avaliaÇÃo do sistema integrado de controle interno...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
AVALIAÇÃO DO SISTEMA INTEGRADO DE CONTROLE INTERNO
NA PREFEITURA MUNICIPAL DE JUPI - PE
Maria Elizabete de Andrade Azevedo Lins Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB
Tatiana Aguiar Porfírio de Lima
Professora Convidada pela UFPB Virtual do
Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal
RESUMO
O presente trabalho constitui um estudo de caso com objetivo de avaliar as ações
desempenhadas pelo órgão de controle interno por força da Resolução nº 001/2009, instituído
através da Lei nº 446/ 2009 no âmbito no município de Jupi-PE. Buscou-se demonstrar à
sociedade a aplicação dos normativos referenciados, a formação, a estrutura e as ações
desempenhadas pelo órgão de controle interno municipal e os consequentes resultados
auferidos pelas auditorias do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Espera-se
propiciar uma reflexão sobre a importância dos órgãos de controle como instrumento de
melhoria dos pontos críticos de controle da gestão contábil, orçamentária e de pessoal. Para
tanto, utilizou-se uma pesquisa exploratória, com análise documental e de conteúdo detalhada
do plano de ação proposto pelo TCE-PE, dos relatórios emitidos pela Corte de Contas nos
anos de 2008, 2009 e 2010 e das entrevistas com os responsáveis pelas unidades que não
cumpriram com as metas previstas no plano de ação. Observou-se que dos 45 itens
estabelecidos no referido plano, apenas 03 não foram cumpridos totalmente, pois se
encontram em andamento, tramitando na Câmara Municipal ou sub judice. Constatou-se
também com base na comparação dos relatórios de prestação de contas do TCE/PE uma
redução na quantidade de achados negativos após a implantação do sistema de controle
interno municipal em Jupi/PE. Assim, infere-se que houve muitos avanços no controle da
edilidade, entretanto, ainda há um longo caminho a ser percorrido na busca da efetivação
plena, para tanto ao final do trabalho, faz-se recomendações e sugestões.
Palavras-chave: Sistema de Controle Interno. Plano de Ação. Achados Negativos.
1 - INTRODUÇÃO
Um sistema de controle interno na administração pública favorece a eficiência,
eficácia e transparência dos gastos públicos, previsto na legislação pátria desde a
implementação da Lei nº 4.320 de 1964, em seus artigos 75 a 80. Com o
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advento da Constituição de 1988 foi instituído o controle interno de forma integrada nos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com a atribuição de realizar a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial (BRASIL, 1964, 1988).
A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), passou a exigir a instituição de um sistema de controle
interno da administração, assegurando transparência aos atos administrativos permitindo à
sociedade acesso às informações acerca da gestão dos recursos públicos (BRASIL, 2000).
Em que pesem as determinações legais supracitadas e passadas duas décadas,
averiguou-se, por meio das auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas do Estado de
Pernambuco – TCE/PE, que apenas um pequeno número de seus jurisdicionados possuía
efetivamente um sistema de controle interno. Diante de tal fato e valendo-se da competência
constitucional atribuída, o TCE/PE, editou em 01 de abril de 2009, a Resolução nº 001/2009,
que dispõe sobre a criação, a manutenção e a coordenação de Sistemas de Controle Interno
nos Poderes Municipais de Pernambuco (PERNAMBUCO, 2009).
Portanto, esta pesquisa se justifica pela possibilidade de demonstrar à sociedade
Jupiense como está sendo a aplicação da Resolução nº 001/2009 publicada pelo TCE/PE no
âmbito do Poder Executivo do município de Jupi, a estrutura e as ações desempenhadas pelo
órgão de controle interno e os consequentes resultados nas auditorias.
Ademais, o estudo poderá contribuir teoricamente para o meio gerencial e
acadêmico, mostrando a importância das ações do órgão de controle interno no
acompanhamento da gestão municipal. E propiciará uma reflexão sobre a importância dos
órgãos de controle como instrumento de melhoria dos pontos críticos de controle da gestão
contábil, de orçamento e de pessoal.
O objetivo geral da pesquisa consiste em avaliar as ações desempenhadas pelo órgão
de controle interno na Prefeitura Municipal de Jupi/PE a partir da Resolução 01/2009 TCE/PE
e os reflexos nos achados nas auditorias do TCE/PE. E para alcançá-lo, estabeleceram-se os
seguintes objetivos específicos: averiguar se o Plano de Ação foi cumprido pelo Poder
Executivo do Município de Jupi/PE, conforme dispõe a Resolução TCE-PE 001/2009;
analisar as ações do órgão de controle interno no Município de Jupi/PE; e comparar os
achados negativos das auditorias do TCE/PE na Prefeitura Municipal de Jupi/PE antes e
depois da implementação do órgão de controle.
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Nesta seção, apresenta-se a conceituação e formas de controle interno, uma explanação
acerca da auditoria interna para compreender como ocorre o Controle Interno na
Administração Pública Municipal de Jupi/PE com base na Resolução n° 001/2009 do
TCE/PE.
2.1 Controle Interno
A estrutura do controle interno deve ser desempenhada em função das variáveis
derivadas pela estratégia da organização compreendendo o planejamento, salvaguardando o
patrimônio, as informações contábeis, a análise da relação custo benefício, a qualificação
adequada, o treinamento, o rodízio de pessoal, a delegação de poderes, a fixação de
responsabilidades, a segregação de funções, a elaboração de relatórios, o controle sobre as
transações.
Vale ressaltar ainda, que a estrutura de controle interno deve ainda ser composta
pelo: plano de organização e todos os métodos e medidas pelas quais um ente controla suas
atividades, visando assegurar a proteção do patrimônio, exatidão e fidedignidade dos dados
contábeis, e eficiência como meio para alcançar os objetivos da organização (BOTELHO,
2009).
De acordo com a Resolução nº 001/2009 do Tribunal de Contas de Pernambuco, o
controle interno compreende:
Um plano de organização e o conjunto de métodos e procedimento que asseguram
que os ativos estão devidamente protegidos, que os registros contábeis são
fidedignos e que a atividade da entidade se desenvolve eficazmente e se cumpram as
diretrizes marcadas pela direção (PERNAMBUCO, 2009).
É importante destacar que o controle interno constitui-se em uma responsabilidade
do administrador, que deriva do dever-poder que a administração detém sobre seus próprios
atos e agentes, contemplando todas as áreas, em todos os procedimentos administrativos de
uma entidade, devendo existir o controle exercido sobre todos os atos administrativos e de
acordo com as normas legais e técnicas previamente estabelecidas (BOTELHO, 2009 p. 12).
Segundo a International Organization of Supreme Audit Institutions - Intosai
(2004), o controle interno é:
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Um processo integrado efetuado pela direção e corpo de funcionários; e é
estruturado para enfrentar os riscos e fornecer razoável segurança de que na
consecução da missão da entidade os seguintes objetivos gerais serão alcançados:
execução ordenada, ética, econômica, eficiente e eficaz das operações; cumprimento
das obrigações de accountability; cumprimento das leis e regulamento aplicáveis; e
salvaguarda dos recursos para evitar perdas, mau uso e dano (INTOSAI, 2004, p.
19).
Em qualquer organização o processo gerencial compõe-se dos papéis de
planejamento, execução, direção e controle, portanto, a função administrativa de controle tem
como objetivo comparar os resultados determinados pelas organizações e avaliá-las em
relação ao que foi planejado, devendo as irregularidades serem apuradas e as medidas
corretivas recomendadas. Para as organizações que integram a administração pública não é
diferente, sendo esta atividade desenvolvida através do sistema de controle interno
(PEREIRA, 2000).
A idealização do controle na administração é caracterizada por cinco funções
administrativas: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, constituindo-se em
instrumentos indispensáveis para que sejam atingidos os objetivos previstos na administração
pública, assegurando as ações executadas de acordo com o planejamento, visando a atingir os
objetivos predeterminados (BOTELHO, 2009 p. 10 ).
Portanto, esses conceitos demonstram que o controle interno é desempenhado através
do contexto da estrutura organizacional com os mecanismos de controle constituídos pela
administração, incluindo as normas internas que determinam as responsabilidades pelas
tarefas, rotinas de trabalho e procedimentos para revisão, aprovação e registro das operações,
envolvendo aspectos contábeis e administrativos.
O controle interno além de assegurar o cumprimento à legislação e salvaguardar os
bens e recursos públicos, deve também promover a eficiência operacional, fixar o plano de
organização com clareza, garantindo que os recursos sejam aplicados eficientemente nas
operações cotidianas, visando à economicidade invocada pelo artigo 70 da Constituição
Federal (BRASIL, 1988).
2.2 Formas de controle interno
Para Botelho (2009) são diversas as formas de controle interno. A primeira seria o
controle prévio ou preventivo tido como o controle que antecede a execução de uma
determinada ação ou ato administrativo. O controle prévio deve ser exercido mediante a
emissão de parecer do Sistema de Controle Interno, através de consulta realizada acerca de
fatos concretos. Ainda dentro desta visão, de acordo com Botelho (2009) o controle pode
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atuar expedindo normas que disciplinem os procedimentos administrativos, a exemplo das
Instruções Normativas.
Uma segunda espécie de controle é destacada, o concomitante ou sucessivo, que
acompanha a realização do ato para verificar a regularidade. É o controle no momento do ato
ou fato, evitando o cometimento de falhas, desvios ou fraudes. É a forma mais presente da
atuação do Sistema de Controle Interno. O controle, durante a execução do ato, consiste no
cumprimento do princípio da publicidade e transparência que deve nortear a Administração
Pública (BOTELHO, 2009).
Por fim, tem-se o controle subsequente ou corretivo, que ocorre após a conclusão do
ato e tem como objetivo corrigir eventuais defeitos, declarar a sua nulidade ou confirmar sua
eficácia. Esta forma de controle tem um intuito punitivo, considerando que o ato já ocorreu.
Se for possível a correção, deverá ser recomendada; caso isso não seja possível, deverá
solicitar a restituição dos prejuízos provocados ao erário, mediante instauração de processo
administrativo, essa forma é bastante utilizada no modelo brasileiro (BOTELHO, 2009 p. 14).
Portanto, ao recair sobre essas formas, o controle interno objetiva em síntese,
assegurar a execução dessas atividades com observância aos princípios constitucionais que
regem a Administração Pública, garantindo assim, mais eficiência e eficácia na aplicação dos
recursos. Tais medidas podem evitar a ocorrência de erros, desperdícios ou irregularidades,
com possibilidade de verificação pela própria administração com efetiva correção na conduta
gerencial de um órgão.
A implantação do Sistema de Controle Interno não é apenas uma exigência das
Constituições Federal e Estadual de Pernambuco, mas também uma oportunidade para dotar a
administração pública de mecanismos que garantam o cumprimento das exigências legais, a
proteção de seu patrimônio e a otimização na aplicação dos recursos públicos, garantindo
maior tranquilidade aos gestores e melhores resultados à sociedade.
As atividades de controle interno se somam às do controle externo, desempenhadas
pelo Poder Legislativo e pelo Tribunal de Contas do Estado, no processo de fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial. A Lei 4.320/64 em seus artigos
75 a 80 assegura a base legal para o controle interno na administração pública no âmbito da
Legislação Federal, onde a ênfase está direcionada ao controle de execução orçamentária,
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal (BRASIL, 1964),
compreendendo:
I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da
despesa, o nascimento ou extinção de direitos e obrigações;
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II – a fidelidade funcional dos agentes de administração responsáveis por bens e
valores públicos; e
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em
termos de realização de obras e prestação de serviços (BRASIL, 1964).
O controle interno, para Peter e Machado (2003, p.25) possui princípios próprios que
buscam atingir aos objetivos a que se propõe que são:
Análise da relação custo-benefício; qualificação adequada, treinamento e rodízio de
pessoal; delegação de poderes e fixação de responsabilidades; segregação de
funções; instruções devidamente formalizadas; controle sobre as transações e revisão
e avaliação independentes.
Desta forma, fica evidenciado que através dos princípios de controle interno são
estabelecidas as medidas a serem tomadas pela administração, com vistas, ao seu adequado
funcionamento, salvaguardando o interesse público.
2.3 Controle Externo
O constitucionalista José Afondo da Silva (1997) entende que controle externo é
responsável pela eficácia das ações administrativas sendo exercidos pelos Tribunais de
Contas, conhecidos por órgãos controladores. O autor ainda argumenta que o exercício do
controle externo, consubstancia-se na fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
patrimonial e operacional sendo coerente com o Estado Democrático de Direito.
Nos termos da Constituição Federal os Tribunais de Contas são órgãos responsáveis
pela fiscalização dos gastos públicos. No âmbito federal, a responsabilidade é do Tribunal de
Contas da União (TCU) e no âmbito municipal e estadual, na maioria dos casos, a
responsabilidade é dos Tribunais de Contas dos estados (TCE’s).
Há exceções em relação aos estados e municípios, pois em alguns estados existe um
TCE e também um Tribunal de Contas do Município (TCM), responsável pela fiscalização da
capital, ou dos Municípios (TCM), responsável pela fiscalização de todas as cidades do
estado.
2.4 Controle Social
O controle social é a atuação de setores organizados da sociedade na gestão das políticas
públicas no sentido de controlá-las para que estas atendam, cada vez mais, as demandas
sociais e aos interesses das classes subalternas (Correia 2003, p.85)
7
Para Correia (2003) a participação pública se torna mais eficiente e constante porque
a sociedade brasileira está mais participativa e mais preparada para reparar os conflitos
sociais. Esta solução se torna mais rápida porque a própria sociedade que sofre com os
conflitos é a mesma que busca mecanismos para reparar essas deficiências.
Pode-se afirmar que o controle social é um instrumento democrático fruto das lutas e
conquistas da sociedade que abre espaço para a participação dos cidadãos nas ações do
Estado, permitindo a fiscalização dos atos governamentais , compartilhando responsabilidades
tornando a máquina governamental mais ágil e eficaz.
2.5 Auditoria Interna
A auditoria interna é uma peça do sistema de controle interno. O objetivo geral da
auditoria interna conforme Attie (2007, p. 205) é assessorar a administração no desempenho
eficiente de suas funções, fornecendo-lhe análise, avaliações, recomendações e comentários
sobre as atividades auditadas.
Segundo Pereira (2000), os controles se classificam quanto aos papéis que
desempenham de três formas distintas: como auditoria contábil, visando atuar sobre os dados
registros contábeis elaborados com o objetivo de atender à legislação, verificando sua
consistência, fidedignidade, veracidade, tempestividade, autenticidade, como também a
legalidade e a efetividade da despesa pública.
A segunda forma como auditoria operacional que atua diretamente ligada ao controle
tal como se conhece, verificando os métodos, rotinas, procedimentos, observando se o sistema
atende satisfatoriamente as finalidades a que se destinam especialmente os princípios de
economicidade, eficiência e eficácia.
E por fim, a auditoria de gestão que busca enfatizar de forma geral, o desempenho de
toda a gestão, confrontando-os com os objetivos e metas propostas pela administração
municipal.
Dessa maneira o profissional que trabalha com auditoria interna deve, então, utilizar
as ferramentas de controle para auxiliar na gestão dos órgãos públicos, propiciando assim a
execução de um controle interno mais eficiente.
De acordo com a Resolução nº 986/2003 do Conselho Federal de Contabilidade
(2003), a auditoria interna compreende:
Os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações,
metodologicamente estruturados para avaliação da integridade, adequação, eficácia,
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eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de
controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos (CFC, 2003,
p.135).
Dessa forma, a auditoria interna consiste em métodos para a avaliação do
funcionamento de uma organização, assim não existe o controle interno sem os procedimentos
de auditoria interna, já que estes garantem o bom funcionamento dos controles internos.
2.6 O controle interno na Administração Pública Municipal de Jupi com base na
Resolução n° 001/2009 do TCE/PE
Pode-se dizer que a função de controle está intensamente relacionada com a
Administração, onde analisa e avalia os resultados obtidos, comparando-os com os que foram
planejados ou, averiguando os resultados detectando ocasionais desvios ou problemas que
podem incidir no momento da execução de um trabalho,
A adoção possibilitando de tais medidas corretivas é fundamental para que o
processo administrativo se reorganize na direção dos objetivos traçados pela organização,
assim sendo, não causando falhas na administração, atingindo assim as metas com a máxima
eficiência, eficácia e economicidade.
O Sistema de Controle Interno dos Estados abrangerá os Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, o Ministério Público e o Tribunal de Contas, nos Municípios, os
Poderes Legislativo e Executivo, deverão ter lei própria aprovada para cada ente instituir o
seu Sistema de Controle Interno, que será responsável pela coordenação das atividades de
controle interno no âmbito de cada um deles (BRASIL, 1988).
Nesse contexto, está incluída a administração direta e indireta, não existindo
subordinação dos Poderes e Órgãos a um controle único no Município, resguardando a
autonomia de cada um deles, sendo assim, instituindo suas próprias normas de rotinas e
procedimentos de controle, observando a legislação aplicável a cada normatização (BRASIL
1988).
O Sistema de Controle Interno institui informações adequadas no processo de tomada
de decisão da gestão pública para comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à
eficácia, eficiência e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial e
operacional nos órgão e entidades da administração pública (BOTELHO, 2009).
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A Constituição Federal de 1988 faz referência ao sistema de controle interno, que
deve ser institucionalizado, mediante lei, em cada esfera de governo: União, Estados e
Municípios um conjunto de controle exercido internamente em toda unidade organizacional,
sob a coordenação de um órgão central de controle, com o objetivo de orientar e acompanhar
o sistema de controle interno, exercer controles essenciais e avaliar a eficiência e eficácias dos
demais controles (BRASIL, 1988).
Segundo o artigo 1º, III da Resolução 001/2009 do TCE/PE, as unidades executoras
são “as diversas unidades da estrutura organizacional, no exercício das atividades de controle
interno inerentes às suas funções finalística ou de caráter administrativo” (PERNAMBUCO,
2009).
Assim, os princípios da administração pública rezam que os administradores públicos
tenham uma boa dinâmica na forma de gerenciar os bens comuns a sociedade. O art. 37 de
Constituição Federal relata tais princípios da seguinte forma:
Eficiência: Esse princípio consiste no dever poder de bem administrar a coisa
pública, através da rapidez e rendimento. É o dever que todo administrador tem a
realizar a maior quantidade de bens públicos, com a melhor qualidade possível ao
menor custo empregado. É uma relação direta de custo/beneficio.
Eficácia: Este princípio consiste no dever de todo administrador agir com base em
ações planejadas. Assim, utilizando-se o principio da eficácia, mede-se o grau de
atingimento dos objetivos e das metas estabelecidas pela administração.
Efetividade: Este princípio determina ao administrador o atingimento em grau
máximo de toda a demanda. Cabe ainda, ao administrador da continuidade de forma
efetiva de tudo aquilo que vem de encontro aos anseios da sociedade, independente
de ser ou não, suas ações, somente decisões políticas (BRASIL, 1988. p 17).
Assim, a eficiência de um controle interno poderá ser medida com a implantação de
procedimentos de auditoria interna. Ainda percebe-se que a realização de controles depende
intimamente dos anseios dos administradores públicos. Portanto, controle interno faz parte
das atividades normais da administração pública tendo como função acompanhar a execução
dos atos, indicando em caráter preventivo, concomitante e corretivo, as ações desempenhadas
pelos gestores.
Especificamente, o objeto de estudo, o Controle Interno de Jupi/PE foi instituído por
força da Lei Municipal nº 446/2009 de 30 de junho de 2009, que instituiu o Sistema Integrado
de Controle Interno do Município de Jupi - SICOJ, órgão vinculado ao Gabinete do Prefeito
que exercerá a coordenação e supervisão do Controle Interno do Município de Jupi (JUPI/PE
2009).
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Compõem o Sistema Integrado de Controle Interno, - SGCI , a Secretaria Geral de
Controle Interno (Gabinete do Secretário), o Departamento de Operações de Controle e a
Ouvidoria Geral. Ao Gabinete do Secretário cabe assistir ao Secretário no âmbito de sua
atuação, inclusive em sua representação funcional, no preparo e elaboração de despachos do
expediente, no recebimento e controle de correspondências, no cerimonial e na organização
da pauta de audiências (JUPI/PE, 2009).
Cabe ao Departamento de Operações de Controle exercer as atividades de controle
interno, normatização e padronização dos procedimentos operacionais, coordenar as ações
relacionadas ao planejamento operacional, elaborar relatórios, realizar auditorias (JUPI/PE,
2009).
A Ouvidoria Geral tem a atribuição de atender ao público quanto à apresentação de
reclamações e denúncias, elaborar relatório sobre o atendimento ao público, examinar
manifestações referentes à prestação dos serviços públicos, e por fim, realizar estatísticas
indicando o nível de satisfação dos usuários com serviços públicos prestados a população
(JUPI/PE, 2009).
O quadro atual da Secretaria Geral de Controle Interno - SGCI é constituído da
seguinte forma: um Secretário de Controle Interno, cargo de provimento em comissão
declarado de livre nomeação e exoneração, dois Agentes de Controle Interno, cargo de
provimento efetivo e investidura através de concurso de provas e título, dois cargos de
auxiliar de Controle Interno, cargo de provimento efetivo e investidura através de concurso
público (JUPI/PE, 2009).
Por força do que está previsto na Lei Municipal nº446/2009, o Secretário de Controle
Interno deve ter nível superior e demonstrar conhecimento sobre orçamento, finanças e
contabilidade pública. A citada legislação ainda prevê que os integrantes do controle interno
não podem exercer atividade político partidária, patrocinar causas contra a administração
pública municipal, prestar informações sobre o resultado das auditorias, exceto aquelas
solicitadas pelas autoridades superiores e relacionadas com a matéria (JUPI/PE. 2009).
Ainda por força da Lei Municipal nº446/2009, em seu art. 23 não podem ser
designados para o cargo de Secretário de Controle Interno servidores que tenham contas
consideradas irregulares, tenham sido condenados por ato lesivo ao patrimônio público,
parentes até 3º grau ou cônjuges dos dirigentes de órgãos e entidades integrantes da
administração municipal (JUPI/PE, 2009).
3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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A metodologia científica torna possível a procura pela resolução do problema
apresentado na pesquisa, com a finalidade de alcançar os objetivos delineados. Os
procedimentos metodológicos trazem os meios que se deve seguir para a realização de um
trabalho cientifico. Para Gil (2002, p. 41), “podemos classificar as pesquisas com base em
seus objetivos e com base nos procedimentos técnicos utilizados”.
Quanto aos objetivos essa pesquisa é exploratória (GIL, 2002), que tem neste estudo o
objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema, como vista a torná-lo mais
explicito, buscando maiores informações e mais contribuições sobre o comportamento da
Prefeitura Municipal de Jupi quanto a Resolução 001/2009 do TCE/PE.
A presente investigação é ainda um estudo de caso (BEUREN, 2006), pois a pesquisa
foi concentrada e realizada em um único local, no Controle Interno na Prefeitura Municipal de
Jupi/PE.
Para a coleta dos dados, realizou-se pesquisa documental e leitura detalhada do Plano
de Ação anexo II, contido na Resolução nº 001/2009 do Tribunal de Contas do Estado de
Pernambuco, a Lei Municipal nº 446/2009, o Decreto nº 072/2009 e os Relatórios de
Auditoria TCE-PE, exercícios 2008, 2009 e 2010, como instrumentos a serem utilizados para
apontar os achados negativos e averiguar se reduziram por ocasião da Auditoria. Além da
aplicação de entrevistas com os responsáveis por cada item não cumprido no prazo
determinado, analisando o conteúdo detalhadamente.
E para a análise dos dados, elaborou-se um Quadro 1 referente aos itens contidos na
Resolução nº 001/2009, apontando se os mesmos foram cumpridos no prazo estabelecido ou
estão em andamento. Formulou-se a Quadro 1 trazendo os achados negativos apontados pelas
Auditorias do TCE-PE, exercício 2008, 2009 e 2010. Apresentou-se o levantamento anual do
cumprimento ou não dos percentuais constitucionais considerados pela auditoria nos três
exercícios estudados, sintetizou-se e analisou-se os percentuais não cumpridos com base na
entrevista com os responsáveis.
4 - ANÁLISE DE RESULTADOS
Esta seção tem por finalidade apresentar e discutir os resultados da pesquisa,
buscando avaliar as ações desempenhadas pelo órgão de sistema integrado de controle interno
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na Prefeitura Municipal de Jupi/PE, a partir da Resolução 01/2009 TCE/PE e o reflexo nos
achados nas auditorias do TCE/PE.
A análise se baseou nos dados coletados pela análise legal, das prestações de contas e
através de entrevistas, fundamentando-se na base teórica já explanada. Em termos estruturais
os resultados são apresentados em três etapas, em conformidade com os objetivos específicos
da pesquisa: averiguação do cumprimento do Plano de Ação pelo Poder Executivo do
Município de Jupi/PE; ações do órgão de controle interno no Município de Jupi/PE; e
comparação dos achados negativos das auditorias do TCE/PE na Prefeitura Municipal de
Jupi/PE antes e depois da implementação do órgão de controle.
O Plano de Ação traz um perfil dos aspectos propostos por força da Resolução nº
001/2009, no qual realizou- se um estudo para detecção sobre os itens propostos por tal
norma, observando se os mesmos foram cumpridos ou não pela instituição pública estudada,
lembrando ainda que o cumprimento do citado Plano traz reflexos sobre a análise da prestação
de contas anual se constituindo em um dos elementos a serem observados na análise das
contas.
Avaliando o Plano de Ação pactuado pelo município e o TCE/PE, averigua-se o
cumprimento ou não das ações estabelecidas, conforme dispõe o Quadro 1:
Quadro 1- Análise do cumprimento da Resolução nº 001/2009 do TCE/PE
Item de Estruturação Data limite para cumprimento
do item de estruturação Cumprimento
I – ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
1. Estruturar o Órgão Central responsável pelo sistema
de controle interno, dotando-o de condições físicas e de
quadro de pessoal necessário ao seu funcionamento,
levando em consideração as orientações contidas na
seção I, do Capítulo I, desta Resolução;
30/06/2009
Cumprido
2. Definir ou atualizar a estrutura organizacional da
secretaria de Saúde ou entidades da administração
indireta responsáveis por atividades de saúde (ou
órgãos equivalentes), detalhando as atribuições e
competências nos diversos níveis de gerência.
30/06/2010
Não cumprido
II – PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
1. Realizar audiências públicas para discussão sobre
PPA e LDO; 30/09/2010 Cumprido
2. Realizar audiências públicas para discussão sobre
LOA; 30/07/2010 Cumprido
3. Adotar mecanismos para acompanhamento das
metas fiscais e das prioridades definidas na LDO. 31/07/2009 Cumprido
III – AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
1. Expedir normas definindo procedimentos para o 30/04/2010 Cumprido
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Item de Estruturação Data limite para cumprimento
do item de estruturação Cumprimento
processamento de despesas com a aquisição de bens e
serviços;
2. Expedir normas definindo procedimentos de controle
para recebimento, armazenamento, guarda e
distribuição de materiais de consumo e permanente.
30/07/2010 Cumprido
IV – COMUNICAÇÃO
1. Estruturar os serviços de protocolo central e, quando
houver, os setoriais; 31/07/2009 Cumprido
2. Publicar os atos oficiais do Poder Executivo (leis,
decretos, portarias, avisos de licitação, extratos de
convênios, contratos, etc.) com todas as informações
necessárias ao conhecimento do ato administrativo, nos
veículos de comunicação legalmente exigidos,
inclusive em sítio na internet;
26/02/2010 Cumprido
3. Publicar as justificativas das dispensas e
inexigibilidades de licitação e evidenciar de forma
clara o preço e as condições de pagamento, a razão da
escolha do fornecedor ou executante, os dados do
contratado (razão social, endereço e CNPJ) e a
descrição precisa do objeto a ser executado.
A partir da publicação desta
Resolução Cumprido
V – TRIBUTAÇÃO
1. Encaminhar proposta de atualização do Código
Tributário Municipal ao Poder Legislativo, com ênfase
na Lei Complementar nº 116/2003;
31/12/2009 Cumprido
2. Atualizar e manter o cadastro imobiliário; 31/12/2010 Cumprido
3. Atualizar o cadastro de prestadores de serviço do
município (empresas, profissionais autônomos e
sociedades de serviços);
30/11/2010 Em andamento
4. Definir os procedimentos para a previsão, o
lançamento, a arrecadação e o recolhimento do ISS,
ITBI, IPTU e dos demais tributos municipais;
31/05/2010 Cumprido
VI – FINANÇAS
1. Implantar controle rígido sobre as retenções de ISS e
de Imposto de Renda Retido na fonte, referentes aos
serviços prestados ao município;
30/07/2010 Cumprido
2. Expedir normas definindo regras de acesso à
Tesouraria; 31/08/2010 Cumprido
3. Adequar o processo de pagamentos e recebimentos
da Tesouraria, de modo que não se realize
movimentação de recursos em espécie, ou se reduza,
dando preferência ao uso de transações via cheque
nominal ou através de depósitos bancários.
30/09/2010 Em andamento
VII – CONTABILIDADE
1. Manter atualizados os registros contábeis,
promovendo o fechamento da movimentação mensal,
até o último dia útil do mês seguinte;
A partir da publicação desta
Resolução Em andamento
2. Elaborar e divulgar os demonstrativos da LRF (RGF
e RREO) em consonância com as regras estabelecidas;
A partir da publicação desta
Resolução Cumprido
3. Elaborar e divulgar os demonstrativos referentes à
aplicação dos recursos na área de saúde e educação.
A partir da publicação desta
Resolução Cumprido
VIII – GESTÃO DE PESSOAL
14
Item de Estruturação Data limite para cumprimento
do item de estruturação Cumprimento
1. Propor e fazer gestões para que a Câmara aprove
instrumento legal que defina as atribuições de cada
cargo efetivo existente, no âmbito dos órgãos da área
de Saúde do Município;
29/10/2010 Não cumprido
2. Propor e fazer gestões para que a Câmara aprove
instrumento legal que fixe não só o quantitativo, como
também os vencimentos básicos de cada cargo efetivo
existente no âmbito dos órgãos da área de Saúde do
Município, ou providenciar a sua atualização, caso já o
possua;
31/12/2010 Não cumprido
3. Segregar as funções relativas ao controle dos
documentos e informações cadastrais dos servidores e à
elaboração da folha de pagamento;
31/08/2010 Cumprido
4. Centralizar, organizar e manter atualizado o cadastro
de pessoal (efetivos, à disposição, cedidos,
comissionados, contratados temporariamente e outros);
30/06/2010 Cumprido
5. Organizar arquivo próprio da legislação que
regulamenta a concessão de vantagens (gratificações,
horas extras e outras).
30/04/2010 Cumprido
IX – PATRIMÔNIO
1. Manter arquivo próprio da documentação pertinente
aos bens móveis existentes no âmbito dos órgãos da
área de Saúde do Município, ou providenciar a sua
atualização, caso já a possua;
30/09/2010 Cumprido
2. Manter arquivo próprio da documentação pertinente
aos bens imóveis (escrituras, plantas, etc.) existente no
âmbito dos órgãos da área de Saúde do Município, ou
providenciar a sua atualização, caso já a possua;
31/03/2010 Cumprido
3. Realizar Inventário de bens existente no âmbito dos
órgãos da área de Saúde do Município, pelo menos
uma vez por ano;
31/12/2010 Cumprido
4. Aprovar norma disciplinando a utilização de Termos
de Guarda e Responsabilidade para os bens de natureza
móvel.
30/11/2010 Em discussão na
Câmara
X – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
1. Expedir normas definindo procedimentos que
garantam a segurança física e lógica do ambiente de
tecnologia de informação do Poder Executivo ,
especialmente nos sistemas de Folha de Pagamento e
Contabilidade.
30/11/2010 Cumprido
XI – OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
1. Adotar procedimentos relativos ao licenciamento,
contratação, execução, fiscalização e recebimento de
obras e serviços de engenharia, com base em resolução
específica deste Tribunal.
30/06/2010 Cumprido
XII – EDUCAÇÃO
1. Elaborar o Plano Municipal de Educação em
conformidade com as normas expedidas; 31/03/2010 Em andamento
2. Adotar acompanhamento periódico das ações
previstas no plano municipal de educação; 29/01/2010 Cumprido
3. Definir norma prevendo os procedimentos a serem
adotados pela prefeitura para a contratação (com
destaque para os elementos mínimos que devem
31/03/2010 Cumprido
15
Item de Estruturação Data limite para cumprimento
do item de estruturação Cumprimento
constar do projeto básico), a medição dos serviços
prestados e o pagamento dos serviços de transporte
escolar, enfatizando os responsáveis por cada uma
destas fases;
4. Definir norma prevendo procedimentos para
aquisição, recebimento, armazenamento e distribuição
de itens relacionados com a merenda escolar.
31/05/2010 Cumprido
XIII – SAÚDE PÚBLICA
1. Elaborar o Plano Municipal de Saúde para o
quadriênio 2010-2013, em conformidade com as
normas expedidas;
31/03/2010 Cumprido
2. Elaborar programação anual das ações de saúde; 26/02/2010 Cumprido
3. Elaborar anualmente o relatório de gestão,
enfatizando as ações planejadas em confronto com as
executadas e a realização das metas previstas;
31/05/2010 Cumprido
4. Adotar acompanhamento periódico das ações
previstas no plano municipal de saúde vigente; 29/01/2010 Em andamento
5. Definir norma prevendo procedimentos para
aquisição, recebimento, armazenamento e distribuição
de medicamentos e material penso.
29/10/2010 Cumprido
XIV – REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA
SOCIAL (RPPS)
1. Realizar a avaliação atuarial anualmente; 31/12/2009 Cumprido
2. Propor e fazer gestões para que a Câmara aprove lei
com a definição das alíquotas de contribuição
necessárias para a cobertura de seu plano de benefícios;
31/12/2010 Cumprido
3. Manter atualizada a base cadastral dos segurados,
com as informações mínimas exigidas em leis e
regulamentos emanados do Ministério da Previdência
Social para, entre outras finalidades, dar suporte à
avaliação atuarial;
31/12/2010 Cumprido
4. Repassar integral e pontualmente as contribuições
previdenciárias à unidade gestora do RPPS,
observando-se quanto a isso, as alíquotas previstas em
lei e as parcelas remuneratórias sobre as quais elas
incidem;
A partir da publicação desta
Resolução Sub –judice
5. Utilizar os recursos previdenciários exclusivamente
para o pagamento dos benefícios do RPPS,
excetuando-se a possibilidade do estabelecimento de
taxa de administração, através de lei municipal, para o
custeio das despesas administrativas do regime, no
limite e condições estabelecidos pelo Ministério da
Previdência Social.
A partir da publicação desta
Resolução Cumprido
Fonte: adaptado do Plano de Ação Anexo da Resolução 001/2009.
Observa-se que dos 45 itens, 35 (77%) foram cumpridos, 03 não foram cumpridos,
01 está em andamento, 01 está em discussão na Câmara e 01 está em análise na esfera judicial
e aguarda decisão, portanto, apenas 23% dos itens não foram cumpridos por motivos
diversos.
Os resultados corroboram com o entendimento de Botelho (2009) acerca da função
informacional do Sistema de Controle Interno e consequentemente a influência positiva na
16
tomada de decisão pelo gestor público e nos resultados das prestações de contas aos órgãos
externos.
Para comparar o cumprimento das ações desempenhadas pelo órgão de controle
interno na Prefeitura Município de Jupi/PE a partir da Resolução 01/2009 TCE/PE e a
influência nos achados negativos nas auditorias subsequentes, extraíram-se também os
achados negativos das prestações de contas de 2008, 2009 e 2010 do Município do Jupi/PE,
conforme Tabela 1.
Tabela 1- Síntese dos Achados Negativos das Prestações de Contas 2008, 2009 e 2010 no Município de Jupi/PE
ACHADOS NEGATIVOS 2008 2009 2010
Ausência de documentos na prestação de contas; X X
Repassar integral e pontualmente as contribuições previdenciárias à unidade gestora do
RPPS, observando-se quanto a isso, as alíquotas previstas em lei e as parcelas
remuneratórias sobre as quais elas incidem;
X
X
X
Despesas prescritas e pagas indevidamente a servidores; X
Despesas com combustível sem qualquer espécie de controle X
Despesas sem licitação X
Inconsistências nas informações contábeis; X X
Contratações irregulares de bandas e artistas mediante inexigibilidade de licitações. X
Pagamento dos subsídios dos agentes políticos do Poder Executivo sem amparo legal; X
Estruturação parcial do Sistema de Controle Interno; X
Ausência de Atualização do Código Tributário Municipal; X
Realização de despesas em recursos do FUNDEB sem lastro financeiro; X
Elaboração de Plano Municipal de Educação com vigência divergente da prevista em Lei; X
Elaboração deficiente do PPA, LDO e LOA X
Envio da LOA ao Poder Legislativo após o prazo previsto da legislação; X
Receita tributária própria inferior a 2% ( dois por cento ) do total da receitas
orçamentárias, impossibilitando o Município de receber transferências voluntárias
oriundas do tesouro estadual;
X
Fonte : adaptado do Relatório de Prestação de Contas 2008, 2009 e 2010 do Município do Jupi/PE.
Ao observar o Relatório de Prestação de Contas 2008, percebe-se que foram
detectadas diversas falhas de controle, a exemplo de combustível, despesa com pessoal e
principalmente no tocante a procedimentos licitatórios, no qual se sabe que há um
escoamento de recursos público significativo, servindo de base legal para a maioria dos
gastos públicos.
Durante o segundo semestre de 2009, a Secretaria de Controle Interno passou a
produzir uma série de Recomendações e Instruções Normativas com intuito de normatizar os
17
procedimentos administrativos, além da criação de planilhas de controle diário de
combustível, merenda, medicamentos, entre outros.
Nos exercícios 2009 e 2010 percebe-se que não foram apontados nos relatórios da
Prestação de Contas aspectos referentes ao controle propriamente dito, principalmente em
aspectos ligados aos processos licitatórios. De acordo com experiência da pesquisadora, falhas
nos processos de licitação se constituem, sem dúvida, em um dos grandes problemas da
gestão municipal, principalmente pela formação deficitária das Comissões de Licitação, assim
como, pela forte ingerência dos gestores.
Entretanto, constata-se que em todos os relatórios há a presença de achados negativos
referentes a registros contábeis, como inconsistências contábeis, falha na elaboração do PPA,
LOA, LDO e outras falhas que expõem fragilidade no sistema de registro contábil que mesmo
com implantação do controle ainda persistem.
É importante ressaltar que tais itens servem de parâmetro base para a emissão ou não
de parecer favorável à aprovação das contas da gestão municipal, dependendo do
entendimento majoritário da Corte de Contas. Em caso de descumprimento de determinados
itens podem ser aplicadas multas pessoais no valor de até R$ 7.000,00 (sete mil reais), em
caso de danos ao erário, sonegação de documentos, entre outros nos termos da Lei Orgânica
do TCE-PE. Podendo ainda aplicar, na hipótese de ausência de divulgação e de remessa do
relatório de gestão fiscal, ao Tribunal nos prazos definidos, multa de 30% (trinta por cento)
dos vencimentos anuais do agente que lhe der causa (PERNAMBUCO, 2004).
Após apontar e acompanhar todos os achados negativos antes e depois da
implementação do órgão de controle na Prefeitura Municipal de Jupi/PE. Verificou-se
também se houve o cumprimento dos percentuais legais, de acordo com a Tabela 2.
Tabela 2- Síntese do relatório das prestações de contas no Município de Jupi/PE
Área
Especificação
Limite Legal
Fundamentação
Legal
Percentual/
Valor
Aplicado
Situação
Educação
Aplicação na manutenção
e desenvolvimento de
ensino.
25% da receita
vinculável na
manutenção e
desenvolvimento
do ensino.
CF/88- Art.202
25,73%
Cumprimento
Aplicação na
renumeração dos
profissionais do
magistério da educação
básica.
60% os recursos
do FUNDEB.
Lei Federal nº
12.494/2007
68,82%
Cumprimento
Saldo de conta do
FUNDEB ao final do
exercício.
Até 5% das
receitas recebidas
pelo FUNDEB
Lei Federal n°
12.494/2007
-1,10%
Cumprimento
Saúde
Aplicação nas ações e
serviços públicos de
15% da receita
ADCT da CF/88
Art.77, § 3º (
18
saúde. vinculável em
saúde.
redação acrescida
pelo EC 29/2000
19,06% Cumprimento
Pessoal Despesa total com pessoal 54% do RCL. Lei
complementada
n° 101/2000, Art.
20
51,24%
Cumprimento
Duodécimo
Repasse do duodécimo a
Câmara de Vereadores
Menor dos
Limites. (R$
644.689,08 )
CF/ 88, caput do
Art. 29-A (
redação dada pela
EC nº 25).
R$
526.761,31
Descumprimento
Subsídio
Renumeração dos agentes
políticos – Prefeito.
Art. 29, § V, da
Constituição
Federal.
Art. 29, § V da
Constituição
Federal
R$ 6.700,00
Cumprimento
Renumeração dos agentes
políticos – Vice Prefeito
Art. 29, § V, da
Constituição
Federal.
Art. 29, § V da
Constituição
Federal
R$ 3.600,00
Cumprimento
Dívida Dívida consolidada
líquida – DCL.
1,2 vez a RCL Resolução nº
40/2001
4.62%
Cumprimento
Fonte: Adaptado do Relatório de Auditoria Prestação de Contas Anual 2008 do Município do Jupi/PE.
Na Tabela 2, bem como nas Tabelas 3 e 4 são apresentados os índices
constitucionais, no qual as equipes de auditorias verificam o cumprimento ou não desses
indicadores através das informações repassadas pela contabilidade, neste sentido são
analisados os seguintes itens: saúde, educação, pessoal, duodécimo, subsídio e dívida para
averiguar o não cumprimento dos limites constitucionais.
Tabela 3- Síntese do relatório das prestações de contas no Município de Jupi/PE
Área
Especificação
Limite Legal
Fundamentação
Legal
Percentual
Valor
Aplicado
Situação
Educação
Aplicação na
manutenção e
desenvolvimento de
ensino.
25% da receita
vinculável na
manutenção e
desenvolvimento do
ensino.
CF/88- Art.202
26,99%
Cumprimento
Aplicação na
renumeração dos
profissionais do
magistério da
educação básica.
60% os recursos do
FUNDEB.
Lei Federal nº
12.494/2007
61,22%
Cumprimento
Saldo de conta do
FUNDEB ao final
do exercício.
Até 5% das receitas
recebidas pelo
FUNDEB
Lei Federal n°
12.494/2007
4,78%
Cumprimento
Saúde
Aplicação nas ações
e serviços públicos
de saúde.
15% da receita
vinculável em saúde.
ADCT da CF/88
Art.77, § 3º (
redação acrescida
pelo EC 29/2000
18,67%
Cumprimento
Pessoal Despesa total com
pessoal
54% do RCL. Lei complementada
n° 101/2000, Art.
20
57,82%
Descumprimento
Duodécimo
Repasse do
duodécimo a
Câmara de
Vereadores
Menor dos Limites.
(R$ 729.708,50 )
CF/ 88, caput do
Art. 29-A ( redação
dada pela EC nº
25).
R$
729.280,32
Cumprimento
Subsídio
Renumeração dos
agentes políticos –
Prefeito.
Art. 29, § V, da
Constituição Federal.
Art. 29, § V da
Constituição
Federal
R$
9.100,00
Cumprimento
Renumeração dos
agentes políticos –
Vice Prefeito
Art. 29, § V, da
Constituição Federal.
Art. 29, § V da
Constituição
Federal
R$ 4.550,00
Cumprimento
19
Dívida Dívida consolidada
líquida – DCL.
1,2 vez a RCL Resolução nº
40/2001
18,96 %
Cumprimento
Fonte: adaptado do Relatório de Auditoria Prestação de Contas Anual 2009 do Município do Jupi/PE
Neste diapasão, ao observar o conteúdo dos relatórios 2009 e 2010, percebe-se que os
itens relativos à despesa com pessoal e o repasse do duodécimo a Câmara de Vereadores
foram desrespeitados, portanto, descumprindo o que estabelece a Lei de Responsabilidade
Fiscal, conforme Tabela 4:
Tabela 4- Síntese do relatório das prestações de contas no Município de Jupi/PE
Área
Especificação
Limite Legal
Fundamentação
Legal
Percentual
Valor
Aplicado
Situação
Educação
Aplicação na
manutenção e
desenvolviment
o de ensino.
25% da receita vinculável
na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
CF/88- Art.202
25,02
Cumprimento
Aplicação na
renumeração
dos
profissionais do
magistério da
educação
básica.
60% os recursos do
FUNDEB.
Lei Federal nº
12.494/2007
61,87 Cumprimento
Saldo de conta
do FUNDEB ao
final do
exercício.
Até 5% das receitas
recebidas pelo FUNDEB
Lei Federal n°
12.494/2007
-1,47 Cumprimento
Saúde
Aplicação nas
ações e serviços
públicos de
saúde.
15% da receita vinculável
em saúde.
ADCT da CF/88
Art.77, § 3º (
redação acrescida
pelo EC 29/2000
19,09 Cumprimento
Pessoal Despesa total
com pessoal
54% do RCL. Lei
complementada
n° 101/2000, Art.
20
58,18 Descumprimento
Duodécimo
Repasse do
duodécimo a
Câmara de
Vereadores
Menor dos Limites. (R$
644.689,08 )
CF/ 88, caput do
Art. 29-A (
redação dada pela
EC nº 25).
706.088,04 Descumprimento
Sub- judice
Subsídio
Renumeração
dos agentes
políticos –
Prefeito.
Art. 29, § V, da
Constituição Federal.
Art. 29, § V da
Constituição
Federal
9.100,00 Cumprimento
Renumeração
dos agentes
políticos – Vice
Prefeito
Art. 29, § V, da
Constituição Federal.
Art. 29, § V da
Constituição
Federal
4.550,00 Cumprimento
Dívida Dívida
consolidada
líquida – DCL.
1,2 vez a RCL Resolução nº
40/2001
5,60 Cumprimento
Fonte: adaptado do Relatório de Auditoria Prestação de Contas Anual 2010 do Município do Jupi/PE
Apesar dos percentuais referentes ao exercício 2010, no tocante ao repasse do
duodécimo à Câmara de Vereadores ainda estarem sendo discutido no âmbito judicial,
20
constata-se a partir daí que medidas administrativas devem ser tomadas no sentido de cumprir
os percentuais estabelecidos.
E para compreender o não cumprimento do Repasse do duodécimo a Câmara de
Vereadores e da Despesa total com pessoal, realizou-se uma entrevista com membros do
controle interno em busca de esclarecimentos, conforme Tabela 5.
Tabela 5- Síntese dos itens com limites legais não cumpridos nos anos de 2008, 2009 e 2010.
Especificação 2008 2009 2010
Repasse do duodécimo a Câmara de Vereadores R$ 526.761,31 --- 706.088,04
Despesa total com pessoal --- 57,82% 58,18 %
Fonte: elaboração própria, 2011.
Com base nas entrevistas com os responsáveis pelas ações realizadas, a Procuradora
Jurídica do Município informou que o descumprimento do item relativo ao repasse do
duodécimo para a Câmara Municipal, deu-se em virtude de mudanças das alíquotas antes
fixadas em 8% das receitas tributárias e das transferências previstas nos termos do Art. 158 e
159 da Constituição Federal.
De acordo com a Procuradora Jurídica Municipal, com a entrada em vigor da
Emenda 58/09 a alíquota de repasse ficou fixada em 7%, entretanto, travou-se uma batalha
judicial entre o Poder Legislativo e o Executivo, uma vez que havia inúmeras controvérsias
quanto à aplicabilidade da norma durante o exercício 2010.
Em sede de liminar (Mandado de Segurança nº 0000123-73.2010.8.17.0850) foi
determinado o repasse com a alíquota de 8%, cumprida pelo município, em seguida, julgando
o mérito da ação publicada em 21 de dezembro de 2010, o judiciário revogou a liminar
anteriormente concedida alterando para 7%, sendo os valores devolvidos aos cofres do
município antes do encerramento do exercício financeiro.
Desta forma, durante a visita da auditoria do TCE- PE realizada em setembro 2010,
o percentual fixado por força da liminar era de 8% gerando tal descumprimento dos limites
quando da emissão do relatório de auditoria, de acordo com a entrevista com a Procuradora
Municipal.
Quanto ao descumprimento dos percentuais com a folha de pessoal, a Secretária de
Administração informou na entrevista que a implantação do plano de cargo e carreira da
educação, bem como, a contratação através de concurso realizado no final da gestão anterior,
21
constitui-se um grande desafio ao cumprimento dos percentuais previsto na LRF, para atender
ao que preceitua a norma corte de despesas com pessoal estão sendo realizados.
Neste estudo optou-se por analisar os dados com base nos nas informações trazidas
nos relatórios das Auditorias do TCE- PE para manter a isenção fundamental a toda pesquisa
cientifica. Assim, percebe-se que grande parte dos componentes propostos foi cumprida,
embora ainda existam itens que ou não foram cumpridos ou ainda estão em fase de
implantação.
No tocante a implantação do Controle Interno no Estado de Pernambuco percebe-se
uma exigência de eficiência por parte do TCE-PE, visto que as ações do controle interno
constituem em instrumento a ser auferido no momento da construção dos relatórios de
prestação de contas e no momento das auditorias.
Vale lembrar que o controle interno dos atos da gestão municipal, ainda trilhará
longos caminhos, tendo em vista, a cultura desenvolvida ao longo dos tempos principalmente
na gestão municipal que envolve pequenos municípios.
O aspecto mais relevante adotado pelo TCE-PE diz respeito à obrigatoriedade não só
da implantação dos órgãos de controle nos municípios, independente do porte, mas
principalmente do estabelecimento de sanções administrativas e pecuniárias ao gestor, em
caso de descumprimento da Resolução, assim percebe-se que a Resolução nº 001/2009 não
ficará apenas no papel.
Em 2011, o TCE/PE passou a exigir nas auditorias internas a serem realizadas pelo
órgão de controle municipal a implantação total do plano de ação e o controle efetivo do
sistema de controle interno em cada município pernambucano, no qual os pareceres do
sistema de controle interno deverão compor as peças obrigatórias na prestação de contas
anual, determinação já prevista na Resolução nº 005/2011, que estabelece inclusive o
conteúdo mínimo dos pareceres emitidos pelo Órgão de Controle, evitando que os pareceres
se constituam em meras peças de ficção (PERNAMBUCO, 2011).
5 - CONCLUSÕES
O alvo do presente estudo foi verificar se o Plano de Ação que compõe a Resolução
001/2009 foi cumprido pela Prefeitura Municipal de Jupi/PE, bem como se a implantação do
Órgão de Controle diminuiu os achados negativos quando da análise das prestações de contas
anuais. Para tanto, foi verificado junto aos responsáveis pelo controle de cada ponto, proposto
no plano de ação como estava o cumprimento das metas do item sob sua responsabilidade.
22
Por fim, foram analisados os relatórios de prestação de contas anuais emitidos pelo
Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Tal evidência mostrou que a maioria dos itens
propostos foram cumprida, muito embora ainda haja um número muito reduzido que ainda
não foram atingidos e outros que estão sendo analisados pela justiça.
Pode-se verificar a importância de se realizar tais tipos de estudos, para observar como
está o andamento do dispositivo normativo proposto pelo TCE/PE, bem como, sua
contribuição para a diminuição dos achados negativos quando das auditorias realizadas pelo
TCE.
Através do presente estudo, infere-se que a efetiva implantação dos órgãos de controle
no âmbito dos municípios é uma tarefa que exige uma profunda mudança na prática político-
administrativa. Ao gestor restam dois caminhos a ser seguidos: atender às recomendações
técnicas ou ao final do exercício responder na forma da legislação.
Cabe salientar a importância de fixar critérios sérios na escolha da equipe de controle
internos, que as leis devem prever a existência de um corpo técnico robusto com
conhecimento sólido em administração pública, na qual a forma e a escolha devem primar
pela seleção mediante concurso público.
Recomenda-se ao órgão de controle interno estudado a ampliação da fiscalização dos
gastos com pessoal, buscando a conscientização dos gestores, assim como, capacitando o
quadro efetivo, de forma a dinamizar a gestão de pessoal, e estruturar as carreiras no serviço
público municipal, diminuindo os custos.
Por fim, é sugerida para estudos futuros abranger um número significativo de
municípios pernambucanos, visando obter uma visão mais ampliada da implementação da
Resolução nº 001/2009, bem como, auferir os seus frutos.
Maria Elizabete de Andrade Azevedo Lins
Graduação em Direito- Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas- FACISA
Pós Graduação em Direito Público – Centro Universitário Leonardo da Vinci- São PauloEmprego
Atual: Assessora Jurídica com atuação em diversos municípios paraibanos.
Contato: [email protected]
6 -REFERÊNCIAS
23
ATTIE, Willian. Auditoria Interna. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2007.
BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em Contabilidade – teoria
e prática. Editora Atlas, 2006.
BOTELHO, Milton Mendes. Manual de Controle Interno – Teoria e Pratica. Editora
Juruá, 2009.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro 1988.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em 10 de out. de 2011.
______. Lei 4.320 de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro
para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios
e do Distrito Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br Acesso em 10 de out. de
2010.
______. Lei Complementar 101 de 04 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível
em:
COMPARATO, F. K. A nova cidadania. São Paulo: Cedec, Revista Lua Nova, 1993, nº
28/29.
CORREIA, Maria Valéria Costa. A Relação Estado e Sociedade e o Controle Social:
fundamentos para o debate. In: Serviço Social & Sociedade, Ano XXIV n. 77. São Paulo:
Cortez, 2004.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
INTERNATIONAL ORGANIZATION OF SUPREME AUDIT INSTITUTIONS –
INTOSAI. Guia para normas de controle interno. Trad. Heloísa Garcia Vidal Pinto.
Brasília: Revista do Tribunal de Contas do Distrito Federal, 1993. p.19.
JUPI (Pernambuco) Lei nº 446/2009 de 30 de junho de 2009, que instituiu o Sistema
Integrado de Controle Interno do Município de Jupi - SICOJ. D. O. M nº 345 de 02/07/2009.
PEREIRA, Ricardo Martins. FERNANDES, Maria Luciene Cartaxo. Controle Interno –
Enfoque Municipal. Recife: Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, 2000.
PERNAMBUCO. Resolução 001/2009 de 01 de abril de 2009 do Tribunal de Contas do
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