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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO A UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE-PB. Vamberto Luís Medeiros de Albuquerque Pós-graduado lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB Herbert de Oliveira Rêgo Professor do Departamento de Economia - UFPB RESUMO Diante das dificuldades administrativas que a saúde pública vem enfrentando em nosso país, muitos gestores procuram alternativas que minimizem os gastos e aproveitem da melhor forma os recursos aplicados, sendo assim o “Programa Farmácias Vivas®” surgem como uma importante ferramenta na promoção da saúde, inclusão social e desenvolvimento local, com a utilização de fitoterápicos na atenção básica à saúde. Foram entrevistados usuários, equipe de enfermagem e médico de uma Unidade de Saúde da Família no município de Alagoa Grande- PB, com o objetivo de traçar um perfil de utilização de medicamentos fitoterápicos, bem como a aceitabilidade de um programa voltado a implantação do mesmo na USF. Os resultados foram bastante satisfatórios, tanto no perfil dos usuários no que tange a utilização de fitoterápicos, como também a aceitabilidade de toda a equipe de profissionais que compõe a USF, possibilitando a gestão municipal uma excelente alternativa para viabilizar o projeto e suprir uma demanda latente por uma saúde pública de qualidade sem a necessidade de grandes investimentos. Palavras-chave: Fitoterápicos, gestão de recursos, saúde pública.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A UTILIZAÇÃO DE FITOTERÁPICOS NAS UNIDADES DE SAÚDE DA

FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE-PB.

Vamberto Luís Medeiros de Albuquerque

Pós-graduado lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB

Herbert de Oliveira Rêgo Professor do Departamento de Economia - UFPB

RESUMO Diante das dificuldades administrativas que a saúde pública vem enfrentando em nosso país, muitos gestores procuram alternativas que minimizem os gastos e aproveitem da melhor forma os recursos aplicados, sendo assim o “Programa Farmácias Vivas®” surgem como uma importante ferramenta na promoção da saúde, inclusão social e desenvolvimento local, com a utilização de fitoterápicos na atenção básica à saúde. Foram entrevistados usuários, equipe de enfermagem e médico de uma Unidade de Saúde da Família no município de Alagoa Grande-PB, com o objetivo de traçar um perfil de utilização de medicamentos fitoterápicos, bem como a aceitabilidade de um programa voltado a implantação do mesmo na USF. Os resultados foram bastante satisfatórios, tanto no perfil dos usuários no que tange a utilização de fitoterápicos, como também a aceitabilidade de toda a equipe de profissionais que compõe a USF, possibilitando a gestão municipal uma excelente alternativa para viabilizar o projeto e suprir uma demanda latente por uma saúde pública de qualidade sem a necessidade de grandes investimentos. Palavras-chave: Fitoterápicos, gestão de recursos, saúde pública.

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1 - INTRODUÇÃO

Os problemas relacionados à saúde em nosso país é uma triste realidade que perdura

por anos, sendo responsável por indicadores preocupantes de mortalidade. Atrelado a isso o

sistema público de saúde no Brasil não dispõe de uma política de assistência farmacêutica

capaz de suprir as demandas de medicamentos da população, em especial na região nordeste

onde essas dificuldades são latentes e onde a população adoece muito mais que em outras

regiões do país.

O uso de plantas pela humanidade vem desde os primórdios da história, onde o

homem sempre buscou na natureza insumos para a melhoria de alguma enfermidade ou para

melhores condições de sobrevivência diante das tribulações do dia a dia. Estudos relacionados

ao uso da plantas pelo homem no tratamento de enfermidades mostram que o registro mais

antigo tenha ocorrido na China através do imperador Shen Nong em 2000 a.C. (POSSE,

2007), onde investigou o potencial medicinal de inúmeras plantas e produtos naturais e

catalogou no “Livro da Medicina Interna do Imperador Amarelo”, como era conhecido o

referido imperador na época e contém 365 drogas vegetais registradas.

O Brasil dispõe da maior biodiversidade de plantas do mundo, em consonância

possuímos também uma rica diversidade cultural e étnica nas diversas regiões desse país com

dimensões continentais. Os índios foram os grandes responsáveis por esse conhecimento

devido a sua íntima e harmoniosa relação com a natureza, os jesuítas trouxeram as boticas

portáteis em suas missões mais os mesmos logo copiaram os conhecimentos indígenas. Até

meados do século XX, o nosso país era essencialmente rural e usava amplamente as plantas

nativas e oriundas de outros países introduzidas pelos povos colonizadores.(FONTE

PRÓPRIA).

O Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Constituição Brasileira de 1998, dispõe

algumas diretrizes e ações que devem ser empregadas pelas instituições privadas e públicas,

nas suas três esferas. Com a autonomia para implantação de programas voltados à assistência

à saúde, com a chamada gestão plena, adquirido após a descentralização do poder público o

município vem realizando programas de fitoterapia na atenção primária à saúde com objetivos

de suprir as necessidades medicamentosas, inclusão social, tratamentos alternativos e melhor

aproveitamento dos recursos financeiros destinados a compras de medicamentos.

O uso de plantas medicinais vem ganhando nos últimos anos um destaque especial

pelas gestões públicas, principalmente após a orientação da Organização Mundial de Saúde –

OMS, estabelecida nos documentos “Estratégia de La OMS sobre Medicina Tradicional 2002-

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2005”, no relatório final da “1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência

Farmacêutica” realizado em Brasília no ano de 2003. O Ministério da Saúde, por sua vez

desenvolveu diversas ações a fim de desenvolver a prática e utilização de plantas medicinais e

fitoterápicos no SUS, as mais recentes são a Portaria Nº 971 de 3 de maio de 2006 que aprova

a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, o Decreto do

Presidente da República Nº 5.813 de 22 de junho de 2006 que aprova a Política Nacional de

Plantas Medicinais e Fitoterápicos, a Portaria Interministerial Nº 2.960 de 9 de dezembro de

2008 que aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o Comitê

Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

O município de Alagoa Grande, localizado no brejo paraibano, com cerca de 29.000

habitantes, possui uma economia predominantemente agrícola, com uma população rural

considerável, uma rica flora e uma diversidade cultural ímpar no contexto histórico da

Paraíba.

Nesse contexto, diante de tantos incentivos legais em promover uma política voltada à

adoção de plantas medicinais e fitoterápicos na assistência farmacêutica, cada vez mais as

pessoas estão interessadas em conhecer e fazer uso das plantas medicinais, na procura de uma

vida mais natural e saudável e ou por dificuldades financeiras frente aos altos preços dos

medicamentos industrializados. Esta situação também tem mobilizado um crescente número

de gestores públicos na busca de recursos viáveis e eficazes para os programas de saúde

pública.

No que concerne a administração pública, diversos setores podem usufruir desta

política de diversas maneiras, sendo um ferramenta de grande abrangência e controle para o

gestor por conseguir atingir um grande número de pessoas, em diversas áreas e com baixos

recursos financeiros.

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. O Cenário Atual da Política Pública Voltada a Fitoterapia.

Diante de tantos incentivos legais e da busca de melhoria na oferta de serviços à

população que possam contribuir para uma qualidade de vida no que tange a saúde em nosso

país, muitos gestores estão inovando e aderindo a essas políticas, alcançando resultados

satisfatórios não só com a aceitação social, mais também com um retorno financeiro

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considerável, o que nas condições onde os recursos para saúde são escassos, essa alternativa

chama a atenção e vem ganhando muitos adeptos na gestão pública atual.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população de países em

desenvolvimento utiliza-se de práticas tradicionais na atenção primária à saúde e, desse total,

85% fazem uso da plantas medicinais. Na realidade brasileira, não se tem com exatidão o

número exato de pessoas que utilizam as plantas, mais seguramente essa tendência também é

seguida não só na utilização da planta fresca e preparações mais também os fitoterápicos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão federal do Sistema

Nacional de Vigilância Sanitária, responsável pelo registro de medicamentos e outros

produtos destinados à saúde, e conseqüentemente regula os medicamentos fitoterápicos.

Todos os fitoterápicos industrializados devem ser registrados na ANVISA antes de serem

comercializados, a fim de garantir que a população tenha acesso a medicamentos seguros,

eficazes e de qualidade comprovada.

Diante da concepção do sistema público de saúde no Brasil, com ênfase na

municipalização dos serviços, a maioria das experiências ocorre a partir das secretarias

municipais de saúde com projetos que vão desde a facilitar o acesso da população às plantas

medicinais até a geração de informações quanto ao manejo e uso correto das plantas

medicinais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

2.2. O “Programa Farmácias Vivas®”.

Em 1985, o Professor Francisco José de Abreu Matos, farmacêutico e pesquisador da

Universidade Federal do Ceará, indignado com os caminhos da saúde no Brasil, idealizou e

implantou o Projeto “Farmácias Vivas®”, voltado para atender pequenas comunidades,

validando plantas de amplo uso popular na região para produzir e disponibilizar a esta mesma

população preparações extemporâneas (MATOS, 2002).

O projeto atende as bases da OMS no que tange a assistência à saúde, voltadas à saúde

pública e a assistência social farmacêutica às comunidades, é formado por uma equipe

multidisciplinar onde o farmacêutico, o médico, o enfermeiro e o agrônomo interagem e

desenvolvem um trabalho em conjunto com a comunidade. É possível tratar cerca de 80% das

enfermidades mais comuns nas populações de baixa renda, utilizando as 64 espécies de

plantas medicinais selecionadas, catalogadas e analisadas cientificamente de acordo com as

recomendações da OMS.

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Sua importância não se concentra apenas nas técnicas de cultivo, mas na interação da

equipe técnica e a comunidade, o resgate cultural no uso de plantas medicinais, a introdução

de conhecimentos científicos, geração de renda para a comunidade e uma ótima oportunidade

de economia nos gastos relativos a medicamentos devido ao baixo custo dos fitoterápicos

chegando a ser até 30 vezes mais barato que os equivalentes sintéticos.

Com o projeto é possível fornecer mudas para a comunidade e promover ações de

conscientização e de prevenção das espécies nativas com valor medicinal, evitando o

extrativismo predatório e incentivando seu cultivo. Para tanto é preciso despertar o

envolvimento da comunidade no sentido de contribuir com o projeto, fazer um levantamento

do uso popular na comunidade de plantas medicinais e uma harmoniosa relação entre a equipe

e comunidade.

2.3. Características do Município

O município de Alagoa Grande possui uma população de 28.482 habitantes (IBGE-

2010), com área de 333,70 km2, localiza-se na mesorregião fisiográfica do Agreste Paraibano,

na microrregião do Brejo, distando 111 km da capital João Pessoa, a 60 Km de Campina

Grande e a 29 Km de Guarabira.

O município possui dois povoados: Zumbi (com cerca de 3.000 habitantes) e

Canafístula (com cerca de 2.900 habitantes). Suas principais comunidades rurais são: Caiana

dos Crioulos, Caiana do Agreste, Mares, Espalhada, Usina Tanques, Pimentel, Pedra de Santo

Antônio e Quitéria. Existem 11 assentamentos rurais no município.

O clima do município é quente e úmido, classificado em Koppen como As’. A

precipitação pluviométrica varia entre 700 mm e 900 mm anuais, sendo os meses mais

chuvosos de junho a agosto e os mais secos, de novembro a fevereiro. A época mais propícia

para exploração agrícola é de abril a agosto. Sua temperatura varia entre 24 e 30º, sendo os

meses mais frios de julho a agosto e os mais quentes de dezembro e janeiro. (FONTE:

http://www.alagoagrande.pb.gov.br)

A Secretaria de Saúde está a cargo da Sra. Flávia Lira da Paz Ferreira, Graduada em

Enfermagem e com experiência de anos na administração pública. A cidade dispõe de 12

Unidades de Saúde da Família, sendo quatro urbanos (CCI, Cruzeiro, Centro e Conjunto João

Bosco Carneiro), quatro mistos (Pedro II, Vera Cruz, Agnaldo Veloso Borges e Rua do

Tacho) e quatro rurais (Zumbi, Canafístula, Caiana e Vila São João).

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Segundo informações prestadas pela Secretaria de Saúde, o município gasta

aproximadamente R$ 500.000,00 anualmente com medicamentos na atenção básica de saúde.

O que representa um gasto considerável diante dos poucos recursos disponíveis para a

promoção da saúde, o que demanda habilidades especiais dos gestores públicos para a devida

alocação e distribuição dos referidos recursos.

A adoção de um projeto na conformação do Programa Farmácia Vivas®, pode

contribuir consideravelmente para o município, uma vez que o mesmo dispõe de condições

favoráveis (clima, localização, espaço físico, etc.), além de uma visão empreendedora por

parte dos seus gestores, que é considerado o fator principal para a efetivação do programa.

Um outro aspecto a ser frisado com o programa é o fato do município ser próximo da

cidade de Areia, onde está localizada o Campus II, Centro de Ciências Agrárias da UFPB, o

que propicia um suporte tecnológico ao programa e em contra partida a oportunidade de

pesquisas científicas com plantas medicinais, além de desenvolver a industria fitoterápica

nacional.

Como o município dispõe de vários assentamentos rurais, o programa poderia

fortalecer arranjos produtivos locais para como alternativa de renda para essas comunidades,

preservação da biodiversidade local, estimular a agricultura familar e o desenvolvimento

sustentável.

A comunidade local pode ser a grande beneficiária com o propósito do projeto, pois

além de oferecer melhor qualidade de vida, o projeto abre as portas para a inserção

profissional de desempregados e jovens ociosos, onde é possível desenvolver atividades

remunerativas com o comercio dos produtos desenvolvidos no projeto.

A iniciativa é uma grande oportunidade para gestão municipal, por tratar de uma idéia

que demanda poucos recursos para implantação e uma vez iniciada a sua manutenção é muito

baixa, diante de investimentos sem perspectivas de bons resultados que rodeiam as

administrações públicas em nosso país. Fica, portanto a cargo de toda a equipe, em especial os

gestores municipais, abraçarem esta proposta, em prol da promoção à saúde, uma melhor

gestão dos recursos públicos e de um trabalho social diferenciado, que aproxima não só o

gestor da população, mais também a comunidade como um todo, refletindo em melhores

índices sociais e conseqüentemente na diminuição da violência que tanto infringe o nosso dia

a dia.

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2.4. A Legislação.

A legislação brasileira dispõe de um aparato legal destinado ao uso de plantas

medicinais e fitoterápicos, dentre elas destacam-se o Decreto do Presidente da República Nº

5.813 de 22 de junho de 2006, que busca garantir o acesso seguro e uso racional de plantas

medicinais e fitoterápicos, promover o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento

da cadeia produtiva e indústria nacional. A Portaria nº 971, de 03 de maio de 2006, aprovando

a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, onde em especial promove

dentre as suas diretrizes, promover o acesso a plantas medicinais e fitoterápicos aos usuários

do SUS e o acompanhamento e avaliação da inserção e implantação das plantas medicinais e

fitoterapia no SUS.

3 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O estudo busca avaliar as condições atuais de utilização de fitoterápicos nas USF e

propor a inserção de programas de desenvolvimento de fitoterápicos nas comunidades

inseridas em cada USF. Para tanto, foram utilizados dados quantitativos e qualitativos para

obtenção de informações para conclusão do estudo.

O presente estudo foi desenvolvido no município de Alagoa Grande-PB, localizado a

111 Km da capital João Pessoa, entre os meses de outubro e novembro de 2011. Foram

aplicados 23 questionários, sendo 15 aplicados aos usuários, 7 a equipe de enfermagem e 1 ao

médico da Unidade de Saúde de Família – Pedro II, que abrange uma área urbana e rural.

A escolha da referida unidade se deu pelo motivo do mesmo possuir uma delimitação

mista, abrangendo um perfil de usuários urbanos e rurais, além da unidade possuir um

trabalho comunitário com uma horta de produção de verduras e legumes orgânicos.

No questionário referente ao médico e a equipe de enfermagem do posto foi colhido

informações quanto a opinião dos mesmos ao uso de fitoterápicos do conhecimento do

mesmo quanto ao Programa Farmácias Vivas® e qual a sua receptividade quanto a idéia de

implantação de um projeto no mesmo perfil do acima citado.

No questionamento aplicado aos usuários foi colhido informações quanto ao uso de

plantas medicinais, a confiabilidade, a opinião quanto a implantação do Programa Farmácias

Vivas®, as reações adversas no uso de medicamentos sintéticos e fitoterápicos e o custo

mensal com medicamentos.

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Quanto a opinião dos gestores públicos, Secretária de Saúde e Prefeito, foi feito uma

entrevista verbal para colher as opiniões do mesmo quanto a uma possível ação voltada a

utilização de fitoterápicos nas USFs, onde observamos uma excelente aceitabilidade e apoio

dos mesmos ao trabalho, fornecendo todos os dados necessários e disponibilizando os

recursos necessários.

4 - ANÁLISE DE RESULTADOS

No que concerne aos resultados, podemos verificar que todos os envolvidos, tais

como, o médico, equipe de enfermagem, usuários, secretária de saúde e prefeito

demonstraram apreço a idéia, dando todo apoio a pesquisa e entusiasmo quanto aos

resultados.

Diante dos dados apresentados na Tabela 1, podemos constatar que todos os

entrevistados utilizaram algum remédio à base de plantas medicinais, demonstrando assim a

aceitabilidade popularidade das plantas medicinais.

TABELA 1. Utilização de algum remédio a base de plantas medicinais.

SIM NÃO

100% 0%

(FONTE: Elaboração Própria)

Quando questionados quem indicou o medicamento ou planta, de acordo com o

demonstrado na Tabela 2, podemos observar que muito desse conhecimento é proveniente de

familiares ou pais, demonstrando que o uso de plantas como medicamentos é algo passado e

perpetuado ao longo dos tempos. Podemos verificar também que um percentual considerável

utiliza as plantas por conta própria, algo preocupante devido aos cuidados demandados com o

uso indiscriminado de plantas medicinais, como doses inadequadas e interação

medicamentosa.

TABELA 2. Percentual referente à indicação para o uso das plantas medicinais.

PAIS FAMILIARES CONTA PRÓPRIA MÉDICO

40% 26,66% 33,33% 0%

(FONTE: Elaboração Própria)

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No demonstrativo alusivo a Tabela 3, podemos observar a unanimidade entre os

entrevistados quanto ao cultivo de alguma planta medicinal em sua residência, demonstrando

a credibilidade e aos costumes herdados por gerações anteriores.

TABELA 3. Percentual referente ao cultivo de pelo menos uma planta medicinal em sua

residência.

SIM NÃO

100% 0%

(FONTE: Elaboração Própria)

A Tabela 4 mostra que a grande maioria das pessoas entrevistadas possui o

conhecimento quanto à indicação e a forma de preparação da plantas no tratamento de suas

enfermidades. Podendo servir de aparato para estudos aprofundados com a catalogação das

espécies e as formulações utilizadas.

TABELA 4. Dados referentes aos percentuais quanto ao conhecimento da indicação e a

forma de utilização das plantas medicinais.

SIM NÃO

93,33% 6,67%

(FONTE: Elaboração Própria)

Podemos observar, ao depararmos com os percentuais da Tabela 5, que mesmo com a

pouca utilização, propaganda e incentivos referentes aos medicamentos fitoterápicos, a

maioria dos entrevistados preferem ser tratados com os mesmos.

TABELA 5. Percentuais alusivos a preferência dos entrevistados quanto aos tipos de

medicamentos, sintéticos ou fitoterápicos, no tratamento de suas patologias.

SINTÉTICOS FITOTERÁPICOS

46,66% 53,34%

(FONTE: Elaboração Própria)

Quando questionados quanto a confiança da utilização dos fitoterápicos ou plantas

medicinais no tratamento de alguma enfermidade, podemos verificar, como consta na Tabela

6, que todos os entrevistados confiam nos tais medicamentos.

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TABELA 6. Percentuais relativos à confiabilidade dos medicamentos fitoterápicos.

CONFIÁVEIS POUCO CONFIÁVEIS NÃO CONFIÁVEIS

100% 0% 0%

(FONTE: Elaboração Própria)

Na Tabela 7, quando questionados se tinham algum conhecimento do Programa

“Farmácias Vivas®”, os entrevistados demonstraram qualquer conhecimento ao programa.

TABELA 7. Percentuais quanto ao conhecimento do Programa “Farmácias Vivas®”?

SIM NÃO

0% 100%

(FONTE: Elaboração Própria)

Quando instruídos a respeito do “Programa Farmácias Vivas®”, os entrevistados

demonstraram um grande interesse no projeto e satisfação em querer que o mesmo fosse

implantado na sua comunidade conforme consta na Tabela 8.

TABELA 8. Dados referentes a aceitabilidade dos entrevistados na implantação do

“Programa Farmácias Vivas®” na comunidade.

SIM NÃO

93,33% 6,67%

(FONTE: Elaboração Própria)

Interrogados quanto a ocorrência de alguma reação adversa com o uso de

medicamentos sintéticos podemos verificar na Tabela 9, um resultado alarmante e

comprovador dos efeitos adversos dos medicamentos quimioterápicos.

TABELA 9. Dados referentes a incidência de reações adversas na utilização de

medicamentos fitoterápicos.

SIM NÃO

46,66% 53,34%

(FONTE: Elaboração Própria)

Em contrapartida aos dados acima descritos referentes aos medicamentos sintéticos,

nos dados da Tabela 10, podemos observar que nenhum dos entrevistados apresentou

qualquer reação quanto ao uso dos medicamentos fitoterápicos ou plantas medicinais,

demonstrando assim os benefícios oriundos da utilização dos mesmos.

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TABELA 10. Já teve alguma reação adversa com a utilização de medicamentos fitoterápicos

ou com plantas medicinais?

SIM NÃO

0% 100%

(FONTE: Elaboração Própria)

Questionados posteriormente se os medicamentos utilizados no tratamento de suas

patologias, os entrevistados em sua maioria disseram que compram os mesmos, como consta

na Tabela 11, demonstrando dessa forma que os medicamentos utilizados nas unidades são

insuficientes ou não atendem as patologias da maioria dos usuários, deixando uma lacuna no

propósito das unidades.

TABELA 11. Referente aos índices relativos a gratuidade ou não dos medicamentos

utilizados nas patologias dos entrevistados.

GRATUITOS COMPRADOS

40% 60% (FONTE: Elaboração Própria)

No quesito referente aos gastos mensais com medicamentos, podemos verificar, como

demonstrado na Tabela 12, que todos os entrevistados gastam alguma quantia mensalmente,

o que numa família de baixa renda, qualquer valor pode significar algo grandioso, portanto é

necessário uma abrangência maior na cobertura farmacêutica.

TABELA 12. Valores referentes aos gastos mensais com medicamentos.

ATÉ R$ 50,00 ENTRE R$ 50,00 E 100,00 MAIS DE R$ 100,00

46,66% 33,33% 20%

(FONTE: Elaboração Própria)

Quando questionados, a equipe de enfermagem mostrou-se dividida quanto ao

conhecimento sobre os medicamentos fitoterápicos, demonstrando que é preciso uma

qualificação profissional e maior divulgação das terapias com o uso de plantas medicinais.

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TABELA 13. Percentuais relativos ao conhecimento da equipe de enfermagem quanto aos

medicamentos fitoterápicos.

SIM NÃO

50% 50%

(FONTE: Elaboração Própria)

Verificamos, portanto, que o desconhecimento quanto ao “Programa Farmácias

Vivas®” não resumi-se apenas aos usuários da unidade, dentre os profissionais de

enfermagem um percentual bastante considerável não possuem qualquer conhecimento quanto

ao assunto.

TABELA 14. Percentuais referentes ao conhecimento da equipe de enfermagem quanto ao

“Programa Farmácias Vivas®”.

SIM NÃO

37,5% 62,5%

(FONTE: Elaboração Própria)

Diante dos dados apresentados abaixo na Tabela 15, podemos constatar a boa

aceitabilidade da equipe de enfermagem quanto a idéia de implantação de um programa de

utilização de fitoterápicos e plantas medicinais na USF.

TABELA 15. Índices referentes a opinião da equipe de enfermagem quanto a adoção de um

programa de utilização de fitoterápicos no posto de saúde.

FAVORÁVEL PARCIALMENTE FAVORÁVEL DESFAVORÁVEL

75% 25% 0%

(FONTE: Elaboração Própria)

Como podemos observar na Tabela 16, os problemas relacionados a medicamentos se

apresentam em índices consideráveis, ficando o alerta para a equipe e demonstrando a

necessidade de uma atenção farmacêutica maior.

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TABELA 16. Percentuais referentes a freqüência de problemas relacionados a medicamentos

no acompanhamento dos usuários da USF.

BAIXA MÉDIA ALTA

75% 25% 0%

(FONTE: Elaboração Própria)

Na Tabela 17, podemos observar que o médico já prescreveu medicamentos

fitoterápicos, demonstrando o apreço do profissional por este tipo de medicamento.

TABELA 17. Dados referentes a prescrição de algum medicamento fitoterápico pelo médico

da USF.

SIM NÃO

X

(FONTE: Elaboração Própria)

Na Tabela 18, observamos que o médico não possui ou nunca ouviu falar no

“Programa Farmácias Vivas®”, demonstrando a falta de políticas de incentivo para programa

dessa natureza, onde é preciso dentre outras importâncias o apoio e o conhecimento do

profissional médico.

TABELA 18. Percentuais referentes ao conhecimento do médico quanto ao “Programa Farmácias Vivas®”.

SIM NÃO

X

(FONTE: Elaboração Própria)

Analisando a Tabela 19, vemos que o médico mostrou-se favorável a implantação de

um programa de utilização de fitoterápicos demonstrando assim a possibilidade de novas

políticas dessa natureza.

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TABELA 19. Índices referentes a opinião do médico quanto a adoção de um programa de

utilização de fitoterápicos no posto de saúde.

FAVORÁVEL PARCIALMENTE FAVORÁVEL DESFAVORÁVEL

X - -

(FONTE: Elaboração Própria)

Diante dos resultados acima demonstrados, podemos observar o quão favorável é o

cenário para a implantação do programa, onde podemos observar o apoio do médico,

profissionais de saúde, usuários e gestores responsáveis pela pasta.

Desta forma, fica evidente que ações que contemplem a melhoria de qualidade de

vida, promovendo a integração paciente-profissionais de saúde, é algo que condiz com a

realidade administrativa moderna e condizente com a realidade que os dias atuais demanda,

não só habilidades administrativas por parte dos gestores, mais uma sensibilidade impar no

tocante aos anseios da comunidade.

Para os gestores fica a disponibilidade de diante de resultados tão favoráveis e

propícios para o projeto, o compromisso de atender a demanda dos seus munícipes e

promover o bem estar dos mesmos com políticas públicas diferenciadas e voltadas a

responsabilidade dos gastos públicos devidamente alocados.

5 - CONCLUSÕES

Diante dos dados colhidos na pesquisa podemos concluir que a proposta de

implantação de fitoterápicos nas Unidades de Saúde da Família é uma ação viável para a

administração pública, em todos os seus aspectos.

Na área da saúde é possível promover uma maior atenção farmacêutica através uma

grande variedades de alternativas medicamentosas, redução nos níveis de reações adversas,

pois os fitoterápicos são medicamentos onde tais efeitos não se apresentam, redução nos

gastos com medicamentos sintéticos, uma vez que os mesmos são inúmeras vezes mais caros

que os fitoterápicos e, sendo assim, é possível a alocação dos recursos economizados em

outras ações na saúde, como compra de equipamentos, construção de novas USFs,

treinamento profissional, aquisição de veículos, etc.

Na área social, há a possibilidade de inclusão dos idosos, desempregados, crianças e

adolescentes no projeto, exercendo funções diversas, como cultivo, produção, embalagem,

vendas, servindo também como alternativa de renda para muitos, pois, a produção excedente

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poderá ser comercializada para ajudar a comunidade envolvida. Outro aspecto relevante no

projeto é o desenvolvimento do trabalho em equipe, tornando a comunidade mais unida em

prol da melhoria de todos e ao mesmo tempo tirando das ruas crianças e adolescentes.

No setor financeiro e administrativo da gestão pública, a iniciativa é algo inovador e

de bastante aceitabilidade como uma alternativa de atender diversos setores da organização,

unindo economia, aproveitamento de recursos e gestão farmacêutica, além de servir de um

vasto campo de pesquisa científica com parcerias com universidades. Recursos gastos com

internações e medicamentos destinados a recuperação de pacientes com problemas

relacionados a reações adversas também serão reduzidos.

No campo cultural e histórico é uma grande oportunidade de resgatar as origens de

povos que habitavam a região e que transmitiram para seus sucessores o conhecimento de

hoje. Tais argumentos são acentuados pelo fato do município possuir quilombos reconhecidos

nacionalmente e guardam costumes e práticas quanto ao uso da natureza, em especial as

plantas, no seu dia a dia e para curar suas enfermidades.

No plano estratégico, a ação contempla as recomendações do Ministério da Saúde, no

que tange ao uso racional de medicamentos, a assistência e atenção farmacêutica, a utilização

e desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos, sem falar na atenção básica à saúde.

O cenário político e econômico atual, requer dos gestores, em especial os públicos,

uma sensibilidade impar, no intuito de alocar os limitantes recursos de forma responsável e

coerente com cada realidade, e é com idéias dessa natureza que nos como gestores podemos

mudar o triste cenário que perdura a tempos em nosso país e contribuir para o

desenvolvimento sustentável.

Portanto, fica claro os grandes benefícios e contribuições para a gestão pública e a

comunidade que uma ação do tipo que elencamos neste trabalho pode oferecer se o

administrador tiver a sensibilidade de vislumbrar novos caminhos para este setor tão carente

de recursos, iniciativas e idéias desta grandiosidade e que demanda tão pouco investimentos

para satisfazer tantos setores e em especial promover o bem estar e a saúde da comunidade.

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Vamberto Luís Medeiros de Albuquerque

Graduado em Administração pela UEPB

Policial Militar do Estado do Rio Grande do Norte

Contatos: 83-91871666/96315937 Email:[email protected]

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação – Artigo em publicação periódica científica impressa – apresentação: NBR 6022/03. Rio de Janeiro, 2003. AZEVEDO, C.D.; MOURA, M.A. Cultivo de Plantas Medicinais – Guia Prático. Programa Rio Rural, (Manual Técnico, 27), Secretaria de Estado de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Niterói-RJ, Julho de 2010. ISSN 1983-5671. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. A Fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Brasília, 2006, 148p. ISBN 85-334-1187-1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial Nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008. Aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Diário Oficial da União, Seção 1, Nº 240, 10 de dezembro de 2008. ISSN 1677-7042. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Ministerial nº 971, de 03 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Seção 1, Nº 84, quinta-feira, 4 de maio de 2006. ISSN 1677-7042. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Diário Oficial da União, Seção 1, Poder Executivo, Brasília, 23 de junho de 2006. CARVALHO, A.C.B.; NUNES, D.S.G.; BARATELLI, T.G.; SHUQAIR, N.S.M.S.A.Q.; NETTO, E.M. Aspectos da Legislação no Controle dos Medicamentos Fitoterápicos. T&C Amazônia, Ano V, Número 11, pag. 26-32, Junho de 2007. GUIMARÃES, Jaqueline; MEDEIROS, J.C.; VIEIRA, L.A. Programa Fitoterápico Farmácia Viva no SUS-Betim. Prefeitura Municipal de Betim, Secretaria Municipal de Saúde, Diretoria Operacional de Saúde, Assistência Farmacêutica do SUS/Betim. Betim, Minas Gerais, Brasil, 2006. http://www.alagoagrande.pb.gov.br/ - acesso em 28 de novembro de 2011. MATOS, F.J.A. Farmácias Vivas: sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades. 4ª Ed. rev. ampl. Fortaleza: UFC, 2002, 267p.

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MATO GROSSO (Estado). Secretaria de Estado de Saúde. Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania. Organização: Mari Gemma De La Cruz. O Acesso aos Fitoterápicos e Plantas Medicinais e a Inclusão Social – Diagnóstico Situacional da Cadeia Produtiva Farmacêutica no Estado de Mato Grosso. FITOPLAMA, Março, 2005, 89p. POSSE, J.C. Plantas medicinais utilizadas pelos usuários do SUS nos bairros de Paquetá e Santa Teresa: uma abordagem etnobotânica. 2007. 115f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. SILVA, M.I.G.; GONDIM, A.P.S.; NUNES, I.F.S.; SOUSA, F.C.F. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde da família no município de Maracanaú (CE). Revista Brasileira de Farmacognosia, 16(4): 455-462, Out/Dez. 2006.

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APÊNDICES

QUESTIONÁRIO DO MÉDICO

1. A senhora prescreveu ou prescreve algum medicamento fitoterápico?

( )SIM ( )NÃO

2. A senhora tem conhecimento ou já ouviu falar do “Programa Farmácias Vivas”?

( )SIM ( )NÃO

3. Se no seu posto for adotado um programa de utilização de fitoterápicos, qual a sua opinião?

( )FAVORÁVEL ( )PARCIALMENTE FAVORÁVEL ( )DESFAFORÁVEL 4. Com que freqüência tem acompanhado pacientes com problemas relacionados a medicamentos ou reações adversas?

( )BAIXA ( )MÉDIA ( )ALTA

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QUESTIONÁRIO EQUIPE DE ENFERMAGEM

1. Possui algum conhecimento sobre medicamentos fitoterápicos?

( )SIM ( )NÃO

2. Tem conhecimento ou já ouviu falar do “Programa Farmácias Vivas”?

( )SIM ( )NÃO

3. Se no seu posto for adotado um programa de utilização de fitoterápicos, qual a sua opinião?

( )FAVORÁVEL

( )PARCIALMENTE FAVORÁVEL

( )DESFAFORÁVEL

4. Com que freqüência tem acompanhado pacientes com problemas relacionados a medicamentos ou reações adversas?

( )BAIXA ( )MÉDIA ( )ALTA

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QUESTIONÁRIO USUÁRIOS

UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA:___________________________________________

1. NATURALIDAE:________________________ 2. ESTADO CIVIL:________________

3. DATA DE NASCIMENTO:_____/____/_______

4. GRAU DE INSTRUÇÃO: ( ) 1º Grau Incompleto ( ) 1º Grau Completo

( ) 2º Grau Incompleto ( ) 2º Grau Completo

( ) Superior Incompleto ( ) Superior Completo

5. JÁ UTILIZOU ALGUM REMÉDIO A BASE DE PLANTAS MEDICINAIS?

( )SIM ( )NÃO ( )OUTROS:______________________________

6. QUEM PRESCREVEU O REMÉDIO?_________________________________________

7. O PROFISSIONAL ESCLARECEU OS CUIDADOS QUE DEVEM SER TOMADOS COM O USO DE

PLANTAS MEDICINAIS?

( )SIM ( )NÃO

8. VOCÊ TEM PLANTAS MEDICINAIS EM SUA CASA?

( )SIM ( )NÃO

9. SABE QUAL A INDICAÇÃO E DE QUE FORMA ELAS DEVEM SER TOMADAS?

( )SIM ( )NÃO

10. VOCÊ PREFERE SER TRATADO(A) POR MEDICAMENTOS SINTÉTICOS OU POR

FITOTERÁPICOS?

( )SINTÉTICOS ( )FITOTERÁPICOS

11. QUANTO A CONFIABILIDADE DOS MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS COMO VOCÊ

CLASSIFICARIA OS MESMOS?

( ) CONFIÁVEIS ( ) POUCO CONFIÁVEIS ( ) NÃO CONFIÁVEIS

12. CONHECE O PROGRAMA “FARMÁCIAS VIVAS”?

( ) SIM ( ) NÃO

13. GOSTARIA QUE NA SUA COMUNIDADE FOSSE IMPLANTADO UM PROGRAMA DE

FARMÁCIAS VIVAS?

( )SIM ( )NÃO

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14. JÁ TEVE ALGUMA REAÇÃO ADVERSA COM A UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS

SINTÉTICOS?

( )SIM ( )NÃO

15. JÁ TEVE ALGUMA REAÇÃO ADVERSA COM A UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS

FITOTERÁPICOS OU COM PLANTAS MEDICINAIS?

( )SIM ( )NÃO

16. OS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE SUA DOENÇA SÃO DISTRIBUIDOS

DE FORMA GRATUITA PELA UNIDADE OU COMPRADOS POR VOCÊ?

( )GRATUITOS ( )COMPRADOS

17. QUANTO VOCÊ GASTA POR MÊS COM MEDICAMENTOS?

( )ATÉ 50,00 REAIS ( )ENTRE 50 E 100 REAIS ( )MAIS DE 100 REAIS