Degree in Science and Technologies of the Documentation and Information (CTDI) are taking ad-vantage of this conjuncture as a comple-ment of their educational activity, pro-moting, for such, the Laboratory of CTDI and creating a research dynamics and development. In this context, they formed the research group PIGeCo - Integrated Projects for Content Manage-ment that intends, first, to implement the use of Web 2.0 tools in way to reach the premises that currently gov-ern the new generation web (cooperation, contribution, community), applying them to their teaching activity, and, second, stimulate teachers to the production of scientific papers and stu-dents to the production of academic papers, as well as its subsequent analysis.

Therefore, several projects were initi-ated within disciplines of the course of CTDI, namely, the implementation of an institutional digital repository and a digital magazine.

It is made a point of situation of ongoing projects and discussed the expectations estimated.

Finally, we performed an analysis of the prospects and future ambitions of the group.

Keywords: Web 2.0 technologies, col-laborative work, teaching methodolo-gies, teaching-learning, Bologna, e-learning, digital repository, e-sine.

Abstract: The appearance of the Inter-net presupposed a revolution that is not exhausted in this advent. The emergence of Web 2.0 is the (r)evolution that is currently underway and that has been changing the way we relate to the Inter-net, requires that we be mere consum-ers of information to start to have an active and interventive role in its pro-duction and publication.

The implementation of the Bologna Declaration implies another revolution, altering the paradigm of teaching-learning, necessarily forced to change, starting the teaching to be mainly fo-cused on the student and in the work that he will develop along the academic path. It is intended that the student is the protagonist of his learning. This new paradigm implies that his work is as-sumed to be really active, through inde-pendent research and resolution of situations and problems of different

mation will be interesting for the next generation of LMS. Instead of using fixed presentation orders of LO, as they do today, they will dynamically determine presentation orders based on informa-tion about their previous use. To ac-commodate these features our reposi-tory will give LMS the option record information on the use of LO and will provide statistics on this data.

Our first challenge was the definition of programming problems as LO. They must contain every information needed either by programming contest manage-ment system or by LMS with automatic evaluation of programming problems. The LO must be a package including assets and metadata describing them. In our case assets include problems de-scriptions, test vectors, solution pro-grams, etc. Our LO definition provides standard metadata who wrote it, when, versions, languages, etc as well as do-main specific problem classification, role of assets, etc.

Based on this view of a programming problem repository we defined a set of design principles for our system. 1) The repository must be simple and effective. This principle lead us to identify a core

component with a minimal set of fea-tures efficiently implemented. Comple-mentary features are delegated to helper applications that connect to the core component. 2) The repository must be reusable in other contexts, with generic features available through users or applications interfaces. 3) The reposi-tory must comply existing standards. The standards include the SCORM (Sharable Content Object Reference Model) specification (data IMS CP and metadata IEEE LOM) and interoperabil-ity with other systems based in Web Services (W3C). We modeled the re-pository based on these principles and we include the present also the main diagrams in this paper.

Keywords: Learning Objects; E-Learning systems; Repositories; SCORM; Web services.

few instances in any category, such as programming problems. Moreover, they do not provide the actual LO, only pointers, and sometimes these pointers are dangling. Last but not least, the LO listed in these repositories must be manually imported into a LMS. An evaluation engine cannot query the re-pository and automatically import the LO it needs.

We modeled our repository using a book library as metaphor: Learning Ob-jects (LO) may be seen as books that the learner (the reader) accesses trough the Learning Management System (LMS). As in a book library, the repository has a catalog that provides efficient search. After selecting a LO the learner will receive an actual copy of it, as supplied by its author, not just a pointer to an-other service. As LO are a kind of ebooks the repository will have an unlimited number of copies to lent, unlike in a physical book library. Librar-ies also keep records of requisitions. It is therefore very simple easy for a librar-ian to know which are the most popular books, those that were never requested and the books that readers take longer to read. In our view, this kind of infor-

Volume 1, Edição nº 2 Página 3

Page 4: B-ESEIG - Julho de 2008

Tese de Doutoramento

Titulo: Comunicação Integrada de Colecções de Produtos de Moda

Paula da Costa Soares Escola de Engenharia, Universidade do Minho, Junho de 2008

envolvimento e consequentemente a lealdade à marca.

De modo a contribuir para o reforço deste processo, concebeu-se um mode-lo de comunicação integrada de colec-ções de produtos de moda, reflexo do desempenho das marcas de moda e da realidade do mercado nacional. Preten-de-se, através deste modelo, orientar as empresas do sector na optimização da gestão da interligação entre os múltiplos recursos de que dispõem para a optimi-zação da emissão do conceito total ao mercado.

A concepção do modelo de comunica-ção integrada para colecções de produ-tos de moda, tendo como base o siste-ma de comunicação entre a marca e o

consumidor, permitiu concluir que o seu desenvolvimento é realizado através da comunicação da imagem de moda e da identidade da marca, numa troca contí-nua e construtiva para a marca na emis-são de um conceito total, o qual é cria-do a partir de todos os aspectos com poder comunicativo, como o design das colecções, o marketing mix e a comuni-cação de marketing, sem recurso à tota-lidade dos seus meios, técnicas ou activi-dades.

Palavras-Chave: moda, marcas de moda, marketing, comunicação, comuni-cação de marketing.

Resumo: O mercado de produtos de moda tem vindo a acelerar a sua trans-formação, tanto ao nível do seu modus operandi, como das suas características específicas, em resultado da evolução das necessidades do consumidor, e res-pectivos grupos, e da pronta e rápida resposta que estes exigem à indústria deste sector.

As novas características deste mercado, de que são exemplo a saturação dos mercados pelo excesso de oferta, a ampla oferta de marcas privadas de reta-lho, o acesso fácil à informação resultan-te das novas tecnologias e a globalização, impõem às marcas a necessidade de uma presença forte no mercado que as des-taque e através da qual se estabeleça o

Aplicações da Web Social como Complemento da Aprendizagem no Ensino Superior – um Caso de Estudo

Lino Oliveira, Fernando Moreira Actas da 3ª Conferencia Ibérica de Sistemas y Tecnologías de la Información, 19 al 21 de Junio de 2008, Ourense, España

designadas de Web 2.0, com as quais estes novos estudantes se sentem à-vontade, poderá trazer benefícios em termos de motivação, frequência e quali-dade do envolvimento nas actividades académicas. Neste artigo é apresentada uma experiência pedagógica envolvendo uma plataforma de ensino a distância e aplicações centradas na Web, cujos resultados permitem perspectivar de que a utilização conjunta deste tipo de

aplicações poderá contribuir significati-vamente para que os alunos do ensino superior obtenham competências dife-renciadas em domínios habitualmente deficitários.

Palavras-chave: e-learning; web 2.0; web social; trabalho colaborativo; meto-dologias de ensino/aprendizagem.

Resumo: A mudança de paradigma imposta pelo Processo de Bolonha, em

que o aluno passa a ser responsável pela sua aprendizagem, e uma nova geração de estudantes universitários com maio-res aptidões tecnológicas, representam um enorme desafio para as Instituições de Ensino Superior. A utilização no ensi-no, de novos conceitos da Web Social, suportados por aplicações habitualmente

Página 4 B-ESEIG

Todos os resumos foram obtidos a partir da informação recebida no endereço [email protected].

No passado dia 15 de Maio, dia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, a colega Fernanda Amélia Ferreira recebeu, do Director da Faculdade, Baltazar Manuel Romão de Castro, uma medalha da FCUP pelo seu doutoramento em Mate-mática Aplicada, concluído em Julho de 2007, com a discussão da tese intitulada Applications of Mathematics in Industrial Organization.

Page 5: B-ESEIG - Julho de 2008

Volume 1, Edição nº 2

realizados em grupo. 7. O regime e os elementos de avalia-

ção de cada unidade curricular deve-rão ser definidos no início de cada ano lectivo, no quadro respectivo da Ficha “ECTS” em versão portuguesa e inglesa, especificando os elementos de avaliação a utilizar, respectivas ponderações, notas mínimas e condi-ções de acesso a exame. Os dados correspondentes serão agregados de forma a constituir-se a “Grelha de avaliação”.

8. A ficha “ECTS” deverá ainda indicar as alternativas de avaliação, caso sejam aplicáveis, se o aluno não obti-ver aprovação na unidade curricular através daquele método de avaliação, ou caso se trate de uma alternativa aplicável a casos especiais, como por exemplo os Trabalhadores-Estudantes.

9. A ficha “ECTS” é única para cada unidade curricular.

10. Cabe ao docente responsável pela unidade curricular, informar os alu-nos, na primeira semana de aulas, sobre o conteúdo da ficha “ECTS” da respectiva unidade.

11. A avaliação competirá ao docente da respectiva unidade curricular e será da sua exclusiva responsabilidade, sem prejuízo do disposto no “Regulamento de Júris de Exames, Consulta de Provas, Reclamações e Recursos” e no “Regulamento de Avaliação”.

12. As notas finais de classificação da aprendizagem para cada unidade curricular, cujo ensino seja assegura-do por mais de um docente, deverão ser atribuídas em reunião de docen-tes e subscritas por todos eles.

Regimes de avaliação Os conhecimentos e competências poderão ser avaliados através dos seguintes regimes: avaliação contínua, avaliação periódica, avaliação final e ava-liação mista.

Avaliação contínua O novo paradigma de ensino exige dos alunos uma sólida formação teórica e técnica de base e, para além disso, que adquiram um conjunto de competências comportamentais também críticas do seu processo de ensino aprendizagem,

na medida em que são essenciais no desempenho de uma actividade profis-sional. São as chamadas soft skills, tais como, ter capacidade analítica e de inte-gração, saber expor conteúdos, capaci-dade de comunicação, aprender a lide-rar, desenvolver capacidade de trabalhar em grupo … O regime de avaliação contínua é aquele que, de forma mais adequada, permite atingir tal desiderato, na medida em que é um “processo que permite aferir a cada instante as competências e os conhecimentos dos alunos em relação a objectivos previamente definidos e nas mais diversas circunstâncias”.

Para o efeito, podem se utilizados os seguintes elementos de análise: a) “Assiduidade, presença, participação -

envolve todos os elementos em sala de aulas como trabalhos, orais, fichas de trabalho, realização de exercícios de aplicação e trabalhos práticos, análise e resolução de problemas suscitados pela reflexão teórica e/ou prática profissional entre outros;

b) Trabalhos práticos de laboratório com elaboração dos relatórios cor-respondentes, com ou sem defesa dos mesmos;

c) Participação nas actividades lectivas, projectos e trabalhos académicos complementares e de extensão das aulas e na apreciação e discussão dos mesmos;

d) Elaboração de trabalhos individuais e/ou de grupo, com apresentação de relatório e com discussão dos mes-mos, realizáveis em períodos de tem-po não muito extensos;

e) Elaboração de projectos de investiga-ção/intervenção individuais ou de grupo, no âmbito de cada unidade curricular e/ou de natureza transver-sal envolvendo mais do que uma unidade curricular.”

A aprovação dos alunos neste regime de avaliação obriga à obtenção de, pelo menos, 10 valores em cada um dos ele-mentos de avaliação adoptados. Avaliação periódica A avaliação periódica é “um processo que permite aferir pontualmente em momentos classificativos predetermina-dos,” ao longo do tempo lectivo, os conhecimentos e competências dos alunos.

Encontra-se em fase de conclusão a revisão do Regulamento de Avaliação, actualmente em vigor, homologado por Despacho IPP/PR-31/2006, de 16 de Fevereiro de 2006. Apesar das mudanças profundas no paradigma educativo e de aprendizagem, suscitadas pela aplicação da Convenção de Bolonha, as alterações ao actual regu-lamento não serão muito significativas, podendo mesmo ser consideradas mais como pequenos aperfeiçoamentos dos regimes de avaliação que vêm sendo praticados, ficando a substância dos mesmos praticamente inalterada. Então, sem mais delongas, passaremos a referenciar as principais alterações e, ao mesmo tempo, aproveitar a oportunida-de para realçar alguns aspectos que, na sua aplicação, têm provocado alguma controvérsia e que, por vezes, têm con-flituado com os seus destinatários.

Regime de frequência Inculcando o Processo de Bolonha uma maior responsabilização dos alunos no processo de ensino / aprendizagem, foi decidido abandonar, por exigência regu-lamentar, o regime de frequência obriga-tória. Esta decisão revoga o artigo 5.º do Regulamento de Avaliação e, consequen-temente, deixa de ser obrigatória a fre-quência das aulas para todas as unidades curriculares, excepto para aquelas que adoptarem o regime de avaliação contí-nua.

Regras gerais de avaliação A definição de um regime de avaliação deve contemplar, no mínimo, as seguin-tes regras: Os resultados de aprendizagem defini-dos para cada curso e unidade curricu-lar; 1. As finalidades e as linhas de orienta-

ção estratégica que conferem senti-do e coerência a cada uma das licen-ciaturas;

2. As metodologias de ensino e apren-dizagem;

3. Os conteúdos programáticos; 4. Os meios facultados ao aluno. 5. A avaliação final pode resultar de

projectos interdisciplinares. 6. A avaliação e consequente classifica-

ção são de âmbito individual, mesmo quando respeitantes a trabalhos

Espaço Pedagógico

Os Instrumentos de Avaliação Propostos pelo Regulamento de Avaliação da ESEIG

Alfredo Paulino

Página 5

Page 6: B-ESEIG - Julho de 2008

“Para chamar a atenção do leitor,

coloque uma frase interessante ou uma

citação do bloco aqui.”

Legenda que descreve a imagem ou gráfico.

Legenda que descreve a imagem ou gráfico.

superior a 10 valores em todos os testes, numa escala de 0 a 20 valo-res.

Avaliação final A avaliação final é um regime de avalia-ção que se apoia em provas de avaliação global a realizar no final do período lectivo da unidade curricular. O elemento de análise é o tradicional exame final. As condições de aprovação são as seguintes: nota igual ou superior a 10 valores, numa escala de 0 a 20 valores.

Avaliação mista A avaliação mista é o regime “que, de uma forma articulada, combina elemen-tos de avaliação previstos nos regimes” anteriormente referidos. As condições de avaliação são as seguin-tes: nota igual ou superior a 10 valores em cada um dos regimes de avaliação escolhidos. Antes de terminar, convém informar que as alterações ao actual Regulamento de Avaliação só entrarão em vigor depois do novo regulamento ser homo-logado pela Presidência do IPP.

Os elementos de análise podem ser os seguintes: mini-testes, testes sumativos e testes modulares. As condições de aprovação são as seguintes: a) Mini-testes – não têm nota mínima,

“sendo o produto do coeficiente de ponderação pela nota obtida adicio-nado à média da restante avaliação”;

b) Testes sumativos – nota igual ou superior a 8 valores em todos os testes, numa escala de 0 a 20 valo-res;

c) Testes modulares – nota igual ou

Página 6 B-ESEIG

dos trabalhos académicos que consistem, normalmente, no aprofundamento de uma determinada matéria do programa leccionado, saindo da anterior exclusiva pesquisa da bibliografia recomendada para a unidade curricular. Verificamos, também, por parte destes utilizadores, o reconhecimento de tipologias de docu-mentação e uma procura cada vez maior de informação científica, induzidos, obvia-mente, pelos docentes, no incentivo de adopção de metodologias de investigação. Constatamos, assim, um aumento da consulta de literatura cinzenta, de teses de mestrado de docentes e, principal-mente, de trabalhos académicos e relató-rios de estágio de colegas, elaborados em anos anteriores. Neste cenário, e tendo em conta o acer-vo bibliográfico e a proliferação de traba-lhos académicos, a Biblioteca da ESEIG tenta satisfazer as necessidades dos utili-zadores, numa perspectiva de interesse colectivo, no entanto, enfrenta algumas dificuldades. Por um lado, a concentra-ção, por parte dos utilizadores, na biblio-grafia recomendada para a elaboração dos trabalhos académicos, conduz a uma concentração temporal da requisição dessas obras, levando a que não exista a suficiente rotatividade para satisfazer os utilizadores. O número insuficiente de exemplares para servir uma turma de trinta alunos, justifica o prazo de requisi-ção, considerado curto pela maioria dos utilizadores, mas necessário na perspecti-va desse interesse colectivo, de forma a servir o maior número possível de utiliza-dores. Por outro lado, a inexistência de alguma bibliografia, na Biblioteca, deter-mina também a qualidade do serviço prestado. Sendo uma biblioteca especializada nas temáticas dos cursos leccionados, a Biblioteca da ESEIG tem vindo a assistir a

uma maior diversificação das áreas do conhecimento do seu acervo, tendo em conta a transdisciplinaridade dos cursos existentes. No sentido de enfrentar as dificuldades referidas e de ir ao encon-tro do seu carácter especializado, é necessário um maior investimento finan-ceiro na aquisição de bibliografia, não apenas para os novos cursos que vão sendo criados, mas também para a actualização dos existentes. É necessária, também, mais formação de utilizadores, por parte da Biblioteca, na sensibilização dos alunos para o real aproveitamento da informação científica disponível nos recursos electrónicos, nomeadamente na Biblioteca do Conhecimento Online. É também necessário um maior incenti-vo, por parte dos docentes, à consulta desses artigos científicos. O ensino por projecto de Bolonha trou-xe novas exigências, exige um maior investimento financeiro num regime tutorial de ensino, mas exige também que os serviços de apoio sejam encara-dos como fazendo parte dessa mudança, “A Biblioteca é o coração da Universida-de, um motor que a faz conservadora, transmissora e criadora de saber. A Biblioteca é um serviço imprescindível para que a Universidade cumpra os seus objectivos.”2 Neste cenário, é preciso, cada vez mais, reconhecer a verdadeira importância da Biblioteca para o cumpri-mento da missão e objectivos de qual-quer instituição do ensino superior. 1LOURENÇO, Júlia Maria [et al.]– Bolo-nha: ensino e aprendizagem por projec-to. V. N. de Famalicão: Centro Atlânti-co, 2007, p. 17 2ORERA ORERA, Luisa (ed. lit.) – Manual de Biblioteconomía. Madrid: Editorial Síntesis, 1998, p.

A Declaração de Bolonha trouxe profun-das alterações no ensino superior com a adopção de um sistema de ensino tuto-rial, baseado essencialmente na metodo-logia do ensino e aprendizagem por pro-jecto. Esta nova metodologia “desviou o foco da transmissão de conhecimentos do docente para o aluno, para o desen-volvimento de competências pelos alu-nos”1, conduzindo a uma necessária adap-tação por parte destes actores, docentes e alunos, mas também das estruturas de apoio da instituição, no sentido de acom-panhar essa mudança. Neste contexto, surgem novos desafios para as Bibliotecas do ensino superior. As bibliotecas adquirem particular importân-cia no apoio à obtenção das competên-cias informacionais, exigidas a estes novos alunos, para dar resposta eficiente à reali-zação dos trabalhos académicos solicita-dos para as unidades curriculares dos cursos. Estas competências informacionais, exigi-das aos alunos, pressupõem capacidade de pesquisa e recuperação de informação, selecção e análise dessa informação e consequente sistematização e produção de conhecimento. É na primeira fase des-te processo que a Biblioteca deverá cen-trar a sua actividade, no apoio ao utiliza-dor ao nível da pesquisa e recuperação de informação, através da formação de utili-zadores ao nível das técnicas de pesquisa, da utilização de tecnologias da informação e da utilização optimizada dos recursos electrónicos disponíveis. Consequência da necessária adaptação dos alunos à metodologia de Bolonha, a Biblioteca da ESEIG tem vindo a assistir a uma alteração significativa no perfil do seu utilizador. Este novo utilizador apre-senta um maior domínio das tecnologias da informação, procura informação mais específica, consequência das exigências

Biblioteca da ESEIG: desafios de Bolonha Anabela Novais

Page 7: B-ESEIG - Julho de 2008

O Dr. Rui Ventura é licenciado em Mar-keting e Comunicação pelo ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas) de Lisboa. Com apenas 30 anos de idade, o seu percurso profissio-nal, desde 1996, abarca cargos em empresas como a BP, Burson Marsteller do Grupo Young & Rubicam, Grupo GCI e Fortune Promoseven do Grupo McCann Erickson (Bahrain e Dubai). Recentemente reconhecemo-lo no car-go de Director de Marketing e Relações Externas da MTV Networks, onde chan-celou o mega evento “MTV Music Awards” em 2005; nesse mesmo ano, foi nomeado pela APPM (Associação Portu-guesa dos Profissionais de Marketing) para Personalidade do Ano na área de Eventos Culturais e Espectáculos.

Um convite da concorrência fez com que Rui Ventura abraçasse o cargo de Director de Comunicação e Imagem da Ogilvy & Mather. Actualmente é Direc-tor de Marketing do Sheraton Hotel & SPA do Porto e de Lisboa.

"Cria a tua marca. Diferencia-te!", pas-sou a ser o lema dos nossos alunos, após a apresentação da dissertação do Dr. Rui Ventura, sobre personal bran-ding, a que ele chama de “U-Marketing”.

Rui Ventura defende que nós, enquanto

No início do mês de Abril, realizou-se nas instalações da ESEIG – Escola Supe-rior de Estudos Industriais e de Gestão do IPP- Instituto Politécnico do Porto (Vila do Conde), a 1ª Jornada de Gestão da Carreira’08, (JGC’08) numa organiza-ção conjunta dos cursos de Gestão e Administração Hoteleira, CTDI, Conta-bilidade, Design e Recursos Humanos, proporcionou a presença de especialis-tas em gestão da carreira e de profissio-nais das respectivas áreas.

Na tarde de 10 de Abril, o curso de Design apresentou à sua plateia, quatro “gigantes” do contexto contemporâneo do design e suas áreas envolventes. Cha-mo de “gigantes” os nossos ilustres convidados, pois são um exemplo de sucesso e de uma boa gestão de carrei-ra. Chamo de “gigantes”, porque nós curso de Design, curso este que se ini-ciou no ano lectivo 2000/2001 apenas com a vertente de Design Gráfico e Publicidade, e conta hoje também com a variante de Design Industrial; estamos em crescimento há quase 8 anos, e pre-tendemos geri-lo com o mesmo empe-nho e empreendedorismo que os “gigantes” oradores ostentam em suas carreiras. O curso de Design quer “ver mais longe”, aprender com descobertas antecedentes e com experiências bem sucedidas. Tal como Isaac Newton, se vemos mais longe, foi por estarmos sobre os ombros de gigantes!

A Jornada de Gestão da Carreira, na área de Design, contou com a estreia bem sucedida de Marta Fernandes (professora dos cursos de Design – ESEIG), na moderação de comunicações e no apoio à tradução das questões colocadas na fase de debate.

Steven Sarson (coordenador dos cursos de Design – ESEIG), abriu o primeiro painel de “gigantes”, apresentando o Dr. Rui Ventura e o Dr. Carlos Coelho. Passo a explicar porque são eles “tão deliciosamente geniais”:

elementos de uma sociedade, somos únicos, com personalidades únicas, tipo-logia única...”SOMOS MARCAS!”

Refere também que “…estamos habitua-dos a dar valor às coisas, quando estão em determinado contexto.”, para melhor o exemplificar, expôs um vídeo de uma experiência de Personal Bran-ding, levada a cabo pelo Washington Post, onde Joshua Bell (violinista concei-tuado) foi convidado a tocar no Metro, utilizando um Stradivarius avaliado em três milhões de euros. Durante os 45 minutos que esteve a tocar, só uma senhora o reconheceu. Para Rui Ventu-ra, Joshua Bell “era uma obra de arte sem moldura” e “um produto de luxo sem etiqueta de marca”.

O primeiro desafio do Personal Bran-ding é a selecção natural, pois conforme um outro filme apresentado por Rui Ventura, só o melhor e o mais forte dos espermatozóides atinge o óvulo. O “gigante Rui” incentiva: “Comecem a diferenciar-se, a puxar pela vossa marca pessoal, pelos vossos interesses, pelo que é único em vocês!”

As pessoas são marcas, pois segundo Rui Ventura, “todos temos o nosso produto para vender, existe um mercado de oferta/procura, todos nós temos o dom da comunicação, temos que saber usá-la para comunicar as nossas mais-valias e reconhecer os nossos limites. Através da distribuição, podemos estar aqui ou em qualquer parte do mundo.” No entanto é “importante perceber o mun-do e perceber onde estamos (“glocal”, imediato e complexo) e perceber o ser humano (80% emocional e 20% racio-nal).”

O Dr. Rui Ventura questionou a plateia: “Será possível criar um líder, como cria-mos uma marca?”. A sua resposta, rápi-da e descontraída: “claro que sim”. Foi ilustrada com 3 imagens de Che Gueva-ra, Papa João Paulo II e Elvis Presley. Rui Ventura defende que estas três persona-

Volume 1, Edição nº 2

Destaque

Licenciatura em Design - Jornadas de Gestão da Carreira’08

Rita Matos Rocha

Dr. Rui Ventura

Jornadas de Gestão da Carreira’08

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lidades “são marcas não só na comercia-lização de produtos, mas no ponto de vista do statement pessoal, são ícones e continuam a fazer parte das nossas vidas.”

No seguimento da sua dissertação sobre “U-Marketing” Rui Ventura, elucidou a audiência enumerando e prescrevendo várias sugestões para a criação e desen-volvimento do Personal Branding:

• “É fundamental acreditarmos no nosso potencial, com trabalho e pai-xão”;

• “Outra palavra fundamental: Actualização”. É necessário acompa-nhar o tempo, estar atento às tendên-cias, ser susceptível à mudança e reciclar o conhecimento “be a life long lean-ner!”;

• “Acreditar nas nossas ideias: fol-low your feeling” devemos criar algum tipo de ideia muito nossa e inovadora, pois “uma ideia pode-se transformar num negócio”. Rui Ventura afirma que na área do Design e da Publicidade, o capital é o “Capital das Ideias”, “para além de olhar para as tendências e seguir essas tendências, é essencial encontrar um caminho vosso, com uma linguagem única e que possa ser valori-zada.”;

• “Nós somos o nosso próprio pro-duto, temos que nos posicionar, posi-cionar a nossa imagem”, para o efeito Rui Ventura refere a importância de falarmos com pessoas do meio ou com outras que eventualmente possam não ter nada a haver com o meio, o Social Networking é um produto de diálogo (ex: hi5, facebook, myspace...);

• “As oportunidades não se encon-tram procuram-se!”; “Faz acontecer!”; “A persistência é a palavra chave!” e não esperes que o telefone toque: “Hunt the Head-Hunter”;

• Posicionamento único, transmitir emoções, fazer a diferença, respeito e credibilidade, são ingredientes para o reconhecimento;

• “Criem valor, não criem volu-me” evidência Rui Ventura, no envio constante de CV’s formatados com Europass, ou a Times New Roman,

tamanho 12, “apresentem currículos diferentes na forma, no conteúdo e na abordagem”.

• “Traça o teu próprio plano de Marketing” perguntando, “onde quere-mos estar daqui a cinco anos? Quais as áreas que queremos atingir? Quais as metas que queremos atingir a nível pes-soal?”

Com duas ferramentas simples, torna-mo-nos globais:

“Youtube + Blog = Global”

Por último, Rui Ventura aconselha “sê bom naquilo que fazes, inova e parti-lha.”

A carreira do jovem “gigante” Dr. Rui Ventura, é a prova de que “Impossible is Temporary. Impossible is Nothing”. Para este “gigante” jovem, “não existem fórmulas mágicas”, o segredo é “trabalhar, trabalhar, traba-lhar!...” e “fazer o impossível”.

Ainda no primeiro painel, tivemos a oportunidade de estarmos sobre os ombros de outro gigante, tão “genial” como os seus livros, como as suas expo-sições e como a sua carreira recheada de sucessos: o Dr. Carlos Coelho.

Formado em Design, pelo IADE, o Dr. Carlos Coelho assume que “era mau aluno a design”, percebendo que ia ser um péssimo designer, logo resolveu ser gestor, “ajudando muitos designers a serem mais brilhantes ainda, do que eram”.

O Dr. Carlos Coelho, foi um dos funda-dores da NovoDesign (posteriormente Brandia), uma das empresas mais pre-miadas de sempre em Portugal, onde ocupou o cargo de Presidente e geriu marcas relevantes em Portugal, entre as quais se encontram: Multibanco, Telecel/Vodafone, Yorn, Galp Energia nomeada-mente com o projecto Pluma, RTP, TV Cabo e TAP Portugal (marca a que jor-nalistas brasileiros apelidaram de “Gisele Bündchen dos Aeroportos”). Sendo neste momento um dos mentores do projecto IVITY Brand Corp. (www.ivity-corp.com), em parceria com o experien-te designer português Paulo Rocha (condutor de grandes equipas multidisci-plinares, com as quais conquistou, entre outros prémios, o de “World’s best pre-paid product” com a vitamina Telecel/

Vodafone).

Dedicando a sua carreira no domínio da gestão de marcas, o Dr. Carlos Coelho é autor de livros como “Portugal Genial” e, mais recentemente, co-autor do “Brand Taboos”, juntamente com o

já referenciado designer Paulo Rocha. É professor, conferencista e colaborador em diversas publicações nacionais e estrangeiras, tendo, entre outros pré-mios, sido distinguido em 2005, como “Personalidade de Marketing” pela Asso-ciação dos Profissionais de Marketing.

Conhecido por “brandómano”, não poderia iniciar a sua exposição sem falar de “Marca”. Para Carlos Coelho “marca, é fazer xi-xi num sítio, tal como os cães! É marcar um território. É deixar a nossa marca, quer se trate de uma pessoa, de uma empresa, de um produto, serviço ou país.”

Carlos Coelho descreveu a “carreira” das marcas, destacando que “as marcas começaram por ser funcionalidades (concretas e funcionais para determinar territórios)”, relembrou a sua origem nas pastagens de gado dos Estados Uni-dos, quando os criadores de gado preci-saram de marcar os seus animais com monogramas, cravados a ferro, nos seus lombos. Com o desenvolvimento econó-mico e o surgimento de diferentes pro-fissões (carpinteiro, alfaiate, criador de gado, etc.) “as marcas começaram a cumprir um segundo objectivo: “diferenciar”, tornaram-se factores de diferenciação.

“O mundo mudou e está a mudar” segundo Carlos Coelho, as marcas face à concorrência tiveram que começar a seduzir, acrescentando funcionalidades emocionais e estéticas, para que

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Dr. Carlos Coelho

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pelo artista plástico José de Guimarães). Ainda segundo este “huge brand mana-ger” é necessário contribuir para o desenvolvimento económico, libertando, incentivando e promovendo a energia criativa de Portugal.

É um facto para todos nós, que se há representante que faz isso quase todos os dias, quer através do seu livro “Portugal Genial”, quer através das suas palestras, quer através dos seus artigos publicados, é Carlos Coelho. Optimista por natureza, ele oferece-nos em seu discurso de evangelização (como ele o descreve) sobre a marca Portugal, uma “visão desafiante sobre as genialidades portuguesas, capazes de contribuir para a afirmação contemporânea da marca de Portugal no mundo”. Tais como: Fernão de Magalhães (o ídolo dos astronautas da NASA); os primeiros mapas do mar, que ajudaram a desenhar os da terra; Catarina de Bragança (rainha de Inglater-ra) que levou os doces para fazer a “marmelade”; as coroas de flores do Havai, que são originárias do Funchal; regiões demarcadas como a do Douro (foram os portugueses que as criaram); temos as melhores ondas surfáveis da Europa, nas nossas praias; o conhecido “calçadão” do Rio de Janeiro, é portu-guês (calçada portuguesa); é nossa tam-bém, a qualidade necessária para os grandes gestores contemporâneos: “O Improviso”, segundo o estudo científico de Miguel Pina e Cunha (um português).

Outros nomes de “genialidades” da actualidade, tais como: Sérgio Rebelo, Machado Paes, Prof. Sobrinho Simões, João Magueijo, Edgar Cardoso, Siza Viei-ra, Manuel de Oliveira, José Saramago, Mariza, António Guterres ou Durão Barroso; afirmam genuinamente a marca de Portugal no mundo (segundo Carlos Coelho), em áreas tão diversificadas como: a medicina, a economia, as ciên-cias, a música, a arquitectura, o cinema, a literatura ou a política internacional.

Dirigindo-se à plateia Carlos Coelho salienta: “ousem fazer algo novo! Temos que fazer de Portugal, uma central de energia criativa... a poesia sempre foi mais à frente que a economia”. Referiu igualmente que não conhecia ninguém “certinho” que tenha feito alguma coisa de jeito, e poeticamente e ao jeito de um português genial como Fernando Pessoa, ressaltou “não tenham medo de sonhar, pensem em coisas para além da dimensão física. É preciso construir coi-sas que não existam! A civilização avança

muito mais pela emergência dos homens excepcionais, do que pelo triunfo da vulgaridade.”

Já na fase de debate, e antes de terminar o primeiro painel, Carlos Coelho fez questão de deixar uma mensagem aos Designers. Mensagem essa, que fiz ques-tão de colocar na íntegra, não só porque é um bom exemplo de gestão de carrei-ra em design, como serve também de prolóquio (máxima), com efeito motiva-dor, quer para os alunos, quer para os professores de design, quer para a insti-tuição - ESEIG.

Aos Designers: “ Eu (Carlos Coelho) e o Rui Ventura, vie-mos fazer apresentações que não são de design. O design é isso, não é design. Quem optar por ser técnico vai ser decorador. Ser designer é ter uma intenção e depois mate-rializá-la. Não se deixem cair em flores. Toda a gente já sabe fazer flores, certo? Antigamente um designer que tivesse assim uns skills para misturar umas fontes, era melhor que os outros, porque não conse-guiam manipular o Freehand (software) daquela maneira. Agora, já toda a gente sabe! Os grandes designers são quem pensa. Quem é capaz de ter uma intenção profun-da daquilo que está a fazer... Eu não emprego designers que não pensam. Estou farto de decoradores! Fazer design, é de algum modo tentar mudar o mundo. Pensem no mundo como uma micro partícula, pode ser a nossa rua, pode ser a nossa casa, pode ser alguma coisa, fazer design é contribuir para alguma coisa materializada, através de um interfa-ce de sensibilidades: de cores, de formas e palavras. Estou farto de designers que dizem que os textos tem letras a mais. Essas pessoas vão perder todas o emprego, sabiam? Todas! Hoje espera-se que os designers façam tudo: escrevam, toquem música, saibam paginar, saibam montar um filme, saibam dar uma palestra... Isso é ser designer! E foram vocês que escolheram. Ser designer é ser homem ou mulher mais completo, do que eventualmente outras profissões. Uma constatação: descobri ao logo do tem-po, que os melhores designers que eu conheço também são músicos. Músicos! Alguns maus, tocam coisas más, outros bons, mas não tem mal, são músicos! E a música obriga a talento e disciplina, obriga

(segundo Carlos Coelho) “entrem na minha porta e não na porta do lado”. Refere, também, que “não se vai à Zara, comprar roupa” e com sentido de humor, acrescenta: “vai-se à Zara por-que as mulheres estão mal dispostas”. Neste sentido “não precisamos de cami-solas para o frio do corpo, precisamos de camisolas para o frio da alma! E é isso que a Zara vende!”.

O que representa determinada marca e como me faz sentir perante mim e perante os outros (factor de identidade), é segundo Carlos Coelho, outra funcio-nalidade relevante para a marca, a fun-cionalidade social, “brands are social íco-nes” (mais do que deveriam ser, satiriza Carlos Coelho).

“A grande dificuldade de hoje, é marcar um território, que continuamente mexe”, ou seja, é como fazer xi-xi para um rio (imagem apresentada). “Vivemos numa época em que não há linearidade! diz Carlos Coelho que aquilo que para os nossos pais ou avós eram certezas, deixaram de o ser: o curso não é para a vida, o emprego não é para a vida, até o casamento, pode ou não ser para a vida. Acrescenta ainda que “ o que caiu - mais do que duas torres, nos Estados Unidos - foram as certezas!” e “depois há um conjunto de elementos que vão alterar a lógica do planeta: há mais pessoas, vamos viver mais tempo e com mais coisas!”.

Carlos Coelho defende (tal como Rui Ventura), que é necessário pensar numa estratégia de marketing pessoal, segundo ele, “um bocadinho maior do que tirar um curso, arranjar um emprego... pois a nossa vida não é apenas isso”. “The futu-re is unboring”, sejamos optimistas (muito embora, segundo Carlos Coelho, o optimismo é visto infelizmente como uma doença ou deformação), porque para além de outros factores “The world became a Big Net”, somos uma grande rede, uma rede de pessoas: “a Big Human Net”. E esta “google generation” não vive em Vila do Conde, vive no Mundo!

No entanto temos nacionalidade, como pessoas somos marcas. Como portugue-ses temos que criar, segundo Carlos Coelho, uma cultura de enorme exigên-cia, e de uma vez por todas “todos temos a obrigação de afogar o afogadi-nho!” (dirigindo-se ironicamente e com grande sentido de humor, ao logótipo do Turismo de Portugal, criado em 1993

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a desatino (que é fundamental), mas a disciplina para dar algum concerto. Por último, não digo isto como nenhuma encomenda. Ninguém me encomendou este sermão, nem digo isto para ser simpático, embora acho que seja neste aspecto: acho que o trabalho que vi produzido, o trabalho de design, sem conhecer a sua intencionali-dade, que em materialização vi dos últimos catálogos da vossa Escola, é melhor do que aquele que se faz noutras escolas do país! (ouviram-se intensos aplausos) os aplausos não são para mim, são para vocês. É since-ro! Nota-se ao longe! Como calculam eu desenvolvi algumas capacidades para ver ao longe, “o meu olho clínico”, pois ao perto até já vejo mal! Mas não estou enganado, eu sei que não estou enganado. Nota-se! Nota-se pelo corpo de professores, daquilo que procuram pôr nas coisas e nota-se intencionalidade. Nota-se! E vejo que há esse percurso, há essa preo-cupação. É preciso ser muito bom, e depois de ser muito bom, é preciso ter uma enor-me intenção, é preciso querer ir mais longe. Dou os meus parabéns àquilo que se tem estado a fazer nesta Escola, não querendo terminar sem deixar esta nota: MUITOS PARABÉNS!

Carlos Coelho (10.04.2008), Jornada de Gestão da Carreira’ 08: ESEIG - DESIGN

O segundo painel da tarde, foi apresen-tado apenas por Mike Whalley (Professor na Buckinghamshire New University, UK), visto que Jeremy Aston (da Simplidesign, Braga), devido a um conflito de agenda, foi impedido de con-tinuar na nossa presença até ao final.

A intenção do segundo painel, era con-frontar “mestre e aluno” (já que, Mike Whalley fora professor de Jeremy Aston no Reino Unido), ouvindo as suas visões sobre o contexto contemporâneo e signi-ficado do design, reflectido na descrição das suas experiências profissionais e no crescimento das suas carreiras e nos con-textos (nacionais e internacionais) onde se desenvolveram.

Steven Sarson (coordenador do curso de Design – ESEIG), descreveu Mike Whalley, como um “batalhador e guerreiro”, quer na sua vida profissional quer pessoal. Ou seja, mais um “gigante” que nos fez ver mais longe!

A apresentação de Mike Whalley, foi riquíssima. Ao ouvirmos o seu discurso, de imediato se vislumbrava uma extensa “tabela cronológica” do seu percurso profissional.

Em criança, Whalley queria ser artista embora não soubesse bem o que isso significava. O gosto por desenhar foi o ponto “zero”, na escola descobriu a pintu-ra, a escultura e por fim a tridimensionali-dade, enveredando pelo curso de design tridimensional. E rapidamente o seu lema se tornou “do things for people”.

Tendo uma carreira de aproximadamen-te trinta anos como designer, e sendo duas vezes mais velho, do que a média de idades da plateia que o assistia, refe-riu que foi “designer num mundo sem computador”, e que o foco da mudança em design é essencialmente tecnológico, e o que se mantém, é a sua essência: “ o desenvolvimento de ideias”.

Mike Whalley fazendo uma ponte entre o seu percurso como designer e como professor de design, e o percurso dos seus ex e actuais alunos, evidenciou, que actualmente o Design é mais assumido e procurado, o que por sua vez, aumenta a competitividade entre cada designer, face ao crescente número de designers profissionais actualmente no mercado de trabalho.

Para Mike Whalley, compreender o contexto contemporâneo do Design é apreender a cultura contemporânea, e facultou para o efeito, uma sugestão de leitura: “The Culture at the New Capita-lism” do sociólogo Richard Sennett.

Foi uma tarde riquíssima em experiência e conteúdo, foi uma tarde, estruturada para “marcar a diferença”; foi uma tarde que nos fez “pensar em coisas, para além da dimensão física”; foi uma tarde em que sonhamos, e vale bem a pena sonhar, porque a sonhar “ousamos fazer algo novo”!

“Cria-te e diferencia-te!”

“O futuro é tudo, menos aborrecido!”

Licenciatura em Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação

Susana Martins

abertura, com a participação do Exmo. Sr. Director da ESEIG, o Prof. Doutor Abel Andrade e com a participação da Coordenadora do Curso de CTDI, a Dra. Inês Braga.

De seguida deu-se a palavra aos convida-dos integrantes do primeiro painel inti-tulado “Formação, Competências e Saídas Profissionais”, composto por duas personalidades de renome no meio da Documentação, a Dr.ª Paula Ochôa (Ministério da Educação) e a Dr.ª Leo-nor Gaspar Pinto (Câmara Municipal de Lisboa) sendo moderadora a Doutora

Teresa Pereira (docente do curso de CTDI). A comunicação da Dr.ª Paula Ochôa pautou-se por um sábio alerta acerca da necessidade de os actuais e futuros profissionais da informação saberem gerir convenientemente tanto a sua formação como a sua carreira. Já a Dr.ª Leonor Gaspar Pinto evidenciou o caso da Biblioteca Municipal de Lisboa e das várias iniciativas que tem levado a cabo na prossecução dos objectivos daquilo que é uma biblioteca do séc. XXI e dos seus recursos humanos. Ambas as palestrantes destacaram ainda o leque de saídas profissionais que se

Após a realização de mais um evento de peso para a comunidade académica da ESEIG, mas também para a sociedade em que a escola se integra, o balanço que se pode fazer é indubitavelmente positivo.

Este evento, diferenciou-se dos anterio-res por unir, na sua organização, a maio-ria dos cursos da escola. CTDI viu os seus convidados falarem na tarde do 1º dia do evento, a 9 de Abril.

Pelas 14h30m teve inicio a sessão de

Dr. Marta Fernandes, Dr. Steven Sarson e Dr. Mike Whalley

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veio mostrar como os alunos de CTDI podem contar com os serviços desta associação para desenvolver a sua activi-dade profissional, destacando também, a importância de uma carreira profissional ponderada e baseada em estratégia empresarial e empreendedorismo.

De seguida pudemos assistir à interven-ção do Prof. Doutor Luís Amaral (Pró-Reitor da Universidade do Minho) que destacou a importância da gestão da informação e das novas tecnologias nas organizações bem como a importância de recursos humanos qualificados para desempenharem tal tarefa.

Posteriormente o Dr. Rui Avelãs (Critical Software) falou-nos um pouco do seu percurso académico e profissio-nal e da necessidade de formação conti-nua. Abordou depois o protocolo esta-belecido entre a ESEIG e a Critical Soft-ware bem como o programa que a Criti-cal Software desenvolveu para a gestão de informação, o CSarch.

avizinham para os futuros licenciados, nomeadamente ao nível do sector pri-vado.

Depois de um breve coffee-break seguiu-se o segundo painel moderado pelo Dr. Telmo Vilela da Fundação IPP. Este contou com a participação da Dr.ª Mafalda Cunha, representante da AEBA – Associação Empresarial do Baixo Ave. Uma vez mais a ESEIG e o curso de CTDI em particular estreitam relações com o meio empresarial envolvente e a comunicação da Dr.ª Mafalda Cunha

O segundo painel terminou com a parti-cipação do Dr. Rui Gaspar (Byblos). Foi apresentado todo o conceito inovador que está subjacente à recém-nascida Byblos, à tecnologia usada e aos recur-sos, físicos e humanos, necessários para desenvolver um projecto desta natureza. Um novo olhar para o mundo da leitura e uma nova arena de actuação profissio-nal para todos os profissionais da infor-mação.

Professor Luís Amaral

Dr. Rui Gaspar, Professor Luís Amaral, Dr. Telmo Vilela, Dr.ª Mafalda cunha,

Dr. Rui Avelãs

reiro (Chef Executive de Cozinha do Porto Palácio Hotel e da Selecção Nacional Futebol) e da Dra. Isabel Gló-ria (Directora do Desenvolvimento Organizacional do Grupo Pestana). Com o perfil, o percurso profissional e expe-riência dos três oradores foi possível termos uma perspectiva de como se pode gerir a carreira no sector hotelei-ro.

O Senhor Manuel Ai Quintas, com base no seu percurso e experiência profissio-nal, realçou a necessidade de se estabe-lecer objectivos profissionais e pessoais, ou seja, definir onde é que queremos estar e fazer no curto, médio e a longo prazo. Para tal, é importante “desenhar um caminho” a percorrer para atingir os objectivos definidos. Alertou, ainda, os alunos que por vezes não é fácil, que é preciso ser persistente e estar conscien-te do que se pretende alcançar.

O Chef Hélio Loureiro, por sua vez, referiu que apesar de não ter planeado de forma mais precisa a sua carreira profissional, que é importante trabalhar/fazer o que se gosta e procurar ser excelente na sua área.

Por fim, a Dra. Isabel Glória apresentou a forma como o Grupo Pestana, maior grupo Hoteleiro português, gere a car-reira e a formação dos seus colaborado-res. Para cada um, é estabelecido um plano de carreira, pois o Grupo Pestana pretende que os seus colaboradores possam progredir na sua carreira, con-tribuindo desta forma para a sua satisfa-ção e melhoria do seu desempenho.

Após as apresentações, houve ainda tempo para alguns alunos e docentes colocarem várias questões aos oradores, para satisfazerem algumas curiosidades e esclarecerem dúvidas.

O principal objectivo destas JGC’08 era trazer profissionais de referência de cada uma das áreas dos referidos cursos e discutir a forma (ou as novas formas) de gerir a carreira.

Depois da sessão de abertura das JGC’08, no dia 9, o primeiro painel foi dedicado ao tema “O percurso da car-reira profissional no sector hoteleiro”. A organização deste foi da responsabilida-de do curso de Gestão e Administração Hoteleira e contou com a presença do Sr. Manuel Ai Quintas (Director de Hotel e autor de vários livros técnicos da área hoteleira), do Chefe Hélio Lou-

Licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira

Luís Correia

Volume 1, Edição nº 2

Chef Hélio Loureiro, Moderador Dr. Salvador Araújo

Drª Isabel Glória, Dr. Salvador Araújo, Dr. Luís Correira, Chef Hélio Loureiro,

Sr. Manuel Ai Quintas

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organizadas e executadas pelos alunos do 3º Ano e do 1º Ano do curso de Gestão e Administração Hoteleira.

Muitos parabéns a todos os alunos e professores que estiveram envolvidos nas JGC’08. Até à próxima…

Como nota final, é importante referir que toda a operação de Alimentação e Bebidas das JGC’08 foram planeadas,

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Licenciatura em Contabilidade e Administração

Conceição Castro

Nesta decorrência, Flexibilidade, Funcio-nalidade e Oportunidade na gestão da carreira dos sistemas público e privado foi o tema seleccionado para o painel de Contabilidade e Administração, com o objectivo de ampliar as oportunidades de carreira aos alunos da ESEIG, pelos contactos que se estabelecem com o mundo empresarial e da administração pública e pelos instrumentos que se fornecem para a efectiva gestão da car-reira, por forma a maximizar as suas oportunidades, através do alargamento da sua rede de conhecimentos e contac-tos. Para este painel foram convidados a Drª Teresa Nunes, Directora Geral da Administração e do Emprego Público, o Dr. Jorge Armindo Teixeira, Presidente do Conselho de Administração da Amo-rim Turismo e o Eng. José Caetano da Silva, Managing Partner da Talent Search, tendo sido moderado pelo Doutor Frei-tas Santos, Vice-Presidente do Instituto Politécnico do Porto.

Na Talent Search «ajudam as empresas a gerir o seu bem mais precioso: o talen-to». Com o tema “O Papel do Executive Search” na carreira, para além da apre-sentação da Talent Search, o Eng. José Caetano Silva, deu-nos a conhecer algu-mas das metodologias de recrutamento mais utilizadas naquela empresa: o recrutamento e selecção por anúncio que, em Portugal, funciona preferencial-mente para posições não directivas, o recrutamento via Internet com uma relevância cada vez maior, e o Executive Search. No Executive Search pesquisam directamente quem querem que venha a trabalhar com uma dada organização. Neste âmbito, entre as competências profissionais mais procuradas, o orador salientou o percurso profissional sólido e ascendente, sobretudo baseado em responsabilidades; as etapas profissionais consolidadas; a consciência do Valor entregue; as boas razões de mudança; e a aquisição de conhecimentos multi-disciplinares (ZIG-ZAG). Para além des-tas, procuram, em termos de competên-cias pessoais, a capacidade de liderança (capacidade de seleccionar, atrair, moti-var e desenvolver equipas), de visão estratégica (do negócio, da empresa, do

A flexibilidade laboral e a competitivida-de invadem o nosso dia-a-dia, impondo novos valores, novos modelos de orga-nização do trabalho e práticas empresa-riais. Hoje, o mercado de trabalho, de emprego se quisermos, não se compa-dece das tradicionais estruturas rígidas de carreira, isto é, não sustenta mais o tradicional modelo de emprego para toda a vida, sob pena de funcionalizar-mos as empresas e o sector público.

É neste sentido que a gestão de carreira ambiciona mostrar critérios de evolução profissional, percursos naturais e alter-nativos de carreira, no sentido de expandir e reconhecer os contributos individuais dos trabalhadores, por forma a potenciar uma maior e mais flexível adequação da pessoa à função.

Hoje, já não se fala numa carreira como um conjunto de categorias, fala-se, isso sim, numa carreira (profissional) como um conjunto de empregos. Desde o final da década de oitenta que as reformas do Mercado de Trabalho (público e priva-do) se tornaram assunto de atenção, com visível grandeza, extensiva a quase todo o mundo. Têm sido, por isso, enu-merados vários factores socio-económicos que concorreram forte-mente para fazer desaparecer a crise do Mercado de Emprego e, em particular, medidas de reforma que visem criar emprego, gerir positivamente as reestru-turações da empresas, promover a flexi-bilidade com segurança, reforçar a quali-ficação e a mobilidade.

sector, entre outras), de lidar com a frustração (capacidade de operar em ambiente instáveis/surpreendentes), de empreendedorismo (agarrar oportunida-des, tomar iniciativas e assumir respon-sabilidades), de mobilidade geográfica, de orientação a resultados (concretizar objectivos definidos antecipando poten-ciais problemas), e de trabalho em equi-pa. Expressões como “Mesmo!” para a mobilidade geográfica e “360º” para o trabalho em equipa foram utilizadas pelo orador para salientar a sua importância.

Para o Dr. Jorge Armindo “Talento… Precisa-se”. Para o economista, a capaci-dade humana organizacional é o garante do sucesso e continuidade de qualquer organização. «Gerir é uma arte» para a qual é necessário «paixão». Mais do que o salário ou benefícios, as oportunidades e as condições da fazer o dia a dia, aprendendo constantemente e cons-truindo um espírito de missão num pro-jecto de visão é o que o «apaixona». Neste contexto, o orador explicou como se pode ser empreeendedor tra-balhando por conta de outrem, invocan-do a sua experiência profissional: traba-lhando num Grupo económico (contratado pela via da resposta a um anúncio), «alinhou cada projecto indivi-dual com a estratégia da organização», prosseguindo com um conjunto de ini-ciativas, que a Direcção do Grupo apro-vou, permitindo que a sua criatividade fosse concretizada. Startups lançadas pelo Dr. Jorge Armindo Teixeira, com equipas criadas e geridas por este empreendedor e líder. Ser empreende-dor é «ser visionário, acreditar na inicia-tiva, ser capaz de transmitir a ideia do negócio à organização em que se insere» e o papel dos líderes é o de «servir a

Dr. Jorge Teixeira, Doutor Freitas Santos, Eng. Caetano da Silva, Doutora Conceição Castro

Dr.ª Teresa Maria Nunes

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Volume 1, Edição nº 2

Licenciatura em Recursos Humanos

Ester Vaz

José Lucas, da Oficina de Competências, que enquadrou e analisou as práticas acrescentando outro tipo de práticas a que os colaboradores poderão recorrer. O segundo painel foi orientado para o desenvolvimento da carreira na organi-zação e na profissão e foi orientado pelo analista Dr. Carlos Daniel, jornalista da RTP. Foram abordadas as experiências de duas organizações que promovem o desenvolvimento da carreira dos seus colaboradores: A Siemens com o Dr. Pedro Henriques e a Lee Hecht Harri-son com o Dr. Yves Turquin. A aborda-gem do desenvolvimento da carreira individual foi garantida com a presença da atleta Rosa Mota que, em dinâmica com o público presente, respondeu às questões colocadas acerca dos princí-pios que nortearam o desenvolvimento da sua carreira. O último painel foi de reflexão acerca dos desafios do novo mercado de traba-lho. O Professor Daniel Bessa, director da Escola de Gestão do Porto, dissertou sobre as tendências do mercado de trabalho nacional e a mobilidade de profissões tradicionais e as emergentes. O Dr. Luís António Noronha Nascimen-to, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, mostrou as várias profissões que se movimentam na área da justiça e as modalidades de progressão na carreira profissional e individual. Moderou este painel a coordenadora do curso de Recursos Humanos da ESEIG, Ester Vaz, realçando dados mundiais indicadores de mudanças rápidas no desenvolvimen-to das carreiras das pessoas: As 8 car-reiras no trabalho que terão maior pro-

cura no ano 2012 ainda não forem cria-das; Hoje o conhecimento duplica em cada 2 anos, em 2012 duplicará em cada 3 dias; Calcula-se que no século XXI, aproximadamente, 1 pessoa desempe-nha até 14 trabalhos diferentes antes dos 38 anos. Na sessão de encerramento o Presiden-te do IPP, Eng.º Vítor Santos, felicitou a iniciativa enaltecendo a importância destas Jornadas para o aumento do conhecimento na ESEIG e no seu contri-buto para a comunidade. Realçou que a ESEIG, na sua diáspora polivalente, é uma escola do Politécnico do Porto com competências e mais valias prometedo-ras de uma boa implementação no mer-cado.

No dia 11 de Abril de 2008 o tema desenvolvido foi “Do Emprego para o Trabalho: (re)pensar a carreira organiza-cional e profissional”. A abordagem orientou-se nas perspecti-vas do planeamento e desenvolvimento de gestão da carreira e, simultaneamen-te, nos contextos organizacional e indivi-dual. Para o desenvolvimento do planea-mento e gestão da carreira foi organiza-do o primeiro painel onde os convida-dos apresentaram as práticas organiza-cionais dissertando sobre os efeitos dessas práticas quer na organização, quer na pessoa enquanto colaboradora da organização. No contexto empresa-rial privado tivemos a presença de direc-tores de recursos humanos do grupo Santander (Dr.ª Isabel Viegas) e da ITAU (Dr. António Diniz). O contexto da administração pública foi representado

pelas responsáveis de recursos humanos na Câmara Municipal do Porto (Dr.ª Cristina Douteiro) e na Unidade Local de Saúde de Matosinhos (Dr.ª Maria de Lurdes). Contamos com o analista Dr.

Professor Daniel Bessa, Doutora Ester Vaz, Dr. Noronha Nascimento

descrever e desenvolver toda a temática em que se incrementaram as reformas estruturais na Administração, com espe-cial destaque para a racionalização das estruturas (nova Arquitectura de Orga-nização do Estado), a eliminação da duplicação de tarefas e custos e aprovei-tamento de economias de escala, o Novo Modelo de Gestão dos Recursos Humanos (melhor integração da Gestão dos Recursos Humanos com a Gestão Orçamental), e o novo Regime de Pro-tecção Social. A especial ênfase da prelectora foi para o Novo Regime de Vínculos, Carreiras e Remunerações, com duas únicas modali-dades de vinculação: contrato como modalidade predominante; nomeação

sua equipa para atingir o estado de alta motivação». A Era dos Talentos, que se vive actualmente, «tem por base o desenvolvimento dos talentos em con-cordância com uma visão de futuro apai-xonante». As empresas cada vez mais procuram gestores capazes de tomar iniciativas e dirigir responsavelmente a sua carreira e a sua vida. Parafraseando Winston Churchil, o Dr. Jorge Armindo Teixeira concluiu que «A sorte não existe. Aquilo a que se chama sorte é o cuidado com os pormenores».

A segunda parte foi dedicada à gestão da carreira no sector público. Coube à Dra. Teresa Maria Nunes, Directora-Geral da Administração e do Emprego Público

restrita a funções de soberania. Neste contexto, explicou como se fundiram 1.715 carreiras nas 3 carreiras de regime geral, a fusão geral das remunerações (uma tabela remuneratória com 115 posições, em vez de 22 tabelas com 522 posições), a possibilidade de atribuição de prémios de desempenho, em função da avaliação (novo SIADAP), e por últi-mo, o Recrutamento mais competitivo, flexível e célere. Ficaram, ainda, comen-tadas as linhas de orientação sobre o Novo Estatuto Disciplinar e a conver-gência dos regimes de protecção social no sentido de se alcançar um aperfeiçoa-do planeamento e mobilidade dos recur-sos humanos e do reforço dos mecanis-mos de controlo de admissões.

Carlos Daniel e Rosa Mota Jornalista Carlos Daniel e Atleta Rosa Mota

Arq. Pedro Matos, Doutor Vítor Costa, Eng. Vítor Santos, Doutor Abel Andrade

Página 13

Page 14: B-ESEIG - Julho de 2008

Página 14 B-ESEIG

Gabinete de Relações Internacionais – Programas de Mobilidade e Actividades

Milena Carvalho

res e testem métodos de ensino num ambiente internacio-nal.

Leonardo da Vinci O programa Leonardo da Vinci é uma iniciativa da União Europeia que pretende estimular um trabalho em comum, a fim de desenvolver novas abordagens de formação, novos modos de aquisição de conhecimentos e competências e, ao mesmo tempo, favorecer o intercâmbio e a transferência de boas práticas e de inovação em matéria de formação, tendo então, como objectivos: • melhorar as aptidões e competências das pessoas -

especialmente dos jovens -na formação profissional inicial, independentemente do seu nível;

• melhorar a qualidade e o acesso à formação profissional contínua e à aquisição de aptidões e competências ao lon-go da vida, tendo em vista aumentar a capacidade de adap-tação das pessoas, sobretudo para acompanhar a evolução tecnológica e organizacional;

• promover e reforçar o contributo da formação profissio-nal para o processo de inovação, tendo em vista reforçar a competitividade e o espírito empresarial, bem como criar novas possibilidades de emprego. Para mais informações consultar site da ESEIG-GRI.

Mobilidade Internacional De modo a cumprir com os planos de actividades e objectivos que foram propostos pela responsável do GRI em articulação com o GIN-IPP, para os anos académicos de 2005 a 2008, o Gabinete de Relações Internacionais deu continuidade a pro-jectos já implementados e desenvolveu outros projectos e actividades no âmbito da inovação e da divulgação interna e externa dos programas de mobilidade e respectivas parcerias. Assim, no âmbito do programa Aprendizagem ao Longo da Vida, que tem atraído um número cada vez maior de estudan-tes e de docentes empenhados em fazer mobilidade Interna-cional, indicamos nos gráficos seguintes os fluxos de estudan-tes e docentes recebidos e enviados, nos anos lectivos de 2005 a 2008. O Gráfico 1 representa a mobilidade de alunos enviados por Ano lectivo, verificando-se um aumento significativo, no ano lectivo de 2007/08.

Programas e fluxos de Mobilidade Internacional Ao Gabinete de Relações Internacionais (GRI) da Escola Supe-rior de Estudos Industriais e de Gestão compete informar, acompanhar e gerir programas de mobilidade e intercâmbio, de âmbito nacional e internacional, em que a Universidade participa, nomeadamente no Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida - Erasmus, Leonardo da Vinci e outros. Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida – Eras-mus O Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida tem como principal objectivo contribuir para o desenvolvimento da Comunidade Europeia enquanto sociedade baseada no conhe-cimento, caracterizada por um crescimento económico sus-tentável, com mais e melhores empregos assim como com uma maior coesão social, actuando em paralelo para uma ade-quada protecção do ambiente, considerando as gerações futu-ras. O Programa destina-se a promover essencialmente os intercâmbios e a cooperação, assim como a mobilidade entre sistemas de ensino e formação, a nível europeu, no sentido de estes se estabelecerem enquanto referência mundial de quali-dade. Assim, o Programa Erasmus é um subprograma sectorial do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, que decorre de 1 de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2013, de acordo com a Decisão 2006/1720/CE de 15 de Novembro de 2006, adoptada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia. O Instituto Politécnico do Porto teve aprovada a Carta Uni-versitária Erasmus (EUC) Alargada, que lhe consagra a partici-pação no Programa Erasmus nas acções de mobilidade por ele financiadas: • Mobilidade de estudantes (duração de 3 a 12 meses):

Realização de um período de estudos; Realização de um estágio curricular; Realização de um estágio profissionalizan-te;

• Mobilidade de docentes e não docentes (duração de 5 horas / 1 semana a 6 semanas) TM: Realização de missão de ensino; Realização de formação;

• Mobilidade de outro pessoal (duração de 1 a 6 sema-nas): Realização de formação em estabelecimentos de ensino superior e em empresas - ST-ES.

Programas Intensivos Erasmus organizados a nível multilateral (duração de 10 dias a 6 semanas) Este programas têm os seguintes objectivos: • Encorajar o ensino eficiente e multinacional de tópicos

especiais, que de outra forma não teriam a possibilidade de ser leccionados;

• Permitir que estudantes e docentes trabalhem em grupos multinacionais e beneficiem assim de condições de aprendi-zagem e ensino especiais;

• Permitir que os docentes troquem experiências no âmbito de conteúdos programáticos e novas abordagens curricula-

1º Sem. 2º Sem. Ano completo Enviados Total0

5

10

15

20

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30

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1

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6 6

Alunos Erasmus - Env iados2005/2006 2006/2007 2007/2008

Ano Lectivo

nº d

e al

unos

Gráfico 1

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Volume 1, Edição nº 2

O Gráfico 2 representa a mobilidade de alunos recebidos por Ano lectivo, verificando-se um aumento no ano lectivo de 2006/07.

O Gráfico 3 representa a mobilidade de alunos enviados por Curso, verificando-se em 2007/08, um aumento na maioria dos cursos, assim como um maior número de cur-sos participantes.

O Gráfico 4 representa a mobilidade de alunos recebidos por Curso, verificando-se em 2006/08, um aumento do número de cursos e de alunos.

O Gráfico 5 representa a mobilidade de alunos enviados por Pais, verificando-se que Espanha e Inglaterra são os mais procurados. A partir de 2006 houve uma diversifica-ção de destinos escolhidos. Este factor deveu-se ao aumen-to de protocolos celebrados com instituições de outros países.

O Gráfico 6 representa a mobilidade de alunos recebidos por Pais, não se verificando uma variação significativa nos anos lectivos de 2006/08. Verifica-se ainda uma maior diversidade de países.

O Gráfico 7 representa a mobilidade de docentes enviados por Ano lectivo, verificando-se um aumento significativo no ano lectivo 2007/08, bem como na mobilidade (TM) - Docência 5 horas. A mobilidade (OM) – Visitas de apoio à organização da mobilidade, teve um decréscimo, devido à diminuição das verbas atribuídas à Escola.

1º Sem.2º Sem.

Ano completoRecebidos Total

02468

101214

3 34

2

6

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8

3

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Alunos Erasmus - Recebidos

2005/2006 2006/2007 2007/2008

Ano Lectivo

nº d

e al

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Gráfico 2

2005/2006 2006/2007 2007/20080

1

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1

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Alunos - Enviados por Curso

CTDI RH CA DGP GAH EM EGI

Ano Lectivo

nº d

e al

unos

Gráfico 3

2005/2006 2006/2007 2007/20080

1

2

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3 3

4

3

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3 3 3

Alunos - Recebidos por Curso

CTDI RH CA DGP GAH EM EGI

Ano Lectivo

nº d

e al

unos

Gráfico 4

2005/2006 2006/2007 2007/20080

2

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32

7

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3

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Alunos - Enviados por Pais

Esp. Fr. Bel. Pol.Rom. UK. Sue. Rep.Checa

Ano Lectivo

nº d

e al

unos

Gráfico 5

2005/2006 2006/2007 2007/20080123456789

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8

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Alunos - Recebidos por Pais

Esp. Fr. Bel. Pol.Rom. UK. Sue. Rep.Checa

Ano Lectivo

nº d

e al

unos

Gráfico 6

2005/2006 2006/2007 2007/20080

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1

Docentes - Enviados

1º Sem. 2º Sem. Mobilidade TM Mobilidade OM

Ano Lectivo

nº d

e do

cent

es

Gráfico 7

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B-ESEIG

de se terem estabelecido novos protocolos.

O Gráfico 11 representa a mobilidade de docentes envia-dos por País, verificando-se um aumento significativo dos cursos que recebem docentes, devido ao facto de se

terem estabelecido novos protocolos. Podemos concluir, após a análise destes gráficos, que o aumento da mobilidade no âmbito do Programa de Apren-dizagem ao Longo da Vida, é indicativo de que a ESEIG se encontra no Espaço Europeu de Ensino Superior, contri-buindo para o processo de inovação a nível Europeu cum-prindo assim com os objectivos propostos.

Mobilidade ERAMUS

O Gráfico 8 representa a mobilidade de docentes recebi-dos por Ano lectivo, constatando-se que não houve alte-rações nos anos lectivos de 2006/08. Sendo que a única mobilidade verificada é na área da docência (TM) e é reali-zada no 2º semestre.

O Gráfico 9 representa a mobilidade de docentes envia-dos por Curso, verificando-se um aumento significativo de docentes enviados pelo Curso de Recursos Humanos, no ano lectivo de 2007/08.

O Gráfico 10 representa a mobilidade de docentes recebi-dos por Curso, verificando-se um aumento gradual de número de cursos que recebem docentes, devido ao facto

violência no local de trabalho, na certifi-cação para a qualidade das organizações não governamentais, na gestão dos ser-viços para os maiores de 65 anos, assim como nas políticas sociais de recursos humanos ao nível regional. Assuntos de ordem mais profissional foram também debatidos em reuniões com especialis-tas das áreas da psicologia, serviço social, medicina, enfermagem e antropo-logia, entre outras, partilhando expe-riências de intervenção local e regional de cada um dos países. Foi também motivo de aceso debate, as experiências e opções das diferentes universidades e cursos no que ao processo de Bolonha

De 14 a 18 de Abril de 2008, dois docentes do Curso de RH estiveram em mobilidade ERASMUS em terras dos Campeões Europeus de Futebol 2008. Ester Vaz e Manuel Salvador rumaram ao Sul de Espanha, para aí estabelece-ram laços de cooperação científica, profissional e pedagógica com os seus congéneres ibéricos.

No que respeita ao aspecto científico, realizaram-se sessões/workshops de apresentação e discussão de projectos de investigação de ambos os países, assim como esboços de parcerias de investigação conjunta nos domínios da

diz respeito, estando as universidades em Espanha mais atrasadas na imple-mentação deste processo, mas na opi-nião dos presentes, tendo amadurecido mais a reflexão sobre o tipo de mudan-ças em causa, e por isso optando gene-ricamente por formações de primeiro ciclo de 4 anos e não três como em Portugal.

Obviamente que a mobilidade de docentes vai para além das questões científicas, pedagógicas ou profissionais. Os aspectos de ordem cultural e social estiveram sempre presentes, não só na viagem de 2500 km de carro, que nos permitiu algumas curtas paragens turísti-

2005/2006 2006/2007 2007/20080

1

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3

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3 3

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Docentes - Recebidos

1º Sem. 2º Sem. Mobilidade TM Mobilidade OM

Ano Lectivo

nº d

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cent

es

Gráfico 8

2005/2006 2006/2007 2007/20080

1

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1

Docentes - Enviados por Curso

CTDI RH CA DGP GAH EM

Ano Lectivo

nº d

e do

cent

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Gráfico 9

2005/2006 2006/2007 2007/20080

1

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1 1 1 1

Docentes - Recebidos por Curso

CTDI RH CA DGP GAH EM

Ano Lectivo

nº d

e do

cent

es

Gráfico 10

2005/2006 2006/2007 2007/20080

2

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1

Docentes - Enviados por Pais

Esp. Fr. Bel. Pol.Rom. UK. Sue. Rep.Checa

Ano Lectivo

nº d

e do

cent

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Gráfico 11

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Volume 1, Edição nº 2

sequência desta realização, foi demons-trada a intenção de trocar experiências envolvendo estas novas práticas e a realização de projectos conjuntos sobre o tema apresentado ou relacio-nados com outras áreas do curso.

A viagem continuou para Norte, mais concretamente para León, onde a Cân-dida Silva e a Susana Martins lecciona-ram aulas a alunos do departamento de Património Artístico y Documental. Cândi-

Aproveitando a proximidade das datas definidas para as respectivas Mobilida-des ERASMUS, quatro docentes de CTDI – Lino Oliveira, Milena Carvalho, Cândida Silva e Susana Martins – empreenderam uma viagem conjunta por terras de nuestros hermanos.

O périplo teve lugar na semana de 26 a 29 de Maio. Lino Oliveira tinha como destino a Universidade de Valência, a cujo departamento de Historia de la Ciência y Documentación, propôs a reali-zação, nos dias 27 e 28, de um seminá-rio sobre o tema “Utilização da Web Social como complemento da aprendi-zagem”. Uma vez que a Universidade de Valência está a desenvolver o pro-cesso de adequação dos seus cursos a Bolonha, entendeu que o seminário proposto teria mais interesse para a comunidade docente. Foram, assim, discutidas as novas práticas envolvendo as ferramentas Web 2.0, que estão a ser por nós levadas a cabo em unidades curriculares do curso de CTDI. Na

da Silva apresentou diferentes tecnolo-gias de informação e comunicação open source que podem auxiliar e melhorar o modo de gerir e transmitir informação. Susana Martins mostrou como se podem utilizar ferramentas Web 2.0 para apurar e refinar o serviço de DSI (Difusão Selectiva de Informação) de uma Biblioteca. Ficou também expressa a intenção de estreitar os laços entre as duas instituições.

Quer em Valência quer em León, foi demonstrada a admiração pelo trabalho que está a ser desenvolvido na ESEIG e, mais concretamente, no curso de CTDI, com cariz marcadamente prático e com utilização intensa de novas tec-nologias.

Em ambas as cidades, Milena Carvalho desenvolveu contactos com as universi-dades visitadas e os respectivos gabine-tes de relações internacionais. Fez tam-bém o acompanhamento de alunos ERASMUS da ESEIG que lá estão a fre-quentar programas de mobilidade.

“caminho” uma noção clara do balanço positivo que esta lhes ofereceu, anteci-pando frutos académicos a breve trecho destes contactos intensos. Um deles já se concretizou através do acolhimento na ESEIG do Director da Escola de Ser-viço Social da Universidade de Múrcia, Professor Doutor Manuel Medina Tor-nero, que nos presenteou com uma palestra sobre a certificação para a qua-lidade das ONG.

cas, com ementas gastronómicas e de contacto social com as gentes acolhedo-ras de Espanha (vem à memória de uma valsa tocada por um violonista e dança-da pela professora Ester com um jovem Murciano em frente à bela Catedral de Múrcia numa dessas noites encantado-ras). As experiências de mobilidade docente promovidas pela UE são sem dúvida bons meios de difusão científica, cultural, pedagógica e profissional, ten-do os docentes que realizaram este

curso em modelos matemáticos, sob a forma de seminários e workshops de forma a dar a conhecer conceitos mate-máticos e correspondentes aplicações, que, em geral, não fazem parte dos planos de estudo. Nas reuniões com investigadores/docentes da universidade anfitriã foi discutido o trabalho de inves-tigação que realizamos com vista à pos-sibilidade de colaboração em futuros trabalhos. Foi também analisada a possi-bilidade de se estabelecerem acordos de mobilidade entre outros cursos das duas instituições, tendo sido acrescenta-do o curso de Gestão e Administração

No âmbito da mobilidade docentes ERASMUS, dois docentes do Departa-mento de Matemática – Fernanda Fer-reira e Flávio Ferreira – deslocaram-se à Escola Politécnica Superior da Universi-dade de Córdoba, em Espanha, na semana de 24 a 28 de Março, levando a cabo uma missão de ensino de curta duração. Ao longo dessa semana, na área de Matemática, procuraram levar um pouco da realidade portuguesa até aos estudantes e docentes da instituição anfitriã, promovendo frutíferos inter-câmbios científico-pedagógicos, culturais e mesmo pessoais. Foi leccionado um

Hoteleira ao protocolo já existente.

Sendo a educação indubitavelmente uma das áreas onde numerosas vitórias podem ser conseguidas, projectos como estes são prova que o grande objectivo de proporcionar o intercâmbio de novos métodos de ensino no espaço europeu é não apenas possível mas também, e sobretudo, profícuo.

Estas experiências, mutuamente enri-quecedoras, são prova do valor acres-centado que representa a abertura insti-tucional às realidades nacionais e inter-nacionais.

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Página 18 B-ESEIG

Novas formações no Grupo Hospitais da Trofa, SA.

Manuel Salvador e Luís Correia

necessidades de recursos humanos, a DRH do grupo encontra-se a recru-tar, seleccionar, acolher e integrar novos colaboradores, tendo para isso solicitado a nossa intervenção no domínio da formação inicial dos Auxi-liares de Acção Médica e de Recepcio-nistas. Numa época em que várias organiza-ções se encontram em crise, se deslo-calizam ou fecham, apraz-nos consta-tar o vigor e o investimento que o Grupo Hospitais da Trofa, SA, está a realizar na região, dando a oportuni-dade de emprego e de desenvolvimen-to profissional. Digno de nota é o facto de os novos colaboradores

Depois de uma experiência muito produtiva no ano de 2007 com a par-ceria entre o Grupo Hospitais da Tro-fa, SA e a Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, através dos cursos de formação avançada em Atendimento Hospitalar, no presente ano deu-se continuidade a esta cola-boração tendo sido agendados mais 5 cursos de formação. Numa estratégia crescimento acentua-do, esta instituição pretende contar com 4 hospitais privados e uma rede de clínicas especializadas a funcionar em pleno antes de 2010 na região Norte do país, servindo mais de 2500000 utentes. Para acompanhar as

serem este ano exclusivamente do sexo feminino, maioritariamente jovens e com habilitações elevadas (12º ano e superior), o que contraria algumas estatísticas mais pessimistas em relação ao emprego de jovens mulheres com estudos.

Visita da Escola Básica 2,3 de Góis à ESEIG

Aldina Correia, Cristina Lopes, Filomena Soares e Paula Nunes

Física e Electrónica da ESEIG. Perante o elevado número de alunos houve necessidade de efectuar um desdobramento do programa, dividin-do os presentes em dois grupos:

Grupo I – alunos do 2º Ciclo

Grupo II – Alunos do 3º Ciclo Da parte da manhã, o Grupo I e dois dos seus professores efectuaram a visita aos laboratórios de Física e de Electrónica, onde lhes foi possibilitada a realização de várias experiências e desafios.

Simultaneamente, o Grupo II e os outros dois professores, que os acom-panharam, participaram num Work-shop de Origami. Na parte da tarde os grupos, e professores, trocaram de “posições”. Para terminar esta visita realizou-se uma demonstração do “Robot” que fez as delícias de todos os presentes. Infelizmente, dado o entusiasmo com que todos participaram nas actividades propostas, o dia passou muito depres-sa …

No dia 3 de Junho de 2008, a ESEIG recebeu a visita de 50 alunos acompa-nhados por 4 professores da Escola Básica 2,3 de Góis – Coimbra. Esta visita teve como objectivo, pre-miar os alunos que se destacaram em alguma actividade ligada com a área de Matemática: desde os alunos que obti-veram as melhores classificações nesta disciplina, aos que se evidenciaram no Campeonato Nacional de Cálculo Mental e nas Olimpíadas, ao vencedor dos desafios propostos pelo departa-mento de Matemática da Escola, etc. O programa da visita foi elaborado pelo Projecto Viva@Matemática em conjunto com docentes das áreas de

Desde já agradecemos a todos os que colaboraram, em especial, ao Eng.º Rui Barral, Eng.º António Patacho, Eng.º Nuno Dias, Eng.º André Dias, Eng.ª Daniela Campos e Eng.º Luís Mourão, sem os quais esta visita não teria sido o sucesso que foi. Fica aqui, também, um agradecimento às alunas de Enge-nharia e Gestão Industrial, Marisa e Rafaela, que se disponibilizaram para levar a cabo a referida demonstração do “Robot”.

Relações com o Exterior

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Volume 1, Edição nº 2

Notícias

ção Cultural e Recreativa de Forne-los - Fafe 2 a 6 de Junho de 2008

Para terminar este ano lectivo com Matemática, as três exposições encon-tram-se requisitadas e estarão paten-tes, nas seguintes instituições:

• Exposição Viva@Matemática Azul na Escola Básica 2, 3 - Júlio Saúl Dias - Vila do Conde 11 e 12 de Junho de 2008

• Exposição Viva@Matemática Azul na Escola Básica 2, 3 de Góis - Coimbra, inserida na IX Semana da Matemática 16 a 20 de Junho de 2008

• Exposição Viva@Matemática Laran-ja na Escola Básica 2, 3 de Escariz - Arouca 18 a 20 de Junho de 2008

• Exposição Viva@Matemática na Escola Básica 2, 3 - Rosa Ramalho de Barcelinhos - Barcelos 18 a 23 de Junho de 2008

• Exposição Viva@Matemática Azul aberta à comunidade, promovida pela Escola Básica 2, 3 de Góis - Coimbra, organização conjunta com

Várias são as actividades do Projecto Viva@Matemática mas, sem dúvida, as que mais se destacam para o seu exte-rior, são as suas Exposições Itineran-tes. Nos últimos três meses deste semes-tre, a ESEIG marcou presença nos mais variados cantos da região (e não só) através das Exposições Itinerantes do Projecto Viva@Matemática:

• Exposição Viva@Matemática Laran-ja na Escola Básica 2, 3 do Castelo da Maia - Maia 7 a 11 de Abril de 2008

• Exposição Viva@Matemática Azul no Colégio Luso-Francês - Porto 9 a 11 de Abril de 2008

• Exposição Viva@Matemática Verde a realizar no âmbito das Iníadas (Festa das Famílias) do INA- Institu-to Nun'Alvares - Santo Tirso 11 e 12 de Abril de 2008

• Exposição Viva@Matemática Laran-ja na Escola Profissional do Minho - Braga 31 de Maio a 5 de Junho de 2008

• Exposição Viva@Matemática Azul no Colégio de Fornelos - Associa-

a Câmara Municipal, no "Góis sob o signo da Matemática" - GóisAr-te2008. 11 a 13 de Julho de 2008

A gestão deste Projecto, da responsa-bilidade dos seus quatro membros activos – Aldina Correia, Cristina Lopes, Filomena Soares e Paula Nunes, docentes de Matemática da ESEIG, tem requerido cada vez mais tempo e disponibilidade, dado o número crescente de requisições. Infelizmente, têm-se recusado vários pedidos, tanto pela distância a que se encontram as Instituições requisitan-tes como pela ausência de exposições disponíveis (existem semanas com as três exposições requisitadas). Apesar das exposições serem montadas pelos membros do Projecto, tem-se conse-guido, com a flexibilidade das Institui-ções requisitantes, levar a cabo a montagem das mesmas, em dias e horas que não interferem com o horá-rio lectivo e de atendimento aos alu-nos, dos seus membros (ainda não foram recusadas montagens por este motivo…). Fica prometido, para breve, a “história” deste Projecto.

Final do Ano Lectivo 2007/08 comemorado em várias Escolas com

Exposições do Projecto Viva@Matemática da ESEIG

Decorreu no passado dia 5 de Junho de 2008 pelas 18h00 na Universidade Fer-nando Pessoa a apresentação oficial do livro “A Velhice na Primeira Pessoa” da nossa colega Ester Vaz.

Em "A Velhice na Primeira Pessoa", de Ester Vaz, publicado pela Editorial Novembro, a autora propõe-se "desconstruir" a percepção moderna de que a velhice se configura como proble-ma social. A visão leiga da velhice enca-ra-a apenas na sua dimensão de cons-trução da sociedade, associada à proble-mática da inclusão social pelo trabalho. Mas ser reformado/a não é ser velho/a: é o olhar dos outros que faz as pessoas velhas.

A autora mostra como a tipologia social

criada no século XX tornou as pessoas mais velhas reféns de atitudes e com-portamentos socialmente esperadas. O comportamento do mercado de traba-lho influenciou grandemente esse figuri-no que, no final do século XX, se evi-denciou no conflito entre gerações de trabalhadores mais novos e trabalhado-res mais velhos. Mostra também que, a representação social de velhice moder-na, inculcada ao longo do século XX, atira as pessoas para uma institucionali-zação que não é do seu agrado. Apesar disso, as pessoas procuram estratégias de vida que garantam a sua liberdade com felicidade.

Ester Vaz apoia-se nos resultados de um estudo qualitativo sobre a represen-

tação social de velhice e de envelheci-mento. Realizou entrevistas em profun-didade a homens e mulheres do Norte de Portugal, com idades superiores a 50 anos. A interpretação e análise do material recolhido permitiu à autora concluir que a velhice, mais do que ser a assun-ção de uma identi-dade nova atribuí-da socialmente, corresponde a uma auto-reconstrução que valoriza a conti-nuidade da trajec-tória individual.

Lançamento do livro “A Velhice na Primeira Pessoa” de Ester Vaz

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Eventos

gem de Engenheiros Biomédicos, procu-rou-se promover este encontro com notoriedades das mais diferentes áreas ligadas à referida Engenharia.

Desta forma, tornou-se um privilégio poder contar com a presença de notá-veis convidados, de tal forma que se torna difícil destacar algum em particu-lar, uma vez que todos, sem excepção, são individualidades de reconhecido mérito internacional, na sua área de intervenção. Assim sendo, aqui se faz uma breve apresentação dos oradores presentes: Prof. Doutor Trigo Cabral, Director de Serviço do Ortopedia do Hospital Geral de S. João (HSJ) e Profes-sor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP); Dou-tor Pedro Granja, investigador do Insti-tuto de Engenharia Biomédica (INEB), individualidade de reconhecido valor na área dos Biomateriais, fazendo já, com menos de 40 anos de idade, parte do European Society for Biomaterials (ESB) Council e tendo sido galardoado com o Prémio de Jean Leray Award - Prémio atribuído pela ESB a jovens cientistas de reconhecido valor internacional; Dr. Fernando Parada, Director de Serviço de Medicina de Reabilitação do HSJ e Presidente das VIII Jornadas Internacio-nais de Medicina Física e Reabilitação, realizadas em Outubro de 2007, no Porto; Prof. Doutor Torres Marques, Professor Catedrático do Departamento de Mecânica e Engenharia Industrial da Faculdade de Engenharia da Universida-de do Porto (FEUP); Profª Doutora Fátima Pina, Professora Associada da FMUP e Investigadora do INEB.

O encontro “Bio|M'08 – Prótese da Anca”, realizado no passado dia 14 de Maio no auditório da ESEIG, teve como principal objectivo dinamizar e promo-ver a Engenharia Biomédica como uma área multi e interdisciplinar, envolvendo várias vertentes de conhecimento, onde a importância da sua articulação, coor-denação e integração é crucial.

Neste âmbito, no decorrer da prepara-ção do encontro, foi lançado um desafio aos alunos de Engenharia Biomédica da ESEIG, no sentido de formularem uma opinião sobre o interesse para a sua formação do assunto a ser debatido. No final, foram premiados três alunos: dois do 2º ano e um do 1º ano.

A artroplastia (cirurgia que envolve a substituição de uma articulação) total ou parcial da anca é uma das intervenções cirúrgicas com maior incidência no nos-so país – todos conhecem alguém que sofreu uma cirurgia deste tipo. Assim sendo, o tema passou a ser pertinente, não só para a Engenharia Biomédica mas também para todas as áreas afins da Engenharia, bem como para qualquer pessoa simplesmente interessada em conhecer mais sobre um assunto, cuja actualidade é indiscutível.

A execução da artroplastia é apenas a “ponta do iceberg” de todo o processo evolutivo da prótese da anca, desde o seu estudo, passando pela sua concep-ção, até ao paciente final, envolvendo áreas anexas como estudos epidemioló-gicos e de marketing.

Com o intuito, já definido no Objectivo, de demonstrar a multi e interdisciplinari-dade da Licenciatura em Engenharia Biomédica e, claramente, colocar a ESEIG como ponto de formação e passa-

Este Encontro, que se espera tenha sido o primeiro de muitos, permitiu reunir uma panóplia de diferentes abordagens científicas em prol de um mesmo fim. Tornou-se, assim, possível verificar que, na área da Engenharia Biomédica, todos os campos se cruzam e concorrem com uma mesma finalidade. A possibilidade de reunir, num mesmo espaço e ao mesmo tempo, as diferentes áreas abor-dadas/referidas revestiu-se na verdadeira novidade de um Encontro que tornou possível, como poucos até hoje, conse-guir discutir as mais diversas perspecti-vas que se aportam nesta realidade que une a Medicina à Engenharia.

Como nota final, ressalta-se o facto de o encontro se ter revelado como de ele-vado interesse para o público exterior à ESEIG, facto esse comprovável através das inúmeras inscrições externas que foram registadas, o que em muito engrandece não só a imagem de um curso ainda recente, como a instituição que o integra.

Bio|M'08: Prótese da Anca

Ana Queiroz e Elga Costa

Doutor Pedro Granja

Professor Torres Marques

Doutora Fátima Pina, Eng. Adelino Silva, Prof. Doutor Trigo Cabral, Dr. Fernando Parada

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Volume 1, Edição nº 2

Por incrível que possa parecer, a Matemática é o truque!

Desafiamos-te a descobrir os Jogos e Enig-mas que temos para ti neste... Podes ter a certeza que te vais divertir (apesar de ser

Matemática…)”.

Foram várias as actividades desenvolvi-das pelos presentes que culminaram com uma pequena sessão de magia a cargo das “matemágicas” do Projecto Viva.

O ambiente foi “matedivertido” e as

Inserido em mais uma quinzena do Insti-tuto Politécnico do Porto (IPP) na FNAC, o Dia Mundial da Criança 2008 teve uma comemoração “mágica” na FNAC de Sta. Catarina, dinamizada pelo Projecto Viva@Matemática da ESEIG.

Muitos foram os que reagiram ao desafio lançado nos vários spots publicitários:

“Podes vir a ser o “MateMágico” da tua turma.

Só tens que vir aprender os truques que temos para ti no Dia Mundial da Criança.

horas passaram sem que a Matemática cansasse os activos petizes participantes.

ESEIG na FNAC com o Projecto Viva@Matemática Dia Mundial da Criança - 1 de Junho de 2008

1.º Workshop - Uso da Plataforma Moodle

ção nas unidades curriculares. O workshop foi organizado por três Docentes da ESEIG (Mário Pinto, Ricardo Queirós e Eduardo Albuquerque) que asseguraram, respectiva-mente, os seguintes módulos: • Configuração das Unidades Curriculares e

do ambiente de trabalho no Moodle • Gestão de Recursos e Actividades no Moo-

dle • O Moodle como Instrumento de Avaliação

Realizou-se no passado dia 9 de Maio de 2008 o 1º Workshop sobre o tema "Uso da Plataforma Moodle", promovido pelo DI-ESEIG (Departamento de Infor-mática da ESEIG). Com esta iniciativa pretendeu-se dinamizar a utilização do Moodle na ESEIG, não só como uma plataforma de ensino e aprendizagem, mas também como ferramenta colabora-tiva e de suporte ao processo de avalia-

Atendendo à avaliação positiva dos Docentes que frequentaram este 1º workshop e ao interesse demonstra-do por outros colegas que estiveram impossibilitados de se inscreverem por sobreposição com a sua activida-de profissional, o DI-ESEIG vai orga-nizar no início do próximo ano lecti-vo o 2º workshop nesta área.

Gestão e Certificação da Qualidade nas Organizações sem Fins Lucrativos

versidade de Múrcia e é consultor espe-cialista na área da qualidade nas organi-zações que prestam serviços sociais à comunidade. É também director da Faculdade de Servicios Sociales da Uni-versidad de Murcia e tem uma vasta obra publicada sobre esta matéria.

A pertinência desta iniciativa tem a ver com a formação dos nossos alunos e diplomados em recursos humanos que,

O curso de Recursos Humanos organi-zou no dia 29 de Abril de 2008, na ESEIG, Anfiteatro B 201, um seminário internacional sobre “Gestão e Certifica-ção da Qualidade nas Organizações sem fins Lucrativos", dinamizado pelo Senhor Prof. Manuel Enrique Medina, da Univer-sidad de Murcia.

O Professor Manuel Medina lecciona no curso de Gestión de Calidade na Uni-

cada vez mais, expandem a sua emprega-bilidade no mercado de trabalho associa-do ao terceiro sector. As exigências do terceiro sector passam por proporcio-nar serviços de qualidade num contexto de forças potencialmente competitivas: os valores centrados na pessoa e os serviços estruturados com base em critérios essencialmente económicos.

RHNet-ertúlia

que implicam políticas de gestão organi-zacional e de Recursos Humanos tam-bém elas diferentes.

Sendo uma oportunidade interessante de reunir múltiplos profissionais de RH com objectivos comuns, o balanço dos seus organizadores (equipa RHNet-work) é francamente positivo, na medi-da em que permitiu uma acesa discussão sobre as consequências decorrentes da legislação para todos aqueles mais direc-

Decorreu na sexta-feira dia 20, pelas 19:30, a primeira tertúlia da RHNetwork num restaurante da Póvoa de Varzim.

Decorrendo num ambiente informal e descontraído, apresentaram-se aspectos fundamentais da legislação relativa à formação profissional.

Foram apresentadas e debatidas as mudanças legislativas em termos de formação profissional, mudanças essas

tamente implicados neste subsistema de RH.

O B-ESEIG cumprimenta toda a Equipa RHNetwork pelo dinâmico trabalho que têm vindo a realizar na criação desta Rede Profissional, assim como pelas ideias inovadoras na sua construção.

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Tribuna

numa das margens do Rio Li, e as rapari-gas na outra. Se elas se enamorarem de um deles, atiram-lhe uma bola que eles apanham, ou não, se o amor é retribuí-do. Também nós, com os lenços dos namorados, as feiras de moços e moças, não marcamos grande diferença.

Na China há uma genuína superstição com os números. O 8 é especial e consi-derado o portador da sorte. Há quem esteja disposto a pagar 40.000 yuanes (4.000 Euros) para ter esse número na matrícula do automóvel ou na porta de casa. Na China, a romã simboliza a ferti-lidade, a maçã a saúde e a tartaruga a longevidade. E os exemplos sucedem-se sem fim, porque este é o país onde as flores e os animais são sacralizados. Mas onde também são comidos sem dó nem piedade. Ao contrário das nossas paisa-gens, raro foi encontrar bandos de pás-saros nos céus e ouvir o pipilar das aves. E cães, se vi uma dúzia, terá sido muito. Com excepção dos “pequinois”, que eram a companhia dos Imperadores, e que se passeavam em trela de dono, rafeiros quase não avistei. Provavelmen-te são tragados, porque ainda há muita fome na China, ou são uma iguaria apre-ciada.

Enquanto no Norte da China a comida é mais doce e podemos, nós os Ociden-tais, engolir, confiadamente, os pitéus que nos servem, já em Cantão convém estar de sobreaviso. É que aqui, come-se “tudo o que tem duas asas, menos o avião e tudo o que tiver quatro pernas, menos a mesa”. Na ementa dos restau-rantes mais caros pode figurar o gato, a serpente, a tartaruga, a rata seca, a car-pa e outros peixes com aparência vene-nosa, e os miolos de macaco são um manjar dos deuses, preferencialmente se forem extraídos depois de uma marreta-

“Ni hau”, como se pronuncia, significa Olá.

Os Chineses são simples e expeditos. Não têm, como nós, muitas expressões idiomáticas para se cumprimentarem ao longo do dia. Basta um “ni hau”, bem dito, com o “h” aspirado e bem entendi-do, para que nos libertem um sorriso. O mínimo que poderia fazer, em terra estranha que me recebeu, era aprender um cumprimento, uma saudação afável e saber dizer obrigada que, nestas para-gens, se diz Xiè Xiè, pronunciando-se “cié-cié”.

Ao contrário do que me tinham dito, encontrei um povo simpático e cordial, sedento de conhecer e de entrar em contacto com outras culturas. Quem sabe se o isolamento a que foram obri-gados, durante décadas, terá despertado esta vontade de comunicar e aprender.

A China de hoje parece ser uma sombra do seu passado.

Aqui e ali, em restaurantes, espectáculos e outros locais públicos, damos de caras com hábitos e costumes que nos são estranhos e parecem, à primeira vista, anacronismos. Mas se perseverarmos e resistirmos ao velho hábito ocidental de julgar as outras culturas, à luz dos nos-sos padrões, a China é aquilo que pode-remos apelidar de uma realidade que, primeiro, “se estranha” e, depois, “se entranha”.

Aprendi mais do que pensava. As dife-renças, quase de abismo, entre nós e eles. Os extremos encontrados, dentro de um país que, na verdade, é um gigan-te que desperta. Como em tudo na vida, e sempre que se quer, é fácil encontrar-mos pontos de união e relevar o que nos é estranho.

Que interessa se as noivas casam de vermelho, com sedas estampadas com a flor de lótus, se é esta a cor da felicidade chinesa? O sentimento, esse é o mesmo. O noivo, emocionado, foi capaz de nos dizer solenemente “My wife is beautifull and I love her very much”.

Na zona de Guilin, simplesmente mágica e digna de uma tela, os rapazes dançam

da no crânio do animal. Tal e qual como num dos filmes de Indiana Jones que, pelos vistos, não era pura ficção. No Sul da China a comida é mais picante, enquanto que no centro as especiarias são usadas com moderação.

Por toda a China, descobrir as matérias-primas com que se confeccionam as vitualhas é uma empresa arrojada e a melhor atitude poderá ser a do “seja o que Deus quiser!”. E o melhor será nem sequer ter a tentação de ir ver cozinhas, a higiene deixa a desejar, os resíduos abundam a céu aberto, com vísceras e tudo o que se possa imaginar. Um pesa-delo se por lá houvesse uma ASAE!

Comi o pato à Pequim, lacado e fatiado com um rigor religioso, o pepino, a cou-ve chinesa, o aipo e outros legumes, primorosamente laminados, o porco, a alga e a flor de lótus na sopa, os crepes, o camarão feito de mil modos, o arroz cozinhado de formas diversas, a massa frita e tantas, tantas especialidades, que o acto de nos sentarmos à mesa e ver-mos a passerelle das taças e travessas no ,prato giratório é um ritual de se tirar o chapéu. E no final, sempre a pro-verbial melancia!

Não fosse um peixe manhoso, tipo car-pa, que arreganhava os dentes para nós e vinha trinchado com as escamas todas eriçadas, teria sido mais catita! Aparte o enjoo natural de quem, de um momento para o outro, sai de uma dieta mediter-rânica e se enterra até aos joelhos (entenda-se o estômago, o fígado e as demais miudezas do aparelho digestivo) na ementa oriental, haveria a registar incidentes de pequena monta. Há turis-tas que não aguentam. Mergulham com-pletamente na novidade, atafulham-se de comida que nunca saborearam e, poucos dias depois, é a hecatombe! Houve, também, aqueles que, com um profundo e sentido lamento, sempre que olhavam para o prato giratório da mesa, desaba-favam “Isto não é gente!”. Mas que diriam os Chineses se lhes impingísse-mos, durante uma boa quinzena em Portugal, favas com chouriço, feijoadas e rojões à moda do Minho? Logo eles que rejeitam o sal e comem sopas doces!

NI HÃO E XIÈ XIÈ

Iva Carla Vieira

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Volume 1, Edição nº 2

hoje a igualdade entre sexos está resta-belecida, tal como no Ocidente.

Não vi preocupações com horários laborais; não existe um regime de pro-tecção social para o infortúnio; ao lado das fábricas, incipientes nas instalações, há camaratas que pude ver, através das janelas abertas; o sistema de segurança e higiene no trabalho é algo que desco-nhecem; o artífice que trabalha o jade ou faz peças de cloisoné, ouve música com auriculares, alheia-se completamen-te da horda de turistas que fazem as visitas guiadas e não usam qualquer meio de protecção individual para os olhos, os ouvidos, as mãos e o corpo. O pobre que adoece, não terá dinheiro para com-prar remédios e sabe que morrerá, sem assistência médica, porque, nos hospi-tais, só se trata quem tem dinheiro para pagar estes serviços.

Os jovens recrutados pelas grandes empresas ganham substancialmente mais do que os seus pais, ainda que estes sejam funcionários públicos ou professo-res, com uma média salarial que ronda os 150 Euros; esta nova camada executi-va e laboriosa tem acesso a bens de consumo e a estilos de vida que se afas-tam da tradição chinesa e incorporam o apartamento mobilado ao estilo escandi-navo.

As novas gerações não se interessam por política; fogem mesmo às questões que impliquem um juízo ou opinião sobre o regime. O que lhes interessa é ter capacidade aquisitiva e ter acesso ao consumo de luxo. De resto, a frota automóvel de topo de gama inclui modelos que nem sequer são comercia-lizados na Europa ou, pelo menos, em Portugal, por não existir mercado para tão potentes e dispendiosas marcas.

Todos sabemos que a China tem de percorrer um longo caminho para reco-nhecer e tutelar os direitos, liberdades e garantias fundamentais do povo chinês. A inesquecível rebelião da Praça Tian’an-men, em 1989, foi esmagada e milhares de jovens foram aí massacrados. Este acontecimento, que pairou na minha consciência, enquanto percorria essa Praça, a maior do mundo, foi despoleta-do pela morte e os funerais de Hu Yao-bang, Secretário do Partido Comunista Chinês, um simpatizante das reformas e dos movimentos de contestação estu-dantil. Mas em Pequim ninguém gosta de falar nestes acontecimentos e, um pouco por toda a China, se repete que o povo “não se interessa por política”, por estar

Na China, a classe média – que trabalha para as multinacionais estrangeiras e ganha salários superiores a 10.000 yua-nes (1.000 Euros) – interessa-se pelo design e a decoração de interiores e é cliente da IKEA, do Carrefour, da Pizza-Hut, do KFC – Kentucky Fried Chiken e dos cafés Starbucks, que vão aparecendo em todos os cantos das grandes cidades. Na China, desenvolveu-se uma paixão arrebatada pelo Karaoke, o que mostra à evidência como gostam de cantar e divertir. Longe vão os tempos dos hinos à Revolução e das marchas militares.

O gosto pelos computadores é maior que o nosso e levam-nos a palma no que respeita a telemóveis e aos acessos on-line com banda larga, já que os Chineses representam, neste momento, o maior número de consumidores do mundo, com o 4º lugar no ranking mundial dos utilizadores de PC em casa.

Em toda a China vigora, ainda, a regra do filho único. Se nasce o segundo, os casais pagam uma multa, no valor apro-ximado de 4.000 Euros, o que, para a média salarial dominante, é uma fortuna e representa uma dívida que pode levar a vida inteira a saldar. Especialmente para os camponeses que mal ganham para subsistir. Esta regra é quebrada nas regiões onde há falta de mão-de-obra para o trabalho rural, devido ao êxodo para as grandes cidades. Em todo o caso, os camponeses subvertem comple-tamente a regra do filho único, e não revelam a dimensão real do seu agrega-do familiar, aquando dos recenseamen-tos, ou pagam subornos aos dirigentes das aldeias, que são os donos das melho-res residências nas regiões em que o controlo da natalidade não funciona.

Até há pouco tempo, os chineses prefe-riam filhos varões, por entenderem que estes garantiam o seu sustento na velhi-ce. Por este motivo, as meninas recém-nascidas eram (e são) abandonadas, assim como os filhos nascidos com defi-ciências, que vão para orfanatos, onde vivem em condições infra-humanas. Mas hoje, preferem descendência feminina. Os casais já acolhem favoravelmente as meninas, por reconhecerem que elas podem ser instruídas, independentes e proporcionar cuidados aos velhos. Por isso, há hoje um desequilíbrio grave entre o número de homens e mulheres adultos, a tal ponto que as chinesas, em tom jocoso, reclamam o direito de ter “mais do que um marido”. Na China tradicional de há duas décadas, só o homem podia divorciar-se da mulher;

mais interessado em viver e ter com o que sobreviver. E temos o dever de saber que as execuções sumárias e a pena de morte é aplicada de tal forma que as cifras negras são as que mais contam.

Hoje, os mais ricos, como Ma Yun, conhecido por Jack Ma – dono do sítio www.alibaba.com, que destronou o eBay e está em vias de se converter no pri-meiro site mundial de comércio electró-nico – convivem, mais ou menos clan-destinamente, com uma franja crescente de miseráveis e espoliados da terra.

Poderia não acabar aqui.

Porque a China é enorme e muda a uma velocidade estonteante. Tem uma vonta-de inabalável de liderar. Por múltiplas razões culturais e históricas conhecem perfeitamente a sua força e os seus recursos e estão dispostos a pagar pre-ços elevados para, ao contrário dos seus ancestrais, saírem do seu “Império do Meio”.

Tenho uma absoluta certeza que, se lá voltasse, com a Expo 2010, em Shanghai, encontraria grandes mudanças na fisio-nomia das cidades que visitei, porque a China é, de facto, esse gigante que Napoleão pressentiu. Agora bem acor-dado, falta-lhe cuidar do seu povo e dos mais desprotegidos, resolver a premente questão social e os fluxos migratórios, controlar o seu crescimento demográfi-co, adoptar um modelo de desenvolvi-mento sustentado que não ignore os miseráveis e reprimir a corrupção, sem descurar os seus valores e tradições, em nome de um progresso económico e de

uma economia de mercado, aberta pelo grande reformador Deng XiaoPing. Acredito, depois do que vi, que a China tem de reinventar-se constantemente, sob pena de implodir sobre si mesma. Apesar de tudo, destes enormes e quase insuportáveis contrastes, por tudo que lá vi e vivi, foi com uma pena imensa que disse zai jian (adeus) à China. Mas ficará sempre na memória o ni hão.

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Sendo a Póvoa de Varzim pio-neira na utilização da tecnologia que aproveita a energia solar para fins de serviço aos banhis-tas, enche de orgulho a autar-quia que afirma que para além da inequívoca utilidade do pro-jecto, que acrescenta à qualida-de do acolhimento poveiro e à qualidade dos meios de confor-to, uma mensagem clara à população da necessidade de popularizar as energias amigas do ambiente. Para a ESEIG fica a grata constatação da oportu-nidade dos seus alunos aplica-rem na realidade as suas múlti-plas competências, ainda para mais tendo uma finalidade tão nobre.

Promovendo o uso de energias alternativas, estas três institui-ções são um bom exemplo do quanto se pode obter através do esforço sinergético das insti-tuições sociais, privadas ou públicas, no prosseguimento do bem comum e sustentável.

parceria no sentido de disponi-bilizar, à comunidade veranean-te, uma solução de aquecimen-to da água dos chuveiros dis-poníveis na Praia da Lagoa.

Para quem, depois de um “banho de mar” ou mesmo depois de um “banho de sol” pretender limpar o sal ou o suor do corpo, não tem agora razões para “gritar” com o choque térmico do contacto com a água fria dos chuveiros, como em épocas balneares passadas. O conforto de obter um duche rápido com água tépida ou até quente é agora possível através do Projecto “Praias Solares”.

(Continuação da página 1)

ESEIG parceira em projecto inovador na Póvoa de Varzim

Licenciaturas em Gestão Hoteleira no Porto

nível de cursos ministrados em universidades. Neste sentido, a Universidade Portucalense apre-senta-se efectivamente como a primeira universidade do Porto a apresentar uma licenciatura nes-ta área. Respeitando todas as instituições de ensino, a associação conside-ra, no entanto, existirem diferen-ças evidentes entre a formação universitária e o ensino politécni-co, pelo que reafirma as caracte-rísticas únicas desta nova licen-ciatura e o facto desta vir a representar uma mais-valia para o sector do turismo e para a região.”

O Gabinete de Imprensa Porto, 5 de Junho de 2008

Por sua vez, o Coordenador da Licenciatura em Gestão e Admi-nistração Hoteleira da ESEIG do Instituto Politécnico do Porto, Luís Correia, em e-mail que nos foi dirigido, deu mais algumas explicações sobre este curso e a entidade que o ministra: Diz Luís Correia que “até este momento, somos o único curso superior público na área metro-politana do Porto do Norte do País. É um curso novo. Iniciou no ano lectivo 2005/06 e já está adaptado ao processo de Bolo-nha. Neste ano lectivo o curso

teve a melhor média de todos os cursos de Gestão Hoteleira do país: 15,62! Tivemos 644 candida-tos. Pode verificar esta informa-ção no site: www.acessoaoensinosuperior.pt. É uma grande responsabilidade para nós, mas pretendemos for-mar alunos com competências e conhecimentos que lhes permita ser no futuro grandes profissio-nais hoteleiros.” E continua: “Este ano lectivo 2007/08 vão sair os primeiros alunos licenciados. Ao longo destes quase três anos, temos desenvolvido várias actividades e colocado vários alunos em está-gio, em hotéis em Portugal e em Espanha e construir uma excelen-te relação com várias cadeias/grupos hoteleiros portugueses e estrangeiros. Como os alunos referiram, temos vindo a dotar a ESEIG com boas infra-estruturas para o curso, que lhes permite ter uma boa aprendizagem teóri-co-prática. Alias, em 6 semestres têm várias Unidades Curriculares teórico-práticas e práticas e ainda um estágio de 800h (cerca de 20 semanas) em Unidades Hotelei-ras.”

Texto publicado em Turisver.com

http://www.turisver.com/

A propósito da notícia intitula-da “Porto vai ter Licenciatura em Gestão Hoteleira” e do eco que fizemos de explanações que nos foram dadas por alu-nos da Licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira da Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, em Vila do Conde, chegou-nos agora uma nota de esclareci-mento da APHORT, que nos veiculara a primeira notícia. Também o Coordenador da Licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira da ESEIG do Instituto Politécnico do Porto, Luís Correia, nos quis elucidar um pouco mais sobre o curso que coordena. Uma vez mais o Turisver.com vai dar voz a ambas as partes, tentando contribuir para o esclarecimento desta situação. É o seguinte o teor da “nota de esclarecimento” que recebe-mos por parte da APHORT, e que transcrevemos na íntegra:

Nota de esclarecimento “A APHORT gostaria de escla-recer que o anúncio do arran-que da primeira Licenciatura em Gestão Hoteleira no Porto foi feito dentro do contexto do ensino universitário, ou seja, ao

ESEIG Rua D. Sancho , 981

4480–876, Vila do Conde Portugal

Tel: 252 291 700 Fax: 252 291 714

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