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AVM FACULDADE INTEGRADA INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A CRIANÇA COM TDAH
PATRÍCIA SILVA GUIMARÃES ARAÚJO
Profa. Orientadora Maria Esther de Araújo Profa. Co-orientadora Giselle Böger Brand
Brasília Maio 2014
AVM FACULDADE INTEGRADA INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
A CRIANÇA COM TDAH
PATRÍCIA SILVA GUIMARÃES ARAÚJO
Monografia apresentada à Faculdade Integrada AVM como requisito parcial para obtenção do título de especialização em educação especial e inclusiva.
Orientadora: Profa. Maria Esther de Araújo Co-orientadora: Profa. Giselle Böger Brand
Brasília Maio 2014
AGRADECIMENTOS
A Deus pоr tеr mе dado saúde е força pаrа superar аs dificuldades.
À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar e investir еm mіm.
À professora Orientadora: Profa. Maria Esther de Araújo pela paciência nа orientação е incentivo qυе tornaram possível а conclusão desta monografia.
À Co-orientadora: Profa. Giselle Böger Brand, pelo convívio, pеlо apoio, pеlа compreensão е pela amizade.
DEDICATÓRIA
À minha filhinha Maria Tereza dom de Deus cоm quem аmо descobrir a vida. Cоm você tenho a certeza do sentido da vida. Obrigada pelo carinho е pоr sua capacidade dе me trazer pаz nа correria do dia a dia.
“(...) O saber a gente aprende com
os mestres e os livros. A sabedoria,
se aprende é com a vida e com os
humildes. ”
(Cora Coralina)
RESUMO
Uma das prioridades da Constituição Federal do Brasil no artigo 205 é
assegurar, na comunidade, a adequação de ações voltadas para a prevenção e
/ ou compensar as desigualdades de acesso, retenção e promoção no sistema
de ensino para todos os alunos. Por isso a convicção de que o conhecimento e
a compreensão de um distúrbio, seja, qual for, ajuda-nos a abordá-lo com
menos incerteza e uma ação mais realista de próxima. A escola deve
responder eficazmente a esta demanda de crianças querem e precisam de
condições de vida que atendam simultaneamente a sua condição de filhos,
quanto à especificidade do déficit de atenção (TDAH). Que este trabalho possa
ser o mais acessível de forma positiva possível, disseminando entre a
comunidade educativa, com informações básicas sobre o necessidades
educativas especiais dos alunos com transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH). Está projetado, destacando aspectos como
características gerais indicadores coletivos de detecção, necessidades
educacionais decorrentes da desordem, a metodologia, o papel dos
profissionais e papel da família, sem uso de fármacos, apontando a
multidisciplinaridade como uma via.
METODOLOGIA
Este trabalho utilizou-se da observação das dificuldades cognitivas e
pedagógicas de uma criança hiperativa, a Maria Tereza, 10 anos, 5ª. Série, no
período de Janeiro à Junho de 2013, assim como de pesquisa bibliográfica
acerca do assunto na literatura vigente . Utilizou-se de entrevistas com os
Professores da Escola, do Curso Supera, da Equoterapia e a Psicopedagoga.
O método de análise qualitativa foi bem empregado nesta monografia
por apresentar a descrição e análise dos dados em forma narrativa, onde serão
encontrados os significados conforme o contexto sociocultural da criança acima
citada; recolhendo dados assim em seu ambiente natural (família, escolas e no
dia a dia), por meio de entrevistas, com pais, professores e psicopedagoga e,
por fim, será exposto o enfoque indutivo.
Segundo os subsídios teóricos de Lüdke e André (1986), que fazem uma
discussão sobre a pesquisa em educação, dentro de uma vertente qualitativa,
se apresenta dois tipos de fazer pesquisa nessa área. Segundo as autoras, a
pesquisa etnográfica e o estudo de caso “vêm ganhando crescente aceitação
na área de educação, devido principalmente ao seu potencial para estudar as
questões relacionadas à escola”. Aparecem a seguir os dois tipos de pesquisa
qualitativa.
O interesse por esse tipo de metodologia, na área educacional, começou
no início da década de 70. Até então, a etnografia era uma técnica de pesquisa
quase que exclusivamente usada por antropólogos e sociólogos. Com esse
interesse dos estudiosos educacionais em utilizar as técnicas etnográficas,
surgiu uma nova linha de investigação, denominada de antropológica ou
etnográfica (LÜDKE; ANDRÉ, 1986).
O outro tipo de pesquisa qualitativa é o estudo de caso que, segundo
Lüdke e André (1986), vai estudar um único caso. O estudo de caso deve ser
aplicado quando o pesquisador tiver o interesse em pesquisar uma situação
singular, particular. As autoras ainda elucidam que “o caso é sempre bem
delimitado, devendo ter seus contornos claramente definidos no desenvolver do
estudo”, sendo este que melhor se aponta para esta monografia.
Baseado em Russel Barkley (2008), verificou-se junto aos pais, por meio
de entrevista, se a menina tem alguma causa genética, visto que apareceu na
infância e se a Maria Tereza se enquadra nas características e sintomas tais
como desatenção, agitação e impulsividade.
Por meio de Ballone (2005) apoiou-se na estatística que a prevalência
do Déficit de Atenção e Hiperatividade está entre 3% e 5% em crianças em
idade escolar e costuma ser mais comum em meninos do que em meninas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I — TDAH 11
1.1 O QUE É O TDAH? 13
1.2 QUANTAS CRIANÇAS O TRANSTORNO AFETA? 15
1.3 CAUSAS DO TDAH 16
CAPÍTULO II — DIAGNÓSTICO 19
2.1 QUEM DETECTA O PROBLEMA? 20
2.1.1 Idade 20
2.1.2 Gênero 21
2.1.3 Nível cognitivo 21
2.1.4 TDAH subtipo 21
2.1.5 Psicopatologia parental 22
2.1.6 O nível socioeconômico 22
2.1.7 Comorbidade 22
2.2 QUEM REALIZA O DIAGNÓSTICO? 23
2.3 COMO É FEITO ISSO? 24
CAPÍTULO III — TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR 29
3.1 MEU FILHO/ALUNO TEM TDAH O QUE FAZER? 30
3.2 TRATAMENTO PSICOLÓGICO DIRIGIDO PAIS, PROFESSORES E CRIANÇAS 30
3.3 TRATAMENTO PSICO-EDUCACIONAL 33
3.4 TRATAMENTO PSICOPEDAGOGICO DA CRIANÇA 34 3.5 A LEGISLAÇÃO E O TDAH 34
CONSIDERAÇÕES FINAIS 39
BIBLIOGRAFIA 41
WEBGRAFIA 46
LISTA DE QUADRO
QUADRO 1 - RESUMO DA LEGISLAÇÃO 35
9
INTRODUÇÃO
Não precisa ser um mestre em pedagogia para constatar que educar não
fácil. Alguns professores expressaram as muitas dificuldades que possuem ao cuidar
de crianças e adolescentes com problemas de concentração ou controle dos
movimentos e impulsos. Estes professores, preocupados em oferecer a melhor
educação, se perguntam como eles têm que atuar.
A criança com TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tem
chamado a atenção de diversos pensadores e em particular os profissionais do
ensino, não teve sempre a mesma denominação durante a historia, percorreu um
grande caminho desde a sua identificação a sua caracterização; a ignorância deste
transtorno foi durante um tempo motivo de estigma social para as pessoas afetadas
em particular as crianças. Faço aqui em brevíssimo apanhando histórico
Em 1902 no estudo de 43 crianças estuda pela pediatra George Frederic Still,
denominou o TDAH como um “defeito mórbido de efeito moral” (BOARINI, 2007,
p.39), deu como características: conduta desafiante, desobedientes, agressivos,
cruéis, atitudes rancorosas, falta de honestidade e tendência a ter e provocar
acidentes. Mesmo assim considerava que o defeito era biológico mais que um
defeito na educação familiar e seria hereditário, causando um dano assim que
nascera.
No ano de 1917 aconteceu uma epidemia de encefalite que afetou a muitas
crianças britânicas a partir daí os médicos observaram uma quantidade maior de
crianças que apresentavam a sintomatologia de anos atrás pelo Dr. Still e deu-se
nova nomenclatura Transtorno de Conduta Pós-encefalítico então as crianças com
TDAH foram etiquetas como de dano cerebral.
Em 1923 se iniciou o estudo sistemático de crianças com dano cerebral isto
permitiu definir as três características que se apresentavam de forma adicional:
atenção deficitária, atividade irregular e impulsividade; nos anos 40 começaram a
rever estes estudo e chegaram a conclusão que o dano cerebral era mínimo,
persistindo esta ideia até os anos 80.
10
Na década de 80 então o TDAH adquiriu a categoria oficial de “transtorno”
pelo critérios do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estado Unidos da América,
voltaram para o lado psicomotor, atribuindo termos tais como hipersinésia ou
hiperatividade no DSM III de 1980 então vem o termo TDAH, de lá para cá é público
e sabido que a educação é meio dos demais que tem dado os melhores resultados a
todos. Por isso apresento como problematização a maior compreensão dos
profissionais em educação particularmente os professores a respeito do TDAH,
como uma criança pode seguir bem a escolaridade diante destas dificuldades.
O desenvolvimento do trabalho está apresentado conforme a seguir. No
capitulo II será apresentado a Metodologia que demonstra que a análise qualitativa
se mostrou mais viável nesta pesquisa dando assim maior liberdade nas entrevistas
com Pais, educadores e os diversos autores lidos, Já no Capitulo III encontra-se a
apresentação do TDAH; O que é?; Quantas crianças afeta?; Suas causas; O
diagnóstico, quem detecta e quem realiza; como é feito. No Capitulo IV, as
considerações finais, como o Tratamento Multidisciplinar como uma via para não
utilização de fármacos para mitigar e/ou excluir por completo esses conceitos pré-
concebidos de um passado não tão distante plasmado pelo pediatra George
Frederic Still. Por fim, há ainda pessoas que pensam que essas crianças são deste
modo por completa falta de educação não passada por seus pais e/ou professores.
O objetivo deste estudo é demonstrar através de acompanhamento de
pedagógico da Maria Tereza1, quais são as suas necessidades educativas, sem a
recorrência a medicamentos, tais como a RITALINA (Metilfenidato) introduzida em
1944 pelo Dr. Leon Panizzon na cidade de Basileia - Suiça e até hoje tão apregoada.
1 Nome fictício
11
CAPÍTULO I — TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno
de origem neurobiológica que se caracteriza por três sintomas chaves: o déficit de
atenção, a hiperatividade, e a impulsividade tanto cognitiva como a de conduta.
Atualmente, é o transtorno com maior incidência na população infantil e, segundo
Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV, 2000), considera que entre 3 e 7%
da população infantil em idade escolar o apresenta em maior ou menor grau de
intensidade.
A prevalência do Déficit de Atenção e Hiperatividade está entre 3% e 5% em crianças em idade escolar e costuma ser mais comum em meninos do que em meninas. Em adolescentes de 12 a 14 anos, pode ser encontrada numa prevalência de 5,8%. (BALLONE, 2005,):
Uma das questões de maior preocupação para os pais de crianças e meninas
com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é a sua evolução
escolar, tanto o medo razoável de desempenho acadêmico inferior, porque às suas
dificuldades de atenção, tais como problemas comportamentais, que podem
aparecer com as deficiências apresentado em seu autocontrole.
TDAH é um transtorno neurobiológico que se caracteriza três principais
sintomas: déficit de atenção, hiperatividade e tanto a impulsividade cognitiva como a
comportamental. Atualmente, o transtorno é mais prevalecente na população infantil
e, de acordo com o DSM-IV (2000), é considerado que entre 3 e 7% das crianças
em idade escolar ocorre em variados graus de intensidade.
Conforme o Dr. Russell Barkley (2008), definiu como um déficit em inibir
resposta ou comportamento o qual causa problemas no autocontrole e no
gerenciamento da memória não-verbais, problemas de auto regulação de afeto,
motivação, do início dos trabalhos e problemas de desempenho assim como
problemas na internalização da linguagem, o que os torna um pouco reflexiva.
O TDAH tem alto teor genético, até 80% de casos de TDAH tem uma relação
com as mesmas características e, em muitos casos, os sintomas permanecem ao
longo da vida do indivíduo. Para Minuchin e Fishman na teoria da genéticidade do
TDAH:
12
Há influência do uso de treinamento parental em populações com TDAH. Segundo esse ponto de vista, o fato de haver uma criança com TDAH coloca a família em maior risco de perturbações nos relacionamentos familiares, podendo incluir problemas na aliança entre pai e mãe ou entre irmãos, que excluem o irmão afetado. Quando isso ocorre, a teoria dos sistemas familiares prevê que deve haver mudanças na estrutura familiar para que o funcionamento melhore. Com essa finalidade, o treinamento parental pode fortalecer a aliança entre os pais ensinando-os maneiras de criar um filho com TDAH. (apud BARKLEY, 2008, p. 467)
Embora o TDAH ter uma origem orgânica, o ambiente pode fazer muito para
melhorar os problemas que surgem, em nosso caso concreto os pais da Maria
Tereza tem procurado todos os meios que estão ao seu alcance, a psicopedagogia
com a Dra. Renata Bessa Andrade (CRP 01/16807) sendo esta, Graduada em
Psicologia pelo Centro Universitário IESB em 2011). Formada em “Análise do
Comportamento Aplicada à Clínica” pelo Instituto Brasiliense de Análise do
Comportamento (IBAC, 2011). Cursa a Especialização em “Análise do
Comportamento Clínica Adulto” pelo mesmo Instituto. Atua desde 2010 no
atendimento de crianças com Autismo seguindo a Abordagem da Análise do
Comportamento Aplicada ao Autismo (ABA). Participou da Diretoria da ONG.
Orgulho Autista em Brasília. Coordenou o grupo de estudos de Análise do
Comportamento aplicada ao Autismo. Participou do projeto “Violeta” do Hospital
Regional da Asa Sul com atendimento de mulheres e crianças vítimas de violência
no ano de 2010. Trabalhou na Enfermaria Pediátrica do Hospital de Base no ano de
2011. Atualmente realiza atendimento clínico ao público infantil, adolescente e
adulto, com enfoque na Análise do Comportamento. Tem contribuído para a
evolução da Maria Tereza, impedindo o surgimento de outros problemas ou mais
transtornos graves.
Daí a importância da formação pais e educadores. Através de consultas com
profissionais e materiais informativo e educativo, os pais estão adquirindo
conhecimento para lidar com diferentes situações de baixa autocontrole que pode
aparecer, que favorece a sua queda e evitar o sofrimento que pode gerar falta de
controle. Conforme aponta a Dra. Ana Beatriz (2003, p. 194):
“Saber é poder.” O velho e sentencioso ditado nunca esteve tão atual como nos tempos globalizados. Afinal, só é possível optar por uma ajuda adequada através do saber advindo do conhecimento adquirido. Quanto mais informação e conhecimento tiver sobre o Distúrbio do Déficit de Atenção, mais capacitado você estará para
13
compreender toda a sua história de vida e para contribuir efetivamente na elaboração de um tratamento que lhe seja mais eficaz e confortável.
Desde a primeira infância, as crianças dividem seu tempo entre casa e na
escola. Em muitos casos, a escola é o que detecta diferenças de comportamento ou
desempenho acadêmico significativo, o que muitas vezes levam à exploração e
diagnóstico médico posterior de TDAH, sendo que foi exatamente este o caminho da
Maria Tereza, onde a Supervisora Pedagógica do colégio onde ela estuda que
detectou.
Em minha observação, verifiquei a importância de que os educadores saibam
como lidar com ambas as condutas da criança com TDAH e dificuldades de
aprendizagem, que é inerente ao distúrbio. Se você levar em conta como isso pode
ajudar a minimizar a sua desordem em seu desempenho acadêmico, seu auto
controle em relação aos outros e na sua auto estima, podem capacitá-los a integrar
plenamente no ambiente escola e crescer tanto em conhecimento em maturação
pessoal.
Ficou claro, portanto, que é possível para ajudar na escolarização dessas
crianças de uma forma melhor. O ingrediente básico nestes casos é um professor
capaz de ver para além dos sintomas muitas vezes tão chato, com muita empatia e
capacidade para ajudar. Como no filme “Como toda estrela no céu toda criança é
especial”. Felizmente, existem muitos professores assim, como é o caso da
Professora Tatiane do 5º ano “A” do La Salle de Sobradinho.
1.1 O que é o TDAH?
O transtorno de déficit de atenção com ou sem hiperatividade fonte é um
transtorno neurobiológico caracterizada pela presença de três dos sintomas típicos:
A. Déficit de Atenção;
B. Impulsividade;
C. Motora e / ou Hiperatividade vogal.
São identificados como desordem quando estes sintomas ou comportamentos
são observados resultante com muito mais frequência e intensidade em crianças /
adolescentes e até adulto e começar a interferir n vida cotidiana em casa, na escola
14
e seu entorno em geral. Tenha em mente que nem todas as crianças com este
sintomas do transtorno se manifestam e com a mesma intensidade. Você pode
encontrar casos de crianças com dificuldades relacionado com a atenção, mas não
têm um maior grau de movimento as demais crianças da mesma idade.
No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, IV),
publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, aqui no Brasil pela Artes
Medicas, em sua última versão, há três tipos diferentes de desordem no interior do
TDAH, não entro em detalhes apenas o menciono para conhecimento:
A. Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade subtipo
predominantemente desatento;
B. Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade subtipo
predominantemente hiperativo impulsivo;
C. Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade subtipo
combinados (sintomas de atenção e hiperatividade impulsividade).
A hiperatividade é manifestada por movimento excessivo, a atividade motora
e/ou cognitiva, em situações em que é inadequado fazê-lo. Estas crianças
apresentam uma alta atividade motora em diferentes áreas. Eles têm grandes
dificuldades para permanecem quietos quando as situações requerem, tanto em
contextos estruturadas, sala de aula ou a mesa na hora das refeições, como
naqueles não estruturados (lazer).
O tempo evolutivo influência significativamente na manifestação da
hiperatividade. Assim, as crianças pré-escolares têm uma hipercinesia generalizada
menos dependente do ambiente. Na idade escolar, pode acontecer que o
comportamento da criança hiperativa seja limitado a algumas situações,
especialmente quando eles estão estruturados. Conversam demais e fazem muito
barulho durante as atividades tranqüilas. A hiperatividade em adolescentes é muitas
vezes menos evidentes, com predominância de um sentimento interior de
desassossego, tentando fazer várias coisas ao mesmo tempo e passam de uma
atividade a outra sem finalizar nenhum.
A desatenção são as dificuldades para manter a atenção sobre um período de
tempo, como as tarefas acadêmicas e familiares, como sociais. As crianças têm
dificuldade de priorizar tarefas, persistir até finalizá-las e evitam atividades que
15
envolvam um esforço mental apurado. Eles tendem a estar mudando tarefas sem
nunca terminar nenhuma. Freqüentemente parecem não escutar. Não seguem
ordens ou instruções e têm dificuldades para organizar tarefas e atividades com
tendência a perdas e esquecimentos com freqüentes. Muitas vezes distraídos com
estímulos irrelevantes.
Em situações sociais, a desatenção, muitas vezes é manifestada por
mudanças freqüentes de conversa com dificuldades para seguir as regras ou
detalhes sobre atividades e/ou jogos.
Em nível de desenvolvimento, a desatenção tende a ocorrer com mais
frequência durante a fase escolar, quando se exige uma atividade cognitiva mais
complexa, e persiste significativamente durante a adolescência e a idade adulta.
Impulsividade é manifestada por impaciência, dificuldade em esperar
respostas, freqüentemente interrompe os outros. As crianças muitas vezes dão
respostas precipitadas antes das perguntas terem sido completadas, dando
respostas arrogantes (espontânea e dominante).
Durante os primeiros anos, a impulsividade faz com que a criança pareça
“está controlado por estímulos" de forma que tem tendência a tocar em tudo. Na
idade escolar, interrompem constantemente os outros e têm dificuldades para
esperar sua vez.
Impulsividade na adolescência acarreta um conflito maior com os adultos e
tendem a ter mais comportamentos de risco, tais como: abuso de tóxico, atividade
sexual precoce e acidentes de transito.
1.2 Quantas crianças o Transtorno afeta?
Estudos atuais afirmam que o transtorno de déficit de atenção com ou sem
hiperatividade é mais incidente na infância. Pode-se afirmar que pelo menos uma
criança e/ou adolescente em cada sala de aula pode ter TDAH, independentemente
do meio ambiente e o lugar do mundo em que se encontre.
A incidência do transtorno é maior entre os meninos que entre as meninas,
com uma proporção de quatro filhos para cada menina. No caso de meninos com
TDAH, esses apresentam um maior grau de hiperatividade-impulsividade que as
meninas, tendo comportamentos incômodos, desordem, falta de limpeza, além de
comportamentos impulsivo-agressivos com os seus pares, e pode até enfrentar os
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professores. Esses comportamentos preocupam pais e professores e, por isso, nas
consultas medicas geralmente é mais facilmente diagnosticada.
As meninas, muitas vezes têm mais problemas de desempenho, ansiedade
escolar ou sintomas de depressão em geral não mostram comportamentos
agressivos. Nestes casos, a detecção do transtorno é mais difícil, ainda que a custo
pessoal, escolar e familiar pode ser muito alto, mesmo com bons recursos podem
apresentar insucesso escolar, fato distorcer o relacionamento com o professor e com
a família.
1.3 Causas do TDAH
No momento, as causas se desconhecem as causas diretas ou próximas do
TDAH. Os avanços nas técnicas de diagnóstico por imagem e da genética têm
ajudado a esclarecer algumas questões, mas nenhuma evidência foi obtida
definitivamente, explicando as origens do transtorno.
Basicamente, considerado um transtorno neurobiológico de origem e caráter
hereditário. Conforme estudos do Dr. Barkley (2008) indicam que os fatores sócio
ambientais podem influenciar a maior gravidade dos sintomas, e um pior prognóstico
do TDAH e no aumento do risco de apresentar problemas ou (distúrbios associados
emocional, um comportamento inadequado, dificuldades a aprendizagem, etc.), mas
estes fatores raramente podem ser considerados como a causa que gera o
transtorno.
Atualmente, aceita-se que é possível a interação de fatores ambientais e
genéticos de modo que a presença de certos genes afetam a sensibilidade individual
a determinados fatores ambientais ( LEHN et al. 2007, THAPAR et al. 2007).
Fatores dietéticos, como o tipo de alimentos, o uso de aditivos alimentares,
açúcar e adoçantes também têm sido uma fonte de controvérsia, sem, contudo
existirem estudos conclusivos que se relacionam com TDAH ( MCARDLE et al.,
2004).
Disfunções neuropsicológica e estudos de neuroimagem funcionais
mostraram que as crianças e meninas com TDAH têm uma alteração cognitiva em
diferentes componentes das funções executivas (PLISZKA, 2007 ; WILLCUT et al,
2005).
17
Essa disfunção especificamente é mostra em um estudo envolvendo mais de
6.000 pacientes indica que a população com TDAH têm alterações nos diferentes
componentes das funções executivas, tais como: inibição da resposta, vigilância,
memória de trabalho e planejamento.
Pennington (2005) realizou uma revisão de modelos neuropsicológicos
explicativos das disfunções cognitivas do TDAH, o que poderia se referir a:
A. Um déficit em funções executivas (BARKLEY, 1997; NIGG et al., 2005);
B. Um déficit motivacional também chamado de "aversão ao deferimento de
recompensas” (SONUGA-BARKE et al., 2005), e
C. Por último, o modelo cognitivo-energético de regulação (SERGEANT, 2005).
Não se sabe exatamente se esses três modelos cognitivos são circuitos
independentes e/ou inter-relacionados .
Thomas Brown também desenvolveu um modelo das habilidades cognitivas
complexas que são afetados de TDAH. Além das funções executivas, como
mencionado por Barkley, Brown acrescenta dois aspectos importantes, motivação e
regulação das emoções. Brown coloca mais ênfase sobre essas habilidades
cognitivas, como base de cognitiva do transtorno (SOUTULLO, 2007).
Será que existe um único perfil neuropsicológico presente em todos os
sujeitos? Doyle (2006) realizou um estudo sobre a relação do TDAH e problemas
nas funções executivas. Por um lado, acredita que há evidência científica das
alterações das funções executivas, especialmente inibição da resposta e memória
trabalho, mas por outro lado, há uma grande variabilidade neuropsicológica entre as
amostras do TDAH e dentro elas , o que dificulta a conceituação do problema.
Na mesma linha, Seidman (2006) analisou o impacto das funções executivas
no TDAH ao longo do ciclo de vida, tendo em conta variáveis como comorbidade,
sexo, psicofarmacologia, etc. Neste caso, a conclusão foi de que "pesquisas futuras
devem esclarecer várias fontes da disfunção do TDAH , devem continuar a
desenvolver e otimização as ferramentas para a avaliação neuropsicológica , e
incorporar projetos evolutivos e longitudinal para compreender a doença em todo o
ciclo de vida."
18
Em conclusão, como diz Doyle, "o TDAH pode ser conceituada como um
condição neuropsicológico heterogênea”.
19
CAPÍTULO II — DIAGNÓSTICO
A detecção precoce, assim como um diagnóstico e intervenção apropriada
será fundamental para a prevenção ou tratamento de problemas associados ao
transtorno, determinando em grande parte a sua evolução.
O diagnóstico deve ser preferencialmente realizada por uma equipe
multidisciplinar integrada, pelo menos por um psiquiatra , psicólogo clínico com
conhecimentos sobre o TDAH. Pais e professores geralmente detectam o problema
e os profissionais estabelecem o diagnóstico.
Fundamentalmente, o diagnóstico é baseado em uma avaliação da médica,
psicológica e pedagógica orientada respectivamente para determinar a condição
física da criança , seu estado emocional , suas habilidades e seu nível de
aprendizagem. Com tudo isso poderá descartar dificuldades de comportamento e/ou
rendimento escolar devido a outras causas que não sejam TDAH.
O diagnóstico do TDAH pode ser difícil devido à presença de outras
comorbidades e dos sintomas do transtornos em outras entidades de
diagnósticadas, o que dificulta o diagnóstico diferencial para sua realização
necessita-se de informações de pais, professores e da própria criança serão
necessários utilizar diferentes ferramentas de diagnóstico , tais como questionários ,
entrevistas clínicas , testes e se possível a observação direta da criança na escola .
Atualmente não há testes biológicos ou psicológicos para estabelecer o diagnóstico ,
é estabelecido por critérios clínicos , mas os instrumentos de avaliação
complementar e aportam informação essencial para o clínico que deve estabelecer o
diagnóstico.
Há indivíduos com dificuldades na capacidade de atenção e autocontrole que
não implicarão deterioração de sua capacidade acadêmica, social ou familiar então
por tanto não poderão ser diagnoticados como TDAH, serão crianças com
problemas ou dificuldades nas áreas de atenção e autocontrole, estas crianças
poderão beneficiar-se das mesmas estratégias cognitivo-comportamental utilizada
em sujeitos com TDAH.
20
TDAH é classificado como transtornos mentais. O diagnóstico é baseado
principalmente no cumprimento da DSM- IV , que são os critérios diagnósticos
estabelecidos pela Academia Americana de Psiquiatria (1994) ou CID-10 (1992),
que são reconhecidos e estabelecidos pela OMS , ambas classificações são
reconhecidas internacionalmente.
Uma avaliação completa da criança, fornecerá informação fundamental para o
diagnóstico e para estabelecer um plano de tratamento.
A idade " ideal " para ir profissional, dependerá das características de cada
caso. Em princípio, sempre que são observados problemas nas ações diárias de
uma criança sobre o que é esperado para a sua idade de desenvolvimento, ou se é
uma criança que não se consegue um tratamento educacional está justificado a
consulta com um profissional.
No entanto, como mencionado acima, em geral, as manifestações do TDAH
começa a dar sinais claramente no início da escola primária, quando aumenta o
nível de exigências relativas aos cuidados e auto-controle em sala de aula , o horário
é mais estruturado e diminui os níveis de supervisão individualizada, à custa da
necessidade de um maior grau de autonomia .
2.1 Quem detecta o problema?
Geralmente são os pais que apresentam não podem e/ou não sabem como
lidar com o comportamento do seu filho, ou o mesmo os Professores dão sinal de
alerta quando detectar que o aluno não está acompanhando o ritmo esperado ou
tem sérios problemas comportamento.
A seguir, alguns fatores de prognóstico.
2.1.1 Idade
Em geral, pode se afirmar que em muitos indivíduos o excesso de atividade
motora reduz significativamente com o avanço da adolescência, enquanto
impulsividade e desatenção tendem a persistir (Hart et al. , 1995). Estudos
longitudinais mostram taxas de prevalência díspares em termos de persistência dos
sintomas de TDAH na adolescência e idade adulta, devido as diferenças
metodológicas nos critérios de inclusão e os instrumentos utilizados para a medição
21
dos sintomas. Em termos gerais, podemos afirmar que os sintomas de TDAH
persistem na adolescência em cerca de 80% dos indivíduos afetados, cumprindo
integralmente os critérios de transtorno cerca de um terço dos pacientes (KLEIN;
MANNUZZA 1991; MANNUZZA et al , 1998. ;BIEDERMAN et al . , 1996 , 1998) . Na
idade adulta, entre 30 % e 65 % dos pacientes apresentam os sintomas do
transtorno ou manterão sintomas clinicamente significativa (WEISS et al.1985;
BIEDERMAN et al .,1996).
2.1.2 Gênero
Dispõe-se apenas um estudo prospectivo sobre o prognóstico do TDAH com
base no gênero. Compararam-se um grupo de 17 mulheres com TDAH em
comparação com um grupo de 24 meninos com TDAH e 24 meninos sem o
transtorno (MANUZZA; KLEIN, 2000). Os resultados mostraram piores pontuações
em medidas de funcionamento acadêmicos, comportamentais e sociais nas meninas
em comparação com os meninos. Em contraste, aquelas em idade adulta aquelas
mostraram melhores resultados que estes, especialmente em termos de prevalência
de personalidade anti-social e abuso de substâncias ( Manuzza e Klein, 2000). Estes
resultados devem ser tomados com cautela, dado o tamanho da amostra estudada.
2.1.3 Nível cognitivo
Loney et al . (1982) constatou que o QI foi um fator preditivo do transtorno de
personalidade anti-social e do abuso de álcool. Hechtman e Weiss (1993) observou
que o nível cognitivo na infância, em conjunto com outros fatores, é um preditor de
prognóstico TDAH na idade adulta.
2.1.4 TDAH subtipo
Segundo vários autores, são fatores de mal prognóstico de sintomas de
TDAH que os sintomas sejam graves ou predominantemente hiperativo-impulsivo
(MOFFITT , 1990; LYNSKEY E FERGUSSON ,1995; BABINSKI et al, 1999. ;
MERRELL; TYMMS , 2001).
22
2.1.5 Psicopatologia parental
No estudo de Biederman (2001) 101 pacientes com TDAH , cujos pais com
transtorno de personalidade anti-social tinham mais ansiedade, transtorno
depressivo maior, comportamento anti-social e agressividade.
A psicopatologia parental, particularmente histórico familiar de TDAH , é
associada com um risco acrescido de problemas psiquiátricos e emocionais de
crianças na adolescência (AUGUST et al , 1983., BIEDERMAN et al , 1996;
FERGUSSON et al, 1.996; FISCHER et al, 1993; LAMBERT et al , 1987;
PATERNITÉ; LONEY, 1980; TAYLOR et al, 1996; WEISS; HECHTMAN, 1993) .
Famílias com histórico de problemas de TDAH com comportamento comórbidos,
comportamento anti-social e abuso de substâncias e dependência, também se
associam a pior prognóstico em crianças com TDAH na adolescência.
2.1.6 O nível socioeconômico
O baixo nível de escolaridade e a presença de comportamento anti-social na
vida adulta estão associados baixo nível socioeconômico dos pais (WEISS;
HECHTMAN, 1993).
2.1.7 Comorbidade
Transtorno de conduta aumenta a probabilidade de transtorno por uso de
substâncias (AUGUST et al., 1983). Em estudos de Nova York, a realização de atos
criminosos explicado quase que exclusivamente a prevalência de transtorno anti-
social e abuso de substâncias (MANUZZA; KLEIN, 2008). Criminalidade na idade
adulta está mais associada com o comportamento anti-social que apenas ao TDAH
(SATTERFIELD et al., 1997).
A persistência do TDAH se associa a comorbidade com transtorno de conduta
e o transtorno de personalidade anti-social (BIEDERMAN et al., 1996). Um pior
prognóstico do TDAH está associado a comorbidade com transtorno de conduta,
transtorno bipolar, transtorno negativista desafiante e abuso de substâncias
(BIEDERMAN et al., 2001).
23
2.2 Quem realiza o diagnóstico?
O diagnóstico deve ser realizado por um profissional conhecedor sobre o
assunto, ou no campo da medicina (psiquiatra e neurologista) ou Psicologia
(Psicólogo Clínico ou neuropsicólogo) geralmente com base em seus estudos a
respeito do assunto e também a disponibilidade. O pediatra como conhecedor
privilegiado da criança e seu ambiente é, cada vez com maior implicação um esteio
na detecção e diagnóstico do TDAH desde cedo.
Geralmente o transtorno é diagnosticado durante os anos iniciais da
educação escolar, a partir de 6 anos de idade , quando o efeito dos sintomas no
ajustamento da adaptação escolar. Embora possa ser detectada e diagnosticada
antes, considerando-se que na faixa de pré-escolar o intervalo de normalidade da
capacidade de atenção, a capacidade de reflexão e controle de movimento é muito
ampla. Assim então na idade de 4 anos temos estudos que indicam que as crianças
parecem ter um transtorno de atenção seria de 40 % deles , mas apenas 48% desse
grupo ou seja, metade deles realmente terão o transtorno aos 9 anos de idade.
O prognóstico é variável, dependendo da gravidade dos sintomas e
problemas, e/ou condições que possam coexistir com TDAH. Um diagnóstico
precoce e tratamento adequado, influenciará de forma determinante na evolução.
Além disso, deve notar-se que as manifestações de TDAH muda com a idade.
Em geral, podemos dizer que, em muitas pessoas a excessiva atividade motora e/ou
vocal é significativamente reduzida com o avanço da adolescência e na idade adulta.
No entanto, de acordo com Rohde (2002, p.203 apud BARKLEY, 1998), mais de 80
% das crianças que foram diagnosticadas com TDAH na idade escola, vai continuar
a ter o transtorno na adolescência e entre 30 e 65 % o apresentarão na idade adulta.
O surgimento de comportamentos agressivos ou desafiadores, tais como:
mentiras, pequenos furtos, desafio da autoridade e etc , a medida que se aproxima
a adolescência é muitas vezes observado. Entre 20 e 60 % das crianças e
adolescentes apresentam um comportamento anti-social ou transtorno de conduta.
Baixa auto-estima , tristeza, também pode ocorrer em alguns casos, depressão e
desconfiança no futuro sucesso (BARKLEY , 2008).
Na idade adulta muitos conseguem um emprego e vivem de forma
independente. Segundo Selikowitz (ROHDE; BENCZIC, 1999; SZOBOT et al, 2001;
24
MAGEE et al., 2005) , aproximadamente 20% das crianças com TDAH irá
desenvolver de forma positiva, com mudanças comportamentais notáveis sem
problemas especiais na adolescência e na idade adulta. No entanto 80% dos casos
não há nenhuma referência absoluta, 60% deles manterão um nível médio de
gravidade e continuaram a ter dificuldades de adaptação a normas sociais,
problemas emocionais e dificuldades de aprendizagem e 20% continuarão a
fornecer severamente desordem.
Vários fatores, tais como a baixa gravidade dos sintomas durante a infância,
recebem tratamento e supervisão adequado, o nível geral de inteligência ( ABIKOFF;
KLEINN, 1997), histórico familiar de TDAH, a adversidade psicossocial e
comorbidade com outros transtornos (BIEDERMAN et al., 1995) estão envolvidos no
prognóstico dessas crianças .
2.3 Como é feito isso?
Os pacientes com TDAH, representam um grupo bastante heterogêneo, que
tem uma variação considerável na intensidade dos sintomas, da idade de início e a
presença dos sintomas em diferentes situações. Os Sintomas do TDAH podem ser
afetados por fatores situacionais, tais como momento do dia ou fadiga, e fatores
motivacionais a possibilidade de monitoramento, etc. (BARKLEY et al., 2006, p.77).
Esta situação levou alguns profissionais a questionar sua existência e se
perguntarem quais são os motivos pelo que cada vez mais pessoas têm sintomas de
TDAH, sugerindo que pode ser uma moda passageira no diagnóstico psiquiátrico.
Críticos sociais e alguns não especialistas que não dominam o assunto, afirmam que
TDAH é um mito ou, mais especificamente, que as crianças diagnosticadas com
TDAH são normais, mas que "rotulam" como um transtorno mental pela intolerância
dos pais e professores, a ansiedade cultural e dos pais sobre educação dos filhos ou
por uma inespecífica ou não documentada conspiração entre a comunidade médica
e as empresas farmacêuticas (BARKLEY et al., 2006 p.102).
Especificamente, os grupos de pressão dos Estados Unidos se aproveitaram
desta situação para realizar grandes campanhas nos meios de comunicação, que
conseguiram gerar um grande alarme entre os pais de crianças e adolescentes com
TDAH por uso de drogas psicotrópicas. Concentrando-se em reações infreqüentes
do metilfenidato, a rotulada perigosa e viciante droga, utilizada por educadores e
25
pais intolerantes e “médicos sem escrúpulos ", que pode causar a morte ou atos de
violência, suicídio, a síndrome de Tourette, causando dano cerebral permanente ,
convulsões, aumento da pressão arterial, confusão, agitação e depressão
(BARKLEY et al., 2006, p.75).
A Associação Médica Americana (AMA) encomendou um estudo que concluiu
que "o TDAH é um dos problemas mais estudados na medicina e dados gerais sobre
a sua validade são mais convincentes do que na maioria dos transtornos mentais e
até mesmo que em muitas outras doenças" (GOLDMAN et al., 1998) .
A experiência clínica na avaliação de pessoas diagnosticadas com TDAH
observa que os sintomas da desordem têm um grande impacto sobre o
desenvolvimento do indivíduo e interfere no seu funcionamento social, emocional e
cognitivo, e causar significativa morbidade e disfunção em crianças no grupo de
amigos e em sua família (CARDO; SERVERA , 2008, p.75).
Para diagnosticá-lo, o profissional irá necessariamente coletar informações
dos pais sobre o comportamento da criança, ou professores sobre o comportamento
e o desempenho da crianças e comparar com a de outras crianças da mesma idade.
Normalmente, o profissional faz a criança responder a uma ou mais
questionários (com questões sobre a criança) pais, e até mesmo outros filhos. Os
pais facilitam estes testes (da criança) oferecendo para obter mais informações,
especialmente para descartar que o problemas acadêmicos ou comportamento são
devido a outros problemas. Você geralmente tem que fazer um teste de inteligência
e responder a outros questionários para avaliar o desempenho e muitas vezes o Pai
ou a Mãe acaba por descobrir que também são TDAH. Sendo que este foi o caso da
nossa observada – Maria Tereza – quando os pais dela a levaram a fazer os testes
P300, eletroencefalograma e outros o Pai da Maria descobriu que ele também era
TDAH, apesar de muito trabalhador e criativo não conseguia parar em emprego por
mais de 2 anos, relação com amigos sempre com muitas dificuldades, baixa
autoestima e outros; sendo que tratando a filha conseguiu encontrar tratamento para
si mesmo.
Não é raro isso acontecer, adultos que na infância tiveram dificuldade de
aprendizagem de alguma matéria especifica, distração, impulsividade e
comportamento inquieto; não foram diagnosticados quando criança – causando
26
grande estrago ao longo da vida – e descobrindo apenas quando for tratar seus
filhos.
No relacionamento diário com adultos com TDAH mais especificamente no
matrimônio; acaba tornando a relação cansativa e árdua, isto quando temos um dos
parceiro com TDAH e quando são os dois, esse casamento passa por diversas
crises e em grande maioria acaba em divórcio. Na maioria das vezes o adulto é
relutante ao tratamento tendo em vista que passou a vida “inteira” sendo colocado
de lado, sofrendo pressão dos pais e na escola do que hoje chamamos de bullying,
tendo aí a baixa estima agravando toda a situação, todo casamento passa por altos
e baixos, porém é agravado pelo TDAH, acaba então se desgastando em maior
quantidade terminando no divórcio.
Primeiramente o cônjuge casado com TDAH se sente ignorado e solitário, em
contra partida o outro cônjuge, que possui TDAH, sente-se que nunca consegue
corresponder a expectativa da sua (seu) esposa (o). O primeiro tem a firme
convicção que tem mais uma criança em casa, cobrando obrigações, gerando assim
frustrações e insatisfação e o cônjuge TDAH sente isso e entra num circulo vicioso
de baixa estima Os estudos científicos mostram como as pessoas que tem TDAH
são duas vezes mais suscetíveis a divórcios do que as pessoas que não tem TDAH
(ORLOV, 2010).
O desencadeamento de uma série de respostas negativas previsíveis em
ambos os cônjuges cria uma espiral descendente no casamento. As características
destrutivas em um relacionamento não são exclusividade dos sintomas do TDAH,
mas as conseqüências de um padrão de relacionamento que incluem os sintomas
do TDAH e as respostas equivocadas a estes sintomas, geram crises conjugais,
muitas vezes insolúveis. Esse padrão é conhecido como ciclo sintoma-resposta, que
é a base da má comunicação que se instala no casamento com indivíduos com
TDAH.
Em casamentos que se encontram em situações extremas, onde a esperança
parece ter desaparecido e onde um não reconhece mais no outro aquela pessoa por
quem se apaixonou, existem estratégias que podem ser adotadas pelo casal para
que juntos consigam construir uma relação que possa coexistir com a presença do
TDAH.
27
Para reconstruir com sucesso um casamento prejudicado pela presença do
TDAH é necessário, primeiramente, que ambos os cônjuges estejam dispostos a
buscar tratamento especializado e dispostos a fazer mudanças (grifo nosso). A
responsabilidade pelo casamento não pode recair somente sobre aquele que tem
TDAH. Se o casamento se encontra em crise, é possível que seja conseqüência do
comportamento do casal. Somente mudando a forma com que ambos interagem
emocionalmente é que pode ser feita uma mudança na qualidade do
relacionamento.
Em segundo lugar, ao entender qual o papel que o TDAH desempenha na
dinâmica da relação, é possível com ajuda de um profissional especializado
melhorar a comunicação entre o casal e evitar que as mesmas respostas que
levaram o casal ao conflito permanente continuem se repetindo. Nesses casos, o
conhecimento sobre o TDAH e seus efeitos no casamento é uma ferramenta
fundamental e permite que o casal resignifique comportamentos que antes eram
vistos como sendo “má vontade” e “preguiça”, possam ser vistos como sintomas do
TDAH.
Algumas estratégias benéficas que o casal pode tentar estabelecer tendo
como objetivo a melhora na comunicação do casal.
A. Restabelecer e cultivar a empatia pelo cônjuge, tentar entender o porquê do
outro apresentar comportamentos específicos sem antecipar a intenção do
outro. Olhar para si mesmo e para as suas responsabilidades e refletir de que
maneira as suas ações reverberam no outro e quais as conseqüências delas.
B. Evitar que as mesmas emoções acarretem nas mesmas respostas. Identifique
onde o padrão se repete e trabalhe exaustivamente para ter uma reação
diferente da comum, que você já sabe que não funciona.
C. Responder agressivamente à distração do(a) seu(sua) marido(esposa) é
muito menos eficaz do que tentar apoiá-lo e motivá-lo a mudar o seu
comportamento. Mesmo que pareça que seu cônjuge com TDAH mereça as
suas reclamações, entenda que, na verdade, com esta atitude agressiva ele
28
vai se sentir cada vez mais desmotivado e cada vez menos amado e
compreendido.
D. A busca de tratamento especializado é fundamental para que as estratégias
de convivência sejam eficazes a longo prazo; freqüentemente ambos os
cônjuges precisam de algum tipo de tratamento (psicoterapia). Os anos de
convívio dentro de um casamento com uma pessoa com TDAH podem
desenvolver ou agravar outras condições psicológicas do cônjuge, como:
depressão, ansiedade, desesperança, compulsividade e outras questões
subjetivas.
E. Finalmente, após todo um trabalho no sentido de melhorar a má comunicação
que se instalou no casamento, o casal poderá resgatar uma posição positiva
no relacionamento e empreender uma caminhada em direção à reconstrução
de uma relação saudável.
29
CAPÍTULO III — TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR
Diagnosticar o TDAH, é apenas o começo e longo caminho a se percorrer,
faze-se mister um tratamento multidisciplinar, comutando uma equipe de
neurologista, psicólogo, psicopedagogo e alguns casos até de um psiquiatra, em
nosso caso concreto a Maria Tereza é tratada por um neurologista, psicopedagogo e
atividades que ajudam a desenvolver o cognitivo com o curso Supera, abaixo segue
algumas perguntas que surgem nos pais quando tem um filho TDAH.
O tratamento é considerado como multimodal , que estão envolvidos um ou
mais profissionais clínicos, professores , pais e o proprio sujeito que sofre de TDAH.
Exigem diferentes intervenções:
A. Intervenção psicológica
B. Intervenção educacional ou escola
C. intervenção farmacológica
Incluindo se considera essencial para abordar TDAH a necessidade de
estreita cooperação entre pais, pacientes e escola, sendo o profissional clinico uma
espécie de coordenador. É importante ter em conta que é uma doença crônica que é
claro para a sua longevidade irá necessitar de continuas abordagens terapêuticas
ante situações-problema de novo início . Portanto, o planejamento de tratamento
deve ser individualizado de acordo com os sintomas e objetivos específicos.
As diretrizes clínicas para o TDAH publicado por (NETO, 2010, p.146) propõe
a terapia multimodal para o tratamento de escolha, e no artigo publicado no mesmo
grupo de profissionais Rohde e Matos (2003. p.150) afirma a integração dos critérios
operacionais.
O tratamento multimodal inclui:
A. Treinamento de pais .
B. Intervenção escolar.
C. Tratar a criança basicamente utilizando os procedimentos de
comportamento, auto-controle da raiva e auto-instrução.
30
Os sintomas principais da doença : desatenção, hiperatividade e
impulsividade são o que orientam sobre a primeira interveção a ser executada.
3.1 Meu filho/aluno tem TDAH o que fazer?
Chegado até aqui neste ponto, foi trilhado um longo caminho o primeiro passo
é a busca de soluções para qualquer problema está identificado.
Sei agora que o problema não é nosso aluno mas o TDAH. O tratamento que
tem provado maior eficácia (Tratamento Multimodal de crianças com TDAH, MTA
[EUA, 1999]) é um que combinado dos seguintes componentes (portanto chamado
multimodal), os pais da Maria Tereza seguiram mesmo “às cegas” esse tratamento
multimodal, e a tem ajudado muito.
3.2 Tratamento psicológico dirigido pais, professores e crianças
A. Informações sobre o transtorno;
B. Estratégias para a gestão do comportamento;
C. As estratégias de comunicação para melhorar o relacionamento
com seu filho / aluno;
D. Estratégias para aumentar o próprio autocontrole da criança com
TDAH.
É uma intervenção destinada a pais para aprender a gerenciar o
comportamento do seu filho usando técnicas de tratamento de contingência,
basicamente, são aqueles que têm mostrado sua eficácia no tratamento do TDAH
(BARKLEY 2008, p.207). Consiste em capacitar os pais para reconhecer os
comportamentos próprios do transtorno e aprender estratégias para controlar as
condutas perturbadoras e potencializar o comportamento adequado.
O tratamento de contingência inclui o uso do reforço positivo, uso de tempo,
check-list. Esta intervenção pode ser aplicado individualmente ou em grupo, a
administração do grupo oferece vantagens tais como: menor custo , ajudar os pais a
relativizar ou localizar os problemas de seu filho para compará-los com os de outras
famílias, os pais se ajudam mutuamente e compartilham as dificuldades.
31
A formação para os Pais é um programa de tratamento comportamental que
visa dar informações sobre o transtorno, treinando os pais em técnicas de
comportamento modificação para melhorar a gestão de seus filhos, aumentarem a
competência dos pais, melhorarem a relação entre pais e filhos através de uma
melhor comunicação e desenvolvimento da criança.
A reeducação psicopedagógica é uma tutoria individualizada que ocorre
durante ou depois da escola e visa mitigar os efeitos negativos do TDAH na criança
ou adolescente, em relação a sua aprendizagem ou competência acadêmica . Ele
trabalha sobreo impacto negativo do déficit de atenção, impulsividade e
hiperatividade no processo de aprendizagem escolar.
A reeducação psicopedagógica deve incluir ações para:
A. Melhorar o desempenho acadêmico de diferentes áreas, as
instrumentais e aquelas mais especificamente para cada ano escolar.
B. Hábitos de trabalho que estimulem o comportamento adequado para a
aprendizagem (tais como gestão do tempo e controle do diário ) e
técnicas de estudo (pré-leitura, leitura atenta , análise e sublinhado, e
esquemas de síntese ou resumos ).
C. Desenvolver e ensinar estratégias para a preparação e testes/provas.
D. Melhorar a auto-estima em termos de lição de casa, identificar as
habilidades positivas e aumentar a motivação para o êxito.
E. Ensinar e reforçar comportamentos apropriados e facilitares de um bom
estudo e conclusão das tarefas.
32
F. Reduzir ou eliminar comportamentos inadequados tais como, condutas
desafiantes ou maus hábitos de organização.
G. Manter as ações de coordenação com o supervisor da escola em tratar
a criança ou adolescentes para estabelecer objetivos comuns e
oferecer aos professores estratégias para o tratamento de crianças e
adolescentes com TDAH em sala de aula.
H. Intervir com os pais para ensiná-los a implementar, monitorar e reforçar
o uso continuo de tarefas de gestão e organização do estudo
doméstico.
A resposta baseia-se no estudo de programa Langberg, et al . (2008). Em
relação a gestão e organização do estudo doméstico, destacam-se as seguintes:
1 – As instruções devem ser com clareza e objetividade, incentivar o uso de
agendas, lembretes sonoros e/ou outros recursos tecnológicos que o auxilie em sua
organização;
2 – Supervisionar e ajudá-lo na organização de sua mesa, mochila, armário,
material escolar e outros;
3 – Orientar os pais e/ou crianças para que encapem os cadernos com cores
diferentes, pois ajuda na organização e memorização dos materiais;
4 – O uso de pasta plástica deve ser incentivado para guardar os papéis e/ou
apostilas, ficando assim em só lugar e não espalhados;
5 – A agenda é uma ferramenta importe de comunicação entre pais e
professores;
6 – Estruturar o tempo, dividindo os trabalhos e/ou tarefas em partes;
3 – Ensine e dê exemplos freqüentes facilita a assimilação;
33
3.3 Tratamento psico-educacional
Com o objetivo de melhorar as habilidades acadêmicas das crianças e o
comportamento ao estudar ou fazer trabalhos de casa, visando estabelecer um
hábito de estudo a criança que não tem. Não é difícil encontrar indivíduos que
apresentam características déficit de atenção e / ou impulsividade / hiperatividade
mas não representam qualquer tipo de dificuldade ou prejuízo no funcionamento
social, acadêmico, familiar e pessoal. Ou seja, pessoas que aprenderam estratégias
de manusear e não requerem tratamento, porque elas são perfeitamente adaptadas
ao seu ambiente.
A abordagem escolar é necessária porque as crianças com TDAH diante de
uma tarefa escolar se mostram desorganizadas, impulsivas e ineficazes; as
dificuldades de atenção, motivação, o esforço mental diante das tarefas mais
repetitivas e monótonas, interfere na sua execução. Portanto desempenho escolar é
afetado apesar da sua inteligência seja normal, alta ou superior.
Por outro lado, o comportamento da criança com TDAH em sala de aula
também interfere no seu desempenho, no grupo da turma, principalmente porque a
sua impulsividade não pode inibir a primeira resposta espontânea. Por isso é muito
importante que os professores tenha estratégias para gerenciar o comportamento
dessas crianças levando em conta que, devido à alta prevalência do transtorno na
população escolar, há uma grande chance de que se encontre uma criança com
TDAH por ano letivo.
A prevalência de fracasso escolar entre as pessoas com TDAH é bastante
elevada. Mau desempenho escolar afeta 40% dos alunos com TDAH (ROHDE apud,
p.201 BARKLEY, 1998). Problemas de comportamento podem vir a causar até 15%
das expulsões dessas crianças, também é sabido que cerca de 30% do TDAH
também sofre uma deficiência de aprendizagem em cálculos, leitura ou escrita.
Portanto, se exige uma intervenção escolar específica já que a intervenção
aos pais ajuda a família, mas raramente ajuda a melhorar o desempenho acadêmico
ou o desempenho escolar das crianças com TDAH.
Os alunos com TDAH precisam de mais estrutura e organização das aulas,
mais supervisão, mais fragmentação das tarefas, mais incentivos positivos,
mediações simbólicas na atividade pedagógica para manter o seu comportamento e
34
minimizar as conseqüências negativas (custo de resposta, tempo perdido). (SILVA
2003).
Esta intervenção envolve a formação de professores no tratamento de
contingência, o uso do reforço positivo e uso do tempo perdido.
É necessário reforçar e melhorar as habilidades sociais e incentivar a
resolução de problemas com conversas individuais com a criança/adolescente
diante de situações problemáticos, ou seja, identificação de problemas, as possíveis
soluções ou maneiras de agir, a avaliação de vantagens e desvantagens de cada
uma das soluções propostas, promovendo assim o pensamento reflexivo.
3.4 Tratamento psicopedagogico da criança
As intervenções psicopedagogicas têm mostrado alguma evidencia cientifica
de eficácia para o TDAH, baseando-se nos princípios da terapia cognitivo
comportamental. O tipo de intervenção descrita de forma sucinta aqui.
Terapia comportamental, baseia-se na análise funcional da conduta do qual
se identificam os fatores que estão mantendo um comportamento inadequado.
Assim delimitam-se às condutas que se deseja mudar. Realizada a observação e
registro destes, são analisadas um novo conjunto de contingências de acordo com
os objetivos propostos, assim se traça um programa de reforço e se avalia o
programa durante o tratamento. Os reforços positivos podem incluir, elogios,
atenção positiva, recompensas e privilégios. As técnicas para reduzir os
comportamentos indesejados são a economia de fichas que combina o reforço
positivo, o custo da resposta e o contrato de contingência.
A terapia cognitiva da criança tem como objetivo identificar e modificar
cognições mal adaptativas destacando o impacto sobre o comportamento e as
emoções e substituí-los por cognições mais apropriadas. Estes objetivos são
traçados através de vários métodos entre eles o treinamento em técnicas de auto-
instrução, autocontrole e resolução de problemas.
A Criança e o adolescente com TDAH costumam ter problemas em relação à
família, têm dificuldades em habilidades sociais e problemas de relacionamento com
colegas. O treinamento de habilidades sociais emprega técnicas de aconselhamento
CBT e normalmente é realizada em formato de grupo.
35
O tratamento da criança é baseado no uso de procedimentos
comportamentais, auto-controle da raiva auto-educação , com o objetivo de
promover o autocontrole e o pensamento reflexivo.
Também é importante o treinamento de habilidades sociais e em técnicas
para aumentar a auto-estima. Crianças e adolescentes com dificuldades de
aprendizagem ou fracasso escolar também exigem uma abordagem psicoeducativa
de preferência individualmente ou em pares.
As crianças com TDAH têm dificuldade em controlar o comportamento e as
emoções. Para obter o controle do comportamento deve primeiro existir um controle
externo do mesmo já que este é o processo natural de aquisição de auto-controle,
este controle externo é o que tenta promover através do uso apropriado de
estratégias de ensino que os pais e professores devem aplicar de forma consistente
e persistente. Com o passar do tempo, esse controle externo é internalizada e a
criança adquire mais auto-controle, pois ele traz maiores benefícios a sua adpatção
familiar, social e acadêmica. Com o tratamento de contingência o controle externo
do comportamento é fornecido para que a criança possa viver as vantagens deste
controle; recebendo aprovação social , aumento do senso de auto-eficácia e
aumento da auto-estima, e se motive a exercer-lo de forma independente.
A linguagem interna ou a auto-instrução são técnicas que facilitam a
internalização, promovendo o pensamento organizado e reflexivo. Os procedimentos
de auto-educação e técnicas de resolução de problemas visam internalizar os
padrões de ação/assunto generalizáveis para situações diferentes e para aumentar
o seu auto-controle.
3.5 A legislação e o TDAH
A Constituição Federal assegura que, todos têm garantia ao acesso à
educação escolar, inclusive os portadores de TDAH, uma vez que a educação
constitui condição fundamental para o exercício da cidadania.
Ademais a Constituição Federal veda quaisquer formas de discriminação (artº
3º - inciso IV) e expressa no artº 228 inciso III que é dever do Estado garantir
atendimento especializado aos portadores de deficiência. Lembramos que o TDAH
não é um simples transtorno, mas um problema grave de saúde que afeta
aproximadamente 10% da população mundial caracterizada por uma combinação de
36
dois tipos de sintomas: Desatenção e Hiperatividade – Impulsividade. O que
caracteriza a deficiência, assim entendida, de acordo com o Dicionário de Língua
Portuguesa, Aurélio – Ed.2010, é a falta, carência, insuficiência (física ou psíquica).
Portanto, não há como deixar de considerar tal transformação grave de saúde
como deficiência. Abaixo segue um quadro resumo da legislação:
Quadro 1 – Quadro resumo da legislação.2
Projeto de Lei Proposição Origem Relator Situação PL nº 7081/2010 (Camara dos Deputados)
Dispõe sobre o diagnóstico e tratamento do TDAH e Dislexia na rede pública de Educação Básica
Senado Federal Projeto de Lei do Senado 402/2008, de autoria do Senador Gerson Camata - PMDB/ES. Recebido pela Câmara dos Deputados em 07/04/10
Deputada Mara Gabrilli – PSDB/SP (Comissão de Educação e Cultura
Aprovado nas 3 comissões do Senado. Encontra-se na Câmara aguardando votação na Comissão de Educação Pronta para Pauta na Comissão de Educação e Cultura (CEC)
PLC nº 118//2011 (Senado)
Dispõe sobre a obrigatoriedade de exames físico e mental para detectar TDAH em motociclistas (Altera a Lei nº 9503 de 23/09/1997 que institui o Código de Trânsito Brasileiro)
Câmara dos Deputados PL- 7483/2010 de autoria do Deputado Osmar Terra – PMDB- RS. Apresentado ao Senado em 08/11/2011
Senador Luiz Henrique (PMDB-SC) (Comissão de Constituição e Justiça - CCJ)
Pronta para a pauta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)
PL nº Dispõe sobre o Câmara dos Deputado Aguardando
2 PROJETOS DE LEI E AÇÕES PÚBLICAS SOBRE TDAH. Disponível em:
<http://www.tdah.org.br/images/stories/TABELA_PROJETOS_DE_LEI.pdf>. Acesso em 19 de Fev. 2014
37
909/2011 (Câmara dos Deputados)
aperfeiçoamento da política educacional na rede pública para os alunos com Transtornos de Aprendizagem
Deputados Projeto de autoria do Deputado Gabriel Chalita – PSB/SP
Eduardo Barbosa PSDB/MG (CEC)
Parecer na Comissão de Educação
PL Nº 3092/2012
Dispõe sobre a obrigatoriedade de fornecimento gratuito de medicamentos p/ TDAH através dos SUS
Câmara dos Deputados Projeto de autoria do Deputado Dimas Fabiano – PP/MG
Deputado Dr. Aluizio PV-RJ
Aguardando Parecer na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF)
ENEM 2012 – Exame Nacional de Ensino Médio – Edital contempla pela 1ª vez os alunos com TDAH como portadores de necessidades especiais durante o exame (Edital nº 3 de 24 de maio de 2012)
Fonte: ABDA (2014)
38
Na Resolução CNE/CEB N.º 02/2001 em seu artigo 8º tomo III apresenta o
seguinte:
III - flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o
significado prático e instrumental dos conteúdos básicos,
metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e
processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos
que apresentam necessidades educacionais especiais, em
consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a
freqüência obrigatória;
A criança com TDAH tem direito a maior tempo para realização de suas
provas/testes, modo diferenciado de avaliação, entre outras.
39
CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao se observar Maria Tereza, constatou-se a existência de dificuldades de
compreensão, relacionamento, e outros mais, porém pouco a pouco vem sendo
mitigada graças ao acompanhamento que é feito por seus pais;
Com o curso SUPERA um método de estimulação cognitiva baseado na
moderna teoria do exercício cerebral, que utiliza ferramentas pedagógicas de
eficácia amplamente comprovadas. A principal delas é a prática de cálculos através
do ábaco, que foi ocidentalizada através da adequação ao sistema de ensino e
contextualização à nossa cultura. O método também inclui exercícios lógicos, a
prática de jogos, dinâmicas em grupo e neuróbicas — atividades desenvolvidas para
tirar o cérebro da zona de conforto e forçá-lo a ir além dos seus limites, sempre
atendendo de forma lúdica a três requisitos: novidade, variedade e grau de
dificuldade crescente, que tem ajudado e muito a nossa pequena Maria Tereza.
O curso SUPERA ajudou apontando como um parceiro no tratamento. No
SUPERA, as aulas/atividades possibilitam às pessoas vivenciarem experiências nas
quais aprimoram raciocínio lógico, relações inter e intrapessoais, criatividade,
autoconfiança, agilidade motora, concentração, memória, agilidade mental,
disciplina, foco, dentre outros.
A professora do La Salle de Sobradinho/DF, a tia Tati como a Maria Tereza
gosta de chamar, tem ajudado e muito na sua organização, na autoestima, no
desempenho escolar assim como tem proposto a Dra. Ana Beatriz B. Silva em seu
livro Mentes inquietas (SILVA, 2003).
Tudo isso tem colaborado muito a vida de Maria Tereza, hoje ela faz
acompanhamento psicopedagógico na Clínica Borboletário 3com a Dra. Renata
Bessa Andrade – CRP 01/16807 – onde a tem sido auxiliada no processo de
aprendizagem, interagido completamente no meio - família, escola e sociedade - no
seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios.
Juntamente com psicopedagogia, também faz Equoterapia na cidade de
Planaltina/DF no IFB (Instituto Federal de Brasília) e através da Professora Ana
Karla, nos mostrou como esta técnica estimula o desenvolvimento do raciocínio
3 http://www.borboletario.com/
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lógico, da atenção concentrada que é um dos maiores problemas para um aluno
com TDAH, estimula a criança a pensar antes de agir melhorando num todo o
convívio social da criança, e trazendo nítido avanço principalmente no aprendizado
da mesma.
Frequenta uma turma regular no 5º ano na Escola La Salle de Sobradinho
onde a percepção de si mesmo, de sua família e do mundo começa a ser
construída. Por meio de situações desafiadoras, as habilidades e competências
relacionadas à escrita, à leitura e ao pensamento lógico-matemático são
desenvolvidas, promovendo a construção do conhecimento individual e coletivo. A
aprendizagem acontece de maneira interativa, fundamentada na busca de soluções
e na compreensão da realidade. A leitura pode desenvolver nas crianças várias
habilidades. O projeto “A Colcha de Retalhos” tem como objetivo despertar o senso
crítico, aprimorar a escrita e a leitura de forma lúdica, ou seja o Tratamento
Multidisciplinar dá resultados excelentes, e os Pais não fazem uso do Metilfenidato.
Foi demonstrado que é possível o tratamento de uma criança com TDAH sem
recorrência a medicamentos; e a mim pessoalmente a procurar cada vez mais me
dedicar para auxiliar cada criança como a Maria Tereza tem sido ajudada.
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